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Apostila Português - Ensino Médio

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Prévia do material em texto

I – Compreensão e Interpretação de Texto(s)
Texto para as questões 1 e 2.
Só é literatura quando incomoda
Como escritora, editora e, principalmente, leitora, tenho observado um fenômeno desconcertante acometer a literatura nacional: o processo de politização obediente dos novos escritores brasileiros. Muitas vezes tenho a impressão de que a nos- sa produção literária cortou o cabelo, fez a barba, colocou sapatos de couro, terno, gravata, e agora é o genro que mamãe pediu a Deus. E, sabem: isso me incomoda. Profundamente.
Porque, em minha opinião, a literatura que não lhe sacode; que não lhe tira do lugar onde você confortavelmente está; que não lhe faz repensar; que não desconstrói e bagunça; que não coloca o dedo na ferida e chafurda; é uma literatura inofensiva – logo, irrelevante. Os livros e autores que me conquistaram, e me fizeram compreender o poder da literatura na formação política e social de qualquer cidadão, falavam de sexo, de drogas, de dor, de vida, de desespero – e não de dragões, fadas e gnomos.
[...] 
Jana Lauxen. Disponível em: <http://zonacurva.com.br/o-caminho-dos-excessos-fazendo-diferenca/>. Acesso em: 21 fev. 2017.
1 Epcar (Cpcar) 2018 Jana Lauxen, ao utilizar a expressão metafórica “genro que a mamãe pediu a Deus”, comparan- do-a à literatura de nosso tempo, esclareceu que essa lite- ratura é para ela
A provocativa e reflexiva.
B desconcertante e relevante.
C inofensiva e obediente.
D reflexiva e desconstrutora.
2 Epcar (Cpcar) 2018 Segundo o texto, pode-se afirmar que a(o)
A literatura só desempenha o seu papel no momento em que agrada à sociedade.
B poder da literatura consiste em tirar o cidadão do lugar físico em que se encontra.
C literatura é relevante à medida que desnuda problemas sociais e situações essenciais de vida.
D poder da literatura está em deslocar o olhar do leitor para obras politicamente corretas.
3 CFTMG 2017 Ao tratar de literatura e de valor estético, estamos em terreno movediço e variável e não em terras firmes e estáveis. O que se considera literatura hoje não é o que se considerava no século XVIII; o que se considera uma história bem narrada em uma tribo africana não é o que se considera bem marcado em Paris; o enredo que emociona uma jovem de 15 anos não é o que traz lágrimas aos olhos de um professor de 60 anos; o que um crítico carioca identi- fica como uso sofisticado da linguagem não é compreendi- do por um nordestino analfabeto.
Márcia Abreu. Cultura letrada: literatura e leitura. São Paulo: Editora da Unesp, 2016. p. 58.
No texto, a autora defende o ponto de vista de que a noção de literatura é estabelecida por critérios
A elitistas.
B relativos.
C técnicos.
D Históricos.
3 CPS 2012
Não existe amor em SP*
Não existe amor em SP Um labirinto místico 
Onde os grafites gritam Não dá pra descrever
Numa linda frase
De um postal tão doce cuidado com doce
São Paulo é um buquê
Buquês são flores mortas 
Num lindo arranjo
Arranjo lindo feito pra você 
Não existe amor em SP
Os bares estão cheios de almas tão vazias 
A ganância vibra, a vaidade excita
Devolva minha vida e morra afogada em seu próprio
 	[mar de fel 
Aqui ninguém vai pro céu
Criolo. Disponível em <www.vagalume.com.br/criolo/nao-existe-amor-em-sp.html>. Acesso em: 27 jan. 2012. (Adapt.). *Na letra da música, a sigla SP refere-se à cidade de São Paulo, e não ao Estado.
A letra da música de Criolo tem características literárias, pois A emprega, predominantemente, a linguagem popular caracterizada pela forma mais livre em relação às normas gramaticais.
A há o emprego de figuras de linguagem, como a antítese em “os bares estão cheios de almas tão vazias”.
B se estrutura em versos e estrofes, embora esteja au- sente a musicalidade por meio de rimas.
C se evidenciam, no texto, as dúvidas e as contradições íntimas do eu lírico.
D apresenta eu lírico cuja função é introduzir as personagens da narrativa
3 FCE 2016 Analise os trechos de músicas a seguir levando em consideração as figuras de linguagem.
I. “Não existiria som se não houvesse o silêncio/Não haveria luz se não fosse a escuridão/A vida é mesmo assim/Dia e noite, não e sim.” (Lulu Santos/Nelson Mota)
II “Chove chuva, chove sem parar” (Jorge Ben Jor)
III. “Mentes tão bem que parece verdade, o que você fala/Vou acreditando” (Zezé Di Camargo e Luciano)
IV. Te trago mil rosas roubadas/Pra desculpar minhas mentiras/Minhas mancadas” (Cazuza)
Indica a correspondência correta a alternativa
A	I. Paradoxo, II. Aliteração, III. Ironia, IV. Sinestesia.
B	I. Pleonasmo, II. Anacoluto, III. Metáfora, IV. Hipérbole.
C	I. Antítese, II. Comparação, III. Ironia, IV. Hipérbole.
D	I. Antítese, II. Pleonasmo, III. Ironia, IV. Hipérbole.
E	I. Metáfora, II. Polissíndeto, III. Zeugma, IV. Hipérbole.
Texto para a questão 4.
Não há hoje no mundo, em qualquer domínio de atividade artística, um artista cuja arte contenha maior universalidade que a de Charles Chaplin. A razão vem de que o tipo de Carlito é uma dessas criações que, salvo idiossincrasias muito raras, interessam e agradam a toda a gente. Como os heróis das lendas populares ou as personagens das velhas farsas de mamulengo.
Carlito é popular no sentido mais alto da palavra. Não saiu completo e definitivo da cabeça de Chaplin: foi uma criação em que o artista procedeu por uma sucessão de tentativas e erradas. Chaplin observava sobre o público o efeito de cada detalhe. Um dos traços mais característicos da pessoa física de Carlito foi achado casual. Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de um tabético. O público riu: estava fixado o andar habitual de Carlito.
O vestuário da personagem − fraquezinho humorístico, calças lambazonas, botinas escarrapachadas, cartolinha − também se fixou pelo consenso do público. Certa vez que Carlito trocou por outras as botinas escarrapachadas e a clássica cartolinha, o público não achou graça: estava desapontado. Chaplin eliminou imediatamente a variante. Sentiu com o público que ela destruía a unidade física do tipo. Podia ser jocosa também, mas não era mais Carlito.
Note-se que essa indumentária, que vem dos primeiros filmes do artista, não contém nada de especialmente extravagante. Agrada por não sei quê de elegante que há no seu ridículo de miséria. Pode-se dizer que Carlito possui o dandismo do grotesco. Não será exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas de cinema para a realização da personagem de Carlito, como ela aparece nessas estupendas obras-primas de humour que são O Garoto, Ombro Arma, em Busca do Ouro e O Circo.
Isto por si só atestaria em Chaplin um extraordinário dom de discernimento psicológico. Não obstante, se não houvesse nele profundidade de pensamento, lirismo, ternura, seria levado por esse processo de criação à vulgaridade dos artistas medíocres que condescendem com o fácil gosto do público.
Aqui é que começa a genialidade de Chaplin. Descendo até o público, não só não se vulgarizou, mas ao contrário ganhou maior força de emoção e de poesia. A sua originalidade extremou-se. Ele soube isolar em seus dados pessoais, em sua inteligência e em sua sensibilidade de exceção, os elementos de irredutível humanidade. Como se diz em linguagem matemática, pôs em evidência o fator comum de todas as expressões humanas. O olhar de Carlito, no filme O Circo, para a brioche do menino faz rir a criançada
50 como um gesto de gulodice engraçada. Para um adulto pode sugerir da maneira mais dramática todas as categorias do desejo. A sua arte simplificou-se ao mesmo tempo que se aprofundou e alargou. Cada espectador pode encontrar nela o que procura: o riso, a crítica, o lirismo ou ainda o contrário de tudo isso. Essas reflexões me acudiram ao espírito ao ler umas linhas da entrevista fornecida a Florent Fels pelo pintor Pascin, búlgaro naturalizado americano. Pascin não gosta de Carlito e explicou que uma fita de Carlito nos Estados Unidos tem uma significação muito diversa da que lhe dão fora de lá. Nos Estados Unidos Carlito é o sujeito que não sabe fazer as coisas como todo mundo,que não sabe viver como os outros, não se acomoda em meio algum, − em suma um inadaptável. O espectador americano ri satisfeito de se sentir tão diferente daquele sonhador ridículo. É isto que faz o sucesso de Chaplin nos Estados Unidos. Carlito com as suas lamentáveis aventuras constitui ali uma lição de moral para educação da mocidade no sentido de preparar uma geração de homens hábeis, práticos e bem quaisquer!
Por mais ao par que se esteja do caráter prático do americano, do seu critério de sucesso para julgamento das ações humanas, do seu gosto pela estandardização, não deixa de surpreender aquela interpretação moralista dos filmes de Chaplin. Bem examinadas as coisas, não havia motivo para surpresa. A interpretação cabe perfeitamente dentro do tipo e mais: o americano bem verdadeiramente americano, o que veda a entrada do seu território a doentes e estropiados, o que propõe o pacto contra a guerra e ao mesmo tempo assalta a Nicarágua, não poderia sentir de outro modo.
Não importa, não será menos legítima a concepção contrária, tanto é verdade que tudo cabe na humanidade vasta de Carlito. Em vez de um fraco, de um pulha, de um inadaptável, posso eu interpretar Carlito como um herói. Carlito passa por todas as misérias sem lágrimas nem queixas. Não é força isto? Não perde a bondade apesar de todas as experiências, e no meio das maiores privações acha um jeito de amparar a outras criaturas em aperto. Isso é pulhice? Aceita com estoicismo as piores situações, dorme onde é possível ou não dorme, come sola de sapato cozida como se se tratasse de alguma língua do Rio Grande. E um inadaptável?
Sem dúvida não sabe se adaptar às condições de sucesso na vida. Mas haverá sucesso que valha a força de ânimo do sujeito sem nada neste mundo, sem dinheiro, sem amores, sem teto, quando ele pode agitar a bengalinha como Carlito com um gesto de quem vai tirar a felicidade do nada? Quando um ajuntamento se forma nos filmes, os transeuntes vão parando e acercando-se do grupo com um ar de curiosidade interesseira. Todos têm uma fisionomia preocupada. Carlito é o único que está certo do prazer ingênuo de olhar. Neste sentido Carlito é um verdadeiro professor de 105 heroísmo. Quem vive na solidão das grandes cidades não pode deixar de sentir intensamente o influxo da sua lição, e uma simpatia enorme nos prende ao boêmio nos seus gestos de aceitação tão simples.
Nada mais heroico, mais comovente do que a saída 110 de Carlito no fim de O Circo. Partida a companhia, em cuja trupe seguia a menina que ele ajudara a casar com outro, Carlito por alguns momentos se senta no círculo que ficou como último vestígio do picadeiro, refletindo sobre os dias de barriga cheia e relativa felicidade sentimental que acabava de desfrutar. Agora está de novo sem nada e inteiramente só. Mas os minutos de fraqueza duram pouco. Carlito levanta-se, dá um puxão na casaquinha para recuperar a linha, faz um molinete com a bengalinha e sai campo afora sem olhar para trás. Não tem um vintém, não tem
120 uma afeição, não tem onde dormir nem o que comer. No entanto vai como um conquistador pisando em terra nova. Parece que o Universo é dele. E não tenham dúvida: o Universo é dele. Com efeito, Carlito é poeta.
Em: Crônicas da Província do Brasil. 1937.
idiossincrasia: maneira de ser e de agir própria de cada pessoa. 
mamulengo): fantoche, boneco usado à mão em peças de teatro popular ou infantil.
tabético: que anda desgovernado, sem muita firmeza. 
dandismo: relativo ao indivíduo que se veste e se comporta com elegância.
pulhice: safadeza, canalhice.
estoicismo): resignação com dignidade diante do sofrimento, da adversidade, do infortúnio.
molinete: movimento giratório que se faz com a espada ou outro objeto semelhante
4 ITA 2014 Considere os enunciados abaixo, atentando para as palavras em negrito.
Não há hoje no mundo, em qualquer (1) domínio de atividade artística, um artista cuja arte contenha maior universalidade que a de Charles Chaplin. Agrada por não sei quê de elegante que há no seu ridículo (2) de miséria.
[...] uma fita de Carlito nos Estados Unidos tem uma significação muito diversa (3) da que lhe dão fora de lá.
A interpretação cabe perfeitamente dentro do tipo e mais: o americano bem verdadeiramente americano (4), o que veda a entrada do seu território a doentes e estropiados, [...] 
As palavras em negrito têm valor de adjetivo
A	apenas em I, II e IV. 
B	apenas em I, III e IV. 
C 	apenas em II e IV.
D 	apenas em III e IV
E 	em todas.
5 UEM 2015 Assinale o que for correto sobre o gênero lírico. 
01 O gênero lírico, em comparação com o gênero épico ou narrativo, mostra-se marcado por um filtro subjetivo que favorece a expressão individual, bem como a intensificação de sentimentos e emoções.
02 Embora marcado por grande liberdade temática, o gê- nero lírico é bastante rigoroso no tocante às formas fixas, de modo que se manifesta apenas em sonetos, odes, elegias, contos e novelas.
04 Em contraste com a presença de um narrador no gênero épico, na lírica nota-se a presença de um eu lírico, que tanto permite a expressão de um mundo interior quanto serve de filtro para a realidade externa.
08 Uma das principais subdivisões do gênero lírico encontra -se no par “comédia” e “tragédia” que, presente desde as primeiras manifestações do gênero, deu origem, já no fim do século XVIII, à “tragicomédia”, com a utilização de versos livres e brancos.
16 Recursos formais como a rima, a métrica e o ritmo, em- bora possam ser verificados em outros gêneros literários, encontram-se especialmente ligados ao gênero lírico, favorecendo sua sonoridade e sua expressividade.
Soma: : 
6 CFTMG 2011
Beatriz
Olha
Será que ela é moça
 Será que ela é triste 
Será que é o contrário 
Será que é pintura
O rosto da atriz
Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida
Olha
Será que é de louça 
Será que é de éter 
Será que é loucura 
Será que é cenário 
A casa da atriz
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel 
E se eu pudesse entrar na sua vida
Sim, me leva para sempre, Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão 
Para sempre é sempre por um triz
Ai, diz quantos desastres tem na minha mão 
Diz se é perigoso a gente ser feliz
Chico Buarque.
Esse texto é um exemplo do gênero lírico, porque
A	explora as manifestações psíquicas que confundem realidade e sonho.
B	aborda a temática amorosa, ainda que sob uma perspectiva contemporânea.
C	revela a expressão dos estados emotivos do eu lírico
ante a inalcançável dama.
D	exalta a personagem de outro texto lírico, a Beatriz da
Divina Comédia de Dante Alighieri.
7 Enem 2016
Receita
Tome-se um poeta não cansado, 
Uma nuvem de sonho e uma flor,
Três gotas de tristeza, um tom dourado, 
Uma veia sangrando de pavor.
Quando a massa já ferve e se retorce 
Deita-se a luz dum corpo de mulher, 
Duma pitada de morte se reforce, 
Que um amor de poeta assim requer.
J. Saramago. Os poemas possíveis. Alfragide: Caminho, 1997.
Os gêneros textuais caracterizam-se por serem relativa- mente estáveis e podem reconfigurar-se em função do propósito comunicativo. Esse texto constitui uma mescla de gêneros, pois
A	introduz procedimentos prescritivos na composição do
poema.
B	explicita as etapas essenciais à preparação de uma receita. 
C	explora elementos temáticos presentes em uma receita.
D	apresenta organização estrutural típica de um poema. 
E 	utiliza linguagem figurada na construção do poema.
8 Enem 2016
Lições de motim
DONA COTINHA – É claro! Só gosta de solidão quem nasceu pra ser solitário. Só o solitário gosta de solidão. Quem vive só e não gosta da solidão não é um solitário, é só um desacompanhado. (A reflexão escorrega lá pro fundo da alma.) Solidão é vocação, besta de quem pensa que é sina. Por isso, tem de ser valorizada. E não é qualquer um que pode ser solitário, não. Ah, mas não é mesmo! É preciso ter competência pra isso. (De súbito, pedagógica, volta-se para o homem.) É comopoesia, sabe, moço? Tem de ser recitada em voz alta, que é pra gente sentir o gosto. (FAZ UMA PAUSA.) Você gosta de poesia? (O HOMEM TORNA A SE DEBATER. A VELHA INTERROMPE O DISCURSO E VOL- TA A LHE DAR AS COSTAS, COMO SEMPRE, IMPASSÍVEL. O HOMEM, MAIS UMA VEZ, CANSADO, DESISTE.) Bem, como eu ia dizendo, pra viver bem com a solidão temos de ser proprietários dela e não inquilinos, me entende? Quem é inquilino da solidão não passa de um abandonado. É isso aí.
H. Zorzetti. Lições de motim. Goiânia: Kelps, 2010. (Adapt.).
Nesse trecho, o que caracteriza Lições de motim como texto teatral?
A	O tom melancólico presente na cena.
B	As perguntas retóricas da personagem.
C	A interferência do narrador no desfecho da cena.
D	O uso de rubricas para construir a ação dramática.
E	As analogias sobre a solidão feitas pela personagem.
9 Enem 2016
A principal razão pela qual se infere que o espetáculo retratado na fotografia é uma manifestação do teatro de rua é o fato de:
A	dispensar o edifício teatral para a sua realização.
B	utilizar figurinos com adereços cômicos.
C	empregar elementos circenses na atuação.
D	excluir o uso de cenário na ambientação.
E	negar o uso de iluminação artificial.
Texto para a questão 10.
A sensível
Foi então que ela atravessou uma crise que nada parecia ter a ver com sua vida: uma crise de profunda piedade. A cabeça tão limitada, tão bem penteada, mal podia suportar perdoar tanto. Não podia olhar o rosto de um tenor enquanto este cantava alegre – virava para o lado o rosto magoado, insuportável, por piedade, não suportando a glória do cantor. Na rua de repente comprimia o peito com as mãos enluvadas – assaltada de perdão. Sofria sem recompensa, sem mesmo a simpatia por si própria.
Essa mesma senhora, que sofreu de sensibilidade como de doença, escolheu um domingo em que o marido viajava para procurar a bordadeira. Era mais um passeio que uma necessidade. Isso ela sempre soubera: passear. Como se ainda fosse a menina que passeia na calçada. Sobretudo passeava muito quando “sentia” que o marido a enganava. Assim foi procurar a bordadeira, no domingo de manhã. Desceu uma rua cheia de lama, de galinhas e de crianças nuas – aonde fora se meter! A bordadeira, na casa cheia de filhos com cara de fome, o marido tuberculoso – a bordadeira recusou-se a bordar a toalha porque não gostava de fazer ponto de cruz! Saiu afrontada e perplexa. “Sentia--se” tão suja pelo calor da manhã, e um de seus prazeres era pensar que sempre, desde pequena, fora muito limpa. Em casa almoçou sozinha, deitou-se no quarto meio escurecido, cheia de sentimentos maduros e sem amargura. Oh pelo menos uma vez não “sentia” nada. Senão talvez a perplexidade diante da liberdade da bordadeira pobre. Senão talvez um sentimento de espera. A liberdade.
Clarice Lispector. Os melhores contos de Clarice Lispector, 1996.
10 Unifesp 2014 
A	O emprego do adjetivo “sensível” como substantivo, no título do texto, revela a intenção de:
B	priorizar os aspectos relacionados aos sentimentos, como conteúdo temático do conto e expressão do que vive a senhora.
C	ironizar a ideia de sentimento, então destituído de subjetividades e ambiguidades na expressão da senhora.
D	dar relevância aos aspectos subjetivos das relações humanas, pondo em sintonia os pontos de vista da senhora e da bordadeira.
E	explorar a ideia de liberdade em uma narrativa em que o efeito de objetividade limita a expressão dos sentimentos da senhora.
F	traduzir a expressão comedida da senhora ante a vida e os sentimentos mais intensos, como na relação com a bordadeira.
11 Unifesp (Adapt.) Leia a tira a seguir.
Em “E correr uns bons 20 km!”, o termo uns assume valor de:
A	posse.	.
B	exatidão.
C	definição.
D	especificação
E	aproximação.
12 Unesp 2012 (Adapt.) Assinale a alternativa cuja frase contém um numeral cardinal empregado como substantivo.
A	Há muitos anos que a política em Portugal apresenta...
B 	doze ou quinze homens, sempre os mesmos, alternadamente possuem o poder...
C 	...os cinco que estão no poder fazem tudo o que podem para continuar...
D 	...são tirados deste grupo de doze ou quinze indivíduos...
E 	...aos quatro cantos de uma sala...
13 IFSP 2012 Considere, nos quadrinhos, as reflexões da personagem feminina.
A saudade, acentuada pela distância que separa duas pessoas que se amam, é um sentimento presente em muitas obras, independentemente do período artístico em que foram produzidas. Pensando na Idade Média, os quadrinhos podem ser relacionados às cantigas de:
A	amor, pois, sem a presença do homem amado, a mulher não encontra sentido em sua vida.
B	amor, pois o ser amado é visto como um traidor, já que abandonou a companheira à sua própria sorte.
C	amigo, pois a ausência do amado traz solidão e sofri- mento para a mulher que, apaixonada, o aguarda.
D	amigo, pois a mulher lamenta a partida de seu marido para as Cruzadas e teme que ele não retorne.
E	escárnio, pois a mulher tem consciência de seu poder
sedutor e de seu domínio sobre o ser amado.
14 IFSP 2016 Considere o trecho para responder à questão.
No final do século XV, a Europa passava por grandes mu- danças provocadas por invenções como a bússola, pela expansão marítima que incrementou a indústria naval e o desenvolvimento do comércio com a substituição da economia de subsistência, levando a agricultura a se tor- nar mais intensiva e regular. Deu-se o crescimento urbano, especialmente das cidades portuárias, o florescimento de pequenas indústrias e todas as demais mudanças econômi- cas do mercantilismo, inclusive o surgimento da burguesia.
Tomando-se por base o contexto histórico da época e os conhecimentos a respeito do Humanismo, marque (V) para verdadeiro ou (F) para falso e assinale a alternativa correta.
(	) O Humanismo é o nome que se dá à produção escrita e literária do final da Idade Média e início da moderna, ou seja, parte do século XV e início do XVI.
(	) Fernão Lopes é um importante prosador do Humanis- mo português. Destacam-se entre suas obras: Crônica Del-Rei D. Pedro I, Crônica Del-Rei Fernando e Crônica de El-Rei D. João.
(	) Gil Vicente é um importante autor do teatro português e suas principais obras são: Auto da barca do Inferno e Farsa de Inês Pereira.
(	) Gil Vicente é um autor não reconhecido em Portugal, em virtude de sua prosa e documentação histórica não participarem da cultura portuguesa.
A. V, V, V, F.
B. V, F, V, V.
C. F, V, V, F.
D. V, V, F, F.
E. V, F, F, V.
15 Uepa 2014 Analise os trechos abaixo, retirados da peça Pranto de Maria Parda, de Gil Vicente, e assinale aquele que comunica ao leitor uma visão preconceituosa de cará- ter racial.
A	Eu só quero prantear este mal que a muitos toca; que estou já como minhoca que puseram a secar. 
B	Ó bebedores irmãos
que nos presta ser cristãos, pois nos Deus tirou o vinho? 
C	Martim Alho, amigo meu, Martim Alho, meu amigo, tão seco trago o umbigo como nariz de Judeu. 
D	Ó Rua da Mouraria, quem vos fez matar a sede pela lei de Mafamede
com a triste da água fria? 
E	Devoto João Cavaleiro que pareceis Isaías, dai-me de beber três dias, e far-vos-ei meu herdeiro.
Textos para as questões 16 e 17.
Texto I
Reinando Amor em dois peitos, tece tantas falsidades, que, de conformes vontades, faz desconformes efeitos. Igualmente vive em nós; mas, por desconcerto seu, vos leva, se venho eu, me leva, se vindes vós. 
Camões
Texto II
Eu queria querer-te amar o amor, construir-nos dulcíssima prisão; encontrar a mais justa adequação: Tudo métrica e rima e nunca dor! Mas a vida é real e de viés, e vê só que cilada o amor me armou: Eu te quero e não queres como sou; Não te quero e não queres como és... Ah, bruta flor do querer... Ah, bruta flor, bruta flor!
Caetano Veloso
16 Mackenzie Assinale a alternativa correta acerca do texto I. 
A 	Exemplifica o padrão poético do Classicismo renascentista, na medida em que tematiza o amor, utilizando-se
da chamada “medida nova”.
B	Embora apresente versos redondilhos, de tradição medieval, a linguagem dos versos revela contenção emotiva, traço estilístico valorizadona Renascença.
C	Revela influência das cantigas medievais, pela sonori- dade das rimas e linguagem emotiva própria da “coita de amor”.
D	É um texto do Humanismo, pois traz uma reflexão fi- losófica sobre o sentimento amoroso, afastando-se, assim, da influência greco-romana.
E	Antecipa o estilo barroco do século XVII devido à sua linguagem prolixa, em que se notam ousadas inversões sintáticas e metáforas obscuras.
17 Mackenzie Com relação ao texto II, todas as afirmações abaixo estão corretas, exceto:
A	Os versos 3 e 4 aludem à ideia de que a regularidade mé- trica e rímica é expressão do desejo de harmonia cósmica.
B	O sentido de “dulcíssima prisão” (v. 2) opõe-se, no con-
texto, à ideia de “justa adequação” (v. 3).
C	O verso “Mas a vida é real e de viés” (v. 5) faz alusão ao tema do desconcerto do mundo, também presente na poesia camoniana.
D	Os versos expressam a ideia de que o desencontro amoroso provoca dor.
E	O refrão sugere que o desejo humano é suave, delicado (flor) e, ao mesmo tempo, violento, indomável (bruta).
18 PUC-PR Leia os textos a seguir.
Fala do Velho do Restelo ao Astronauta
Aqui na terra a fome continua 
A miséria e o luto
A miséria e o luto e outra vez a fome 
Acendemos cigarros em fogos de napalm 
E dizemos amor sem saber o que seja.
Mas fizemos de ti a prova da riqueza,
Ou talvez da pobreza, e da fome outra vez, 
E pusemos em ti nem eu sei que desejos
De mais alto que nós, de melhor e mais puro, 
No jornal soletramos de olhos tensos 
Maravilhas de espaço e de vertigem.
Salgados oceanos que circundam 
Ilhas mortas de sede onde não chove.
Mas a terra, astronauta, é boa mesa
(E as bombas de napalm são brinquedos) 
Onde come brincando só a fome
Só a fome, astronauta, só a fome.
José Saramago. Poemas possíveis.
Mar português 
Ó mar salgado, quanto do teu sal 
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram, 
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar 
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena 
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador 
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu, 
Mas nele é que espelhou o céu.
Fernando Pessoa. Mensagem.
Episódio do Velho do Restelo
Ó glória de mandar, ó vã cobiça
Desta vaidade a quem chamamos 
Fama! Ó fraudulento gosto, que se atiça
C´uma aura popular que honra se chama! 
Que castigo tamanho e que justiça
Fazes no peito vão que muito te ama! 
Que mortes, que perigos, que tormentas, 
Que crueldades neles experimentas!
Camões. 
Os Lusíadas. Canto IV
Os textos de Fernando Pessoa e de José Saramago são intertextuais em relação ao episódio do Velho do Restelo. Refletindo sobre a visão desses dois autores lusos, assinale a alternativa correta.A
A	Saramago não faz referências críticas aos valores éticos ou existenciais, detendo-se na questão da guerra e do progresso.
B	Fernando Pessoa estabelece uma relação irônica com o texto camoniano, pois parodia o tom grandiloquente da fala do Velho do Restelo, valendo-se de apóstrofes.
C	Os versos de Fernando Pessoa se assemelham aos do episódio do Velho de Restelo pela ausência de personificação. 
D	Saramago e Fernando Pessoa não se valeram da perfeição formal camoniana, o que invalida o teor intertextual, que compreende apenas estrutura e conteúdo.
E	Saramago apresenta uma crítica universalizante que retoma o alerta feito pelo Velho do Restelo, atualizando-o.
Texto para a questão 19.
Corrida – Prova 1.500 metros rasos
A prova dos 1.500 metros rasos, juntamente com a da milha (1.609 metros), característica dos países anglo-saxônicos, é considerada prova tática por excelência, sendo muito importante o conhecimento do ritmo e da fórmula a ser utilizada para vencer a prova. Os especialistas nessas distâncias são considerados completos homens de luta que, após um penoso esforço para resistir ao ataque dos adversários, recorrem a todas as suas energias restantes a fim de manter a posição de destaque conseguida durante a corrida, sem ceder ao constante assédio dos seus perseguidores.
[...] Para correr essa distância em um tempo aceitável, deve-se gastar o menor tempo possível no primeiro quarto da prova, devendo-se para tanto sair na frente dos adversários, sendo essencial o completo domínio das pernas, para em seguida normalizar o ritmo da corrida. No segundo quarto, deve-se diminuir o ritmo, a fim de trabalhar forte no restante da prova, sempre procurando dosar as energias, para não correr o risco de ser surpreendido por um adversários e ficar sem condições para a luta final.
Deve ser tomado cuidado para não se deixar enganar por algum adversário de condição inferior, que normalmente finge possuir energias que realmente não tem, com o intuito de minar o bom corredor, para que o companheiro da mesma equipe possa tirar proveito da situação e vencer a prova. Assim sendo, o corredor experiente saberá manter regularmente as suas passadas, sem deixar-se levar por esse tipo de artimanha. Conhecendo o estado de suas condições pessoais, o corredor saberá se é capaz de um Sprint nos 200 metros finais, que é a distância ideal para quebrar a resistência de um adversário pouco experiente.
O corredor que possui resistência e velocidade pode conduzir a corrida segundo a sua conveniência, impondo os seus próprios meios de ação. Finalmente, ao ultrapassar um adversário, deve-se fazê-lo decidida e folgadamente, procurando sempre impressioná-lo com sua ação enérgica. Também deve-se procurar manter sempre uma boa descontração muscular durante o desenvolvimento da corrida, nunca levar a cabeça para trás e encurtar as passadas para finalizar a prova.
Disponível em: <http://treino-de-corrida.f1cf.com.br>.
19 Unesp 2015 Observando as seguintes passagens do texto apresentado, marque a alternativa em que as duas palavras em negrito são utilizadas como advérbios:
A	“não correr o risco de ser surpreendido”.
B. “finge possuir energias que realmente não tem”.
C. “deve-se fazê-lo decidida e folgadamente”.
D. “nunca levar a cabeça para trás”.
E. “forte no restante da prova, sempre procurando dosar”.
Texto para a questão 20.
Pietro Brun, meu tetravô paterno, embarcou em um navio no final do século 19, como tantos italianos pobres, em busca de uma utopia que atendia pelo nome de América. Pietro queria terra, sim. Mas o que o movia era um território de outra ordem. Ele queria salvar seu nome, encarnado na figura de meu bisavô, Antônio. Pietro fora obrigado a servir o exército como soldado por anos demais [...]. Havia chegado a hora de Antônio se alistar, e o pai decidiu que não perderia seu filho. Fugiu com ele e com a filha Luigia para o sul do Brasil. Como desertava, meu bisavô Antônio foi levado em um bote até o navio que já se afastava do porto de Gênova. Embarcou como clandestino.
Ao desembarcar no Brasil, em 10 de fevereiro de 1883, Pietro declarou o nome completo. O funcionário do Império, como aconteceu tantas e tantas vezes, registrou-o conforme ouviu. Tornando-o, no mundo novo, Brum – com “m”. Meu pai, Argemiro, filho de José, neto de Antônio e bisneto de Pietro, tomou para si a missão de resgatar essa história e documentá-la. No início dos anos 1990 cogitamos reivindicar a cidadania italiana. Possuímos todos os documentos, organizados numa pasta. Mas entre nós existe essa diferença na letra. Antes de ingressar com a documentação, seria preciso corrigir o erro do burocrata do governo imperial que substituiu um “n” por um “m”. Um segundo ele deve ter demorado para nos transformar, e com certeza morreu sem saber. E, se soubesse, não teria se importado, porque era apenas o nome de mais um imigrante a bater nas costas do Brasil desperecido de tudo.
Cabia a mim levar essa empreitada adiante. Há uma autonomia na forma como damos carne ao nosso nome com a vida que construímos – e não com a que
herdamos. [...] Eu escolho a memória. A desmemoria assombra porque não a nomeamos, respira em nossos porões como monstros sem palavras. A memória, não. É uma escolha do que esquecer e do que lembrar – e uma oportunidade de ressignificaro passado para ganhar um futuro. Pela memória nos colocamos não só em movimento, mas nos tornamos o próprio movimento. Gesto humano, para
sempre incompleto.
Ao fugir para o Brasil, metade dos Brun ganhou uma perna a mais. O “n” virou “m”. Mas essa perna a mais era um membro fantasma, um ganho que revelava uma perda [...] Quando Pietro Brun atravessou o mar deixando mortos e vivos na margem que se distanciou, ele não poderia ser o mesmo ao alcançar o outro lado. Ele tinha de ser outro, assim como nós, que resultamos dessa aventura desesperada. Era imperativo que ele fosse Pietro Brum – e depois até Pedro Brum.
Eliane Brum. Meus desacontecimentos: a história da minha vida com as palavras. São Paulo: LeYa, 2014.
20 Uerj 2017 Como desertava, meu bisavô Antônio foi levado em um bote até o navio que já se afastava do porto de Gênova. O trecho sublinhado estabelece com o restante da frase o sentido de:
A.	causa.
B. conclusão.
C. concessão.
D. conformidade.
Para responder à questão 21, leia as opiniões em relação ao projeto de adaptação que visa facilitar obras de Machado de Assis.
Texto 1
Isso é um assassinato e eu endosso. A autora [da adaptação] quer que a Academia se manifeste. Para ela, vai ser a glória. Mas vários acadêmicos se manifestaram. Eu me manifestei. Há temas em que a instituição não pode se baratear. Essa mulher quer que nós tenhamos essa discussão como se ela estivesse propondo a ressurreição eterna de Machado de Assis, como se ele dependesse dela. Confio na vigilância da sociedade. Vamos para a rua protestar.
Nélida Piñon. Disponível em: <http://entretenimento.uol.com.br>.
Texto 2
Não defenderia, jamais, que Secco [autora da adaptação] fosse impedida de realizar seu projeto, mas não me parece que a proposta devesse merecer apoio do Ministério da Cultura e ser realizada com a ajuda de leis que, afinal, transferem impostos para a cultura. Trata-se, na melhor das hipóteses, de ingenuidade; na pior, de excesso de “sagacidade”. Não será a adulteração de obras, para torná-las supostamente mais legíveis por ignorantes, que irá resolver o problema do acesso a textos literários históricos – mesmo porque, adulterados, já terão deixado de ser o que eram.
Marcos Augusto Gonçalves. Disponível em: <www.folha.uol.com.br>.
21 Unifesp 2015 Examine os enunciados:
“Vamos para a rua protestar.” (Texto 1)
“Não será a adulteração de obras, para torná-las supostamente mais legíveis por ignorantes” (Texto 2)
O termo “para”, em destaque nos enunciados, expressa, respectivamente, sentido de
A	conformidade e finalidade.
B	movimento e finalidade.
C	movimento e comparação.
D	modo e conformidade.
E	tempo e comparação.

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