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Apg 13: 1. compreender a anatomia dos ossos, musculos e articulacoes dos membros inferiores. 2. entender a histologia das articulacoes. Fêmur TIBIA E FIBULA TARSO METATARSO E FALANGES Classificação funcional: •Sinartrose: uma articulação imóvel •Anfiartrose: uma articulação discretamente móvel •Diartrose: uma articulação livremente móvel. Todas as diartroses são articulações sinoviais. Elas apresentam várias formas e possibilitam diversos tipos diferentes de movimentos. Classificação estrutural: •Articulações fibrosas: não há cavidade articular e os ossos são mantidos unidos por tecido conjuntivo denso não modelado e rico em fibras de colágeno •Articulações cartilagíneas: não há cavidade articular e os ossos são mantidos juntos por cartilagem •Articulações sinoviais: os ossos que formam a articulação apresentam cavidade articular e são unidos pelo tecido conjuntivo denso não modelado de uma cápsula articular e, muitas vezes, por ligamentos acessórios. ARTICULACAO SINOVIAL São as mais moveis, diartoses, contem uma cavidade articular preenchida por liquido • Cartilagem articular: As extremidades dos ossos em oposição são cobertas por cartilagens articulares compostas de cartilagem hialina. Essas “almofadas” absorvem as forças de compressão aplicadas nas articulações, protegendo as extremidades ósseas de esmagamento. • Cavidade articular. Sendo uma característica única das articulações sinoviais, a cavidade articular é um espaço potencial que mantém uma pequena quantidade de sinóvia. • Cápsula articular: A cavidade articular é delimitada por uma cápsula articular de duas camadas, ou cápsula articular. A membrana fibrosa externa é de tecido conjuntivo denso não modelado e contínua com a camada de periósteo dos ossos que se articulam. Ela fortalece a articulação, fazendo que os ossos não fiquem separados. A camada interna é a membrana sinovial, constituída de tecido conjuntivo frouxo. Além de revestir a cápsula articular, essa membrana cobre todas as superfícies articulares internas não cobertas por cartilagem. Sua função é a de produzir sinóvia. • Sinóvia: O líquido viscoso dentro da cavidade articular também é chamado fluido ou líquido sinovial. A sinóvia é essencialmente um filtrado do sangue, resultante de capilares na membrana sinovial. Ela também contém moléculas glicoproteicas especiais, secretadas pelos fibroblastos da membrana sinovial, que a tornam um lubrificante escorregadio que facilita o movimento da articulação. A sinóvia não só ocupa a cavidade articular, como também ocorre dentro das cartilagens articulares, pois a compressão sobre as articulações durante o movimento normal a força para dentro e para fora das cartilagens articulares. Esse mecanismo de lubrificação nutre as células nas cartilagens articulares (a cartilagem é avascular) e lubrifica as superfícies livres dessas cartilagens, permitindo que ossos adjacentes se desloquem entre eles com um mínimo de fricção (atrito). • Ligamentos: geralmente são capsulares, isto é, são partes mais espessas da membrana fibrosa da cápsula articular. Em outros casos, os ligamentos são extracapsulares (localizados fora da capsula-ligamentos colaterais fibular e tibial do joelho) ou intracapsulares. (dentro da capsula-ligamentos cruzado anterior e posterior do joelho) • Nervos e vasos: As articulações sinoviais são ricamente supridas com fibras nervosas sensoriais que inervam a cápsula articular. Algumas dessas fibras detectam dor, como sabe bem qualquer pessoa que tenha sofrido uma lesão articular, mas a maioria delas monitora o quanto a cápsula está sendo estirada. Esse monitoramento do alongamento da articulação é uma das várias maneiras pelas quais o sistema nervoso detecta nossa postura e movimentos do corpo. As articulações sinoviais também têm um rico suprimento sanguíneo. A maioria dos vasos sanguíneos supre a membrana sinovial onde os leitos capilares produzem o filtrado do sangue, que é a base da sinóvia. Cada articulação sinovial é suprida por várias ramificações provenientes de vasos sanguíneos e nervos maiore (sobrepõem no abastecimento de áreas - quando os movimentos normais em uma articulação comprimem um vaso sanguíneo, outros vasos ficam abertos e conseguem manter a articulação nutrida • Disco articular. Certas articulações sinoviais contêm um disco de fibrocartilagem, ocorrem na articulação temporomandibular (mandíbula), na articulação esternoclavicular, na articulação do joelho, entre outras (em extremidades ósseas articulares têm formas um pouco diferentes) -preenche as lacunas e melhora o encaixe, distribuindo a carga de forma mais uniforme, minimizando o desgaste e danos. Esses discos permitem dois movimentos diferentes na mesma articulação— um movimento distinto para cada face do disco, como é o caso da articulação temporomandibular • Bolsas sinoviais e bainhas tendíneas: Essas estruturas contêm sinóvia e frequentemente são associadas com as articulações sinoviais. Por serem, essencialmente, “sacos” fechados de lubrificante, elas agem como “rolamentos de esferas”, para reduzir o atrito entre os elementos do corpo que se movem uns sobre os outro. A bolsa sinovial é um saco fibroso achatado revestido por uma membrana sinovial, ocorrem onde ligamentos, músculos, pele, tendões ou ossos se sobrepõem uns aos outros e sofrem fricção. Uma bainha tendínea é essencialmente uma bolsa alongada que envolve um tendão, ocorrem apenas em tendões que estão sujeitos ao atrito, tais como aqueles que passam por cavidades articulares ou que formam um emaranhado dentro de canais estreitos (túnel carpo). Tipos de articulações sinoviais: • Não axial. Ossos adjacentes não se movem em torno de um eixo específico. • Uniaxial. O movimento ocorre em torno de um único eixo. • Biaxial. O movimento pode ocorrer em torno de dois eixos. Sendo assim, a articulação permite movimento ao longo dos planos frontal e sagital. • Multiaxial. O movimento pode ocorrer em torno de todos os três eixos e ao longo de todos os três planos do corpo: frontal, sagital e transversal. é um tecido avascular formado por condrócitos e por matriz extracelular abundante. Mais de 95% do volume da cartilagem consiste em matriz extracelular, que constitui o elemento funcional desse tecido. Embora sejam esparsos, os condrócitos atuam como participantes essenciais na produção e na manutenção da matriz. Os condrócitos se localizam nas lacunas circundadas por matriz extracelular A matriz extracelular da cartilagem é sólida e firme, mas também ligeiramente maleável, o que explica a sua elasticidade. Como não existe nenhuma rede vascular na cartilagem, a composição da matriz extracelular é de importância crucial para a sobrevivência dos condrócitos. A elevada razão entre os glicosaminoglicanos (GAGs) e as fibras colágenas do tipo II na matriz cartilaginosa possibilita a difusão de substâncias entre os vasos sanguíneos do tecido conjuntivo circundante e os condrócitos dispersos na matriz cartilaginosa, mantendo, dessa maneira, a viabilidade do tecido A trama de fibrilas colágenas resistentes à tensão e a grande quantidade de agregados de proteoglicanos altamente hidratados (sensíveis às forças de cisalhamento, permitem que a cartilagem sustente o peso, particularmente nos pontos de movimento, como as articulações sinoviais). Uma vez que essa propriedade é mantida até mesmo durante o crescimento, a cartilagem é um tecido essencial no desenvolvimento do esqueleto fetal e da maioria dos ossos em crescimento. • Cartilagem hialina: caracteriza-sepor matriz que contém fibras colágenas do tipo II, GAGs, proteoglicanos e glicoproteínas multiadesivas - A substância fundamental da cartilagem hialina contém três tipos de GAGs: ácido hialurônico, sulfato de condroitina e sulfato de queratano. Os dois últimos GAGs ligam-se a uma proteína central para formar um monômero de proteoglicano. O agrecano é o monômero de proteoglicano mais abundante na cartilagem hialina - As moléculas de ácido hialurônico interagem com muitas moléculas de agrecano para formar grandes agregados de proteoglicanos. Suas cargas elétricas negativas ligam-se a muitas moléculas de água, mantendo-as ligadas - Muita agua (solvatação) nessa cartilagem, a ligação da agua com o agrecano gera a consistência de gel rígido, que forma o sistema de absorção de choques mecânicos. - Os condrócitos distribuem-se de modo singular ou em agrupamentos, denominados grupos isógenos - A matriz extracelular que circunda cada condrócito (matriz capsular) ou o grupo isógeno (matriz territorial) varia quanto ao conteúdo de colágeno e propriedades de coloração. A matriz interterritorial circunda a matriz territorial e ocupa o espaço entre grupos isógenos - O pericôndrio (que consiste em tecido conjuntivo firmemente aderido) circunda a cartilagem hialina e não é encontrado nas superfícies livres ou articulares da cartilagem articular nas articulações sinoviais - Funções: superfície de baixo atrito, lubrificação das articulações, distribuição das forças aplicadas ao osso subjacente e resistência a compressão - Localização: esqueleto fetal, disco epifisário (crescimento dos ossos), paredes de fossas nasais, laringe, traqueia e brônquios, superfície articulares dos ossos longos (articulações sinoviais) • Cartilagem elástica: caracteriza-se por fibras elásticas e lamelas elásticas, além de componentes similares aos da matriz da cartilagem hialina, com o acréscimo de uma densa rede de fibras elásticas e lâminas interconectantes de material elástico. Sempre possui pericôndrio - Localização: pavilhão auditivo, conduto auditivo externo, tuba auditiva, epiglote • Fibrocartilagem: caracteriza-se por abundantes fibras colágenas do tipo I e pouca substancia fundamental, bem como por componentes similares aos da matriz da cartilagem hialina. É uma combinação de tecido conjuntivo denso modelado e de cartilagem hialina. Resistente a tração e deformação. Sempre associada ao tecido conjuntivo denso e não possui pericôndrio - Localização: discos intervertebrais, discos articulares (esternoclavicular e tempomandibular), meniscos, sínfise púbica e pontos de inserção dos tendões e ligamentos nos ossos ELAINE N. MARIEB, Patricia Brady Wilhelm e Jon Mallatt. Anatomia humana,. 7ed. Editora Pearson, 2014 ROSS, M. H.; PAWLINA, W. Histologia: texto e atlas, correlações com Biologia celular e molecular. 7.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. MOORE: Keith L. Anatomia orientada para a clínica. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014
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