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ESQUELÉTICO SISTEMA Esqueleto compreende o conjunto de ossos e tecido cartilaginoso unidos entre si para dar conformação ao corpo, proteção e sustentação de partes moles, é composto por ossos e cartilagens, estes são órgãos rígidos, esbranquiçados, constituídos por tecido conjuntivo mineralizado que reunidos entre si participam na formação do esqueleto. esqueleto axial: é formado pelos ossos da cabeça (crânio), pescoço (hióide e vértebras cervicais) e tronco (costelas, esterno vértebras e sacro); O esqueleto pode ser dividido em duas partes funcionais: Em função disso a cartilagem é um tecido essencial no desenvolvimento do esqueleto fetal e da maioria dos ossos em crescimento. divisão Layane Silva esqueleto apendicular: é formado pelos ossos dos membros, inclusive aqueles que formam os cíngulos dos membros superiores e dos membros inferiores. Tecido avascular formado por condrócitos esparsos e matriz extracelular (95%), os condrócitos atuam na produção e manutenção da matriz, esta é sólida, firme e ligeiramente maleável - alta razão de glicosaminoglicanos (GAG) e fibras colágenas do tipo II na matriz cartilaginosa possibilita difusão de substâncias entre vasos sanguíneos do tecido conjuntivo circundante e condrócitos dispersos na matriz cartilaginosa, mantendo a viabilidade do tecido. Há interações entre 2 classes de moléculas estruturais com diferentes características biofísicas: trama de fibrilas colágenas resistentes à tensão e vários agregados de proteoglicanos altamente hidratados e extremamente sensíveis às forças de cisalhamento, o que torna a cartilagem bem adaptada para sustentação de peso. cartilagem condrogênese Processo de desenvolvimento da cartilagem que inicia com agregação de células mesenquimatosas para formar uma massa de células arredondadas e muito próximas, assim, o local de formação da cartilagem hialina é reconhecido por um agregado de células mesenquimatosas ou ectomesenquimatosas (nódulo condrogênico), e a expressão do fator de crescimento SOX-9, junto com a secreção de colágeno tipo II, desencadeia a diferenciação delas em condroblastos, que secretam matriz cartilaginosa. Os condroblastos afastam-se progressivamente, à medida que depositam a matriz e, quando estão circundados por matriz extracelular, tornam-se condrócitos, e o tecido mesenquimatoso que circunda o nódulo condrogênico origina o pericôndrio. Esse processo é regulado por muitas moléculas, incluindo ligantes extracelulares, receptores nucleares, fatores de transcrição, moléculas de adesão e proteínas da matriz, influenciada por forças biomecânicas e responsável por regular formato, regeneração, envelhecimento da cartilagem e modificar interações das células com a matriz extracelular dentro da cartilagem. A cartilagem possui 2 tipos de crescimento: I. APOSICIONAL: processo que forma nova cartilagem na superfície da cartilagem existente, assim, novas células cartilaginosas originam-se da porção interna do pericôndrio circundante e produzem colágeno tipo I, no entanto, quando o crescimento cartilaginoso é iniciado, as células sofrem diferenciação orientado pela expressão do fator de transcrição SOX-9, prolongamentos citoplasmáticos desaparecem, núcleo torna-se arredondado e citoplasma aumenta. Essas alterações levam à diferenciação da célula em condroblasto, que atuam na produção da matriz cartilaginosa, incluindo a secreção de colágeno do tipo II, essa matriz aumenta massa cartilaginosa, enquanto novos fibroblastos são produzidos simultaneamente; II. INTERSTICIAL: processo que forma nova cartilagem dentro de uma massa de cartilagem existente, no qual novas células originam-se da divisão dos condrócitos dentro de suas lacunas, estes retêm a capacidade de mitose, e a matriz circundante é distensível, possibilitando atividade secretora adicional. Layane Silva Inicialmente, as células-filhas dos condrócitos em divisão ocupam a mesma lacuna, com secreção de nova matriz, células-filhas se separam e cada célula passa a ocupar a sua própria lacuna e, com secreção contínua de matriz, as células afastam-se umas das outras, por conseguinte, o crescimento global da cartilagem resulta da secreção intersticial de novo material da matriz pelos condrócitos e pela secreção aposicional do material da matriz por condroblastos recém-diferenciados. Cada molécula de ácido hialurônico está associada a várias moléculas de agrecam, ligados por proteínas ligantes na extremidade N-terminal da molécula, formando grandes agregados de proteoglicanos com alta carga, que estão ligados às fibrilas da matriz de colágeno por interações eletrostáticas e glicoproteínas multiadesivas, cujo aprisionamento é responsável pelas propriedades biomecânicas da cartilagem hialina - além disso, contém outros proteoglicanos ligam-se a outras moléculas e ajudam a estabilizar a matriz. III. GLICOPROTEÍNAS MULTIADESIVOS: ou glicoproteínas não colágenas e não ligadas a proteoglicanos, influenciam as interações dos condrócitos com as moléculas da matriz tipos Há 3 tipos de cartilagem que diferem na aparência e propriedades mecânicas, de acordo com a matriz: CARTILAGEM HIALINA Caracteriza-se por matriz composta por fibras colágenas tipo II, GAG, proteoglicanos e glicoproteínas multiadesivas, de aparência vítrea, formada por espaços onde localizam- se condrócitos - é um tecido vivo e complexo que proporciona superfície de baixo atrito, participa na lubrificação das articulações sinoviais e distribui forças aplicadas ao osso subjacente. A matriz cartilaginosa hialina é composta por 3 classes de moléculas, são elas: colágeno tipo II: constitui a maior parte das fibrilas; colágeno tipo IX: facilita interação das fibrilas com moléculas de proteoglicanos da matriz; colágeno tipo IX: regula a espessura das fibrilas; colágeno tipo X: organiza as fibrilas colágenas em rede hexagonal tridimensional, favorecendo o bom exercício da função mecânica; colágeno tipo VI: presente na matriz, principalmente na periferia dos condrócitos, onde auxilia na fixação dessas células à estrutura da matriz. I. MOLÉCULAS DE COLÁGENO: principal proteína da matriz, dividida em 4 tipos que participam na formação da trama tridimensional de fibrilas finas e curtas da matriz (moléculas de colágeno específicas da cartilagem): II. PROTEOGLICANOS: substância fundamental tem 3 tipos de glicosaminoglicanos: ácido hialurônico, condroitim sulfato e queratam sulfato, estas 2, unidas a proteína central, formam monômero de proteoglicano (Ex.: agrecam) - neste cada molécula tem 100 cadeias de condroitim sulfato e 60 moléculas de queratam sulfato, grande carga negativa e afinidade pelas moléculas de água. Constituem importantes marcadores de renovação e degeneração da cartilagem. A matriz cartilaginosa é altamente hidratada (80% água intercelular), grande parte da água está firmemente ligada aos agregados de agrecam-ácido hialurônico, conferindo alta pressão osmótica, intumescência e resiliência à cartilagem, pelo formato e resistência à tensão. A rede de fibras colágenas do tipo II proporciona estrutura para resistir à pressão promovida pela intumescência das moléculas de agrecam - e parte da água está ligada de maneira frouxa para possibilitar difusão de pequenos metabólitos para dentro e fora dos condrócitos. Na cartilagem hialina, os condrócitos estão distribuídos como unidades ou agrupamentos (grupos isógenos), células que sofreram divisão recente, assim, à medida que condrócitos recém-divididos produzem matriz extracelular que os circunda, esses grupos isógenos se dispersam. Além disso, sintetizam e secretam metaloproteinases (enzimas que degradam a matriz cartilaginosa), possibilitando a expansão e o reposicionamento das próprias células dentro do grupo isógeno em crescimento, glicosaminoglicanos e proteoglicanos. Os condrócitos ativos na produção de matriz exibem áreas de basofilia citoplasmática (RER) e indicam síntese de proteína, e as áreas claras, que representamo complexo de Golgi e indicam locais de gotículas de lipídios extraídas ou reservas de glicogênio, grânulos secretores, vesículas, filamentos intermediários, microtúbulos e microfilamentos de actina. Layane Silva tem grande concentração de proteoglicanos sulfatados, ácido hialurônico, biglicanos e várias glicoproteínas multiadesivas, contém fibrilas colágenas do tipo IX e VI, que formam um envoltório densamente entrelaçado ao redor de cada condrócito, as do tipo VI liga-se a receptores de integrina na superfície celular e ancora os condrócitos na matriz; Durante a vida, a cartilagem sofre remodelação interna contínua, à medida que as células renovam as moléculas de matriz perdidas por degradação, cuja renovação depende da capacidade dos condrócitos de detectar alterações na composição, em seguida, condrócitos respondem pela síntese de tipos de novas moléculas. A matriz atua como transdutor de sinal para condrócitos inseridos nela, assim, as cargas de pressão aplicadas à cartilagem criam sinais mecânicos, elétricos e químicos que ajudam a direcionar a atividade de síntese dos condrócitos - à medida que o corpo envelhece, a composição da matriz modifica-se, e os condrócitos perdem a capacidade de responder a esses estímulos. Os componentes da matriz da cartilagem hialina tem distribuição heterogênea em 3 regiões diferentes, com base na propriedade de coloração da matriz, são elas: I. MATRIZ CAPSULAR: ou pericelular, forma anel de matriz de cor mais densa, localizado ao redor do condrócito, DIVISÃO II. MATRIZ TERRITORIAL: região mais afastada dos condrócitos, que circunda os grupos isógenos e contém uma rede de fibras colágenas do tipo II aleatoriamente distribuídas, pouca quantidade de colágeno do tipo IX e uma menor concentração de proteoglicanos sulfatados; III. MATRIZ INTERTERRITORIAL: região que circunda a matriz territorial e ocupa o espaço entre grupos de condrócitos. No desenvolvimento fetal inicial, a cartilagem hialina é a precursora dos ossos que se desenvolvem pelo processo de ossificação endocondral, no qual, quando a maior parte do modelo de cartilagem é substituída por osso, porções de cartilagem remanescem nas extremidades proximal e distal do osso e atuam como locais de crescimento do osso, os discos epifisários (placas de crescimento epifisárias), essa cartilagem permanece funcional enquanto o osso estiver crescendo em comprimento e, concluído o crescimento em um indivíduo adulto, a cartilagem é restrita à superfície das articulações móveis (cartilagem articular) e no esqueleto da caixa torácica (cartilagens intercostais). DESENVOLVIMENTO PERICÔNDRIO: tecido conjuntivo denso não modelado, semelhante à cápsula que circunda as glândulas e órgãos, atua como fonte de novas células para a cartilagem, quando está em crescimento ativo, aparece subdividido em camada celular interna, que dá origem a novas células cartilaginosas, e camada fibrosa externa; COMPOSIÇÃO CARTILAGEM ARTICULAR: cartilagem hialina que recobre superfícies articulares das articulações móveis, a superfície livre ou articular é desprovida de pericôndrio e, na superfície oposta, a cartilagem entra em contato direto com o osso também não revestida de pericôndrio. Layane Silva A cartilagem articular é remanescente do molde original de cartilagem hialina do osso em desenvolvimento, que persiste na vida adulta, possui alterações transitórias e regionais no conteúdo de água no movimento articular e quando a articulação está sujeita à pressão, cujo elevado grau de hidratação e o movimento de água na matriz possibilitam que a matriz cartilaginosa responda a cargas variáveis de pressão e contribui para capacidade que a cartilagem tem de sustentar peso. No adulto, é dividida em: I. ZONA SUPERFICIAL: ou tangencial, região resistente à pressão, mais próxima da superfície articular com vários condrócitos alongados e achatados, circundados por condensação de fibrilas colágenas tipo II, dispostas em fascículos paralelos à superfície livre da articulação; II. ZONA INTERMÉDIA: ou de transição, fica abaixo da zona superficial e contém condrócitos esféricos distribuídos na matriz, as fibrilas colágenas são pouco organizadas e estão dispostas obliquamente em relação à superfície; III. ZONA PROFUNDA: ou radial, pequenos condrócitos esféricos, dispostos em colunas curtas perpendiculares à superfície livre da cartilagem, as fibrilas colágenas estão dispostas entre colunas de condrócitos paralelas ao eixo longo do osso; IV. ZONA CALCIFICADA: matriz calcificada, com pequenos condrócitos, é separada da zona profunda (radial) por linha lisa, ondulante e densamente calcificada (tidemark), acima desta, a proliferação dos condrócitos dentro das lacunas da cartilagem produz as novas células para o crescimento intersticial. CARTILAGEM ELÁSTICA Caracteriza-se por fibras elásticas e lamelas elásticas, sua matriz também apresenta uma densa rede de fibras elásticas ramificadas e anastomosadas, com lâminas de interconexão de material elástico, este confere à cartilagem suas propriedades elásticas, além da resiliência e maleabilidade, esta não se calcifica durante o envelhecimento, é circundada por um pericôndrio. fibroCARTILAGEM Caracteriza-se por muitas fibras colágenas tipo I, é uma combinação de tecido conjuntivo modelado e cartilagem hialina, os condrócitos estão dispersos entre fibras colágenas, em fileiras e grupos isógenos, tem menos matriz extracelular cartilaginosa e não há pericôndrio circulante. Uma população de células com núcleos arredondados e pouca matriz fundamental (não fibrilar) circundante dos condrócitos, já nas áreas fibrosas há núcleos achatados ou alongados dos fibroblastos - a fibrocartilagem indica que o tecido necessita de resistência, pois atua como amortecedor de choque. As células na fibrocartilagem sintetizam várias moléculas da matriz extracelular e tem capacidade de responder a mudanças no ambiente externo, sua matriz extracelular tem colágeno do tipo I e II e versicano (monômero de proteoglicano secretado pelos fibroblastos), que pode ligar-se ao ácido hialurônico para formar agregados de proteoglicanos altamente hidratados. Layane Silva O esqueleto é constituído por cartilagens e ossos, a cartilagem é uma forma resiliente, semi rígida de tecido conjuntivo que compõe partes do esqueleto, onde é necessário mais flexibilidade. As faces articulares dos ossos que participam de articulação sinovial são revestidas por cartilagens articulares que tem superfícies de deslizamento lisas e com baixo atrito para permitir livre movimento. A proporção de osso e cartilagem no esqueleto muda à medida que o corpo cresce, quanto mais jovem, há mais cartilagem, assim, os ossos de recém-nascido são macios e flexíveis pois tem muita cartilagem. ossos sustentação para o corpo e suas cavidade vitais (principal tecido de sustentação do corpo); proteção para estruturas vitais; base mecânica do movimento (alavanca); armazenamento de sais; suprimento contínuo de novas células sanguíneas (produzidas pela medula óssea presente na cavidade medular de muitos ossos). O osso, um tecido vivo, é uma forma rígida e altamente especializada de tecido conjuntivo que compõe a maior parte do esqueleto, a fim de proporcionar: Os vasos sanguíneos não penetram na cartilagem, consequentemente, suas células obtêm oxigênio e nutrientes por difusão. histologia Um revestimento de tecido conjuntivo fibroso circunda cada elemento do esqueleto como uma bainha, exceto nos locais de cartilagem articular, tem-se: periósteo (circunda os ossos) e pericôndrio (circunda a cartilagem) - ambos nutrem as faces externas do tecido esquelético e podem depositar mais cartilagem ou osso, em caso de fraturas, e formam a interface para fixação de tendões e ligamentos. tipos Os 2 tipos de osso são compacto e esponjoso (trabecular), distinguidos pela quantidade de material sólido, número e tamanho dos seus espaços, todos os ossos temelasticidade (flexibilidade), grande rigidez e camada fina superficial de osso compacto ao redor da massa central de osso esponjoso. Exceto quando este é substituído por uma cavidade medular - esta nos ossos de adultos e entre as espículas (trabéculas) do osso esponjoso tem medula óssea amarela (gordurosa) ou vermelha (que produz células do sangue e plaquetas) ou uma associação de ambas. A arquitetura e proporção dos ossos variam de acordo com a função, o compacto proporciona resistência para sustentação de peso, assim, predomina em ossos longos que são rígidos e locais de fixação dos músculos e ligamentos próximo da parte média da diáfise, onde os ossos tendem a se curvar - ossos longos tem elevações que servem como suportes onde se fixam grandes músculos. I. OSSO COMPACTO: possui bastante resistência por sua estrutura densa, comum na região cortical dos ossos; II. OSSO TRABECULAR: ou esponjoso, elemento ósseo em forma de barras e placas (trabéculas), comum na região medular dos ossos, compõe a epífise nos ossos longos. classificação de acordo com a disposição topográfica; de acordo com o formato; I. OSSOS AXIAIS: ossos que formam o eixo principal do corpo (cabeça, pescoço e tronco); II. OSSOS PERPENDICULARES: formam os apêndices do corpo (ossos dos membros superiores e inferiores). I. OSSOS LONGOS: tubulares. Ex.: úmero no braço. II. OSSOS CURTOS: cubóides; Ex.: apenas tarso (tornozelo) e carpo (punho). III. OSSOS PLANOS: geralmente têm funções protetoras; Ex.: ossos planos do crânio protegem o encéfalo. IV. OSSOS IRREGULARES: tem vários formatos além de longos, curtos ou planos; Ex.: ossos da face. V. OSSOS SESAMÓIDES: se desenvolvem em alguns tendões e são encontrados nos lugares onde os tendões cruzam as extremidade dos ossos longos nos membros, assim, protegem os tendões contra o desgaste excessivo e muitas vezes modificam o ângulo dos tendões em sua passagem até as inserções. Ex.: patela. Layane Silva A maioria dos centros de ossificação secundários surge em outras partes do osso em desenvolvimento após o nascimento, a partir deles surgem as epífises. Os condrócitos situados no meio da epífise sofrem hipertrofia, e a matriz óssea entre eles se calcifica, paralelamente, as Aa. epifisiais crescem para o interior das cavidades em desenvolvimento com células osteogênicas na metáfise (parte alargada da diáfise mais próxima a epífise). Para continuar o crescimento, os ossos formados nos centros primário e secundário não se fundem até o osso atingir o tamanho adulto, assim, lâminas epifisiais interpõem-se entre diáfise e epífises, e acabam sendo substituídas por osso nos dois lados. Posteriormente, o crescimento ósseo cessa e a diáfise funde-se com as epífises, a partir de um processo progressivo que ocorre entre puberdade e maturidade, criando uma linha epifisial (bainha densa formada na fusão/sinostose). desenvolvimento ósseo A maioria dos ossos leva anos para crescer e amadurecer, no entanto, todos os ossos derivam do mesênquima (tecido conjuntivo embrionário) por dois processos diferentes: I. OSSIFICAÇÃO INTRAMEMBRANOSA: formação de osso membranoso, a partir de modelos mesenquimais dos ossos durante o período embrionário, e na ossificação direta do mesênquima, que inicia no período fetal; II. OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL: formação de osso cartilaginoso, a partir de modelos cartilaginosos dos ossos a partir do mesênquima durante o período fetal, e depois a maior parte da cartilagem é substituída por osso. A cartilagem hialina compreende a superfície articular e o disco epifisário, e a proporção de osso e cartilagem muda à medida que o corpo cresce. A ossificação endocondral inicia com condensamento e diferenciação de células mesenquimais em condroblastos, células que se multiplicam no tecido cartilaginoso em crescimento, formando modelo cartilaginoso do osso. Na região intermediária, a cartilagem calcifica e crescem capilares periosteais para o interior da cartilagem calcificada, que irrigam seu interior, e, junto com células osteogênicas associadas, formam broto periosteal. Os capilares iniciam o centro de ossificação primário, pois o tecido ósseo formado substitui a maior parte da cartilagem no corpo principal do modelo ósseo (diáfise) que cresce enquanto o osso se desenvolve. OSSIFICAÇÃO vasculatura e inervação Os ossos têm muito suprimento de vasos sanguíneos, principalmente, através das Aa. nutriciais que surgem como ramos independentes de artérias adjacentes fora do periósteo e seguem obliquamente pelo osso compacto da diáfise de um osso longo através dos forames nutrícios, essa artéria divide-se na cavidade medular em ramos longitudinais que prosseguem em direção às extremidades, irrigando a medula óssea, o osso esponjoso e as partes mais profundas do osso compacto - muitos pequenos ramos das Aa. periosteais são responsáveis pela nutrição da maior parte do osso compacto. O sangue chega aos osteócitos no osso por meio de sistemas haversianos ou ósteons que abrigam pequenos vasos sanguíneos, assim, as extremidades dos ossos são irrigadas por artérias metafisiais e epifisiais originadas das artérias que suprem as articulações - partes do plexo arterial periarticular que circunda a articulação e assegura o fluxo sanguíneo distal. Layane Silva FOSSA: área oca ou deprimida; Ex.: fossa infraespinal da escápula. SULCO: depressão ou escavação alongada; Ex.: sulco do nervo radial do úmero. CABEÇA: extremidade articular grande e redonda; Ex.: cabeça do úmero. LINHA: elevação linear; Ex.: linha para o músculo sóleo na tíbia. MALÉOLO: processo arredondado; Ex.: maléolo lateral da fíbula. INCISURA: entalhe na margem de um osso; Ex.: incisura isquiática maior. PROTUBERÂNCIA: projeção do osso; Ex.: protuberância occipital externa. ESPINHA: processo semelhante a um espinho; Ex.: espinha da escápula. PROCESSO ESPINHOSO: parte que se projeta semelhante a um espinho; Ex.: processo espinhoso de uma vértebra. TROCANTER: elevação arredondada grande; Ex.: trocanter maior do fêmur. TRÓCLEA: processo articular semelhante a uma roda ou processo que atua como roldana; Ex.: tróclea do úmero. TUBÉRCULO: proeminência pequena e elevada; Ex.: tubérculo maior do úmero. TUBEROSIDADE ou TÚBER: grande elevação arredondada. Ex.: túber isquiático, tuberosidade ilíaca. As veias acompanham as artérias através dos forames nutrícios, situados próximo das extremidades articulares dos ossos, além disso, vasos linfáticos são abundantes no periósteo, e os ossos com medula óssea vermelha têm muitas veias calibrosas. Os nervos acompanham os vasos sanguíneos que irrigam os ossos, o periósteo têm rica inervação sensitiva (Nn. periosteais) que conduz fibras de dor, sendo muito sensível a ruptura ou tensão, o osso têm poucas terminações sensitivas, os Nn. vasomotores causam constrição ou dilatação dos vasos sanguíneos, controlando o fluxo sanguíneo pela medula óssea. acidentes ósseos Surgem em qualquer lugar onde haja inserção de tendões, ligamentos e fáscias ou onde haja artérias que penetrem nos ossos ou situam-se adjacentes a eles, além destas outras formações ósseas ocorrem relacionadas com a passagem de um tendão ou para controlar o tipo de movimento em uma articulação. CAPÍTULO: cabeça articular pequena e redonda; Ex.: capítulo do úmero. CÔNDILO: área articular arredondada, ocorre em pares; Ex.: côndilos lateral e medial do fêmur. CRISTA: crista do osso; Ex.: crista ilíaca. EPICÔNDILO: proeminência superior ou adjacente a um côndilo; Ex.: epicôndilo lateral do úmero. FÓVEA: área plana lisa, geralmente coberta por cartilagem, onde um osso articula-se com outro; Ex.: fóvea costal superior no corpo de uma vértebra para articulação com uma costela. FORAME: passagem através de um osso; Ex.: forame obturado. Uniões ou junções entre 2 ou mais ossos ou partes rígidas do esqueleto com mobilidade relativa segundo sua função. articulação classificação De acordo com a forma ou o tipo de material pelo qual os ossos sãounidos; ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS: estruturas unidas por cartilagem hialina ou fibrocartilagem; Primárias: ou sincondroses, ossos unidos temporariamente por cartilagem hialina, o que permite leve curvatura no início da vida e o crescimento do osso no comprimento; Layane Silva (camada fibrosa externa revestida por membrana sinovial serosa) que transpõe e reveste a cavidade articular, esta é um espaço potencial que contém pequeno volume de líquido sinovial lubrificante, secretado pela membrana sinovial. No interior da cápsula, a cartilagem articular cobre as faces articulares dos ossos - outras faces internas são revestidas por membrana sinovial - e o periósteo que reveste os ossos na parte externa à articulação funde-se com a camada fibrosa da cápsula articular. Extrínsecos: articulações reforçadas por ligamentos acessórios separados; Ex.: cartilagem epifisária, articulação esfenoccipital, articulação costocondral, articulação esternocostal e articulação manúbrio-esternal. Secundárias: ou sínfise, são articulações fortes, ligeiramente móveis, unidas por fibrocartilagem, os discos intervertebrais fibrocartilagíneos existentes entre as vértebras são formados por tecido conjuntivo que une as vértebras, proporcionando à coluna vertebral resistência e absorção de choque, além de considerável flexibilidade. Ex.: sínfise púbica, sínfise intervertebral e sínfise sacrococcígea. ARTICULAÇÕES FIBROSAS: ossos unidos por tecido fibroso cujo grau de movimento depende do comprimento das fibras que unem os ossos, tem diferentes tipos de suturas: Sindesmose: une os ossos com uma lâmina de tecido fibroso, que pode ser um ligamento ou uma membrana fibrosa, possuem mobilidade parcial. Ex.: suturas do crânio, membrana interóssea no antebraço, articulação rádio-ulnar e articulação tibio-ulnar. Sindesmose dentoalveolar: ou gonfose, articulação na qual um processo semelhante a um pino encaixa-se em uma cavidade entre a raiz do dente e o processo alveolar da maxila. Possui movimentos locais microscópicos que informam sobre a força da mordida ou de cerrar de dentes, e sobre a existência de uma partícula presa entre os dentes, no entanto a mobilidade desta articulação indica distúrbios dos tecidos de sustentação do dente. ARTICULAÇÕES SINOVIAIS: articulações de locomoção em que os ossos são unidos por uma cápsula articular Intrínsecos: articulações são um espessamento de parte da cápsula articular. Ex.: osso do quadril e articulações do ombro, joelho e cotovelo. Estruturalmente, são compostas por: Superfície articular: face articular do osso; Cartilagem articular: reveste a superfície articular; Cápsula articular: envolve a articulação, sendo composta por uma membrana fibrosa (externa) e uma sinovial (interna) que produz e reabsorve a sinóvia; Cavidade articular: espaço intra-articular; Líquido sinovial: lubrifica a articulação (viscoso). FORMAÇÕES ANEXAS Ligamentos: intracapsulares e extracapsulares, reforçam a cápsula articular e orienta/limita o movimento; Discos e meninges: formação fibrocartilagínea, inserida na cápsula que amortece o impacto, evita instabilidade e adapta superfícies articulares; Bolsas sinoviais: formação achatada como sacos, que estão cheias de líquido sinovial. Articulações sinoviais podem ser classificadas de acordo com formato das faces articulares e/ou tipo de movimento. 1. Planas: movimento de deslizamento no plano das faces articulares que são planas, com movimento limitado por cápsulas articulares firmes, numerosas e pequenas; Ex.: articulação acromioclavicular. 2. Gínglimos: uniaxiais (1 plano), que permitem flexão e extensão, com cápsula fina e frouxa nas partes anterior e posterior onde há movimento, mas ossos unidos lateralmente por ligamentos colaterais fortes; Ex.: articulação do cotovelo. 3. Articulações selares: biaxiais (2 planos), permitem abdução, adução, flexão, extensão e circundução, com faces articulares opostas semelhantes a uma sela; Layane Silva 4. Articulações elipsóideas: biaxiais, permitem flexão, extensão, abdução e adução, movimento no plano sagital é maior do que no transversal; Ex.: articulações metacarpofalângicas. 5. Articulações esfeiróideas: multiaxiais, permitem flexão, extensão, abdução, adução, rotação medial e lateral, e circundução, altamente móveis, cujas superfícies esferóidea de um osso move-se na cavidade de outro; 6. Articulações trocóideas: uniaxiais, permitem rotação em torno de um eixo central - um processo arredondado de osso gira dentro de uma bainha ou anel. vasculatura e inervação Articulações são irrigadas por Aa. articulares originadas nos vasos ao redor da articulação, que com frequência tem anastomose (comunicação) das artérias para formar redes (anastomoses arteriais periarticulares) e assegurar irrigação sanguínea da articulação através. Já as Vv. articulares são veias comunicantes que acompanham artérias, localizadas na cápsula articular, principalmente na membrana sinovial. Articulações tem rica inervação propiciada por Nn. articulares com terminações nervosas sensitivas na cápsula articular, nas partes distais dos membros, são ramos dos nervos cutâneos que suprem a pele sobrejacente, mas a maioria consiste em ramos dos nervos que suprem músculos que cruzam e movem a articulação. Os nervos articulares transmitem impulsos sensitivos que contribuem para propriocepção, assim, a membrana sinovial é relativamente insensível e há fibras de dor na camada fibrosa da cápsula articular e ligamentos acessórios, e causa dor intensa em caso de lesão articular. Lei de Hilton afirma que nervos que suprem articulação também suprem músculos que movem a articulação e a pele que cobre suas inserções distais.
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