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Aparelho Digestório - Anatomia Veterinária II

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Aula 2 – Aparelho Digestório
A faringe consiste de uma estrutura em formato
funicular, músculo-membranosa, que conecta a
cavidade oral ao esôfago e cavidade nasal com a
laringe. É o local onde o alimento e o ar se
cruzam.
Ela mantém estreitas ligações com as fossas
nasais, a cavidade bucal, a laringe e o esôfago,
sendo dividida em três regiões anatômicas, a
saber:
I. Nasofaringe - parte correspondente ao
trato respiratório. Localiza-se dorsal ao
palato mole, estendendo-se das coanas
até a abertura intra-faringeana.
II. Orofaringe - parte correspondente ao
trato digestório. Estende-se do arco
palatoglosso até a base da epiglote
III. Laringofaringe - porção comum aos
aparelhos respiratório e digestório.
Continuação caudal da orofaringe
estendendo-se até a base da epiglote.
Apresenta um teto côncavo que se relaciona com
a base do crânio (vômer e corpo do osso
esfenóide). Estende-se da raiz da língua até o
nível da cavidade cricóide
Em eqüinos apresenta uma região lateral forma o
divertículo faríngeo (bolsa gutural).
As Coanas são aberturas faringeais da tuba
auditiva.
Imediatamente caudal ao palato mole, teremos
um conjunto de cartilagens da laringe. A epiglote
pode ter dois posicionamentos distintos:
I. Apoiada sobre a língua -
II. Apoiada dorsalmente ao palato mole –
cavalo não respira pela boca (pode fazer
aerofagia). Assim, o vomito sairá pelo
nariz e nunca pela cavidade da boca.
Caudalmente às cartilagens da laringe eu vou ter
os anéis da traqueia e o ar será levado em
direção ao pulmão.
O esôfago estará dorsal à laringe e à traqueia.
Ele é formado por tecido mole e estará sempre
colabado, se abrirá para a passagem do
alimento.
Assim, durante o estado de repouso, a depender
da espécie, a epiglote se apoiará na raiz da
língua ou dorsalmente ao palato mole. A
passagem do ar estará aberta e o esôfago
fechado.
Ao deglutir, o bolo alimentar irá empurrar a
epiglote, que fechará a entrada para a traqueia e
o alimento seguirá para o esôfago.
Na região da laringofaringe ocorre um
cruzamento entre a via digestiva e a via
respiratória. É a região onde eu tenho as
cartilagens da laringe, local onde o alimento
passa em direção ao esôfago.
No caso do líquido, ele escorrega e não é
necessário fechar totalmente a entrada da laringe
com o movimento caudal da epiglote. O fluido se
divide em dois fluxos e escorrega pelas duas
“calhas”.
Esôfago
A contração da musculatura da parede do
esôfago faz com que o alimento seja
encaminhado em direção ao estômago. Assim, o
esôfago leva o alimento da faringe (orofaringe e
laringofaringe) em direção ao estômago. Possui
musculatura estriada, mas em alguns pontos no
tórax, músculo liso (com exceção do cão e
ruminantes).
Mucosas, revestimento externo de órgão oco:
Adventícia – constituída por tecido conjuntivo
frouxo (camada mais externa da traqueia quando
ela percorre o pescoço)
Serosa – epitélio simples, pavimentoso e ciliado
(tórax - pleura e abdômen - peritônio). É a
camada mais externa da traqueia quando ela
percorre o tórax e o abdômen.
O esôfago se divide em três regiões:
I. Cervical – solta fiapos esbranquiçados,
tecido conjuntivo frouxo.
II. Torácica - mucosa serosa
III. Abdominal - mucosa serosa
Ele começa dorsalmente a uma das cartilagens
da laringe que se chama cricoide e acompanha,
dorsalmente, a traqueia ao longo de todo o
pescoço.
https://www.todoestudo.com.br/biologia/laringe
No início, o esôfago inclina-se para a esquerda e
reassume uma posição simétrica acima da
traquéia antes ou logo depois de chegar ao tórax.
No tórax, segue no mediastino, prossegue além
da bifurcação traqueal, passa sobre o coração e
penetra no hiato esofágico do diafragma.
A região do mediastino existe ao longo de todo o
tórax do animal e está localizada entre os dois
pulmões. Nessa região estão localizados o
coração, o esôfago, a traqueia, nervos e vasos.
Após passar pelo coração, o esôfago adentra a
cavidade abdominal para se abrir no estômago.
Para isso, ele perfura o diafragma e a passagem
recebe o nome de hiato (passagem, interrupção)
esofágico. Vamos ter um ligeiro anel de gordura
para amortecer impactos.
O diafragma precisa dar caminho para outras
estruturas, os vasos. Assim existem mais dois
hiatos, o hiato aórtico e o hiato da veia cava
caudal.
Após perfurar o diafragma, ele passará sobre o
fígado e se abre no estômago na parte cárdica.
A parede do esôfago é constituída de músculo
estriado esquelético. Em alguns pontos do tórax
ele possuirá musculatura lisa. (Cão e ruminante
só musculatura estriada).
Possui dois tipos de musculatura:
I. longitudinal – responsável pela propulsão
(movimento peristáltico)
II. circular – movimento de mistura.
Inervação: o esôfago é inervado por um dos
pares de nervos cranianos, vago e simpáticos.
O vago é assim chamado porque possui origem
no encéfalo, deixa a cavidade craniana, percorre
todo o do pescoço inervando a traqueia e o
esôfago, inerva o tórax e as vísceras da cavidade
abdominal.
Os nervos da inervação simpática brotam da
medula espinhal na região torácica e lombar. O
número de pares depende do número de
vértebras.
Estômago
O estômago produz o suco gástrico, um líquido
claro, transparente, altamente ácido, que contêm
ácido clorídrico, muco e várias enzimas, como a
pepsina, a renina e a lipase. A pepsina, na
presença de ácido clorídrico, quebra as
moléculas de proteínas em moléculas menores.
A renina coagula o leite, e a lipase age sobre
alguns tipos de gordura. A mucosa gástrica
produz também o fator intrínseco, necessário à
absorção da vitamina B12.
Ele é caudal ao diafragma e localiza-se entre o
esôfago e o intestino e representa um segmento
dilatado do aparelho digestório.
Apresenta dois orifícios: cárdia (comunicação
com o esôfago) e o óstio pilórico (comunicação
com duodeno). Há uma diversidade bastante
considerável entre as espécies, relacionada com
a alimentação habitual de cada grupo.
Funções:
I. Reservatório de alimento (esfíncter
pilórico) até que ele possa ser processado
no duodeno.
II. Secreção de suco gástrico e hormônios,
fazendo uma mistura até o alimento se
tornar semi-líquido.
III. Bolsa digestiva
IV. Distensibilidade
V. Impede o refluxo e é responsável pelo
esvaziamento para o ID.
VI. Absorção de água e alguns
medicamentos
● Movimento do alimento ao longo do tubo
digestivo:
Após o alimento ter sido misturado com as
secreções gástricas, a mistura resultante, que
passa para o intestino, é denominada quimo.
O esvaziamento gástrico é controlado por
mecanismos de feedback nervosos e hormonais
oriundos principalmente do duodeno.
Quando já existe considerável quantidade de
quimo no intestino delgado ou quando há um
quimo excessivamente ácido ou ainda com
grande quantidade de proteínas ou gorduras não
digeridas haverá uma limitação na velocidade de
esvaziamento gástrico para que haja tempo para
o processamento do quimo já presente no
duodeno.
Existe uma diferença de tecidos na transição do
esôfago para o estômago. O esôfago é revestido
por tecido epitelial de revestimento estratificado
pavimentoso queratinizado (dependendo do tipo
de alimento ingerido). O estômago possui epitélio
simples prismático e cheio de glândulas.
Algumas partes do estômago estão revestidas
por três camadas musculares distintas:
I. Circular (interna)
II. Oblíqua
III. Longitudinal (externa)
Elas estão sempre combinadas de duas a duas.
Óstio esofágico – passagem entre dois órgãos
cavitários, no caso, comunicação entre o esôfago
com o estômago (região cárdia).
Óstio pilórico – comunicação entre o estômago
e o intestino (região pilórica).
O estômago monocavitário possui pregas,
folgas da mucosa, as quais são chamadas de
rugas temporárias (também presente no
Abomaso - estômago de ruminante que é
análogo ao estômago químico dos
monogástricos). Quando o estômago está cheio
as rugas temporárias desaparecem, uma vez que
ele se encontra maior em tamanho e as rugas
possibilita que ele estique e não se rompa. A
musculatura lisa é a responsável por fazer com
que essas rugas surjam, a fibra pode estar
enrugadaou esticada.
Dentro do estômago são digeridos os substratos
que sofrem ação das enzimas pepsina, renina e
lipase. Geralmente gorduras e proteínas.
Túnica serosa – Camada externa de um órgão
dentro da cavidade corporal.
O estômago dos animais pode ser:
I. Unicavitário – possui apenas uma
cavidade (carnívoros, suínos, equinos)
II. Pluricavitário – possui mais de uma
cavidade (ruminantes domésticos e
silvestres, cetáceos, cervídeos e aves). É
formado por vários compartimentos.
Os três primeiros compartimentos do estômago
dos ruminantes (rúmen, retículo e omaso) são
chamados de pró-ventrículos porque vem antes
do estômago químico. Neles ocorre uma digestão
mecânica e microbiana. O alimento sofre atrito na
parede interna desses compartimentos. A
digestão enzimática é provocada por
microrganismos que existem dentro do órgão
(bactérias e protozoários), que são responsáveis
pela quebra da celulose em pedaços menores.
No omaso ocorre grande reabsorção de água.
O omaso é responsável, principalmente, pela
reabsorção de água.
O abomaso é comparável ao estômago
unicavitário das outras espécies.
As aves possuem dois estômagos. O que vem
primeiro é chamado de pró-ventrículo e realiza
digestão enzimática. O ventrículo (moela),
estômago mecânico vem depois do estômago
químico. A moela possui uma parede muscular
espessa e possui pequenas pedras que auxiliam
na trituração do alimento que já está umedecido.
Tipos de mucosa:
I. Simples – mucosa glandular, responsável
por secretar suco gástrico (carnívoros).
II. Composta – possui mucosa glandular e
aglandular (suínos, equinos e
ruminantes).
A mucosa aglandular não secreta nada
(tecido epitelial de revestimento
pavimentoso queratinizado), será mais
áspero ao toque.
No boi, o abomaso é glandular e o restante
aglandular, que é o responsável pela digestão
química.
O estômago possui duas curvaturas, importantes
para o posicionamento do órgão:
I. Curvatura menor – está sempre dorsal. É
acompanhada pelo omento menor - liga
estômago ao fígado.
II. Curvatura maior – está sempre ventral. É
acompanhada pelo omento maior – liga
estômago ao pâncreas.
Omento – pregas de uma lâmina serosa que liga
um órgão ao outro e reveste externamente.
Também pode se encarregar de prender um
órgão da cavidade à parede abdominal.
De acordo com as glândulas, o estômago será
dividido em:
I. Corpo
II. Fundo
III. Pilórico
Vascularização: o principal vaso que vasculariza
o estômago é a artéria celíaca, que possui três
ramos e se divide imediatamente após deixar a
aorta entre os pilares do diafragma. A artéria
esplênica é um dos ramos que vai para o baço, a
artéria gástrica fica por conta do estômago e a
artéria hepática, o fígado.
Cão
● Estômago simples e unicavitário.
● Vomitam com facilidade, uma vez que a
parte cárdica é ampla e mais frágil e a
parte pilórica é extreita.
● O fundo é mais amplo e volumoso.
● A capacidade do estômago gira de 0,5 a 6
L, com média de 2,5L.
● Fígado vai do antímero direito ao
esquerdo. Faz uma cúpula onde o
estômago entra dentro.
● O diafragma é indicativo de
posicionamento, é sempre cranial.
● Estômago deslocado para a esquerda do
plano sagital mediano.
● Caudalmente ao estômago vamos ter as
alças do intestino delgado e a bexiga.
● Ao abrir a parede ventral da cavidade
corporal do abdômen do animal eu vou
enxergar a curvatura maior do estômago.
● O omento maior sai do pregueamento da
curvatura maior, desce até quase a
bexiga, dobra sobre si mesma, anda pelo
lado de dentro e volta.
● O estômago cheio toca a parede ventral
do abdômen.
Gato
● Na saída do estômago para o intestino ele
tende a dobrar sobre si mesmo, a
semelhança do J típico.
● A dilatação flagrante também é menos
freqüente, pois eles tendem a moderar
seu apetite melhor do que o cão.
Suínos
● Estômago composto e unicavitário.
● Na passagem do estômago para o
intestino no porco e nos ruminantes,
existirá uma projeção interna no piloro.
Uma protuberância carnosa, chamada de
tórus pilórico, que ajuda a controlar que
hora o alimento sairá do estômago para o
intestino.
● No fundo do estômago, existe um
pequeno saco de fundo cego denominado
divertículo gástrico. O animal pode ter
sido ruminante um dia e encontra-se em
uma fase de transição para um estômago
monogástrico, ou o contrário, ele está se
preparando para se tornar ruminante um
dia.
● É unicavitário e composto.
Equino
● Capacidade varia de 5 até 15 L.
● O estômago encontra-se totalmente do
lado esquerdo do abdômen.
● O fundo está muito voltado dorsalmente e
forma como se fosse um fundo de saco
cego. Pouca do estômago está voltada
com uma base para se apoiar na parede
ventral do abdômen. Um dos segmentos
do intestino grosso que toca a parede
abdominal.
● Esse é um outro motivo que faz com que
o cavalo não vomite. A parede do
abdômen não contrai para ajudar a
contração do estômago, visto que ele está
no terço médio da cavidade.
● O esôfago chega em um formato oblíquo
no estômago, impedindo o cavalo de
vomitar.
● Possui um esfíncter na região do cárdia
extremamente desenvolvido. Possui
musculatura firme e espessa. Seria
necessária muita força para abrir esse
cárdia.
● A parede do tórax do cavalo é muito
extensa, o que implica que o estômago
está totalmente protegido pelas costelas.
Não é possível fazer exame clínico de
palpação em cavalos!
● Região aglandular ocupa todo o fundo e
parte do corpo.
● A separação da região glandular para a
aglandular é separada perfeitamente pela
margem pregueada.
Ruminantes
● Veias do baço, estômago, pâncreas e
intestino se unem à veia porta e vai em
direção ao fígado, levando todo o sangue
que circulou por esses órgãos.
● É inervado por fibras simpáticas e pelo
nervo vago – inervação parassimpática,
aumentam o peristaltismo e a secreção de
hormônio que estimula a secreção
gástrica.
● Alguns cm antes de chegar no diafragma
o nervo vago se divide em um ramo
ventral e um ramo dorsal unem-se os dos
dois antímeros, sendo denominados de
tronco vagal dorsal(distribui-se
preferencialmente no rúmen) e tronco
vagal ventral (distribui-se nos outros três/
paralisia do abomaso).
● O antímero esquerdo da cavidade
abdominal dos ruminantes é totalmente
ocupada pelo rúmen. O resto dos órgãos
estão à direita do plano sagital mediano.
Entretanto, à esquerda do rúmen vamos
ter o baço, que é praticamente
insignificante em relação à ocupação do
espaço.
● Epitélio transparente, simples
pavimentoso e ciliado. Reveste a
superfície externa de todos os órgãos
torácicos e abdominais. Na cavidade
abdominal essa serosa recebe o nome de
peritônio.
● Sulcos no estômago são os locais onde
os nervos irão percorrer.
● Sobre os nervos e preenchendo o sulco
teremos tecido conjuntivo adiposo, auxilia
na proteção.
● A porção mais caudal do rúmen forma
dois sacos cegos caudais, dorsal e ventral
quase independentes. O saco cego
caudodorsal e saco cego caudoventral.
● Átrio do rúmen – onde o alimento que
chega do estômago termina de cair.
Aula 3- Aparelho Digestório
Ruminantes
É composto por quatro câmaras: rúmen, retículo,
omaso e abomaso.
As três primeiras são conhecidas como estômago
anterior (pró-ventrículo). Apenas a última
(abomaso) é comparada, em estrutura e função,
ao estômago simples das demais espécie
O suprimento sangüíneo do estômago é
proveniente dos três ramos da artéria celíaca:
I. Artéria gástrica esquerda
II. Artéria hepática
III. Artéria lienal (esplênica)
IV. Obs: Artérias ruminais (direita e esquerda)
As veias correm junto as artérias e associam-se
formando troncos que se unem à veia porta.
Numerosas anastomoses arteriovenosas
constituem um meio de regulação do suprimento
sangüíneo da túnica mucosa para atender às
necessidades fisiológicas da circulação gástrica
nas fases da digestão.
● Inervação:
O estômago é inervado por fibras
parassimpáticas no interior dos dois troncos
vagais e por fibras simpáticas que se chegam ao
órgão com as artérias.
As fibras parassimpáticos aumentam o
peristaltismo e a secreção do hormônio que
estimula a secreção gástrica. As fibras simpáticasinibem a musculatura e o nervo vago estimula a
secreção gástrica.
7. Ramo do tronco vagal ventral para o fígado e o piloro; 8. Tronco
vagal dorsal; 9. Tronco vagal ventral; 10. Ramos para o gânglio
celiacomesentérico.
Depressões na superfície do rúmen formam
sulcos para a passagem de nervos, que se
alojam profundamente e ficam protegidos pela
camada de gordura.
O esôfago chega exatamente no limite entre o
rúmen e o retículo. Isso é importante para a
ruminação. O alimento capturado pela boca é
rapidamente mastigado, desce pelo esôfago, cai
no rúmen e daí para o retículo. O retículo balança
e faz com que o alimento volte para a boca, de lá
para o rúmen e retículo novamente. Se o esôfago
abrisse longe do rúmen o alimento não teria
facilidade para voltar do retículo para a boca.
O alimento chega do esôfago para o rúmen e
ocupa a camada mais superior, ocorre uma
mistura das partículas e como o alimento vai e
volta na boca várias vezes, existem partículas de
diferentes tamanhos no rúmen. Assim, as
maiores ficam no fundo e as menores na
superfície. O retículo possui esse nome por
causa da sua estrutura interna, formado por
pequenas “casinhas” ou “favos de colmeia”.
Quando o capim cai dentro dessas estruturas, as
partículas menores ficam aprisionadas nessas
células do retículo. As partículas maiores são
devolvidas para a boca e as aprisionadas
seguirão do retículo para o abomaso.
Quando o animal bebe água, ela vai para o
rúmen, ocupando o fundo. O rúmen não fica
cheio até o topo por causa dos gases
decorrentes da quebra de celulose. É necessário
um espaço para esses gases ocuparem, 2/3 são
ocupados por alimento e água e 1/3 por gases.
O rúmen é responsável, então, pela recepção,
armazenamento e condução do alimento
(digestão mecânica e microbiana). Além disso,
ele é capaz de absorver ácidos graxos voláteis e
sódio. O retículo vai ser responsável também
pela recepção armazenamento, condução do
alimento e absorção de ácidos graxos voláteis.
Os dois sulcos verticais são chamados de sulcos
coronários. O número 14 é o sulco caudal. O
número 9 acompanha toda a extensão crânio
caudal do rúmen pela face direita recebe o nome
de sulco longitudinal direito e na face esquerda,
sulco longitudinal esquerdo. 15 sulco coronário
dorsal e 16 de sulco coronário ventral (esquerdo
ou direito).
O rúmen, então, encontra-se
compartimentalizado. 1 saco dorsal e 2 saco
ventral, são maiores. Número 12 é o saco cego
caudodorsal e o 13 o saco cego caudoventral.
Pela face lateral esquerda é possível ver o rúmen
em sua totalidade, o retículo e uma parte do
abomaso. O omaso estará na face direita do
órgão.
O número 6 separa o saco ventral do saco
dorsal. 7 sulco caudal e 9 sulco cranial. Existem
duas pequenas expansões do saco ventral e
dorsal, o número 13 recesso ruminal e 12 o átrio
ruminal.
O retículo é observado tanto na face direita
quanto na face esquerda pois é o mais cranial
dos quatro estômagos. O abomaso estará
parcialmente ventral ao rúmen.
Não existe uma separação nítida entre as
câmaras, todas elas se comunicam. Os sulcos
correspondem aos pilares, estruturas observadas
internamente. Esses pilares são constituídos de
músculo liso da parede do órgão.
No rúmen, as papilas maiores e mais numerosas
na parte ventral, no saco ventral, onde o alimento
está apoiado. Na parte onde o gás fica localizado
encontramos uma menor quantidade de papilas e
menos numerosas. Dessa forma, o saco ventral é
diferente do saco dorsal nesse sentido.
● Rúmen
Localizado no antímero esquerdo, é uma
estrutura alongada, comprimido lateralmente, é a
maior das três porções do pró-ventrículo.
Estende-se desde a parte ventral do 7º ou 8º
espaço intercostal até a entrada da pelve.
Possui papilas com formato digitiforme, que
diferem conforme as regiões. A mucosa do saco
ventral possui papilas mais densas e a mucosa
do saco dorsal é quase lisa.
O rúmem é subdividido:
I. sacos principais dorsal e ventral
II. saco cego caudodorsal e saco cego
caudoventral.
Assegura o essencial da pré-digestão:
Fermentação; Homogeneização; Umidificação
● Retículo
Compartimento mais cranial e o menor dos
quatro. Está localizado entre a 6ª, 7ª e 8ª
costelas, assim, não é possível ter acesso a ele.
Sua maior parte situa-se a esquerda do plano
mediano.
Forma piriforme nos bovinos e de hemi-esfera
nos pequenos ruminantes. O rúmem e o retículo
comunicam-se sobre a prega ruminorreticular em
forma de U.
Retículo pericardite traumática - patologia que
acomete o retículo e o pericárdio (membrana que
reveste externamente o coração). Algum alimento
mais duro (metal, parafuso), perfura o retículo,
atravessa o diafragma e atinge o pericárdio.
Acumula-se pus dentro da cavidade pericárdica
(mais virtual do que real) e o coração fica
impossibilitado de se expandir corretamente,
visto que o pus é viscoso. O coração fica
comprimido e impedido de expandir.
Apresenta uma mucosa pregueada
assemelhando-se a favos de colmeia. Cada favo
é denominado cristas do retículo e delimitam
espaços tetra, penta ou hexagonais. Regula o
trânsito de alimento para o Omaso.
Sulco reticular – se estende dorsalmente até o
ponto em que o esôfago chega na cavidade. O
esôfago se abre exatamente na transição entre
retículo e rúmen. O alimento vem direto do
rúmen, pela pressão do esôfago e o rúmen
manda para o retículo as custas da proximidade
anatômica. Dessa maneira, rúmen e retículo
funcionam juntos. Fisiologicamente, são
considerados uma unidade funcional única. O
sulco reticular é importante para animais jovens
que bebem leite, que não precisa cair no rúmen,
uma vez que ele não digere proteína. O leite que
está chegando pelo esôfago não passa por
nenhum dos três primeiros compartimentos e vai
direto para o abomaso. Cada lado da parede do
sulco é clamado de lábio da goteira esofágica e
quando eles se encontram, formam um tubo
chamado de goteira esofágica. Assim, os lábios
limitam o sulco reticular quando ele está aberto.
● Omaso
Ele é uma estrutura arredondada, à direita do
rúmen e se estende desde a 7ª até a 11ª costela.
Possui forma arredondada nos bovinos e ovóide
nos pequenos ruminantes.
O omaso apresenta uma face parietal e uma face
visceral. Parietal – parede/ visceral – vísceras
(órgãos cavitários). A face parietal está em
contato com a parede abdominal direito e a face
visceral está em contato com o rúmen. O retículo
também apresenta uma face parietal e uma face
visceral, em contato com o diafragma e o rúmen.
O abomaso possui face parietal com a parede
ventral do abdômen e a visceral com o rúmen. O
rúmen possui face parietal com a parede do
abdômen e a visceral é a direita que faz contato
com o fígado, intestino, rins.
O omaso é formado por lâminas ou folhas
internamente. Existem lâminas de diferentes
larguras, histologicamente elas são delgadas e
com papilas, que parecem garras.
O principal papel do omaso é absorver água e o
alimento fica espremido pelas lâminas. Ao
mesmo tempo, as papilas estarão quebrando o
capim em pedaços menores- digestão mecânica.
● Abomaso
Corresponde ao estômago dos demais
mamíferos domésticos. Possui a forma de um
saco alongado. Repousa sobre o assoalho da
cavidade abdominal à direita do plano mediano
A parte pilórica leva em direção ao pilório, onde
tem uma passagem chamada de óstio pilórico
que comunica o estômago com o intestino. No
ruminante e no suíno veremos uma musculatura
mais condensada e um aumento na parede do
órgão nessa altura, que forma uma “verruga” pro
interior do estômago e ajuda a controlar o
momento que o alimento passará do estômago
para o intestino, essa estrutura é chamada de
tórus pilórico.
Prática
Nos ruminantes, a parede da bochecha é cheia
de papilas queratinizadas orientadas
caudalmente com o propósito de ajudar no
direcionamento do alimento em direção ao
esôfago. Essas papilas recebem o nome de
papilas bucais e localizam-se na cavidade do
vestíbulo.
A palato duro é formado pela base óssea do
osso incisivo, palatino e maxila. Caudalmente ao
palato duro, vamos ter o palato mole, que é
constituído por tecido mole.
O palatomole marca o início da orofaringe. A
orofaringe é a região onde está localizada a raiz
da língua.
Cavidade nasal (rostral) e nasofaringe (caudal).
O ápice mais cranial da epiglote marca o fim da
orofaringe e da nasofaringe e o início da
laringofaringe, que é um dos três componentes
da faringe e o local onde temos as cartilagens da
laringe. Ela se estende o ápice da epiglote até a
traqueia.
Cartilagens da laringe:
I. Tireoide – mais rostral (2)
II. Cricoides – anel, mais fino
ventralmente e maior dorsalmente
(3)
III. Aritenóides – direita e esquerda.
(4- par)
Prega vocal – fecha durante o choque anafilático,
fica edemasiada e fecha a passagem impedindo
que o ar entre na traqueia. É também
responsável pelo timbre da voz. A glote é
formada pela junção da prega vocal do lado
direito e da prega vocal do lado esquerdo.
O esôfago é a estrutura responsável por levar o
alimento até o estômago. Para desengasgar é
necessário tossir e a melhor técnica para isso é
apertar a traqueia para forçar a tosse.
O engasgamento pode ser tanto na traqueia
quanto no esôfago.
Papilas de função mecânica (queratinizadas –
atrito):
I. Filiformes – toda rugosidade sentida
quando passa a mão na língua do boi.
II. Cônicas – muito numerosas no cachorro,
gato e no porco. Possui formato de cone.
III. Lenticulares – bem visíveis na parte
dorsal do torus da língua dos ruminantes.
Papilas de função (percepção de sabor):
I. Fungiformes- pontos brancos espalhados
pela língua, geralmente nas bordas da
língua.
II. Valadas – botão, presente em um par,
apenas, no equino. Nos ruminantes entre
6 e 12 pares.
III. Folheadas – encontradas na parte lateral
da raiz da língua e possuem orientação
oblíqua. Somente nos suínos e equinos.
O estômago do cachorro é praticamente uma
dilatação entre o esôfago e intestino. Já o
estômago do suíno a saculação é mais nítida
(formato de J). No cavalo, o estômago também
assumirá o formato de J.
Mucosa glandular é lisa, não possui epitélio
queratinizado.
Na parte pilórica existem rugas que só
desaparecerão quando o alimento estiver nessa
passagem para chegar ao intestino.
No estômago dos suínos existe algumas
características particulares:
I. Divertículo gástrico – saco cego
II. Tórus pilórico
III. Composto – parte glandular e aglandular
O estômago do equino também é composto e
possui mucosa glandular e aglandular. O cárdia é
muito espesso e possui musculatura bem
desenvolvida.
Pleura - serosa de epitélio pavimentoso dentro
da cavidade torácica que reveste cranialmente o
diafragma, que possui bordas escuras e região
central transparente. A região central é a
aponeurose e a escura é a musculatura, ambos
são revestidos pela pleura.
Peritônio – serosa encontrada na cavidade
abdominal.
A veia cava caudal também é revestida
externamente pela pleura, assim como a aorta.
Aorta – esôfago – veia cava (orientação dorsal
para ventral). Aorta dorsal, esôfago no terço
médio e veia cava caudal mais para o final.
O coração também é revestido por uma pleura, e
pelo saco pericárdico (local onde acumula pus na
retículo pericardite traumática).
Timo – órgão linfoide que termina cranial ao
coração. Responsável pelo desenvolvimento e
seleção de linfócitos T. Importante na vida animal
até a puberdade, desenvolve anticorpos. Ao
chegas à puberdade ele começa a regredir de
cranial para caudal.

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