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Texto 17 – Resumo Mesopotâmia – Com o fim da era glacial, a terra se transformou em um grande ambiente verde e com muitos rios, os humanos foram buscando locais adequados a sua moradia e desenvolvimento, fixando-se a terra e fortalecendo laços familiares e de relacionamentos. Essa aproximação entre as pessoas proporcionou a criação de espaços de vida comum, compostos de construções que abrigavam e protegiam seus membros. Nessa época, os humanos já tinham passado da fase de coletores para produtores e de nômades para o sedentarismo, fixando-se a terra, e era preciso criar regras de convivência, dando destaque a cooperação e criação de funções. As terras, as ferramentas e a produção eram de todos que pertenciam a comunidade e todos defendiam os seus bens de invasores e outros grupos estranhos. Com a evolução dos processos produtivos, surge a necessidade de armazenamento dos alimentos e sementes e a troca dos excedentes. Essa evolução abriu espaço para as primeiras relações entre as tribos e grupos vizinhos. Como a região escolhida pelos humanos para a sua instalação era fértil e próxima de rios, vários grupos diferentes se instalaram na mesma região, e essa proximidade possibilitou as trocas e uma certa identidade, além de alguns conflitos. O início da era dos metais acelerou o desenvolvimento das tribos surgindo as primeiras cidades-estados. Foi um período de invasões, guerras e destruição. Era preciso criar mecanismos de proteção das suas propriedades e para isso destacam-se os líderes e guerreiros, são construídos muros de proteção, exércitos e armamentos. As primeiras civilizações a se destacarem pela força e organização interna localizavam-se na região da Mesopotâmia (entre rios), que abrigava diversas cidades-estados independentes ao longo dos rios Tigre e Eufrates. No início, a Mesopotâmia era formada pelos Sumérios, Acádios, Caldeus, Assírios e Babilônicos. A Suméria é considerada a primeira civilização a ser formada, criando a primeira língua falada e a escrita cuneiforme, por volta de 3 mil a.C. Império Mesopotâmico Mapa da Suméria É nesse período que cidades como Quish (a pioneira), Ur, Uruk, Nipur, Lagash e Eridu, todas situadas na Suméria e a região de Elam se desenvolvem e a atividade comercial entre elas se torna mais frequente. Por serem as primeiras civilizações, foi na região da Mesopotâmia que a agricultura se desenvolveu, além da domesticação de animais e o comércio entre os povos. Outra grande criação dos povos da região foi o Código de Hamurabi, considerado o primeiro código penal da humanidade, criado na Babilônia, pelo rei Hamurabi e baseado nas leis de Talião (olho por olho, dente por dente), utilizado para manter a ordem e o controle do império, estabelecendo direitos e deveres dos cidadãos. Criado por volta de 1.700 a.C., o código foi divulgado por diversos povos e apesar de algumas injustiças e tratamentos diferenciados entre a população, foi seguido por muitas civilizações. A agricultura teve um papel determinante no desenvolvimento dos povos na Mesopotâmia. O cultivo de diversas sementes, como o trigo, a cevada, gergelim, linho, além de árvores frutíferas, raízes e legumes, estabeleceram um comércio muito forte e a rápida expansão. Com o aprimoramento de novas ferramentas, dos metais, a utilização da roda e de animais como força de trabalho, novos negócios e relações foram se desenvolvendo na região, abrindo rotas de viagens e relações comerciais. Com isso, a Mesopotâmia se transforma em uma referência entre as demais civilizações. Palácios foram construídos, grandes construções dominavam a região e isso também aumentava a cobiça e inveja de outros impérios. É na Mesopotâmia que surgem os primeiros estudos da natureza e astronomia, o calendário lunar. Na religião, vários deuses eram cultuados e até elementos naturais como o sol e a lua eram vistos como entidades sagradas e adoradas. Aos poucos e com o passar dos anos, a população direcionava suas crenças na figura de pessoas que se consideravam divindades e com isso surgem os primeiros reinados. Cada cidade-estado cultuava o seu rei e foram construídos palácios para abrigar essas “divindades”. Assim, a organização política começou a girar em torno do templo principal da cidade. Os monarcas foram ganhando força e poder e eram vistos como uma espécie de representantes da autoridade divina. Os reis se tornam figuras fundamentais para a administração de cada cidade- estado em todos os aspectos e a necessidade de expandir os seus domínios fizeram com que cada conquista territorial aumentasse o poder e a cobiça desses monarcas. O controle da economia passa a fazer parte da sua autoridade, que distribui terras e poderes aos seus assistentes e as suas decisões se tornam soberanas. Agora, os templos e palácios de cada cidade-estado passa a ser importantes centros econômicos na Mesopotâmia.
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