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Psicopedagogia Clínica 
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Doenças Psicossomáticas. ................................................................................. 2 
Psicossomática e Somatização .......................................................................... 4 
Concepção Psicossomática ............................................................................... 7 
Das Neuroses Atuais à Psicossomática .......................................................... 10 
Psicossomática Junguiana: Sintomas, Cura ou Morte .....................................12 
A Psicossomática na Obra de Freud ................................................................20 
Doenças Psicossomáticas: Uma Linguagem Corporal .................................... 27 
Corpo, Mente e Emoções: Referenciais Teóricos da Psicossomática ............. 29 
Referências Bibliográficas. .............................................................................. 31 
 
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Psicossomatizar é um termo muito comum usado nos consultórios de 
psicologia para definir sintomas físicos que surgem nos pacientes, causados 
por situações emocionais que o paciente vive/ convive. 
 
―Psicossomático‖ significa, no grego, ―alma‖ (psique) e corpo (soma), portanto: a 
doença que tem origem na ―alma ou mente‖ e termina em se manifestar em 
nosso organismo. 
 
 
DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS 
 
 
Corpo e mente estão interligados, isto já é comprovado. Isso é chamado de 
doenças psicossomáticas. Leia o texto e entenda como isso funciona. 
As chamadas doenças psicossomáticas, de acordo com os psicólogos e 
psicoterapeutas, são aquelas patologias que possuem características e origem 
comum: a mente. 
Elas tornam-se manifestas no corpo sob diversas formas e geralmente 
ocasionadas por questões emocionais não tratadas, distúrbios psíquicos, 
fobias, depressão, entre outros. 
 
 
 
Segundo os psicólogos, estes impulsos seriam como formas interpretativas que 
o nosso organismo faz, referente ao sistema nervoso, à qual exerce função 
imediata a todo o restante do corpo, como uma cadeia de informações. Um 
contrapeso negativo pode levar a pessoa a condições nervosas propícias a 
enfermidades. 
Por exemplo, em situações de estresse, nosso organismo tende a bombardear 
nosso corpo com hormônios afim de nos preparar para encarar a situação. 
Quando essa situação é muito duradoura, desequilíbrios físicos começam a 
surgir e nos deixar propício a desenvolver doenças psicossomáticas. Essa 
situação vale para todo o tipo de sentimento, como fobias, tristeza etc. 
No entanto, existem alguns graus de sintomas que se desencadeiam, ora de 
forma violenta, ora estável, dependendo das condições psicossomáticas. O fato 
é que tudo o que repercute em nosso corpo, anteriormente é registrado no 
nosso inconsciente. 
 
 
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Como essas doenças são manifestações do nosso inconsciente, precisamos 
saber que tipos determinantes estão relacionados com quais doenças. 
A presença de alguns sintomas ajuda ao profissional realizar uma avaliação 
real do problema, assim como saber qual método poderá ser melhor indicado, 
tanto para o estado emocional quanto para o processo já desencadeado. 
Existem somatizações mais comuns, que vão desde a depressão, ansiedade e 
estresse. 
Muitas vezes, estas causas são originadas por múltiplos fatores, como bullying, 
síndromes como de burnout, excesso de trabalho, traumas, fobias, violência 
psicológica, vícios etc. 
Para conseguir determinar a origem das doenças psicossomáticas, é preciso 
considerar: 
 História de vida da pessoa e da família, rever traumas e questões não 
resolvidas; 
 Autocrítica, cobrança consigo mesmo; 
 Depressão e ansiedade; 
 Fobias e agressividade 
 
 
A partir destas causas é possível elencar as seguintes somatizações: 
 
 
Aparelho digestivo: intestino preso, gastrite, problemas renais e úlcera; 
Aparelho circulatório: pressão alta ou baixa, problemas cardíacos, varizes; 
Aparelho respiratório: tosse, alergias, bronquite e asma; 
Aparelho endócrino: obesidade, disfunções hormonais, problemas de pele; 
 
Aparelho reprodutor: impotência, infertilidade e disfunções; 
 
Aparelho locomotor: dores musculares, problemas nos ossos e tendões; 
 
Sistema nervoso: dor de cabeça, enxaqueca e depressão. 
 
 
Com isso temos um panorama das manifestações físicas relacionadas com 
questões de sentimentos negativos, tensões e problemas psicoemocionais em 
diferentes sistemas do corpo. 
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A psicoterapia pode ajudar a identificar quais sintomas podem estar surgindo 
por conta de questões emocionais. 
 
 
PSICOSSOMÁTICA E SOMATIZAÇÃO 
 
 
Doença psicossomática e Somatização se referem a aspectos diferentes do 
mesmo ponto: a influência da mente sobre a saúde de nosso corpo. 
Toda doença tem fundo emocional é que toda pessoa angustiada, nervosa, 
preocupada, triste, irada, enfim com emoções negativas, poderão ter seus 
sistemas imunológicos abalados. Com o sofrimento emocional e psicológico 
nosso corpo pode produzir cortizol, o hormônio do stress e com a repetição 
desta descarga hormonal seu organismo pode ir ficando cada vez mais 
debilitado a ponto de adoecer. Mas o inverso também pode ser verdadeiro, ou 
seja, toda vez que sua saúde física estiver abalada você poderá sofrer 
consequências emocionais e psicológicas. Quando uma pessoa descobre que 
tem câncer poderá se abalar emocional e psicologicamente. 
Somatização de doenças ou doenças da mente como por ser conhecida 
popularmente. Quando usamos o termo ―doença psicossomática‖ dizemos que a 
causa é psicológica, mas a pessoa apresenta alterações clínicas detectáveis 
por exames de laboratório, ou seja, o corpo da pessoa está tendo danos físicos 
- chamamos de doença psicossomática. É uma doença física, verdadeira mas 
com causa psicológica, ou seja, a doença apareceu no corpo, como uma 
alergia por exemplo. Neste caso o ideal seria tratar tanto com o psicólogo como 
com o médico. 
Uma doença física provoca sofrimento mental além do sofrimento orgânico. 
Uma pessoa que tenha uma doença que a debilite fisicamente, que a deixe 
afastada dos outros pode iniciar uma depressão por exemplo. Nestes casos 
deve receber tratamento médico e psicológico. 
Cada pessoa terá suas características, podemos pensar em alguns exemplos: 
Inabilidade social, dificuldade em expressar seus sentimentos e necessidades, 
angústia, medos, raiva, depressão, ansiedade, fobias, enfim, todo sofrimento 
emocional debilita a pessoa como um todo. 
 
 
 
 
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Os sintomas inexplicáveis de transtornos somatoformes muitas vezes levam à 
ansiedade geral de saúde; preocupação frequente ou recorrente e excessiva 
com sintomas físicos inexplicáveis; crenças imprecisas ou exageradas sobre 
sintomas somáticos; deficiência desproporcional; exibições de emoções fortes, 
muitas vezes negativas em relação ao médico ou de âmbito pessoal; 
expectativas irreais; e, ocasionalmente, a resistência ou não conformidade com 
os esforços de diagnóstico ou tratamento. Estes comportamentos podem 
resultar em visitas mais frequentes aos consultórios, exames laboratoriais ou 
de imagem desnecessários ou procedimentos invasivos, caros e 
potencialmente perigosos. 
O atendimento psicológico pode ajudar, ou colaborar com o atendimento 
médico, a identificar os sintomas físicos provenientes de causas emocionais ou 
psicológicas. O tratamento pode ser em conjunto, médico e psicólogo, quando 
os profissionais assim perceberem que poderá haver melhor prognóstico como 
também o tratamento pode ocorrer apenas com o psicólogo quando for 
necessário.As causas podem ser identificadas ao longo do tratamento psicológico, cada 
paciente apresentará sua historia de vida, situações significativas e outras 
informações que podem ajudar o psicoterapeuta a identificar a origem destes 
sintomas no trabalho com abordagem psicossomática. 
A somatização é um transtorno psiquiátrico em que a pessoa apresenta 
múltiplas queixas físicas, localizadas em diversos órgãos do corpo, como dor, 
diarreia, tremores e falta de ar, mas que não são explicadas por nenhuma 
doença ou alteração orgânica. Geralmente, uma pessoa com doença 
psicossomática está frequentemente em consultas médicas ou pronto-socorros 
devido a estes sintomas, e o médico costuma ter dificuldade em encontrar a 
causa. 
Esta situação também é chamada de transtorno de somatização, e é comum 
em pessoas ansiosas e depressivas, por isso, para o adequado tratamento é 
fundamental a realização de psicoterapia, além do acompanhamento com o 
psiquiatra, que poderá indicar medicamentos como antidepressivos e 
ansiolíticos para ajudar a aliviar o problema. 
A pessoa com transtorno de somatização pode sofrer por muitos meses ou 
anos com estes sintomas até que se descubra a causa. Confira mais 
os sintomas que podem surgir nas doenças psicossomáticas. 
Além disso, existem doenças que podem ser desencadeadas ou pioradas por 
situações de estresse, principalmente doenças inflamatórias, como artrite 
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reumatóide, ou doenças como fibromialgia ou síndrome do intestino irritável, 
por exemplo. 
O diagnóstico de uma doença psicossomática deve ser feito por um psiquiatra, 
mas um clínico geral ou outro especialista podem apontar esta possibilidade, 
porque excluem a presença de outras doenças através do exame físico e de 
laboratório. 
A presença dos principais sintomas ajudam a identificar o problema, e 
são coração acelerado, tremores, boca seca, sensação de falta de ar e de nó 
na garganta, e podem ser mais ou menos intensos de acordo com piora ou 
melhora do estado emocional de cada pessoa. Para confirmar este transtorno, 
o médico irá identificar na sua avaliação a existência de pelo menos 4 
sintomas, sendo que os mais comuns são os gastrointestinais, os que imitam 
doenças neurológicas ou que afeta a região íntima. 
O tratamento para estas doenças pode envolver o uso de medicamentos como 
analgésicos, anti-inflamatórios e anti-histamínicos para aliviar seus sintomas, 
no entanto, é importante o acompanhamento de um psicólogo ou psiquiatra, 
para aprender a controlar as emoções, e tratar a verdadeira causa do 
problema. 
Antidepressivos, como sertralina ou fluoxetina, e ansiolíticos, como 
clonazepam, por exemplo, prescritos pelo psiquiatra, ajudam a acalmar e 
diminuir a ansiedade, e sessões de psicoterapia são importantes para ajudar 
na resolução de conflitos internos. 
Algumas medidas simples e naturais também podem ajudar a lidar com os 
problemas emocionais, como tomar chás calmantes de camomila e valeriana, 
tirar férias para descansar a mente e procurar resolver um problema de cada 
vez. Fazer algum tipo de exercício físico como caminhada, corrida, yoga ou 
pilates também pode ajudar a promover o bem-estar. 
O corpo vivo fornece o significado biográfico que é necessário para uma melhor 
compreensão das doenças enquanto experiências pessoais passíveis de 
intervenção psicoterapêutica. Finalmente, a complexidade das relações entre o 
corpo e a subjetividade é demarcada. 
Embora a Psicologia seja tradicionalmente encarada como a ciência da mente, 
o corpo do indivíduo é alvo primordial das pesquisas psicológicas, considerado 
o enraizamento de qualquer processo psíquico na materialidade corporal. 
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Psicossoma 
 
Gr. ψυχή (psykhé)= psico-mente, σομα (soma)= alma-corpo. 
 
 
CONCEPÇÃO PSICOSSOMÁTICA 
 
 
A psicossomática é uma ciência interdisciplinar que gera diversas 
especialidades da medicina e da psicologia, para estudar os efeitos de fatores 
sociais e psicológicos sobre processos orgânicos do corpo e sobre o bem-estar 
das pessoas. 
O termo também pode ser compreendido, tal como descreve Mello Filho, como 
"uma ideologia sobre a saúde, o adoecer e sobre as práticas de saúde, é um 
campo de pesquisas sobre estes fatos e, ao mesmo tempo, uma prática, a 
prática de uma medicina integral". 
 
 
 
 
 
 
Originariamente, exprime o conceito aristotélico de unidade 
hilemórfica (matéria= corpo, forma = alma) que é o homem. 
 
 
 
 
A palavra psicossomática, na visão dos profissionais de saúde que 
compreendem o ser humano de forma integral, não pode ser compreendida 
como um adjetivo para alguns tipos de sintomas, pois tanto a medicina quanto 
a psicologia estão percebendo que não existe separação ideal 
entre mente e corpo que transitam nos contextos sociais, familiares, 
profissionais e relacionais. 
Então, psicossomática é uma palavra substantiva que pode ser empregada 
para qualquer tipo de sintoma, seja ele físico, emocional, psíquico, profissional, 
relacional, comportamental, social ou familiar. No entanto, autores de suma 
importância na história e contribuição ao conhecimento científico em 
psicossomática relacional, como George Libman Engel da University of 
Rochester School of Medicine a do Instituto Psicanalítico de Chicago sustentam 
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que a palavra psicossomática deve ser empregada como um adjetivo, pois ela 
qualifica uma ação, uma postura e abordagem bio-psico-social ao processo 
saúde-doença. Importante assinalar que o Introductory Statement do primeiro 
número do periódico Psychosomatic Medicine (1939), que é considerado o 
marco fundante da psicossomática, assinala que são os objetivos da 
psicossomática: estudar a inter-relação dos aspectos psicológicos com todas 
as funções terapêuticas e integrar as terapêuticas somáticas e psicológicas. 
Na visão junguiana ou da psicologia integral, todo sintoma é psicossomático e 
pode ser um meio para que o processo do autoconhecimento possa acontecer. 
Entre outras possibilidades de interpretação de conflito postuladas pela 
corrente psicanalítica, que poderiam ser citadas, incluem-se as dificuldades de 
dar (expelir) e reter (absorver) explicitadas por Alexander (Alexander e 
Selesnick o.c.) nas doenças gastrointestinais; as concepções de que a mente, 
por não conseguir resolver ou conviver com um determinado conflito emocional, 
passa a produzir mecanismos de defesa com o propósito de deslocar a 
dificuldade e/ou "ameaça" psíquica para o corpo, chegando mesmo a indução 
de mutações físicas, oriundas do afeto doloroso. [carece de fontes] e os fatores 
associados à depressão inicialmente interpretadas por Freud como associas à 
perda do objeto amado e ao luto. 
Segundo Mello Filho (2005 o.c.) a expressão doença psicossomática foi 
utilizada inicialmente para referir-se apenas a certas doenças como a úlcera 
péptica, asma brônquica, hipertensão arterial e colite ulcerativa onde as 
correlações psicofísicas eram muito nítidas posteriormente foi-se percebendo 
que tal concepção é potencialmente válida para todas as doenças. 
Apesar dessa possível generalização já imaginada por Freud quando fez a 
recomendação que todo médico além de sua especialidade deveria ser 
treinado em psicanálise, o conceito de doença psicossomática persiste face à 
evidente relação de algumas patologias com fatores emocionais ou 
psicológicos como por exemplo: 
 Artrite; 
 Asma; Rinite; 
 Enxaqueca 
 Gastrite; 
 Úlcera péptica; 
 Obstipação / Colite ulcerosa 
 Impotência e outras disfunções sexuais; 
 Hipertensão arterial; 
 Fibromialgia. 
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O sistema límbico é a unidade responsável pelas emoções no cérebro humano: 
 
 
 
Imagem: Wikipédia, a enciclopédia livre.A demanda por intervenções psicológicas e estudos sobre causalidade por 
fatores emocionais nas alergias doenças auto-imunes como psoríase e vitiligo 
praticamente tem se constituído como uma nova especialidade ou ramo da 
medicina psicossomática a psiconeuroimunologia. O mesmo tem acontecido 
com o desenvolvimento das pesquisas sobre a multicausalidade de fatores 
determinantes nas diversas formas de câncer e originado inter-disciplinas 
como a psico-oncologia pediátrica ou simplesmente psico-oncologia. 
Observe-se também que o surgimento dos sintomas psicossomáticos 
dependem e variam com pelo menos três fatores interdependentes, tais fatores 
estão diretamente ligados ao grande desafio de conceber, classificar e tratar 
tais patologias, haja vista que os sintomas podem variar dependendo do estilo 
de vida e idiossincrasias pessoais . Tal concepção acaba sendo a melhor 
explicação de patologias nas quais não consegue-se definir e provar 
cientificamente outra causa. São os referidos fatores: 
Qualidade/ estilo de vida, incluindo hábitos alimentares, atividades físicas, 
sedentarismo, etc. 
Herança genética, que pode deixar os indivíduos mais predispostos para 
desenvolverem alguns tipos de doenças. Fatores psicoafetivos de acordo com 
o manejo das emoções, dos traumas e dos sentimentos de abandono, rejeição, 
inclusão, culpa, etc. 
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DAS NEUROSES ATUAIS À PSICOSSOMÁTICA 
 
 
O termo psicossomática é definido como todo distúrbio somático que comporta 
em seu determinismo um fator psicológico interveniente, não de modo 
contingente, como pode ocorrer com qualquer patologia, mas por uma 
contribuição essencial a origem da afecção (Jeamment, 1989). 
Este termo foi introduzido pelo psiquiatra alemão Heinroth em 1908 para tentar 
explicar a insônia. Este autor acreditava na influência das paixões sexuais 
sobre algumas doenças, como o câncer, a tuberculose e a epilepsia. Uma outra 
contribuição de Heinroth foi cunhar o termo somatopsíquico. De acordo com 
ele, este fenômeno se verificava quando o fator corporal transformava o estado 
psíquico. 
Coloca-se a doença psicossomática como sendo aquela em que o indivíduo 
queixa-se de uma dor ou incômodo físico, porém que não tem ou que não é 
encontrada uma causa orgânica para tal enfermidade. Desta maneira, cito 
somente para contextualizar, que no DSM IV TR os transtornos que estão 
situados na fronteira mente-corpo são classificados como Transtornos 
Somatoformes. Estes transtornos estão divididos em: Transtorno de 
Somatização, Transtorno Somatoforme Indiferenciado, Transtorno Conversivo, 
Transtorno Doloroso, Hipocondria, Transtorno Dismófico Corporal e Transtorno 
de Somatização Sem Outra Especificação. 
A expressão ―neurose atual‖ aparece pela primeira vez no trabalho de Freud 
em ―A sexualidade na etiologia das neuroses‖, de 1898. Neste artigo, afirma 
que a causa de toda neurose baseia-se na vida sexual do paciente, afirmação 
esta que viria a constituir a base da psicanálise. Não obstante, ele alertou para 
o fato de que o papel desempenhado pela sexualidade pode ser diferente de 
acordo com a situação. 
As neuroses, assim, estariam classificadas em dois grupos, de acordo com o 
sintoma do paciente. Haveria o grupo da neurastenia ou neurose atual e o da 
psiconeurose (histeria e obsessões), existindo ainda a ocorrência, muito 
frequente, de casos em que os sintomas de ambos os grupos aparecem 
combinados. 
No caso da neurastenia, poderia alcançar a causa do sintoma com uma 
entrevista inicial com o paciente. O sintoma da doença estaria associado com a 
vida sexual do indivíduo. Então, na neurastenia ou neurose atual, a etiologia da 
doença estaria relacionada a vida sexual atual do sujeito. É aí que se observa a 
diferença para o que foi postulado para as psiconeuroses. As bases que 
―sustentariam‖ este grupo de neurose seria a sexualidade infantil e o recalque. 
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Freud alertou para o fato de que haveria duas formas bastante diferentes de se 
processar a excitação psíquica: transformando-a diretamente em angústia - 
resultariam sintomas predominantemente somáticos ou não simbolizados - ou 
então procedendo-se à mediatização simbólica, na qual o resultado seriam 
sintomas psíquicos. Desta maneira, o que delimitaria o campo das neuroses 
atuais não seria apenas a relação de temporalidade (atualidade no tempo), 
seriam também as características somáticas do estudo dos sintomas da 
patologia. 
Em um breve levantamento, pode-se dizer que Freud enfatizou, no caso das 
neuroses atuais, aspectos tais como: a sintomatologia somática; o caráter atual 
do fator etiológico; a não satisfação da libido como causa precipitante do 
sintoma; e a transformação direta da causa em sintoma, sem a mediatização 
simbólica do recalque. 
Nas últimas décadas a palavra ―psicossomática‖ passou a ser usual tanto no 
meio médico e psicológico quanto no meio da comunidade científica, sendo 
que também já não era novidade no meio das sociedades psicanalíticas, que 
desde as manifestações de conversão da histeria reveladas por Freud, no 
início da forma do pensar psicanalítico, colocam os analistas frente às questões 
do adoecimento do corpo. 
A palavra psicossomática determina uma nova visão da abordagem das 
doenças, as quais passam a ser entendidas como parte de um processo mais 
amplo do que somente aos sintomas que se manifestam. Quando usamos a 
expressão ―doença psicossomática‖ dizemos que a causa é psicológica, mas a 
pessoa apresenta mudanças clínicas detectáveis por exames de laboratório, ou 
seja, o corpo da pessoa está tendo danos físicos - chamamos de doença 
psicossomática. 
Em psicossomática, nas últimas décadas, os avanços da investigação 
psicanalítica, e outros não psicanalíticos, tornaram de interesse para o 
psicanalista não somente a contribuição da Psicanálise para a psicossomática, 
mas também a desta para aquela. Estudos recentemente publicados 
corroboram a eficácia terapêutica da Psicanálise e de tratamentos baseados na 
teoria psicanalítica bem como sufragam a tese de que a psicoterapia, incluindo- 
se a psicanaliticamente orientada, conquanto exija longo tempo do terapeuta, 
não se revela dispendiosa em relação a outros tratamentos, se considerados 
custos e benefícios. 
As lesões psicossomáticas são caracteristicamente enigmáticas, pois tanto 
podem aparecer como que ―do nada‖ e do mesmo modo que se apresentaram 
vão embora. Ou, ainda, podem se agravar e colocar em risco a vida do sujeito, 
como um agravamento do quadro ou até mesmo a morte. 
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PSICOSSOMÁTICA JUNGUIANA - SINTOMAS, CURA OU MORTE 
 
 
Carl Gustav Jung ( /ˈjʊŋ/; Kesswil, na Turgóvia, Suíça, 26 de julho de 1875 — 
Küsnacht, em Zurique, Suíça, 6 de junho de 1961) foi um psiquiatra e 
psicoterapeuta suíço que fundou a psicologia analítica. Jung propôs e 
desenvolveu os conceitos de personalidade extrovertida e introvertida, 
arquétipo e inconsciente coletivo. Seu trabalho tem sido influente na psiquiatria, 
psicologia, ciência da religião, literatura e áreas afins. 
O conceito central da psicologia analítica é a individuação - o processo 
psicológico de integração dos opostos, incluindo o consciente e o inconsciente, 
mantendo, no entanto, a sua autonomia relativa. Jung considerou a 
individuação como o processo central do desenvolvimento humano. 
Ele criou alguns dos mais conhecidos conceitos psicológicos, incluindo 
o arquétipo, o inconsciente coletivo, o complexo, e a sincronicidade. 
A classificação tipológica de Myers Briggs (MBTI), um instrumento popular 
psicométrico, foi desenvolvido a partir de suas teorias. 
Via a psique humana como "de natureza simbólica", e fez, deste simbolismo, o 
foco de suas explorações. Ele é um dos maiores estudiosos contemporâneosde análise de sonhos e simbolização. Embora exercesse sua profissão como 
médico e se considerasse um cientista, muito do trabalho de sua vida foi 
passado a explorar áreas tangenciais à ciência, incluindo a filosofia 
oriental e ocidental, alquimia, astrologia e sociologia, bem como a literatura e 
as artes. Seu interesse pela filosofia e ocultismo levaram muitos a vê-lo como 
um místico. 
Estudante de medicina, decide dedicar-se à então obscura especialidade 
de psiquiatria, após a leitura ocasional de um livro do psiquiatra Krafft-Ebing. 
Em 1900, Jung tornou-se estagiário na Clínica Psiquiátrica Burgholzli, em 
Zurique, então dirigida pelo psiquiatra Eugen Bleuler, famoso pela sua 
concepção de esquizofrenia. 
Seguindo o seu treino prático na clínica, ele conduziu estudos com a 
associação de palavras. Já nessa época, Jung propunha uma atitude 
humanista frente aos pacientes. O médico deveria "propor perguntas que 
digam respeito ao homem em sua totalidade e não limitar-se apenas aos 
sintomas". Desde cedo, ele já adiantava a ideia do que hoje está ganhando 
força em todos os campos com o nome de "holismo", o ponto de vista do 
homem integral. A seus olhos, "diante do paciente só existe a compreensão 
individual". Por isso, evitava generalizar um método, uma panaceia para um 
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determinado tipo de anomalia psíquica. Cada encontro é único e, sendo assim, 
não pode incorrer em qualquer tipo de padronização. 
Em 1902, deslocou-se a Paris, onde estudou com Pierre Janet, regressando no 
ano seguinte ao hospital de Burgholzli, onde assumiu um cargo de chefia e 
onde, em 1904, montou um laboratório experimental em que implementou o 
seu célebre teste de associação de palavras para o diagnóstico psiquiátrico. 
Neste ínterim, Jung entra em contato com as obras de Sigmund Freud (1856- 
1939). Jung viu, em Freud, um companheiro para desbravar os caminhos da 
mente. Enviou-lhe cópias de seus trabalhos sobre a existência do inconsciente, 
confirmando conce(p)ções freudianas de recalque e repressão. Ambos 
encantaram-se um com o outro, principalmente porque os dois desenvolviam 
trabalhos inéditos em medicina e psiquiatria. 
A partir de então, Freud e Jung passaram a se corresponder (359 cartas que 
posteriormente foram publicadas entre 1906 a 1913). O primeiro encontro entre 
eles, em 27 de fevereiro de 1907, transformou-se numa conversa de treze 
horas ininterruptas. Depois desse encontro, estabeleceram uma amizade de 
aproximadamente sete anos, período em que trocavam informações sobre 
seus sonhos, análises, trocavam confidências e discutiam casos clínicos. 
Porém, ao lado de tamanha identidade de pensamento, havia também algumas 
diferenças fundamentais. Jung jamais conseguiu aceitar a insistência de Freud 
de que as causas dos conflitos psíquicos sempre envolveriam algum trauma de 
natureza sexual, e Freud não admitia o interesse de Jung pelos fenômenos 
espirituais como fontes de estudo válidas em si. 
Nos anos 1930, essa divergência atingiria seu auge, e o rompimento entre eles 
foi inevitável. Posteriormente, os livros de Freud seriam proibidos e queimados 
publicamente pelos nazistas, e o autor viu-se obrigado a deixar Viena pouco 
depois da anexação da Áustria, exilando-se em Londres. No mesmo período, 
Carl Jung tornar-se-ia uma das faces mais visíveis da psiquiatria alemã da 
época. 
Em 1914, Jung demite-se do seu cargo na API e organiza, junto com Alphonse 
Maeder, as bases da chamada Escola de Zurique. Após a separação de Freud, 
Jung sentiu o chão desmoronar-se sob os pés. O sentido da sua vida ficou em 
primeiro plano. Seguiu-se uma série de sonhos e visões que forneceram 
material para o trabalho de toda uma vida. Dir-se-ia que, se ele não houvesse 
se empenhado na integração de todo aquele material que jorrou 
qual lava derretida, teria, fatalmente, sucumbido a uma psicose. Mas algo nele 
o impelia a ir adiante na compreensão de tudo que se originava naturalmente 
de seu inconsciente. Em suas palavras, "Os anos durante os quais me detive 
nessas imagens interiores constituíram a época mais importante da minha vida 
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e, neles, todas as coisas essenciais se decidiram. (...) Toda a minha atividade 
ulterior consistiu em elaborar o que jorrava do inconsciente naqueles anos (...)". 
Foi durante essa fase de confronto com o inconsciente que ele desenvolveu o 
que chamou de "imaginação ativa", um método de interação com o 
inconsciente onde este se investe espontaneamente de várias personificações 
(pessoas conhecidas e desconhecidas, animais, plantas, lugares, 
acontecimentos etc.). 
Na imaginação ativa, interagimos ativamente com elas, isto é, discordando, 
quando for o caso, opinando, questionando e até tomando providências com 
relação ao que é tratado, isso tudo pela imaginação. Ela difere da fantasia 
passiva porque, nesta, não atuamos no quadro mental, de forma a 
participarmos do drama vivenciado, mas apenas nos contentamos em assistir o 
desenrolar do roteiro desconhecido. 
Pela imaginação ativa, existe não só a possibilidade de compreensão do 
inconsciente, mas também de interação com este, de forma que o 
transformamos e somos transformados no processo. Um personagem pode 
nos fazer entender falando explicitamente do motivo de, por exemplo, estarmos 
com insônia. Esse enfoque trata a psique como uma realidade em si, de forma 
tão literal interiormente, quanto uma maçã nos é real exteriormente, ao 
contrário de Freud, que insistia em substituir uma determinada imagem por 
outra de cunho sexual. 
Em 1938, quando Freud saiu de Viena para Londres, a doutora Iolande Iacobi 
também emigrou para Zurique, continuou seus estudos com Jung e, 
posteriormente, foi uma das fundadoras do Instituto C. G. Jung, tendo escrito a 
introdução às obras completas de Jung. Ainda nesse ano, a Universidade de 
Oxford, na Inglaterra, concedeu-lhe o título de Doutor Honoris Causa. 
Em 1939, Jung renunciou à presidência da Sociedade Médica Internacional 
para Psicoterapia. Alegou que já tentara por duas vezes anteriores a renúncia, 
tendo permanecido apenas devido a pedidos dos representantes britânico e 
neerlandês, somente se retirando quando foram interrompidas as 
comunicações internacionais e a sua permanência não era mais necessária. 
Em 1946, em cerimônia realizada em Zurique, Winston Churchill pediu que o 
doutor Jung compusesse a mesa e se sentasse a seu lado. Em abril desse 
ano, Ernest Harms publicou um artigo cujo título era "Carl Gustav Jung – 
Defender of Freud and the Jews" na Psychiatric Quarterly. 
Alguns dos seus mais devotados pupilos – Erich Neumann, Gerhard 
Adler, James Kirsch e Aniela Jaffé – eram Judeus. 
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Carl Gustav Jung morreu a 6 de junho de 1961, aos 86 anos, em sua casa, nas 
margens do lago de Zurique, em Küsnacht, após uma longa vida produtiva, que 
marcou - e tudo leva a crer que ainda marcará mais - a antropologia, 
a sociologia e a psicologia, e também, em outros campos como a arte, 
a literatura e a mitologia. 
Encontra-se sepultado no Cemitério da Igreja Protestante, em Küsnacht, 
no cantão de Zurique, na Suíça. 
Anterior mesmo ao período em que estavam juntos, Jung começou a 
desenvolver um sistema teórico que chamou, originalmente, de "Psicologia dos 
Complexos", mais tarde chamando-o de "Psicologia Analítica", como resultado 
direto de seu conta(c)to prático com seus pacientes. O conceito de 
inconsciente já está bem sedimentado na sólida base psiquiátrica de Jung 
antes de seu conta(c)to pessoal com Freud, mas foi com Freud, real formulador 
do conceito em termos clínicos, que Jung pôde se basear para aprofundar seus 
próprios estudos. O conta(c)to entre os dois homens foi extremamenterico 
para ambos, durante o período de parceria entre eles. Aliás, foi Jung quem 
cunhou o termo e a noção básica de "complexo", que foi adotado por Freud. 
Utilizando-se do conceito de "complexos" e do estudo dos sonhos e de 
desenhos, Jung passou a se dedicar profundamente aos meios pelos quais se 
expressa o inconsciente. Em sua teoria, enquanto o inconsciente pessoal 
consiste fundamentalmente de material reprimido e de complexos, 
o inconsciente coletivo é composto fundamentalmente de uma tendência para 
sensibilizar-se com certas imagens, ou melhor, símbolos que constelam 
sentimentos profundos de apelo universal, os arquétipos: da mesma forma que 
animais e homens parecem possuir atitudes inatas, chamadas 
de instintos ("fato" este negado por correntes de ciências humanas, como por 
exemplo em antropologia o culturalismo de Franz Boas ), também é provável 
que em nosso psiquismo exista um material psíquico com alguma analogia com 
os instintos. 
Jung sentia que a ênfase da psicanálise nos fatores eróticos era um ponto de 
vista unilateral, uma visão reducionista da motivação humana e do seu 
comportamento. Ele propôs que a motivação do homem fosse entendida em 
termos de uma energia de vida criativa geral - a libido - capaz de ser investida 
em direções diferentes, assumindo grande variedade de formas. A libido 
corresponderia ao conceito de energia adotado na Física, a qual pode ser 
interpretada em termos de calor, eletricidade, motricidade etc. As duas direções 
principais da libido são conhecidas como extroversão (projetada no mundo 
exterior, nas outras pessoas e objetos) e introversão (dirigida para dentro do 
reino das imagens, das ideias, e do inconsciente). As pessoas em quem a 
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primeira tendência direcional predomina são chamadas extrovertidas, e 
introvertidas aquelas em quem a segunda direção é mais forte. 
A sua necessidade em criar uma tipologia psíquica decorreu da questão que 
nasceu em seu interior acerca de sua divergência com Freud e até com outros 
profissionais. Ele poderia, assim, ter perguntado: "Por que divirjo de Freud?". A 
resposta tomou forma na análise que fez das teorias psicológicas de seu 
mestre e de Adler, também um ex-discípulo de Freud. Para este, 
as neuroses derivavam de problemas com os instintos, para o outro do 
próprio ego, no seu sentimento de superioridade ou inferioridade. Um, portanto, 
extrovertido, e o outro introvertido. Jung também propôs que se poderia 
agrupar as pessoas de acordo com o seu maior desenvolvimento em uma das 
quatro funções psicológicas: pensamento, sentimento, sensação, ou intuição. 
Transformações de libido de uma esfera de expressão para outra - por 
exemplo, de sexualidade para religião - são realizadas por símbolos que são 
gerados durante a mudança de personalidade. 
A psicologia junguiana também merece outro destaque: o processo de 
individuação. Conforme Nise da Silveira (2006), todo ser tende a realizar o que 
existe nele, em germe, a crescer, a completar-se. Assim é para a semente do 
vegetal e para o embrião do animal. Assim é para o homem, embora o 
desenvolvimento de suas potencialidades seja impulsionado por forças 
instintivas inconscientes, isso adquire um caráter peculiar: o homem é capaz de 
tomar consciência desse desenvolvimento e de influenciá-lo. Precisamente no 
confronto do inconsciente com o consciente, no conflito como na colaboração 
entre ambos é que os diversos componentes da personalidade amadurecem e 
unem-se numa síntese, na realização de um indivíduo específico e inteiro. Essa 
confrontação "é o velho jogo do martelo e da bigorna: entre os dois, o homem, 
como o ferro, é forjado num todo indestrutível, num indivíduo. Isso, em termos 
toscos, é o que eu entendo por processo de individuação" (Jung). 
O processo de individuação não consiste num desenvolvimento linear. É um 
movimento de circunvolução que conduz a um novo centro psíquico. Jung 
denominou esse centro de "Self" (si mesmo). Quando consciente e 
inconsciente vêm ordenar-se em torno do Self, a personalidade completa-se. O 
"Self" será o centro da personalidade total, como o ego é o centro do campo do 
consciente. O conceito junguiano de individuação tem sido, muitas vezes, 
deturpado. Entretanto, é claro e simples na sua essência: tendência instintiva a 
realizar plenamente potencialidades inatas. Mas, de fato, a psique humana é 
tão complexa, são de tal modo intrincados os componentes em jogo, tão 
variáveis as intervenções do ego consciente, tantas as vicissitudes que podem 
ocorrer, que o processo de totalização da personalidade não poderia jamais ser 
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um caminho reto e curto, de chão bem batido. Ao contrário, será um percurso 
longo e difícil. 
Jung percebeu que a compreensão da criação de símbolos era crucial para o 
entendimento da natureza humana. Ele, então, explorou as correspondências 
entre os símbolos que surgem nas lutas da vida dos indivíduos e as imagens 
simbólicas religiosas subjacentes e sistemas mitológicos e mágicos de muitas 
culturas e eras. Graças à forte impressão que lhe causaram as muitas notáveis 
semelhanças dos símbolos, apesar de sua origem independente nas pessoas e 
nas culturas (muitos sonhos e desenhos de seus pacientes de variadas 
nacionalidades exprimiam temas mitológicos longínquos), ele sugeriu a 
existência de duas camadas da psique inconsciente: a pessoal e a coletiva. 
O inconsciente pessoal inclui conteúdos mentais adquiridos durante a vida do 
indivíduo que foram esquecidos ou reprimidos, enquanto o inconsciente 
coletivo é uma estrutura herdada comum a toda a humanidade composta dos 
arquétipos - predisposições inatas para experimentar e simbolizar situações 
humanas universais de diferentes maneiras. Há arquétipos que correspondem 
a várias situações, tais como as relações com os pais, o casamento, o 
nascimento dos filhos, o confronto com a morte. Uma elaboração altamente 
derivada destes arquétipos povoa todos os grandes sistemas mitológicos e 
religiosos do mundo. 
Definida desta forma, no entanto, a psique objetiva não constitui um 
mecanismo capaz de justificar a ocorrência das sincronicidades, como um dos 
conceitos fundamentais da psicologia de Carl Gustav Jung. Por isso, ao longo 
de sua vida, Jung complexificou a noção de psique objetiva, ou inconsciente 
coletivo, ampliando-a ao ponto de que pudessem ser, nela incluídos, tanto 
arquétipos universais e conteúdos filogenéticos humanos, quanto criações 
mentais mais recentes. A psique objetiva tornou-se integrada à vida em todos 
os seus aspetos, dando conta dos muitos fenômenos integrativos da clínica 
psicológica, que antes careciam de uma formulação explicativa consistente. 
Justamente por força da dificuldade de elaboração deste conceito, Jung 
acessou conhecimentos da física quântica de sua época, principalmente 
através de Pauli e Einstein, o que influenciou decisivamente o desenvolvimento 
posterior da psicologia analítica. O médico conheceu aspetos da teoria da 
relatividade e da física quântica, especialmente o princípio da incerteza, da 
complementaridade e da não localidade, por intermédio principalmente dos 
físicos Wolfgang Pauli e Albert Einstein, e foi informado das pesquisas 
em parapsicologia de Joseph Banks Rhine, na Universidade de Duke. Isso, 
associado a experiências pessoais e de seus pacientes, o levou a sugerir que 
as camadas mais profundas do inconsciente não dependem das leis 
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de espaço, tempo e causalidade, produzindo fenômenos paranormais como 
a clarividência e a precognição, que passaram a ser estudados pela psicologia. 
A estas correspondências entre acontecimentos interiores e exteriores por meio 
de um significado comum,ele deu o nome de sincronicidade, como estudada 
hoje no contexto da linha de pesquisa Física e Psicologia. Além disso, fatos 
ocorridos enquanto tratava seus clientes o fizeram crer que os acontecimentos 
se dispunham "de tal modo, como se fossem o sonho de uma 'consciência 
maior e mais abrangente, por nós desconhecida'". 
Na qualidade de cientista altamente desapegado e desconfiado do 
favorecimento que se dá a certas verdades, para ele materialismo e ciência 
não eram sinônimos. O materialismo não passa do culto a um deus 
exteriormente concreto por meio da razão, um tipo de fé nos princípios 
limitadores das leis físicas. "A razão nos impõe limites muito estreitos e apenas 
nos convida a viver o conhecido". Para sermos realmente justos, convém 
recebermos igualmente os aspetos racionais e irracionais da vida. Assim foi o 
caso da paciente que apresentava uma forte resistência à terapia. A monotonia 
não escapava a nenhum dos dois, até o dia em que ela lhe relatou o sonho 
com um escaravelho dourado. Mal acabara de contar-lhe a trama, quando 
ouviram uma batida na vidraça. Jung, então, enxergou uma espécie de besouro 
de coloração dourada muito rara naquelas paragens e naquela estação do ano. 
Daí para diante, a análise deslanchou, ocasionando o renascimento daquela 
personalidade. Besouro e renascimento... um símbolo egípcio muito antigo. 
O termo "sincronicidade" é uma tentativa de encontrar formas de explicação 
racional para fenômenos que a ciência de então não alcançava, tais como os 
referidos acima, fenômenos não causais que não podem ser explicados pela 
razão, porém são significativos para o indivíduo que os experimenta. 
A construção do conceito de sincronicidade surgiu da leitura que Jung fez de 
um grande número de obras sobre alquimia e o pensamento renascentista. 
Jung chegou a possuir grande quantidade de textos alquímicos originais, que o 
levaram também a usar a expressão Unus mundus em sua autobiografia, e a 
ideia de anima mundi. 
Uma interessante análise da contribuição da psicologia profunda de Freud– 
Jung para a formação do pensamento ocidental, mostrando como Jung tinha 
preocupações epistemológicas rigorosas, pode ser vista em Tarnas. Em função 
disso, tais fenômenos puderam ser examinados, mas apenas como algo 
psicológico, e não propriamente da natureza, resultando em algumas 
distorções interpretativas, em inúmeros sentidos. 
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A crítica de Richard Tarnas é pertinente, pois, embora Jung ressalte a 
importância da religiosidade como qualidade intrínseca do ser humano, sua 
teoria apenas valida a experiência religiosa como fenômeno psicológico, uma 
posição paradoxalmente reducionista, que nega a compatibilidade entre razão 
e experiência espiritual. Nessa linha, considerou insubstancial o movimento 
esotérico moderno, como a teosofia e a antroposofia. 
A partir da contribuição de Jung, vários desenvolvimentos em diferentes áreas 
do conhecimento têm ampliado a compreensão da relação entre os processos 
psíquicos e o mundo exterior. O conceito de inconsciente coletivo, por exemplo, 
encontra ecos na física do holomovimento de Bohm, na ecopedagogia de 
Capra, na transdisciplinaridade de Rocha Filho, na alma do mundo de 
Goswami, nos campos morfogenéticos de Sheldrake, na psicologia profunda e 
na ecopsicologia norte-americana. 
Na terapia junguiana, que explora extensivamente os sonhos e fantasias, um 
diálogo é estabelecido entre a mente consciente e os conteúdos do 
inconsciente. A doença psíquica é tida como uma consequência da separação 
rígida entre elas. Os pacientes são orientados a ficar atentos aos significados 
pessoal e coletivo (arquétipo) inerentes aos seus sintomas e dificuldades. Sob 
condições favoráveis, eles poderão ingressar no processo de individuação: 
uma longa série de transformações psicológicas que culminam na integração 
de tendências e funções opostas, e na realização da totalidade. 
Jung trilhou a individuação, pois havia a necessidade imperiosa nele de ir ao 
inferno e voltar para poder mostrar o caminho da volta àqueles que ficaram 
perdidos pelo caminho da vida. Tornou-se, ele, uma resposta sincera e 
corajosa ao nosso tempo. "Sou, eu próprio, uma questão colocada ao mundo, e 
devo fornecer minha resposta; caso contrário, estarei reduzido à resposta que 
o mundo me der". 
No Brasil, Jung teve uma conhecida aluna, a doutora Nise da Silveira, 
fundadora do «Museu de Imagens do Inconsciente». 
www.museuimagensdoinconsciente.org.br. Ela escreveu, dentre outros, o livro 
"Jung: vida e obra", publicado em primeira edição em 1968. 
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A PSICOSSOMÁTICA NA OBRA DE FREUD 
 
 
A teoria psicanalítica foi desenvolvida pelo neurologista austríaco Sigmund 
Freud (1856-1939) e está intimamente relacionada a sua prática 
psicoterapêutica. 
É uma teoria que procura descrever a etiologia dos transtornos mentais, 
o desenvolvimento do homem e de sua personalidade, além de explicar 
a motivação humana. Com base nesse corpo teórico Freud desenvolveu um 
tipo de psicoterapia. Ao conjunto formado pela teoria, a prática psicoterapêutica 
nela baseada e os métodos utilizados dá-se o nome de psicanálise. 
Freud imaginava a psique (ou aparelho psíquico) do ser humano como um 
sistema de energia: cada pessoa é movida, segundo ele, por uma quantidade 
limitada de energia psíquica. Isso significa, por um lado, que se grande parte 
da energia for necessária para a realização de determinado objetivo (ex. 
expressão artística) ela não estará disponível para outros objetivos (ex. 
sexualidade); por outro lado, se a pessoa não puder dar vazão à sua energia 
por um canal (ex. sexualidade), terá de fazê-lo por outro (ex. expressão 
artística). Essa energia provém das pulsões (às vezes chamadas 
incorretamente de instintos). Segundo o autor, o ser humano possui duas 
pulsões inatas, a de vida (Eros) e a de morte (Tânato). Essas duas pulsões 
opõem-se ao ideal da sociedade e, por isso, precisam ser controladas através 
da educação, considerando que a energia gerada pelas pulsões não é liberada 
de maneira direta. O ser humano é, assim, sexual e agressivo por natureza e a 
função da sociedade é amansar essas tendências naturais do homem. A 
situação de não poder dar vazão a essa energia gera no indivíduo um estado 
de tensão interna que necessita ser resolvido. Toda ação do homem 
é motivada, assim, pela busca hedonista de dar vazão à energia psíquica 
acumulada. 
O ser humano, no entanto, não se dá conta de todo esse processo de geração 
e liberação de energia. Para explicar esse fato, Freud descreve três níveis de 
consciência: 
O consciente (al. das Bewusste), que abarca todos os fenômenos que em 
determinado momento podem ser percebidos de maneira consciente pelo 
indivíduo; 
O pré-consciente (al. das Vorbewusster), refere-se aos fenômenos que não 
estão conscientes em determinado momento, mas podem tornar-se, se o 
indivíduo desejar se ocupar com eles; 
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O inconsciente (al. das Unbewusster), que diz respeito aos fenômenos e 
conteúdos que não são conscientes e somente sob circunstâncias muito 
especiais podem tornar-se. (O termo subconsciente é muitas vezes usado 
como sinônimo, apesar de ter sido abandonado pelo próprio Freud.) 
Freud não foi o primeiro a propor que parte da vida psíquica se desenvolve 
inconscientemente. Ele foi, no entanto, o primeiro a pesquisar profundamente 
esse território. Segundo ele, os desejos e pensamentos humanos produzem 
muitas vezes conteúdos que causariam medo ao indivíduo, se não fossem 
armazenados no inconsciente. Este tem assim uma função importantíssima de 
estabilização da vida consciente. Sua investigação levou-o a propor que o 
inconsciente é alógico (e por isso aberto acontradições); atemporal e a 
espacial (ou seja, conteúdos pertencentes a épocas ou espaços diferentes 
podem estar próximas). Os sonhos são vistos como expressão simbólica dos 
conteúdos inconscientes. 
Através da compreensão do conceito de inconsciente torna-se clara a 
compreensão da motivação na psicanálise clássica: muitos desejos, 
sentimentos e motivos são inconscientes, por serem muito dolorosos para se 
tornarem conscientes. 
No entanto esse conteúdo inconsciente influencia a experiência consciente da 
pessoa, por exemplo, através de atos falhos, comportamentos aparentemente 
irracionais, emoções inexplicáveis, medo, depressão, sentimento de culpa. 
Assim, os sentimentos, sonhos, desejos e motivos inconscientes influenciam e 
guiam o comportamento consciente. 
Freud desenvolveu mais tarde, (1923) um modelo estrutural da personalidade, 
em que o aparelho psíquico se organiza em três estruturas: 
Id (em alemão: es, "ele, isso"): O id é a fonte da energia psíquica, a libido. O id 
é formado pelas pulsões, instintos, impulsos orgânicos e desejos inconscientes. 
Ele funciona segundo o princípio do prazer (Lustprinzip), ou seja, busca sempre 
o que produz prazer e evita o desprazer. Não faz planos, não espera, busca 
uma solução imediata para as tensões, não aceita frustrações e não conhece 
inibição. Ele não tem contato com a realidade e uma satisfação na fantasia 
pode ter o mesmo efeito de uma atingida través de uma ação. O id desconhece 
juízo, lógica, valores, ética ou moral, sendo exigente, impulsivo, cego, 
irracional, antissocial e dirigido ao prazer. O id é completamente inconsciente. 
Ego (ich, "eu"): O ego desenvolve-se a partir do id com o objetivo de permitir 
que seus impulsos sejam eficientes, ou seja, levando em conta o mundo 
externo, por intermédio do chamado princípio da realidade. É esse princípio 
que introduz a razão, o planejamento e a espera ao comportamento humano. A 
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satisfação das pulsões é retardada até o momento em que a realidade permita 
satisfazê-las com um máximo de prazer e um mínimo de consequências 
negativas. A principal função do ego é buscar uma harmonização inicialmente 
entre os desejos do id e a supervisão/realidade/repressão do superego. 
Superego (Über-Ich, "super-eu", "além-do-eu"): É a parte moral da mente 
humana e representa os valores da sociedade. O superego tem três objetivos: 
(1) reprimir, através de punição ou sentimento de culpa, qualquer impulso 
contrário às regras e ideais por ele ditados; 
(2) forçar o ego a se comportar de maneira moral, mesmo que irracional; e, 
 
(3) conduzir o indivíduo à perfeição, em gestos, pensamentos e palavras. O 
superego forma-se após o ego, durante o esforço da criança de introjetar os 
valores recebidos dos pais e da sociedade a fim de receber amor e afeição. Ele 
pode funcionar de uma maneira bastante primitiva, punindo o indivíduo não 
apenas por ações praticadas, mas também por pensamentos inaceitáveis; 
outra característica sua é o pensamento dualista (tudo ou nada, certo ou 
errado, sem meio-termo). O superego divide-se em dois subsistemas: o ego 
ideal, que dita o bem a ser procurado, e a consciência (Gewissen), que 
determina o mal a ser evitado. 
 
 
Freud descreveu muitos mecanismos de defesa no decorrer da sua obra e seu 
trabalho foi continuado por sua filha Anna Freud; os principais mecanismos 
são: 
 
 
Repressão é o processo pelo qual se afastam da consciência conflitos e 
frustrações demasiadamente dolorosos para serem experimentados ou 
lembrados, reprimindo-os e recalcando-os para o inconsciente; o que é 
desagradável é, assim, esquecido; 
 
 
Formação reativa consiste em ostentar um procedimento e externar 
sentimentos opostos aos impulsos verdadeiros, indesejados. 
 
 
Projeção consiste em atribuir a outros as ideias e tendências que o sujeito não 
pode admitir como suas. 
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Regressão consiste em a pessoa retornar a comportamentos imaturos, 
característicos de fase de desenvolvimento que a pessoa já passou. 
 
 
Fixação é um congelamento no desenvolvimento, que é impedido de continuar. 
Uma parte da líbido permanece ligada a um determinado estágio do 
desenvolvimento e não permite que a criança passe completamente para o 
próximo estágio. A fixação está relacionada com a regressão, uma vez que a 
probabilidade de uma regressão a um determinado estágio do desenvolvimento 
aumenta se a pessoa desenvolveu uma fixação por este. 
 
 
Sublimação é a satisfação de um impulso inaceitável através de um 
comportamento socialmente aceito. 
 
 
Identificação é o processo pelo qual um indivíduo assume uma característica 
de outro. Uma forma especial de identificação é a identificação com o agressor. 
 
 
Deslocamento é o processo pelo qual agressões ou outros impulsos 
indesejáveis, não podendo ser direcionados à(s) pessoa(s) a que se referem, 
são direcionadas a terceiros. 
 
 
Freud descreve quatro fases distintas, pelas quais a criança passa em seu 
desenvolvimento. Cada uma dessas fases é definida pela região do corpo a 
que as pulsões se direcionam. Em cada fase surgem novas necessidades que 
exigem satisfação; a maneira como essas necessidades são satisfeitas 
determina como a criança se relaciona com outras pessoas e quais 
sentimentos ela tem para consigo mesma. 
A transição de uma fase para outra é biologicamente determinada, de tal forma 
que uma nova fase pode iniciar sem que os processos da fase anterior tenha 
se completado. As fases se seguem umas às outras em uma ordem fixa e, 
apesar de uma fase se desenvolver a partir da anterior, os processos 
desencadeados em uma fase nunca estão plenamente completos e continuam 
agindo durante toda a vida da pessoa. 
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Neurose é a existência de tensão excessiva e prolongada, de conflito 
persistente ou de uma necessidade prolongadamente frustrada, é sinal de que 
na pessoa se configurou uma neurose. A neurose determina uma modificação, 
mas não uma desestruturação da personalidade e muito menos de perda de 
valores da realidade. 
Com o desenvolvimento da psicanálise, o conceito evoluiu, até finalmente 
encontrar lugar no interior de uma estrutura tripartite, ao lado da psicose e 
da perversão. Em consequência disso, do ponto de vista freudiano, classificam-
se no registro da neurose a histeria, a fobia e a neurose obsessiva, às quais é 
preciso acrescentar a neurose atual, que abrange a neurose de angústia 
e a neurastenia, e a psiconeurose, que abarca a neurose de transferência e a 
neurose narcísica. 
Costuma-se catalogar os sintomas neuróticos em certas categorias, como: 
 
 
Histeria - Quando um conflito psíquico encontra saída através de conversões. 
Neste tipo de neurose, a ideia conflitiva com o ego é convertida em sintomas 
físicos, como cegueira, mutismo, paralisias, etc.; que não têm origens 
orgânicas. Atualmente a histeria foi banida dos manuais psiquiátricos, o que 
leva muitas pessoas da área de saúde, inclusive psicólogos, a acreditarem que 
a histeria não existe mais. Porém, a histeria ainda existe e sempre existirá, 
mesmo que os sintomas possam variar de acordo com a sociedade e o tempo 
a que se refere. Algo bastante específico da histeria é sua referência ao corpo 
e à sexualidade, especialmente com questão à "o que é uma mulher?". 
 
 
Ansiedade (de angústia) - a pessoa é tomada por sentimentos generalizados 
e persistente de intensa angústia sem causa objetiva. Alguns sintomas são: 
palpitações do coração, tremores, falta de ar, suor, náuseas. Há uma 
exagerada e ansiosa preocupação por si mesmo. 
 
 
Fobias - uma área da personalidade passa a operar por respostas de medo e 
ansiedade. Na angústia o medo é difuso e quando vem à tona é sinal de que já 
existia, há longo tempo. Se apresenta envolta em muitatensão, preocupação, 
excitação e desorganização do comportamento. Na reação fóbica, o medo se 
restringe a uma classe limitada de estímulos e representações objetais. 
Geralmente verifica-se a associação do medo a certos objetos, animais ou 
situações. 
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Obsessiva-compulsiva - a obsessão é um termo que se refere a ideias que se 
impõem repetidamente à consciência. São por isto dificilmente controláveis. A 
compulsão refere-se a impulsos que levam à ação. Está intimamente ligada a 
uma desordem psicológica chamada transtorno obsessivo-compulsivo. 
Se o conceito de neurose é parte integrante do vocabulário da psicanálise, o 
da psicose aparece, a princípio, como um anexo proveniente do saber 
psiquiátrico, pautada numa concepção do sujeito que se organiza em torno da 
ideia de alienação e perda da razão. 
O psicótico pode se encontrar em estado de depressão, de extrema euforia ou 
de agitação. Em dado momento age de um modo e em outro se comporta de 
maneira totalmente diferente. Houve uma desestruturação da sua 
personalidade. O dado clínico para se aferir à psicose é a alteração dos juízos 
da realidade. O psicótico passa a perceber a realidade de maneira diferente, 
mas não menos real em sua percepção. 
Por isso afirma com convicção que tem percepções que nos parecem irreais 
não apoiadas nem justificadas na lógica e na razão. Nas psicoses, além da 
alteração do comportamento, são comuns alucinações (alterações dos órgãos 
dos sentidos: ouvir vozes, ver coisas, sentir cheiros ou toques) e delírios 
(alterações do pensamento sob forma de conspirações, perseguição, grandeza, 
riqueza, onipotência ou de predestinação). As Psicoses se manifestam como: 
 
 
Esquizofrenia - apatia emocional, carência de ambições, desorganização geral 
da personalidade, perda de interesse pela vida nas realizações pessoais e 
sociais. pensamento desorganizado, afeto superficial e inapropriado,riso 
insólito, bobice, infantilidade, hipocondria, delírios e alucinações transitórias. 
(Consultar DSM-V ou CID 10 para mais subtipos) 
 
 
Maníaca-depressiva – caracteriza-se por perturbações psíquicas duradouras e 
intensas, decorrentes de uma perda ou de situações externas traumáticas. O 
estado maníaco pode ser leve ou agudo. É caracterizado por comportamento 
exacerbado, hipersexualidade. Os maníacos são cheios de energia, inquietos, 
barulhentos, falam alto e têm ideias bizarras, uma após outra. O estado 
depressivo, ao contrário, caracteriza-se por inatividade e desalento. Seus 
sintomas são: apatia, pesar, tristeza, desânimo, crises de choro, perda de 
interesse (embotamento afetivo) pelo trabalho, por amigos e família, bem como 
por suas distrações habituais. Torna-se lento na fala, não dorme bem à noite, 
perde o apetite, pode ficar um tanto irritado e muito preocupado. 
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Paranoia – caracteriza-se sobretudo por ilusões fixas. É um sistema delirante. 
As ilusões de perseguição e de grandeza são mais duradouras do que na 
esquizofrenia paranoide. Os ressentimentos são profundos. É desconfiado, 
agressivo, egocêntrico e destruidor. Acredita que os fins justificam os meios e é 
incapaz de solicitar carinho. 
 
 
Psicose alcoólica – é habitualmente marcada por violenta intranquilidade, 
acompanhada de alucinações de uma natureza aterradora. 
 
 
Os perversos, ao vivenciarem o Complexo de Édipo, se recusam a aceitar a 
castração a eles imposta passando, então, há duas possibilidades: 
1) aferir que para eles não existe castração, assim, não existem limites sociais 
impostos às suas ações ou 
2) são eles que impõe os limites proveniente da castração aos outros. 
Atualmente são comumente relacionados às psicopatias, porém se relacionam 
mais abrangentemente com todas as formas de ausência de empatia com o 
Outro - pela ausência de atuação do Superego. 
Essa estrutura favorece o aparecimento de outros sintomas, como 
o fetichismo e relações que objetificam o Outro, em troca de obtenção de 
prazer (parafilias). 
Retomado por Sigmund Freud a partir de 1896, o termo perversão foi 
definitivamente adotado como conceito pela psicanálise, que assim conservou 
a ideia de desvio sexual em relação a uma norma. Não obstante, nessa nova 
acepção, o conceito é desprovido de qualquer conotação pejorativa ou 
valorizadora e se inscreve, juntamente com a psicose e a neurose, numa 
estrutura tripartite. 
O trabalho de Sigmund Freud foi continuado por sua filha Anna Freud e por 
outros autores, que procuraram desenvolver a teoria, enfatizando outros 
aspectos e procurando solucionar os pontos críticos, entre eles os que mais se 
destacam são os psicanalistas Sándor Ferenczi, Melanie Klein, Donald 
Winnicott, Jacques Lacan, Wilfred Bion, Erik Erikson e Heinz Kohut; os 
humanistas Abraham Maslow e Carl Rogers; o fundador da psicologia do 
desenvolvimento individual Alfred Adler; Karen Horney, Wilhelm Reich e o 
fundador da psicologia analítica Carl Jung. 
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DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS - UMA LINGUAGEM CORPORAL 
 
 
Psicossomatização ou reação psicossomática é uma reação do corpo 
temporária, desencadeada por um acontecimento muito marcante e/ou 
traumático na vida do indivíduo e que tenha deixado-o em estado de choque, 
ao ponto do organismo preparar uma resposta orgânica simbólica, ou seja, 
adoecer. Essa resposta significa uma forma inconsciente de auto-proteção. A 
doença, qualquer que seja ela, vai estar ―presa‖ ao corpo. 
 
Quando ficamos doentes, de certa maneira, voltamos ou tendemos voltar para 
condição de crianças; numa linguagem mais técnica, regredimos e precisamos 
de atenção, consideração, cuidados, etc. 
 
Quase sempre, ―procuramos‖ as doenças das quais somos portadores. Esse 
procurar precisa ser compreendido, porque ele se mascara, escondendo-se 
atrás de sintomas, emoções e sentimentos. 
 
 
Psicossomática, é uma ciência que tem como objeto de estudo os mecanismos 
de interação entre a dimensão mental e a dimensão corporal. 
Em alguns países vêm surgindo há um tempo muitos questionamentos e 
pesquisas sobre o Câncer enquanto doença cercada por questões afetivo- 
emocionais, psicológica. 
 
Existem Estudos que comprovam que pessoas mais fechadas, mais tensas e 
chegadas ao isolamento tendem mais a desenvolverem quadros de tristezas, 
depressões e pessimismos. Seus corpos ―sabem‖ o que as emoções lhes 
pedem e respondem com ―obediência‖, dando como resposta uma cefaléia (dor 
de cabeça), uma gastrite (dor no estômago produzida por inflamação) ou quem 
sabe, uma doença do coração, ou hipertensão arterial. 
 
Doenças dermatológica também podem ser psicossomáticas. A pele é um 
órgão complexo, e as doenças de pele podem surgir pelo sistema nervoso, pois 
o sistema nervoso origina-se no ectoderma do embrião. Alguns problemas são 
causados por estresse, conflitos ligados aos sentimentos e impulsos 
agressivos. Há situações em que o contato e a carícia foram insuficientes 
provocando problemas dermatológicos. 
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Psicomatismo é um termo usado para distinguir pessoas que tem o problema 
de ler alguns sintomas e sentir. 
 
 
As doenças dermatológicas que tendem a ter forte componente emocional são: 
eczema constitucional, psioríase, dermatite de herpes, alopecia (queda de 
cabelo em certas zonas), liquitose (pele de peixe). 
Especialistas afirmam que trabalhar a emoção e o comportamento leva a um 
processo de evolução e autoconhecimento capaz de trazer a cura para 
problemas físicos e emocionais. 
"Quando bem acolhidas, compreendidas e validadas, as manifestações do 
corpo físico nos indicam o caminho certo a percorrer daquele ponto em diante. 
Além de nos levar a analisar nossa própria história, nossas experiências, 
mostrando em qual momento nos desviamos darota principal". 
Na terapia de leitura corporal as formas de tratamento são várias, entre elas a 
prática de exercícios realizados com bolas, na água, massagens, receitas feitas 
com nutrientes específicos e muito diálogo. "Tudo com o objetivo de promover 
o bem-estar e a saúde, e conduzir ao entendimento dos conflitos que limitam o 
prazer de viver". 
Quando o organismo é agredido por um agente externo ou por alguma doença 
nos órgãos internos, a temperatura do corpo tende a aumentar. Ou seja, a 
febre é um indício de que existe algo fora do normal acontecendo em seu 
corpo. 
A febre pode não ser uma doença, mas ela é essencial para ajudar seu corpo a 
combater diversas infecções. Além disso, ela costuma passar em questão de 
dias. Mas, assim como as doenças, a febre também pode ter ligação com a sua 
saúde emocional e aspectos psicológicos, principalmente em crianças. 
Os pais precisam orientar seus pequenos adolescentes, no sentido de serem 
cada vez melhores no que se refere à paz interior, compaixão e, 
principalmente, mostrar-lhes formas amorosas de perdoar. 
O mais importante, sobretudo, é que os pais aprendam a soltar e perdoar a 
tudo e a todos para assim criarem um clima de comunhão e bem-estar no meio 
familiar. Segundo Freud, tudo aquilo que você vê de errado no outro não passa 
de uma projeção do que existe em si mesmo, embora inconscientemente. 
 
 
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Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) - Saúde não é apenas a 
ausência de doença, mas um bem estar, biopsicossocial e espiritual. 
 
 
CORPO, MENTE E EMOÇÕES: REFERENCIAIS TEÓRICOS DA 
PSICOSSOMÁTICA 
 
 
O corpo é o nosso instrumento e objeto de trabalho no processo do cuidar, 
consequentemente surge a impossibilidade de continuarmos negando a 
importância dos afetos ligados às afecções corporais. 
Por muito tempo acreditamos numa medicina cartesiana, que dividia o corpo e 
a mente. Atualmente com todo progresso da medicina e da psicologia, já não 
podemos negar a ligação que as nossas emoções provocam em nosso corpo e 
vice-versa. Por meio de pesquisas sabemos que a depressão, estresse e a 
ansiedade afetam diretamente o sistema imunológico e o quanto este é 
importante no surgimento e manutenção da doença/saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
Nosso organismo, por natureza, procura manter o equilíbrio interno, para que 
todos os órgãos trabalhem em harmonia. Deste modo, quando ocorre uma 
experiência estressora, positiva ou não, como uma promoção no trabalho, uma 
dificuldade financeira ou até uma doença, nosso corpo se esforça para se 
adaptar à nova situação, liberando substâncias bioquímicas conhecidas como 
hormônios (adrenalina e cortisol). 
O desgaste orgânico ocorre se a produção destas substâncias for excessiva ou 
prolongada (estresse crônico), gerando sérios problemas no organismo, como 
por exemplo, queda do sistema imune. 
A depressão é um termo comum que tem acompanhado o homem através de 
sua história, é uma experiência universal, já que as emoções de tristeza e 
pesar fazem parte da condição humana, e como toda doença, qualquer um 
pode ser acometido por ela. 
A depressão é, em geral, classificada como uma doença funcional, que pode 
não ter causas físicas palpáveis, o que leva à suposição de uma origem 
psicológica. Isto tem sido questionado porque dentro dos limites normais 
reduziram-na a experiências subjetivas de desconforto, de sofrimento e de 
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vulnerabilidade. Mas a falha desse mecanismo de defesa se relaciona 
principalmente com a elevação da produção de cortisol. 
Ansiedade, Ansia ou Nervosismo, é uma característica biológica do ser 
humano, que antecede momentos de medo, perigo ou de tensão, marcada por 
sensações corporais desagradáveis, tais como uma sensação de vazio no 
estômago, coração batendo rápido, nervosismo, aperto no tórax, transpiração, 
etc. 
Ter ansiedade ou sofrer desse mal faz com que a pessoa perca uma boa parte 
da sua auto-estima, ou seja, ela deixa de fazer certas coisas porque se julga 
ser incapaz de realizá-las. No entanto, o termo ansiedade está de certa forma 
interligado com o a palavra medo, sendo assim a pessoa passa a ter o medo 
de errar quando da realização de diferentes tarefas, sem mesmo chegar a 
tentar. 
O corpo e a mente são uma unidade, então se o emocional de uma pessoa não 
vai bem ela pode desenvolver as chamadas doenças psicossomáticas, que são 
aquelas que possuem sintomas físicos e que não têm explicação médica. São 
dores que não tem causa aparente, que aparecem sem que tenha havido 
nenhuma razão conhecida e que não se curam nem como remédios, pois a 
causa não é física, mas sim emocional, ou seja, provocada pela nossa mente. 
A pessoa que sofre com alguma doença psicossomática acaba somatizando no 
corpo os seus desequilíbrios emocionais e mentais e sofrendo com dores 
terríveis. Estas por sua vez são provenientes de suas angústias, ansiedades e 
depressões, o que desregula todos seus sistemas. 
As chamadas doenças psicossomáticas são doenças que apresentam 
sintomas físicos e que não têm origem ou causa identificada em exames. São 
dores que não tem causa aparente ou que aparecem sem que tenha havido 
nenhuma razão conhecida e que não se curam nem como remédios. Isso se dá 
porque as doenças psicossomáticas não possuem causas físicas e sim, 
emocionais. 
Existem outras que podem acarretar em uma ou mais doenças 
psicossomáticas: 
 Traumas de infância ou qualquer outro tipo de trauma; 
 Ansiedade e depressão; 
 Situações de violência (física ou psicológica); 
 Trabalho em excesso; 
 Autocobrança exagerada; 
 Entre outras causas. 
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Referências Bibliográficas 
 
Sobre o autor: 
 
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Disponível em: 
https://www.psicologosberrini.com.br/blog/o-que-sao-doencas-psicossomaticas/ 
Pesquisa realizada em: 13/02/2020 
 
 
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Marisa de Abreu Alves.Psicóloga.CRP 06/29493.PSICOSSOMÁTICA E 
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Disponível em: 
 
http://www.marisapsicologa.com.br/doencas-psicossomaticas-e- 
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Pesquisa realizada em: 13/02/2020 
 
 
Sobre o autor: 
 
Claudia Faria. Psicóloga.Doença psicossomática mais comuns, como identificar 
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Disponível em: 
 
https://www.tuasaude.com/doencas-psicossomaticas/ 
Pesquisa realizada em: 13/02/2020 
 
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Sobre o autor: 
 
Wikipédia, a enciclopédia livre. 
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Pesquisa realizada em: 13/02/2020 
 
Sobre o autor: 
 
Luana Dullius.Psicossomática, neurose atual e histeria. 
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,_neurose_atual_e_histeria 
 
Pesquisa realizada em: 13/02/2020 
 
 
Sobre o autor: 
 
Rosimeri Bruno Lopes.Psicossomática e a Psicanálise. 
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Pesquisa realizada em: 13/02/2020 
 
Sobre o autor: 
 
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Sobre o autor: 
 
Wikipédia, a enciclopédia livre. 
Disponível em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_psicanal%C3%ADtica 
Pesquisa realizada em: 13/02/2020 
 
Sobre o autor: 
 
Psicóloga Clínica Nathalie Beck. Doenças Psicossomáticas, uma linguagem 
corporal. 
Disponível em: 
http://www.apsicologa.net.br/psicossomatico.html 
Pesquisa realizada em: 13/02/2020Sobre o autor: 
 
Daniela Costa.Encontro BH. Revista.O corpo fala. 
Disponível em: 
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Pesquisa realizada em: 13/02/2020 
 
Sobre o autor: 
 
Eu Sem Fronteiras. Febre: Quais energias você está passando para seus 
filhos? 
Disponível em: 
 
https://www.eusemfronteiras.com.br/febre-quais-energias-voce-esta-passando- 
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Sobre o autor: 
 
Wikipédia, a enciclopédia livre. 
Disponível em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_psicossom%C3%A1tica 
Pesquisa realizada em: 13/02/2020 
 
Sobre o autor: 
 
Alinny Rodrigues Lamas.Enéas Rangel Teixeira.A DIMENSÃO 
PSICOSSOMÁTICA NO CUIDADO DE ENFERMAGEM. 
Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/57cbe/resumos/392.htm 
Pesquisa realizada em: 13/02/2020 
 
Sobre o autor: 
 
Abrale. Emoções e Saúde - Ligação corpo e mente. 
Disponível em: 
http://abrale.org.br/emocoes-saude 
Pesquisa realizada em: 13/02/2020 
 
Sobre o autor: 
 
José Roberto Marques.Blog.5 Doenças Psicossomáticas Mais Comuns e Seus 
Sintomas. 
Disponível em: 
 
https://www.jrmcoaching.com.br/blog/5-doencas-psicossomaticas-mais- 
comuns-e-seus-sintomas/ 
Pesquisa realizada em: 13/02/2020 
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