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A epiderme (“sobre a pele”) é um epitélio estratificado pavimentoso e queratinizado que contém quatro 
tipos diferentes de células: queratinócitos, melanócitos, células epiteliais táteis e células dendríticas. 
Os queratinócitos, a célula epidérmica mais abundante, produzem queratina, uma proteína fibrosa dura 
que confere à epiderme suas propriedades protetoras. Os queratinócitos conferem proteção física e 
mecânica, já que produzem antibióticos e enzimas que desintoxicam a pele das substâncias nocivas às 
quais está exposta. Os queratinócitos são fortemente conectados entre si por uma grande quantidade de 
desmossomos e surgem na parte mais profunda da epiderme, a partir de células que sofrem mitose quase 
contínua. À medida que essas células são empurradas para cima pela produção de novas células abaixo 
delas, elas produzem a queratina que acaba por preencher seu citoplasma. No momento em que alcançam 
a superfície da pele, essas células são sacos planos e mortos, completamente preenchidos com queratina. 
Milhões dessas células mortas são removidos diariamente por atrito, proporcionando-nos uma epiderme 
inteiramente nova. 
Camadas da epiderme: 
A variação na espessura da epiderme determina se a pele é espessa ou delgada. Na pele espessa, que 
cobre as palmas das mãos e plantas dos pés, a epiderme consiste em cinco camadas, ou estratos. Na pele 
delgada, que cobre o resto do corpo, existem apenas quatro estratos, ou camadas. 
Estrato basal (camada basal) O estrato basal, a camada mais profunda da epiderme, está firmemente 
conectado à derme subjacente ao longo de uma fronteira ondulada. Também chamado estrato germinativo 
(“camada germinativa”), ele consiste em uma única fileira de células, geralmente do tipo células-tronco, 
representando os queratinócitos mais jovens. Essas células dividem-se rapidamente e muitos núcleos 
mitóticos são visíveis. 
APG 26- Masterchef 
Epiderme 
As células epiteliais táteis, ou células de Merkel, estão distribuídas de forma esparsa entre os 
queratinócitos. Cada célula epitelial tátil semiesférica está intimamente associada a uma terminação 
sensorial nervosa similar discoide e funciona como um receptor tátil. 
Cerca de 10% a 25% das células no estrato basal são melanócitos (“células de melanina”) em forma de 
aranha, que produzem o pigmento escuro melanina (“preto”) na pele. A melanina é produzida nos grânulos 
com paredes membranosas e depois transferida através dos processos celulares (as “pernas da aranha”) 
para os queratinócitos vizinhos. Consequentemente, os queratinócitos basais contêm mais melanina do que 
os próprios melanócitos. Essa melanina agrupa -se no lado superficial dos queratinócitos, entre a 
radiação recebida e os núcleos celulares, protegendo assim os núcleos celulares dos raios UV que podem 
danificar o DNA e provocar câncer. 
Nas pessoas de pele clara, a melanina é digerida pelos lisossomos nas células a uma curta distância acima 
da camada basal. Nas pessoas de pele escura não ocorre essa digestão, então a melanina ocupa os 
queratinócitos em toda a epiderme. Embora as pessoas de pele escura tenham uma melanina mais escura, 
mais grânulos e mais pigmento em cada melanócito, elas não têm mais melanócitos em sua pele. 
Em todas as pessoas, exceto as de pele mais escura, os melanócitos reagem à radiação ultravioleta 
(UV), aumentando a produção de melanina e também a sua transferência para os queratinócitos, que é a 
resposta protetora que conhecemos como bronzeamento. Além disso, os melanócitos também secretam 
uma série de moléculas de sinalização em resposta à radiação ultravioleta que age na modulação da 
resposta imune na pele. Essas moléculas de sinalização influenciam a resposta inflamatória e podem ter 
outras funções regulatórias. 
Estrato espinoso (camada espinosa) O estrato espinoso tem várias camadas de espessura. Aqui ocorre 
mitose, mas com menos frequência do que na camada basal, que tem esse nome em razão da grande 
quantidade de extensões espinosas dos seus queratinócitos, como se pode ver nas lâminas histológicas 
típicas. Essas espinhas, no entanto, não existem nas células vivas. Elas são artefatos criados durante a 
preparação do tecido, quando as células encolhem, mantendo -se firmes em seus muitos desmossomos. As 
células do estrato espinoso contêm feixes espessos de filamentos intermediários que consistem em uma 
proteína pré-queratina resistente à tensão. 
As células dendríticas encontram -se dispersas entre os queratinócitos do estrato espinoso. Essas células 
estreladas fazem parte do sistema imune. As células dendríticas policiam a superfície externa do corpo, 
utilizando a endocitose mediada por receptor para capturar as proteínas estranhas (antígenos) que 
invadiram a epiderme. Depois, elas saem da pele e seguem para um linfonodo próximo, iniciando uma 
resposta imune a todas as células estranhas que portam o antígeno. 
Estrato granuloso (camada granulosa) O fino estrato granuloso consiste de uma a cinco camadas de 
queratinócitos planos. Junto com abundantes filamentos intermediários de pré-queratina, essas células 
também contêm grânulos de queratohialina e grânulos lamelares, daí o seu nome camada granular. Os 
grânulos de queratohialina ajudam a formar a queratina nas camadas mais superficiais. Os grânulos 
lamelares (“laminados”) contêm um glicolipídio de impermeabilização que é secretado no espaço 
extracelular e desempenha um papel importante na desaceleração da perda hídrica pela epiderme. Além 
disso, as membranas plasmáticas das células espessam-se de modo a se tornarem mais resistentes à 
destruição. É como se os queratinócitos “endurecessem” para transformar a camada externa na região mais 
forte da pele. Assim como todos os epitélios, a epiderme conta com capilares no tecido conjuntivo 
subjacente (a derme) para obter seus nutrientes. Acima do estrato granuloso, as células epidérmicas estão 
distantes demais dos capilares dérmicos para receber nutrientes, então elas morrem, o que é uma ocorrência 
completamente normal. 
Estrato lúcido (camada lúcida) O estrato lúcido (luci = claro) ocorre na pele espessa, mas não na pele 
delgada. Aparecendo no microscópio de luz como uma faixa transparente delgada, o estrato lúcido consiste 
em poucas fileiras de queratinócitos planos e mortos. A microscopia eletrônica revela que suas células 
são idênticas às que existem no fundo da próxima camada, o estrato córneo. 
Estrato córneo (camada córnea) A parte mais externa da epiderme, o estrato córneo (cornu = corno, 
chifre), tem muitas células de espessura. Ele é muito mais espesso na pele espessa do que na pele delgada. 
Seus queratinócitos mortos são sacos planos completamente preenchidos com queratina, pois seus núcleos 
e organelas desintegraram-se na morte celular. A queratina consiste em filamentos intermediários de pré -
queratina incorporados em uma “cola” dos grânulos de queratohialina. 
Tanto a queratina quanto as membranas plasmáticas espessadas das células no estrato córneo 
protegem a pele contra a abrasão e a penetração. Além disso, o glicolipídio entre as células mantém essa 
camada impermeável. É impressionante que uma camada de células mortas ainda possa desempenhar 
tantas funções! As células do estrato córneo são eliminadas regularmente; são a caspa que se solta do 
couro cabeludo e os flocos que saem da pele seca. Em média, uma pessoa perde 18 kg desses flocos de 
pele durante a vida. Essas células que saem são substituídas por células das camadas mais profundas. Da 
próxima vez que você ouvir o ditado “A beleza é apenas superficial”, considere que quase tudo o que 
você enxerga quando olha para alguém está morto. 
 
 
A derme, a segunda região mais importante da pele, é um tecido conjuntivo forte e flexível. As células da 
derme são típicas de qualquer tecido conjuntivo propriamente dito: fibroblastos, macrófagos, mastócitos e 
leucócitos dispersos. Os tipos de fibras — colágenas, elástica ereticular — também são característicos. A 
derme une o corpo inteiro como se fosse um bodystocking. É a sua “pele de animal” que corresponde às 
peles dos animais utilizadas para produzir produtos de couro 
A derme tem duas camadas: a derme papilar e a derme reticular 
A camada papilar, os 20% superficiais da derme, consiste em tecido conjuntivo frouxo, contendo fibras 
de colágeno e fibras elásticas muito finas. Ela inclui as papilas dérmicas (“mamilos”), que são projeções 
digitiformes que se estendem até a epiderme sobrejacente. Essas projeções das papilas dérmicas para 
dentro da derme aumentam a área de superfície para a troca de gases, nutrientes e produtos residuais entre 
essas camadas. Lembre -se de que a epiderme é avascular e depende da difusão desses materiais a partir 
da derme subjacente. A superposição dessas camadas fortalece a junção derme- -epiderme e, assim, 
reduz a formação de bolhas. Nas palmas das mãos e na planta dos pés, as papilas dérmicas assentam -se 
Derme 
acima de montes maiores, chamados cristas dérmicas, que elevam a epiderme sobrejacente em cristas 
epidérmicas ou cristas de atrito, que criam as impressões digitais, impressões palmares e pegadas. As 
cristas epidérmicas aumentam o atrito e melhoram a capacidade de apoio das mãos e dos pés. Os padrões 
dessas cristas são determinados geneticamente, sendo exclusivos de cada pessoa. Como os poros 
sudoríferos se abrem ao longo das cristas de atrito, eles deixam impressões digitais distintas em quase 
qualquer coisa que você toca. Desse modo, as impressões digitais são “películas de suor” 
Mais profunda, a camada reticular contribui com 80% da espessura da derme e está constituída por tecido 
conjuntivo denso não modelado. Sua matriz extracelular contém feixes espessos de fibras colágenas e 
elásticas entrelaçadas, que seguem muitos planos diferentes. No entanto, a maioria dispõe-se em paralelo 
à superfície da pele. A camada reticular tem esse nome por causa das redes de fibras de colágeno 
(retículo = rede); o nome não implica qualquer abundância de fibras reticulares. Separações ou regiões 
menos densas entre os feixes de colágeno formam as linhas de clivagem ou linhas de tensão da pele. Essas 
linhas invisíveis ocorrem no corpo inteiro e seguem longitudinalmente na pele dos membros e da cabeça e 
em padrões circulares em volta do pescoço e do tronco. 
 O conhecimento das linhas de clivagem é importante para os cirurgiões. As incisões feitas em paralelo 
com essas linhas tendem a abrir menos e a cicatrizar mais rapidamente do que as incisões feitas 
perpendicularmente a elas. As fibras de colágeno da derme conferem resistência e resiliência à pele. Desse 
modo, a maioria das punções e arranhões tem dificuldade em penetrar essa camada relativamente rígida. 
Além disso, as fibras elásticas na derme conferem à pele propriedades de estiramento- -recuo. O 
estiramento exagerado da pele, como ocorre na obesidade e na gravidez, pode lacerar o colágeno na derme. 
Essa laceração dérmica resulta em cicatrizes branco -prateadas chamadas estrias (“listras”), que 
conhecemos como “marcas de estiramento”. A derme também é o local receptor dos pigmentos utilizados 
nas tatuagens. 
A partir da porção mais profunda da derme, surgem as marcas da superfície da pele chamadas linhas de 
flexão. Observe, por exemplo, as rugas profundas na pele da palma de sua mão. Elas resultam de um 
dobramento contínuo da pele, frequentemente sobre as articulações, onde a derme a prende bem às 
estruturas subjacentes. As linhas de flexão são visíveis nos pulsos, palmas e dedos das mãos, plantas e 
dedos dos pés. 
A derme é ricamente abastecida por fibras nervosas e vasos sanguíneos. Os vasos sanguíneos dérmicos 
consistem de dois plexos vasculares (um plexo é uma rede de vasos convergentes e divergentes). O plexo 
dérmico profundo está situado entre a hipoderme e a derme. Ele nutre a hipoderme e as estruturas 
localizadas nas porções profundas da derme. O plexo papilar mais superficial, localizado logo abaixo das 
papilas dérmicas, abastece as estruturas dérmicas mais superficiais, a papila dérmica e a epiderme. 
Os vasos sanguíneos dérmicos fazem mais do que apenas nutrir a derme e a epiderme sobrejacente; eles 
também desempenham um papel importante na regulação da temperatura corporal. Esses vasos são tão 
extensos que podem abrigar 5% de todo o sangue do corpo. Quando os órgãos internos precisam de mais 
sangue ou calor, os nervos estimulam os vasos dérmicos a constringirem, desviando mais sangue para 
circulação geral e disponibilizando -o para os órgãos internos. Por outro lado, nos dias de calor, os vasos 
dérmicos absorvem o sangue quente, resfriando o corpo ao irradiar o calor para fora. Existem glândulas e 
folículos pilosos incorporados na derme. Esses apêndices da pele derivam da camada epidérmica e 
estendem-se para dentro da derme e da hipoderme. 
 
 
 
 
 
 
Logo abaixo da pele situa -se a hipoderme, palavra grega que significa “abaixo da pele”. Essa camada 
também é chamada fáscia superficial e camada subcutânea. A hipoderme consiste nos tecidos 
conjuntivos frouxos e adiposo, mas normalmente o tecido adiposo predomina. Além de armazenar 
gordura, a hipoderme prende a pele nas estruturas subjacentes (principalmente nos músculos), porém com 
liberdade suficiente para que a pele possa deslizar relativamente bem sobre essas estruturas. Essa 
capacidade de deslizar assegura que muitos golpes apenas resvalem em nossos corpos. A hipoderme 
também é um isolante: como a gordura é um mau condutor de calor, ela ajuda a evitar a perda térmica do 
corpo. A hipoderme espessa-se acentuadamente com o ganho de peso, mas nos dois sexos esse 
espessamento ocorre em diferentes áreas do corpo. 
 
Três pigmentos contribuem para a cor da pele: melanina, caroteno e hemoglobina. A melanina, o mais 
importante, é produzida a partir de um aminoácido chamado tirosina. Presente em diversos tipos, a melanina 
varia de amarela a avermelhada e de marrom a preta. Conforme foi observado anteriormente, a melanina 
passa dos melanócitos para os queratinócitos no estrato basal da epiderme. As variações na cor da pele do 
homem resultam de diferenças na quantidade e no tipo de melanina produzida. O caroteno é um pigmento 
amarelo -laranja que o corpo obtém a partir de fontes vegetais, como as cenouras e tomates. Ele tende a 
acumular no estrato córneo da epiderme e na gordura da hipoderme. A tonalidade rosa da pele caucasiana 
reflete a cor carmim da hemoglobina oxigenada nos capilares da derme. 
 
A unha é a modificação da epiderme, similar a uma crosta, que corresponde ao casco ou garra em outros mamíferos. 
As unhas dos dedos das mãos são ferramentas embutidas que nos permitem pegar pequenos objetos e arranhar a 
pele quando ela coça. As unhas são feitas de células queratinizadas mortas. A queratina dura, que predomina nos 
pelos e unhas, tem duas diferenças em relação à queratina mole, encontrada nas células epidérmicas típicas: (1) é 
mais rígida e durável e (2) as células de queratina têm durabilidade e não escamam. Cada unha possui uma margem 
livre distal, uma parte visível, o corpo da unha (placa ungueal) e uma raiz (a parte proximal embutida na pele). A 
unha está assentada em um leito de epiderme chamado vale da unha (leito ungueal). Esse leito contém apenas as 
camadas mais profundas da epiderme, pois a própria unha corresponde às camadas superficiais queratinizadas. As 
unhas têm um aspecto róseo por causa da rica rede de capilares na derme subjacente. Na raiz e na extremidade 
proximal do corpo da unha, o leito espessa-se e forma a matriz da unha (ungueal), que é a parte de crescimento ativo 
da unha. A matriz é tão espessa que a derme rósea não aparece através dela, ao contrário, vemos uma forma de lua 
crescente na cor branca, a lúnula (“lua pequena”), sob a região proximal da unha. As margens lateral e proximal da 
unha são sobrepostas por pregas de pelechamadas pregas ungueais. A prega ungueal proximal projeta-se no corpo 
da unha como cutícula ou eponíquio (“sobre a unha”). A unha do pé encravada é exatamente o que o seu nome 
sugere: uma unha cujo crescimento a empurra dolorosamente para dentro da prega ungueal lateral. Isso acontece 
quando a unha cresce de forma torta, geralmente por causa da pressão de um calçado mal ajustado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HIPODERME 
Cor da pele 
Unha 
Juntos, os pelos e seus folículos pilosos formam unidades estruturais complexas. Nessas unidades, os pelos 
são filamentos longos e os folículos pilosos são invaginações tubulares da epiderme a partir das quais o 
pelo cresce. 
Pelos 
O pelo do corpo humano é muito menos exuberante e útil para manter a temperatura corporal. Mesmo assim, 
o pelo é distribuído por toda a superfície da nossa pele, exceto nas palmas das mãos, plantas dos pés, 
mamilos e partes dos genitais externos (a glande do pênis, por exemplo). A principal função desse pelo 
corporal escasso é sentir as coisas que toquem ligeiramente a pele. O pelo no couro cabeludo protege 
a cabeça contra a luz solar direta no verão e contra a perda de calor nos dias frios. As sobrancelhas protegem 
os olhos e os pelos nasais filtram do ar inalado grandes partículas, tais como insetos e fiapos. 
O pelo é um filamento flexível, feito de células mortas preenchidas com queratina dura. As partes 
principais de um pelo são a raiz, que é a parte embutida na pele, e a haste, que é a parte que se projeta 
acima da superfície da pele. Se a sua haste for plana e parecida com uma fita no corte transversal, o pelo é 
tortuoso; se for oval no corte transversal, o pelo é ondulado; se for perfeitamente redonda, o pelo é reto. Um 
pelo consiste em três camadas concêntricas de células queratinizadas. Seu núcleo central, a medula 
(“meio”), consiste em grandes células e espaços de ar. A medula não existe nos pelos finos. 
 O córtex, que envolve a medula, consiste em várias camadas de células planas. A cutícula mais externa 
é uma única camada de células que sobrepõem umas às outras a partir de baixo, como as telhas em um 
telhado. Esse “padrão de telha” ajuda a manter os pelos vizinhos separados para que não se emaranhem. 
Os condicionadores capilares suavizam a superfície áspera da cutícula para que o cabelo pareça mais 
brilhante. A cutícula é a parte mais intensamente queratinizada do pelo, conferindo resistência e 
mantendo as camadas internas bem compactadas. Como está sujeita à maior parte da abrasão, a parte 
mais antiga da cutícula do pelo tende a se desgastar na ponta da haste. A abrasão faz que as fibrilas de 
queratina no córtex e na medula encrespem, criando as “pontas duplas”. O pigmento do pelo é criado pelos 
melanócitos na base do folículo piloso, sendo transferido para as células da raiz pilosa. Proporções 
diferentes dos dois tipos de melanina (preto -marrom e amarelo -ferrugem) combinam-se para produzir todas 
as cores comuns de pelo — preto, castanho, ruivo e loiro. O pelo grisalho ou branco resulta de uma 
diminuição na produção de melanina e da substituição dessa melanina por bolhas de ar incolores na haste 
do pelo. 
Folículos pilosos 
Os folículos pilosos estendem-se da superfície epidérmica até a derme. A extremidade profunda do folículo 
expande-se, formando um bulbo piloso. Um nó de terminações nervosas sensoriais envolve cada bulbo 
piloso, formando um receptor do folículo piloso ou um plexo da raiz pilosa. A inclinação da haste do pelo 
estimula essas terminações nervosas. Portanto, os pelos são excelentes receptores táteis. Uma pequena 
parte da derme similar a um mamilo, chamada papila dérmica (papila pilosa), projeta- -se para dentro de 
cada bulbo. Essa papila contém um nó de capilares que liberam substâncias que estimulam o crescimento 
do pelo e fornecem nutrientes para seu crescimento. Se a papila for destruída por um trauma, o folículo 
deixa de produzir pelo. As células epiteliais no bulbo piloso logo acima da papila compõem a matriz pilosa. 
As células dessa matriz proliferam e formam a haste do pelo. A parede do folículo piloso possui um 
componente dérmico e um componente epidérmico, que são descritos de fora para dentro. 
• Bainha de tecido conjuntivo periférico (bainha fibrosa). Essa bainha de tecido conjuntivo deriva 
da derme e forma a camada externa da parede do folículo. 
• Membrana vítrea. Essa membrana está na junção da bainha fibrosa com a bainha radicular epitelial. 
Em essência, ela é a membrana basal do epitélio folicular. 
• Bainha radicular epitelial. A bainha radicular epitelial deriva da epiderme e possui dois 
componentes: a bainha radicular externa, que é uma continuação direta da epiderme, e a bainha 
radicular interna, que deriva das células da matriz. 
Pelos e folículos pilosos 
As células -tronco epiteliais estão situadas em um bojo, na região superficial da bainha radicular externa. 
Essas células -tronco originam as células da matriz pilosa que formam a haste do pelo e também as 
novas células epidérmicas. As células -tronco dessa região têm sido cultivadas para produzir 
emplastros de epiderme derivados das próprias células de um paciente e que são utilizados para tratar 
feridas crônicas. Associado a cada folículo piloso há um feixe de células musculares lisas, chamado 
músculo eretor dos pelos. Cada eretor dos pelos segue da parte mais superficial da derme até um folículo 
piloso profundo. Quando seus eretores de pelos estão relaxados, a maioria dos pelos fica deitada, já que 
a maior parte dos folículos se assenta em um ângulo oblíquo em relação à superfície da pele. Depois, 
quando esse músculo se contrai em resposta ao frio ou ao medo, o pelo fica ereto e a superfície da 
pele forma pequenas ondulações, produzindo arrepios. Embora essa resposta de “eriçar os pelos” não 
seja muito útil para os seres humanos cujo pelo é relativamente esparso, ela mantém os animais peludos 
mais aquecidos ao aprisionar uma camada de ar isolante em seu pelo. Além disso, um animal assustado 
e com seu pelo eriçado parece maior e mais ameaçador para um inimigo. 
 
 
As glândulas sebáceas são as glândulas oleosas da pele, que ocorrem no corpo inteiro, exceto nas palmas 
das mãos e plantas dos pés. Elas são glândulas alveolares simples, com vários alvéolos se abrindo para 
um único ducto, mas, na realidade, os alvéolos são preenchidos com células, de modo que não há luz 
(cavidade central). Seu único produto, chamado sebo (“gordura animal”), é secretado da forma mais 
incomum: as células centrais nos alvéolos acumulam lipídios oleosos até se encherem e explodirem em 
pedaços. Esse processo chama-se secreção holócrina (holos = todo, inteiro). A maioria das glândulas 
sebáceas está associada a folículos pilosos, esvaziando seu sebo no terço superior do folículo. A partir daí, 
o sebo flui superficialmente e cobre a pele. Além de tornar a nossa pele e pelos oleosos, o sebo recolhe a 
sujeira, amacia e lubrifica o pelo e a pele, evita que os pelos fiquem quebradiços e evita as rachaduras na 
epiderme. Ele também ajuda a desacelerar a perda hídrica pela pele e a exterminar as bactérias. A 
secreção do sebo é estimulada por hormônios, especialmente os androgênios. As glândulas sebáceas ficam 
relativamente inativas durante a infância, mas são ativadas em ambos os sexos durante a puberdade, 
quando a produção de androgênios começa a crescer. 
 
O suor evita o superaquecimento do corpo, já que resfria a pele enquanto evapora. Apenas os mamíferos 
possuem glândulas sudoríferas (glândulas sudoríparas). Os seres humanos possuem mais de 2,5 milhões 
de glândulas sudoríferas distribuídas por toda a superfície da pele, exceto nos mamilos e partes dos genitais 
Glândulas sebáceas 
Glândulas sudoríferas 
externos. Os seres humanos produzem cerca de 500 ml de suor por dia, mas essa quantidade pode 
aumentar para 4,5 a 7,5 litros nos dias de calor durante o exercício vigoroso. A pele interfere na evaporaçãodo suor e na capacidade para resfriar o corpo, assim, a necessidade de mais regulação da temperatura 
através da sudorese levou a uma redução da quantidade de pelos nos seres humanos. Existem dois tipos 
de glândulas sudoríferas, ambas aumentando a sua secreção em resposta ao estresse e também ao calor: 
glândulas écrinas e apócrinas 
• As glândulas écrinas (“secretórias”) são disparadamente o tipo mais numeroso e são mais 
abundantes nas palmas das mãos, plantas dos pés e fronte. Cada uma delas é uma versão 
espiralada de uma glândula tubular simples. A base espiralada secretória está situada na derme 
profunda e na hipoderme e o ducto segue superficialmente, abrindo -se na superfície da pele 
através de um poro em forma de túnel (embora a maioria dos poros na superfície da pele sejam 
poros sudoríferos, os “poros” observados na face são aberturas dos folículos pilosos). O suor é um 
produto secretório incomum por se tratar basicamente de um filtrado de sangue que passa através 
das células secretórias das glândulas sudoríferas, sendo liberado por exocitose. O suor consiste 
em 99% de água, com alguns sais (principalmente o cloreto de sódio) e traços de resíduos 
metabólicos (ureia, amônia, ácido úrico). O suor é ácido, então ele retarda o crescimento das 
bactérias na pele. 
• As glândulas apócrinas estão confinadas basicamente nas áreas axilar, anal e genital, são 
maiores do que as glândulas écrinas e seus ductos abrem-se nos folículos pilosos. As glândulas 
apócrinas produzem um tipo especial de suor que consiste em substâncias gordurosas e 
proteínas, além dos componentes daquele produzido pelas glândulas écrinas. Por essa razão, o 
suor apócrino é viscoso e às vezes tem uma cor leitosa ou amarela, que é inodoro quando 
secretado pela primeira vez, mas à medida que suas moléculas orgânicas são decompostas pelas 
bactérias na pele, ele adquire um odor almiscarado. Essa é a origem do odor corporal. As glândulas 
apócrinas começam a funcionar na puberdade, sob a influência dos androgênios. Sua atividade é 
aumentada pelas preliminares sexuais e elas aumentam e diminuem com as fases do ciclo 
menstrual da mulher. As glândulas apócrinas estão envolvidas na sinalização sexual e parecem atuar 
na atratividade e seleção dos parceiros. Os genes que codificam o sistema imune, o complexo de 
histocompatibilidade principal (MHC), também influenciam as secreções das glândulas apócrinas. 
Cada pessoa possui um conjunto único desses genes. Em experimentos, os aromas do odor corporal 
que as mulheres escolheram como “sexy” ou “atraente” vieram dos homens com genes do sistema 
imune mais diferentes dos próprios genes dessas mulheres. Os parceiros com genes do sistema 
imune complementares conferem à sua prole uma maior proteção contra doenças e uma menor 
probabilidade de transtornos recessivos. A pele forma vários tipos de glândulas sudoríferas 
modificadas. As glândulas ceruminosas (“ceráceas”) são glândulas apócrinas modificadas no 
revestimento do canal auditivo externo. Seu produto é um componente do cerume. As glândulas 
mamárias são glândulas sudoríferas especializadas e altamente modificadas para secretar 
leite. 
 
termorregulação 
É a regulação homeostática da temperatura corporal. A pele contribui para a termorregulação de dois 
modos: liberando suor em sua superfície e ajustando o fluxo de sangue na derme. Em resposta a 
uma elevada temperatura ambiental ou ao calor produzido pelo exercício, a produção de suor pelas 
glândulas sudoríferas écrinas aumenta; a evaporação do suor na superfície da pele ajuda a diminuir a 
temperatura corporal. Além disso, os vasos sanguíneos na derme dilatam; consequentemente, mais 
sangue flui pela derme, aumentando o calor perdido pelo corpo. Em resposta a temperatura 
ambiental baixa, a produção de suor pelas glândulas sudoríferas écrinas diminui, ajudando a 
conservar o calor. Além disso, o calibre dos vasos sanguíneos na derme da pele diminui, reduzindo 
assim o fluxo de sangue pela pele e a perda de calor do corpo. Além disso, as contrações no músculo 
esquelético geram calor corporal. 
Reservatório de sangue 
A derme abriga uma rede extensa de vasos sanguíneos que carregam 8 a 10% do fluxo sanguíneo total 
em um adulto em repouso. Por esse motivo, a pele funciona como reservatório de sangue. 
Proteção 
A pele fornece proteção ao corpo de vários modos. A queratina protege os tecidos subjacentes contra 
microrganismos, abrasão, calor e substâncias químicas e os queratinócitos altamente unidos resistem à 
invasão por microrganismos. Os lipídios liberados pelos grânulos lamelares inibem a evaporação de 
água a partir da superfície da pele, protegendo contra a desidratação; eles também retardam a entrada de 
água pela superfície da pele durante o banho ou a natação. O sebo gerado pelas glândulas sebáceas evita 
que pele e pelos se ressequem, além de conter substâncias químicas bactericidas (substâncias que matam 
bactérias). O pH ácido do suor retarda o crescimento de alguns microrganismos. O pigmento melanina 
ajuda a proteger contra os efeitos prejudiciais da radiação ultravioleta. Dois tipos de células realizam 
funções protetoras de natureza imunológica. Os macrófagos intraepidérmicos alertam o sistema imune para 
a existência de invasores microbianos potencialmente perigosos por reconhecê-los e processá-los e os 
macrófagos na derme fagocitam bactérias e vírus que conseguem passar pelos macrófagos 
intraepidérmicos na epiderme. 
Sensibilidade cutânea 
A sensibilidade cutânea é aquela que se origina na pele, incluindo a sensibilidade tátil – toque, pressão, 
vibração e cócegas – bem como sensibilidade térmica como calor e frio. Outra sensibilidade cutânea, a dor, 
em geral é um indício de lesão tecidual iminente ou real. Existe uma grande variedade de terminações 
nervosas e receptores distribuídos pela pele, incluindo os discos táteis da epiderme, os corpúsculos táteis 
na derme e os plexos das raízes pilosas ao redor de cada folículo piloso. 
Excreção e absorção 
A pele normalmente desempenha um papel pequeno na excreção, a eliminação de substâncias do corpo, e 
na absorção, a passagem de material do ambiente externo para as células do corpo. Apesar da natureza 
praticamente à prova d’água da camada córnea, cerca de 400 mℓ de água evaporam diariamente através 
dela. Um indivíduo sedentário perde 200 mℓ adicionais por dia com o suor; indivíduos fisicamente ativos 
perdem muito mais. Além de remover água e calor do corpo, o suor também é o veículo para a excreção de 
pequenas quantidades de sais, dióxido de carbono e duas moléculas orgânicas resultantes do metabolismo 
de proteínas – amônia e ureia. A absorção de substâncias hidrossolúveis através da pele é negligenciável, 
porém determinados materiais lipossolúveis penetram na pele. Eles incluem vitaminas lipossolúveis (A, D, 
E e K), alguns fármacos e os gases oxigênio e dióxido de carbono. Material tóxico que pode ser absorvido 
pela pele inclui solventes orgânicos como acetona (em alguns removedores de esmalte) e tetracloreto de 
carbono (um líquido de limpeza a seco); sais de metais pesados como chumbo, mercúrio e arsênico e as 
substâncias em urtiga (hera) e carvalho venenosos. Uma vez que esteroides tópicos (aplicados sobre a 
Funções da pele 
pele), como a cortisona, são lipossolúveis, eles se movem facilmente para a região papilar da derme. Ali, 
eles podem exercer suas propriedades anti-inflamatórias pela inibição da produção de histamina pelos 
mastócitos (lembre-se de que a histamina contribui para a inflamação). Determinados fármacos absorvidos 
pela pele podem ser administrados pela aplicação de adesivos sobre a pele. 
Síntese de vitamina D 
A síntese de vitamina D requer a ativação na pele de uma molécula precursora pelos raios ultravioleta (UV) 
na luz do sol. As enzimas no fígado e nos rins modificam então a molécula ativada, produzindo finalmente o 
calcitriol, a forma mais ativa de vitamina D. Ocalcitriol é um hormônio que auxilia a absorção de cálcio dos 
alimentos do trato gastrintestinal para o sangue. Apenas uma exposição breve à luz UV (cerca de 10 a 15 
min pelo menos 2 vezes/semana) é necessária para a síntese de vitamina D. Pessoas que evitam a 
exposição ao sol e indivíduos que vivem em climas frios no Hemisfério Norte podem precisar de suplementos 
de vitamina D para evitar a sua deficiência. A maior parte das células do sistema imunológico tem receptores 
de vitamina D e elas ativam a vitamina D em resposta a uma infecção, especialmente uma infecção 
respiratória como a gripe. Acredita-se que a vitamina D aumente a atividade fagocítica, aumente a produção 
de substâncias antimicrobianas nos fagócitos, regule as funções imunes e ajude a reduzir a inflamação. 
 
 
Embora a porção central de uma ferida epidérmica possa se estender até a derme, as margens da ferida 
em geral envolvem apenas um dano leve às células epidérmicas superficiais. Tipos comuns de feridas 
epidérmicas incluem abrasões, em que uma porção da pele foi removida, e queimaduras pequenas. Em 
resposta a uma lesão epidérmica, as células basais da epiderme ao redor da ferida perdem o contato com 
a membrana basal. As células então aumentam e migram pela ferida. As células parecem migrar como 
uma camada até que as células avançando a partir de lados opostos da ferida se encontrem. Quando as 
células epidérmicas se encontram, elas param de migrar por causa de uma resposta celular chamada de 
inibição por contato. A migração das células epidérmicas para completamente quando cada uma se encontra 
em contato finalmente com células epidérmicas em toda a extensão da lesão. Conforme as células 
epidérmicas basais migram, um hormônio chamado de fator de crescimento epidérmico estimula as 
células-tronco basais a se dividirem e substitui aquelas que se moveram para a ferida. As células 
epidérmicas basais realocadas se dividem, formando uma nova camada, tornando desse modo a nova 
epiderme mais espessa. 
 
 
 
A cicatrização profunda ocorre quando uma lesão se estende até a derme e a tela subcutânea. Como 
várias camadas de tecido devem ser reparadas, o processo de cicatrização é mais complexo do que a 
cicatrização epidérmica. Além disso, como é formado um tecido cicatricial, o tecido cicatrizado perde 
algumas de suas funções normais. A cicatrização profunda ocorre em quatro fases: uma fase inflamatória, 
uma fase migratória, uma fase proliferativa e uma fase de maturação. 
Cicatrização epidérmica 
Cicatrização profunda 
Durante a fase inflamatória, um coágulo sanguíneo se forma na ferida e une frouxamente os seus limites. 
Como seu nome implica, essa fase da cicatrização profunda envolve inflamação, uma resposta vascular e 
celular que ajuda a eliminar microrganismos, material estranho e tecido morto em uma preparação para o 
reparo. 
A vasodilatação e o aumento da permeabilidade dos vasos sanguíneos associados à inflamação aumentam 
a chegada de células úteis. Elas incluem leucócitos fagocíticos chamados de neutrófilos; monócitos, que se 
desenvolvem em macrófagos que fagocitam microrganismos; e células mesenquimais, que se desenvolvem 
em fibroblastos. As três fases que se seguem realizam o trabalho de reparo da ferida. 
Na fase migratória, o coágulo se torna uma crosta e células epiteliais migram abaixo dela, fechando a 
ferida. Os fibroblastos migram ao longo das redes de fibrina e começam a sintetizar tecido cicatricial (fibras 
colágenas e glicoproteínas) e os vasos sanguíneos danificados começam a crescer novamente. Durante 
essa fase, o tecido que preenche a ferida é chamado de tecido de granulação. 
A fase proliferativa é caracterizada pelo crescimento extenso de células epiteliais abaixo da crosta, 
pelo depósito de fibras colágenas pelos fibroblastos em padrão aleatório e a continuação do 
crescimento dos vasos sanguíneos. 
 Finalmente, durante a fase de maturação, a crosta se solta uma vez que a epiderme tenha retornado à 
sua espessura normal. As fibras colágenas se tornam mais organizadas, o número de fibroblastos diminui 
e os vasos sanguíneos retornam ao normal. O processo de formação de tecido cicatricial é chamado de 
fibrose. Algumas vezes, é formado tanto tecido cicatricial durante o reparo da ferida que o resultado é uma 
cicatriz elevada – aquela que é elevada acima da superfície epidérmica normal. Se essa cicatriz permanece 
dentro dos limites da ferida original, ela é uma cicatriz hipertrófica. Se ela se estende além dos limites na 
direção dos tecidos circunjacentes normais, é uma cicatriz queloide. O tecido cicatricial é diferente da pele 
normal porque as fibras colágenas estão organizadas mais densamente, ele tem elasticidade menor, menos 
vasos sanguíneos e pode conter ou não a mesma quantidade de pelos, glândulas cutâneas ou estruturas 
sensitivas. Por causa da organização das fibras colágenas e da escassez de vasos sanguíneos, as cicatrizes 
em geral têm cor mais clara que a pele normal.

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