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IV_APAPOncologico

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(INCA). Os dados epidemiológicos do câncer são atualizados a cada
dois anos.
Estatísticas de câncer
Ações de Vigilância do Câncer, componente estratégico para o planejamento
e�ciente e efetivo dos programas de prevenção e controle de câncer no país
LEIA MAIS INCA - INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER 
https://www.inca.gov.br/numeros-de-cancer
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Os índices de contaminação de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) como um todo
são alarmantes em praticamente todos os níveis de idade.
Logo, a problemática do câncer de colo de útero surge de maneira indiscriminada e forti�cada
nessa população. Em relação às mulheres, o câncer pode ser considerado uma importante
causa de morbimortalidade, tendo grande repercussão no Sistema de Saúde Pública. 
Dados do Ministério da Saúde (2019), revelam que
Dessa  forma, a mulher tem de ser assistida de forma integral em relação à sua patologia pelo
pro�ssional de saúde. 
De acordo com Fernandes et al. (2010), o delinear do comportamento sexual das mulheres
deve ser empreendido de maneira holística, já que a sexualidade tem de ser compreendida de
forma abrangente, pressupondo as mais diversas dimensões individuais, sociais e culturais.
- MINISTÉRIO DA SAÚDE et al., 2021
“As ISTs estão entre os problemas de saúde de maior impacto sobre os sistemas públicos de
saúde e sobre a qualidade de vida das pessoas no Brasil e no mundo. São causadas por vírus,
bactérias ou outros microrganismos que são sexualmente transmissíveis, dentre elas a herpes
genital, sí�lis, gonorreia, HPV, HIV/AIDS, clamídia, triconomíase, além das hepatites virais B e
C, podendo, dependendo da doença, evoluir para graves complicações.”
A paciente de câncer do colo do útero pode sofrer de alguns desconfortos, que  podem variar
de mulher para mulher, como: falta de lubri�cação vaginal, dor local e generalizada, fadiga e
ondas de calor, entre outros. Consequentemente, essas e outras tantas sintomatologias
podem interferir negativamente na qualidade da vida sexual dessa mulher e no seu
relacionamento como um todo, ou seja, em seu contexto biopsicossocial.
Para Fernandes et al. (2010), o comportamento sexual deve ser entendido como parte
integrante do ajustamento frente ao impacto psicossocial do câncer. 
Assim, re�nar o cuidado dessas mulheres a partir da promoção do autoconhecimento, do
respeito às modi�cações do corpo e ao entendimento do momento que a situação exige se
torna parte essencial para integração das ações de cuidado.
Para Greimel et al. (2009), os efeitos colaterais no tratamento de longo prazo do câncer no
que diz respeito ao funcionamento sexual apontam que quando submetidas à Radioterapia,
têm suas funções físicas, cognitivas e de funcionamento social prejudicada.
Quando acometidas com câncer de colo de útero, as queixas mais comuns são
náuseas/vômitos, dor, perda de apetite, micção frequente, vazamento de urina, além da
sensação de estreitamento da vagina, prejudicando diretamente a autoestima e,
consequentemente, a vida sexual e sentimental dessa mulher.
De acordo com Fernandes et al. (2010), em relação aos problemas sexuais mais comuns em
mulheres submetidas ao tratamento do câncer ginecológico estão a dispaurenia e a estenose
vaginal. 
Quanto à dispaurenia, é recomendado o uso de dilatadores vaginais para auxiliar na melhora
da elasticidade e da plasticidade do órgão genital. Já na estenose vaginal, o tecido vaginal toma
a aparência esbranquiçada, e a vagina perde a sua �exibilidade. 
As pacientes podem ser encaminhadas também para acompanhamento multidisciplinar com
�sioterapeutas para orientação e realização de exercícios pélvicos, com �nalidade de adquirir a
musculatura perdida nesse processo de tratamento.
Assim, entender a dinâmica feminina, com a atuação da equipe de saúde multidisciplinar
dentro desse cenário de tratamento do câncer, pode ajudar a superar problemas como a perda
do desejo e satisfação sexual, para assim proporcionar uma melhoria em sua qualidade de
vida. 
Essa ação ativa de enfrentamento ao problema também ajuda a discutir na busca de eliminar
alguns tabus e preconceitos que envolvem a temática e a incentivar a participação de
parceiros, que também são afetados pelo diagnóstico e pelo tratamento.
Saiba Mais 
Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher e o histórico das
ações que são realizadas atualmente pelo Ministério da Saúde em
parceria com o INCA, na detecção precoce do câncer de mama e colo de
útero,
Sexualidade e os Cânceres Masculinos
Desde os tempos mais antigos, o homem e a sexualidade caminham juntos e tomam formatos
muito atuantes em nossa Sociedade. O sexo e o pênis remetem à  imagem de fortaleza,
virilidade, invulnerabilidade, e até mesmo o ato de chorar por dor ou medo é recriminado.
Toda essa mitologia criada acerca da masculinidade e imposta pela Sociedade acaba se
re�etindo diretamente nas ações preventivas em saúde, fazendo com que o homem demore a
procurar assistência, e consequentemente, a detecção de doenças seja feita em estágio
Histórico das ações
Em 1984 foi lançado o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher,
que propunha o cuidado para além da tradicional atenção ao ciclo gravídico-
puerperal. Em suas bases programáticas, é destacada a prevenção dos cânceres
do colo do útero e da mama (BRASIL, 1984).
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https://www.inca.gov.br/controle-do-cancer-do-colo-do-utero/historico-das-acoes
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avançado, e já sabemos que, em se tratando de câncer, quanto mais cedo for feito o
diagnóstico, maior a perspectiva de um tratamento conservador.
Nesse sentido, compreender socialmente essa relação de masculinidade e como ela é afetada
diante de um câncer, pode interferir na adaptação de sua vida sexual, familiar e social, ou seja,
em seu contexto biopsicossocial. 
E essas são justamente as questões a serem trabalhadas pela Equipe Multipro�ssional para
melhorar a percepção desse paciente diante da realidade.
De acordo com Moscovici (1981), as representações são um conjunto de conceitos,
proposições e explicações originadas na vida diária no Curso das Comunicações
Interindividuais. 
Elas são o equivalente, na nossa Sociedade, aos Mitos e aos Sistemas de Crenças das
Sociedades tradicionais. Elas podem, também, ser vistas como a versão contemporânea do
senso comum.
Dessa forma, podemos perceber a negação à doença quando, aos primeiros sinais, o paciente
não procura atendimento médico, já que, na visão patriarcal, o homem é visto como um ser
onipotente e introspectivo, representando, assim, o papel que a Sociedade exige. 
O câncer, em especial por parte dos homens, passa a ser negligenciado por haver a
possibilidade de afetar diretamente o contexto da virilidade dentro da cultura machista.
Nesse processo, os homens não se permitem vivenciar determinadas emoções, necessidades e
possibilidades, já que, ainda dentro da cultura machista, o prazer em cuidar dos outros, a
receptividade, a empatia e a compaixão devem estar relacionados ao universo exclusivamente
feminino. No entanto, isso só evidencia a alienação do homem em relação aos seus
sentimentos, afetos e relações de cuidado.
Nesse cenário, o câncer de próstata pode ser considerado o sexto tipo de câncer mais comum
no mundo e o mais prevalente em homens.
No Brasil, representa o de maior incidencia, chegando em 65.840 novos casos no ano de 2020
(MINISTÉRIO DA SAÚDE et al., 2020). 
Para Hart (2008), são diversos os fatores que podem interferir na adesão ao exame preventivo
do câncer de próstata, como: constrangimento, desinformação, medo e preconceito em
realizar os exames do toque retal e dosagem do PSA  sanguíneo. Porém, vale lembrar que o
diagnóstico precoce é bastante importante,  já que esse é um câncer
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