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Apostila sobre Protocolo de Roteamento OSPF Parte 02 (1)

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Prof. Engº Jader Ligorio Rodrigues
Protocolo de Roteamento
OSPF (Parte 02) - 1
1.6 - Comparação entre os roteamentos distance vector e link-state
 
Todos os protocolos de vetor de distância aprendem as rotas e as enviam aos vizinhos diretamente conectados.
 
Por outro lado, os roteadores link-state anunciam os estados de seus links a todos os outros roteadores da área para que cada roteador possa criar um banco de dados completo de link-states.
 
Esses anúncios são chamados de anúncios de link-state ou mais conhecidos como LSAs.
 
Diferentemente dos roteadores de vetor de distância, os roteadores link-state podem formar relacionamentos especiais com seus vizinhos e outros roteadores link-state.
 
Isso serve para garantir que as informações dos LSAs são trocadas de maneira correta e eficiente.
 
A inundação inicial de LSAs fornece aos roteadores as informações de que eles necessitam para criar um banco de dados de link-states.
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As atualizações de roteamento ocorrem somente quando a rede muda.
 
Se não há alterações, as atualizações de roteamento ocorrem após um determinado intervalo.
 
Se a rede muda, uma atualização parcial é enviada imediatamente.
 
A atualização parcial só contém informações sobre os links que mudaram.
 
Os administradores de rede preocupados com a utilização do link da WAN perceberão que essas atualizações parciais e esporádicas são uma alternativa eficiente aos protocolos de roteamento distance vector, que enviam uma tabela de roteamento completa a cada 30 segundos.
 
Quando ocorre uma alteração, todos os roteadores link-state são avisados simultaneamente pela atualização parcial.
 
Os roteadores de vetor de distância esperam até que os vizinhos percebam a mudança, implementem-na e lhes enviem a atualização.
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As vantagens dos protocolos link-state em relação aos protocolos distance vector são a convergência mais rápida e a melhor utilização da largura de banda.
 
Os protocolos link-state suportam CIDR e VLSM.
 
Isso os torna uma boa opção para redes complexas e escaláveis.
 
Na verdade, os protocolos link-state geralmente superam em desempenho os protocolos distance vector em redes de qualquer tamanho.
 
Os protocolos link-state não são implementados em todas as redes porque exigem mais memória e poder de processamento do que os protocolos distance vector e podem sobrecarregar equipamentos mais lentos.
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Outro motivo para que não sejam implementados mais amplamente é o fato de serem bastante complexos.
 
Os protocolos de roteamento link-state exigem administradores bem treinados para configurá-los e mantê-los corretamente.
 
Este capítulo conclui esta lição.
 
A próxima lição irá apresentar um protocolo de roteamento link-state chamado OSPF.
 
Os primeiros slides irão oferecer uma visão geral.
2 - Conceitos do OSPF com uma única área (Single-Area OSPF)
 
2.1 - Visão geral do OSPF
 
Este capítulo irá apresentar o OSPF.
 
OSPF é um protocolo de roteamento link-state que se baseia em padrões abertos.
Está descrito em diversos padrões da IETF (Internet Engineering Task Force).
 
A letra inicial O de OSPF vem de "open" e significa que é um padrão aberto ao público e não proprietário.
 
O OSPF, quando comparado com o RIP v1 e v2, é o IGP preferido, visto que pode ser escalado.
 
O RIP é limitado a 15 saltos, converge lentamente e às vezes escolhe rotas lentas, pois ignora fatores críticos, tais como a largura de banda, na determinação das rotas.
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Uma desvantagem de usar o OSPF é que ele só suporta protocolos baseados em TCP/IP.
 
O OSPF superou essas limitações e é um protocolo de roteamento robusto e escalável, adequado às redes modernas.
 
O OSPF pode ser usado e configurado como uma única área para redes pequenas.
 
Também pode ser usado para redes grandes.
 
Conforme mostrado na figura abaixo, grandes redes OSPF usam um projeto hierárquico.
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Várias áreas se conectam a uma área de distribuição, ou área 0, que também é chamada de backbone.
 
A abordagem do projeto permite extenso controle das atualizações de roteamento.
 
A definição da área reduz a sobrecarga de roteamento, acelera a convergência, confina a instabilidade da rede a uma área e melhora o desempenho.
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2.2 - Terminologia OSPF
 
Os roteadores link-state identificam os roteadores vizinhos e então se comunicam com eles.
 
O OSPF tem sua própria terminologia.
 
Os novos termos estão mostrados na figura abaixo.
O OSPF reúne informações dos roteadores vizinhos sobre o estado do link de cada roteador OSPF.
 
Essa informação é despejada para todos os seus vizinhos.
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Um roteador OSPF anuncia os estados de seus próprios links e repassa os estados de links recebidos.
 
Os roteadores processam as informações sobre os link-states e criam um banco de dados de link-states.
Cada roteador da área OSPF tem o mesmo banco de dados de link-states.
 
Portanto, cada roteador tem as mesmas informações sobre o estado dos links e dos vizinhos de todos os outros roteadores.
 
Em seguida, cada roteador aplica o algoritmo SPF em sua própria cópia do banco de dados.
 
Esse cálculo determina a melhor rota até um destino.
O algoritmo SPF aumenta o custo, que é um valor geralmente baseado na largura de banda.
 
O caminho de menor custo é adicionado à tabela de roteamento, que também é conhecida como banco de dados de encaminhamento (forwarding database).
Cada roteador mantém uma lista dos vizinhos adjacentes, chamada de banco de dados de adjacências.
 
O banco de dados de adjacências é uma lista de todos os roteadores vizinhos com os quais um roteador estabeleceu comunicação bidirecional.
Ele é exclusivo de cada roteador.
 
Para reduzir a quantidade de trocas de informações de roteamento entre vários vizinhos na mesma rede, os roteadores OSPF elegem um roteador designado, ou designated router (DR), e um roteador designado de backup, ou backup designated router (BDR), que atuam como pontos focais para a troca de informações de roteamento.
2.3 - Comparação entre o OSPF e os protocolos de roteamento distance vector
 
Este capítulo irá explicar as diferenças entre o OSPF e os protocolos distance vector tais como o RIP.
 
Os roteadores link-state mantêm uma imagem comum da rede e trocam informações sobre links após a descoberta inicial ou após mudanças na rede.
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