AO2 - Literatura Portuguesa 20211EFL

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08/06/2021 Teste: AO2
https://famonline.instructure.com/courses/12989/quizzes/46832/take 1/12
AO2
Iniciado: 8 jun em 13:06
Instruções do teste
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0,6 ptsPergunta 1
Analise a lírica “Amor é fogo” de Camões:
 
“Amor é fogo que arde sem se ver, 
é ferida que dói, e não se sente; 
é um contentamento descontente, 
é dor que desatina sem doer. 
É um não querer mais que bem querer; 
é um andar solitário entre a gente; 
é nunca contentar-se de contente; 
é um cuidar que ganha em se perder. 
É querer estar preso por vontade; 
é servir a quem vence, o vencedor; 
é ter com quem nos mata, lealdade. 
Mas como causar pode seu favor 
nos corações humanos amizade, 
se tão contrário a si é o mesmo Amor.”
 
Disponível em: https://www.culturagenial.com/poema-amor-e-chama-que-arde-sem-se-ver-
de-luis-vaz-de-camoes/ (https://www.culturagenial.com/poema-amor-e-chama-que-arde-sem-se-
ver-de-luis-vaz-de-camoes/) . Acesso em 18 de novembro de 2019. Adaptado.
Considerando a lírica camoniana, observa-se que o texto de Camões convida o
leitor à reflexão, assim, analise-o e conecte-o corretamente as afirmativas a
seguir:
https://www.culturagenial.com/poema-amor-e-chama-que-arde-sem-se-ver-de-luis-vaz-de-camoes/
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I e II, apenas.
II e III, apenas.
I, apenas.
III, apenas.
II, apenas.
 
I. Utilizava formas poéticas como cantigas, vilancetes, sonetos, trovas e
redondilhas. Também acionava o estilo renascentista em versos decassílabos e o
“amor” ligado ao contraditório.
 
II. Utilizava apenas aspectos renascentistas como versos decassílabos, e como
recursos de linguagem sempre apresentava a tríade: hipérbole, eufemismo e
aliteração.
 
III. A natureza estava presente em todas as líricas e era apresentada sempre
como hostil, quase personificada como responsável pelos sofrimentos de amor do
ser humano.
 
É correto o que se afirma em:
 
0,6 ptsPergunta 2
 
“Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
 
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
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Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das
etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.” (...)
 
Fonte: PESSOA, Fernando. Poema em linha Reta. In: Obra poética. Rio de Janeiro: José Aguilar,
1972. p. 418. Adaptado.
 
A partir do trecho acima, analise as afirmativas a seguir:
 
I. O eu lírico é irônico em relação às dificuldades de o ser humano desenvolver e
acionar o senso crítico em relação aos próprios erros.
 
II.O “eu lírico” é completamente condescendente com os erros humanos.
 
III.O “eu lírico” menciona os próprios erros cotidianos como forma de materializar
os deslizes que os seres humanos podem cometer.
 
É correto o que se afirma em:
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I e III, apenas.
I, apenas.
III, apenas.
II e III, apenas.
II, apenas.
 
0,6 ptsPergunta 3
Gil Vicente apresenta um painel da sociedade europeia em sua peça “Auto da
Barca do Inferno”.
Observe o trecho a seguir no qual o personagem fidalgo solicita ao anjo entrar na
barca para o céu e é rejeitado devido as suas ações durante a vida terrena.
 
“Anjo — Que quereis?
Fidalgo — Que me digais, pois parti tão sem aviso, se a barca do Paraíso é esta
em que navegais.
Anjo — Esta é; que demandais?
Fidalgo — Que me leixeis embarcar. Sou fidalgo de solar, é bem que me
recolhais.
Anjo — Não se embarca tirania neste batel divinal.
Fidalgo — Não sei porque haveis por mal que entre a minha senhoria...
Anjo — Para vossa fantasia mui estreita é esta barca.
Fidalgo — Para senhor de tal marca nom há aqui mais cortesia? Venha a prancha
e atavio! Levai-me desta ribeira!
Anjo — Não vindes vós de maneira para entrar neste navio.”
 
Fonte: VICENTE, Gil. Auto da Barca do Inferno. 1. ed. Barueri: Nobel, 2001. p. 14.
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O anjo é apresentado como um ser cruel e intransigente que rejeita o fidalgo por fazer
parte da elite econômica, embora fidalgos fossem todos muito caridosos na sociedade
humanista.
Os personagens da peça apresentam apenas virtudes e dessa forma encaminham para
ideia de que é preciso ser totalmente perfeito para ter direito a barca que conduz aos
céus.
Os personagens são apresentados de forma sempre idealizada, com características de
cristãos perfeitos em suas ações para que os expectadores pudessem desejar ser iguais
a eles.
Os personagens são simbólicos e apresentam características humanas positivas (o
bem) e os principais desvios de conduta que os seres humanos são capazes de
vivenciar para satisfazerem os próprios interesses (o mal). A obra encaminha para
reflexão sobre os opostos.
O mal é apresentado no texto pela ação do anjo que aceita o fidalgo na barca devido ao
prestígio social que este usufrui na sociedade humanista.
Considerando o aspecto moralizante que a obra materializa, é correto afirmar
que:
0,6 ptsPergunta 4
Durante o período do humanismo (1418-1527), havia a chamada crônica
histórica, representada sobretudo por Fernão Lopes. A obra do Autor contém
ironia e crítica à sociedade portuguesa.
Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Vestibular-e-Enem/noticia/2019/10/do-
trovadorismo-ao-modernismo-resumo-dos-movimentos-literarios-ate-o-seculo-20.html
(https://revistagalileu.globo.com/Vestibular-e-Enem/noticia/2019/10/do-trovadorismo-ao-modernismo-
resumo-dos-movimentos-literarios-ate-o-seculo-20.html) . Acesso em: 19 de novembro de 2019.
Adaptado
A partir do trecho acima, avalie as asserções a seguir, e a relação entre elas:
 
I. As crônicas de Fernão Lopes apresentam narrativas realistas e dinâmicas que
possibilitam o leitor, pela riqueza das descrições, visualizar mentalmente os
acontecimentos.
 
https://revistagalileu.globo.com/Vestibular-e-Enem/noticia/2019/10/do-trovadorismo-ao-modernismo-resumo-dos-movimentos-literarios-ate-o-seculo-20.html
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A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição falsa.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
As asserções I e II são proposições falsas.
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
PORQUE
 
II. As crônicas mencionam até mesmo os nomes das pessoas envolvidas nos
fatos, há fidelidade nas narrativas dos acontecimentos históricos.
 
Assinale a alternativa correta:
 
0,6 ptsPergunta 5
Leia e analise a Cantiga de amor de Afonso Fernandes:
 
“Senhora minha, desde que vos vi, 
lutei para ocultar esta paixão 
que me tomou inteiro o coração; 
mas não o posso mais e decidi 
que saibam todos o meu grande amor, 
a tristeza que tenho, a imensa dor 
que sofro desde o dia em que vos vi.”
 
Vale considerar queo Trovadorismo português foi marcado pelo teocentrismo,
valor que vigorava na Idade Média, por cantigas satíricas que apresentavam
críticas e por uma lírica amorosa marcada por amores impossíveis.
Em relação às líricas predominava na cantiga de amor:
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A igualdade de gênero. O trovador considerava os direitos civis da mulher medieval.
A vassalagem é vivenciada pela mulher, a figura feminina se manifesta e se coloca a
disposição de todos os caprichos masculinos.
A voz da mulher é materializada no texto e faz valer seus direitos diante da sociedade,
no casamento e no trabalho.
A vassalagem, pois o trovador se coloca em posição inferior a da mulher amada.
A superioridade do homem, a mulher nesse tipo de cantiga é sobrepujada.
0,6 ptsPergunta 6
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
As novelas de cavalaria, também conhecidas como romances de cavalaria, eram
escritas em prosa, durante a Idade Média, e tornaram-se muito populares
ganhando diversas versões no teatro e no cinema. Uma das mais famosas é a
“Demanda do Santo Graal” que narra a busca pelo cálice sagrado de Cristo e as
lendas do Rei Artur.
 
A partir das informações acima, avalie as asserções a seguir e a relação entre
elas:
 
I. Novelas de Cavalaria narram aventuras, atos de coragem e de lealdade dos
cavaleiros medievais, valoriza a comprovação de honra e apresenta o amor
cortês. Recorre a mitologia para apresentar diversos aspectos das relações
humanas.
 
PORQUE
 
II. As Novelas de Cavalaria descrevem os atos heroicos dos reis, a lealdade entre
os países que faziam fronteira e o desejo dos cavaleiros em ampliarem os laços
culturais com os povos próximos.
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A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
As asserções I e II são proposições falsas.
0,6 ptsPergunta 7
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
As asserções I e II são proposições falsas.
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
Leia o trecho a seguir:
 
“O poeta é um fingidor. 
Finge tão completamente 
Que chega a fingir que é dor 
A dor que deveras sente.”
 
Trecho de Autopsicografia de Fernando Pessoa. In: Cancioneiro.
A partir do trecho acima, avalie as asserções a seguir e a relação entre elas:
 
I. Observamos no trecho a apresentação da noção do “eu lírico “da descrição da
própria alma de poeta, da reflexão sobre os próprios sentimentos e sobre o
autoconhecimento.
 
PORQUE
 
II. O texto poético possibilita ao leitor considerar a própria subjetividade do “eu
lírico”.
 
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A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
0,6 ptsPergunta 8
A obra inicia o Modernismo, traz para reflexão a questão do sexo por amor, do celibato
por obrigatoriedade e do amor como forma de degradação do ser humano.
O prólogo apresenta características realistas, o sacerdote é condenado a solidão, pois o
amor é visto como puramente carnal.
O romance apresenta características ainda do Classicismo, cultua a forma, a utilização
de linguagem rebuscada e apresentação de aspectos moralistas como os únicos
validados socialmente.
Há um diálogo com o leitor sobre a questão do celibato, apresentando as diferentes
interpretações que as pessoas fazem sobre a condição dos sacerdotes.
A obra inicia o Parnasianismo pela apresentação de temática ligada a religiosidade e do
Analise a seguir trecho do prólogo do romance “Eurico, o presbítero” de
Alexandre Herculano:
 
“Prólogo do autor
Para as almas, não sei se diga demasiadamente positivas, se de masiadamente
grosseiras, o celibato do sacerdócio não passa de uma condição, de uma fórmula
social aplicada a certa classe de indi víduos cuja existência ela modifica
vantajosamente por um lado e desfavoravelmente por outro. A filosofia do
celibato para os espíritos vulgares acaba aqui. Aos olhos dos que avaliam as
coisas e os homens só pela sua utilidade social, essa espécie de insulação
doméstica do sacerdote, essa indireta abjuração dos afetos mais puros e santos,
os da família, é condenada por uns como contrária ao interesse das nações,
como danosa em moral e em política, e defendida por outros como útil e
moral.”(...)
Fonte: HERCULANO, Alexandre. Eurico, o Presbítero. Classicos editora, 2018.
No trecho do prólogo, observa-se que a questão do celibato é apresentada por
Alexandre Herculano em “Eurico, o presbítero” convidando o leitor à reflexão.
Assim, quanto a obra é correto afirmar que:
 
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“homem” materializado como guardião da família, da moral e dos bons costumes.
0,6 ptsPergunta 9
Analise a imagem a seguir:
A criação de Adão de Michelangelo
 
Disponível em: www.culturagenial.com/a-criacao-de-adao-michelangelo
(http://www.culturagenial.com/a-criacao-de-adao-michelangelo) . Acesso em: 18 de novembro de
2019.
Associe as características do estilo de época do Humanismo com a imagem de
Michelangelo e analise as afirmações a seguir:
 
I. No Humanismo, houve valorização do “ ser humano” como um ser feito a
imagem e semelhança de Deus e por isso capaz (antropocentrismo). Rejeitavam
a ideia de a vida humana ser regida exclusivamente por aspectos místicos e
religiosos.
 
II. A sociedade humanista passou a priorizar o ateísmo como forma de libertar-se
do poder da igreja que prevaleceu na Idade Média, fato recorrente na literatura
portuguesa deste período.
 
III. As obras de arte passaram a retratar e materializar a ideia de politeísmo. Na
literatura portuguesa foram produzidas diversas obras humanistas com temáticas
que apresentavam ao mundo o judaísmo e diversas religiões asiáticas.
http://www.culturagenial.com/a-criacao-de-adao-michelangelo
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I e II, apenas.
I e IV, apenas.
III e IV, apenas.
II, III e IV, apenas.
II e III, apenas.
 
IV. O Humanismo português trouxe significativas contribuições para mudanças de
paradigmas que afastaram o ser humano dos valores medievais e o encaminhava
para o Renascimento.
 
É correto apenas o que se afirma em:
 
 
 
0,6 ptsPergunta 10
O Renascimento foi um período fértil na produção artística, possibilitou ao homem
repensar diversos aspectos das relações humanas e materializar estas novas
perspectivas nas obras de arte. Na literatura, o Classicismo permitiu a
manifestação dos valores predominantes neste novo cenário.
Avalie as asserções a seguir, e a relação entre elas:
 
I. O Classicismo foi marcado pela preocupação com a forma perfeita do texto,
com a utilização de temáticas que encaminhassem para valores como a verdade,
a perfeição, o belo e o bom.
 
PORQUE
 
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Salvo em 13:16 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
As asserções I e II são proposições falsas.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
II. O Renascimento marcou definitivamente o rompimento com os valores
medievais, possibilitou renovação artística, e em decorrência a renovação cultural
e científica.
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