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Relatório Final- PRÁTICA PROFISSIONAL EM NEGÓCIOS I

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1 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADE METROPOLITANAS UNIDAS 
LABORATÓRIO DE PRÁTICA PROFISSIONAL EM NEGÓCIOS 
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO 
 
 
 
RAFAEL ASSUMPÇÃO DUARTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“LAJEANDO VIDAS” 
Projeto de Impacto Social 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2021 
2 
 
RAFAEL ASSUMPÇÃO DUARTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LAJEANDO VIDAS: Projeto de Impacto Social 
 
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado como 
requisito obrigatório à obtenção do grau de Bacharel em 
Administração pelo Centro Universitário das Faculdades 
Metropolitanas Unidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO/SP 
2021 
 
 
 
 
 
3 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1. CONTEXTUALIZAÇÃO SOCIO-HISTÓRICA DO LAJE /98.....................4 
1.1 IDENTIFICAÇÃO DA OPORTUNIDADE.....................................................4 
2. CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMÁTICA DO PROJETO.....................7 
2.1 PROPOSTA DE VALOR E INTERVENÇÃO.................................................9 
2.2 PRODUTO MINIMAMENTE VIÁVEL (MVP) DO PROJETO.....................10 
2.3 INDICADORES DE IMPACTO.......................................................................11 
2.4 APRESENTAÇÃO............................................................................................12 
2.5 OBJETIVOS......................................................................................................13 
2.6 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO..................................................................13 
2.7 ESTIMATIVA DE CUSTOS DO LANÇAMENTO DO PROJETO................13 
2.8 INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO.................................................14 
3. RELATÓRIO DO PROJETO............................................................................14 
REFERÊNCIAS.......................................................................................................15 
APÊNDICE..............................................................................................................16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1. CONTEXTUALIZAÇÃO SOCIO-HISTÓRICA DO LAJE/98 
A cidade de São Luís, fundada em 1612, obteve grande influência dos franceses, 
portugueses e holandeses, sendo isso refletido na riqueza da arquitetura secular encontrada nos 
casarões azulejados, nas escadarias, becos e mirantes do Centro Histórico (IPHAN, 2007). 
Além do patrimônio histórico e cultural, São Luís também possui seu lado moderno com 
shopping centers, luxuosos hotéis, excelentes espaços para realização de eventos, com o 
acréscimo de belos rios, ilhas e 32km de praias que abrigam bares e restaurantes que aproveitam 
da vista inigualável, da gastronomia e da reconhecida hospitalidade do povo, para oferecer 
experiências singulares. É o caso do Laje98. 
Inaugurado no dia 18/05/2021, o Restaurante e Gastrobar “Laje 98” (FIGURA 01) 
conta com 03 ambientes e está localizado na Praia da Ponta D´Areia. O espaço cujo nome 
remete a laje que permite uma vista panorâmica do Centro Histórico e da praia além de 
decoração com grafitagem de artistas locais exaltando as riquezas da cidade, possui arquitetura 
moderna, paisagismo e jardinagem em ambientes que se diferenciam e se complementam. A 
laje é um ambiente mais informal, conta com música ao vivo, enquanto o ambiente climatizado 
é mais sofisticado e voltado aqueles que pretendem apreciar culinária contemporânea e/ou 
parrilla com maior privacidade e tranquilidade, enquanto o jardim possui um misto de 
informalidade e sofisticação além de dispor de um bar com design diferenciado. 
FIGURA 01 – LAJE 
Idealizado após uma frustração dos proprietários que durante 03 anos tiveram sucesso 
com o restaurante “Natural”, o Laje 98 conta com a gestão dos sócios Julcynara Teixeira 
(Psicóloga), Oldmar Júnior (Nutricionista) e Bárbara Wegener (Arquiteta) que apostam nos 
conceitos de arquitetura, requinte e hospitalidade e juntos pretendem que o restaurante se 
transforme em referência gastronômica na cidade de São Luís. 
5 
 
1.1 IDENTIFICAÇÃO DA OPORTUNIDADE 
 
 
Planejado e inaugurado em meio a Pandemia de COVID-19, o Laje 98 sofreu e sofre até 
os dias de hoje com as consequências advindas do momento de isolamento global a que o mundo 
fora submetido. O investimento inicial do empreendimento que estava em R$100.000,00 (Cem 
mil reais), triplicou devido à inflação de insumos e alimentos, sendo necessário alocar recursos 
finais no montante de R$300.000,00 (trezentos mil reais) para operacionalizar o negócio. No 
contexto macro, a Pandemia de Covid-19 representa uma ruptura do mundo como conhecíamos 
anteriormente (FREITAS, 2020; FINKLER, et al., 2020). 
No Brasil, é a responsável por descortinar e potencializar crises múltiplas e simultâneas, 
além de todas as contradições existentes no país, como por exemplo a superação de recordes de 
produção e exportação de alimentos que agravam e degradam o meio ambiente, enquanto que 
as desigualdades, pobreza e fome aumentam em níveis alarmantes. A inflação torna os alimentos 
- até mesmo o gás de cozinha - itens de difícil acesso para as 116 milhões de pessoas em situação 
de insegurança alimentar e as 19 milhões de pessoas em situação de fome. 
Tabu e motivos de constrangimento para o Brasil por séculos, somente no ano de 2003 
a fome teve a atenção merecida com o Programa Fome Zero, maior responsável por tirar o país 
do mapa da fome da ONU. Entretanto, o país vem registrando um galopante aumento no número 
de pessoas afetadas por insegurança alimentar nos últimos anos. Em 2016 eram 37,5 milhões 
de brasileiros, já em 2019 esse número saltou para 43,1, o que corresponde a um aumento de 
13%. Já em 2021 o Brasil retornou à níveis de 2004, levando 116,8 milhões de pessoas a 
sofrerem com insegurança alimentar e fome, apesar da Constituição Federal instituir a 
alimentação como direito social e o país ser o terceiro maior produtor de alimentos do mundo. 
Algumas medidas políticas tomadas nos últimos anos como a redução de 35% dos 
repasses previstos para a agricultura familiar provenientes do Programa de Fortalecimento da 
Agricultura Familiar (PRONAF) e os R$101 milhões de reais previstos pelo Programa de 
Aquisição de Alimentos (PAA) antes os R$1,2 bilhão até o ano de 2012, são exemplos dos 
motivos pelos quais o Brasil atualmente tem sofrido com aumento da pobreza, desigualdade e 
fome à níveis ainda maiores do que antes da implementação de robustos programas de 
transferência de renda e redução da pobreza tanto no país, quanto na América Latina. 
Como o objetivo de dirimir essas malezas, surge a Agenda 2030 da Organização das 
Nações Unidas (ONU), uma estratégia global e ambiciosa composta de 17 objetivos cujo 
primeiro é a erradicação da pobreza e o segundo fome zero e agricultura sustentável. Lançada 
em 2015 e com ampla aceitação pelos Estados-Membro, os estudos sobre os Objetivos de 
6 
 
Desenvolvimento Sustentável (ODS) ainda são escassos, assim como as iniciativas para 
implementá-los. Dessa forma, ciente de sua responsabilidade social e compromisso com a 
população mais vulnerável de São Luís e do Maranhão, estado brasileiro com o maior número 
de pessoas em situação de extrema pobreza e fome, o Laje 98 propõe o projeto de impacto social 
“Lajeando vidas”, seguindo os preceitos de um dos intérpretes do Brasil, Celso Furtado que diz 
“Não é possível educar os homens sem antes matar-lhes a fome” (VELLOSO, 2019). 
O projeto justifica-se pela crescente e preocupante fome que assola a população 
brasileira e ludovicense, o que faz com que famílias inteiras tenham suas condições de vida 
prejudicadas e orbitando em função de unicamente se alimentar no dia, sem saber se no seguinte 
conseguirão alimentos, além das crianças que já povoam os semáforos e avenidas da cidade 
pedindo doações ou comercializando produtos com a esperança de alimentareme a si as suas 
famílias, uma vez que a pandemia da COVID-19 fechou as escolas e ameaçou a única fonte de 
alimentação de muitas dessas crianças e adolescentes. 
O projeto será desenvolvimento em duas frentes, a primeira consiste em arrecadar 
alimentos e distribuí-los mensalmente à população vulnerável do entorno, e na adoção de 
práticas de doação de insumos e alimentos em boas condições para entidades que atuam no 
fornecimento de refeições para populações específicas, como moradores de rua, por exemplo. 
Concomitantemente, serão realizadas ações de conscientização da população e 
divulgação das atividades no Instagram do Laje 98, que atualmente é gerido por uma empresa 
de Comunicação a “AG 10”, pretende-se que o compartilhamento e “viralização” do projeto 
estimule clientes e população em geral à doarem os alimentos nesse momento sensível a qual 
estamos imersos atualmente. 
 
7 
 
2. CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMÁTICA DO PROJETO 
 
Inaugurado no dia 18/05/2021 em São Luís do Maranhão, pelos sócios Julcynara 
Teixeira, Oldmar Júnior e Bárbara Wegner, que durante 03 anos tiveram sucesso com o 
restaurante “Natural”, “Laje 98” é um Restaurante e Gastrobar. O espaço foi idealizado com 
arquitetura moderna, paisagismo e jardinagem em 03 ambientes que se diferenciam e se 
complementam. A laje que empresta o nome ao local é um ambiente aberto e informal que 
proporciona uma vista panorâmica do Centro Histórico, conta com música ao vivo e decoração 
de grafitagem de artistas locais exaltando as belezas naturais e culturais da cidade, enquanto o 
espaço climatizado é sofisticado e voltado aos clientes que pretendem apreciar culinária 
contemporânea e/ou parrilla com maior privacidade, enquanto o jardim possui um misto de 
informalidade e sofisticação além de dispor de um bar com detalhes e design singular. 
Planejado e inaugurado em meio a Pandemia de COVID-19, o Laje 98 sofreu e sofre até 
os dias de hoje com as consequências advindas do momento de isolamento global a que o mundo 
fora submetido. No contexto macro, a Pandemia de Covid-19 representa uma ruptura do mundo 
como conhecíamos anteriormente (FREITAS, 2020; FINKLER, et al., 2020). No Brasil, é a 
responsável por descortinar e potencializar crises múltiplas e simultâneas, além de todas as 
contradições existentes no país, como por exemplo a superação de recordes de produção e 
exportação de alimentos que agravam e degradam o meio ambiente, enquanto que as 
desigualdades, pobreza e fome aumentam em níveis alarmantes. A inflação torna os alimentos - 
até mesmo o gás de cozinha - itens de difícil acesso para as 116 milhões de pessoas em situação 
de insegurança alimentar e as 19 milhões de pessoas em situação de fome. 
Dessa forma, ciente de sua responsabilidade social e compromisso com a população 
mais vulnerável de São Luís e do Maranhão, estado brasileiro com o maior número de pessoas 
em situação de extrema pobreza e fome, o Laje 98 propõe o projeto de impacto social “Lajeando 
vidas”, seguindo os preceitos de um dos intérpretes do Brasil, Celso Furtado que diz “Não é 
possível educar os homens sem antes matar-lhes a fome” (VELLOSO, 2019). 
O projeto justifica-se pela crescente e preocupante fome que assola a população 
brasileira e ludovicense, o que faz com que famílias inteiras tenham suas condições de vida 
prejudicadas e orbitando em função de unicamente se alimentar no dia, sem saber se no seguinte 
conseguirão alimentos, além das crianças que já povoam os semáforos e avenidas da cidade 
pedindo doações ou comercializando produtos com a esperança de alimentarem e a si as suas 
famílias, uma vez que a pandemia da COVID-19 fechou as escolas e ameaçou a única fonte de 
alimentação de muitas dessas crianças e adolescentes. 
8 
 
O projeto será desenvolvimento em duas frentes planejadas por meio do Bussiness 
Model Canvas. Segundo o Sebrae (2013), o Canvas é uma das ferramentas mais utilizados por 
gestores, tendo por objetivo planejar, verificar e corrigir desafios e as inovações existentes em 
uma empresa ou em um projeto. Assim, Dornelas (2016) enfatiza que o Canvas traz uma 
proposta que pode auxiliar as organizações no que se refere a modelos de negócios, como forma 
de agregar valor além de identificar, analisar e conceituar ideias que sejam efetivamente 
propícias ao que se propõe. 
FIGURA 01: CANVAS DO PROJETO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborada pelo autor 
 
 
Pretende-se arrecadar alimentos e distribuí-los mensalmente à população vulnerável do 
entorno. Além de serem adotadas práticas de doação de insumos e alimentos em boas condições 
para entidades que atuam no fornecimento de refeições para populações específicas, como 
moradores de rua, por exemplo, uma vez que o Brasil é o 3º maior país em ranking de 
desperdício de alimentos. Concomitantemente, serão realizadas ações de conscientização da 
população e divulgação das atividades no Instagram do Laje 98, que atualmente é gerido por 
uma empresa de Comunicação a “AG 10”, pretende-se que o compartilhamento e “viralização” 
do projeto estimule clientes e população em geral à doarem os alimentos nesse momento 
sensível a qual estamos imersos atualmente. 
Por fim, o projeto pauta-se na Lei nº 14.016, de 23 de junho de 2020, que dispõe sobre "o 
combate ao desperdício de alimentos e a doação de excedentes de alimentos para o consumo 
humano” que possibilita aos bares e restaurantes doares alimentos com maior flexibilidade e 
dentro dos ditames da lei e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), 
especialmente o 01 (Erradicação da Pobreza) e 02 (Fome Zero e Agricultura Sustentável). 
9 
 
2.1 PROPOSTA DE VALOR E INTERVENÇÃO 
 
 
A proposta de valor (PVL) de um projeto ou produto, é compreendida como o benefício 
que ele propiciará em termos objetivos e subjetivos uma vez que a sua aplicação permite 
visualizar os benefícios de um projeto, como pode resolver conflitos ou gargalos, além da 
possibilidade de precificar corretamente. No caso específico do presente projeto, utilizaremos 
as variáveis de qualidade, quantidade e oportunidade sob a égide da teoria econômica que 
preceitua a utilidade que um projeto ou produto carrega. 
Em projetos sociais como o Lajeando Vidas, a utilização da PVL permite ainda conexões 
transparentes, compromissos, responsabilidades e valores de cada agente envolvido na 
intervenção. De acordo com Cury (2001) a formulação de valores, pode ser denominado como 
um compromisso ético, ou seja, com o uso de técnicas é capaz de otimizar os recursos, além da 
avaliação de resultados, com o compromisso de ter uma objetividade nos compromissos e nas 
responsabilidades advindas do projeto. 
No que tange à qualidade, pretende-se arrecadar alimentos não perecíveis através 
das doações de clientes, comunidade local, fornecedores e demais parceiros, além dos 
excedentes do próprio restaurante com base na lei 14.016/20 que autoriza bares e restaurantes 
doarem alimentos não vendidos para pessoas em situação de vulnerabilidade desde que 
cumpram as exigências previstas como a obtenção de um laudo da vigilância sanitária e as 
perfeitas condições dos alimentos, que não podem estar fora do prazo de validade. 
No que tange a quantidade, durante um mês será realizada divulgação nas redes 
sociais em parceira já estabelecida com a empresa de marketing e publicidade “AG10” visando 
a divulgação do projeto e com mensagens a respeito ao desperdício de alimentos, fome e 
pobreza, contextualizados à realidade micro (São Luís do Maranhã) e macro (Crise sanitária, 
econômica e política) com o intuito de obter primeiramente 500 cestas básicas, além de permitir 
a possibilidade de preparo de 1.000 marmitas para distribuição em parceira com associações e 
entidades do entorno que distribuem refeições à populações em vulnerabilidade social. 
Já a respeito da oportunidade que segundo Almeida e Nunes (2019) é composta pela 
combinação entre espaço etempo, pretende-se utilizar as instalações do Laje/98 para o 
armazenamento dos alimentos, além de realizar a gestão do excedente em perfeitas condições 
de qualidade para doação à entidades e associações locais. Quanto ao tempo, pretende-se 
realizar as distribuições com uma frequência mensal e realização no último sábado do mês, pois 
dessa forma será possível arrecadar a quantidade de alimentos inicialmente planejada e com 
tempo hábil de planejamento tanto para logística de distribuição quanto divulgação. 
10 
 
2.2 PRODUTO MINIMAMENTE VIÁVEL (MVP) DO PROJETO 
 
 
O Produto Minimamente Viável (MVP) de um projeto, constitui-se como um 
importante elemento e uma ferramenta valiosa para o seu planejamento, desenvolvimento e 
avaliação. Partindo-se do pressuposto de que é fundamental que qualquer empreendimento) ou 
projeto) seja minimamente viável, os requisitos necessários à sua execução são primeiramente 
elencados e testados para que atendam ao propósito através de métricas quantitativas e/ou 
qualitativas de acompanhamento (ROLO, 2016). 
Nesse sentido, o Lajeando Vidas tem por objetivo combater a pobreza e a fome 
crônicas que retornaram ao Brasil e à São Luís do Maranhão desde o ano de 2018 e que vem se 
intensificando sobremaneira com a emergência sanitária provocada pela pandemia da COVID- 
19 atrelada à gestão pública ineficaz no combate à tais problemas que irão tomar proporções 
ainda inestimáveis, porém evidentemente catastrófica após o fim do Bolsa Família. 
Portanto, a doação de alimentos será realizada em duas frentes: 
1ª: Arrecadação por meio de clientes e parceiros: No montante de 500 cestas básicas 
cuja meta será 125 por semana. 
2ª: Doação dos Excedentes: Preparação de 1.000 quentinhas ou 250 por semana. 
Para tanto, serão realizadas as seguintes estratégias: 
1ª: Posts nas redes sociais: Em parceria com a empresa “AG 10” será executada 
uma estratégia de mídia nas redes sociais com o intuito de atingir as metas e promover a 
conscientização do público sobre a temática da fome no Brasil; Durante as entregas, serão 
realizadas fotos e matérias que serão veiculadas tanto nas redes sociais dos restaurantes quanto 
em blogs jornalísticos e perfis de influencers digitais da cidade. 
2ª Arrecadação no restaurante: Nos dias de atrações musicais e culturais, será 
solicitado aos clientes que levem 1kg de alimento não perecível juntamente ao ingresso. 
A logística do projeto será da seguinte forma: 
 
➢ Necessidade de armazenamento dos alimentos não perecíveis em locais 
estratégicos que atendam às expectativas da vigilância sanitária, porém, 
visível aos clientes como forma de estímulo à doação; 
➢ Logística de transporte no dia das entregas com a necessidade de locação de 
veículo ou possibilidade de parceria com demais entidades; 
➢ Divulgação das atividades tanto com a empresa “AG 10” quanto com a 
mídia local, blogs, jornais, influencers, etc. 
11 
 
2.3 INDICADORES DE IMPACTO 
 
Em projetos sociais, uma das etapas mais importantes refere-se ao monitoramento e 
avaliação, para tanto, é fundamental a construção de indicadores, que são as referências 
quantitativas e/ou qualitativas que permitem verificar se os objetivos e metas estratégicas do 
projeto estão sendo ou foram alcançadas, portanto, os indicadores de impacto irão permitir 
auferir os resultados, apoiar o processo decisório e ampliar a transparência da execução dos 
projetos, especialmente se forem projetos que visem benefícios sociais, como o caso do 
“Lajeando Vidas” que se propõe à contribuir com a redução da fome e pobreza em São Luís. 
Os indicadores de impacto iniciais serão: 
 
Arrecadação de alimentos suficientes para 125 cestas básicas por semana ou 500 por mês; 
Insumos para preparação de quentinhas no montante de 200 por semana ou 1.000 por mês; 
 Autorização da Vigilância Sanitária para doação de alimentos; 
 Fechamento de parceria com fornecedores; 
 Visibilidade na mídia local no montante de 02 publicações e/ou posts por semana; 
 
12 
 
2.4 APRESENTAÇÃO 
 
Os proprietários do Restaurante Laje 98 em posse de suas responsabilidades para com a 
população vulnerável de São Luís e do Maranhão enquanto estado brasileiro que possui o maior 
número de pessoas em situação de extrema pobreza, vem realizar o projeto de impacto social 
“Lajeando vidas”, que segue os preceitos de um dos intérpretes do Brasil, Celso Furtado que 
diz “Não é possível educar os homens sem antes matar-lhes a fome” (VELLOSO, 2019). 
Inaugurado no ano de 2021, em meio a pandemia de COVID-19 que representou uma 
ruptura global do mundo que conhecíamos anteriormente, a fome no Brasil aumenta em níveis 
alarmantes e a inflação torna os alimentos inacessíveis para as 116 milhões de pessoas em 
situação de insegurança alimentar e as 19 milhões de pessoas em situação de fome. Situação 
que se agrava sobremaneira no campo, apesar da agricultura familiar ser a responsável por mais 
de 70% dos alimentos consumidos pelos brasileiros. 
A agricultura familiar brasileira é internacionalmente reconhecida e envolve em torno 
de 4,4 milhões de família, gerando renda para aproximadamente 70% dos moradores das zonas 
rurais segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Trata-se de 
uma modalidade de cultivo de terra geralmente administrada por um núcleo familiar e/ou 
cooperativas. De acordo com a Lei Nº 11.325, de 24 de julho de 2006 que estabelece diretrizes 
para a formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Rurais, é 
considerado agricultor familiar o indivíduo que “promove atividades no meio rural em terras de 
área inferior a quatro módulos fiscais, emprega mão de obra da própria família e tem sua renda 
vinculada a produção”. 
O projeto “Lajeando Vidas”, justifica-se, então pela crescente e preocupante fome que 
assola a população brasileira e ludovicense, o que faz com que famílias inteiras tenham suas 
condições de vida prejudicadas e orbitando em função de unicamente se alimentar no dia, sem 
saber se no seguinte conseguirão alimentos, além das crianças que já povoam os semáforos e 
avenidas da cidade pedindo doações ou comercializando produtos com a esperança de 
alimentarem e a si as suas famílias, uma vez que a pandemia da COVID-19 fechou as escolas 
e ameaçou a única fonte de alimentação de muitas dessas crianças e adolescentes. 
O projeto será fora planejado inicialmente com o intuito de receber e doar alimentos 
para a população carente, além de seguir a Lei nº 14.016, de 23 de junho de 2020, que dispõe 
sobre "o combate ao desperdício de alimentos e a doação de excedentes de alimentos para o 
consumo humano”, porém, após feedbacks e reuniões preliminares, decidiu-se por incluir um 
suporte à agricultura familiar na cidade de São Luís, com o intuito de tanto ajudar os agricultores 
a comercializarem seus alimentos, quanto combater a fome no campo. 
13 
 
2.5 OBJETIVOS 
 
a. OBJETIVO GERAL 
 
i. Executar mensalmente o projeto “Lajeando Vidas” com o intuito de combater a fome 
na Cidade de São Luís do Maranhão 
b. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
i. Arrecadar alimentos de clientes, colaboradores, parceiros e comunidade 
em geral; 
ii. Doar refeições em boas condições com base na Lei nº 14.016, de 23 de 
junho de 2020; 
iii. Realizar campanhas virtuais com o suporte da AG10; 
iv. Firmar parcerias com o poder público; 
v. Captar associações que trabalham com pessoas em situação de 
vulnerabilidade social; 
vi. Captar associações da agricultura familiar; 
 
2.6 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO 
 
 
 
ATIVIDADES NOV DEZ JAN 
Planejamento e acompanhamento da elaboração do projeto 
Formalização de parcerias com associações 
Autorização da vigilância sanitária 
Arrecadação de 500 cestas básicas 
Preparação de 1.000 quentinhas 
Execução de campanha de marketing em mídias sociais 
Ação no restaurante às sextas-feiras 
Lançamento do projeto 
Execução da açãoAvaliação e feedback 
 
2.7 ESTIMATIVA DE CUSTOS DO LANÇAMENTO DO PROJETO 
 
 
Logística Diárias para colaboradores TOTAL 
R$ 500,00 R$ 1.000 R$ 1.500,00 
Para a realização da ação, será necessária a locação de um veículo tipo utilitário com 
carroceria, e interior com refrigeração para as quentinhas. Além disso, serão contratados 10 
colaboradores para realizar a entrega das cestas básicas e das quentinhas. Demais custos 
envolvidos como divulgação e transporte serão executados pela administração do restaurante. 
14 
 
2.8 INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO 
 
 
 
INDICADORES QUANTIDADE MENSAL 
Formalização de parcerias com associações 05 
Arrecadação de cestas básicas 500 
Preparação de quentinhas 1.000 
Posts nas redes sociais 08 
Autorização da Vigilância Sanitária - 
Contratação de veículo automotor - 
Contratação de colaboradores 10 
Parceria com influencers/blogueiros/jornalistas 05 
 
3. RELATÓRIO DO PROJETO 
 
 
O projeto “Lajeando Vidas” idealizado pelos proprietários do restaurante Laje 98 com 
o suporte técnico de Rafael Assumpção Duarte, vem ao longo dos meses anteriores tomando 
robustez metodológica e, o mais importante, socioeconômica. Realizaram-se reuniões online e 
presenciais desde a sua idealização - com os proprietários e com a professora da disciplina - até 
a concepção das ações e indicadores de acompanhamento. 
Os feedbacks realizados até o momento permitiram inserir a agricultura familiar na base do 
projeto, visto que esses trabalhadores do campo estão sendo cerceados em seu direito mais 
básico: o de se alimentar, uma vez que os investimentos nacionais têm priorizado o agronegócio 
que devasta o solo, os mares e os rios e visa unicamente o enriquecimento de uma elite em 
detrimento do povo. 
Embora ainda em fase embrionária, as etapas seguintes de execução com a efetiva 
arrecadação de alimentos e a autorização da ANVISA para o preparo de alimentos com o 
excedente do restaurante, permitirão a execução do lançamento do projeto, com o concomitante 
fechamento de parcerias e divulgação nas redes sociais, com o intuito ainda de conscientizar 
clientes e a população acerca da temática da fome. Espera-se que esse projeto construído com 
as mais nobres intenções venha a se tornar referência na cidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
ALMEIDA, A.; DA COSTA NUNES, S. A Proposta de Valor como Elemento de 
Negociação. Revista Gestão & Sustentabilidade, v. 1, n. 1, p. 116 - 131, 10 abr. 2019. 
 
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