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Direito Administrativo - ESTADO, GOVERNO, ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA e PRINCÍPIOS

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➢ ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Conceitos, Elementos, Poderes, Natureza, Fins e Princípios: 
 
1. ESTADO: É pessoa jurídica territorial soberana. Estado em sentido formal, orgânico ou subjetivo, 
designa o conjunto de órgãos e outros agentes estatais, que estejam no exercício da função administrativa, 
independentemente do poder a que pertençam (Poder Executivo, Judiciário ou Legislativo ou a qualquer outro 
organismo estatal). Estado em sentido material, ou objetivo, acaba se confundindo com a função 
administrativa, e pode ser considerada como a atividade administrativa realizada pelo Estado, que vai em 
direção à defesa concreta do interesse público. 
 
1.1 ELEMENTOS: Povo, Território e Governo Soberano. 
 
a) Povo: é a população do Estado, considerada pelo aspecto puramente jurídico. 
É o grupo humano encarado na sua integração numa ordem estatal determinada; 
é o conjunto de indivíduos sujeitos às mesmas leis, são os súditos, os cidadãos de 
um mesmo Estado, detentores de direitos e deveres. 
 
b) Território: é a base espacial do poder jurisdicional do Estado onde este exerce 
o poder coercitivo estatal sobre os indivíduos humanos, sendo materialmente 
composto pela terra firme, incluindo o subsolo e as águas internas (rios, lagos e 
mares internos), pelo mar territorial, pela plataforma continental e pelo espaço 
aéreo. 
 
c) Governo Soberano: é o poder supremo. No âmbito interno refere-se à 
capacidade de autodeterminação e, no âmbito externo, é o privilégio de receber 
tratamento igualitário perante os outros países. 
 
1.2 FORMAS DE ESTADO: Simples/Unitário ou Composto. 
 
a) Estado Simples: neste modelo, temos a centralização política, em que há 
apenas uma pessoa jurídica de direito público, e deste poder central decorrem 
todas as decisões. 
 
b) Estado Composto: nesta forma de Estado, há uma organização do poder que 
cria dois planos distintos de governo, um central e outro regional, cada qual com 
sua autonomia política, administrativa e judiciária. O Estado composto pode ser 
uma Confederação ou uma Federação. 
 
b.1) Confederação: caracteriza-se pela associação de Estados soberanos, 
criada, em regra, por meio de tratados internacionais, com a finalidade de 
trabalhar conjuntamente para lidar com determinados assuntos como defesa, 
comércio internacional, relações exteriores, aspectos monetários etc. 
 
b.2) Federação: temos um único Estado soberano, ou seja, soberania é da 
Federação, e não dos estados membros, e há uma divisão em regiões, sendo que 
estas terão autonomia política e administrativa e podem ser denominadas de 
várias formas, Estados, Províncias etc. 
 
2. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: É a forma como o Estado governa, ou seja, como executa as suas atividades 
para o bem estar de seu povo. Desse modo, podemos entender a atividade administrativa como sendo aquela 
voltada para o bem toda a coletividade, desenvolvida pelo Estado com a finalidade de privilegiar a coisa pública 
e as necessidades da coletividade. 
 
Administração Pública pode ser compreendida em sentido subjetivo, formal ou 
orgânico e em sentido objetivo, material ou funcional: 
a) Em sentido subjetivo, formal ou orgânico, ela designa os entes que exercem 
a atividade administrativa; compreende pessoas jurídicas, órgãos e agentes 
públicos incumbidos de exercer uma das funções em que se triparte a atividade 
estatal: a função administrativa; 
 
b) Em sentido objetivo, material ou funcional, ela designa a natureza da 
atividade exercida pelos referidos entes; nesse sentido, a Administração Pública é 
a própria função administrativa que incumbe, predominantemente, ao Poder 
Executivo”. 
3. GOVERNO: É o conjunto das funções necessárias à manutenção da ordem jurídica e da administração 
pública. A palavra governo tem dois sentidos, coletivo e singular. O primeiro, como conjunto de órgãos que 
orientam a vida política do Estado. O segundo, como poder executivo, órgão que exerce a função mais ativa na 
direção dos negócios públicos. 
 
3.1: A forma de governo é a maneira como se dá a instituição do poder na 
sociedade e como se dá a relação entre governantes e governados. As formas de 
governo são: MONARQUIA E REPÚBLICA. 
 
3.2: O sistema de governo não pode ser confundido com a forma de governo, 
pois o sistema de governo é a maneira como o poder político é dividido e exercido 
no âmbito de um Estado. Existem diversos tipos de sistemas de governo, senão 
vejamos: PARLAMENTARISMO; PRESIDENCIALISMO. 
 
a) Presidencialismo: Há unidade no Poder Executivo, sendo que este é, ao 
mesmo tempo, chefe de Estado e chefe de governo, o Presidente da República, 
ou seja, exerce tanto a chefia do Estado (plano interno) quanto a representação 
política (plano internacional). 
b) Parlamentarismo: Há dualidade no Poder Executivo. O Chefe de Estado é o 
presidente ou monarca. O chefe de Governo é o Primeiro Ministro. 
 
3.3: O Regime de Governo: Regimes de governo democráticos; Regimes de 
governo autoritários; Regimes de governo totalitários. 
 
ESTADO BRASILEIRO 
 
FORMA DE ESTADO: FEDERAÇÃO. 
FORMA DE GOVERVO: REPÚBLICA. 
SISTEMA DE GOVERNO: PRESIDENCIALISMO. 
REGIME DE GOVERNO: DEMOCRÁTICO. 
 
QUESTÕES 
 
01. (TRT /8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - Área Administrativa – CESPE) A respeito dos 
elementos do Estado, assinale a opção correta. 
(A) Povo, território e governo soberano são elementos indissociáveis do Estado. 
(B) O Estado é um ente despersonalizado. 
(C) São elementos do Estado o Poder Legislativo, o Poder Judiciário e o Poder Executivo. 
(D) Os elementos do Estado podem se dividir em presidencialista ou parlamentarista. 
(E) A União, o estado, os municípios e o Distrito Federal são elementos do Estado brasileiro. 
 
02. (IF/AP - Auxiliar em Administração – FUNIVERSA) No sistema de governo brasileiro, os chefes 
do Poder Executivo (presidente da República, governadores e prefeitos) exercem, ao mesmo tempo, as 
funções administrativa (Administração Pública) e política (governo). No entanto, são funções distintas, 
com conceitos e objetivos bem definidos. Acerca de Administração Pública e governo, assinale a 
alternativa correta. 
(A) Administração Pública e governo são considerados sinônimos, visto que ambos têm como objetivo 
imediato a busca da satisfação do interesse coletivo. 
(B) As ações de Administração Pública têm como objetivo a satisfação do interesse público e são 
voltadas à execução das políticas públicas. 
(C) Administração Pública é a atividade responsável pela fixação dos objetivos do Estado, ou seja, 
nada mais é que o Estado desempenhando sua função política. 
(D) Governo é o conjunto de agentes, órgãos e pessoas jurídicas de que o Estado dispõe para colocar 
em prática as políticas públicas. 
(E) A Administração pratica tanto atos de governo (políticos) como atos de execução das políticas 
públicas. 
 
 
03. (STJ - Técnico Judiciário – Administrativa – CESPE) Julgue o item a seguir, acerca dos 
conceitos de Estado, governo e administração pública. 
A Presidência da República integra a administração pública federal direta. 
( ) Certo ( )Errado 
 
04. (MPOG - Atividade Técnica - Direito, Administração, Ciências Contábeis e Economia – 
FUNCAB) A soberania, que permite afirmação na ordem externa,é atributo: 
(A) da Administração Pública. 
(B) do Governo. 
(C) do Estado. 
(D) do Poder Executivo. 
(E) do Poder Judiciário. 
 
05. (TJ/CE - Analista Judiciário - Área Administrativa – CESPE) No que se refere ao Estado, 
governo e à administração pública, assinale a opção correta. 
(A) O Estado liberal, surgido a partir do século XX, é marcado pela forte intervenção na sociedade e 
na economia. 
(B) No Brasil, vigora um sistema de governo em que as funções de chefe de Estado e de chefe de 
governo não são concentradas na pessoa do chefe do Poder Executivo. 
(C) A administração pública, em sentido estrito, abrange a função política e a administrativa. 
(D) A administração pública, em sentido subjetivo, diz respeito à atividade administrativa exercida pelas 
pessoasjurídicas, pelos órgãos e agentes públicos que exercem a função administrativa. 
(E) A existência do Estado pode ser mensurada pela forma organizada com que são exercidas as 
atividades executivas, legislativas e judiciais. 
 
06. (SEGER/ES - Todos os Cargos – CESPE) Acerca de governo, Estado e administração pública, 
assinale a opção correta. 
(A) Atualmente, Estado e governo são considerados sinônimos, visto que, em ambos, prevalece a 
finalidade do interesse público 
(B) São poderes do Estado: o Executivo, o Legislativo, o Judiciário e o Ministério Público. 
(C) Com base em critério subjetivo, a administração pública confunde-se com os sujeitos que integram 
a estrutura administrativa do Estado. 
(D) O princípio da impessoalidade traduz-se no poder da administração de controlar seus próprios 
atos, podendo anulá-los, caso se verifique alguma irregularidade 
(E) Na Constituição Federal de 1988 (CF), foi adotado um modelo de separação estanque entre os 
poderes, de forma que não se podem atribuir funções materiais típicas de um poder a outro. 
 
07. (UFAL - Auxiliar em Administração – COPEVE-UFAL) O termo Administração Pública, em 
sentido estrito e objetivo, equivale 
(A) às funções típicas dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. 
(B) à noção de governo. 
(C) ao conceito de Estado. 
(D) ao conceito de função administrativa. 
(E) ao Poder Executivo. 
 
08. (INSS - Perito Médico Previdenciário – CESPE) Acerca do direito administrativo, julgue os itens 
a seguir. Povo, território e governo soberano são elementos do Estado. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
09. QUADRIX - Agente Administrativo (CRBM 4 PA)/2021 (e mais 1 concurso) 
A respeito de Estado, governo e Administração Pública, julgue o item a seguir. 
 
 
 
Em linhas gerais, o Estado pode ser compreendido como uma nação politicamente organizada, dotada de 
soberania, com personalidade jurídica de direito privado e composta pelos Poderes Executivo, Legislativo e 
Judiciário. 
Certo Errado 
 
10.QUADRIX - Agente Administrativo (CRBM 4 PA)/2021 (e mais 1 concurso) 
A respeito de Estado, governo e Administração Pública, julgue o item a seguir. 
 
A Administração Pública, em sentido formal, orgânico ou subjetivo, pode ser conceituada como o conjunto dos 
órgãos e agentes públicos, dotados de prerrogativas e sujeições e destinados à satisfação do interesse público. 
Certo Errado 
 
 
ORGANIZAÇÃO POLÍTIC0-ADMINISTRATIVA 
 
Separação dos Poderes: O Estado brasileiro adotou a tripartição de poderes, assim são seus poderes o 
Legislativo, o Executivo e o Judiciário, conforme se infere da leitura do art. 2º da Constituição Federal: “São 
Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.” 
 
a) Poder Executivo: No exercício de suas funções típicas, pratica atos de chefia do Estado, de Governo e atos 
de administração, ou seja, administra e executa o ordenamento jurídico vigente. É uma administração direita, 
pois não precisa ser provocada. Excepcionalmente, no exercício de função atípica, tem o poder de legislar, por 
exemplo, via medida provisória. 
 
b) Poder legislativo: No exercício de suas funções típicas, é de sua competência legislar de forma geral e 
abstrata, ou seja, legislar para todos. Tem o poder de inovar o ordenamento jurídico. Em função atípica, pode 
administrar internamente seus problemas. 
 
c) Poder judiciário: No exercício de suas funções típicas, tem o poder jurisdicional, ou seja, poder de julgar as 
lides, no caso concreto. Sua atuação depende de provocação, pois é inerte. A partir do momento que a 
controvérsia é julgada em decisão transitada em julgado, é impossível modificá-la. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ PRINCÍPIOS DA ADMINISRAÇÃO PÚBLICA 
Devemos atentar que o estudo dos princípios é muito importante no Direito Administrativo. Na verdade os 
princípios são importantes para qualquer área do direito. 
 
Os Princípios e as Regras Jurídicas são espécie do gênero NORMA JURIDICA. A diferença básica entre os 
dois é que as REGRAS dirigem-se a fatos concretos e determinados enquanto os PRINÍPIOS dirigem-se a 
fatos gerais e indeterminados. A regra aplica-se ao caso que encontra adequação nela. Já os princípios 
 
aplicam-se a todos os casos. 
 FIQUE ESPERTO 
 
Tanto a REGRA JURIDICA quanto os PRINCÍPIOS possuem FORÇA COGENTE 
por serem normas jurídicas. Portanto sua observância a aplicação são 
obrigatórios. 
 
PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO– Conforme dito acima, por vivermos em um 
ESTADO DE DIREITO, presume-se que todas as suas ações devem ser pautadas pelo interesse público, ou 
seja, a “vontade geral”. Importante notar que deste princípio nasce uma relação VERTICAL entre ESTADO e 
particular. Não há igualdade nesta relação. Diferente de uma relação entre particulares onde há uma relação 
HORIZONTAL, onde os direitos dos mesmos deve ser tratado em “pé de igualdade”, no Regime Jurídico 
Administrativo, a relação é diferente. O ESTADO, em nome do interesse publico, possui prerrogativas 
especiais. Desta forma, existindo conflito entre interesse público e interesse privado, o PUBLICO prevalece. 
Em nome deste princípio, um indivíduo pode sofrer a DESAPROPRIAÇÃO de um patrimônio seu se for de 
interesse da coletividade. As clausulas de um Contrato Administrativo decorrente de um Processo de Licitação 
são mais benéficas para a Administração, também em nome deste princípio. Pode o Poder Público apreender 
mercadorias ou fechar um restaurante se o mesmo não obedece as normas da vigilância sanitária. 
Portanto, decorrerão do PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INSTERESSE PÚBLICO, diversas situações em 
que o particular estará em situação de desvantagem sobre a coletividade. 
 
 FIQUE ESPERTO 
 
1 –Numa eventual disputa entre o interesse público e o interesse de um particular, 
haverá sempre uma predominância daquele em prol desse. Isso porque o 
interesse da maioria deve, em regra, prevalecer sobre o interesse individual. 
 
2 - Por mais que o ESTADO possua prevalência nos seus interesses, devemos 
atentar que há limites para a sua atuação. Devem ser sempre respeitados os 
Direitos e Garantias Individuais do cidadão assegurados pela CF/88. Desta forma, 
a garantia do contraditório, ampla defesa, direitos adquiridos, etc., devem ser 
observados. 
 
3 – O Princípio da Supremacia do Interesse público não é absoluto, assim como 
nenhum outro princípio. Na verdade o direito de um particular só deve ser 
sacrificado em prol da coletividade se for realmente necessário. 
 
4 – Não é sempre que o ESTADO atua com esta SUPREMACIA. Isto porque não 
é sempre necessário. Existem atividades exercidas pelo ESTADO em que ele não 
age necessariamente com Poder de Império. Também conhecido como Poder 
Extroverso, o Poder de Império ocorre quando ao particular é imposto obrigações 
ou a este são restringidos direitos ou atividades privadas. É a verdadeira relação 
VERTICA em que o Poder Público exerce a sua supremacia. 
 
 Agora, em muitos casos, o ESTADO atua sem precisar subordinar nenhum 
particular. Isso ocorre quando ele simplesmente executa atos de gestão, 
atividades meio naprestação dos seus serviços ou quando desempenha 
atividades de intervenção no domínio econômico. 
 
Ex1: Quando o Poder Público aluga uma residência para instalar um ÓRGÃO seu, 
como uma Secretaria de Saúde, por exemplo, não terá o ESTADO supremacia 
sobre o particular. Neste caso, deve haver igualdade com o proprietário da 
residência, tendo em vista que não há necessidade de suprimir o direito de um 
particular. O aluguel de uma casa é um ato de gestão e não se exige a aplicação 
da supremacia do interesse público. 
 
Ex2: Quando houver ação do ESTADO para intervir no Domínio Econômico e se 
por ventura na sua atividade também houver uma empresa privada exercendo 
aquela atividade, como no caso dos Bancos, em que há Bancos Públicos e 
Privados, não pode haver supremacia do Poder Público frente ao particular. 
Ambos devem ter o mesmo tratamento da lei,dos poderes e dos aplicadores do 
 
direito. 
 
PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO– Outro SUPRAPRINCÍPIO que faz parte do 
Regime Jurídico Administrativo e que tem bastante importância nesta matéria. Deixa-se claro para quem 
Administra os interesses da coletividade que o DONO da COISA PÚBLICA é o povo. Não pode a 
Administração “usar e abusar” da coisa pública como bem entende. Pelo contrário, os atos de um Agente 
Público sempre devem estar pautados na lei. E porque o ESTADO deve observar a Lei? Porque a LEI é a 
tradução da vontade geral (pelo menos em teoria). 
 
 FIQUE ESPERTO 
 
A Doutrina vem esclarecendo, e isto esta sendo cobrado em concursos, que a 
conceituação de interesse público pode ser dividida em duas partes. 
a) Interesse Público Primário – Que seria o retrato fiel da vontade geral, ou seja, aquilo que a 
coletividade deseja, sendo um fim a ser buscado pelo ESTADO. São interesses diretos do 
povo. 
b) Interesse Público Secundário – Seria a vontade do ESTADO enquanto Pessoa Jurídica. 
Seriam interesses meramente patrimoniais em que o ESTADO busca aumentar suas 
riquezas. 
 
➢ PRINCÍPIOS DA ADMINISRAÇÃO PÚBLICA 
DOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS 
 
Além do Princípio da Supremacia do Interesse Público e do Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público 
existem outros princípios que regem o Direito Administrativo. Dentre eles encontram-se os estabelecidos no 
Art. 37 da Constituição Federal, senão vejamos: 
 
 CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. (Grifo Nosso) 
 
 
L Legalidade 
I Impessoalidade 
M Moralidade 
P Publicidade 
E Eficiência 
 
- PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
 
É a base do Estado Democrático de Direito e garante que TODOS, indistintamente, estão submissos ao 
“império da lei”. O Princípio da Legalidade é o postulado basilar do ESTADO DE DIREITO, e submete a 
Administração Pública à vontade popular. 
 
Cabe ao administrador seguir as “regras do jogo”, não podendo inventá-las sem o devido processo legislativo 
ou suprimi-las por sua conta. O Administrador não pode agir ou deixar de agir, senão de acordo com a lei, na 
forma determinada por ela. 
 
Este princípio encontra sua razão na cláusula universal de reserva de lei, definido no Art. 5, II da 
Constituição Federal: 
 
 CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 
Art. 5º (...) 
II– Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei. 
(Grifo Nosso) 
 
 
Devemos entender a palavra lei descrita no inciso II do Art. 5º da CF, como gênero, do qual são espécies: 
emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, 
decretos legislativos e resoluções (Art. 59 CF), bem como a tratados e convenções internacionais, 
costumes. A Administração também deve obedecer aos PRINCÍPIOS. Na verdade, devemos considerar que a 
Administração deve atentar para a LEI e o DIREITO. 
 
Este conjunto de normas e princípios de que a atuação administrativa está sujeita chama-se de BLOCO DE 
LEGALIDADE. 
 
Por meio deste princípio, o Estado se autolimita, se autocontêm, assegurando a sociedade, que o criou, a 
certeza da segurança jurídica. 
 
 FIQUE ESPERTO 
 
Distinções necessárias: 
 
1 - A doutrina costuma distinguir o significado do princípio da legalidade aplicado para o setor 
privado e ao setor público (Pergunta recorrente em concursos). Vejamos: 
 
a) Para o direito privado: O PARTICULAR PODE FAZER TUDO AQUILO QUE A LEI NÃO 
PROÍBE. Prestigia-se a autonomia da vontade nas relações desenvolvidas pelos particulares 
na defesa de seus próprios interesses. Estabelecido no Art. 5, II da Constituição Federal. 
 
b) Para o direito público: PARA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, SÓ É PERMITIDO FAZER O 
QUE ESTIVER PREVISTO EM LEI. É o chamado Princípio da Legalidade Estrita. Dessa 
forma, se a administração pública pretender praticar certo ato e a lei não se manifestar sobre 
isto, significa que não poderá fazê-lo, sendo, portanto, proibido. 
 
2 - “Enquanto na administração particular é lícito fazer tudo que a lei não proíbe, na 
Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza”. (Prof. Hely Lopes 
Meirelles) 
 
Para os PARTICULARES a regra é a AUTONOMIA DA VONTADE. Para a Administração NÃO HÁ esse 
AUTONOMIA. A ATIVIDADE ADMINISTRATIVA trata de gestão da COISA ALHEIA, isso porque, o bem 
público é DO POVO. 
 
Para a ADMINISTRAÇÃO agir, faz-se necessário que a LEI imponha ou autorize determinada atuação 
administrativa para que ela possa validamente ocorrer (PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL). Portanto, a 
atividade administrativa é SUBLEGAL ou INFRALEGAL, ou seja, está SEMPRE dependendo da existência de 
uma lei para exercer a sua atuação. A ADMINISTRAÇÃO também não pode praticar atos que contrariem a LEI 
(PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA LEI). 
 
Do PRINCÍPIO DA LEGALIDADE, decorrem os princípios da FINALIDADE, RAZOABILIDADE, ISONOMIA e 
PROPORCIONALIDADE que veremos mais adiante. 
 
 
 QUESTÃO 
 
Quando se afirma que o particular pode fazer tudo o que a lei proíbe e que a Administração 
só pode fazer o que a lei determina e autoriza, estamos diante do princípio da: 
a) Legalidade 
b) Obrigatoriedade 
c) Moralidade 
d) Proporcionalidade 
e) Contradição 
 
O Princípio da Legalidade impõe que o agente público observe, fielmente, todos os requisitos 
expressos em Le: 
CERTO_____ ERRADO_____ 
 
O Princípio da Legalidade vincula a Administração aos mandamentos da Lei (Estado de 
 
Direito). Em todos os Estados contemporâneos se admite que a Administração está vinculada 
pela regra de Direito. 
CERTO_____ ERRADO_____ 
 
O Princípio da Legalidade impede que a Administração crie direitos de qualquer espécie 
mediante ato administrativo. 
CERTO_____ ERRADO_____ 
 
- PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE 
 
O Administrador deve atuar de forma impessoal, sem preferências ou aversões pessoais ou partidárias, 
IMPARCIAL. Está impedido de realizar discriminações e privilégios. Não deve atuar para beneficiar ou 
prejudicar pessoas, tendo em vista que no exercício de sua função, o mesmo deve visar o interesse público. 
 
 FIQUE ESPERTO 
 
Deve-se interpretar o presente princípio sob duas óticas: 
 
1ª – O Administrador deve buscar o INTERESSE PÚBICO (FINALIDADE). O Agente 
Público não pode praticar um ato administrativo visando os seus interesses pessoais ou para 
atender os interesses de terceiros. Deve o Agente atender a vontade geral, que como dito 
anteriormente, traduz-se na vontade da lei. Desta forma, não podem haver PERSEGUIÇÕES, 
DISCRIMINAÇÕES, BENEFÍCIOS, FAVORECIMENTOS ou qualquer ação que não esteja 
previsto em lei. 
 
ATENÇÃO: Qualquer ato praticado fora dos limites legais SERÁ CONSIDERADO NULO por 
DESVIO DE FINALIDADE. 
 
2ª – A atuação dos agentes é imputada ao Estado e não ao agente. Veda-se a 
pessoalização das realizações da Administração Pública, ou seja, não deve haver promoção 
pessoal por parte do Administrador. A Publicidade de um ato da Administração Pública, por 
exemplo, como obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos, deve ter caráter 
EDUCATIVO, INFORMATIVO E DE ORIENTAÇÃO SOCIAL. Não pode a publicidade dos 
órgãos estar de forma alguma ligada ao NOME ou PARTIDO do Agente Público. 
 
 QUESTÃO 
 
Entre os requisitos ou elementos essenciais à validade dos atos administrativos, o que mais 
condiz com o atendimento da observância do princípio fundamental da impessoalidade é o 
relativo à finalidade: 
CERTO_____ ERRADO_____ 
 
 - PRINCÍPIO DA MORALIDADE 
 
Prima pela probidade dentro da Administração. O administrador deve ser probo, retilíneo, ético, deve agir com 
decoro, deve agir com boa-fé. Segundo os autores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, este princípio torna 
jurídica a exigência de atuação ética dos agentes da Administração Pública. Portanto, uma ato praticado contraa MORAL ADMINISTRATIVA, é NULO de pleno direito e não apenas inoportuno ou inconveniente. 
 
Importante notar aqui que o agente deve aplicar a lei e observar a conduta ética de sua ação. Portanto, alem 
do ato administrativo estar dentro dos parâmetros das leis, deve o Administrador analisar se ele preenche 
requisitos éticos. Não deve o Administrador buscar as “brechas” da lei. Portanto, segundo os autores Marcelo 
Alexandrino e Vicente Paulo, o Princípio da Moralidade torna o Princípio da Legalidade mais efetivo, visto 
que o Agente Público deve atuar dentro dos parâmetros da lei e sempre observando se a sua atuação é moral. 
 
 FIQUE ESPERTO 
 
No PRINCÍPIO DA MORALIDADE NÃO se exige o elemento subjetivo da conduta, ou seja, 
a intenção do agente. As convicções pessoais e internas do agente são irrelevantes. Aqui, 
temos uma noção de moral OBJETIVA, ou seja, não tem importância alguma as convicções 
de foro íntimo sujeito. 
 
 
 
Devemos diferenciar a moral comum da moral administrativa. Enquanto a moral comum é orientada por uma 
distinção puramente ética, entre o bem e o mal, distintamente, a moral administrativa é orientada por uma 
diferença prática entre a boa e a má administração. 
 
A intenção do agente é irrelevante. O que se analisa é o comportamento do mesmo. Irrelevante será 
pesquisar fatores subjetivos e motivações psicológicas de quem realizou o comportamento censurável. 
 
Manifestação do Princípio da Moralidade no Supremo Tribunal Federal: 
 
 FIQUE ESPERTO 
 
1 - Súmula Vinculante nº 13 STF: 
 
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, 
até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa 
jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo 
em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta 
e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição 
Federal. 
 
2 - A nomeação cruzada ou transversa também é proibida. Isso ocorre quando duas 
autoridades trocam favores e nomeiam os parentes uns dos outros. Desta forma o parente de 
X é nomeado para o gabinete de Y em troca da nomeação de um parente de Y em troca do 
gabinete de X. 
 
3 – A nomeação de PRIMOS é permitida e legitima já que a súmula faz referência aos 
parentes até o terceiro grau. Os primos são parentes de quarto grau. 
 
Devemos atentar também, que a PROBIDADE ADMINISTRATIVA esta diretamente ligada a este princípio. O 
Agente Público deve se PROBO, HONESTO. Os autores administrativistas dizem que quando o Agente 
Público é IMPROBO, DESONESTO há uma LESÃO QUALIFICADA ao Princípio da Moralidade. O ato 
ímprobo lesa a moralidade e como consequência traz sanções aos responsáveis. Vejamos o que estabelece a 
norma contida no Art. 37 da CF/88: 
 
 CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 
Art. 37 (...) 
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a 
perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e 
gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. 
 
 
 FIQUE ESPERTO 
 
No nosso ordenamento jurídico existem diversos instrumentos que podem ser utilizados 
diversos instrumentos jurídicos pelos particulares aptos a controlar os atos do Administrador 
Público e nortear a sua atuação colocando-a nos “eixos” da moralidade. O Direito de Petição 
e a Ação Popular são exemplos disso. 
 
 
 CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 
Art. 5º (...) 
LXXIII – Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise anular ato 
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade 
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo 
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e de ônus da sucumbência. 
 
Vejamos os instrumentos para a defesa da moralidade constantes em nosso ordenamento: 
 
• Lei de Improbidade Administrativa; 
• Ação Popular (Lei n. 4.717/65 - Todo do cidadão é legitimado); 
• Ação Civil Pública de Improbidade Administrativa (Lei n. 8.429/92); 
• Controle Exercido pelos Tribunais de Contas; 
• Controle Exercido pelas CPIS. 
 
 
- PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE 
 
Os administrados possuem o direito de saber o que está acontecendo com a máquina administrativa. A 
publicidade dos atos é uma forma de controle da administração, visto que, conhecendo seus atos, contratos, 
negócios, pode o particular cogitar de impugná-los interna ou externamente. A Administração tem o dever de 
divulgar seus atos oficialmente e de forma transparente. 
 
O princípio propicia, ainda, a obtenção de informações, certidões, atestados da Administração, por qualquer 
interessado, desde que observada a forma legal. 
 
 CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 
Art. 5º CF(...) 
 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse 
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de 
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da 
sociedade e do Estado; 
 
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou 
abuso de poder; 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e 
esclarecimento de situações de interesse pessoal; (Grifo Nosso) 
 
LXXII - conceder-se-á habeas data: 
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, 
constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter 
público; 
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou 
administrativo; 
 
A Lei nº 12.527/2011(Lei de Acesso a Informação) vem fortalecer o Princípio da Publicidade. Esta lei garante a 
qualquer cidadão a possibilidade de obter os atos da administração pública. 
 
 FIQUE ESPERTO 
 
1 – Do PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE decorrem duas OBRIGAÇÕES para a Administração: 
a) Transparência – Dever de prestar informações. 
b) Divulgação Oficial – Dever de publicar o conteúdo de atos praticados pela administração. 
 
2 – EXCEÇÕES À PUBLICIDADE 
a) Segurança do Estado (Art. 5º XXXIII CF); 
b) Segurança da Sociedade (Art. 5º XXXIII CF); 
c) Segurança da Intimidade das pessoas (Art. 5º X CF). 
 
3 – Quando os atos da Administração são direcionados para apenas um indivíduo, como um 
servidor público, a publicação pode ser feita por atos internos publicados no mural da 
entidade ou comunicado diretamente ao indivíduo. 
 
4 – Quando os atos forem gerais, ou seja, dirigidos a pessoas indeterminadas ou atos que 
interessem a varias pessoas, a publicação do ato deve ser no Diário Oficial. 
 
5 – A publicação do ato gera a eficácia do mesmo, ou seja, se o mesmo não for publicado não 
 
será eficaz no mundo jurídico. 
 
 
 QUESTÃO 
 
A declaração de sigilo dos atos administrativos, sob a invocação do argumento da segurança 
nacional, é privilégio indevido para a pratica de um ato administrativo, pois o princípio da 
publicidade administrativa exige a transparência absoluta dos atos, para possibilitar o seu 
controle de legalidade. 
CERTO_____ ERRADO_____ 
 
Com base no princípio da publicidade, os atos internos da administração pública devem ser 
publicados no Diário Oficial. 
CERTO_____ ERRADO_____ 
 
- PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA 
 
Princípio trazido pela Emenda Constitucional nº 19/98. Atualmente a boa administração não deve visar apenar 
a prática de atos aptos simplesmente a produzir os resultados jurídicos esperados. Exigi-se mais. Os atos 
devem ser praticados com qualidade de excelência, de modo que possibilitem o melhor atendimento possível 
das finalidades previstas em lei. Nasce, portanto, o conceito de Administração Pública Gerencial, voltada 
para um controle deresultados na atuação estatal. 
 
Metas como economia, rapidez, qualidade no atendimento ao público, produtividade, dentre outros, devem ser 
levados em consideração pelo administrador como para os servidores públicos. 
 
 
 FIQUE ESPERTO 
 
1 – O PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA buscou implementar no Brasil a ideia de Administração 
Gerencial. No lugar da Administração Burocrática, o Legislador entendeu que o 
Administrador deveria buscar o melhor resultado nos seus atos assim como fazem as 
Empresas do setor privado. 
 
2 – Espera-se do Agente Público que ele desempenhe suas atribuições da melhor forma 
possível, buscando sempre o resultado. 
 
3 – O Administrador deve estruturar e disciplinar a administração pública da forma mais 
racional possível para alcançar os melhores resultados. 
 
4 – Incidência do princípio da eficiência na Administração: 
a) Prazo do estágio probatório aumentado de 2 para 3 anos (Art. 41 CF); 
b) Avaliação de desempenho para o servidor adquirir estabilidade (Art. 41 § 4º CF); 
c) Avaliação Periódica de Desempenho (Art. 41 § 1º CF). 
 
5 – Segundo os autores MARCELO ALEXANDRINO e VICENTE PAULO, a prestação dos 
serviços públicos deve ocorrer de modo simples, rápido e econômico. Deve-se buscar a 
melhor relação custo/benefício da atividade da administração. Portanto, este Princípio esta 
diretamente relacionado à ECONOMICIDADE, que é outro princípio aplicado à Administração 
Pública. 
 
 
 QUESTÃO 
 
O gerenciamento de recursos públicos sem preocupação de obter deles o melhor resultado 
possível, no atendimento do interesse público, afronta o princípio da eficiência. 
CERTO_____ ERRADO_____ 
 O princípio da eficiência, introduzido expressamente na Constituição Federal (CF) na 
denominada Reforma Administrativa, traduz a ideia de uma administração. 
a) Descentralizada. 
b) Informatizada. 
 
c) Moderna. 
d) Legalizada. 
e) Gerencial. 
 
QUESTOES PARA REFORÇO 
 
1 - De acordo com o texto a seguir o direito público tem como objetivo primordial o atendimento ao bem-estar 
coletivo. 
[...] em primeiro lugar, as normas de direito público, embora protejam reflexamente o interesse 
individual, têm o objetivo primordial de atender ao interesse público, ao bem-estar coletivo. Além disso, 
pode-se dizer que o direito público somente começou a se desenvolver quando, depois de superados o 
primado do Direito Civil (que durou muitos séculos) e o individualismo que tomou conta dos vários 
setores da ciência, inclusive a do Direito, substituiu-se a ideia do homem como fim único do direito 
(própria do individualismo) pelo princípio que hoje serve de fundamento para todo o direito público e 
que vincula a Administração em todas as suas decisões [...]. 
Dl PIETRO, Maria Sylvia Zaretla. Direito Administrativo. 30.ed. Sao Paulo: Atlas, 2017, p 96. 
 
Diante disso, as "pedras de toque" do regime jurídico-administrativo são 
a) a supremacia do interesse público sobre o interesse privado e a impessoalidade do interesse público. 
b) a supremacia do interesse público sobre o interesse privado e a indisponibilidade do interesse público. 
c) a indisponibilidade do interesse público e o princípio da legalidade. 
d) a supremacia da ordem pública e o princípio da legalidade. 
e) a supremacia do interesse público e o interesse privado e o princípio da legalidade. 
 
2 – “A administração pública deve indicar sempre o que a levou a praticar tal ato, de fato e de direito, 
pois se trata de base para garantir a legalidade dos atos administrativos, ou seja, para todas as ações 
dos agentes públicos, deve existir um fundamento de base e direito”. 
Com base no enunciado acima, podemos afirmar que o princípio da administração pública que busca 
fundamentar as decisões tomadas pelos agentes públicos é o da: 
a) Impessoalidade 
b) Razoabilidade 
c) Motivação 
d) Eficiência 
 
3 – O princípio que rege a administração pública, expressamente previsto na Constituição Federal de 1988, e 
que exige dos agentes públicos a busca dos melhores resultados e um menor custo possível, é o da 
a) moralidade. 
b) eficiência. 
c) legalidade. 
d) impessoalidade. 
 
 
 
4 – Considere as seguintes afirmações a respeito dos princípios constitucionais da Administração pública: 
I. Viola o princípio da ........ o ato administrativo incompatível com padrões éticos de probidade, decoro e boa fé. 
II. Atende ao princípio da ........ o agente público que exerce suas atribuições do melhor modo possível, para 
lograr os melhores resultados para o serviço público. 
III. Viola o princípio da ........ o ato administrativo praticado com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas 
determinadas. 
Os trechos acima transcritos tratam, respectivamente, dos princípios da 
a) I − moralidade, II − eficiência e III − impessoalidade. 
b) I − moralidade, II − eficiência e III − razoabilidade 
c) I − moralidade, II − razoabilidade e III − impessoalidade. 
d) I − dignidade da pessoa humana, II − eficiência e III − igualdade. 
e) I − dignidade da pessoa humana, II − razoabilidade e III − igualdade. 
 
5 – Secretário de justiça e direitos humanos de determinado estado da Federação que publicar uma portaria e, 
na semana seguinte, revogá-la, em nova publicação, terá praticado ato revogatório com base no princípio da 
a) indisponibilidade. 
b) moralidade. 
c) autotutela. 
 
d) eficiência. 
e) supremacia do interesse público. 
 
6 - UNISISP - Procurador Jurídico (Pref Guzolândia)/2020 
Analise as proposições seguintes: 
I. O termo "Administração Pública" (como iniciais maiúsculas) é um conselho que coincide com Poder 
Executivo, designando a "atividade" que consiste na defesa concreta do interesse público. 
II. O termo "administração pública" (com iniciais minúsculas) designa o conjunto de órgãos e agentes estatais 
no exercício da função administrativa, independentemente de pertencer ao Poder Executivo, ao Legislativo, ao 
Judiciário. 
III. Interesse público primário é o interesse da coletividade, enquanto interesse público secundário é o interesse 
patrimonial do Estado como pessoa Jurídica. Logo, os interesses do Estado podem não coincidir com os da 
sociedade. 
IV. As funções típicas são tarefas precípuas de cada poder, as funções atípicas são temperamentos (ou 
exceções) ao princípio da tripartição de Poderes. 
Está correto: 
A I e IV apenas. 
B III e IV apenas. 
C II e III apenas. 
D I e II apenas. 
 
7 – We Do - Procurador Jurídico (CM SL Oeste)/2020 
O Direito Administrativo possui fontes que estabelecem as bases jurídicas que norteiam a atuação dos agentes 
e entes públicos em sua relação com os cidadãos. Com base em tal premissa é correto afirmar que são fontes 
subsidiárias de Direito Administrativo: 
A A Constituição, as leis e a jurisprudência; 
B A lei, a doutrina e os costumes; 
C A lei, a jurisprudência e a doutrina; 
D A lei, a jurisprudência e os costumes; 
E A jurisprudência, a doutrina e os costumes.

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