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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADE METROPOLITANAS UNIDAS LABORATÓRIO DE PRÁTICA PROFISSIONAL EM NEGÓCIOS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO RAFAEL ASSUMPÇÃO DUARTE “LAJEANDO VIDAS” Projeto de Impacto Social SÃO PAULO 2021 2 RAFAEL ASSUMPÇÃO DUARTE LAJEANDO VIDAS: Projeto de Impacto Social Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado como requisito obrigatório à obtenção do grau de Bacharel em Administração pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas. SÃO PAULO/SP 2021 3 SUMÁRIO 1. CONTEXTUALIZAÇÃO SOCIO-HISTÓRICA DO LAJE /98.....................4 1.1 IDENTIFICAÇÃO DA OPORTUNIDADE.....................................................4 2. CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMÁTICA DO PROJETO.....................7 2.1 PROPOSTA DE VALOR E INTERVENÇÃO.................................................9 2.2 PRODUTO MINIMAMENTE VIÁVEL (MVP) DO PROJETO.....................10 2.3 INDICADORES DE IMPACTO.......................................................................11 2.4 APRESENTAÇÃO............................................................................................12 2.5 OBJETIVOS......................................................................................................13 2.6 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO..................................................................13 2.7 ESTIMATIVA DE CUSTOS DO LANÇAMENTO DO PROJETO................13 2.8 INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO.................................................14 3. RELATÓRIO DO PROJETO............................................................................14 REFERÊNCIAS.......................................................................................................15 APÊNDICE..............................................................................................................16 4 1. CONTEXTUALIZAÇÃO SOCIO-HISTÓRICA DO LAJE/98 A cidade de São Luís, fundada em 1612, obteve grande influência dos franceses, portugueses e holandeses, sendo isso refletido na riqueza da arquitetura secular encontrada nos casarões azulejados, nas escadarias, becos e mirantes do Centro Histórico (IPHAN, 2007). Além do patrimônio histórico e cultural, São Luís também possui seu lado moderno com shopping centers, luxuosos hotéis, excelentes espaços para realização de eventos, com o acréscimo de belos rios, ilhas e 32km de praias que abrigam bares e restaurantes que aproveitam da vista inigualável, da gastronomia e da reconhecida hospitalidade do povo, para oferecer experiências singulares. É o caso do Laje98. Inaugurado no dia 18/05/2021, o Restaurante e Gastrobar “Laje 98” (FIGURA 01) conta com 03 ambientes e está localizado na Praia da Ponta D´Areia. O espaço cujo nome remete a laje que permite uma vista panorâmica do Centro Histórico e da praia além de decoração com grafitagem de artistas locais exaltando as riquezas da cidade, possui arquitetura moderna, paisagismo e jardinagem em ambientes que se diferenciam e se complementam. A laje é um ambiente mais informal, conta com música ao vivo, enquanto o ambiente climatizado é mais sofisticado e voltado aqueles que pretendem apreciar culinária contemporânea e/ou parrilla com maior privacidade e tranquilidade, enquanto o jardim possui um misto de informalidade e sofisticação além de dispor de um bar com design diferenciado. FIGURA 01 – LAJE Idealizado após uma frustração dos proprietários que durante 03 anos tiveram sucesso com o restaurante “Natural”, o Laje 98 conta com a gestão dos sócios Julcynara Teixeira (Psicóloga), Oldmar Júnior (Nutricionista) e Bárbara Wegener (Arquiteta) que apostam nos conceitos de arquitetura, requinte e hospitalidade e juntos pretendem que o restaurante se transforme em referência gastronômica na cidade de São Luís. 5 1.1 IDENTIFICAÇÃO DA OPORTUNIDADE Planejado e inaugurado em meio a Pandemia de COVID-19, o Laje 98 sofreu e sofre até os dias de hoje com as consequências advindas do momento de isolamento global a que o mundo fora submetido. O investimento inicial do empreendimento que estava em R$100.000,00 (Cem mil reais), triplicou devido à inflação de insumos e alimentos, sendo necessário alocar recursos finais no montante de R$300.000,00 (trezentos mil reais) para operacionalizar o negócio. No contexto macro, a Pandemia de Covid-19 representa uma ruptura do mundo como conhecíamos anteriormente (FREITAS, 2020; FINKLER, et al., 2020). No Brasil, é a responsável por descortinar e potencializar crises múltiplas e simultâneas, além de todas as contradições existentes no país, como por exemplo a superação de recordes de produção e exportação de alimentos que agravam e degradam o meio ambiente, enquanto que as desigualdades, pobreza e fome aumentam em níveis alarmantes. A inflação torna os alimentos - até mesmo o gás de cozinha - itens de difícil acesso para as 116 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar e as 19 milhões de pessoas em situação de fome. Tabu e motivos de constrangimento para o Brasil por séculos, somente no ano de 2003 a fome teve a atenção merecida com o Programa Fome Zero, maior responsável por tirar o país do mapa da fome da ONU. Entretanto, o país vem registrando um galopante aumento no número de pessoas afetadas por insegurança alimentar nos últimos anos. Em 2016 eram 37,5 milhões de brasileiros, já em 2019 esse número saltou para 43,1, o que corresponde a um aumento de 13%. Já em 2021 o Brasil retornou à níveis de 2004, levando 116,8 milhões de pessoas a sofrerem com insegurança alimentar e fome, apesar da Constituição Federal instituir a alimentação como direito social e o país ser o terceiro maior produtor de alimentos do mundo. Algumas medidas políticas tomadas nos últimos anos como a redução de 35% dos repasses previstos para a agricultura familiar provenientes do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) e os R$101 milhões de reais previstos pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) antes os R$1,2 bilhão até o ano de 2012, são exemplos dos motivos pelos quais o Brasil atualmente tem sofrido com aumento da pobreza, desigualdade e fome à níveis ainda maiores do que antes da implementação de robustos programas de transferência de renda e redução da pobreza tanto no país, quanto na América Latina. Como o objetivo de dirimir essas malezas, surge a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), uma estratégia global e ambiciosa composta de 17 objetivos cujo primeiro é a erradicação da pobreza e o segundo fome zero e agricultura sustentável. Lançada em 2015 e com ampla aceitação pelos Estados-Membro, os estudos sobre os Objetivos de 6 Desenvolvimento Sustentável (ODS) ainda são escassos, assim como as iniciativas para implementá-los. Dessa forma, ciente de sua responsabilidade social e compromisso com a população mais vulnerável de São Luís e do Maranhão, estado brasileiro com o maior número de pessoas em situação de extrema pobreza e fome, o Laje 98 propõe o projeto de impacto social “Lajeando vidas”, seguindo os preceitos de um dos intérpretes do Brasil, Celso Furtado que diz “Não é possível educar os homens sem antes matar-lhes a fome” (VELLOSO, 2019). O projeto justifica-se pela crescente e preocupante fome que assola a população brasileira e ludovicense, o que faz com que famílias inteiras tenham suas condições de vida prejudicadas e orbitando em função de unicamente se alimentar no dia, sem saber se no seguinte conseguirão alimentos, além das crianças que já povoam os semáforos e avenidas da cidade pedindo doações ou comercializando produtos com a esperança de alimentareme a si as suas famílias, uma vez que a pandemia da COVID-19 fechou as escolas e ameaçou a única fonte de alimentação de muitas dessas crianças e adolescentes. O projeto será desenvolvimento em duas frentes, a primeira consiste em arrecadar alimentos e distribuí-los mensalmente à população vulnerável do entorno, e na adoção de práticas de doação de insumos e alimentos em boas condições para entidades que atuam no fornecimento de refeições para populações específicas, como moradores de rua, por exemplo. Concomitantemente, serão realizadas ações de conscientização da população e divulgação das atividades no Instagram do Laje 98, que atualmente é gerido por uma empresa de Comunicação a “AG 10”, pretende-se que o compartilhamento e “viralização” do projeto estimule clientes e população em geral à doarem os alimentos nesse momento sensível a qual estamos imersos atualmente. 7 2. CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMÁTICA DO PROJETO Inaugurado no dia 18/05/2021 em São Luís do Maranhão, pelos sócios Julcynara Teixeira, Oldmar Júnior e Bárbara Wegner, que durante 03 anos tiveram sucesso com o restaurante “Natural”, “Laje 98” é um Restaurante e Gastrobar. O espaço foi idealizado com arquitetura moderna, paisagismo e jardinagem em 03 ambientes que se diferenciam e se complementam. A laje que empresta o nome ao local é um ambiente aberto e informal que proporciona uma vista panorâmica do Centro Histórico, conta com música ao vivo e decoração de grafitagem de artistas locais exaltando as belezas naturais e culturais da cidade, enquanto o espaço climatizado é sofisticado e voltado aos clientes que pretendem apreciar culinária contemporânea e/ou parrilla com maior privacidade, enquanto o jardim possui um misto de informalidade e sofisticação além de dispor de um bar com detalhes e design singular. Planejado e inaugurado em meio a Pandemia de COVID-19, o Laje 98 sofreu e sofre até os dias de hoje com as consequências advindas do momento de isolamento global a que o mundo fora submetido. No contexto macro, a Pandemia de Covid-19 representa uma ruptura do mundo como conhecíamos anteriormente (FREITAS, 2020; FINKLER, et al., 2020). No Brasil, é a responsável por descortinar e potencializar crises múltiplas e simultâneas, além de todas as contradições existentes no país, como por exemplo a superação de recordes de produção e exportação de alimentos que agravam e degradam o meio ambiente, enquanto que as desigualdades, pobreza e fome aumentam em níveis alarmantes. A inflação torna os alimentos - até mesmo o gás de cozinha - itens de difícil acesso para as 116 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar e as 19 milhões de pessoas em situação de fome. Dessa forma, ciente de sua responsabilidade social e compromisso com a população mais vulnerável de São Luís e do Maranhão, estado brasileiro com o maior número de pessoas em situação de extrema pobreza e fome, o Laje 98 propõe o projeto de impacto social “Lajeando vidas”, seguindo os preceitos de um dos intérpretes do Brasil, Celso Furtado que diz “Não é possível educar os homens sem antes matar-lhes a fome” (VELLOSO, 2019). O projeto justifica-se pela crescente e preocupante fome que assola a população brasileira e ludovicense, o que faz com que famílias inteiras tenham suas condições de vida prejudicadas e orbitando em função de unicamente se alimentar no dia, sem saber se no seguinte conseguirão alimentos, além das crianças que já povoam os semáforos e avenidas da cidade pedindo doações ou comercializando produtos com a esperança de alimentarem e a si as suas famílias, uma vez que a pandemia da COVID-19 fechou as escolas e ameaçou a única fonte de alimentação de muitas dessas crianças e adolescentes. 8 O projeto será desenvolvimento em duas frentes planejadas por meio do Bussiness Model Canvas. Segundo o Sebrae (2013), o Canvas é uma das ferramentas mais utilizados por gestores, tendo por objetivo planejar, verificar e corrigir desafios e as inovações existentes em uma empresa ou em um projeto. Assim, Dornelas (2016) enfatiza que o Canvas traz uma proposta que pode auxiliar as organizações no que se refere a modelos de negócios, como forma de agregar valor além de identificar, analisar e conceituar ideias que sejam efetivamente propícias ao que se propõe. FIGURA 01: CANVAS DO PROJETO Fonte: Elaborada pelo autor Pretende-se arrecadar alimentos e distribuí-los mensalmente à população vulnerável do entorno. Além de serem adotadas práticas de doação de insumos e alimentos em boas condições para entidades que atuam no fornecimento de refeições para populações específicas, como moradores de rua, por exemplo, uma vez que o Brasil é o 3º maior país em ranking de desperdício de alimentos. Concomitantemente, serão realizadas ações de conscientização da população e divulgação das atividades no Instagram do Laje 98, que atualmente é gerido por uma empresa de Comunicação a “AG 10”, pretende-se que o compartilhamento e “viralização” do projeto estimule clientes e população em geral à doarem os alimentos nesse momento sensível a qual estamos imersos atualmente. Por fim, o projeto pauta-se na Lei nº 14.016, de 23 de junho de 2020, que dispõe sobre "o combate ao desperdício de alimentos e a doação de excedentes de alimentos para o consumo humano” que possibilita aos bares e restaurantes doares alimentos com maior flexibilidade e dentro dos ditames da lei e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente o 01 (Erradicação da Pobreza) e 02 (Fome Zero e Agricultura Sustentável). 9 2.1 PROPOSTA DE VALOR E INTERVENÇÃO A proposta de valor (PVL) de um projeto ou produto, é compreendida como o benefício que ele propiciará em termos objetivos e subjetivos uma vez que a sua aplicação permite visualizar os benefícios de um projeto, como pode resolver conflitos ou gargalos, além da possibilidade de precificar corretamente. No caso específico do presente projeto, utilizaremos as variáveis de qualidade, quantidade e oportunidade sob a égide da teoria econômica que preceitua a utilidade que um projeto ou produto carrega. Em projetos sociais como o Lajeando Vidas, a utilização da PVL permite ainda conexões transparentes, compromissos, responsabilidades e valores de cada agente envolvido na intervenção. De acordo com Cury (2001) a formulação de valores, pode ser denominado como um compromisso ético, ou seja, com o uso de técnicas é capaz de otimizar os recursos, além da avaliação de resultados, com o compromisso de ter uma objetividade nos compromissos e nas responsabilidades advindas do projeto. No que tange à qualidade, pretende-se arrecadar alimentos não perecíveis através das doações de clientes, comunidade local, fornecedores e demais parceiros, além dos excedentes do próprio restaurante com base na lei 14.016/20 que autoriza bares e restaurantes doarem alimentos não vendidos para pessoas em situação de vulnerabilidade desde que cumpram as exigências previstas como a obtenção de um laudo da vigilância sanitária e as perfeitas condições dos alimentos, que não podem estar fora do prazo de validade. No que tange a quantidade, durante um mês será realizada divulgação nas redes sociais em parceira já estabelecida com a empresa de marketing e publicidade “AG10” visando a divulgação do projeto e com mensagens a respeito ao desperdício de alimentos, fome e pobreza, contextualizados à realidade micro (São Luís do Maranhã) e macro (Crise sanitária, econômica e política) com o intuito de obter primeiramente 500 cestas básicas, além de permitir a possibilidade de preparo de 1.000 marmitas para distribuição em parceira com associações e entidades do entorno que distribuem refeições à populações em vulnerabilidade social. Já a respeito da oportunidade que segundo Almeida e Nunes (2019) é composta pela combinação entre espaço etempo, pretende-se utilizar as instalações do Laje/98 para o armazenamento dos alimentos, além de realizar a gestão do excedente em perfeitas condições de qualidade para doação à entidades e associações locais. Quanto ao tempo, pretende-se realizar as distribuições com uma frequência mensal e realização no último sábado do mês, pois dessa forma será possível arrecadar a quantidade de alimentos inicialmente planejada e com tempo hábil de planejamento tanto para logística de distribuição quanto divulgação. 10 2.2 PRODUTO MINIMAMENTE VIÁVEL (MVP) DO PROJETO O Produto Minimamente Viável (MVP) de um projeto, constitui-se como um importante elemento e uma ferramenta valiosa para o seu planejamento, desenvolvimento e avaliação. Partindo-se do pressuposto de que é fundamental que qualquer empreendimento) ou projeto) seja minimamente viável, os requisitos necessários à sua execução são primeiramente elencados e testados para que atendam ao propósito através de métricas quantitativas e/ou qualitativas de acompanhamento (ROLO, 2016). Nesse sentido, o Lajeando Vidas tem por objetivo combater a pobreza e a fome crônicas que retornaram ao Brasil e à São Luís do Maranhão desde o ano de 2018 e que vem se intensificando sobremaneira com a emergência sanitária provocada pela pandemia da COVID- 19 atrelada à gestão pública ineficaz no combate à tais problemas que irão tomar proporções ainda inestimáveis, porém evidentemente catastrófica após o fim do Bolsa Família. Portanto, a doação de alimentos será realizada em duas frentes: 1ª: Arrecadação por meio de clientes e parceiros: No montante de 500 cestas básicas cuja meta será 125 por semana. 2ª: Doação dos Excedentes: Preparação de 1.000 quentinhas ou 250 por semana. Para tanto, serão realizadas as seguintes estratégias: 1ª: Posts nas redes sociais: Em parceria com a empresa “AG 10” será executada uma estratégia de mídia nas redes sociais com o intuito de atingir as metas e promover a conscientização do público sobre a temática da fome no Brasil; Durante as entregas, serão realizadas fotos e matérias que serão veiculadas tanto nas redes sociais dos restaurantes quanto em blogs jornalísticos e perfis de influencers digitais da cidade. 2ª Arrecadação no restaurante: Nos dias de atrações musicais e culturais, será solicitado aos clientes que levem 1kg de alimento não perecível juntamente ao ingresso. A logística do projeto será da seguinte forma: ➢ Necessidade de armazenamento dos alimentos não perecíveis em locais estratégicos que atendam às expectativas da vigilância sanitária, porém, visível aos clientes como forma de estímulo à doação; ➢ Logística de transporte no dia das entregas com a necessidade de locação de veículo ou possibilidade de parceria com demais entidades; ➢ Divulgação das atividades tanto com a empresa “AG 10” quanto com a mídia local, blogs, jornais, influencers, etc. 11 2.3 INDICADORES DE IMPACTO Em projetos sociais, uma das etapas mais importantes refere-se ao monitoramento e avaliação, para tanto, é fundamental a construção de indicadores, que são as referências quantitativas e/ou qualitativas que permitem verificar se os objetivos e metas estratégicas do projeto estão sendo ou foram alcançadas, portanto, os indicadores de impacto irão permitir auferir os resultados, apoiar o processo decisório e ampliar a transparência da execução dos projetos, especialmente se forem projetos que visem benefícios sociais, como o caso do “Lajeando Vidas” que se propõe à contribuir com a redução da fome e pobreza em São Luís. Os indicadores de impacto iniciais serão: Arrecadação de alimentos suficientes para 125 cestas básicas por semana ou 500 por mês; Insumos para preparação de quentinhas no montante de 200 por semana ou 1.000 por mês; Autorização da Vigilância Sanitária para doação de alimentos; Fechamento de parceria com fornecedores; Visibilidade na mídia local no montante de 02 publicações e/ou posts por semana; 12 2.4 APRESENTAÇÃO Os proprietários do Restaurante Laje 98 em posse de suas responsabilidades para com a população vulnerável de São Luís e do Maranhão enquanto estado brasileiro que possui o maior número de pessoas em situação de extrema pobreza, vem realizar o projeto de impacto social “Lajeando vidas”, que segue os preceitos de um dos intérpretes do Brasil, Celso Furtado que diz “Não é possível educar os homens sem antes matar-lhes a fome” (VELLOSO, 2019). Inaugurado no ano de 2021, em meio a pandemia de COVID-19 que representou uma ruptura global do mundo que conhecíamos anteriormente, a fome no Brasil aumenta em níveis alarmantes e a inflação torna os alimentos inacessíveis para as 116 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar e as 19 milhões de pessoas em situação de fome. Situação que se agrava sobremaneira no campo, apesar da agricultura familiar ser a responsável por mais de 70% dos alimentos consumidos pelos brasileiros. A agricultura familiar brasileira é internacionalmente reconhecida e envolve em torno de 4,4 milhões de família, gerando renda para aproximadamente 70% dos moradores das zonas rurais segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Trata-se de uma modalidade de cultivo de terra geralmente administrada por um núcleo familiar e/ou cooperativas. De acordo com a Lei Nº 11.325, de 24 de julho de 2006 que estabelece diretrizes para a formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Rurais, é considerado agricultor familiar o indivíduo que “promove atividades no meio rural em terras de área inferior a quatro módulos fiscais, emprega mão de obra da própria família e tem sua renda vinculada a produção”. O projeto “Lajeando Vidas”, justifica-se, então pela crescente e preocupante fome que assola a população brasileira e ludovicense, o que faz com que famílias inteiras tenham suas condições de vida prejudicadas e orbitando em função de unicamente se alimentar no dia, sem saber se no seguinte conseguirão alimentos, além das crianças que já povoam os semáforos e avenidas da cidade pedindo doações ou comercializando produtos com a esperança de alimentarem e a si as suas famílias, uma vez que a pandemia da COVID-19 fechou as escolas e ameaçou a única fonte de alimentação de muitas dessas crianças e adolescentes. O projeto será fora planejado inicialmente com o intuito de receber e doar alimentos para a população carente, além de seguir a Lei nº 14.016, de 23 de junho de 2020, que dispõe sobre "o combate ao desperdício de alimentos e a doação de excedentes de alimentos para o consumo humano”, porém, após feedbacks e reuniões preliminares, decidiu-se por incluir um suporte à agricultura familiar na cidade de São Luís, com o intuito de tanto ajudar os agricultores a comercializarem seus alimentos, quanto combater a fome no campo. 13 2.5 OBJETIVOS a. OBJETIVO GERAL i. Executar mensalmente o projeto “Lajeando Vidas” com o intuito de combater a fome na Cidade de São Luís do Maranhão b. OBJETIVOS ESPECÍFICOS i. Arrecadar alimentos de clientes, colaboradores, parceiros e comunidade em geral; ii. Doar refeições em boas condições com base na Lei nº 14.016, de 23 de junho de 2020; iii. Realizar campanhas virtuais com o suporte da AG10; iv. Firmar parcerias com o poder público; v. Captar associações que trabalham com pessoas em situação de vulnerabilidade social; vi. Captar associações da agricultura familiar; 2.6 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ATIVIDADES NOV DEZ JAN Planejamento e acompanhamento da elaboração do projeto Formalização de parcerias com associações Autorização da vigilância sanitária Arrecadação de 500 cestas básicas Preparação de 1.000 quentinhas Execução de campanha de marketing em mídias sociais Ação no restaurante às sextas-feiras Lançamento do projeto Execução da açãoAvaliação e feedback 2.7 ESTIMATIVA DE CUSTOS DO LANÇAMENTO DO PROJETO Logística Diárias para colaboradores TOTAL R$ 500,00 R$ 1.000 R$ 1.500,00 Para a realização da ação, será necessária a locação de um veículo tipo utilitário com carroceria, e interior com refrigeração para as quentinhas. Além disso, serão contratados 10 colaboradores para realizar a entrega das cestas básicas e das quentinhas. Demais custos envolvidos como divulgação e transporte serão executados pela administração do restaurante. 14 2.8 INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO INDICADORES QUANTIDADE MENSAL Formalização de parcerias com associações 05 Arrecadação de cestas básicas 500 Preparação de quentinhas 1.000 Posts nas redes sociais 08 Autorização da Vigilância Sanitária - Contratação de veículo automotor - Contratação de colaboradores 10 Parceria com influencers/blogueiros/jornalistas 05 3. RELATÓRIO DO PROJETO O projeto “Lajeando Vidas” idealizado pelos proprietários do restaurante Laje 98 com o suporte técnico de Rafael Assumpção Duarte, vem ao longo dos meses anteriores tomando robustez metodológica e, o mais importante, socioeconômica. Realizaram-se reuniões online e presenciais desde a sua idealização - com os proprietários e com a professora da disciplina - até a concepção das ações e indicadores de acompanhamento. Os feedbacks realizados até o momento permitiram inserir a agricultura familiar na base do projeto, visto que esses trabalhadores do campo estão sendo cerceados em seu direito mais básico: o de se alimentar, uma vez que os investimentos nacionais têm priorizado o agronegócio que devasta o solo, os mares e os rios e visa unicamente o enriquecimento de uma elite em detrimento do povo. Embora ainda em fase embrionária, as etapas seguintes de execução com a efetiva arrecadação de alimentos e a autorização da ANVISA para o preparo de alimentos com o excedente do restaurante, permitirão a execução do lançamento do projeto, com o concomitante fechamento de parcerias e divulgação nas redes sociais, com o intuito ainda de conscientizar clientes e a população acerca da temática da fome. Espera-se que esse projeto construído com as mais nobres intenções venha a se tornar referência na cidade. 15 REFERÊNCIAS ALMEIDA, A.; DA COSTA NUNES, S. A Proposta de Valor como Elemento de Negociação. Revista Gestão & Sustentabilidade, v. 1, n. 1, p. 116 - 131, 10 abr. 2019. CURY, Thereza Christina Holl. Elaboração de projetos sociais, p.37-48. In: ÁVILA, Célia M. Gestão de projetos sociais. 3ª ed. rev. São Paulo: AAPCS – Associação de Apoio ao Programa Capacitação Solidária, 2001. DORNELAS, José Carlos Assis. Plano de negócios com o modelo Canvas: guia prático de avaliação de ideias de negócio a partir de exemplos. Rio de Janeiro: LTC, 2016. FINKLER, Raquel; ANTONIAZZI, Nathalia; DE CONTO, Suzana Maria. Os impactos da pandemia de Covid-19: uma análise sobre a situação dos restaurantes. Revista Turismo & Cidades, v. 2, p. 88-103, 2020. FREITAS, Maria do Carmo Soares; PENA, Paulo Gilvane Lopes. Fome e pandemia de COVID-19 no Brasil. Tessituras: Revista de Antropologia e Arqueologia, v. 8, n. 1, p. 34- 40, 2020. ROLO, Vitor Daniel Batista. Design e Desenvolvimento de Jogos Digitais. Dissertação [Mestrado]. Covilhã, 2016. VELLOSO, Rebeca Santos Wanderley. O Brasil e o combate à pobreza: dos ODM aos ODS. 2019. Tese de Doutorado. Instituto Superior de Economia e Gestão. 16 APÊNDICE
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