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APOSTILA - DIR ADM 02

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DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
| Apostila 2018 | Prof. Lucas Martins 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
1 
 
OS: 0112/1/18-Gil 
CONCURSO: 
 
ÍNDICE: 
1. Estado, Governo e Administração Pública..........................................................................01 
2. Conceito, Fontes e Princípios de Direito Administrativo....................................................09 
3. Organização Administrativa do Estado...............................................................................22 
4. Poderes da Administração Pública.....................................................................................42 
5. Atos Administrativos...........................................................................................................54 
6. Processo Administrativo.....................................................................................................92 
7. Licitações Públicas............................................................................................................112 
8. Serviços Públicos...............................................................................................................161 
9. Responsabilidade Civil do Estado......................................................................................199 
10. Controle da Administração Pública.................................................................................207 
11. Improbidade Administrativa...........................................................................................222 
 
PROFESSOR LUCAS MARTINS 
Advogado e consultor jurídico. Graduado pela Universidade 
de Fortaleza – UNIFOR. Conselheiro da Comissão de Estudos 
Constitucionais da OAB/CE. Pós-graduado em Direito 
Processual Civil pela Universidade Cândido Mendes – 
UNICAM/RJ - em convênio com o Curso Ênfase. Pós-
graduando em Direito Administrativo pela Estácio de Sá em 
convênio com o Complexo de Ensino Renato Saraiva – CERS. 
Professor de diversos cursos preparatórios para concursos 
públicos, Exame da Ordem e pós-graduação. 
 
CONTATO 
INSTAGRAM: @proflucasmartins 
FACEBOOK: facebook.com/proflucasmartins 
YOUTUBE: youtube.com/lucasmartinspessoa 
 
ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
Para uma boa compreensão do direito administrativo e de 
seus institutos, deve-se, antes, compreender o que é 
Administração Pública. Entretanto, para a compreensão 
desta, primeiramente, deve-se ter uma noção de dois outros 
institutos que com ela se relacionam, mas não se 
confundem: Estado e Governo. Trata-se, portanto, de tema 
introdutório ao estudo do direito administrativo que, 
quando exigido nos editais, costuma ser cobrado em prova. 
1. ESTADO 
Na ciência jurídica, um maior aprofundamento sobre o 
Estado fica a cargo do direito constitucional, sobretudo 
quando do estudo da organização político-administrativa do 
Estado. Aqui, iremos retratar apenas aspectos básicos sem 
os quais se tornaria inviável uma boa compreensão dos 
institutos ligados ao direito administrativo, quais sejam: 
1.1. Conceito de Estado 
1.2. Formas de Estado 
1.3. Elementos do Estado 
1.4. Estado de Direito 
1.5. Poderes do Estado (funções) 
 
1.1. CONCEITO 
Trata-se de instituição organizada política, social e 
juridicamente, dotada de personalidade jurídica própria de 
direito público, submetida às normas estipuladas pela lei 
máxima, que, no Brasil, é a Constituição Federal, e dirigida 
por um governo que possui soberania reconhecida interna e 
externamente. O Estado surge, basicamente, com o objetivo 
de viabilizar os objetivos da sociedade, estipulados em sua 
lei maior. 
ATUAÇÃO NO DIREITO PÚBLICO E NO DIREITO PRIVADO 
O Estado pode atuar tanto no direito público como no 
privado, entretanto sempre ostentará a qualidade de pessoa 
jurídica de direito público. Isso nem sempre foi assim, pois 
antigamente sustentava-se a teoria da dupla personalidade 
do Estado, isto é, este ostentaria a qualidade de pessoa 
jurídica de direito público quando atuasse no direito público 
(como ente soberano) e de pessoa jurídica de direito 
privado quando atuasse no direito privado (em igualdade 
com os particulares). Dessa forma, a teoria da dupla 
personalidade do Estado encontra-se superada. 
 
1.2. FORMAS DE ESTADO 
O conceito de Estado possui relação com o modo de 
exercício do poder político em função do território. Nesse 
sentido, o poder político poderá ser exercido de forma 
concentrada ou regionalizada. A referida regionalização ou 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
| Apostila 2018 | Prof. Lucas Martins 
 
 
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2 
 
OS: 0112/1/18-Gil 
não do poder político de um determinado Estado é utilizada 
para diferenciar as duas formas de Estado, quais sejam: 
ESTADO UNITÁRIO ESTADO FEDERATIVO 
O poder político é 
centralizado em uma única 
entidade governamental. 
O poder político é 
regionalizado em mais de 
uma entidade 
governamental. 
 
FORMA DE ESTADO BRASILEIRO 
Trata-se de um Estado Federativo. Dessa forma, na 
República Federativa do Brasil temos não um único ente 
com autonomia política1, mas vários: União, Estados-
Membros, Distrito Federal e Municípios2. Exatamente por 
serem entes com autonomia política os referidos entes são 
denominados entes políticos. Exatamente por fazerem parte 
de um Estado Federativo também podem aparecer com o 
nome de entes federativos. 
 
1.3. ELEMENTOS DO ESTADO 
 
POVO 
Trata-se do elemento humano. É o conjunto 
de pessoas naturais, vinculadas 
juridicamente a um ente estatal por meio da 
nacionalidade (vínculo político-jurídico). 
 
TERRITÓRIO 
Trata-se do elemento material. É o espaço 
físico dentro do qual o Estado exerce sua 
soberania. 
 
GOVERNO 
Trata-se do elemento político. Este terceiro 
elemento também pode aparecer como 
soberania, indicando, no aspecto interno, a 
supremacia do Estado, na medida em que 
não há nenhum outro poder que a ele se 
sobreponha. No aspecto externo, significa a 
igualdade frente aos demais Estados. 
 
ELEMENTO FINALÍSTICO 
Para alguns autores, há ainda um quarto elemento 
formador do Estado, qual seja o elemento teleológico ou 
finalístico. É dizer, quando se pensa na figura do Estado 
 
1 Atualmente, entende-se que a denominada autonomia política 
compreende quatro características, quais sejam: a) auto-
organização (elaboração de suas constituições estaduais – Estados 
- bem como de suas leis orgânicas – municípios e distrito federal); 
b) autolegislação (elaboração de suas próprias leis); c) 
autoadministração (poder para exercer suas atribuições de 
natureza administrativa, tributária e orçamentária); d) 
autogorverno (poder para eleger seus próprios governantes). 
2 Art. 18, CF. A organização político-administrativa da República 
Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta 
Constituição. 
deve-se perguntar: o que se objetiva com a criação do 
Estado? Qual a finalidade deste ente? A resposta é a busca 
pelo bem comum, isto é, pela vida harmônica daquele povo 
que vive naquele território. Eis o elemento finalístico do 
Estado. 
 
1.4. ESTADO DE DIREITO 
O estudo do Estado ganha força com a figura do Estado de 
direito, isto é, com a ideia de que o ente estatal, criador do 
direito posto, a ele também deverá se submeter, assim 
como os demais sujeitos da sociedade. Em outras palavras, 
as normas jurídicas são instituídas pelo Estado para serem 
respeitadas não apenas por seu povo, mas também pelo 
próprio ente estatal. Portanto, a atuação estatal apenas será 
legítima se ocorrercom respeito ao ordenamento jurídico, 
isto é, ao direito. Eis o Estado de direito. 
Deve-se notar, ainda, que a noção de Estado de direito 
surge com a doutrina alemã no século XIX, vindo a se 
contrapor ao denominado Estado Absolutista, possuindo, 
basicamente, três pilares: 
 
Tripartição dos 
Poderes 
As funções estatais de legislar, 
administrar e julgar passam a ser 
distribuídas, isto é, tripartidas entre 
órgãos diferentes (e não mais 
concentradas na figura de uma única 
pessoa, como ocorria nas chamadas 
monarquias absolutistas). 
 
Generalização do 
Princípio da 
Legalidade 
Assim como os administrados, a 
Administração Pública também passa 
a dever obediência aos ditames 
legais. Dessa forma, um ato 
administrativo, isto é, um ato 
praticado pela Administração em prol 
da coletividade apenas será 
considerado um ato legítimo se 
estiver de acordo com todas as 
normas que pautam sua atuação. 
 
Universalização da 
Jurisdição 
Caso a Administração Pública atue 
em contrariedade às normas, o ato 
praticado deverá ser controlado, 
inclusive pela via judicial. 
 
ESTADO ABSOLUTISTA ESTADO DE DIREITO 
Insubordinação à Lei Subordinação à Lei 
Irresponsabilidade Responsabilidade Civil 
Concentração das Funções 
Essenciais 
Tripartição das Funções 
Essenciais 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
| Apostila 2018 | Prof. Lucas Martins 
 
 
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OS: 0112/1/18-Gil 
1.5. “PODERES” DO ESTADO (FUNÇÕES) 
Um dos marcos do Estado de direito, como visto, é 
justamente a tripartição dos poderes, que ganhou força com 
a doutrina de Montesquieu, no sentido de se dividir as 
funções estatais entre entidades diferentes, como forma de 
se evitar a concentração do poder e, por conseguinte, 
arbitrariedades na condução do Estado. A referida teoria 
fora adotada no Brasil, na medida em que o art. 2º da 
Constituição Federal define o funcionamento de três 
poderes harmônicos e independentes entre si, quais sejam: 
Legislativo, Executivo e Judiciário3. 
TRIPARTIÇÃO DE “PODERES” X TRIPARTIÇÃO DE FUNÇÕES 
Tecnicamente, não se deveria falar em tripartição de 
poderes, mas sim de funções, na medida em que o poder é 
único e indivisível, isto é, o Estado é um só: República 
Federativa do Brasil. Apesar da referida crítica doutrinária, 
ambas as expressões acabam aparecendo em provas como 
expressões sinônimas. 
 
PODERES DO ESTADO X PODERES ADMINISTRATIVOS 
Os poderes do Estado são poderes estruturais e 
organizacionais que não devem se confundir com os 
poderes administrativos, que, por sua vez, são 
instrumentais, isto é, prerrogativas concedidas ao Estado-
Administração para que ele consiga atingir seus fins. Os 
poderes administrativos estão afetos ao direito 
administrativo, enquanto os poderes de Estado ao direito 
constitucional. 
 
FUNÇÃO 
Tipicamente 
conferida ao... 
O Estado no seu 
desempenho é 
denominado... 
 
Função legislativa 
 
PODER 
LEGISLATIVO 
Estado Legislador 
 
Função 
jurisdicional 
 
PODER 
JUDICIÁRIO 
Estado Juiz 
 
Função executiva 
(Função 
administrativa) 
 
PODER 
EXECUTIVO 
Estado 
Administração 
(Administração 
Pública) 
 
3 Art. 2º, CF. São Poderes da União, independentes e harmônicos 
entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
FUNÇÕES TÍPICAS 
Cada um dos Poderes do Estado tem sua atividade principal, 
quais sejam: 
FUNÇÃO 
LEGISLATIVA 
FUNÇÃO 
JURISDICIONAL 
FUNÇÃO 
EXECUTIVA 
Função de 
legislar, isto é, 
inovar no 
ordenamento 
jurídico. Trata-se 
de função 
conferida 
tipicamente ao 
Poder Legislativo. 
Função de julgar 
com definitividade, 
resolvendo 
conflitos de 
interesses sempre 
mediante 
provocação do 
interessado. Trata-
se de função 
tipicamente 
conferida ao Poder 
Judiciário. 
Função de 
implementar, de 
ofício, o que 
determina a lei 
atendendo às 
necessidades da 
população. 
Também 
chamada de 
função 
administrativa é 
tipicamente 
conferida ao 
Poder Executivo. 
ATENÇÃO! Diferente do Poder Judiciário, que aplica a lei 
apenas quando provocado, o Poder Executivo deve aplica-la 
de ofício. Ademais, diferente do Poder Legislativo, que busca 
os objetivos do Estado de forma abstrata, via produção 
legislativa, o Poder Executivo o faz de forma concreta, 
detalhando e executando o que está no plano abstrato, isto 
é, na lei. 
FUNÇÃO POLÍTICA (DE GOVERNO) 
Celso Antônio Bandeira de Mello prevê, ainda, esta quarta 
função estatal que não se confunde com nenhuma das três 
acima mencionadas. Essa atuação do Estado não se dá 
mediante ato administrativo, mas por ato de natureza 
política, tais como: sanção e veto de lei; declaração de 
guerra; decretação de estado de calamidade pública, etc. 
FUNÇÕES ATÍPICAS 
Cada poder, como visto, possui sua função típica. 
Entretanto, a Constituição Federal autoriza que, em algumas 
circunstâncias (por isso é medida excepcional), um 
determinado poder estatal venha a exercer a funções de 
outro. Quando isso ocorre, diz-se que o referido poder está 
exercendo uma função atípica. É o que ocorre, por exemplo, 
quando o Poder Legislativo Federal, por meio do Senado 
Federal, vem a julgar com definitividade o Presidente da 
República, exercendo uma função que não lhe é típica, mas 
sim do Poder Judiciário (função jurisdicional). No mesmo 
sentido, quando o Poder Legislativo realiza uma licitação ele 
não está exercendo sua função típica (legislativa), mas sim 
uma função administrativa, tipicamente conferida ao Poder 
Executivo. Isso ocorre, como forma de garantir a harmonia 
entre os poderes e decorre da teoria dos freios e 
contrapesos (checks and ballances). Nesse sentido, é 
correto afirmar que a separação de poderes NÃO tem 
caráter absoluto. 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
| Apostila 2018 | Prof. Lucas Martins 
 
 
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4 
 
OS: 0112/1/18-Gil 
QUESTÕES 
 
01. (CESPE/TRT8/Analista Judiciário/2016) A respeito dos 
elementos do Estado, assinale a opção correta. 
a) Povo, território e governo soberano são elementos 
indissociáveis do Estado. 
b) O Estado é um ente despersonalizado. 
c) São elementos do Estado o Poder Legislativo, o Poder 
Judiciário e o Poder Executivo. 
d) Os elementos do Estado podem se dividir em 
presidencialista ou parlamentarista. 
e) A União, o estado, os municípios e o Distrito Federal 
são elementos do Estado brasileiro. 
 
02. (CESPE/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais/2016) 
A função administrativa é exclusiva do Poder 
Executivo, não sendo possível seu exercício pelos 
outros poderes da República. 
 
03. (CESPE/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais/2016) 
A aplicação da lei pelo Poder Executivo, no exercício da 
função administrativa, depende de provocação do 
interessado, sendo vedada a aplicação de ofício. 
 
04. (CESPE/TJ-CE/Analista Judiciário/2015/Adaptada) O 
Estado liberal, surgido a partir do século XX, é marcado 
pela forte intervenção na sociedade e na economia. 
 
05. (CESPE/TJ-CE/Analista Judiciário/2015/ADAPTADA) A 
existência do Estado pode ser mensurada pela forma 
organizada com que são exercidas as atividades 
executivas, legislativas e judiciais. 
 
06. (CESPE/TRE-GO/Técnico Judiciário/2005/ 
ADAPTADA) Atualmente, considera-se que a 
característica essencial dos Estados é a separação 
dos poderes. Em virtude dessa separação, cada um 
dos órgãos com funções executivas, legislativas e 
judiciárias é especializado em suas funções e não 
pratica atos com natureza própria dos demais 
ramos. 
 
07. (CESPE/TRE-GO/Técnico Judiciário/2005/ 
ADAPTADA) Nos moldes das teorias publicistas 
historicamente consolidadas, a Federação brasileiraé constituída apenas pelos seguintes componentes: 
União, estados-membros e Distrito Federal. 
 
08. (CESPE/MPOG/2012) O princípio da separação dos 
Poderes adotado no Brasil pode ser caracterizado 
como rígido, uma vez que todos os Poderes da 
República exercem apenas funções típicas. 
09. (CESPE/MPU/2013) A CF institui mecanismos de 
freios e contrapesos, de modo a concretizar-se a 
harmonia entre os Poderes Legislativo, Executivo e 
Judiciário, como, por exemplo, a possibilidade de 
que o Poder Judiciário declare a 
inconstitucionalidade das leis. 
 
10. (CESPE/PRF/2013) Decorre do princípio 
constitucional fundamental da independência e 
harmonia entre os poderes a impossibilidade de que 
um poder exerça função típica de outro, não 
podendo, por exemplo, o Poder Judiciário exercer a 
função administrativa. 
 
11. (CESPE/MIN/2013) Consoante o modelo de Estado 
federativo adotado pelo Brasil, os estados-membros 
são dotados de autonomia e soberania, razão por 
que elaboram suas próprias constituições. 
 
12. (ESAF/Ministério da Fazenda/2013/ADAPTADA) O 
sistema de freios e contrapesos não importa em 
subordinação de um poder a outro, mas diz respeito 
a mecanismos de limitação de um poder pelo outro 
previstos constitucionalmente, de modo a assegurar 
a harmonia e o equilíbrio entre eles. 
 
13. (CESPE/AE-ES/2013/ADAPTADA) São poderes do 
Estado: o Executivo, o Legislativo, o Judiciário e o 
Ministério Público. 
 
14. (CESPE/AE-ES/2013/ADAPTADA) Na Constituição 
Federal de 1988 (CF), foi adotado um modelo de 
separação estanque entre os poderes, de forma que 
não se podem atribuir funções materiais típicas de 
um poder a outro. 
 
GABARITO 
 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 
A E E E C E E E C E 
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
E C E E 
 
 
2. GOVERNO 
2.1. Conceito de Governo 
2.2. Formas de Governo 
2.3. Sistemas de Governo 
 
2.1. CONCEITO 
Como visto, é um dos elementos formadores do Estado 
(elemento condutor). O conceito de governo pode aparecer 
tanto no sentido subjetivo como no sentido objetivo, vide: 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
| Apostila 2018 | Prof. Lucas Martins 
 
 
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5 
 
OS: 0112/1/18-Gil 
GOVERNO EM SENTIDO 
SUBJETIVO 
GOVENO EM SENTIDO 
OBJETIVO 
Também pode aparecer 
como sentido orgânico ou 
formal. Trata-se da cúpula 
diretiva do Estado 
responsável pela condução 
das atividades do Estado, 
isto é, o conjunto de poderes 
e órgãos constitucionais. São 
os órgãos que compõem o 
alto escalão da estrutura 
organizacional do Poder 
Público (Presidência da 
República; Ministério da 
Saúde; Governadorias; 
Secretarias Estaduais; 
Prefeituras; Secretarias 
Municipais; etc). 
Também pode aparecer 
como sentido funcional ou 
material. Trata-se da 
atividade diretiva do 
Estado, isto é, o complexo 
de funções básicas do 
Estado na definição das 
diretrizes a serem tomadas 
em busca dos objetivos 
constitucionais (política do 
“minha casa minha vida” 
como forma de garantir o 
direito fundamental à 
moradia; política do 
“PROUNI” como forma de 
garantir o direito 
fundamental à educação; 
etc). 
 
GOVERNO X ESTADO 
Institutos que não se confundem, pois, como visto, governo 
é apenas um dos três elementos que compõe o Estado. O 
Estado existe para alcançar o bem comum de seu povo. Para 
isso traça na própria Constituição alguns objetivos a serem 
perseguido4. Entretanto, a Constituição não diz qual o 
“caminho das pedras”, isto é, não define o que deve ser 
feito para que o Estado alcance seus objetivos e, com isso, 
garanta o bem estar de seu povo. A quem incumbe esse 
papel? Ao Governo. É exatamente por isso que se diz que o 
governo é o elemento condutor do Estado, pois é ele que, 
traçando políticas públicas, isto é, “estratégias”, conduz o 
Estado ao cumprimento de seus objetivos. Exemplificando, a 
Constituição traça como objetivo fundamental a erradicação 
da pobreza, daí vem o Governo Federal e define a política 
Bolsa Família. Traça como objetivo fundamental reduzir as 
desigualdades sociais, daí vem o Governo Federal e define o 
Programa Universidade para Todos – PROUNI; etc. 
 
2.2. FORMAS DE GOVERNO 
Trata-se de matéria mais afeta ao Direito Constitucional, 
mas que também possui certa relevância em provas de 
Direito Administrativo. Ao classificar o Governo quanto suas 
formas, busca-se identificar como se dá a instituição e a 
transmissão do poder político na sociedade. Também é 
 
4 Art. 3º, CF. Constituem objetivos fundamentais da República 
Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e 
solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a 
pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e 
regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de 
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de 
discriminação. 
possível, com base nas formas de governo, se definir como 
se dá a relação entre governantes e governados, vide: 
REPÚBLICA MONARQUIA 
Eleições Hereditariedade 
Temporalidade Vitaliciedade 
Responsabilidade do 
Governante 
(Prestação de Contas) 
 
Irresponsabilidade do 
Governante 
(Não há dever de Prestação 
de Contas) 
Forma adotada no Brasil Forma adotada na Inglaterra 
 
2.3. SISTEMAS DE GOVERNO 
Trata-se do modo que se dá a relação entre o Poder 
Legislativo e o Executivo no exercício das funções 
governamentais, podendo ser: 
PRESIDENCIALISTA PARLAMENTARISTA 
Maior independência entre 
os poderes 
Menor independência entre 
os poderes 
A figura do Chefe de 
Governo se confunde com a 
do Chefe de Estado 
(Presidente da República) 
A figura do Chefe de 
Governo (Presidente da 
República) não se confunde 
com a do Chefe de Estado 
(Primeiro Ministro) 
Sistema adotado no Brasil Sistema adotado na França 
 
QUESTÕES 
 
01. (CESPE/TJ-CE/Analista Judiciário/2015/ADAPTADA) 
No Brasil, vigora um sistema de governo em que as 
funções de chefe de Estado e de chefe de governo não 
são concentradas na pessoa do chefe do Poder 
Executivo. 
 
02. (CESPE/MIN/Assistente Técnico Administrativo/2013) 
Na sua acepção formal, entende-se governo como o 
conjunto de poderes e órgãos constitucionais. 
 
03. (CESPE/PC-BA/2013) A eleição periódica dos 
detentores do poder político e a responsabilidade 
política do chefe do Poder Executivo são 
características do princípio republicano. 
 
04. (CESPE/AE-ES/2013/ADAPTADA) Atualmente, 
Estado e governo são considerados sinônimos, visto 
que, em ambos, prevalece a finalidade do interesse 
público. 
 
 
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6 
 
OS: 0112/1/18-Gil 
GABARITO 
 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 
E C C E 
 
3. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
3.1. Conceito 
3.2. Sentido Subjetivo 
3.3. Sentido Objetivo 
 
3.1. CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Trata-se do aparelhamento do Estado pré-ordenado à 
realização de serviços, visando à satisfação das necessidades 
coletivas, de acordo com as políticas de um determinado 
governo. Dessa forma, a Administração Pública pratica atos 
de execução (e não de governo). É dizer, o governo “traça o 
caminho” a ser percorrido. A Administração vem e 
“percorre” o caminho. É quem efetivamente “bota a mão na 
massa”. 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NÃO É SINÔNIMO DE PODER 
EXECUTIVO 
O conceito de Administração Pública não coincide com o de 
Poder Executivo, pois, como visto, há possibilidade de 
atuação administrativa pelos demais poderes do Estado, 
ainda que de forma atípica (Tribunal que realiza um 
concurso; Congresso Nacional publicandoedital de licitação; 
etc). 
 
Assim como o Governo, a Administração Pública também 
pode ser conceituada no sentido subjetivo ou no sentido 
objetivo, vide: 
SENTIDO SUBJETIVO DE 
ADMINISTRAÇÃO 
SENTIDO OBJETIVO DE 
ADMINISTRAÇÃO 
Também pode aparecer 
como sentido formal e 
orgânico. Conjunto de 
órgãos, entes e agentes 
estatais no exercício da 
função administrativa. Neste 
sentido, a expressão deve 
ser grafada com letras 
maiúsculas (Administração 
Pública). 
 
Também pode aparecer 
como sentido material ou 
funcional. Confunde-se com 
a própria função 
administrativa, podendo ser 
compreendida como a 
atividade administrativa 
exercida pelo Estado. Neste 
sentido, a expressão deve 
ser grafada com letras 
minúsculas (administração 
pública). 
 
3.2. SENTIDO SUBJETIVO 
Quando pensamos na Administração Pública em seu sentido 
subjetivo, isto é, como o conjunto de órgãos, entes e 
agentes que desempenham função administrativa, temos, 
ainda um desdobramento, qual sejam: 
SENTIDO AMPLO DA 
ADMINISTRAÇÃO 
SENTIDO ESTRITO DA 
ADMINISTRAÇÃO 
Abrange os órgãos de 
governo, que exercem 
função política, e os órgãos 
e pessoas que exercem 
função meramente 
administrativa. 
Abrange apenas os órgãos e 
pessoas que exercem 
função administrativa. Para 
essa classificação, os órgãos 
que exercem função política 
integram o conceito de 
“Governo” e não de 
“Administração Pública”. 
 
3.3. SENTIDO OBJETIVO 
Como visto, trata-se da própria atividade administrativa. A 
doutrina costuma apontar algumas tarefas precípuas da 
Administração Pública que compõe aquilo que se chama de 
função administrativa, quais sejam: 
TAREFA ORDENADORA TAREFA REGULATÓRIA E DE 
FOMENTO 
A Administração Pública 
possui o papel de limitar e 
condicionar a liberdade e 
propriedade privada em 
favor do interesse público 
(poder de polícia). 
A Administração Pública 
possui o papel de incentivar 
setores sociais específicos em 
atividades exercidas por 
particulares, estimulando o 
desenvolvimento da ordem 
social e econômica no intuito 
de alcançar o crescimento do 
país. No Brasil, trata-se de 
papel muito recorrente da 
década de noventa para cá, 
em virtude da política de 
desestatização, em que, 
visando aprimorar 
determinados serviços 
(comunicação, por exemplo) 
transferiu-se para a iniciativa 
privada determinadas 
atividades e, 
consequentemente, a 
Administração passou a 
regular o exercício das 
mesmas (pelas agências 
reguladoras, por exemplo). 
TAREFA PRESTACIONAL TAREFA DE CONTROLE 
A Administração Pública 
possui o papel de prestar 
serviços públicos, 
sobretudo após a 1ª guerra 
mundial, com o surgimento 
das chamadas 
constituições sociais, que 
A Administração Pública 
possui o papel de verificar a 
legalidade da atuação de seus 
próprios órgãos. Deve-se ter 
cuidado, pois a referida 
função não é peculiaridade da 
função administrativa, sendo 
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OS: 0112/1/18-Gil 
vieram a atribuir ao Estado 
funções positivas. 
 
dever, também, do Poder 
Judiciário e do Legislativo a 
realização do referido 
controle. 
 
Nesse sentido, todas essas tarefas caracterizam a função 
administrativa, que deve ser desempenhada pela 
Administração Pública sempre em busca do bem coletivo. 
Importante notar que não se trata de uma faculdade do 
Poder Público, eis que o interesse público é indisponível 
(princípio da indisponibilidade do interesse público). Dessa 
forma, o Estado deve atuar para persegui-lo. 
 
QUESTÕES 
 
01. (CESPE/TRE-MT/Analista Judiciário/2015/ADAPTADA) 
A administração pública em sentido estrito abrange os 
órgãos governamentais, encarregados de traçar 
políticas públicas, bem como os órgãos 
administrativos, aos quais cabe executar os planos 
governamentais. 
 
02. (CESPE/TRE-MT/Analista Judiciário/2015/ADAPTADA) 
As atividades de polícia administrativa, de prestação de 
serviço público e de fomento são próprias da 
administração pública em sentido objetivo. 
 
03. (CESPE/TRE-MT/Analista Judiciário/2015/ADAPTADA) 
A administração pública em sentido subjetivo não se 
faz presente nos Poderes Legislativo e Judiciário. 
 
04. (CESPE/TJ-CE/Analista Judiciário/2015/ADAPTADA) A 
administração pública, em sentido estrito, abrange a 
função política e a administrativa. 
 
05. (CESPE/TJ-CE/Analista Judiciário/2015/ADAPTADA) A 
administração pública, em sentido subjetivo, diz 
respeito à atividade administrativa exercida pelas 
pessoas jurídicas, pelos órgãos e agentes públicos que 
exercem a função administrativa. 
 
06. (CESPE/SEJUS-EC/Agente Penitenciário/2009) O 
Estado constitui a nação politicamente organizada, 
enquanto a administração pública corresponde à 
atividade que estabelece objetivos do Estado, 
conduzindo politicamente os negócios públicos. 
 
07. (CESPE/TRE-GO/Técnico Judiciário/2005/ 
ADAPTADA) Do ponto de vista subjetivo, a 
administração pública não se compõe apenas dos 
órgãos do Poder Executivo. 
 
 
08. (CESPE/TRE-GO/Técnico Judiciário/2005/ 
ADAPTADA) O que caracteriza o governo e a 
administração pública é a produção de atos políticos 
e a atuação politicamente dirigida, traduzida em 
comando, iniciativa e fixação de objetivos do Estado. 
 
09. (CESPE/AE-ES/2013/ADAPTADA) Com base em 
critério subjetivo, a administração pública confunde-
se com os sujeitos que integram a estrutura 
administrativa do Estado. 
 
10. (CESPE/TJ-DFT/2013) Administração pública em 
sentido orgânico designa os entes que exercem as 
funções administrativas, compreendendo as pessoas 
jurídicas, os órgãos e os agentes incumbidos dessas 
funções. 
 
11. (CESPE/MIN/2013) A administração pratica atos de 
governo, pois constitui todo aparelhamento do 
Estado preordenado à realização de seus serviços, 
visando à satisfação das necessidades coletivas. 
 
12. (ESAF/RFB/Auditor/2005) Em seu sentido subjetivo, 
o estudo da Administração Pública abrange: 
 
a) a atividade administrativa. 
b) o poder de polícia administrativa. 
c) as entidades e órgãos que exercem as funções 
administrativas. 
d) o serviço público. 
e) a intervenção do Estado nas atividades privadas. 
 
13. (FCC/TRE-RO/2013) Considere as seguintes 
afirmações a respeito do conceito, abrangência ou 
possíveis classificações da expressão Administração 
pública: 
I. Em sentido orgânico ou formal, designa os entes que 
exercem a atividade administrativa e compreende 
pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos. 
II. Em sentido funcional ou material, designa a 
natureza da atividade exercida e corresponde à 
própria função administrativa. 
III. Quando tomada em sentido estrito, no que diz 
respeito ao aspecto subjetivo, engloba os órgãos 
governamentais aos quais incumbe a função política. 
 
Está correto o que consta APENAS em 
 
a) I e II. 
b) III. 
c) I. 
d) II. 
e) II e III. 
 
 
 
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8 
 
OS: 0112/1/18-Gil 
14. (FCC/TRE-SP/2012) Em seu sentido subjetivo, a 
administração pública pode ser definida como 
 
a) a atividade concreta e imediata que o Estado 
desenvolve, sob o regime de direito público, para a 
realização dos interesses coletivos. 
b) o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas ao qual 
a Lei atribui o exercício da função administrativa do 
Estado. 
c) os órgãos ligados diretamente ao poder central, 
federal, estadual ou municipal. São os próprios 
organismos dirigentes, seus ministérios e 
secretarias. 
d) as entidades com personalidade jurídica própria, 
que foram criadas para realizar atividadesde 
Governo de forma descentralizada. São exemplos as 
Autarquias, Fundações, Empresas Públicas e 
Sociedades de Economia Mista. 
e) as entidades dotadas de personalidade jurídica de 
direito privado, com patrimônio próprio e capital 
exclusivo da União, se federal, criadas para 
exploração de atividade econômica que o Governo 
seja levado a exercer por força de contingência ou 
conveniência administrativa. 
 
15. (FGV/SEJAP/2013) A doutrina administrativista 
aponta a existência de uma diferença entre a função 
de governo e a função administrativa. Diante dessa 
diferenciação, analise as afirmativas a seguir. 
 
I. As funções de governo estão mais próximas ao 
objeto do direito constitucional, enquanto a função 
administrativa é objeto do direito administrativo. 
II. A função de governo tem como um de seus 
objetivos estabelecer diretrizes políticas, enquanto a 
função administrativa se volta para a tarefa de 
executar essas diretrizes. 
III. A expressão administração pública, quando tomada 
em sentido amplo, engloba as funções 
administrativas e as funções de governo. 
 
Assinale: 
 
a) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
b) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
d) se somente a afirmativa II estiver correta. 
e) se somente a afirmativa III estiver correta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
16. (FGV/FBN/2013) Administração Pública é o conjunto 
harmônico de princípios jurídicos que regem os 
órgãos, os agentes e as atividades públicas 
tendentes a realizar concreta, direta e 
imediatamente os fins desejados pelo Estado. 
Assinale a afirmativa que indica os dois sentidos em 
que se divide o conceito de Administração Pública. 
 
a) Objetivo e funcional. 
b) Material e funcional. 
c) Objetivo e subjetivo. 
d) Subjetivo e orgânico. 
 
17. (VUNESP/SP-URBANISMO/Analista Administrativo/ 
2014) “Atividade de ordem superior referida à 
direção suprema e geral do Estado em seu conjunto 
e em sua unidade, dirigida a determinar os fins da 
ação do Estado, a assinalar as diretrizes para as 
outras funções, buscando a unidade da soberania 
estatal” (Renato Alessi). 
A definição transcrita, no âmbito do direito 
administrativo, corresponde ao conceito de função 
 
a) jurisdicional. 
b) legislativa 
c) executiva. 
d) administrativa 
e) política. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 
E C E E E E C E C C 
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
E C A B A C E 
 
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CONCEITO, FONTES E PRINCÍPIOS 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO: CONCEITO, FONTES E 
PRINCÍPIOS 
1. Conceito de Direito Administrativo 
2. Fontes de Direito Administrativo 
3. Princípios de Direito Administrativo 
 
1. CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
1.1. Direito Público X Direito Privado 
1.2. Critérios de Definição 
 
1.1. DIREITO PÚBLICO X DIREITO PRIVADO 
A necessidade do homem em travar relações sociais fez 
surgir a necessidade do Direito, isto é, a necessidade de se 
instituírem normas de condutas impositivas, redigidas por 
um Estado politicamente organizado, tendente à função de 
alcançar a paz social. 
Entretanto, essas normas podem regulamentar interesses 
voltados para toda a coletividade ou interesses entre 
particulares. É justamente com base no interesse a ser 
tutelado que, tradicionalmente, se dividia o Direito em 
público (regulação de interesses da sociedade como um 
todo) e privado (regulação das relações travadas entre 
particulares). 
Com base nessa organização, o direito administrativo se 
encaixa no grupo “direito público”, posto que rege a 
organização e o exercício de atividades do Estado e visa 
perseguir os interesses da coletividade. 
 
1.2. CRITÉRIOS DE DEFINIÇÃO DO DIREITO 
ADMINISTRATIVO 
Quando se busca a definição do direito administrativo há 
grande divergência no âmbito doutrinário. Para se chegar ao 
referido conceito, os estudiosos buscaram compreender 
qual exatamente o objeto do direito administrativo, isto é, o 
que o direito administrativo visa regulamentar. Para isso, 
foram adotados alguns critérios: 
CRITÉRIO DEFINIÇÃO PROBLEMA 
 
 
Critério 
Legalista 
O direito 
administrativo se 
resume no 
conjunto da 
legislação 
administrativa 
existente no País. 
Também 
Desconsidera a 
existência de outras 
fontes do direito 
administrativo, como 
a doutrina e a 
jurisprudência. O 
direito não se limita 
chamado de 
escola exegética. 
à lei. 
 
 
 
Critério do 
Poder 
Executivo 
O direito 
administrativo se 
resume no 
complexo de leis 
disciplinadoras da 
atuação do Poder 
Executivo. 
Ignora que a função 
administrativa 
também pode ser 
exercida pelos 
demais poderes. 
Ademais, o Poder 
Executivo exerce 
outras funções que 
não a administrativa 
(função legislativa, 
quando o chefe do 
executivo edita uma 
medida provisória, 
por exemplo). 
 
 
Critério das 
Relações 
Jurídicas 
O direito 
administrativo se 
resume no 
conjunto de 
normas que 
busca disciplinar 
as relações 
jurídicas entre a 
Administração 
Pública e os 
particulares. 
Isso não é uma 
peculiaridade do 
direito 
administrativo, pois 
outros ramos do 
direito também 
disciplinam relações 
entre a 
Administração e 
particulares (direito 
tributário, penal, 
etc). 
 
Critério do 
Serviço Público 
O direito 
administrativo é 
o conjunto de 
normas que 
busca disciplinar 
a prestação dos 
serviços públicos 
pela 
Administração. 
A prestação de 
serviço público é 
apenas uma das 
tarefas atribuídas à 
Administração 
Pública. 
 
Critério 
Teleológico 
(Finalístico) 
O direito 
administrativo é 
o conjunto de 
normas que 
busca disciplinar 
as atividades do 
Estado para o 
cumprimento de 
seus fins. Critério 
defendido por 
Oswaldo Aranha 
Bandeira de 
Mello. 
Critério insuficiente, 
pois não abrange 
integralmente o 
conceito da matéria. 
 
 
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OS: 0112/1/18-Gil 
 
 
Critério 
Negativista 
O direito 
administrativo é 
o conjunto de 
normas que 
busca disciplinar 
tudo aquilo que 
não for 
disciplinado por 
nenhum outro 
ramo do direito. 
Trata-se de 
conceituação do 
direito 
administrativo 
por exclusão. 
Critério inadequado, 
pois não parece 
coerente utilizar um 
critério negativo 
para estabelecer a 
conceituação de uma 
atividade e, por 
conseguinte, do 
ramo que venha a 
discipliná-la. 
 
Critério da 
Distinção entre 
Atividade 
Jurídica e 
Social do 
Estado 
O direito 
administrativo é 
o conjunto de 
princípios que 
regula a atividade 
jurídica não 
contenciosa do 
Estado e a 
constituição dos 
órgãos e meios 
de sua ação em 
geral. 
 
 
 
 
 
Critério da 
Administração 
Pública 
(Funcional) 
Também aparece 
como critério da 
Administração 
Pública. O direito 
administrativo é 
o ramo jurídico 
que estuda e 
analisa a 
disciplina 
normativa da 
função 
administrativa, 
esteja ela sendo 
exercida pelo 
Poder Executivo, 
Legislativo ou 
Judiciário ou, até 
mesmo, por 
particulares 
mediante 
delegação 
estatal. 
É o critério que tem 
sido 
majoritariamente 
admitido para se 
conceituar o direito 
administrativo. 
 
ATENÇÃO PARA O CRITÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA! 
Como visto, é o critério que tem sido utilizado para 
conceituar o direito administrativo atualmente. Com base 
nesse critério, o professor Hely Lopes Meirelles desenvolveu 
o seguinte conceito de direito administrativo, que costuma 
aparecer em provas: 
Conjunto harmônicode princípios jurídicos que regem os 
órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes a 
realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados 
pelo Estado. 
Fragmentando o referido conceito, temos o seguinte: 
 “conjunto harmônico de princípios” 
Todo ramo do direito, para que se torne uma disciplina 
autônoma, depende de um embasamento principiológico 
para sua existência. Este conjunto harmônico de princípios 
que norteiam o direito administrativo recebe o nome de 
regime jurídico administrativo que será analisado mais 
adiante. 
“que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas” 
É o conjunto harmônico de princípios que busca reger os 
órgãos, agentes e atividades públicas, isto é, o direito 
administrativo visa ordenar a atividade institucional, no 
intuito de regulamentar sua estrutura orgânica (órgãos e 
entes da Administração Pública), seu corpo de pessoal 
(agentes públicos) e as atividades públicas que se 
enquadram nas tarefas desempenhadas pela Administração 
Pública (função administrativa), ainda que exercida pelo 
Poder Legislativo ou pelo Judiciário de forma atípica. 
“tendente a realizar concreta, direta e imediatamente os 
fins desejados pelo Estado” 
Visa regulamentar as atividades administrativas tendentes a 
realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados 
pelo Estado. Essa parte do conceito serve para diferenciar a 
função administrativa das demais funções desempenhadas 
pelo Estado. Nesse sentido, a função administrativa tende a 
realizar concretamente os fins desejados pelo Estado, 
diferente da função legislativa que o faz de forma abstrata. 
Tende a realizar diretamente os fins desejados pelo Estado, 
diferente da função jurisdicional, que o faz de forma indireta 
mediante provocação. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO X DIREITO CONSTITUCIONAL 
Enquanto o direito administrativo busca concretizar os fins 
desejados pelo Estado, é o direito constitucional que define 
quais são esses fins. Trata-se de ponto que costuma cair em 
prova. 
 
QUESTÕES 
 
01. (CESPE/STJ/Técnico Judiciário/2015) Conceitualmente, 
é correto considerar que o direito administrativo 
abarca um conjunto de normas jurídicas de direito 
público que disciplina as atividades administrativas 
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OS: 0112/1/18-Gil 
necessárias à realização dos direitos fundamentais da 
coletividade. 
 
02. (INSTITUTO AOCP/EBSERH/Advogado/2015/ 
ADAPTADA) O Direito Administrativo é um ramo do 
Direito Público que tem por objeto exclusivo regular as 
relações entre a Administração Pública e os 
administrados. 
 
03. (INSTITUTO 
AOCP/UFPEL/Advogado/2015/ADAPTADA) O Direito 
Administrativo é o ramo do direito que estuda o 
comportamento do Poder Público perante o Poder 
Judiciário. 
 
04. (FUNCAB/FUNASG/Advogado/2015) Com relação ao 
conceito de Direito Administrativo, assinale a opção 
que congrega de forma correta os elementos que o 
compõem. 
 
a) Direito Administrativo é o ramo do Direito Público que 
estuda princípios e normas reguladores do exercício da 
função administrativa. 
b) Direito Administrativo é um conjunto de princípios e 
normas que não alberga a noção de bem de domínio 
privado do Estado. 
c) Direito Administrativo sintetiza-se no conjunto 
harmônico de normas e princípios que regulam 
exclusivamente as relações jurídicas administrativas 
entre o Estado e o particular. 
d) O conceito de DireitoAdministrativo compreende 
apenas a regência de atividades contenciosas entre 
órgãos públicos, seus servidores e administrados. 
e) Direito Administrativo pode ser traduzido pelo 
conjunto de normas e princípios que organizama 
relação jurídica exclusivamente entre os próprios 
componentes da Administração Pública. 
 
05. (CESPE/TJ-SE/Titular de Serviços de Notas e de 
Registros/2015/ADAPTADA) Consoante o critério da 
administração pública, o direito administrativo é o 
ramo do direito que tem por objeto as atividades 
desenvolvidas para a consecução dos fins estatais, 
excluídas a legislação e a jurisdição. 
 
06. (CESPE/TJ-SE/Titular de Serviços de Notas e de 
Registros/2015/ADAPTADA) Adotando-se o critério do 
serviço público, define-se direito administrativo como 
o conjunto de princípios jurídicos que disciplinam a 
organização e a atividade do Poder Executivo e de 
órgãos descentralizados, além das atividades 
tipicamente administrativas exercidas pelos outros 
poderes. 
 
07. (CESPE/TJ-SE/Titular de Serviços de Notas e de 
Registros/CESPE/2014/ADAPTADA) De acordo com 
o critério das relações jurídicas, o direito 
administrativo pode ser visto como o sistema dos 
princípios jurídicos que regulam a atividade do 
Estado para o cumprimento de seus fins. 
 
08. (CESPE/TJ-SE/Titular de Serviços de Notas e de 
Registros/CESPE/2014/ADAPTADA) Consoante o 
critério da distinção entre atividade jurídica e social 
do Estado, o direito administrativo é o conjunto dos 
princípios que regulam a atividade jurídica não 
contenciosa do Estado e a constituição dos órgãos e 
meios de sua ação em geral. 
 
GABARITO 
 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 
C E E A E E E C 
 
 
2. FONTES DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
O direito administrativo não possui codificação. É dizer, 
atualmente não há um “Código de Administrativo”, como há 
Código Penal, Código Civil, etc. Entretanto, a doutrina 
costuma apontar basicamente quatro fontes principais deste 
ramo, quais sejam: 
 
 
 
 
 
Lei 
Fonte primordial do direito 
administrativo brasileiro. Compreensão 
em sentido amplo, abrangendo todas as 
espécies normativas: Constituição; atos 
infraconstitucionais (originados a partir 
de um processo legislativo); atos 
infralegais (provenientes da própria 
Administração Pública). 
CUIDADO! Há quem sustente que os 
atos infralegais não seriam fonte 
primária do direito administrativo, na 
medida em que não inovam no 
ordenamento jurídico, mas apenas 
conferem execução àquilo que fora 
criado pela lei. Apesar do referido 
posicionamento, recentemente a 
CESPE considerou como CORRETO o 
seguinte item: “O decreto federal é uma 
fonte primária do direito administrativo, 
haja vista o seu caráter geral, abstrato e 
impessoal”. 
 
 
Jurisprudência 
Fonte secundária. Caracteriza-se como a 
reiteração de julgados dos órgãos do 
judiciário, que forma uma orientação 
acerca de determinada matéria. 
EXCEÇÃO: súmulas vinculantes são 
fontes principais/diretas, pois não são 
meras recomendações. São dotadas de 
poder impositivo. 
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Doutrina 
Fonte secundária. Produção científica 
dos estudiosos da matéria que vem a 
influenciar tanto na elaboração de novas 
regras, como no julgamento das 
demandas que envolvem o direito 
administrativo. 
 
 
Costumes 
Sociais 
 
Conjunto de regras não escritas. 
Somente serão considerados fontes 
quando, de alguma forma, influenciarem 
na produção legislativa ou 
jurisprudencial. Por esse motivo, menos 
que uma fonte secundária, são uma 
fonte indireta. Cuidado, pois os 
costumes administrativos (prática 
administrativa) são considerados fontes 
secundárias, podendo, inclusive, gerar 
direitos em determinadas situações. 
 
QUESTÕES 
01. (CESPE/TRE-PI/Analista Judiciário/2016/ADAPTADA) 
O decreto federal é uma fonte primária do direito 
administrativo, haja vista o seu caráter geral, abstrato 
e impessoal. 
 
02. (CESPE/TRE-MT/Analista Judiciário/2015/ADAPTADA) 
As principais fontes do direito administrativo brasileiro, 
que não foi codificado, sãoo costume e a 
jurisprudência. 
 
03. (CESPE/MI/Assistente Técnico Administrativo/2013) 
Os costumes, a jurisprudência, a doutrina e a lei 
constituem as principais fontes do direito 
administrativo. 
 
04. (INSTITUTO CIDADES/Prefeitura de Sobral-CE/Técnico 
Legislativo/2015) O Direito Administrativo tem como 
fontes norteadoras quatro principais objetos. Nesse 
sentido, assinale a alternativa que não representa um 
desses objetos: 
 
a) A lei. 
b) A jurisprudência. 
c) A doutrina. 
d) Os poderes constituídos. 
 
05. (IBFC/SAEB-BA/Técnico de Registro de Comércio/ 
2015) Assinale a alternativa que indica a fonte menos 
relevante para o Direito Administrativo brasileiro entre 
as enumeradas abaixo. 
a) Constituição Federal. 
b) Lei ordinária. 
c) Lei complementar. 
d) Jurisprudência. 
e) Costume. 
 
06. (IDECAN/UFAL/Advogado/2014) Quanto às fontes do 
direito administrativo, relacione adequadamente as 
colunas. 
 
1. Lei. 
2. Doutrina. 
3. Jurisprudência. 
4. Costume. 
 
( ) Formado(a) pelo portfólio teórico de princípios que se 
aplicam ao direito administrativo. 
( ) Fonte primária do direito administrativo. 
( ) A deficiência da legislação a confirma como fonte do 
direito administrativo. 
( ) Reiteração de decisões similares sobre o mesmo tema, 
que orienta o sentido das discussões e suas decisões. 
 
A sequência está correta em 
 
a) 1, 4, 2, 3. 
b) 2, 1, 4, 3. 
c) 4, 2, 1, 3. 
d) 1, 2, 3, 4. 
e) 3, 1, 4, 2. 
 
GABARITO 
 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 
C E C D E B 
 
 
3. PRINCÍPIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
3.1. Considerações Iniciais sobre os Princípios Jurídicos 
3.2. Regime Jurídico Administrativo 
 
3.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE OS PRINCÍPIOS 
JURÍDICOS 
Os princípios na ciência jurídica, assim como as regras, são 
dotados de poder impositivo. Ambos são espécies do gênero 
norma jurídica. Nesse sentido, um princípio, por si só, pode 
criar direitos ou impor obrigações, ainda que não haja regra 
nesse sentido. 
Exemplificando, aqueles que vivem em relação homoafetiva, 
conforme decidido pelo STF5, terão os mesmos direitos e 
deveres conferidos pela lei 9.278/1996 ao homem e à 
mulher que vivam em união estável. Perceba que a referida 
lei não criou regras para as relações entre pessoas do 
mesmo sexo, mas apenas para pessoas de sexos opostos6, 
entretanto, de acordo com o Supremo, em virtude do 
 
5 ADI 4277 e ADPF 132. 
6 Art. 1º, Lei 9.278 - É reconhecida como entidade familiar a 
convivência duradoura, pública e contínua, de um homem e uma 
mulher, estabelecida com objetivo de constituição de família. 
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OS: 0112/1/18-Gil 
princípio da igualdade, tais direitos e deveres, por si só, 
nasceriam para as pessoas do mesmo sexo. 
Ademais, os princípios jurídicos impõem obrigações, 
podendo, independentemente de haver regras nesse 
sentido, anular atos jurídicos caso venham a ser 
desrespeitados. Dessa forma, é possível anular um 
determinado ato que esteja de acordo com a lei (respeito ao 
princípio da legalidade), mas que seja praticado de forma 
desonesta (desrespeito ao princípio da moralidade), pois, 
como será visto mais adiante, não há hierarquia entre os 
princípios que regem o atuar da Administração Pública. 
Importante notar que, ainda a título de considerações 
iniciais ao estudo dos princípios, alguns estudiosos trazem 
importante classificação que já veio a ser abordada em 
provas de direito administrativo. Trata-se de classificação 
que toma com base não apenas a ciência jurídica, mas todo 
e qualquer campo de conhecimento, vide: 
PRINCÍPIOS 
ONIVALEN-
TES 
PRINCÍPIOS 
PLURIVALEN-
TES 
PRINCÍPIOS 
MONOVALEN-
TES 
PRINCÍPIOS 
SETORIAIS 
Também 
denominados 
princípios 
universais, 
são aqueles 
comuns a 
todos os 
ramos do 
saber. 
Comuns a um 
grupo de 
ciências. 
Referem-se a 
um só campo 
de 
conhecimento. 
Informam 
apenas um 
determinado 
setor em que 
se divide uma 
ciência. 
Exemplos: 
princípio da 
identidade; 
princípio da 
razão 
suficiente. 
Exemplos: 
princípio da 
causalidade, 
aplicável às 
ciências 
naturais; 
princípio do 
alterum non 
laedere (não 
prejudicar a 
outrem), 
aplicável às 
ciências 
naturais e às 
ciências 
jurídicas. 
Exemplos: 
princípios 
gerais do 
direito; 
princípio de 
que ninguém 
se escusa 
alegando 
ignorar a lei. 
Exemplos: 
princípio da 
proposta mais 
vantajosa 
(direito 
administrativo); 
princípio da 
autotutela 
(direito 
administrativo). 
 
3.2. REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO 
3.2.1. Definição 
3.2.2. Princípios em Espécie 
 
3.2.1. DEFINIÇÃO 
Trata-se do conjunto harmônico de princípios de direito 
público que norteia toda a atuação da Administração 
Pública, aplicável aos órgãos e entes que a compõem, bem 
como aos agentes públicos em geral. Toda e qualquer 
pessoa que venha a se tornar agente público, passando a 
desempenhar alguma função administrativa em nome do 
Estado, deverá pautar sua atuação não apenas com base nas 
regras, mas também com base nos princípios que regem 
todo o atuar administrativo do Poder Público. 
Importante notar, ainda, que esses princípios aparecem 
como a forma de raciocinar o direito administrativo, isto é, 
de compreender sua lógica. Todos os institutos estudados 
no direito administrativo, de certa forma, decorrem de 
algum de seus princípios. Alguns exemplos: a) a exigência de 
prévia licitação às contratações realizadas pelo Estado, bem 
como de prévio concurso público para a investidura em 
cargos ou empregos públicos decorrem do princípio da 
impessoalidade; b) a organização administrativa do Estado 
em órgãos (desconcentração) e entidades (descentralização) 
decorre do princípio da especialidade; c) a prestação de 
serviços públicos deverá obediência ao princípio da 
continuidade; d) o controle dos atos praticados pela 
Administração Pública só será possível em virtude do 
princípio da publicidade; e) o estudo dos atos de 
improbidade administrativa possui bastante relação com o 
princípio da moralidade; f) o condicionamento da aquisição 
de estabilidade à aprovação do servidor efetivo em 
avaliação de desempenho funcional decorre do princípio da 
eficiência; g) a possibilidade do Estado efetuar 
desapropriações decorre do princípio da supremacia do 
interesse público sobre o privado; etc. 
Por fim, deve-se ter em mente que o regime jurídico 
administrativo possui dois princípios basilares, dos quais 
decorrerão todos os demais: a) princípio da supremacia do 
interesse público sobre o interesse privado; b) princípio da 
indisponibilidade do interesse público. Reciprocamente, 
esses princípios definem prerrogativas conferidas ao Estado, 
para que este consiga alcançar o interesse público e, em 
sentido contrário, certas restrições ao mesmo, na medida 
em que o titular da coisa pública não é o Estado, mas sim o 
povo. 
PREVISÃO CONSTITUCIONAL DOS PRINCÍPIOS 
ADMINISTRATIVOS 
Desde já, deve-se ter em mente que, com base na doutrina 
moderna, todos os princípios de direito administrativo estão 
na Constituição, apesar de alguns estarem lá expressamente 
e outros implicitamente. 
 
NÃO HÁ HIERARQUIA ENTRE OS PRINCÍPIOS 
ADMINISTRATIVOS 
Os princípios de direito administrativo possuem o mesmo 
grau de importância, não havendo princípio mais 
importante que o outro. Não é porque se trata de um 
princípio basilar, que este será mais importante que um dele 
decorrente. Não é porque se trata de um princípio expresso 
na Constituição, que este será mais importante que um 
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OS: 0112/1/18-Gil 
implícito no texto constitucional. 
 
PRINCÍPIOS CONHECIDOS X PRINCÍPIOS RECONHECIDOS 
Para alguns doutrinadores, princípio conhecido é sinônimo 
de princípio expresso, enquanto princípio reconhecido 
aparece como sinônimo de princípio implícito. 
 
3.2.2. PRINCÍPIOS EM ESPÉCIE 
Após trabalhar a ideia de regime jurídico administrativo, 
cabe fazer o estudo dos princípios administrativos em 
espécie. Podemos dividir a análise dos princípios 
administrativos em três partes: 
A) Princípios Basilares 
B) Princípios Expressos na CF 
C) Princípios Implícitos na CF 
 
A) PRINCÍPIOS BASILARES 
Deles decorrem todos os demais. São dois: 
 i) Princípio da Supremacia do Interesse Público 
sobre o privado 
 ii) Princípio da Indisponibilidade do Interesse 
Público 
 
I) PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO 
SOBRE O PRIVADO 
A ideia é a de que o interesse público é supremo em relação 
ao interesse particular. Havendo conflito entre ambos, deve 
prevalecer o interesse público. É com base neste princípio, 
por exemplo, que os atos administrativos são dotados de 
presunção de legalidade, que há a possibilidade de 
desapropriação de imóveis de particulares, etc. Trata-se de 
prerrogativas conferidas à Administração pública, para que 
ela consiga perseguir o interesse coletivo. 
 
II) PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE 
PÚBLICO 
Malgrado a Administração Pública possua prerrogativas, 
também possui alguns restrições. A ideia é a de que o Poder 
Público não pode deixar de atuar quando o interesse público 
assim o exigir, isto é, não poderá dispor do interesse 
público, na medida em que dele o Estado não é titular. 
Como dito, esses dois princípios básicos embasam o regime 
jurídico administrativo que se resume às prerrogativas nas 
prerrogativas que a Administração goza e nas limitações a 
que se submete. É o que ocorre, por exemplo, quando o 
Estado possui cláusulas exorbitantes nos contratos 
administrativos (prerrogativas), mas, para contratar, deve 
realizar prévia licitação (restrição). 
 
B) PRINCÍPIOS EXPRESSOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Os princípios de direito administrativo expressos na 
Constituição encontram-se nos art. 37, caput, da CRFB/88 
(LIMPE)7 e no art. 5º, LV8. São eles: 
i) Princípio da Legalidade 
ii) Princípio da Impessoalidade 
iii) Princípio da Moralidade 
iv) Princípio da publicidade 
v) Princípio da Eficiência 
vi) Princípios do Contraditório e da Ampla Defesa 
 
I) PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
A Administração Pública apenas poderá atuar quando a lei 
determinar. Exatamente por isso, fala-se em princípio da 
subordinação à lei, ao contrário do que ocorre na iniciativa 
privada, em que se fala em princípio da não contradição à 
lei, isto é, os particulares podem fazer tudo o que não 
contrariar a lei. Diferentemente, não havendo permissivo 
legal, a Administração não pode atuar. 
Trata-se de clara decorrência do princípio da 
indisponibilidade do interesse público. A ideia é a de que a 
Administração só poderá atuar com autorização do titular 
desse interesse, que é o povo, que o faz por meio da lei 
editada por seus representantes legitimamente escolhidos 
(deputados, senadores, etc). Em outras palavras, a atuação 
da Administração depende da vontade da lei, isto é, da 
vontade do povo. 
 
II) PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE 
A ideia tradicional deste princípio é a de que a 
Administração deve atuar sem discriminar as pessoas, seja 
para beneficiá-las seja para prejudica-las. Pouco importa 
quem será atingido pelo ato, pois a atuação da 
Administração deve ser impessoal. 
 
 
7 Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, 
ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 
1998) 
8 Art. 5º (...) LV - aos litigantes, em processo judicial ou 
administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o 
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela 
inerentes; 
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OS: 0112/1/18-Gil 
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE À LUZ DO AGENTE 
PÚBLICO 
A atuação sem discriminar quem será 
beneficiado/prejudicado pela prática do ato, segundo a 
doutrina de Maria Sylvia Di Pietro, é uma manifestação do 
princípio da impessoalidade na (1) ótica do administrado. 
Entretanto, o referido princípio também deve ser analisado 
da (2) ótica do agente, isto é, da Administração Pública, no 
sentido de que quem atua não é a pessoa do agente que 
pratica o ato, mas sim o próprio Estado (órgão ou ente ao 
qual o agente esteja vinculado), conforme se depreende da 
teoria do órgão analisada na aula de organização 
administrativa. Exemplo: prefeito de um determinado 
Município que faz propaganda pessoal por obra realizada 
pela municipalidade. 
 
III) PRINCÍPIO DA MORALIDADE 
Também conhecido como princípio da honestidade, da boa-
fé de conduta, da atuação não corrupta. Possui relação com 
o trato com a coisa pública, isto é, o administrador, ao tratar 
com a coisa pública, deve ser honesto. 
MORALIDADE JURÍDICA X MORALIDADE PÚBLICA (SOCIAL) 
Institutos que não se confundem. A moralidade pública 
procura fazer uma diferenciação entre o bem e o mal, o 
certo e o errado no senso comum da sociedade, enquanto 
que a moralidade jurídica está ligada sempre à ideia de bom 
administrador, de atuação que vise alcançar o bem estar de 
toda a coletividade. Exemplificando, o sujeito que é 
demitido por ser encontrado fazendo “sexo” na repartição 
pública é caso em que há violação apenas da moral pública, 
mas não da moral jurídica. Diferentemente, tem-se o caso 
do sujeito que é penalizado por desviar verba pública, em 
que efetivamente há violação a moral jurídica, isto é, que diz 
respeito ao trato com a coisa pública. 
 
IV) PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE 
É a ideia de transparência, no intuito de garantir não apenas 
um melhor (1) controle da atuação estatal, mas, também, 
que alguns atos venham a (2) produzir seus efeitos. 
Exemplificando, o administrador assinou um ato na 
repartição proibindo que se estacione em determinada via, 
sendo o ato existente e válido, mas ainda sem eficácia, eis 
que não houve publicação. 
Com base nesse princípio, é proibida a edição de atos 
secretos. Entretanto, importante notar que, como todo 
princípio, este não é absoluto, na medida em que a própria 
CRFB/88 ressalva que, havendo comprometimento da 
intimidade ou motivo de interesse social, a Administração 
poderá, de forma fundamentada, excepcionar o referido 
princípio9. 
 
V) PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA 
Princípio que se tornou expresso com o advento da EC 
19/98. A ideia é produzir o máximo possível gastando-se o 
menos possível. É possível vislumbrá-lo, por exemplo, no 
art. 41 da CRFB/8810, que condiciona a aquisição de 
estabilidade por parte do servidor público à aprovação em 
avaliação periódica de desempenho. 
 
VI) PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA 
Ambos encontram-se no art. 5º, LV, da CRFB/8811 e, em 
linhas gerais, é o direito de se saber o que acontece no 
processo (contraditório) e de se manifestar na relação 
processual (ampla defesa). Ademais, a doutrina costuma 
analisar a ampla defesa, com base em três aspectos: 
DEFESA PRÉVIA 
DEFESA 
TÉCNICA 
DUPLO GRAU 
Indiscutivelmente 
aplicável no direito 
administrativo, 
configurando o 
direito de se 
manifestar antes de 
uma decisão 
administrativa. 
 
EXCEÇÃO: havendo 
emergência que exija 
a imediata práticado 
ato o contraditório (e 
consequentemente a 
defesa do 
interessado) será 
Com a Súmula 
Vinculante 05 
do STF12, 
atualmente a 
presença de 
advogado em 
processo 
administrativo 
não é mais 
obrigatória. 
 
Entretanto, 
caso o 
administrado 
pretenda 
constituir 
Trata-se do 
direito ao 
recurso 
administrativo, 
isto é, do direito 
de reexame dos 
atos praticados 
pela 
Administração 
Pública, aspecto 
que não se 
restringe à via 
judicial, mas 
também se 
encontra 
presente no 
âmbito 
 
9 Art. 5º (...) LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos 
processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o 
exigirem; 
10 Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os 
servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude 
de concurso público. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
19, de 1998) (...) §4º Como condição para a aquisição da 
estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por 
comissão instituída para essa finalidade. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
11 Art. 5º (...) LV - aos litigantes, em processo judicial ou 
administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o 
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela 
inerentes; 
12 Súmula Vinculante 05, STF: A falta de defesa técnica por 
advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a 
Constituição. 
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OS: 0112/1/18-Gil 
diferido/postergado, 
isto é, a defesa não 
será prévia, mas 
ulterior à prática do 
ato devido à urgência 
em praticá-lo. 
advogado, a 
Administração 
não poderá 
negar, sob pena 
de tal negação 
acarretar em 
nulidade do 
processo por 
cerceamento de 
defesa. 
administrativo. 
 
 
C) PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Alguns princípios estão no texto constitucional apenas de 
forma implícita. Deve-se tomar cuidado, pois, muitos deles, 
embora não estejam expressos na Constituição Federal 
podem estar em algumas leis, como na Lei 9.784/99 
(processo administrativo federal)13, na Lei 8.987/9514, que 
rege a prestação de serviço público por concessionárias e 
permissionárias, e na Lei 8.666/9315, que traz regras gerais 
sobre as licitações e os contratos administrativos. Os mais 
recorrentes em provas são os elencados abaixo: 
i) Princípio da Continuidade 
ii) Princípio da Autotutela 
iii) Princípio da Razoabilidade 
iv) Princípio da Proporcionalidade 
v) Princípio da Motivação 
vi) Princípio da Isonomia 
vii) Princípio da Finalidade 
viii) Princípio da Especialidade 
ix) Princípio da Segurança Jurídica 
 
I) PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE 
A atividade administrativa, sobretudo a prestação do serviço 
público, deve ser ininterrupta, contínua, já que muitas 
 
13 Art. 2º. A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos 
princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, 
proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, 
segurança jurídica, interesse público e eficiência. 
14 Art. 6º, §1º - Serviço adequado é o que satisfaz as condições de 
regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, 
generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas. 
15 Art. 3º. A licitação destina-se a garantir a observância do 
princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais 
vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento 
nacional sustentável e será processada e julgada em estrita 
conformidade com os princípios básicos da legalidade, da 
impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da 
probidade administrativa, da vinculação ao instrumento 
convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são 
correlatos. 
necessidades da sociedade são inadiáveis. Se a prestação do 
serviço público é ininterrupta, surgem alguns 
questionamentos: 
 
II) PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA 
A Administração Pública tem o dever de anular os atos 
praticados, quando ilegais, ou de revoga-los, quando não 
houver mais interesse público, isto é, quando o forem 
inoportunos ou inconvenientes, sem a necessidade de 
interferência do poder judiciário (por isso se fala em 
autotutela, isto é, tutela por si só, sem a interferência de um 
terceiro). Atenção para a redação da súmula 473, muito 
recorrente nas provas: 
SÚMULA 473, STF 
A administração pode anular seus próprios atos, quando 
eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se 
originam direitos; ou revogá-los, por motivo de 
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos 
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação 
judicial. 
 
PRAZO MÁXIMO PARA ANULAÇÃO NO ÂMBITO FEDERAL 
Como será visto mais adiante, a Lei 9.784/99 prevê que a 
Administração possui o prazo máximo de cinco anos para 
rever os atos administrativos que sejam favoráveis a 
particulares, salvo comprovada a má-fé do beneficiado. 
 
III) PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE 
Em algumas situações, a Administração Pública age com 
discricionariedade, dentro de um juízo de oportunidade e 
conveniência. Ocorre que essa discricionariedade não pode 
virar arbitrariedade. A ideia do referido princípio é 
justamente a de que o agente público, ao agir exercendo o 
chamado juízo de conveniência e oportunidade, deve 
respeitar certos padrões éticos e adequados ao senso 
comum. Caso o ato praticado seja ilegal ou viole o princípio 
da razoabilidade, poderá ele ser anulado, inclusive, pela via 
judicial. Em palavras simples, o princípio da razoabilidade 
aparece como limitador da atuação discricionária do Estado. 
 
IV) PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE 
A ideia é a de haja equilíbrio entre o ato a ser praticado e os 
fins a serem alcançados pela Administração Pública. 
 
V) PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO 
Trata-se do dever imposto ao ente estatal de indicar os 
pressupostos de fato e de direito que determinaram a 
prática de um determinado ato administrativo, no intuito de 
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que se possibilite o controle de tais atos. Só se pode 
controlar um determinado ato quando o referido ato 
encontra-se motivado. 
 
VI) PRINCÍPIO DA ISONOMIA 
Trata-se de garantia constitucional que deve ser observada, 
inclusive, pela Administração Pública no desempenho da 
função administrativa. A ideia é a de isonomia material, em 
que se deve de tratar os desiguais de forma desigual para 
que eles venham a se igualar. Nesse sentido, é possível se 
verificar vários programas governamentais de inclusão 
social. 
 
VII) PRINCÍPIO DA FINALIDADE 
A ideia é a de que o agente público, ao se deparar com uma 
norma de direito administrativo, deverá interpretá-la e 
aplica-la de forma a melhor garantir o fim público a que a 
norma se destina a resguardar. 
 
VIII) PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE 
Trata-se de princípio que decorre de outros dois: eficiência e 
indisponibilidade do interesse público. A ideia é que a 
Administração Pública se estruture em órgãos ou entes que 
sejam especializados em uma determinada atividade 
pública, no intuito de que, havendo um órgão/ente 
específico para prestar um determinado serviço, este o será 
realizado de forma mais eficiente. É com base nesse 
princípio que se fala em desconcentração e descentralização 
da Administração Pública. 
 
IX) PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA 
Também pode aparecer como princípio da proteção à 
confiança. A ideia é a de garantirque o cidadão de boa-fé 
não seja surpreendido por alterações repentinas na ordem 
jurídica posta. Por trás do referido princípio está a ideia de 
que o cidadão deve confiar nas instituições públicas. 
 
JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
SÚMULA VINCULANTE N. 03 
Nos processos perante o tribunal de contas da união 
asseguram-se o contraditório e a ampla, defesa quando da 
decisão puder resultar anulação ou revogação de ato 
administrativo que beneficie o interessado, excetuada a 
apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de 
aposentadoria, reforma e pensão. 
SÚMULA VINCULANTE N. 05 
A falta de defesa técnica por advogado no processo 
administrativo disciplinar não ofende a constituição. 
SÚMULA VINCULANE N. 13 
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha 
reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, 
inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma 
pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou 
assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou 
de confiança, ou, ainda, de função gratificada na 
Administração Pública direta e indireta, em qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal é dos 
municípios, compreendido o ajuste mediante designações 
recíprocas, viola a Constituição Federal. 
SÚMULA VINCULANTE N. 21 
É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento 
prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso 
administrativo. 
SÚMULA N. 346 
A administração pública pode declarar a nulidade de seus 
próprios atos. 
SÚMULA N. 473 
A administração pode anular seus próprios atos, quando 
eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se 
originam direitos; ou revogá-los, por motivo de 
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos 
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação 
judicial. 
SÚMULA N. 683 
O limite de idade para a inscrição em concurso público só se 
legitima em face do art. 12, XXX, da Constituição Federal, 
quando possa ser justificado pela natureza das atribuições 
do cargo a ser preenchido. 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
SÚMULA 373 
É ilegítima a exigência de depósito prévio para 
admissibilidade de recurso administrativo. 
 
QUESTÕES 
01. (2015/CESPE/TCU/Auditor Federal de Controle 
Externo) De acordo com entendimento dominante, é 
legítima a publicação em sítio eletrônico da 
administração pública dos nomes de seus servidores e 
do valor dos vencimentos e das vantagens pecuniárias 
a que eles fazem jus. 
 
02. (2015/CESPE/TCU/Auditor Federal de Controle 
Externo) O princípio da eficiência, considerado um dos 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
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OS: 0112/1/18-Gil 
princípios inerentes à administração pública, não 
consta expressamente na CF. 
 
03. (2015/CESPE/TCU/Técnico Federal de Controle 
Externo) Se for imprescindível à segurança da 
sociedade e do Estado, será permitido o sigilo dos atos 
administrativos. 
 
04. (2015/CESPE/TCU/Técnico Federal de Controle 
Externo) Ofenderá o princípio da impessoalidade a 
atuação administrativa que contrariar, além da lei, a 
moral, os bons costumes, a honestidade ou os deveres 
de boa administração. 
 
05. (2015/CESPE/FUB/Administrador) A ação 
administrativa tendente a beneficiar ou a prejudicar 
determinada pessoa viola o princípio da isonomia. 
 
06. (2015/CESPE/FUB/Administrador) O agente público só 
poderá agir quando houver lei que autorize a prática 
de determinado ato. 
 
07. (2015/CESPE/TJ-PB/Juiz Substituto/Adaptada) A 
administração pública deve dar publicidade aos atos 
administrativos individuais e gerais mediante 
publicação em diário oficial, sob pena de afronta ao 
princípio da publicidade. 
 
08. (2015/CESPE/TJ-PB/Juiz Substituto/Adaptada) Por 
força do princípio da motivação, que rege a atuação 
administrativa, a lei veda a prática de ato 
administrativo em que essa motivação não esteja 
mencionada no próprio ato e indicada em parecer. 
 
09. (2015/CESPE/FUB/Assistente em Administração) A 
pretexto de atuar eficientemente, é possível que a 
administração pratique atos não previstos na 
legislação. 
 
10. (2015/CESPE/FUB/Assistente em Administração) O 
princípio da legalidade limita a atuação do Estado à 
legislação existente. 
 
11. (2015/CESPE/FUB/Assistente em Administração) De 
acordo com o princípio da moralidade, os agentes 
públicos devem atuar de forma neutra, sendo proibida 
a atuação pautada pela promoção pessoal. 
 
12. (2015/CESPE/FUB/Assistente em Administração) 
Apesar de o princípio da moralidade exigir que os atos 
da administração pública sejam de ampla divulgação, 
veda-se a publicidade de atos que violem a vida 
privada do cidadão. 
 
13. (2015/CESPE/FUB/Assistente em Administração) Na 
hierarquia dos princípios da administração pública, o 
mais importante é o princípio da legalidade, o primeiro 
a ser citado na CF. 
 
14. (2015/CESPE/MPU/Técnico do MPU) O servidor 
responsável pela segurança da portaria de um órgão 
público desentendeu-se com a autoridade superior 
desse órgão. Para se vingar do servidor, a autoridade 
determinou que, a partir daquele dia, ele anotasse os 
dados completos de todas as pessoas que entrassem e 
saíssem do imóvel. 
Com referência a essa situação hipotética, julgue o 
item que se segue. 
O ato praticado pela autoridade superior, como todos 
os atos da administração pública, está submetido ao 
princípio da moralidade, entretanto, considerações de 
cunho ético não são suficientes para invalidar ato que 
tenha sido praticado de acordo com o princípio da 
legalidade. 
 
15. (2015/CESPE/TRE-GO/Técnico Judiciário) Por força do 
princípio da legalidade, o administrador público tem 
sua atuação limitada ao que estabelece a lei, aspecto 
que o difere do particular, a quem tudo se permite se 
não houver proibição legal. 
 
16. (2015/CESPE/TRE-GO/Técnico Judiciário) Em 
decorrência do princípio da impessoalidade, previsto 
expressamente na Constituição Federal, a 
administração pública deve agir sem discriminações, 
de modo a atender a todos os administrados e não a 
certos membros em detrimento de outros. 
 
17. (2015/CESPE/TRE-GO/Técnico Judiciário) O princípio 
da eficiência está previsto no texto constitucional de 
forma explícita. 
 
18. (2015/CESPE/TRE-GO/Técnico Judiciário) O regime 
jurídico-administrativo brasileiro está fundamentado 
em dois princípios dos quais todos os demais 
decorrem, a saber: o princípio da supremacia do 
interesse público sobre o privado e o princípio da 
indisponibilidade do interesse público. 
 
19. (CESPE/TJ-SE/Titular de Serviços de Notas e de 
Registros/2015/Adaptada) O princípio da proteção à 
confiança legitima a possibilidade de manutenção de 
atos administrativos inválidos. 
 
20. (INSTITUTO AOCP/EBSERH/Advogado/2015/ 
ADAPTADA) Os Princípios que regem o Direito 
Administrativo são unicamente os previstos no art. 37 
da Constituição Federal. 
 
21. (INSTITUTO AOCP/EBSERH/Advogado/2015/ 
ADAPTADA) Pelo Princípio da Publicidade, todos os 
atos da Administração Pública devem ser públicos, sem 
exceção. 
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22. (INSTITUTO AOCP/EBSERH/Advogado/2015/ 
ADAPTADA) Os atos discricionários do administrador 
público devem estar vinculados ao Princípio da 
Razoabilidade. 
 
23. (INSTITUTO 
AOCP/UFPEL/Advogado/2015/ADAPTADA) Em 
cumprimento ao princípio da Eficiência, o agente 
administrativo não precisa respeitar o princípio da 
legalidade e da moralidade administrativa.

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