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ABORDAGENS TEÓRICAS DA CONTABILIDADE ROTA2

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ABORDAGENS TEÓRICAS DA 
CONTABILIDADE 
AULA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Ivanildo Viana Moura 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Olá, aluno(a), tudo bem? Seja bem-vindo(a) à segunda aula de 
Abordagens Teóricas da Contabilidade. Hoje vamos nos aprofundar um pouco 
mais na contabilidade. Os temas dessa aula são: 
1. Autonomia patrimonial; 
2. Classificação patrimonial: bens, direitos, obrigações; 
3. Classificação patrimonial: Patrimônio Líquido; 
4. Equação patrimonial básica; 
5. Mutações na situação patrimonial. 
Aproveite a leitura e pratique os conhecimentos adquiridos resolvendo os 
exercícios. Lembre-se, a melhor maneira de aprender, é praticando. 
Bons estudos! 
CONTEXTUALIZANDO 
Conforme estudado anteriormente, a contabilidade é a linguagem dos 
negócios, e o seu principal objetivo é fornecer informações úteis aos diversos 
usuários que tomam decisões com base nos relatórios contábeis que evidenciam 
dados sobre o patrimônio da entidade, a qual se classifica como objeto dessa 
ciência. 
As informações reportadas sobre o patrimônio demonstram aspectos 
qualitativos e quantitativos, evidenciando quais foram as mutações ocorridas de 
um período para outro, o que possibilita aos usuários uma visão de tendências 
futuras sobre as contas patrimoniais ou mesmo de resultado, auxiliando na 
tomada de decisões acerca dos interesses da entidade. 
Mas afinal, o que seria entidade em contabilidade? O que é o patrimônio 
e cada um dos seus elementos? Como ocorrem as mutações patrimoniais? 
Estes são os aspectos que trabalharemos a partir de agora. 
TEMA 1 – AUTONOMIA PATRIMONIAL 
A Resolução CFC n. 750, de 29 de dezembro de 1993, trata dos princípios 
contábeis. De acordo com essa resolução, estes princípios constituem a 
condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC), e 
 
 
3 
representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da 
Contabilidade. 
Em relação ao patrimônio, o objeto da contabilidade, a Resolução CFC n. 
750 estabelece um princípio que determina a forma como deve ser configurada 
a entidade e como deve ser tratado o patrimônio a ela pertencente, conforme 
disposto em seu art. 4º: 
O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio 
como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a 
necessidade da diferenciação de um patrimônio particular no universo 
dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma 
pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de 
qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por 
consequência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com 
aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou 
instituição. 
Nesse contexto, o patrimônio da entidade é reconhecido como sendo o 
objeto da contabilidade, mas o princípio determina que deve haver a Autonomia 
Patrimonial, ou seja, ele deve estar sob controle da entidade e não deve ser 
confundido com o patrimônio dos sócios ou proprietários. 
Como seria isso? Observe o contexto a seguir: 
 
Provavelmente você já viu ou viveu uma situação semelhante, na qual o 
dono da empresa retira dinheiro do caixa para quitar suas contas pessoais. Atos 
como este, além de ferir o princípio da entidade, podem comprometer as 
atividades operacionais, pois prejudicam o planejamento financeiro, 
principalmente no que tange aos recursos destinados ao capital de giro, o que 
poderia levar a empresa à insolvência ou necessidade de captação de recursos 
de terceiros, acarretando no pagamento de juros. 
 
 
4 
Por esse motivo, devemos ter em mente a autonomia patrimonial, pois o 
patrimônio da empresa a ela pertence e deve ser diferenciado do patrimônio de 
seus sócios ou proprietários, assim se determina o princípio da entidade. 
1.1 A Entidade Contábil 
Segundo Hendriksen e Van Breda (2007, p. 104): "Entidade Contábil 
consiste em determinar a unidade econômica que exerce controle sobre 
recursos, aceita responsabilidade por assumir e cumprir compromissos e conduz 
a atividade econômica". Conforme a Resolução CFC n. 774/1994, a entidade 
poderá ser desde uma pessoa física, a qualquer tipo de sociedade, instituição ou 
conjunto de pessoas, como: 
 Famílias; 
 Empresas; 
 Governos; 
 Sociedades beneficentes, religiosas, culturais, esportivas, de lazer, 
técnicas; 
 Sociedades cooperativas; 
 Fundos de investimento e outras modalidades. 
No entanto, embora todas as formas citadas anteriormente possam ser 
consideradas como entidades, para a contabilidade é necessário que haja a 
autonomia patrimonial, que é declarada por meio da formalização da entidade 
na forma jurídica, conforme disposto da Resolução CFC n. 774/1994: 
O patrimônio, na sua condição de objeto da contabilidade, é, no 
mínimo, aquele juridicamente formalizado como pertencente à 
Entidade, com ajustes quantitativos e qualitativos realizados em 
consonância com os princípios da própria Contabilidade. A garantia 
jurídica da propriedade, embora por vezes suscite interrogações de 
parte daqueles que não situam a autonomia patrimonial no cerne do 
Princípio da Entidade, é indissociável desse princípio, pois é a única 
forma de caracterização do direito ao exercício de poder sobre o 
mesmo Patrimônio, válida perante terceiros. 
Nesse sentido, Ávila (2006) conceitua a pessoa jurídica como uma 
entidade abstrata constituída com o objetivo de explorar organizadamente uma 
atividade qualificada como comum, sendo assim, passível de direitos e 
obrigações distintos das pessoas físicas, aspectos que a caracterizam como se 
tivesse “vida própria”. 
 
 
5 
Assim, a autonomia patrimonial é mais uma vez reafirmada, 
caracterizando o patrimônio para a entidade no momento em que esta assume 
forma jurídica, mas é bom ressaltar que esse mesmo patrimônio possui sentido 
unívoco. 
1.2 Sentido unívoco do patrimônio 
Uma técnica muito utilizada nas empresas, principalmente para fins de 
controles gerenciais, é a divisão do todo em setores, departamentos ou centros 
de responsabilidades. Essas divisões acarretam em autonomia gerencial para 
os gestores das áreas, mas não representam autonomia patrimonial, no sentido 
de geração de novas entidades. 
Conforme a Resolução CFC n. 750, de 29 de dezembro de 1993, art. 4º, 
Parágrafo único – “O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não 
é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não 
resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico - 
contábil”. 
Nesse contexto, têm-se a determinação do que se conhece por sentido 
unívoco, o qual impede a formação de novas entidades a partir da divisão do 
patrimônio para fins de controles gerenciais. Sobre esse assunto, a Resolução 
CFC n. 774/1994 traz o seguinte texto: 
A autonomia patrimonial apresenta sentido unívoco. Por consequência, 
o patrimônio pode ser decomposto em partes segundo os mais 
variados critérios, tanto em termos quantitativos quanto qualitativos. 
Mas nenhuma classificação, mesmo que dirigida sob ótica setorial, 
resultará em novas Entidades. Carece, pois, de sentido, a ideia de que 
as divisões ou departamentos de uma Entidade possam constituir 
novas Entidades, ou “microentidades”, precisamente porque sempre 
lhes faltará o atributo da autonomia. 
Tem-se então, a interpretação do sentido unívoco do patrimônio. 
Basicamente, é relacionado à questão da garantia jurídica de propriedade, o que 
dá autonomia ao patrimônio da entidade, uma vez que garante a ela o direito de 
exercício de poder patrimonial. Um exemplo clássico de divisão patrimonial é 
dado pela própria Resolução CFC n. 774/1994: 
Na contabilidade aplicada, especialmente nas áreas de custos e de 
orçamento, trabalha-se, muitas vezes, com controles divisionais, que 
podem ser extraordinariamente úteis, porém não significam a criação 
de novas Entidades, precisamente pela ausência de autonomia 
patrimonial. 
 
 
6 
Imagine então, uma fábrica naqual foram feitas várias divisões, para que 
o gestor tenha mais controle dos custos e despesas incorridas. Essas divisões 
possibilitarão aos executivos da empresa o acesso a informações mais 
detalhadas sobre os gastos nas áreas formadas, bem como uma melhor 
avaliação de desempenho de seus gestores. No entanto, essas áreas não têm 
forma jurídica separada da entidade, sendo todas partes do mesmo patrimônio 
juridicamente formalizado como um todo. 
Nesse contexto, se as divisões deram origem à departamentos, como o 
de administração, compras, vendas, recursos humanos, contabilidade, 
manutenção, SESMT e produção, etc., mesmo tendo autonomia gerencial, elas 
não possuem autonomia patrimonial, pois fazem parte do todo que se configura 
no patrimônio da entidade juridicamente constituída. 
Figura 1 – Divisão por departamentos 
 
TEMA 2 – CLASSIFICAÇÃO PATRIMONIAL: BENS, DIREITOS E OBRIGAÇÕES 
Classificar significa ordenar, dispor por classes, fazer uma separação por 
espécie. Em contabilidade, deve-se fazer a classificação dos itens antes dos 
lançamentos contábeis, para que não haja inconsistência na elaboração das 
demonstrações e para evitar a divulgação de dados inconsistentes aos usuários 
dos demonstrativos. 
 
 
7 
As informações fornecidas pela contabilidade dizem respeito, 
principalmente, ao patrimônio das entidades, suas mutações qualitativas e 
quantitativas. 
Mas o que seria o patrimônio? 
“O patrimônio tem sentido amplo: por um lado significa o conjunto de bens 
e direitos pertencente à uma pessoa ou empresa, por outro lado inclui as 
obrigações a serem pagas” (Marion, 2009, p. 30). 
O conjunto de bens, direitos e obrigações forma as contas patrimoniais, 
que são demonstradas no Balanço Patrimonial da entidade, a principal 
demonstração contábil existente. 
O entendimento das contas patrimoniais é de suma importância para o 
contador, pois é ele o responsável pela correta classificação dos itens que 
compõe o patrimônio. 
Figura 2 – Itens do Balanço Patrimonial 
 
O balanço demonstra o patrimônio da entidade, seu conjunto de bens, 
direitos e obrigações. 
2.1 Bens 
Bem é um conceito econômico que representa itens passíveis de 
avaliação monetária, os quais podem satisfazer necessidades do ser humano. 
Os bens podem ser classificados sob dois pontos de vista: o contábil e o da 
composição física, sofrendo subclassificações, conforme representa o 
organograma: 
 
 
 
8 
Figura 3 – Classificação dos bens 
 
De acordo com Ávila (2012, p. 44), sob o ponto de vista contábil, os bens 
são classificados em: 
Bens de troca: são aqueles que tem por finalidade ser trocados por 
outros bens, direitos e até obrigações. Geralmente os bens de troca 
são conhecidos por mercadorias, mas lembramos que, embora o 
dinheiro não seja mercadoria, constitui-se em um bem que pode ser 
trocado por qualquer elemento do patrimônio. Exemplo: mercadorias e 
dinheiro. 
Bens de uso: são aqueles utilizados pela empresa de maneira 
permanente, ou seja, durante o processo de utilização não 
desaparecem e podem ser utilizados novamente. Exemplos: balcões, 
veículos, imóveis, computadores, etc. 
Bens de consumo: são aqueles que, durante o processo em que são 
utilizados pela empresa, desaparecem, ou seja, são consumidos e não 
podem ser reutilizados. Exemplos: embalagem, combustível, tinta para 
impressão, etc. 
Assim, com base no contexto do autor, sabemos que os bens possuem 
três classificações distintas. Essas classificações nos permitem ter um melhor 
detalhamento das contas patrimoniais, pois cada tipo de bem tem um objetivo 
específico para a entidade, e dependendo do objetivo, a classificação no Balanço 
Patrimonial é feita de forma diferente. 
É importante também conhecermos a classificação dos bens sob o 
aspecto da composição de sua estrutura física: 
Materiais: aqueles que possuem matéria, ou seja, tem corpo físico. 
São conhecidos também como corpóreos, concretos e tangíveis. Por 
sua vez, são classificados em bens móveis ou imóveis. 
Bens Móveis: são aqueles que podem mudar de lugar, impulsionados 
por força própria ou força de terceiros, sem que haja alteração em seu 
estado original, ou seja, podem mover-se sem que mudem suas 
características físicas. Exemplos: veículos, mesas, cadeiras, 
computadores, balcões, etc. 
 
 
9 
Bens imóveis: aqueles que não podem ser deslocados de seu lugar 
original, sem causar danos em sua forma física. Exemplos: prédios, 
terrenos, barracões, etc. 
Imateriais: aqueles que não possuem matéria, ou seja, não tem corpo 
físico. São conhecidos também como incorpóreos, abstratos e 
intangíveis. Representam determinados gastos que a empresa realizou 
e que, por sua característica, devem fazer parte do patrimônio. Não são 
muito comuns, devido à sua natureza. Exemplos: marcas e patentes, 
fundo de comércio. 
Dessa forma, todos os recursos que a empresa já adquiriu, sejam eles 
materiais ou imateriais, figuram o ativo da empresa. No entanto, para completar 
essa conta, precisamos considerar também os direitos que a empresa tem a 
receber de terceiros. 
2.2 Direitos 
De acordo com Padoveze (2016), nos primórdios da civilização o conceito 
de riqueza era entendido somente como conjunto de bens e coisas que fossem 
tangíveis, mas com o passar do tempo, o ser humano começou a entregar esses 
bens em troca de uma devolução futura, no pressuposto de um ganho adicional, 
fazendo surgir assim o conceito de direito. 
Nesse contexto, o conceito de direito está atrelado ao seguinte fato: “se 
por um lado o sujeito entregava o bem por meio de um contrato formal ou 
informal, por outro, a outra pessoa se comprometia a devolver o bem recebido 
de alguma forma, fosse devolvendo bens similares, fosse entregando bens 
diferentes” (Padoveze, 2016, p. 17). 
Figura 4 – Situação de troca (1) 
 
Esse tipo de transação era comum na época em que não existia a moeda. 
No momento em que foi inventada, começou a ser utilizada nas transações. 
 
 
10 
Figura 5 – Situação de troca (2) 
 
Dessa forma, o direito representa os valores que a empresa tem a receber 
de terceiros, provenientes de suas atividades operacionais. No reconhecimento 
dos direitos no Balanço Patrimonial, geralmente usa-se, juntamente com a 
denominação da conta, expressões que evidenciam a natureza do direito, por 
exemplo: a recuperar, a compensar, a apropriar, a receber, entre outras (Ávila, 
2012). 
Alguns exemplos de direitos são: duplicatas a receber, notas promissórias 
a receber, aluguéis a receber, impostos a recuperar, adiantamento a 
fornecedores, adiantamento a empregados. 
Pode-se dizer que o direito e a obrigação nasceram no mesmo momento, 
pois para que alguém tenha um direito, outra pessoa tem que ter uma obrigação. 
2.3 Obrigações 
Assim como os direitos representam os valores que a empresa tem a 
receber de terceiros provenientes de suas transações comerciais, as obrigações 
representam o oposto, são os valores que a empresa deve aos terceiros. 
Segundo Ávila (2012), as obrigações representam valores que a entidade 
tem a pagar para terceiros, e são provenientes à suas atividades operacionais. 
Assim, as obrigações são classificadas no passivo da entidade, e 
conforme sua natureza, a representação da conta pode ter sua nomenclatura 
acompanhada da expressão a pagar ou a recolher. 
Alguns exemplos de obrigações são: duplicatas a pagar, notas 
promissórias a pagar, salários a pagar, seguros a pagar, impostos a recolher, 
etc. 
 
 
11 
Importante ressaltar que estamos tratando somente de obrigações da 
empresa para com terceiros, mas o investimento dos sócios/proprietários na 
entidade também são obrigações, porém, tratadas de outra forma, pois os 
aspectos que envolvem as contas são diferentes. 
TEMA 3 – CLASSIFICAÇÃO PATRIMONIAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Os passivos são as contas do patrimônio que representam obrigações da 
empresa para com terceiros, mas existe outro grupo de contasque também 
representa obrigações, conceituado como Patrimônio Líquido. 
A diferença de um grupo para outro é que o passivo representa as 
obrigações da empresa com terceiros, e por esse motivo é também chamado de 
passivo exigível. Por sua vez, o Patrimônio Líquido representa as obrigações da 
empresa com seus sócios/proprietários, e esse grupo é também conhecido como 
passivo não exigível. 
Nesse entendimento, podemos dizer que as contas do Patrimônio Líquido 
são relativas aos recursos próprios da empresa, pertencentes a seus 
proprietários, sócios ou acionistas (Araújo; Assaf Neto, 2010). 
De acordo com a Lei n. 11.638/2007, para as sociedades por ações, a 
divisão do Patrimônio Líquido é feita da seguinte forma: 
 Capital social: “Representa o valor inicial pelo qual a empresa iniciou 
suas atividades e incorpora também acréscimos posteriores que podem 
ocorrer, tanto por aporte de novos recursos, quanto por meio de 
reinvestimento de parte dos lucros” (Coelho; Lins, 2010, p. 53). 
 Reservas de capital: Conforme Ribeiro Filho, Lopes e Pederneiras 
(2009), as reservas de capital representam valores recebidos que não 
transitam pelo resultado, como acontece com as receitas. Isso acontece 
porque os valores destinados às reservas de capital não têm relação com 
a entrega de bens ou serviços da empresa. 
 Ajuste de avaliação patrimonial: “Essa conta é decorrente das 
contrapartidas de aumentos ou diminuições de valores atribuídos a 
elementos do ativo e do passivo” (Araújo; Assaf Neto, 2010). 
 Reservas de lucros: “Essa conta é formada por valores que dizem 
respeito à parcela de lucros não distribuídos pela empresa com objetivo 
 
 
12 
específico definido” (Ribeiro Filho; Lopes; Pederneiras, 2009). As reservas 
de lucros são compostas pelas seguintes contas: 
 Reserva legal; 
 Reservas estatutárias; 
 Reservas para contingências; 
 Reservas de lucros para expansão; 
 Reservas de lucros a realizar. 
 Ações em tesouraria: De acordo com Araújo e Assaf Neto (2010), esta 
conta é redutora do Patrimônio Líquido. Nela são registrados os valores 
relacionados às compras que a empresa faz de suas próprias ações no 
mercado. 
 Prejuízos acumulados: Representam valores negativos que a empresa 
retifica no seu Patrimônio Líquido, reduzindo assim, o valor do mesmo 
(Araújo; Assaf Neto, 2010). A seguir, está a representação do Patrimônio 
Líquido e suas contas: 
Figura 6 – Contas do Patrimônio Líquido 
 
O Patrimônio Líquido é o primeiro grupo de contas que recebe valores no 
Balanço Patrimonial, e a partir dele, as outras contas começam a “ter vida”, pois 
no momento em que o capital social da empresa começa a ser integralizado, o 
ativo começa a receber valores, tornando possível a visualização da igualdade 
entre as contas credoras e devedoras, um dos atributos da equação patrimonial 
básica. 
 
 
 
13 
TEMA 4 – EQUAÇÃO PATRIMONIAL BÁSICA 
Conforme já comentado anteriormente, o patrimônio é composto por bens, 
direitos e obrigações da entidade. Esse conjunto é denominado de contas 
patrimoniais, que posteriormente são apresentadas no Balanço Patrimonial da 
entidade. 
O Balanço Patrimonial tem representação em forma de T, justamente por 
apresentar as contas conforme o método das partidas dobradas, ou seja, as 
contas do ativo (lado esquerdo) são de natureza devedora, e as contas do 
passivo e Patrimônio Líquido (lado direito), de natureza credora. 
Conforme a teoria do débito e do crédito, o total de valores em débitos 
deve ser igual ao total de valores em créditos, por esse motivo, no Balanço 
Patrimonial a soma dos valores das contas do ativo (débito) deve ser igual à 
soma dos valores das contas do passivo e do Patrimônio Líquido (crédito). 
Para entender esse contexto, é importante compreender o que são 
origens e aplicação de recursos. 
4.1 Origens e aplicações de recursos 
Quando uma nova entidade é constituída, seus sócios/proprietários 
devem investir algum capital, seja em numerários ou bens. No momento que isso 
ocorre, o capital originado na constituição da entidade é aplicado em algum lugar. 
Dessa forma, tem - se de um lado a origem de recursos, que é o 
Patrimônio Líquido da empresa, mais especificamente o capital social, e do outro 
lado, a aplicação de recursos, que será a conta do ativo que irá receber os 
recursos adquiridos na integralização deste capital. 
Para ficar mais claro o entendimento, vamos imaginar que na constituição 
de uma determinada empresa, os proprietários subscreveram um valor de 
R$100.000,00 de capital social. Na integralização desse capital, todo esse valor 
foi integralizado na forma de um veículo, móveis e equipamentos da empresa. 
Dessa forma, temos o capital social integralizado no valor de 
R$100.000,00 como sendo a origem de recursos, e as contas do ativo que 
receberam os bens adquiridos como a aplicação dos recursos. 
Assim, num primeiro momento, a origem de recursos será sempre o 
capital social da empresa, e na medida em que operações forem sendo 
realizadas, ela também terá as contas do passivo como origem de recursos, pois 
 
 
14 
trabalhará com compras a prazo, pagamento de funcionários, impostos, 
empréstimos, financiamentos, etc. Por outro lado, todos os bens e direitos 
adquiridos com as atividades operacionais serão classificados no ativo, 
compondo a aplicação dos recursos. 
Figura 7 – Aplicação de recursos 
 
De acordo com a teoria do débito e do crédito, o total de origem de 
recursos deve ser igual ao total de aplicações. Deste modo, podemos trabalhar 
uma equação que representa o patrimônio da entidade. 
4.2 Equação patrimonial básica da contabilidade 
As contas patrimoniais dispostas no balanço possuem naturezas 
diferentes. De um lado, temos o ativo, representando as contas positivas, e do 
outro lado, temos o passivo, representando as contas negativas. A diferença 
entre as contas positivas e negativas irá evidenciar a situação líquida da 
entidade, ou, o Patrimônio Líquido. 
A estrutura patrimonial, apresentada pelo Balanço Patrimonial demonstra 
o equilíbrio entre as contas positivas e negativas. De acordo com Padoveze 
(2016), o termo “balanço” deriva da equação de equilíbrio patrimonial, pois o 
ativo deve ter o seu valor igual ao valor do passivo e Patrimônio Líquido. 
A equação patrimonial básica da contabilidade é realizada através da 
seguinte fórmula: 
 
 
15 
Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido (A = P + PL) 
A equação patrimonial demonstra a relação entre as contas e evidencia o 
verdadeiro significado do Patrimônio Líquido, demonstrando a situação líquida 
da entidade naquele determinado momento. 
4.3 Situações patrimoniais líquidas 
Vimos então que o patrimônio da entidade possui contas positivas e 
negativas, as quais são representadas pelo ativo e pelo passivo, 
respectivamente. 
Mas onde entra o Patrimônio Líquido nessa história? 
O Patrimônio Líquido representa a situação patrimonial líquida, ou seja, a 
diferença entre o ativo e o passivo. Representa as obrigações da empresa para 
com seus sócios ou proprietários, porém, são obrigações não exigíveis, que 
provavelmente só serão cobradas numa situação de descontinuidade da 
entidade. 
De acordo com Crepaldi (2010), essas obrigações com os donos da 
empresa são denominadas de situação líquida e se modificam com as alterações 
no capital e apurações do resultado (lucros ou prejuízos). 
Considerando que o Patrimônio Líquido representa as obrigações da 
empresa com sócios ou proprietários, numa situação de descontinuidade os 
valores dessa conta seriam divididos entre eles. No entanto, somente haverão 
valores a serem divididos caso a empresa quite todas as suas dívidas com 
terceiros e ainda assim reste algum valor na conta do Patrimônio Líquido. 
Nesse entendimento, a equação patrimonial básica da contabilidade nos 
possibilita ter “a interpretação da situação patrimonial líquida da empresa, uma 
vez queessa corresponde ao valor do Patrimônio Líquido, representando a 
diferença entre a somatória dos bens e direitos (ativo) e a somatória das 
obrigações (passivo exigível) ” (Ávila, 2012, p. 52). 
A situação patrimonial líquida é demonstrada por meio da seguinte 
equação: 
Ativo - Passivo = Situação Patrimonial Líquida 
Com base nisso, a situação patrimonial líquida das empresas pode ser: 
 
 
 
16 
 Positiva; 
 Negativa; 
 Nula. 
4.3.1 Situação patrimonial líquida positiva 
A situação patrimonial líquida positiva ocorre quando o ativo é maior que 
o passivo, evidenciando um Patrimônio Líquido positivo. Essa situação pode ser 
representada de duas formas: 
Situação 1: Quando o ativo for maior que o passivo, sendo o passivo 
maior que zero, representada da seguinte forma: 
A > P sendo o P > 0 
Isto revela que: “embora haja dívidas para com terceiros, os valores do 
ativo são suficientes para quitá-las, havendo ainda sobra de recursos para os 
proprietários” (Ávila, 2012, p. 52). 
Tabela 1 – Exemplo de Balanço Patrimonial (1) 
 
Aplicando a fórmula: 
Ativo - Passivo = Situação Patrimonial Líquida 
200.000 – 130.000 = 70.000 
Nesse caso, temos o ativo maior que o passivo, e maior que zero (A > P 
sendo o P > 0). Portanto, o PL também é maior que zero. 
Nessa situação, em caso de descontinuidade, a entidade conseguiria 
pagar suas contas e ainda sobrariam R$70.000,00 para ser dividido entre seus 
sócios. 
 
 
17 
 Situação 2: Quando o ativo for maior que o passivo, sendo o passivo 
igual a zero, representada da seguinte forma: 
A > P sendo o P = 0 
Isto revela que: “a entidade não possui dívidas com terceiros, sendo os 
valores do ativo integralmente revertidos aos proprietários” (Ávila, 2012). 
Tabela 2 – Exemplo de Balanço Patrimonial (2) 
 
Aplicando a fórmula: 
Ativo - Passivo = Situação Patrimonial Líquida 
200.000 – 0 = 200.000 
Nesse caso, temos o ativo maior que o passivo, sendo este igual a zero 
(A > P sendo o P = 0). Portanto, o PL também é maior que zero. 
Nessa situação do exemplo, em caso de descontinuidade, a entidade não 
teria dívidas com terceiros para pagar, e todo o valor do ativo seria dividido entre 
os sócios. Em ambas as situações, temos o ativo maior que o passivo exigível, 
e por esse motivo, a situação patrimonial líquida é positiva (Patrimônio Líquido 
positivo). 
4.3.2 Situação patrimonial líquida negativa 
A situação patrimonial líquida é negativa quando o total de obrigações 
exigíveis (passivo) é maior que o total da soma de bens e direitos (ativo). Essa 
situação é também conhecida como desfavorável ou deficitária (Crepaldi, 2010). 
Essa situação patrimonial revela que há dívidas para com terceiros e que os 
valores do ativo não são suficientes para quitá-las, sendo necessário um 
incremento financeiro por parte dos proprietários” (Ávila, 2012, p. 55). 
 
 
18 
Geralmente, esse tipo de situação demonstra que a empresa apresenta 
prejuízos acumulados, conforme exemplo: 
Tabela 3 – Exemplo de Balanço Patrimonial (3) 
 
Aplicando a fórmula: 
Ativo - Passivo = Situação Patrimonial Líquida 
200.000 – 230.000 = - 30.000 
Nesse caso, temos o passivo maior que o ativo, portanto, o PL é negativo. 
Nessa situação, em caso de descontinuidade, a entidade não terá recursos no 
ativo suficientes para quitar todas as dívidas com terceiros, e provavelmente, os 
sócios ainda terão que responder pelo saldo passivo remanescente. 
4.3.3 Situação patrimonial líquida nula 
A situação patrimonial líquida é nula quando o total de bens e direitos é 
igual ao total das obrigações exigíveis. Essa situação é também conhecida como 
equilibrada, pois não existe riqueza própria (Crepaldi, 2010). Essa situação 
revela que há dívidas para com terceiros e os valores dos ativos são suficientes 
para quitá-las, mas não sobrando valores para os proprietários (Ávila, 2012). 
Tabela 4 – Exemplo de Balanço Patrimonial (4) 
 
 
 
19 
Aplicando a fórmula: 
 Ativo - Passivo = Situação Patrimonial Líquida 
200.000 – 200.000 = 0 
Nesse caso temos o ativo igual ao passivo, portanto, o PL é nulo. Nessa 
situação, em caso de descontinuidade, a entidade terá recursos no ativo 
suficientes para quitar todas as dívidas com terceiros, mas não sobrará recursos 
para serem divididos entre os sócios. 
Com base na situação patrimonial líquida, é possível ao sócio ou 
proprietário saber como anda o seu investimento inicial na empresa, 
possibilitando um acompanhamento da evolução do seu capital no decorrer dos 
exercícios subsequentes, desde o surgimento da empresa. 
TEMA 5 – MUTAÇÕES NA SITUAÇÃO PATRIMONIAL 
Diariamente, são tomadas decisões nas organizações dos mais diversos 
aspectos, e o patrimônio da entidade pode ou não ser alterado por essas 
decisões, dependendo do teor delas. 
Existem dois tipos de eventos que acontecem nas empresas em 
decorrência de decisões tomadas, que podem ou não alterar o patrimônio. São 
eles: 
 Atos administrativos: eventos que não provocam alterações no 
patrimônio (Ávila, 2012). Alguns exemplos de decisões que se classificam 
em atos administrativos são: admitir empregados, assinar documentos, 
etc. 
 Fatos administrativos: São também chamados de fatos contábeis e se 
caracterizam por provocarem modificações no patrimônio. Exemplos de 
fatos administrativos são: compras, vendas, pagamentos, despesas, etc. 
(Crepaldi, 2010). Os fatos administrativos podem ser classificados em: 
 Fatos permutativos; 
 Fatos modificativos (aumentativos ou diminutivos); 
 Fatos mistos (aumentativos ou diminutivos). 
A figura a seguir mostra a classificação dos fatos: 
 
 
 
 
20 
Figura 8 – Classificação dos fatos contábeis 
 
Fonte: Ferrari (2013, p. 221). 
As classificações dos fatos são explicadas a seguir. 
5.1 Fatos permutativos 
Segundo Crepaldi (2010), os fatos permutativos não alteram o Patrimônio 
Líquido, fazendo somente com que ocorram trocas entre os elementos do 
patrimônio, como: bens por bens, bens por obrigações, direitos por bens, etc. 
De acordo com Favero et al. (2011), eles geram modificações nos saldos 
das contas que representam os bens, direitos e obrigações, mas sem alterar a 
situação líquida. 
 Compra de mercadorias à vista (bens por bens); 
 Compra de instalações a prazo (bens por obrigações); 
 Recebimento de direitos (direitos por bens); 
 Pagamento de obrigações (bens por obrigações). 
Exemplo: No dia 26/11/2018 uma empresa fez uma compra de 
mercadorias à vista no valor de R$5.000,00. O dinheiro saiu do caixa e aumentou 
o estoque de mercadorias, ou seja, houve uma permuta entre os bens 
patrimoniais, não afetando o Patrimônio Líquido. 
5.2 Fatos modificativos 
São aqueles que provocam alterações no patrimônio das entidades, 
modificando a situação líquida (Favero et al., 2011). Podem ser aumentativos, 
quando aumentam o patrimônio, e diminutivos, quando diminuem o patrimônio 
(Crepaldi, 2010). Exemplos: 
 Receitas de aluguel – fato modificativo aumentativo; 
 
 
21 
 Receitas de juros – fato modificativo aumentativo; 
 Despesas de salários – fato modificativo diminutivo; 
 Despesas financeiras – fato modificativo diminutivo. 
Esses fatos têm relação com contas de resultado. Dessa forma, 
considera-se que quando ocorrerem, irão afetar uma conta patrimonial 
relacionada à bens, direitos ou obrigações, e a contrapartida será uma conta de 
resultado, receitas ou despesas, que afetarão no lucro e, consequentemente, no 
Patrimônio Líquido. Exemplos: Pagamento de despesas = Saída de dinheiro do 
caixa = Diminuição do ativo. Reconhecimento de uma despesa = Diminuição do 
lucro = Diminuição do Patrimônio Líquido. 
5.3 Fatos mistos 
Os fatos mistos são combinações dos fatos de natureza permutativa com 
os de natureza modificativa, ou seja, ao mesmo tempo que provocam 
modificações na composição dos bens, direitos e obrigações a pagar, alteram 
também a situação líquida (Favero etal., 2011). 
Exemplos de fatos mistos (Crepaldi, 2010, p. 39): Venda de mercadorias 
com lucro (entrou dinheiro no caixa, saiu mercadoria – modificações no ativo) e 
houve aumento do Patrimônio Líquido. Pagamento de duplicatas com juros (saiu 
dinheiro do caixa (ativo), diminuiu as obrigações (passivo) e houve uma despesa 
(os juros pagos), diminuindo o Patrimônio Líquido. 
TROCANDO IDEIAS 
A autonomia estabelece que o patrimônio de uma Entidade jamais pode 
confundir-se com aqueles dos seus sócios ou proprietários. No entanto, é comum 
a prática de pagar contas pessoais com dinheiro do caixa da empresa, 
principalmente em empresas familiares. De acordo com Marion (2009, p. 138), 
“se o sócio utilizar dinheiro da empresa, a contabilidade não pode impedir certos 
fatos que, de início, venham ferir um princípio básico, mas estabelecer corretivos 
e, se possível, tentar disciplinar os sócios em face das normas contábeis”. 
Com base no exposto, considerando o princípio da entidade, para que 
situações como essas não venham a prejudicar as atividades operacionais, 
como poderiam ser resolvidas esse tipo de ocorrências? Seria possível 
disciplinar o sócio/proprietário no sentido de impedi-lo de tirar dinheiro do caixa, 
 
 
22 
ou existe alguma forma de regularizar essas tomadas de dinheiro? Entre no 
fórum e debata o assunto com seus colegas. 
NA PRÁTICA 
 Responda às questões a seguir. (As respostas encontram-se ao final 
deste documento). 
1. A Resolução CFC n. 750, de 29 de dezembro de 1993, dispõe sobre os 
Princípios Contábeis concernentes à Contabilidade no seu sentido mais 
amplo de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das entidades. 
Sobre o princípio da entidade, assinale a única alternativa falsa: 
a. Reconhece o patrimônio como objeto da Contabilidade. 
b. Afirma a autonomia patrimonial. 
c. Considera a necessidade da diferenciação do patrimônio da entidade daquele 
dos seus sócios. 
d. O patrimônio apresenta sentido unívoco. 
e. A divisão do patrimônio resultará em novas Entidades. 
2. Os itens que compõem o patrimônio da entidade são classificados antes 
de serem colocados no Balanço Patrimonial, existindo três 
classificações possíveis para esses itens. Sobre as classificações 
patrimoniais, explique como são classificados os bens pelo ponto de 
vista contábil. 
3. Os passivos são as contas do patrimônio que representam obrigações 
da empresa para com terceiros, mas existe outro grupo de contas que 
também representam obrigações, o qual é conceituado como Patrimônio 
Líquido. Sobre as contas do Patrimônio Líquido, assinale a alternativa 
que contém a conta que representa o valor inicial pelo qual a empresa 
iniciou suas atividades e incorpora também acréscimos posteriores que 
podem ocorrer, tanto por aporte de novos recursos, quanto por meio de 
reinvestimento de parte dos lucros. 
a. Reserva de Lucros. 
b. Capital Social. 
c. Ajuste de avaliação patrimonial. 
d. Reservas de capital. 
e. Reservas de lucros. 
 
 
23 
4. Na contabilidade, o total de recursos disponibilizados para a entidade 
(origem) deve ser igual ao total aplicado (aplicações), fazendo com que 
haja um certo equilíbrio entre as contas, o que dá origem à Equação 
Patrimonial Básica. Se uma empresa apresentar as seguintes 
informações: Ativo = R$200.000,00 Passivo = R$160.000, assinale a 
alternativa que corresponde à equação que representa a situação 
patrimonial da empresa: 
a. Positiva: A > P sendo P = 0. 
b. Negativa: A < P. 
c. Nula: A = P. 
d. Positiva: A > P sendo P > 0. 
e. Nula: A > P sendo P= 0. 
5. Fatos administrativos são também chamados de fatos contábeis e se 
caracterizam por fazer modificações no patrimônio. Assinale a 
alternativa que corresponde ao tipo de fato que acontece quando uma 
empresa compra mercadorias a prazo. 
a. Fato misto aumentativo. 
b. Fato modificativo aumentativo. 
c. Fato permutativo. 
d. Fato misto diminutivo. 
e. Fato modificativo diminutivo. 
FINALIZANDO 
Hoje vimos um pouco sobre a entidade, os bens, direitos e obrigações, e 
a formas como pode apresentar-se a situação patrimonial líquida da empresa. 
Vimos também sobre os tipos de mutações que podem ocorrer em decorrência 
dos fatos administrativos. Os assuntos da nossa segunda aula foram: 
 Autonomia patrimonial. 
 Classificação patrimonial: bens, direitos, obrigações. 
 Classificação patrimonial: Patrimônio Líquido. 
 Equação patrimonial básica. 
 Mutações na situação patrimonial. 
 
 
 
24 
REFERÊNCIAS 
ARAÚJO, A; ASSAF NETO, A. Aprendendo contabilidade. Ribeirão Preto, São 
Paulo: Inside Books, 2010. 
ÁVILA, C. A. Gestão contábil para contadores e não contadores. Curitiba: 
IBPEX, 2012. 
BAZZI, S. Contabilidade em ação. Curitiba: InterSaberes, 2014. 
COELHO, C. LINS, L. Teoria da contabilidade: abordagem contextual, histórica 
e gerencial. São Paulo: Atlas, 2010. 
CREPALDI, S. Curso básico de contabilidade: resumo da teoria, atendendo 
às novas demandas da gestão empresarial, exercícios e questões com 
resposta. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
FAVERO, H. et al. Contabilidade: teoria e prática. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 
FERRARI, E. Contabilidade geral: teoria e mais de 1.000 questões. 13. ed. rev. 
ampl. e atual. com as seguintes posições dos Pronunciamentos e Interpretações 
Técnicas do CPC. Niterói, RJ: Impetus, 2013. 
HENDRIKSEN, E; BREDA, M. Teoria da contabilidade. 1. ed. São Paulo: Atlas, 
2007. 
MARION, J. Introdução à contabilidade: com ênfase em teoria. Campinas, São 
Paulo: Alínea, 2009. 
PADOVEZE, C. Contabilidade geral. 1. ed. Curitiba: InterSaberes, 2016. 
RIBEIRO FILHO, J; LOPES, J; PEDERNEIRAS, M. (Org.). Estudando teoria da 
contabilidade. São Paulo: Atlas, 2009. 
 
 
 
 
 
 
 
25 
RESPOSTAS 
1. Alternativa e: A divisão do patrimônio resultará em novas entidades. 
2. Resposta: Do ponto de vista contábil, os bens são classificados em: bens de 
troca, bens de uso e bens de consumo. 
3. Alternativa b: Capital Social. 
4. Alternativa d: Positiva: A > P sendo P > 0. 
5. Alternativa c: Fato permutativo.

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