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Direito e sociedade

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Direito e sociedade 
 
O direito deve ter o semblante da sociedade onde será aplicada, se não tiver, logo, é difícil sua aplicabilidade ter 
concretude. 
 
Informações importantes 
 
 Direito é o instrumento mais efetivo das normas, pois 
tem em mãos o poder de coerção. Ele não 
corresponde as necessidades individuais, mas sim 
uma carência da coletividade; 
 
 A sua existência exige uma equação social. 
 
Aos primeiros fatos 
 
 As necessidades do homem,como a paz, a segurança e 
a ordem levou a sociedade a criação de um organismo 
responsável pela regência desses valores. Logo, é o 
direito que se identifica como esse ''organismo''; 
 
 Como ponto importante, o direito não constitui um 
feito, mas um meio para tornar possível a convivência 
e o progresso social; 
 
 As instituições jurídicas são invenções humanas que 
sofrem transformações no tempo e espaço. Como 
processo de adaptação social, e o direito deve estar 
sempre se refazendo, em face da mobilidade social; 
 
 Os processos de adaptação devem se renovar, pois 
somente assim o direito será um instrumento eficaz 
para assegurar o equilíbrio e a harmonia sociais; 
 
 Tais processos de adaptação contam com as normas 
jurídicas e os modelos de comportamento social, que 
contrapõem os limites da liberdade humana, 
mediante a imposição de certas condutas; 
 
 Na sua missão de proporcionar bem-estar, o direito 
não deve absorver todos os atos e manifestações 
humanas, pois não é o único responsável pelo 
progresso das relações sociais. A moral, a religião e as 
regras de trato social zelam, também, pela 
solidariedade entre os homem, cada um, porém, em 
seus próprios limites. O campo do Direito zela por 
regra a conduta social, com objetivos sobre a 
segurança e justiça. 
 
Adaptação das condutas humanas ao direito 
 
 O novo direito impõe, a priori, um processo de 
assimilação e, posteriormente, de adequação de 
atitudes. O conhecimento do ordenamento jurídico 
estabelecido não é preocupação exclusiva aos 
destinatários, pois o mundo jurídico passa a se 
empenhar no estudo do verdadeiro sentido e alcance 
das regras introduzidas em sociedade; 
 
 Com a definição do espírito da lei a sociedade passa a 
viver e se articular de acordo com os novos 
parâmetros. Em relação aos seus interesses 
particulares e na gestão de seus negócios, o homem 
pauta o seu comportamento e seguia em 
conformidade com os atuais conceitos de licito e 
ilícito; 
 
 Ao separar o licito do ilícito, segundo valores de 
convivência que a própria sociedade elege, o 
ordenamento jurídico torna possíveis os nexos de 
cooperação e disciplina; 
 
 O conteúdo de justiça da lei e o sentimento de 
respeito ao homem pelo bem comum deve ser a 
motivação maior dos processos de adaptação a nova 
lei. Todavia, a experiência revela que a experiência do 
homem em tendência a pratica do bem, é fraca. Por 
isso, a coercibilidade da lei atua como um estímulo a 
efetividade do direito. 
 
O Legislador 
 
 O Estado moderno dispõe de um poder próprio, para 
formulação do direito- o Poder Legislativo. A este 
compete a difícil e importante função de estabelecer 
o direito; 
 
O legislador deve estar sensível as mudanças sociais, 
registrando, nas leis e nos códigos, o novo direito 
 
 O legislador deste final de século não pode ser mero 
espectador do panorama social. Se os fatos caminham 
normamente à frente do Direito, conforme os 
interesses a serem preservados, o legislador deverá 
antecipar-se aos fatos. Ele deve fazer das leis uma 
cópia dos costumes sociais, com as devidas correções 
e complementações. O ''volksgeist'' deve informar as 
leis, mas o Direito contemporâneo não é simples 
repetidor de fórmulas sugeridas pela vida social. Se de 
um lado o direito recebe grande influxo dos fatos 
sociais provoca, igualmente, importantes 
modificações na sociedade; 
 
 Quando da elaboração da lei, o legislador haverá de 
considerar os fatores histórico, natural e cientifico e a 
sua conduta será a de adotar, entre os vários modelos 
possíveis da lei, aquele que mais se harmonize com os 
três fatores; 
 
 Earl Warren, na presidência da Suprema Corte Norte 
Americana salientou a importância do direito para o 
progresso e segurança dos povos: 
 
''A historia tem demonstrado que onde a lei prevalece, 
a liberdade individual do Homem tem sido forte e 
grande o progresso. Onde a lei é fraca ou inexistente, 
o caos e o medo imperam e o progresso humano é 
destruído ou retardado” 
 
 O mundo caminha para a transformar-se numa grande 
aldeia. O desenvolvimento das comunicações entre os 
povos distantes e de diferentes origens provocará o 
fenômeno da aculturação e em consequência, a 
abertura de um caminho para a unificação dos fatos 
sociais e uma tendência para a universalidade do 
Direito, será inalcançável, em face da permanência de 
diversidades culturais. 
 
Instrumentos de controle social 
 
 O direito não é o único instrumento responsável 
pela harmonia da vida social. A moral, religião e 
regras de trato social são outros processos 
normativos que condicionam a vivência do 
homem em sociedade. De todos, porém, o Direito 
é o que possui maior pretensão de efetividade, 
pois não se limita a descrever os modelos de 
conduta social, simplesmente sugerindo ou 
aconselhando. A coação -força a serviço do 
direito- é um dos seus elementos e inexiste em 
outros setores. Para que a sociedade ofereça um 
ambiente incentivador ao relacionamento entre 
os homens, é fundamental a participação e 
colaboração desses diversos instrumentos de 
controle social; 
 É indispensável que se demarque o território do 
''jus'', de acordo com as finalidades que lhe estão 
reservadas na dinâmica social. O contrário, com o 
legislador tendo campo aberto para dirigir 
inteiramente a vida humana, seria fazer do Direito 
um instrumento de domínio absoluto, em vez de 
meio de libertação. O Direito seria a máquina de 
despersonalização do homem. Se não houvesse 
um raio de ação como limite, além do qual é 
ilegítimo dispor e se todo e qualquer 
comportamento ou atitude tivesse de seguir os 
parâmetros da lei, o homem seria um robô, sua 
vida estaria integralmente programada e já que 
não teria o mesmo valor. 
 
Direito e Religião 
 
Diante da história 
 
 Desde as épocas mais recuadas da história, a religião 
exerceu um domínio absoluto sobre as coisas 
humanas; 
 
 A falta do conhecimento cientifico era suprido pela fé 
e as crenças religiosas formulavam as explicações 
necessárias; 
 
 Segundo o pensamento da época, Deus não só 
acompanhava os acontecimentos terrestres, mas 
interferia neles e, em suma, as precisões de tragédias 
viam-se dos castigos divinos e em contraponto, 
momentos de farturas, vistos como prêmios; 
 
 O direito era considerado como expressão da vontade 
divina e seus oráculos e sacerdotes recebiam de Deus 
os códigos e leis; 
 
 Nesse largo período da vida da humanidade, a classe 
sacerdotal possuía o monopólio do conhecimento 
jurídico. Os textos não eram divulgados; 
 
 O movimento de separação dessas duas vertentes, 
junto a laicização cresceu ao longo dos séculos XVII e 
XVIII, especialmente na França, Alemanha e Países 
Baixos, nos anos que antecederam a Revolução 
Francesa. Vários institutos jurídicos se desvincularam 
da Religião, como a assistência publica, o ensaio e o 
estado civil. 
 
 Modernamente, os povos adiantados separaram o 
estado da igreja, ficando, cada um, com seu próprio 
ordenamento. 
 
 Alguns sistemas jurídicos, porém, ainda continuam a 
ser regidos por livros religiosos, como o mundo 
muçulmano

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