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Desenho e Projeto 
Auxiliado por 
Computador
Ananias de Assis Godoy Filho
Denise Borges Alonge
© 2015 por Editora e Distribuidora Educacional S.A 
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida 
ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, 
incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e 
transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Editora e 
Distribuidora Educacional S.A.
Presidente: Rodrigo Galindo
Vice-Presidente Acadêmico de Graduação: Rui Fava
Diretor de Produção e Disponibilização de Material Didático: Mario Jungbeck
Gerente de Produção: Emanuel Santana
Gerente de Revisão: Cristiane Lisandra Danna
Gerente de Disponibilização: Nilton R. dos Santos Machado
Editoração e Diagramação: eGTB Editora
2015
Editora e Distribuidora Educacional S. A. 
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041 -100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br 
Homepage: http://www.kroton.com.br/
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
 Godoy Filho, Ananias de Assis 
 
 ISBN 978-85-8482-208-9
 1. Desenho por computador. 2. Computação gráfica. 
3. Projeto auxiliado por computador. 4. Projeto gráfico. I. 
Alonge, Denise Borges. II. Título
 CDD 620.00420285
G589d Desenho e projeto auxiliado por computador / Ananias
de Assis Godoy Filho, Denise Borges Alonge. – Londrina: 
Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2015.
 288 p. : il.
Sumário
Unidade 1 | Noções Gerais de Desenho Técnico 
Seção 1 - Introdução ao Desenho Técnico, à sua Simbologia e às 
Normas da Abnt
1.1 | Origem do Desenho Técnico
1.2 | Tipos de Desenho Técnico
1.3 | Terminologia e Elementos dos Desenhos Técnicos 
1.4 | Padronização do Desenho (Normas ABNT)
9
13
13
17
21
24
Seção 2 - Escalas para Desenho Técnico
2.1 | Conceito de Escala — Escalas Métricas Normalizadas 
2.2 | Relação da Escala com a Representação 
35
35
45
Unidade 2 | Desenho Projetivo
Seção 1 - Geometria Descritíva Básica
1.1 | Épura, Diedros, Traçados no 1º e 3º Diedros
1.2 | Projeção Ortogonal: Vistas Ortogonais
1.3 | Utilização dos Materiais e Instrumentos
1.4 | Retas, Ângulos, Círculos e Tangências
1.5 | Uso Das Linhas Contínuas, Tracejadas e Traço‑Ponto
61
65
65
74
77
82
94
Seção 2 - Representação Gráfica em Desenho Técnico
2.1 | Cortes, Seções, Encurtamentos e Hachuras
2.2 | Caligrafia Técnica – Anotação e Simbologia em Desenho Técnico
2.3 | Cotagem em Desenho Técnico
2.4 | Perspectivas Axonométricas: Perspectiva Isométrica, Cavaleira, Dimétrica e 
Trimétrica
101
101
105
106
109
Seção 3 - Planejando a Prancha de Desenho Técnico
3.1 | Análise do Objeto a ser Representado
3.2 | Peças Gráficas Essenciais, Opcionais e Legendas
3.3 | Escolhendo a Escala Adequada e a Prancha
3.4 | Diagramação da Prancha
3.5 | Boas Práticas e Produtividade ao Desenhar
3.6 | Finalização, Revisão E Entrega Do Desenho
117
117
119
120
122
123
126
Unidade 3 | Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico 
Seção 1 - Apresentação da Interface do Autocad 2015
1.1 | Iniciando o Programa 
1.2 | Ambiente de Trabalho do Autocad – Interface
1.3 | 2D Drafting & Annotation 
133
139
139
139
141
Seção 2 - Configuração da Área de Trabalho – Workspace
2.1 | Limites da Área de Trabalho 
2.2 | Configurações da Caixa de Diálogo Options
2.3 | Criando Arquivos de Desenhos
2.4 | Recuperar arquivos perdidos
145
145
145
146
147
Unidade 4 | Modelagem de Desenho Técnico
Seção 1 - Modelagem em Perspectiva Isométrica 2D
1.1 | A Geometria Descritiva e as Perspectivas Militar e Isométrica em 2D
1.2 | Polar Tracking On
203
209
209
213
Seção 3 - Criação de Linas e uso de Coordenadas
3.1 | Comandos de Zoom 
3.2 | Sistema de Coordenadas Cartesianas 
3.3 | Recursos de Precisão e Captura de Pontos do Desenho
3.4 | Criando Linhas
151
151
154
156
157
Seção 4 - Criação de Objetos Geométricos 161
Seção 5 - Edição de Objetos Geométrico
5.1 | Selecionando Objetos
5.2 | Modificando Objetos
169
169
171
Seção 6 - Edição de Propriedades do Objeto Geométrico
6.1 | Propriedades dos Objetos
6.2 | Cálculos de Área, Distância, e Listagem de Informações sobre Objetos
6.3 | Dividindo Objetos
185
185
187
190
Seção 7 - Configuração de Camadas/Layers
7.1 | Layers: Camadas de Desenho
193
193
Seção 2 - Configuração e Hachuras e Gradientes
2.1 | Hatch
2.2 | Gradient
217
217
218
Seção 3 - Configuração de Blocos
3.1 | Criação de Bloco com Block
3.2 | Criação de Bloco com Wblock
3.3 | Inserção de Blocos no Desenho ‑ Insert Block
221
221
223
224
Seção 4 - Dimensionamento e Configuração de Cotas Anotativas
4.1 | Objetos Anotativos ou Annotative
4.2 | Dimension Style – Configuração de Cotas
4.3 | Comandos de Dimensionamento
227
227
228
238
Seção 5 - Configuração de Textos e Linhas de Chamada
5.1 | Text Style Settings ‑ Estilo Configurações Texto
5.2 | Multileader Style – Configuração de linha de chamada
255
255
260
Seção 6 - Modos de Visualização para Auxílio do Desenho
6.1 | Viewports
6.2 | Barra View
6.3 | Viewcube
6.4 | 3Dorbit
265
265
266
268
268
Seção 7 - Apresentação e Configurações do Layout de Impressão
7.1 | Mview
271
271
Seção 8 - Configuração de Impressão/Plotagem
8.1 | Introdução à Impressão
8.2 | Plotagem ‑ Estilo Básico de Impressão
8.3 | Plotagem para Gerar Arquivos para Web
8.4 | Finalização
277
277
278
280
280
Apresentação
No exercício das engenharias é necessária uma grande dose de criatividade. 
Neste caso, a criatividade vem junto com a necessidade de informações precisas, 
embasadas em medidas, cálculos e normas técnicas que deem suporte à tomada 
de decisões na resolução de problemas. Os profissionais de engenharia, em geral, 
não são aqueles indivíduos que vão executar pessoalmente, com suas próprias 
mãos e ferramentas, as obras de construção, fabricar os produtos, nem construir 
as peças das máquinas. São profissionais que, em colaboração multidisciplinar 
com vários outros, participam do planejamento e coordenação da execução 
do ambiente construído, estudam e pesquisam as soluções mais adequadas. Em 
outras palavras, projetam o que virá a existir, e comunicam as ideias desse futuro 
imaginado usando para isso uma linguagem gráfica. É disso que trata este livro. Ao 
longo de quatro unidades, você aprenderá a ler, escrever e expressar ideias nesta 
interessante linguagem: o desenho técnico. Mais que interessante, ela é fácil e 
agradável de aprender.
Na primeira unidade, Noções Gerais de Desenho Técnico, você aprenderá os 
fundamentos do trabalho com desenhos técnicos. Conhecerá as origens dessa 
linguagem e seus elementos essenciais, os tipos de desenhos de um projeto, bem 
como as principais normas relativas ao desenho técnico que vigoram no Brasil. 
Você compreenderá o conceito de escala e entenderá a relação desta com o 
objeto a ser desenhado.
Na Unidade 2, que trata especificamente do Desenho Técnico Projetivo, 
faremos uma revisão dos conceitos de Geometria Plana e lhe apresentaremos os 
conceitos básicos da Geometria Descritiva. Você conhecerá os instrumentos para 
desenho técnico e como usá‑los. Ao final da unidade, aprenderá a desenhar tipos 
diferentes de perspectiva, o que é muito útil para a visualização de suas propostas. 
Você aprenderá também como planejar e quantificar os desenhos necessários. 
Daremos a você dicas de produtividade para ganhar velocidade na elaboração dos 
desenhos técnicos, além de mostrar algumas boas práticas de trabalho nessa área.
A terceira unidade deste livro apresenta a você Desenho e Projeto Auxiliados 
por Computador, com uso de software para CAD (Computer‑Aided Design). 
O software que será abordado neste curso é o AutoCAD®, da desenvolvedora 
Autodesk®. Você conhecerá a interface do programa, aprenderá a configurar a 
tela conforme a sua preferência e iniciará o uso de comandos básicos. Entenderá 
a importância do trabalho em camadas (layers) e do sistema de coordenadas 
cartesianas. Veremos também um conjunto maiorde comandos para criação 
e edição de desenhos mais elaborados, o que inclui textos, símbolos, medidas, 
mudanças de escala, texturas e outros comandos.
Finalmente, na quarta e última unidade, A Representação do Projeto na Prática, 
você será levado a elaborar o produto final do desenho técnico: as pranchas do 
projeto. Vai organizar o trabalho no AutoCAD® e saber como definir a folha de 
papel para os desenhos. Saberá como configurar o trabalho para impressão das 
cópias físicas em papel (plotagem). Assim como fizemos no final da segunda 
unidade, vamos também mostrar a você como desenhar em perspectiva, agora 
no AutoCAD®.
Desejamos a você, acadêmico, um período de estudos muito gratificante através 
desse território de conhecimentos tão interessante, útil e fundamental à profissão 
como é o desenho técnico. Procure com afinco fazer os exercícios propostos em 
meio às seções, bem como dedicar‑se aos apresentados ao final de cada unidade. 
Conte com a ajuda dos professores e tutores. Bom estudo!
NOÇÕES GERAIS DE 
DESENHO TÉCNICO
Objetivos de aprendizagem: Esta unidade pretende apresentar a você 
as noções elementares do desenho técnico, abrangendo um conjunto 
de conhecimentos amplo, que vai desde a origem desta linguagem até o 
modo de representação dos objetos em perspectiva. A unidade está dividida 
em quatro seções, cujo conhecimento é essencial para que você possa 
avançar para a Unidade 2. Procure fazer os exercícios e consolidar seus 
conhecimentos desta etapa inicial, pois isso lhe dará maior facilidade quando 
for estudar e praticar com o AutoCAD®, nas duas unidades finais deste curso.
Ananias de Assis Godoy Filho
Unidade 1
Nesta seção, você conhecerá a origem do modo como se desenham hoje 
os projetos, a terminologia utilizada e as normas da ABNT que regulamentam 
e padronizam todo o trabalho com desenhos técnicos, desde os tamanhos de 
papéis até as linhas que os formam.
Seção 1 | Introdução ao Desenho Técnico, à sua 
Simbologia e às Normas da ABNT
Esta seção vai apresentar a você as escalas de desenho e a relação 
delas com o objeto que você vai representar. Veremos também como, 
por que e quando produzir desenhos de detalhes dos objetos.
Seção 2 | Escalas para Desenho Técnico
Noções Gerais de Desenho Técnico
U1
10
Noções Gerais de Desenho Técnico
U1
11
Introdução à unidade
Você certamente já ouviu alguém dizer que um desenho fala mais que mil 
palavras. Essa afirmação é especialmente verdadeira para as profissões que lidam 
com os projetos dos objetos que nos cercam, seja uma geladeira ou um navio, seja 
um edifício ou um chip de telefone celular. Os artefatos tecnológicos com que 
lidamos em nosso cotidiano são realidades espaciais complexas. Sua descrição 
apenas com palavras é impossível. Imagine quantos volumes escritos teriam de 
ser produzidos para descrever em todos os detalhes um motor de automóvel, 
por exemplo. Ainda assim não seria possível construí‑lo, pois há muitas coisas que 
fogem ao poder explicativo das palavras.
Uma realidade tridimensional complexa como a do exemplo só pode ser 
explicada através de outra linguagem, também de natureza espacial, que forneça 
as informações necessárias através da visão, não apenas por palavras. É por isso 
que se usam maquetes e desenhos técnicos em todas as áreas do design industrial, 
das engenharias, arquitetura, cenografia, cinema e outras. O nosso assunto é 
justamente aprender como uma realidade espacial pode ser usada para explicar 
outra, ou seja, aprender como os desenhos técnicos no plano do papel, segundo 
certos métodos e convenções, podem explicar realidades espaciais tridimensionais 
mais complexas.
Noções Gerais de Desenho Técnico
U1
12
Noções Gerais de Desenho Técnico
U1
13
Seção 1
Introdução ao Desenho Técnico, à sua 
Simbologia e às Normas da ABNT
Introdução à seção
Esta seção pretende enriquecer seu conhecimento sobre o desenho técnico, 
contando um pouco da história dessa técnica. Ela relaciona‑se à necessidade de 
construção dos novos artefatos da cultura material e tecnológica do Ocidente. Esse 
processo de busca pela precisão da representação gráfica se intensifica a partir do 
Renascimento (séculos XIV a XVII), se aperfeiçoa no período do Iluminismo (século 
XVIII) e se consolida durante a Revolução Industrial (século IXX). Você aprenderá 
sobre os diferentes tipos de desenhos técnicos e os pontos comuns entre eles. 
Conhecerá a terminologia utilizada e as normas da ABNT que regulamentam 
e padronizam todo o trabalho com desenhos técnicos, desde os tamanhos de 
papéis até as linhas que os formam.
Você sabia que a ABNT é o principal, mas não é o único órgão 
normalizador de produtos e processos no Brasil? Existem muitas outras 
normas além das que você conhecerá nesta seção. Diversos órgãos 
federais, estaduais e municipais expedem (i.e., publicam) normas 
específicas sobre os mais variados temas. Exemplos são as normas de 
apresentação de projetos para o corpo de Bombeiros, para a Vigilância 
Sanitária, para as prefeituras. Antes de iniciar a produção de algum 
desenho técnico, procure se informar do destino do desenho. É sempre 
mais producente iniciar o desenho já sabendo as normas exigidas!
1.1 ORIGEM DO DESENHO TÉCNICO
Tentativas de representar de maneira convincente nas duas dimensões de 
Noções Gerais de Desenho Técnico
U1
14
um plano os objetos no espaço foram feitas durante séculos por pintores e 
arquitetos interessados em obter um maior realismo de seus trabalhos de pintura 
ou da representação do projeto de arquitetura. No período do Renascimento, pela 
necessidade de desenhar com mais exatidão os projetos arquitetônicos grandiosos 
que seriam propostos na Europa, vários arquitetos debruçaram‑se sobre a tarefa 
de estabelecer um sistema de representação mais comunicativo e que guardasse 
maior semelhança com os prédios que imaginavam.
Dentre estes, destacou‑se Filippo Brunelleschi (1377‑1446). Arquiteto e 
engenheiro, foi um dos personagens mais importantes do Renascimento italiano. 
Ele é mais conhecido pelo desenvolvimento da perspectiva linear e por ter 
concebido a solução de engenharia para a cúpula da Catedral de Florença, mas 
suas realizações também incluem outras obras de arquitetura e escultura, engenhos 
para construção e até mesmo projetos de navios. Seu processo de desenho em 
perspectiva, ao obter uma representação bidimensional extremamente semelhante 
à nossa percepção de espaço e distância, foi um avanço considerável para a época. 
A Figura 1.1 mostra um desenho em perspectiva do interior da igreja Santo Spirito, 
em Florença, feito por Brunelleschi.
Figura 1.1 | Desenho do Interior da igreja Santo Spirito
Fonte: Brunelleschi (ca. 1428)
Muito do desenvolvimento da perspectiva foi impulsionado por pintores como 
Giotto (1266‑1337), nos séculos 13 e 14, e Albrecht Dürer (1471‑1528), nos séculos 
XV e XVI. Este último já concebia uma espécie de sistema de coordenadas para 
Noções Gerais de Desenho Técnico
U1
15
visualização e estudo das proporções precisas de um objeto. Na Figura 1.2, vemos 
o estudo de proporções de um pé, feito pelo pintor, gravador, estampador e 
matemático Dürer.
Figura 1.2 | Desenho de estudo de proporções do pé utilizando um sistema de projeções 
ortogonais
Fonte: Dürer (1528)
A percepção da inerente dificuldade de descrever objetos tridimensionais para 
fabricação, apenas através de desenhos em planta e perspectivas, foi o que levou o 
matemático Gaspar Monge, entre 1765 e 1795, a formular os princípios e métodos da 
Geometria Descritiva, para resolver o problema da representação das fortificações 
que precisava desenhar. Antes da criação desse método, as representações dos 
projetos careciam de exatidão matemática. Observe a Figura 1.3, com um desenho 
feito por Henry Beighton do invento de Thomas Newcomen, que retrata, de modo 
ainda um pouco impreciso, uma máquina a vapor para bombear água de um poço. 
Este desenho é de 1717, portanto, anterior ao processo mongeano da Geometria 
Descritiva. Observeas pequenas indicações de peças e os textos, numa tentativa 
de descrever um conjunto intricado de peças em um desenho em perspectiva, i.e., 
com sugestão de volume, profundidade e distância.
Noções Gerais de Desenho Técnico
U1
16
Figura 1.3 | Gravura da máquina de Newcomen, instalada em Griff, Reino Unido
Fonte: Beighton (1717)
A formulação da Geometria Descritiva – GD – trouxe um original sistema de 
projeções, baseado em “raios visuais” que incidem em ângulos retos sobre planos 
imaginários, além da possibilidade de resolução de problemas matemáticos 
através de desenhos geométricos. O sistema de representação gráfica inventado 
por Gaspar Monge foi tão bem‑sucedido que se tornou a base de todos os tipos 
de desenhos técnicos que se utilizam até hoje e que você vai aprender neste livro. 
As regras de Monge permitem desenhar um objeto imaginário de tal maneira 
que ele pode ser fabricado com precisão em 3D. Todos os aspectos geométricos 
do objeto imaginado são tomados em sua verdadeira grandeza ou reduzidos 
proporcionalmente segundo um coeficiente (chamado “escala”), e assim ele pode 
ser desenhado numa superfície bidimensional, visto por vários ângulos.
Na segunda metade do século 19, em plena Revolução Industrial, o método já 
havia se consolidado como o padrão para representar em desenhos os projetos 
de arquitetura e engenharia civil, projetos de máquinas diversas, represas, usinas, 
obras de expansão urbana e todo o aparato tecnológico que passou a integrar as 
cidades desde então. A Figura 1.4 mostra um típico desenho técnico dessa época, 
que descreve um moedor de café movido a manivela, já desenhado segundo os 
princípios mongeanos da GD.
Noções Gerais de Desenho Técnico
U1
17
Figura 1.4 | Moedor de café inventado por Jabez Burns e patenteado em 1881
Fonte: Burns (1881)
Com o crescimento do número de especialidades da engenharia e o surgimento 
de novos tipos de projetos nas mais diferentes áreas, a linguagem do desenho 
técnico foi se especializando, criando pequenas diferenças de estilo e recursos 
gráficos, segundo o que era mais prático e fácil de ser aceito pelos projetistas e 
também pelos destinatários dessa forma de comunicação. É disso que tratará a 
próxima subseção, quando abordaremos brevemente os tipos de desenho técnico 
mais frequentes.
1.2 TIPOS DE DESENHO TÉCNICO
Durante a Revolução industrial, houve uma multiplicação inédita e acelerada 
da quantidade e variedade de artefatos produzidos pela indústria. Todos esses 
objetos, para serem produzidos em série, tiveram de passar por uma fase de 
projeto, através de desenhos técnicos. A Revolução Industrial refinou ainda 
mais o campo do desenho técnico. A produção em massa e a terceirização de 
vários estágios da fabricação criaram a necessidade de adoção de convenções e 
padrões de comunicação técnica e ilustração que deveriam ser universalmente 
compreendidos por projetistas de diferentes áreas.
Durante este período inicial do desenvolvimento do desenho técnico moderno, 
ilustradores técnicos e de produtos utilizaram linhas com pesos variáveis para 
enfatizar massa, proximidade e escala, o que ajudou a tornar o complexo desenho 
Noções Gerais de Desenho Técnico
U1
18
linear mais compreensível para o leigo. Hachuras, pontilhados, tracejados e outras 
técnicas básicas deram maior profundidade e legibilidade ao desenho. No entanto, 
o desenho técnico, em grande parte, permaneceu em preto e branco, às vezes 
usando também "meios‑tons".
Paralelamente, convenções e símbolos foram sendo criados de acordo com 
a necessidade e a conveniência para representar os elementos específicos dos 
projetos de cada área do design. Assim, surgiram as convenções particulares usadas 
em projetos de máquinas; em diagramas elétricos; em projetos de estruturas de 
concreto, que são diferentes dos de estruturas metálicas, por exemplo; as de 
projetos arquitetônicos e várias outras.
Em 1946, logo após a Segunda Guerra Mundial, é fundada em Londres a 
Organização Internacional para a Padronização (International Organization for 
Standardization), conhecida como ISO. Atualmente, a sede desta importante 
organização não governamental fica em Genebra, na Suíça. As normas ISO, grande 
parte delas de aplicação mundial, têm sido referenciais para muitas das normas 
adotadas aqui no Brasil pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
 Os padrões da ISSO (Organização Internacional para Padronização) são 
referências em muitos países. No Brasil, a ABNT disponibiliza em seu 
portal http://www.abnt.org.br/ o acesso à coleção de desenho técnico 
ISSO 128, que servem de base para as normas nacionais.
Nesta subseção, vamos apresentar a você alguns exemplos de desenhos 
técnicos de diferentes tipos, usados em campos diferentes da atividade de projetar. 
Para iniciar nossa exposição, saiba que os desenhos técnicos classificam‑se em 
dois grandes grupos:
• O desenho técnico projetivo, mais facilmente identificável como desenho 
técnico, porque retrata objetos concretos. Um desenho de fachada de um 
prédio é geralmente reconhecível, assim como o de uma máquina, mesmo que 
não saibamos para que ela serve. Há neles certa semelhança com realidades 
espaciais que conhecemos.
• O desenho não projetivo, que são os gráficos, diagramas, fluxogramas, 
Noções Gerais de Desenho Técnico
U1
19
organogramas, esquemas e outros. Tais desenhos costumam explicar processos, 
relações entre fatores ou pessoas, e relações entre tempo e realizações, como 
no caso dos cronogramas, gráficos diversos etc.
As figuras 1.1 até 1.4, mostradas anteriormente, são exemplos típicos de 
desenhos técnicos projetivos. A figura 1.5, a seguir, é um exemplo de desenho 
técnico não projetivo e mostra o esquema elétrico de um automóvel.
Figura 1.5 | Esquema elétrico de um automóvel
Fonte: Disponível em: <http://carocha.forumeiros.com/t589-electricidade>. Acesso em: 16 abr. 2015.
Noções Gerais de Desenho Técnico
U1
20
Figura 1.6 | Detalhe de estrutura de concreto armado, um desenho projetivo bastante 
esquemático
Fonte: Athayde (2012)
Não pretendemos aqui fazer uma relação extensa de todos os tipos de desenhos 
técnicos, mas você pode ver a diferença entre as figuras 1.6 e 1.7, que mostram, 
respectivamente, um desenho de estruturas de concreto armado e outro de um 
projeto de um telefone celular, ambos classificados como desenhos projetivos.
Noções Gerais de Desenho Técnico
U1
21
Figura 1.7 | Desenho em perspectiva "explodida" de um telefone celular. Esquema 
de montagem
Fonte: Dabov et al. (2011)
1.3 TERMINOLOGIA E ELEMENTOS DOS DESENHOS TÉCNICOS
Na subseção anterior, você aprendeu que existem diferenças entre os tipos 
de desenho técnico, geradas há muito tempo pela necessidade e conveniência 
de representar situações específicas de cada área do design. No entanto, alguns 
elementos são sempre os mesmos, não importa o tipo de desenho. Nesta subseção, 
você conhecerá os nomes dos elementos que fazem parte de qualquer desenho 
Noções Gerais de Desenho Técnico
U1
22
Figura 1.8 - Os dez elementos de qualquer prancha de desenho técnico
Fonte: O autor (2015)
técnico. Procure memorizar os termos, porque eles serão utilizados durante todo 
o seu estudo neste livro e, é claro, no exercício da profissão de engenheiro(a).
Vamos utilizar a figura 1.8 para lhe mostrar como se chamam os elementos que 
compõem um desenho técnico. Cada número no desenho tem seu significado, 
que explicaremos logo em seguida.
Noções Gerais de Desenho Técnico
U1
23
1) Limite do papel – O papel de desenho, i.e., a folha onde o desenho se apresenta 
é chamado de prancha. Cada folha de desenhos que compõe o projeto é uma 
prancha. Este nome deriva das antigas pranchas de madeira usadas para se desenhar, 
antes de existir a fabricação de folhas grandes de papel. Os tamanhos das pranchas 
de desenho são regulamentados pela norma NBR 10068 da ABNT. Para não haver 
confusão, a norma estabelece que o termo margem se refere ao espaço entre o 
limite do papel e o quadro,que varia conforme o tamanho da prancha (ABNT, 1987).
2) Quadro – Limita o espaço disponível na folha para os desenhos. É traçado na 
prancha com linha mais larga (grossa), para maior destaque. As espessuras das 
linhas do quadro também são determinadas pela NBR 10068 ABNT.
3) Desenhos – Constituem o assunto da prancha e são chamados individualmente de 
peças gráficas. Cada desenho é uma peça gráfica, independente do que representa, 
se uma peça de máquina, se uma planta arquitetônica, um esquema, ou outra.
4) Textos auxiliares aos desenhos – Normalmente, as peças gráficas costumam 
trazer muitas informações escritas, além das figuras em símbolos ou no carimbo.
5) Cotagem – “Representação gráfica no desenho da característica do elemento, 
através de linhas, símbolos, notas e valor numérico numa unidade de medida” 
(ABNT, 1987). São os elementos que expressam as dimensões que deverão ter 
os elementos do projeto quando realizado. A colocação de cotas nos desenhos 
é regida pela NBR 10126.
6) Nome de cada desenho – Cada peça gráfica na prancha deve ter um nome, 
único e expressivo, que não se confunda com outros, facilitando assim a 
referência a ela. Em geral, logo abaixo do nome do desenho, também chamado 
título, vem a indicação da escala em que está desenhado.
7) Número do desenho na prancha – É um elemento opcional na maioria dos 
projetos, mas é obrigatório no caso das pranchas de desenhos arquitetônicos. 
Veja bem, caro aluno, que a numeração dos desenhos inicia e termina na prancha 
em que figuram, e não segue por diversas pranchas. Isso facilita muito a referência 
a eles quando você estiver num contato telefônico, por exemplo. Você poderá 
dizer à pessoa do outro lado da linha: “Veja na prancha 12 o desenho 5”. Isso 
simplifica muito a comunicação entre escritório e local da execução, evitando 
mal‑entendidos. Mas atenção: número de desenho não é número da prancha.
8) Legenda explicativa dos símbolos – Quadro com uma reprodução dos símbolos 
usados na prancha, nas diversas peças gráficas, seguido de sua explicação. É um 
elemento de suma importância, principalmente quando houver necessidade de 
criação de algum símbolo fora das normas usuais. Atenção! Pesquise e conheça 
as normas técnicas e os símbolos já existentes. Eles dão conta da vasta maioria 
das situações, e quase sempre haverá um que vai suprir a sua necessidade. Em 
outras palavras, somente crie símbolos fora de padrão se houver realmente 
Noções Gerais de Desenho Técnico
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24
necessidade. E, neste caso, a legenda é indispensável.
9) Carimbo – Também chamado de selo ou legenda. Tem esse nome porque 
antigamente era usado um carimbo mesmo, de grande formato, desses de 
madeira e borracha, para carimbar essa área da prancha. O carimbo normalmente 
é um retângulo de dimensões variáveis, posicionado sempre no canto inferior 
direito da prancha. É um elemento obrigatório em toda folha de desenhos 
técnicos, e nele se escrevem todas as informações relevantes, como: assunto 
da prancha, nome do contratante, nome e logotipo da empresa de engenharia, 
endereços, telefones, escala, data, número da revisão, se houver, número 
daquela prancha dentro do conjunto de pranchas, nomes dos responsáveis pelo 
serviço, tanto de projeto, como do desenho, campo para assinatura do revisor e 
outras. É praxe cada empresa ter um design de carimbo, de acordo com o tipo 
de trabalho que realiza e as informações que lhe são relevantes.
10) Nomes: Cliente, projetista e revisor final – Toda prancha de desenho técnico 
precisa passar por uma revisão, antes de ser considerada finalizada para 
entrega aos destinatários. Como praxe, é recomendável que outro projetista 
revise seu trabalho. No carimbo também consta o nome do cliente que está 
encomendando o trabalho e o nome do projeto ou empreendimento. O nome 
dos responsáveis é de grande importância.
1.4 PADRONIZAÇÃO DO DESENHO (NORMAS ABNT)
Na subseção 1.2, você ficou sabendo que o desenho técnico, embora tenha 
mantido determinadas características comuns a todas as áreas do design, foram 
apresentadas algumas variações ao longo de seu desenvolvimento histórico, como 
consequência da necessidade de adaptações para dar conta de situações específicas 
de representação. No Brasil não foi diferente, por isso a Associação Brasileira de 
Normas Técnicas formou comitês para estudar o desenho técnico que se fazia no 
país e prover sua normalização. As normas que vamos apresentar brevemente a 
você são as mais importantes que dizem respeito ao desenho técnico:
• NBR 10647 – Desenho técnico – Terminologia. Apresenta as definições exatas 
de termos e expressões como “croqui”, “desenho preliminar”, “desenho de 
detalhe” e outros.
• NBR 10067 – Princípios gerais de representação em desenho técnico – É a 
norma‑matriz, a mais importante de todas. Você deve conhecê‑la completamente 
porque é a mais abrangente.
• NBR 10068 – Folha de desenho – Leiaute e dimensões – Como já vimos, trata 
das folhas de desenho, margens e outros elementos da prancha.
• NBR 10582 – Apresentação da folha para desenho técnico – Trata de itens 
Noções Gerais de Desenho Técnico
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25
relativos à colocação do carimbo, posição das faixas para textos informativos, 
tábuas de revisão e outros elementos.
• NBR 13142 – Desenho técnico - Dobramento de cópia – Estabelece a maneira 
correta de dobrar as pranchas físicas de modo a acomodá‑las em pastas.
• NBR 8402 – Execução de caractere para escrita em desenho técnico – 
Disciplina o modo de escrita nas pranchas de desenho técnico. Esta norma está 
praticamente em desuso, uma vez que o desenho técnico executado à mão 
tende ao desaparecimento e que os softwares de desenho já possuem fontes 
ISO, como as recomendadas pela norma. No entanto, há uma parte relativa às 
alturas e espacejamentos recomendados que é de grande utilidade.
• NBR 8403 – Aplicação de linhas em desenhos – Tipos de linhas – Larguras das 
linhas ‑ Fixa tipos e o escalonamento de larguras de linhas para uso em desenhos 
técnicos e documentos semelhantes. É de grande utilidade e deve ser seguida 
para um melhor resultado visual e de legibilidade do desenho.
• NBR 8196 – Desenho técnico – Emprego de escalas – Outra norma de grande 
importância para o desenho. Conheç a‑a totalmente.
• NBR 12298 – Representação de área de corte por meio de hachuras em 
desenho técnico – Uma norma que esclarece muitas dúvidas que surgem 
quando se inicia no campo do desenho técnico. É de consulta obrigatória. As 
hachuras acrescentam qualidade e legibilidade ao desenho, por isso conhecer 
seu emprego é essencial.
• NBR10126 – Cotagem em desenho técnico – Sem dúvida, uma das normas mais 
importantes e úteis para o trabalho com desenhos técnicos. Este documento é 
cheio de exemplos e desenhos, e também traz explicações diversas que guardam 
estreita relação com a fabricação dos artefatos que projetamos. Conheça esta 
norma e estude cada mínimo detalhe dela.
• NBR8404 – Indicação do estado de superfície em desenhos técnicos – Uma 
norma específica para o desenho de peças metálicas a serem usinadas. Conheça 
e estude bem esta norma, pois muitos projetos de máquinas e equipamentos 
com que você terá contato trarão essas convenções gráficas.
• NBR 6158 – Sistema de tolerâncias e ajustes – É a norma que fixa o conjunto 
de princípios, regras e tabelas que se aplicam à tecnologia mecânica, a fim de 
permitir escolha racional de tolerâncias e ajustes, visando à fabricação de peças 
intercambiáveis. Seu conhecimento é essencial no design e produção de peças 
mecânicas.
• NBR 8993 – Representação convencional de partes roscadas em desenho 
técnico – Norma que determina as condições exigíveis do método de 
representação convencional simplificada de partes roscadas em desenho 
Noções Gerais de Desenho Técnico
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técnico. O conhecimento desta norma vai ajudar você a desenhar de maneira 
correta e simplificada as partes das peças que têm roscas, eliminando muito 
trabalho desnecessário de detalhamento gráfico.
• NBR 13273 – Desenhotécnico – Referência a itens – Esta norma fixa as condições 
exigíveis para a referência a itens em desenho técnico. É a norma que define como 
fazer indicações nos desenhos, chamadas para textos auxiliares, numeração de 
itens e referenciamento dos mesmos a tabelas de componentes e outras situações.
Assim, caro estudante, cabe a você estudar estas normas técnicas e definir 
aquelas que mais se adequam ao trabalho que terá nas mãos quando necessitar 
produzir ou interpretar desenhos técnicos projetivos. Vale lembrar que existem 
duas outras normas de desenho técnico específicas para o trabalho com projetos 
arquitetônicos: a NBR 13532, que fixa as condições exigíveis para a elaboração 
de projetos de arquitetura para a construção de edificações e a NBR 6492, para 
representação gráfica de projetos de arquitetura. No final da Unidade 2, veremos a 
aplicabilidade dessas normas e comentaremos suas particularidades.
Pelo momento, vamos apresentar a você as folhas padronizadas de desenho 
técnico, conforme as NBR 10068 e 10582.
As folhas que usamos em desenho técnico são as da chamada “”série A”. Esta 
série de tamanhos de papel deriva do tamanho básico de uma folha de papel 
retangular, com área de 1 m² (um metro quadrado) que tem a propriedade de 
um lado ser sempre e o outro . Veja a Figura 1.9 abaixo e isto ficará mais 
compreensível. As medidas estão em mm.
Figura 1.9 | Origem dos formatos da série A
Fonte: Athayde (2012)
Noções Gerais de Desenho Técnico
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Portanto, parte‑se de um quadrado de lado = . Traça‑se a diagonal e rebate‑se 
ela obre a reta horizontal, dando origem a um segmento Y de comprimento = 
. Resolvendo‑se a equação, para uma área de 1 m², chega‑se aos resultados 
de lados X = 841 mm e Y = 1189 mm. Se você converter as medidas em milímetros 
para metros, e multiplicar uma pela outra, ou seja: 1,189 m x 0,841 m, achará um 
resultado = 0,9999 m²; ou seja, 1 m² para todos os efeitos práticos. Os demais 
formatos da série “A” derivam de subdivisões dessa prancha, sempre pelo meio do 
formato que resultar. Veja a figura 1.10, adiante, retirada da NBR 10068:
Figura 1.10 | Subdivisão do formato A0 em formatos menores
Fonte: ABNT (1987)
Uma característica interessante dos formatos da série “A” é a semelhança 
geométrica de proporções entre os tamanhos de papel, como se pode ver na 
Figura 1.11:
Noções Gerais de Desenho Técnico
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Figura 1.11 | Semelhança geométrica dos formatos da série "A"
Fonte: ABNT (1987)
Então, temos a Tabela 1.1 – Formatos da série “A” –, com as dimensões em 
milímetros das pranchas que você utilizará, conforme a NBR 10068: 
Tabela 1.1 | Formatos da série "A"
Designação Dimensões
A0 841 x 1189
A1 594 x 841
A2 420 x 594
A3 297 x 420
A4 210 x 297
Fonte: ABNT (1987)
As folhas de desenho, como vimos na Figura 1.8, devem possuir uma margem, 
que é o espaço entre o limite do papel e o quadro, desenhado com uma linha mais 
larga. Veja a figura 1.12:
Figura 1.12 | Margem da folha de desenho
Fonte: ABNT (1987)
Noções Gerais de Desenho Técnico
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A norma NBR 10068 estabelece as distâncias das margens das folhas de 
desenho, bem como as larguras das linhas, com base na NBR 8403. São estas 
que você deve usar para traçar o quadro, caso não utilize folhas com o quadro 
pré‑impresso. Veja, a seguir, a Tabela 1.2, que consta na NBR 10068:
Tabela 1.2 | Largura das linhas e das margens
Fonte: ABNT (1987)
Formato
Margem Largura da linha do quadro, 
conforme a NBR 8403 Esquerda Direita
A0 25 10 1,4
A1 25 10 1,0
A2 25 7 0,7
A3 25 7 0,5
A4 25 7 0,5
Repare que a tabela aqui reproduzida fielmente da NBR 10068 não menciona a 
dimensão das margens superior e inferior, somente a esquerda e a direita. Diante 
dessa omissão da norma, a praxe profissional consagrou o uso da mesma distância 
da margem direita, ou seja, 10 ou 7 mm para as margens superior e inferior, 
conforme o tamanho da prancha.
Quanto ao carimbo ou legenda, há também recomendações importantes. 
Segundo a NBR 10068, a posição do carimbo deve estar dentro do quadro para 
desenho de tal forma que contenha a identificação do desenho (número de 
registro, título, origem etc.). Deve também estar situado no canto inferior direito, 
tanto nas folhas posicionadas horizontalmente (ver Figura 1.13) como verticalmente 
(ver Figura 1.14).
Figura 1.13 | Prancha na horizontal e carimbo Figura 1.14 | Prancha na vertical e carimbo
Fonte: ABNT (1987)
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Existem alguns casos excepcionais em que os formatos normalizados não 
darão conta da representação do projeto. Nesses casos, você poderá propor um 
formato de papel diferente, desde que ele siga algumas condições estabelecidas 
no item 3.1.3 da NBR 10068. Recomenda‑se que a escolha dos formatos especiais 
seja de tal maneira que a largura ou o comprimento corresponda ao múltiplo ou 
submúltiplo de um dos formatos normalizados.
Vale ainda chamar a atenção para o fato de que nas dimensões das folhas 
pré‑impressas, enquanto não recortadas, deve haver um excesso de 10 mm de 
papel sobrando nos quatro lados, além da linha que define o formato. A Figura 1.15 
esclarece este quesito:
Figura 1.15 | Excesso de papel nas pranchas com quadro pré-impresso, 
segundo a NBR 10068
Fonte: O autor (2015)
Uma vez finalizado o desenho, são tiradas as cópias necessárias e guarda‑se 
o original em local livre de umidade, onde possa caber sem necessidade de 
dobramento, numa mapoteca, por exemplo. As cópias, porém, serão acomodadas 
em pastas práticas de se transportar para a oficina ou a obra, sendo de fácil 
arquivamento e classificação. Para isso, devem ser dobradas até o formato A4, 
segundo certos procedimentos. Existe uma norma técnica específica para isso, 
a NBR 13142, cujos pontos principais apresentaremos a você agora. Observe as 
figuras 1.16 a 1.19, retiradas dessa norma. Você deve memorizar as distâncias e 
posições das dobras, e sempre efetuar primeiro as verticais, depois as horizontais, 
como nas pranchas A0, A1 e A2. É evidente que a prancha A3, por já ter a altura 
de 297 mm, não sofre dobra horizontal; e a prancha A4 já está no tamanho 
conveniente para arquivamento e transporte, portanto não sofre dobra alguma.
Noções Gerais de Desenho Técnico
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Figura 1.16 | Esquema de dobramento da prancha A0
Fonte: ABNT (1999)
Figura 1.17 | Esquema de dobrmento da prancha A1
Fonte: ABNT (1999)
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Figura 1.18 | Esquema de dobramento da prancha A2
Fonte: ABNT (1999)
Figura 1.19 | Esquema de dobramento da prancha A3
Fonte: ABNT (1999)
Você já viu nesta seção que os desenhos técnicos são produtos gráficos altamente 
normalizados. Ao longo da próxima seção vamos mostrar a você os fundamentos da 
prática com desenhos técnicos, de modo a capacitá‑lo a produzir as peças gráficas 
necessárias para o seu trabalho. Para tanto, iniciamos com o conceito de escala, 
fundamental para a produção das peças gráficas que comporão suas pranchas.
Noções Gerais de Desenho Técnico
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1. Dentre os produtos gráficos relacionados abaixo, marque 
com “P” os desenhos técnicos projetivos e com “NP” os 
desenhos técnicos não projetivos.
1. [______] — Desenho técnico, em escala, com peças 
gráficas descritivas de uma máquina, em que figuram as 
suas partes e detalhes.
2. [______] — Projeto de arquitetura de uma casa de 
máquinas, feito em escala, com planta, cortes e fachada.
3. [______] — Perspectiva cônica com aparência realista, para 
venda de unidades de um empreendimento imobiliário.
4. [______]— Fluxograma do processo de produção de 
derivados da nafta.
5. [______] — Organograma de uma empresa, esclarecendo 
relações de hierarquia, controle e interdependência dos 
cargos e funções.
2. Quanto à necessidade de normalização dos desenhos 
técnicos, é correto afirmar:
1. Desenhos técnicos normalizados devem ser 
apresentados apenas quando o contratante exige.
2. A experiência do projetista é o fator mais importante 
na elaboração do desenho técnico,deixando assim 
grande liberdade de expressão gráfica, de acordo com 
os critérios dele.
3. As normas da ABNT são totalmente abrangentes, o que 
dispensa e proíbe a criação de símbolos e legendas 
específicas.
4. As normas da ABNT cobrem uma vasta gama de situações 
de desenho técnico e, por isso, devem ser obedecidas. 
No entanto, há algumas situações de representação em 
que se admite a criação de símbolos específicos, que 
sempre deverão ser explicados em uma legenda própria.
5. As normas da ABNT são as únicas aceitáveis para elaboração 
de desenhos técnicos, dispensadas quaisquer outras.
Noções Gerais de Desenho Técnico
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Ao longo desta seção, você aprendeu que as normas da 
ABNT são de cumprimento obrigatório em praticamente 
todos os campos da Engenharia. Atualmente, mesmo 
não sendo produzidas por algum ente público (União, 
estados ou municípios), e sim por uma organização não 
governamental, elas têm ganho uma importância e uma 
força que se equipara à das leis. Talvez, por isso, muitos 
não se conformam em pagar para ter acesso às normas 
técnicas, ao contrário das leis, que são públicas e de acesso 
gratuito. Mas, pense bem: não é melhor pagar pelas normas, 
para que a ABNT continue sendo uma organização não 
governamental (e, portanto, independente), do que ela 
ser um órgão estatal, sujeito a todo tipo de influência de 
políticos e de grandes interesses econômicos?
Noções Gerais de Desenho Técnico
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Seção 2
Escalas para Desenho Técnico
Introdução à seção
Esta seção vai mostrar a você o que se entende por escala e a importância 
de saber trabalhar adequadamente com elas. Verá que existem normas para a 
aplicação das escalas em desenho técnico e compreenderá a relação da escala 
com a representação dos objetos no espaço do papel. Mostraremos a você alguns 
critérios importantes para decidir o que deve ser detalhado e quando usamos o 
recurso de detalhamento.
Uma boa maneira de ganhar prática com o uso das diversas escalas 
é observar atentamente desenhos técnicos produzidos por boas 
empresas de projetos. Você verá que existe uma relação muito clara 
entre o que se pretende representar e a escala adequada. Como nem 
sempre é fácil obter desenhos das empresas, pois eles fazem parte 
do patrimônio intelectual dessas, procure estagiar em empresas de 
renome e elevada capacidade técnica, que produzem esses desenhos, 
e observe as opções de escalas que os projetistas experientes fazem no 
momento em que precisam desenhar!
2.1 CONCEITO DE ESCALA — ESCALAS MÉTRICAS NORMALIZADAS
Imagine uma folha de papel tamanho A3. Ela mede 42 cm de largura na base 
por 29,7 cm de altura. Imagine ainda que você precisa desenhar nessa folha uma 
pequena peça de uma máquina, usando para isso três peças gráficas: uma vista de 
frente, uma vista de cima e uma vista pelo lado esquerdo. E imagine também que 
essa peça, por suas medidas, poderia caber numa caixa de 17 cm de comprimento, 
por 10 cm de largura, por 5 cm de altura. A Figura 1.20 mostra um exemplo fictício 
de uma peça com essas características.
Noções Gerais de Desenho Técnico
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Figura 1.20 | Exemplo de uma peça e sua caixa
Fonte: O autor (2015)
Dadas tais características e dimensões, seria possível desenhar esta peça com 
suas reais medidas na folha de papel. A prancha de desenho teria possivelmente 
este aspecto, mostrado na Figura 1.21:
Figura 1.21 | Desenhos da peça na prancha A3
Fonte: O autor (2015)
Como todas as dimensões da peça são bem menores do que a folha de papel, 
não haveria dificuldade em desenhá‑la com seu tamanho real. Mas, e se a peça 
fosse muito maior do que esta folha de nosso exemplo? Só haveria uma maneira 
de desenhar a peça: você teria de “reduzir” todas as medidas da peça, de acordo 
com uma determinada proporção. Assim, talvez você tivesse que reduzir tudo até 
a metade do tamanho, ou mesmo à quinta parte desse tamanho para os desenhos 
caberem na folha. Mas, e se o objeto a ser descrito em desenhos fosse, ao contrário, 
muito pequeno? Você teria de desenhá‑lo maior para poder mostrá‑lo com todos 
os minúsculos detalhes.
Noções Gerais de Desenho Técnico
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Aquilo a que chamamos escala, em desenho técnico, é exatamente essa 
proporção determinada que usamos para reduzir ou ampliar proporcionalmente 
a representação de um objeto no desenho. A escala é sempre expressa como uma 
divisão, ou uma fração. Como expressamos, por exemplo, a metade de uma dúzia? 
Não podemos escrever “½ dúzia”? Seria o mesmo se escrevêssemos dúzia, não
é? A fração poderia também ser escrita com dois pontos, assim: “1:2”, e estaria 
correto também.
As escalas que você usará em desenho técnico expressam justamente o quanto 
você está reduzindo proporcionalmente (=dividindo) as medidas, ou o quanto 
você está ampliando proporcionalmente (=multiplicando) as medidas para tornar 
viável o desenho no papel que está usando. Segundo a NBR 8196:
A escala a ser escolhida para um desenho 
depende da complexidade do objeto ou 
elemento a ser representado e da finalidade 
da representação. Em todos os casos, a escala 
selecionada deve ser suficiente para permitir 
uma interpretação fácil e clara da informação 
representada. A escala e o tamanho do objeto 
ou elemento em questão são parâmetros para a 
escolha do formato da folha de desenho (ABNT, 
1999, p. 2, grifo nosso).
Assim sendo, compreendemos que conhecer as escalas usuais de desenho 
técnico é um requisito essencial para o projetista, pois elas se relacionam com a 
legibilidade dos desenhos e nos ajudam a definir o tamanho da folha necessária 
para o trabalho. Quanto à designação da escala do desenho na prancha, a norma 
recomenda a escrita da palavra “ESCALA”, seguida da indicação se é de ampliação 
ou redução. A norma admite também o uso da abreviatura “ESC.”, quando em 
referência à Escala. Quanto ao sinal de divisão, a norma determina o uso de dois 
pontos, e não de “ / ” (barra) ou como fração. Em resumo, você deve escrever em 
seus desenhos técnicos:
• ESCALA 1:1 para a escala natural. No caso do desenho da peça fictícia que 
mencionamos no início desta seção, a escala usada foi 1:1, pois caberia na 
prancha A3 (Figura 1.21).
• ESCALA X:1 para escalas de ampliação (X > 1).
Noções Gerais de Desenho Técnico
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• ESCALA 1:X para escalas de redução (X < 1).
Os valores de X são os da Tabela 1.3, extraída da norma técnica:
Tabela 1.3 | Escalas, segundo a NBR 8196 ABNT
Fonte: Adaptada de ABNT (1999, p. 2)
Redução Natural Ampliação
1:2
1:1
2:1
1:5 5:1
1:10 10:1
NOTA ‑ As escalas desta tabela podem ser reduzidas ou ampliadas à razão de 10.
Quando a norma diz que as escalas podem ser reduzidas ou ampliadas à razão 
de 10, expressa com isso a ideia de que a escala de máxima redução seria 1:100 
(lê‑se: “um para cem”), e a de máxima ampliação seria de 100:1 (lê‑se: “cem para 
um”). Escalas intermediárias de redução seriam, nesse caso, 1:20 (“um para vinte”) 
e 1:50 (“um para cinquenta”); e as de ampliação seriam 20:1 (“vinte para um”) e 
50:1 (“cinquenta para um”). Portanto, podemos resumir esse conhecimento numa 
tabela, onde agrupamos as escalas, de acordo com o que acabamos de concluir. 
Veja a Tabela 1.4:
Tabela 1.4 | Escalas de desenho admitidas pela NBR 8196
Redução Ampliação
1:2 2:1
1:5 5:1
1:10 10:1
1:20 20:1
1:50 50:1
1:100 100:1
Fonte: O autor (2015)
O instrumento de desenho que você vai usar para marcar ou ler os tamanhos 
em escala no papel é o escalímetro. Existem de vários tipos, com diferentes 
conjuntos de escalas, para diferentes tipos de desenhos. O escalímetro mais usual 
Noções Gerais de Desenho Técnico
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é uma régua de perfil triangular, com seis escalas métricas diferentes, como os 
mostrados na Figura 1.22:
Figura 1.22 | Escalímetros triangulares de 15 e 30 cm de comprimento
Fonte: Disponível em: <http://www.trident.com.br/produto_conteudo.php?prod=130>. Acesso em : 17 abr. 2015.
Os escalímetros que usaremos em nossos exercícios de desenho técnico 
trazem as escalas 1:20, 1:25, 1:50, 1:75,1:100 e 1:125. Reparou que a NBR 8196 
não admite as escalas 1:25, 1:75 e 1:125? No entanto, essas são escalas bastante 
utilizadas em projetos arquitetônicos. Essa é uma das diferenças entre os vários 
tipos de desenhos técnicos que foram se consolidando ao longo do tempo, 
motivadas por especificidades de cada área, como vimos na Seção 1. Reparou 
também que o escalímetro não traz as escalas 1:2, 1:5 e 1:10? Porém, essas escalas 
podem ser obtidas facilmente, a partir das escalas 1:20, 1:50 e 1:100, bastando para 
isso “andar com a vírgula” uma casa decimal para a esquerda.
Para que fique mais claro, primeiro vamos mostrar a você como efetuar leituras 
no escalímetro. Veja a Figura 1.23. Neste exemplo, o escalímetro está na posição de 
uso da escala 1:50. Nessa escala, a distância entre o 0 (zero) e o 1 (um) representa 
1,00 m (um metro).
Figura 1.23 - Leitura de 1,00 m na escala 1:50
Fonte: O autor (2015)
Noções Gerais de Desenho Técnico
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Observe agora as subdivisões de 1,00 m (um metro) nessa escala. Note que o 
espaço entre o “0” e o “1” mostra subdivisões feitas com traços verticais de quatro 
comprimentos diferentes: os maiores indicam as unidades (números inteiros), e 
tem abaixo deles os numerais “1”, “2”, “3” e assim por diante. O segundo mais longo, 
sem numeral abaixo, está posicionado bem no centro do espaço entre o “0” e o 
“1”, e indica 0,50 m (meio metro). Em seguida, temos os traços de comprimento 
um pouco menor, que formam dez intervalos entre o “0” e o “1”, cada um desses 
intervalos valendo do metro, ou seja, 0,10 m. Finalmente, você pode observar 
traços bem curtos, no meio dos intervalos definidos pelos anteriores. Essas 
subdivisões valem do metro, ou 0,05 m. Então, veja a Figura 1.24, a seguir, e 
confira em seu próprio escalímetro essas medidas.
Figura 1.24 | Subdivisões da escala 1:50
Fonte: O autor (2015)
Vamos retomar, então, o que dissemos sobre as escalas 1:2, 1:5 e 1:10: Para 
efetuar leituras nessas escalas, é só “andar com a vírgula” uma casa decimal para a 
esquerda, e imaginar que existe um “0,” (zero vírgula) antes do numeral que indica 
a leitura. Veja a Figura 1.25 e as indicações que fizemos.
Figura 1.25 | Leitura de 0,1 m na escala 1:5, baseada na escala 1:50
Fonte: O autor (2015)
Noções Gerais de Desenho Técnico
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Seguindo, então, este raciocínio, e imaginando os zeros e vírgulas, veja na 
Figura 1.26 como ficaria a leitura das subdivisões entre unidades na escala 1:5:
Figura 1.26 | Leitura das subdivisões entre unidades na escala 1:5
Fonte: O autor (2015)
Tomemos como exemplo uma marcação de 1,25 m na escala 1:50, e vejamos 
o quanto a mesma distância significa na escala 1:5. Observe a Figura 1.27:
Figura 1.27 | Marcação de 1,25 m na escala 1:50
Fonte: O autor (2015)
Agora, veja quanto essa mesma distância significa na escala 1:5. A Figura 1.28 
mostra os zeros e vírgulas imaginários, acrescentados por nossa mente, quando se 
“anda com a vírgula” uma casa decimal para a esquerda:
Noções Gerais de Desenho Técnico
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Figura 1.28 | Significado da mesma distância, quando lida na esc. 1:5
Fonte: O autor (2015)
Penso que já está ficando mais clara para você a questão das escalas de 
representação. Para ampliar e reforçar seu aprendizado, vamos agora conhecer as 
escalas 1:20 e 1:100, bem como suas subdivisões. Veja as Figuras 1.29 e 1.31 e tire 
você mesmo suas conclusões.
Figura 1.29 | Escala 1:20 e suas subdivisões
Fonte: O autor (2015)
Vejamos então como se apresenta a medida de 1,25 m na escala 1:20. Repare 
que a leitura da extremidade direita da distância não é feita sobre um traço, e sim 
apenas aproximada, sendo lida entre dois traços de distâncias 1,24 m e 1,26 m. 
Veja a Figura 1.30 e confira em seu próprio escalímetro.
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Figura 1.30 | Leitura de 1,25 m na escala 1:20
Fonte: O autor (2015)
Antes de finalizar esta subseção, vamos conhecer a escala 1:100 e suas 
subdivisões. Vamos, também, um pouco mais adiante, ver uma comparação entre 
as escalas gráficas e uma régua comum em centímetros. Veja a Figura 1.31:
Figura 1.31 | Escala 1:100 e suas subdivisões
Fonte: O autor (2015)
Você pode aprender um pouco mais sobre a relação entre as escalas gráficas 
comparando a distância equivalente a uma unidade numa dada escala e o 
comprimento no papel, medido com uma régua comum graduada em centímetros 
(cm). Observe as figuras 1.32, 1.33 e 1.34, nas quais comparamos o comprimento 
de 1,00 m nas escalas 1:20, 1:50 e 1:100 com a régua comum.
Noções Gerais de Desenho Técnico
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Figura 1.32 | Comparação entre 1,00 m na escala 1:20 e o comprimento 
em cm numa régua comum
Fonte: O autor (2015)
Veja que uma distância de 1,00 m lida na escala 1:20 corresponde a um 
comprimento de 5 cm no papel. Nada mais lógico, não? Afinal a expressão 1:20 pode 
ser escrita 1/20, como vimos, como se fosse uma fração, ou seja: . Ora, quanto 
vale, em cm, de 1,00 m? Lembre‑se de que 1,00 m = 100 cm, portanto = 5 cm! 
Então, sabendo disso, você pode considerar que, para cada metro representado na 
escala 1:20, você vai precisar de 5 cm de comprimento real no papel.
Vejamos como fica a correspondência entre 1,00 m na escala 1:50 e o 
comprimento medido no papel. A Figura 1.33 esclarece:
Figura 1.33 | Comparação entre 1,00 m na escala 1:50 e o comprimento 
em cm numa régua comum
Fonte: O autor (2015)
A mesma lógica matemática do exemplo anterior pode ser usada no exemplo 
acima. Em um desenho na escala 1:50 os comprimentos que você vai marcar 
Noções Gerais de Desenho Técnico
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no papel valem do tamanho no objeto projetado (imaginado na realidade, 
ou mesmo medido, se existente). Assim sendo, quanto vale de 1,00 m (=100 
cm), medido em cm no papel? Vale 2 cm, exatamente o comprimento lido no 
escalímetro. Então, para finalizar esta subseção, vejamos quanto vale 1,00 m na 
escala 1:100, e o que podemos fazer com esse conhecimento. A Figura 1.34 
nos mostra claramente a semelhança entre a escala 1:100 e uma régua comum 
graduada em centímetros.
Figura 1.34 | Comparação entre leituras na escala 1:50 e o comprimento 
em cm numa régua comum
Fonte: O autor (2015)
Pelo mesmo raciocínio dos exemplos anteriores, ficamos sabendo que 1,00 
m na escala 1:100 é marcado ou lido nos desenhos como um comprimento de 
1 cm no papel. Então, constatamos que existe uma correspondência perfeita de 
proporções entre a escala 1:100 e os tamanhos reais medidos em centímetros 
ou milímetros, caso se use também as subdivisões dessa escala. Portanto, caro 
estudante, quando precisar desenhar algum objeto na escala 1:1, ou seja, com 
suas dimensões reais (diz‑se: desenho em “escala natural”, ou “tamanho real”, ou 
“verdadeira grandeza” e outras expressões sinônimas), esta é a escala que usará.
A partir do que explicamos a você nesta subseção, tente marcar distâncias 
também nas escalas 1:10 e 1:2. Use aquele artifício de imaginar que você está 
“andando com a vírgula” uma casa decimal à esquerda, para que as unidades 
medidas em seu projeto, nas escalas 1:2, 1:5 e 1:10 (derivadas de 1:20, 1:50 e 1:100) 
correspondam precisamente ao que deseja desenhar.
2.2 RELAÇÃO DA ESCALA COM A REPRESENTAÇÃO
Nesta subseção, você aprenderá que existe uma importante relação entre as 
Noções Gerais de Desenho Técnico
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escalas usadas em desenho técnico e o modo de representação dos objetos. Este 
tópico, embora bastante breve e objetivo, acrescenta ao seu aprendizado as noções 
necessárias para saber escolher qual escala usar para representar os componentes 
de seu projeto. Estude‑a com atenção, pois voltaremos a falar do assunto com 
mais profundidade e enfoque prático na subseção 3 da próxima unidade.
A NBR 8196, vista na subseção anterior desta unidade, esclarece que a escolha 
da escala a ser usada para um desenho depende da complexidade do objeto ou 
elemento a ser representado e da finalidade da representação. A escala selecionada 
deve ser suficiente para permitir uma interpretação fácile clara da informação 
representada. A escolha da escala vai influenciar diretamente o tamanho da 
representação no papel, por isso a escala e o tamanho do objeto ou elemento em 
questão servem de parâmetros para escolher o formato normalizado necessário.
Na subseção anterior, vimos também como a escala influencia o tamanho da 
peça gráfica. No exemplo da escala 1:20, você pôde verificar que para cada metro 
desenhado na escala seriam necessários 5 cm de papel. Mas um desenho técnico 
não tem apenas as peças gráficas, ou seja, a prancha não contém apenas desenhos. 
Vimos isso quando falamos dos dez elementos comuns a toda prancha (Figura 
1.8). Vamos agora mostrar a você como usar esse conhecimento para definir a 
escala de representação dos componentes do projeto. Os critérios constantes no 
Quadro 1.1 lhe ajudarão nessa tarefa.
Quadro 1.1 | Escalas e usos recomendados
Fonte: O autor (2015)
Escala Recomendação de uso
100:1 Escalas de ampliação para desenho descritivo e de detalhamento de 
peças mecânicas muito reduzidas e desenho de componentes em 
microeletrônica com alto grau de detalhe.
50:1
20:1
10:1 Escalas de ampliação usuais, para desenho descritivo e de detalhamento 
de pequenas peças mecânicas ou elétricas, com elevado grau de 
detalhe.
5:1
2:1
1:1
Escala frequentemente usada em desenho técnico geral, para peças 
com dimensões tais que sua representação em escala natural caiba nos 
formatos da série A, do A0 ao A4.
1:2
Escalas de redução de uso geral e muito frequente para desenho 
mecânico, detalhamento de mobiliário e equipamentos em geral.1:5
1:10
1:20 Desenho técnico de conjuntos mecânicos maiores, maquinário de 
porte grande, desenhos para construção civil e arquitetura, plantas 
industriais, locação de equipamentos em linhas de produção, desenhos 
abrangentes e de conjunto.
1:50
1:100
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As recomendações dadas neste quadro não são rígidas. Podem servir a você 
como uma primeira referência. Elas admitem, claro, variações. Existe uma infinidade 
de projetos diferentes, contextos de projeto diversos. E existe a inovação, as ideias 
inéditas, que às vezes vão requerer do projetista imaginação e um forte conhecimento 
das normas técnicas, para dar conta de situações especiais de representação.
Para finalizar o estudo desta subseção e da Unidade 1, mostraremos agora a 
você alguns exemplos de objetos reais, analisando‑os segundo os critérios do 
Quadro 1.1. Veja as figuras e leia os comentários. Fazendo isso, você terá uma 
ideia bastante aproximada de como deverá escolher as escalas em função das 
características dos objetos (em processo de projeto ou existentes).
Figura 1.35 | Disco de embreagem de automóvel
Fonte: Disponível em: <http://www.widmen.com.br/dicasautomotivas/a/admin/>. Acesso 
em: 17 abr. 2015.
Esta é uma peça que por suas pequenas dimensões e certo grau de detalhes, 
poderia ser desenhada em escala 1:1, isto é, na escala natural. Veja na foto a 
relação do tamanho da peça com a mão humana e terá uma noção aproximada 
das proporções.
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Figura 1.36 | Bloco de motor de um caminhão
Fonte: Disponível em: <http://www.carrosinfoco.com.br/carros/2013/ /principio-e-
funcionamento-do-motor-de-um-carro/>. Acesso em: 17 abr. 2015.
Neste outro exemplo, as dimensões da peça são grandes, e o desenho poderia 
ser com a metade do tamanho, ou seja: na escala 1:2.
Figura 1.37 | Conjunto gerador a diesel em uma indústria
Fonte: Disponível em: <http://www.aecweb.com.br/tematico/img_figu/img-1-
508$$3629.jpg>. Acesso em: 17 abr. 2015.
O conjunto gerador mostrado na Figura 1.37 é um artefato que gera uma grande 
quantidade de desenhos, em várias escalas. Um desenho capaz de abranger o 
conjunto inteiro, no entanto, poderia ser desenhado em escala 1:10, por exemplo, 
ou mesmo 1:20, a depender da finalidade do desenho.
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Figura 1.38 | Pendrive e seus elementos internos
Fonte: Disponível em: <http://whiteangel89.altervista.org/immagi.html>. Acesso em: 17 
abr. 2015.
Um dispositivo de armazenamento de dados, como o pendrive da Figura 1.38, 
para ser desenhado, vai requerer uma escala de ampliação, de 5:1 ou 10:1.
Caro estudante, esperamos que esta unidade de estudo tenha contribuído para lhe 
dar uma boa noção desse campo de conhecimentos que é o desenho técnico. Procure, 
em seu dia a dia, ser observador, buscando nas formas e estruturas dos artefatos que nos 
rodeiam, suas geometrias ocultas, seu aspecto construtivo e de funcionamento.
Na próxima unidade, você vai aprofundar seus conhecimentos e aprenderá 
mais sobre o desenho técnico, porém com um foco mais voltado à produção das 
pranchas. Vamos explorar o desenho técnico projetivo e mais uma vez abordar as 
normas técnicas. Bom estudo!
1. A NBR 8196 ABNT trata das escalas admitidas em desenho 
técnico, bem como da possibilidade de elas poderem ser 
reduzidas ou ampliadas à razão de 10 vezes. Dentre as 
alternativas a seguir, qual apresenta apenas escalas admitidas 
por essa norma?
1. 1:10; 1: 100 e 1:125.
2. 1:50; 1:5 e 10:1.
3. 2:1; 5:1 e 1:500.
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4. 1:1; 2:1; 1:125
5. 1:10; 1:20; 1:75
2. Uma reta de comprimento igual a 2,0 cm no papel representa 
quantos metros na escala de 1:50?
1. 2 m
2. 5 m
3. 2,5 m
4. 1 m
5. 25 m
Nesta unidade você ficou sabendo que:
1. O desenho técnico é uma linguagem, e, como tal, pressupõe: 
um emissor (o projetista), um receptor (quem lerá o desenho), 
um meio (sinais gráficos bidimensionais em papel ou na tela do 
computador), além de um código estabelecido (convenções 
gráficas e normas técnicas) e compartilhado (conhecido por 
todos que o utilizarão).
2. Foram vários os fatores históricos que levaram à 
consolidação da forma de expressão gráfica que resultou no 
que hoje se chama desenho técnico, todos eles relacionados 
à urbanização e ao desenvolvimento da tecnologia. A própria 
existência da Organização Internacional para a Padronização 
(ISO) foi um desdobramento desse processo.
3. Existe uma variedade de normas técnicas que regulamentam 
a elaboração de desenhos técnicos, uma para cada pormenor 
a ser representado. Essa representação deve seguir uma lógica 
clara, no sentido da legibilidade dos projetos.
4. Escala é uma razão entre o tamanho do objeto real e o tamanho 
de sua representação em desenhos. Esta representação poderá 
ser uma ampliação ou uma redução das reais medidas do 
objeto, dependendo das dimensões reais dele.
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5. Os desenhos de um objeto em escalas diferentes apresentarão 
tamanhos diferentes no papel, mas haverá sempre, em cada 
representação (i.e., desenho), a igualdade de proporções das 
partes do objeto entre si e delas com o todo representado.
6. Tamanhos diferentes de objetos obrigarão a determinadas 
escalas, porque os desenhos deverão caber nos formatos de 
papel normalizados.
7. Antes de iniciar a elaboração do desenho técnico, você 
deverá decidir a escala a ser usada, pois ela influencia a escolha 
do tamanho de prancha. Você pode usar o Quadro 1.1 como 
uma referência inicial, mas isso não exclui sua obrigação de 
analisar o caso específico com que vai trabalhar e decidir a 
melhor opção para ele.
Nesta unidade você aprendeu que o desenho técnico é uma 
linguagem, com todos os elementos de um idioma, apenas 
não é constituída prioritariamente por palavras e sim por sinais 
gráficos que seguem convenções — as normas técnicas.
Conheceu um pouco da história do desenvolvimento dessa 
técnica e compreendeu a importância da normalização de todas 
as suas fases e detalhes.
Ficou sabendo da importância da escala para a representação e 
aprendeu a decidir qual melhor usar.
Procure estudar com afinco as normas técnicas da ABNT e 
também se informar de outras normas pertinentes ao trabalho 
de desenho técnico que pretende desenvolver.
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1. Antes da criação do método mongeano das projeções,base 
do ramo da matemática que ficou conhecido como Geometria 
Descritiva, havia uma dificuldade em desenhar os projetos, devido 
à ausência de precisão da representação. No entanto, já havia, 
desde o Renascimento (entre os séculos 13 e 16), dois recursos 
de desenho que produziam representações bastante úteis de 
objetos tridimensionais e espaços. Quais eram esses recursos?
1. Plantas baixas e perspectivas cônicas.
2. Desenho técnico projetivo e desenho de observação.
3. Escalas e perspectivas cônicas.
4. Planos e projeções oblíquos.
5. Escalímetro e normas técnicas.
2. A norma técnica regulamentadora NBR 10068 ABNT 
estabelece os tamanhos normalizados para as pranchas de 
desenhos técnicos, a partir das medidas de uma folha de 
papel retangular com 1,0 m² de área e relação entre seus 
lados igual a (≈1,4142). Já a NBR 8196 ABNT define que as 
escalas a serem usadas em desenho técnico são parâmetros 
para a escolha do formato da folha de desenho. Com base 
no estabelecido por essas duas normas, qual das alternativas 
abaixo seria um tamanho de papel conveniente para desenhar, 
em escala 1:20, o armário para medidores mostrado na figura 
1, sendo três peças gráficas: uma vista de frente, uma vista de 
lado e uma vista de cima? Considere uma distância mínima de 
50 mm e máxima de 80 mm entre um desenho e outro, bem 
como entre os desenhos e o quadro. Use a figura 2 para calcular 
os tamanhos dos desenhos, considerar os espaçamentos e 
definir a prancha.
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Figura 1 – Perspectiva com medidas
Fonte: O autor (2015)
1. Formato A4 (210 mm alt. x 297 mm larg.)
2. Formato A3 (420 mm larg. x 297 mm alt.)
3. Formato A2 (594 mm larg. x 420 mm alt.)
Figura 2 – Rascunho da prancha e posição dos desenhos
Fonte: O autor (2015)
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Figura 1 | Plano de arranjo geral de um iate
Fonte: O autor. Adaptado de <http://www.charterworld.com/news/wp-content/uploads/2010/11/
Galeon-78m-Yacht-General-Arrangement-Image-courtesy-of-Tony-Castro.jpg>. Acesso em: 13 
jun. 2015.
Uma engenheira de produção, trabalhando em um estaleiro 
que constrói iates e veleiros, com comprimento entre 60 
e 70 pés (1 pé = 0,3048 m) e boca (largura) entre 16 e 25 
pés percebeu que no departamento de projetos havia uma 
despesa excessiva com cópias de desenhos. Ao observar como 
os projetistas trabalhavam, constatou que as pranchas com 
desenhos de planos de arranjo geral, todas em escala 1:20, 
eram feitas em formatos de papel A0 (1188 x 840 mm), o que 
gerava um desperdício de papel em branco, uma vez que esse 
4. Formato A1 (840 mm larg. x 594 mm alt.)
5. Formato A0 (1188 mm larg. x 840 mm alt.)
3. As cópias de desenhos feitos em pranchas normalizadas 
devem ser dobradas, a fim de poderem ser acomodadas em 
pastas comuns e transportadas com facilidade. Qual o formato 
a que devem ser dobradas para esse fim?
1. Devem ser dobradas até o formato A3.
2. Devem ser dobradas até o formato A4.
3. Devem ser dobradas ao meio sucessivamente, até 
caberem numa pasta comum.
4. Devem ser dobradas até o formato ofício (215 x 315 mm).
5. Devem ser dobradas até o formato carta (216 x 279 mm).
4. No ramo da Engenharia Naval, o desenho técnico que 
representa a disposição dos espaços internos de uma 
embarcação é chamado de “plano de arranjo geral”. A figura 1, 
abaixo, é um exemplo desse tipo de desenho.
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Figura 2 | Croqui sem escala. Prancha típica encontrada pela 
engenheira
Fonte: O Autor. Adaptado de <http://www.dixonyachtdesign.com/designs/
superyachts-sail/performanceyachts/125images/ga.jpg>. Acesso em: 13 jun. 2015.
tipo de desenho costuma ser muito mais longo do que alto. A 
figura 2 ilustra o que a engenheira encontrou tipicamente no 
departamento de projetos:
A engenheira, então, buscando o formato de papel mínimo 
possível para esses desenhos, lembrou-se do item 3.1.3. da 
NBR 10068 ABNT – Folha de Desenho – Leiaute e Dimensões, 
no qual está escrito:
3.1.3 Formato especial - Sendo 
necessário formato fora dos padrões 
estabelecidos em 3.1.2, recomenda-se 
a escolha dos formatos de tal maneira 
que a largura ou o comprimento 
corresponda ao múltiplo ou submúltiplo 
do formato padrão. (ABNT, 1987, p. 2).
Assim, determinou ao departamento de projetos que 
estabelecesse um padrão para as pranchas de planos de arranjo 
geral, baseado neste item da NBR 10068, sendo que deveria 
sobrar sempre um espaço igual ou maior que 50 mm entre o 
desenho e as linhas superior, esquerda e direita do quadro. A 
figura 3 ilustra a proposta da engenheira aos projetistas:
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Figura 3 | Croqui sem escala. Proposta da engenheira aos projetistas
Fonte: O Autor. Adaptado de <http://www.dixonyachtdesign.com/designs/
superyachts-sail/performanceyachts/125images/ga.jpg>. Acesso em: 13 jun. 2015.
Diante da situação exposta, qual das opções abaixo apresenta 
um formato de prancha que atende às condições da NBR 
10068 ABNT para problemas como este, e ao mesmo tempo 
cumpre o determinado pela engenheira aos projetistas?
1. 2 vezes o formato A2, na horizontal.
2. 2 vezes o formato A1, na horizontal.
3. 1 formato A2 na horizontal + 1 formato 
A3 na vertical.
4. 1 formato A1 na horizontal + 1 formato 
A2 na vertical.
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5. 3 formatos A1 na vertical.
5. Ao representar os projetos é necessário escolher uma escala 
adequada. Associe os projetos da coluna da esquerda com as 
escalas de representação na coluna da direita, que sejam as mais 
adequadas para o desenho técnico desses projetos. Assinale a 
alternativa que apresenta a sequência correta de associações.
1. Desenho técnico mecânico, para peças com 
dimensões usuais, cujos desenhos em tamanho natural 
caibam nos formatos da série A.
Escala 1:5
2. Detalhamento de mobiliário e equipamentos em geral. Escala 1:20
3. Grandes conjuntos mecânicos, maquinário de porte 
grande.
Escala 10:1
4. Desenho de placas de circuitos em microeletrônica, 
com alto grau de detalhe.
Escala 1:1
5. Desenhos comuns de arquitetura e construção civil. Escala1:50
1. A   1 B   2 C   4 D   3 E   5
2. A   4 B   1 C   5 D   2 E   3
3. A   4 B   1 C   2 D   3 E   5
4. A   3 B   4 C   1 D   2 E   5
5. A   2 B   3 C   5 D   4 E   1
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Referências
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de representação em desenho técnico. Rio de Janeiro, 1989.
______. NBR 10068 – Folha de desenho ‑ Leiaute e dimensões. Rio de Janeiro, 1987.
______. NBR 10126 – Cotagem em desenho técnico. Rio de Janeiro, 1987.
______. NBR 10582 – Apresentação da folha para desenho técnico. Rio de Janeiro, 
1988.
______. NBR 10647 – Desenho técnico ‑ Terminologia. Rio de Janeiro, 1989.
______. NBR 12298 – Representação de área de corte por meio de hachuras em 
desenho técnico. Rio de Janeiro, 1995.
______. NBR 13142 – Desenho técnico ‑ Dobramento de cópia. Rio de Janeiro, 
1999.
______. NBR 13273 – Desenho técnico – Referência a itens. Rio de Janeiro, 1999.
______. NBR 13532 – Elaboração de projetos de edificações – Arquitetura. Rio de 
Janeiro, 1995.
______. NBR 6158 – Sistema de tolerâncias e ajustes. Rio de Janeiro, 1995.
______. NBR 6492 – Representação de projetos de arquitetura. Rio de Janeiro, 1995.
______. NBR 8196 – Desenho técnico – Emprego de escalas. Rio de Janeiro, 1999.
______. NBR 8402 – Execução de caractere para escrita em desenho técnico. Rio 
de Janeiro, 1994.
______. NBR 8403 – Aplicação de linhas em desenhos – Tipos de linhas – Larguras 
das linhas. Rio de Janeiro, 1984.
______. NBR 8993 – Representação convencional de partes roscadas em desenho 
técnico. Rio de Janeiro, 1985.
______. NBR8404 – Indicação do estadode superfície em desenhos técnicos. Rio 
U1
60 Noções Gerais de Desenho Técnico
de Janeiro, 1984.
ATHAYDE, Marcelo. Conversa com o Mestre – Exemplo 4. Boa Engenharia: 
Engenharia Civil Fácil e Inteligente! S.l.: Blog na Internet. Postagem de 22 fev. 
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BEIGHTON, Henry. The ENGINE for Raising Water (with a power made) by 
Fire. Gravura em papel, emoldurada em madeira, com vidro. Retrata a máquina 
a vapor de Thomas Newcomen. Col. Science Museum, Londres, objeto nº. 1730‑
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BRUNELLESCHI, Filippo. [Sem título]. Desenho em perspectiva do interior da igreja 
Santo Spirito, em Florença (Ca. 1428). Imagem de domínio público. Disponível 
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BURNS, Jabez. Coffee Roaster. Fotolitografia de N. Peters. Washington‑DC: 1881. 
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DABOV, T. et al. Handheld computing device. 2011‑1‑11 2011. Disponível em: 
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DÜRER, Albrecht. [Sem título]. Desenho de estudo de proporções do pé. In: _____. 
Hierinn sind begriffen vier Bucher… Nuremberg(?): Hieronymus Andreae, 1528, 
p. 52, il. Imagem licenciada como domínio público via Wikimedia Commons. 
<http://commons .wikimedia.org/wiki>. Disponível em: <http://archive.org/stream/
hierinnsindbegri00dure #page/52/mode/1up>. Acesso em: 13 mar. 2015.
Nesta seção, você conhecerá os princípios básicos da Geometria 
Descritiva, como a representação em épura, os planos convencionais de 
projeção que compõem os diedros sobre os quais se farão as projeções 
dos objetos. Verá o sistema mongeano de projeções ortogonais como 
recurso para manutenção da proporção entre os elementos do desenho. 
Aprenderá como manusear os instrumentos tradicionais de desenho 
técnico, cuja prática constitui a base para o traçado de qualquer desenho 
em CAD. Saberá como traçar retas, ângulos, círculos e tangências, bem 
como os diversos tipos de linhas, segundo seus significados.
Seção 1 | Geometria Descritiva Básica
Objetivos de aprendizagem: Esta unidade pretende capacitar você 
a utilizar as noções elementares da Geometria Descritiva, base de toda 
representação em desenho técnico projetivo. Vai conhecer e utilizar 
também as convenções gráficas para o desenho de cortes, seções, hachuras 
e encurtamentos. Você vai conhecer os instrumentos de desenho técnico e 
como utilizá‑los. Aprenderá a anotar e cotar seus desenhos, de acordo com 
as normas técnicas pertinentes, e conhecerá os tipos de representação de 
objetos em perspectivas axonométricas. A unidade está dividida em três 
seções, focalizando a parte prática da elaboração de desenhos técnicos.
Ananias de Assis Godoy Filho
Unidade 2
DESENHO PROJETIVO
Desenho Projetivo
U2
62
A segunda seção desta unidade completa o estudo das projeções 
ortogonais e vai falar também sobre como descrever completamente um 
objeto, através de desenhos em corte, com uso de hachuras, seções e 
encurtamentos. Você aprenderá sobre um dos mais importantes assuntos 
em desenho técnico: o dimensionamento ou cotagem. A Seção 2 termina 
mostrando a você os recursos mais usados para a produção de desenhos 
em perspectivas axonométricas, isto é, desenhos com aparência de 
possuírem volume, com elevado poder descritivo e de comunicação.
Seção 2 | Representação Gráfica em Desenho Técnico
Esta seção mostrará a você como se planeja o trabalho de desenho 
técnico, desde a análise do objeto a ser representado, passando pela 
escolha das peças gráficas essenciais, opcionais e legendas, até a 
definição da escala adequada e tamanho da prancha para a representação. 
Você também vai conhecer alguns critérios e princípios para uma boa 
diagramação da prancha. Ao final desta unidade, mostraremos a você 
algumas boas práticas que farão com que desenvolva seu trabalho de 
desenho de modo inteligente e produtivo, dentre estas a revisão final 
antes da entrega, de acordo com uma lista de verificação previamente 
elaborada (checklist).
Seção 3 | Planejando a prancha de desenho técnico
Desenho Projetivo
U2
63
Introdução à unidade
Quando Gaspard Monge terminou de formular os procedimentos da 
Geometria Descritiva e publicou seu livro, em fins do século XVIII, estabeleceu 
o mais original, genial, rigoroso e abrangente sistema de representação gráfica 
de objetos, que é usado até hoje em todos os tipos de indústrias. Os princípios 
deste ramo da Matemática são tão exatos, simples e robustos que se tornaram a 
base da representação gráfica usada por todos os softwares de desenho técnico 
que utilizamos no presente, seja para o desenho em duas dimensões ou para a 
modelagem tridimensional. A Geometria Descritiva, ou método mongeano das 
projeções, consolidou‑se como a base matemática para o desenho técnico 
projetivo — assunto desta unidade de ensino que você passa a estudar agora.
Nesta unidade, você vai conhecer os procedimentos elementares da Geometria 
Descritiva, na justa medida em que poderão ser úteis para o seu trabalho com 
desenhos técnicos. A Geometria Descritiva, no entanto, é bem mais vasta, e 
belíssima em seus métodos e procedimentos, todos de uma elegância ímpar. 
Temos certeza que você vai querer conhecê‑la mais a fundo quando terminar 
seus estudos desta matéria. Pelo momento, vamos levar você à compreensão e 
utilização prática de seus princípios fundamentais, como as projeções ortogonais 
nos espaços entre dois planos imaginários, a que o monge denominou diedros.
Com ajuda do método mongeano das projeções ortogonais, você vai 
saber desenhar vistas, cortes, detalhes e tudo o que necessitar para descrever 
graficamente os componentes de seus projetos. Nesta seção, apresentaremos a 
você as normas para anotação e cotagem dos desenhos, a utilização de texturas 
indicativas de superfícies (hachuras) e outros itens importantes. Depois de aprender 
a representar seus projetos a contento, inclusive com recursos de perspectivas 
axonométricas, você será capaz de planejar seu trabalho de desenho de acordo 
com a necessidade e características do componente do projeto. Para encerrar 
a unidade e levá‑lo a ter mais facilidade com o software gráfico (AutoCAD® ou 
QCAD®), vamos mostrar ainda algumas boas práticas que lhe darão produtividade 
no momento de produzir o desenho técnico.
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Desenho Projetivo
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Seção 1
Geometria Descritíva Básica
Introdução à seção
Como mencionamos, nesta seção mostraremos a você os procedimentos gráficos 
fundamentais da Geometria Descritiva, como a épura, os planos de projeções que 
compõem os diedros e o sistema mongeano de projeções ortogonais. Este recurso 
gráfico simples e poderoso mantém a proporção entre os elementos do desenho ao 
fazer uso da escala, possibilitando a perfeita semelhança entre o objeto imaginado 
e a representação dele. É essa característica de perfeita semelhança que permite 
a fabricação precisa dos artefatos, exatamente como projetamos. Vamos mostrar 
também como manusear os instrumentos tradicionais de desenho técnico. A prática 
no desenho manual tem‑se revelado um precioso recurso de aprendizagem, que 
vai lhe dar mais facilidade no desenho em CAD. Vamos abordar ainda o traçado de 
retas, ângulos, círculos e tangências, bem como os diversos tipos de linhas, segundo 
seus significados atribuídos pelas normas técnicas.
Que tal se você fizesse uma revisão dos conceitos da Geometria Plana 
que aprendeu no Ensino Fundamental e Médio? É possível que você 
tenha visto essa matéria com o nome de DesenhoGeométrico ou 
outro semelhante. Assim, você vai compreender melhor a Geometria 
Descritiva e ter mais facilidade com o traçado de retas, círculos e 
tangências, o que é essencial para o desenho técnico!
1.1 ÉPURA, DIEDROS, TRAÇADOS NO 1º E 3º DIEDROS
Para compreender o sistema mongeano de projeções e a representação dos 
objetos espaciais sobre um plano, é preciso antes entender exatamente o que se 
define por projeção em Geometria Descritiva.
Projeção A’ de um ponto A no espaço sobre um plano p é definida por um raio 
(segmento de reta com direção determinada) que, partindo do centro de projeção 
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O, passa por A e prossegue até atingir o plano p. Portanto, o centro de projeção O 
(de onde partem os raios), o ponto A (no espaço) e sua projeção A’ (no plano p) são 
necessariamente colineares, isto é, estão sobre a mesma reta de suporte do raio 
de projeção. Veja a Figura 2.1 e esses conceitos ficarão mais claros.
Figura 2.1 | Conceito de projeção de um ponto sobre um plano 
qualquer
Fonte: O autor (2015)
Todo sistema de projeção apresenta os elementos: um centro de projeção (que 
é o ponto de onde partem os raios), um ou mais objetos no espaço (no caso 
de nosso exemplo é o ponto A) e o plano de projeção. As retas que partem do 
centro de projeção passando pelos pontos a serem projetados e interceptam o 
plano de projeção são chamadas de retas projetantes. De acordo com a posição 
ocupada pelo centro de projeção (a uma distância finita ou situado no infinito), 
os sistemas de projeção serão cônicos ou cilíndricos. A Figura 2.2 nos mostra um 
sistema de projeção cônico. Observe como o triângulo A’‑B’‑C’ projetado é maior 
que o triângulo A‑B‑C no espaço.
Figura 2.2 | Sistema de projeção cônico
Fonte: O autor (2015)
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O sistema de projeção cônico tem o centro de projeção a uma distância finita 
do objeto, fazendo com que as projetantes sejam convergentes neste ponto, 
formando uma figura que lembra um cone, daí o seu nome. Este é o sistema usado 
para traçar a perspectiva cônica, também chamada mongeana, real ou exata, 
já que reproduz com precisão a percepção visual que temos da realidade, pois 
sempre vemos o objeto estando a uma distância finita dele. A Figura 2.3 mostra um 
esquema do sistema de projeção cilíndrico, no qual o centro de projeção está a 
uma distância infinita. Nesse caso, o ângulo de convergência das projetantes é tão 
pequeno que podemos considerá‑las paralelas.
Figura 2.3 | Sistema de projeção cilíndrica
Fonte: O autor (2015)
No caso da Figura 2.3 temos as projetantes incidindo sobre o plano p em um 
ângulo diferente de 90°. Então, diz‑se que este é um sistema de projeção cilíndrica 
oblíqua. Se as projetantes incidissem sobre o plano em um ângulo de 90°, diríamos 
que é um sistema de projeção cilíndrica ortogonal, o que é um caso particular 
do sistema cilíndrico de projeções em geral. A Figura 2.4 nos mostra esse caso 
particular, que é justamente o que se utiliza no desenho técnico projetivo.
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Figura 2.4 | Sistema de projeção cilíndrica ortogonal
Fonte: O autor (2015)
No sistema de projeção cilíndrica ortogonal (ou simplesmente sistema de 
projeção ortogonal), a projeção de um objeto tem perfeita semelhança de 
dimensões e proporções com ele. Este conceito está na base dos procedimentos 
da Geometria Descritiva e do desenho técnico projetivo. Através do uso das 
escalas de desenho, pode‑se descrever graficamente com exatidão matemática 
os artefatos componentes de um projeto ou um objeto existente cujas medidas 
tenhamos levantado com um instrumento, usando um paquímetro, por exemplo.
Como já dissemos, a base do sistema mongeano de projeções ortogonais 
consiste na representação de um objeto como se ele estivesse situado em um dos 
quadrantes definidos pela interseção de dois planos imaginários que se cruzam 
segundo um ângulo reto. Cada uma das quatro porções do espaço definida por 
esses planos é chamada de diedro (Gr.: di = dois + hédron = face). A Figura 2.5 
mostra um esquema de como seriam esses planos e os nomes dos diedros por 
eles definidos (às vezes também chamados de quadrantes).
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Figura 2.5 | Planos de projeção no sistema mongeano e designação dos 
diedros
Fonte: O autor (2015)
Monge imaginou um sistema de projeções ortogonais sobre esses planos. 
Como essa é uma concepção de natureza tridimensional, era preciso uma 
operação para possibilitar a representação dos objetos nas duas dimensões do 
plano do papel, através de suas projeções. Veja na Figura 2.6 a solução criativa 
proposta por Monge.
Figura 2.6 | Rebatimento do plano horizontal de projeção sobre o plano 
vertical de projeção
Fonte: O autor (2015)
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A solução que o matemático propôs foi imaginar uma rotação de 90°, 
no sentido horário, do Plano Horizontal de Projeção sobre o Plano Vertical de 
Projeção. Porém, um problema ainda permanecia: apenas as projeções nos planos 
frontal e horizontal não eram suficientes para esclarecer a forma de muitos objetos. 
Veja a Figura 2.7. As projeções nos dois planos principais aparecem como simples 
quadrados ou círculos, abrindo várias possibilidades de interpretação e deixando 
dúvidas sobre a forma verdadeira dos objetos que poderiam gerar tais projeções. 
Isso porque há casos em que objetos completamente diferentes podem dar 
origem a duas projeções exatamente iguais.
Figura 2.7 | Projeções iguais de objetos diferentes
Fonte: Disponível em: <http://det.ufc.br/desenho/?page_id=86>. Acesso em: 15 abr. 2015.
Em A vemos que, no plano frontal, um objeto projeta uma forma quadrada. Já 
no plano horizontal, vemos uma projeção circular e três quadradas. Somente essas 
projeções não são suficientes para sabermos de que objetos estamos tratando. A 
solução proposta por Monge foi acrescentar ao sistema de projeções um plano 
lateral auxiliar, ortogonal aos outros dois, para efetuar sobre ele as projeções de 
uma terceira direção projetante (Figura 2.7 B). Somente mediante as projeções 
em um terceiro plano é que se torna possível entender que os objetos projetantes 
neste exemplo são, a contar do fundo para frente, um cilindro de geratriz vertical, 
uma cunha, outro cilindro, de geratriz horizontal e um cubo (Figura 2.7 C).
Então, para representar no plano do papel esse terceiro plano de projeções, 
opera‑se um rebatimento deste plano, também sobre o plano frontal. A Figura 
2.8 mostra as operações de rebatimento do plano horizontal e do plano auxiliar 
de projeção sobre o plano frontal. O esquema gráfico que representa no papel as 
projeções dos objetos sobre esses planos rebatidos é o que se denomina épura. 
Assim, quando representamos os objetos segundo este sistema de projeções, 
dizemos que os objetos estão representados em épura.
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Figura 2.8 | Rebatimentos dos planos de projeção para gerar a épura
Fonte: O autor (2015)
Então, quando você for desenhar os objetos de seu projeto, estará utilizando 
os princípios decorrentes da representação em épura. Abaixo, na Figura 2.9, Veja 
como ficaria no papel a épura desse exemplo que acabamos de lhe mostrar.
Figura 2.9 | Épura do exemplo da Figura 2.8
Fonte: O autor (2015)
As coordenadas dos pontos nesse sistema são expressas segundo uma convenção 
que estabelece que a altura de um ponto em relação ao plano horizontal é chamada 
de cota; a distância desse ponto ao plano frontal é chamada de afastamento; e a 
distância do ponto ao plano lateral auxiliar é chamada de abscissa.
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Você pode ampliar seu conhecimento de Geometria Descritiva 
estudando em bons livros específicos desta matéria. Eles costumam 
trazer exercícios interessantes, cuja resolução é um excelente exercício 
que vai desenvolver muito a sua capacidade de visualização espacial. 
Uma outra fonte muito interessante e completa é a página da Profª. Drª 
Maria Bernardete Barison, da Universidade Estadual de Londrina, com 
toda a informação quevocê necessita para se aprofundar nos conceitos 
da Geometria Descritiva (GD), além de indicações de leituras. Consulte: 
<http://www.uel.br/cce/mat/geometrica/>. Acesso em: 20 jul. 2015.
Uma vez compreendido o sistema de projeções ortogonais, vamos explorar 
uma vez mais a NBR 10067. Logo na primeira página da norma, nos itens 3.1.1 
e 3.1.2, ela estabelece que os diedros utilizados serão o 1º e o 3º. Cabe ressaltar 
que o desenho técnico no 1º diedro é a praxe consagrada no meio profissional 
brasileiro, embora a norma admita o trabalho com o 3º diedro. A maioria dos 
países trabalha o desenho técnico no 1º diedro. Apenas os Estados Unidos e o 
Canadá ainda trabalham com o 3º diedro. Para todos os nossos estudos, então, 
você fará as projeções no 1º diedro.
A Figura 1 e a Figura 2 da NBR 10067 são um pouco difíceis de entender. Isso 
porque elas aparecem giradas 90° para a esquerda, em relação à posição de leitura 
dos desenhos. As duas figuras na folha inicial da norma, pensadas para serem 
símbolos indicativos do diedro com que estamos trabalhando, representam um 
tronco de cone através de suas projeções no plano frontal e horizontal. Veja as 
figuras 2.10 e 2.11, extraídas da referida norma.
Figura 2.10 - Da NBR 10067: Projeções de 
um tronco de cone no 1º diedro
Figura 2.11 - Da NBR 10067: Projeções de 
um tronco de cone no 3º diedro
 Fonte: ABNT (1995, p. 1) Fonte: ABNT (1995, p. 1)
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Veja as figuras 2.12, 2.13, 2.14 e 2.15 a seguir e esses desenhos da norma ficarão 
mais claros para você.
Figura 2.12 | Projeções do objeto referido pela NBR 10067
Fonte: O autor (2015)
Veja que as projeções no 1º e no 3º diedros geram épuras com os desenhos em 
posições diferentes. Na Figura 2.13 mostramos o rebatimento do plano horizontal 
sobre o frontal. Procure entender como ficam épuras que representam as posições 
das projeções em vista frontal e superior em cada um dos diedros.
Figura 2.13 | Rebatimento do plano horizontal sobre o frontal, no caso 
da NBR 10067
Fonte: O autor (2015)
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Agora que você verificou como a posição dos objetos nos diedros vão modificar 
as épuras que os descrevem, vamos mostrar mais uma vez as figuras da NBR 10067, 
só que na posição usual de visualização, com o acréscimo da marcação da Linha 
de Terra na horizontal, como normalmente se faz. Temos certeza de que você não 
terá mais dúvidas sobre as representações nos diedros. Lembrando: Vamos usar 
apenas o 1º diedro!
Como você pode ver, a Figura 2.14 nos parece muito mais familiar, com a 
vista frontal (projeção no plano vertical) na parte de cima da LT, ou seja, no plano 
vertical; e a vista superior abaixo da mesma. Já a Figura 2.15, épura do 3º diedro, é 
de leitura mais difícil.
Figura 2.14 - Da NBR 10067: Épura 
do tronco de cone no 1º diedro, 
reposicionada
Figura 2.15 - da NBR 10067: Épura 
do tronco de cone no 3º diedro, 
reposicionada
 Fonte: O autor (2015) Fonte: O autor (2015)
1.2 PROJEÇÃO ORTOGONAL: VISTAS ORTOGONAIS
Vimos nos exemplos e figuras anteriores que é necessário, no mínimo, três 
vistas para descrever um objeto — uma vista frontal, uma superior e uma lateral. 
Mais que necessário: essas são as mínimas obrigatórias, segundo a NBR 10067. Mas 
existem situações em que o objeto, devido ao grau de detalhe ou complexidade 
do volume, vai requerer do projetista o desenho de outras vistas. A NBR 10067 é 
bem clara sobre as vistas que devemos desenhar, bem como sobre os critérios 
para escolhe e posicionamento. Na norma lemos:
4.4 Escolha das vistas
4.4.1 Vista principal
A vista mais importante de uma peça deve ser utilizada como 
vista frontal ou principal. Geralmente esta vista representa a 
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peça na sua posição de utilização.
4.4.2 Outras vistas
Quando outras vistas forem necessárias, inclusive cortes e/ou 
seções, elas devem ser selecionadas conforme os seguintes 
critérios:
a) usar o menor número de vistas;
b) evitar repetição de detalhes;
c) evitar linhas tracejadas desnecessárias.
4.5 Determinação do número de vistas
Devem ser executadas tantas vistas quantas forem necessárias 
à caracterização da forma da peça, sendo preferíveis vistas, 
cortes ou seções ao emprego de grande quantidade de linhas 
tracejadas.
4.6 Vistas especiais
4.6.1 Vista fora de posição
Não sendo possível ou conveniente representar uma ou mais 
vistas na posição determinada pelo método de projeção, 
pode-se localizá-las em outras posições, com exceção da vista 
principal [...] (ABNT, 1995, p. 3-4).
Estas determinações são coerentes com a recomendação de uso do 1º diedro. 
Na mesma norma, na p. 2, temos as figuras 3, 4‑a e 4‑b (aqui numeradas 2.16 e 
2.17) que reproduzimos adiante, para que fiquem claros para você os nomes e 
posições das vistas que vai produzir para seus projetos. Veja o que diz a NBR 10067 
quanto aos nomes e posições das vistas (ABNT, 1995, p. 2):
4 Condições específicas
4.1 Denominação das vistas
Os nomes das vistas indicadas na Figura 3 [neste livro, Figura 
54] são os seguintes:
a) vista frontal (a);
b) vista superior (b);
c) vista lateral esquerda (c);
d) vista lateral direita (d);
e) vista inferior (e);
f) vista posterior (f).
4.2 Posição relativa das vistas no 1º diedro
Fixando a vista frontal (A) conforme as Figuras 4-(a) e 4-(b) 
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[neste livro, ambas na figura 55], as posições relativas das 
outras vistas são as seguintes:.
a) vista superior (B), posicionada abaixo;
b) vista lateral esquerda (C), posicionada à direita;
c) vista lateral direita (D), posicionada à esquerda;
d) vista inferior (E), posicionada acima;
e) vista posterior (F), posicionada à direita ou à esquerda, 
conforme a conveniência.
Figura 2.16 | Denominação das vistas no 1º diedro
Fonte: ABNT (1995, p. 2)
Figura 2.17 | Vistas principais e complementares (1º diedro)
Fonte: Adaptada de ABNT (1995. p. 2)
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Com o estudo desta subseção, você já dispõe de uma parcela significativa 
do conhecimento que precisa para começar a produzir seus desenhos. Este foi 
o início da parte teórica relativa ao desenho técnico. Mas ainda falta conhecer 
os instrumentos tradicionais de desenho técnico e como usá‑los, isto é: as 
técnicas de desenho. Este é o assunto da próxima subseção. Nesta parte do 
curso, dado o caráter essencialmente prático da matéria, você precisará de todo 
apoio dos professores e tutores. Nunca deixe acumular dúvidas, especialmente 
neste momento. E pratique as técnicas de desenho exatamente do modo como 
mostraremos a você. Elas são o resultado de mais de 200 anos de experimentação 
e tentativas bem‑sucedidas dos que enfrentaram antes de nós a tarefa de produzir 
desenhos técnicos, sempre aperfeiçoando seus métodos e procedimentos. Muitos 
desses modos de trabalhar não são nada intuitivos, aliás, quase todos são opostos 
ao que faríamos naturalmente. As técnicas de desenho manual refletem a lógica 
inerente às formas e suas propriedades. Você verá isso de maneira muito evidente 
quando abordarmos o traçado de retas, círculos e tangências, por exemplo.
1.3 UTILIZAÇÃO DOS MATERIAIS E INSTRUMENTOS
Preparado(a)? Motivado(a)? Espero que sim, porque agora chegou a hora de “pôr 
a mão na massa”! Nesta subseção, você vai conhecer os instrumentos de desenho e 
seu manuseio. Fará os primeiros exercícios de traçado e desenvolverá as habilidades 
básicas para usar os instrumentos. Aprenderá como posicionar os esquadros, tanto 
para traçar perpendiculares como para marcar os ângulos mais usados, verá como 
fazer leituras de graus em um transferidor, como traçar círculos com o compasso 
e outras. Para colocar em prática os conhecimentos que você vai adquirir nesta 
subseção, deverá providenciar os seguintes materiais e instrumentos de desenho:
• Um bloco de papel sulfite, formato A3, com margem (formato e quadro) 
impressa. Isso significa que o papel deverá ter um excesso de 10 mm em toda 
a volta, conforme determina a NBR 10068. Nesse caso,seu bloco deverá ter 
aproximadamente 440 x 317 mm. Se o seu professor ou tutor recomendar outro 
tipo, papel manteiga, p. ex., siga as orientações dele(a).
• Fita crepe 19 mm de largura, para prender o desenho na mesa de desenho.
• Uma lapiseira 0,5 mm, com grafite HB ou F. Observe que sua lapiseira deverá 
ter a extremidade da ponta (a última seção do tubo fino, de onde sai o grafite) 
cilíndrica e fixa. Existem algumas lapiseiras com ponta cônica e retrátil. Esse tipo 
não é indicado.
• Uma lapiseira 0,3 mm, idem. Esta ferramenta é opcional. Veja se você se adapta 
a fazer linhas muito leves e finas, mesmo com a 0,5 mm. Se sentir dificuldade, 
talvez a compra de uma lapiseira dessas facilite seu trabalho.
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Figura 2.18 | Lapiseira 0,5 mm, extremidade da ponta cilíndrica e fixa
Fonte: Disponível em: <http://www.pentel.com.br/includes/images/produtos/pentel_20110106183258.jpg>. 
Acesso em: 15 abr. 2015.
• Uma borracha macia, branca, de plástico especial para desenho técnico. Evite as 
de borracha cinza e as muito abrasivas.
• Uma régua paralela de 80 cm. Pode ser substituída por uma régua “T”, com 
bordas de acrílico incolor e cabeçote fixo. Ambas vão funcionar melhor em uma 
mesa de bordas bem retas e verticais, com quina vivas entre tampo e borda. Essa 
característica permite fixar as ferragens da régua paralela ou apoiar o cabeçote 
da régua “T” com precisão.
• Um jogo de esquadros de acrílico ou policarbonato incolor, borda reta, sem 
rebaixo e sem graduação, na medida de 32 cm.
• Um transferidor de acrílico incolor, do tipo semicircular ou circular, de boa marca 
e graduações precisas.
Figura 2.19 | Transferidores, circular e semicircular
Fonte: Disponível em: <http://www.trident.com.br/>. Acesso em: 15 abr. 2015.
• 1 escalímetro triangular com 6 escalas (1/125; 1/100; 1/75; 1/50; 1:25, 1/20).
• Um compasso de boa qualidade, pernas sem folgas, para grafite 2,0 mm comum, 
dureza HB ou F.
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Figura 2.20 | Compasso para grafite 2,0 mm
Fonte: Disponível em: <http://www.trident.com.br/>. Acesso em: 15 abr. 2015.
Para começar a desenhar, você deve prender sua folha de papel com fita crepe 
na mesa. A posição dos pedaços de fita deve ser como na figura, para evitar rasgar 
o papel no momento de soltar a folha, após o término do trabalho. A folha deve 
ser alinhada pela régua, nunca pelas bordas da mesa. Por isso você já deverá ter 
instalada a régua paralela ou posicionada a régua “T”. Então, se a régua estiver 
desalinhada da mesa alguns milímetros, isso não terá influência em seu trabalho, 
uma vez que a fixação da folha acompanha o alinhamento da régua.
A régua é o principal instrumento de desenho técnico, e você vai usá‑la para 
apoiar os demais instrumentos. Desloca‑se a régua para cima e para baixo na 
mesa para traçar paralelas horizontais e para apoiar os esquadros, quando traçar 
paralelas verticais e inclinadas. Você pode usar o lado de cima ou o lado de baixo 
da régua para traçar ou deslizar os esquadros, tanto faz. Em mesas grandes, é 
comum deslizar os esquadros pela parte de baixo da régua, quando desenhamos 
no alto da folha. A figura a seguir mostra algumas situações comuns de interação 
régua‑esquadros. Procure se familiarizar com elas. As figuras 2.21 a 2.23, a seguir, 
vão mostrar a você alguns procedimentos básicos para o desenho.
Figura 2.21 | Movimentos básicos para traçar paralelas e perpendiculares
Fonte: Pereira (2012, p. 25)
As paralelas em ângulos se traçam com os esquadros apoiados na régua, 
deslizando‑se os mesmos para os lados. Procure traçar sempre do lado esquerdo 
dos esquadros, se for destro, ou do lado direito se for canhoto. Os traços verticais 
sempre se fazem de baixo para cima, junto ao esquadro. Quando estiver usando 
dois esquadros, um servirá de apoio, o outro se desloca e permite traçar as paralelas.
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Figura 2.22 | Traçado de paralelas em ângulos, régua ou um dos esquadros como 
apoio
Fonte: Pereira (2012, p. 24)
Quando é necessário traçar retas nos ângulos múltiplos de 15° que não os de 
30°, 45° ou 60°, usamos os esquadros de 45°‑45° e de 30°‑60° em associação. 
Veja a Figura 2.23.
Figura 2.23 | Traçado de reatas inclinadas com esquadros associados
Fonte: Pereira (2012, p. 25)
Um instrumento essencial para o desenho técnico é o compasso. Vamos 
conhecer suas partes e saber como usá‑lo. A Figura 2.24 mostra um modelo 
econômico de compasso comum para desenho técnico:
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Figura 2.24 | Partes do compasso
Fonte: O autor (2015)
1. Ponta seca. Ponta metálica afiada, fixa o 
centro de circunferências e arcos.
2. Roda de aperto da ponta seca e do articulador 
da ponta, quando existe.
3. Ponta de grafite 2,0 mm HB ou F, chanfrado 
com lixa (Fig. 2.26).
4. Roda de aperto do grafite.
5. Roda de aperto do suporte do grafite, nos 
modelos em que este pode ser substituído 
por um adaptador para canetas.
6. Pernas do compasso.
7. Roda de aperto do extensor da perna, 
quando há.
8. Capa da engrenagem de articulação.
9. Cabo ou pivô recartilhado.
Uma providência importante, antes de usar o compasso é alinhar a ponta seca 
com a de grafite, para haver um nivelamento do instrumento, facilitando assim o 
traçado. Veja a Figura 2.25 com um detalhe do alinhamento das pontas.
Figura 2.25 | Alinhamento das pontas do compasso
Fonte: O autor (2015)
A ponta de grafite deve ser chanfrada com lixa, ficando como na Figura 2.26:
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Figura 2.26 | Ponta de grafite chanfrada
Fonte: O autor (2015)
Para traçar arcos e círculos, proceda da seguinte maneira (Figura 2.27):
Figura 2.27 | Como traçar com o compasso
Fonte: Adaptado e traduzido pelo autor, a partir de: <http://rvhs-denyer.com/web-back/cad/units&tasks/led-ch-3-
dftg-techniques/>. Acesso em: 16 abr. 2015.
Com essas instruções você já pode começar a fazer seus primeiros exercícios 
de traçado. Vamos, na próxima subseção, rever alguns algoritmos gráficos que 
você deve ter visto em algum momento de sua trajetória de estudos, talvez no 
Ensino Fundamental, Médio ou algum curso técnico que tenha frequentado. 
Vamos abordar o traçado de retas, ângulos, círculos e tangências. Papel peso na 
prancheta, materiais a postos, e vamos começar.
1.4 RETAS, ÂNGULOS, CÍRCULOS E TANGÊNCIAS
Nesta subseção, você aprenderá a traçar retas, ângulos, círculos e tangências. 
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Vamos começar com alguns algoritmos gráficos essenciais para o traçado de 
praticamente qualquer desenho técnico.
Para traçar retas horizontais, use a régua paralela ou “T”. Para traçar linhas verticais, 
apoie um dos esquadros na régua e, de baixo para cima, pelo lado esquerdo do 
esquadro (se você é destro(a)), trace a vertical. Lembre‑se: traça‑se assim porque 
a luz de seu ambiente de desenho deve vir pelo seu lado esquerdo (se você é 
destro(a)). Além disso, o grafite não deve entrar em contato com os esquadros. Por 
mais antinatural que traçar assim lhe pareça, habitue‑se a traçar desse modo, pois é 
como fazem os profissionais para obter um desenho preciso e limpo.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1) Traçado da mediatriz de um segmento qualquer — Seja um segmento sobre 
a reta de suporte r, traçar, sem uso de escalímetro, a mediatriz do segmento.
a) Com a régua paralela, trace um segmento de 
comprimento qualquer, aprox. como o da figura.
b) Coloque a ponta seca do compasso em A e 
abra‑o um pouco além da metade do segmento.
c) Trace um arco de circunferência como na figura.
d) Repita o procedimento, agora centralizando o 
compasso em B. Os arcos se cruzarão em dois 
pontos, acima de .
e) Faça passar por esses dois pontos uma reta. 
Esta terá um ponto sobre . Este ponto é o 
ponto médio do segmento. A reta que uniu os 
pontos de cruzamento dos arcos é a mediatriz.
2) Traçado de uma reta perpendicular à outra, passando por um ponto — Seja a 
reta r e um ponto P fora dela, traçar por P uma reta perpendicular a r.
Desenho Projetivo
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a) Com a régua paralela,trace um segmento de 
comprimento qualquer, aproximadamente 
como o da figura, e determine um ponto P a 
uma distância qualquer.
b) Coloque a ponta seca do compasso em P e 
abra‑o um pouco além do segmento.
c) Trace um arco de circunferência como na 
figura e determine os pontos A e B.
d) Repita o procedimento de traçado da mediatriz, 
agora centrando o compasso nos pontos A e B. 
Os arcos se cruzarão no ponto Q.
e) Faça passar por P e Q uma reta. Esta será 
perpendicular a , portanto, a r.
3) Traçado de uma reta paralela à outra, segundo uma dada distância — Seja a 
reta r e o segmento , traçar uma reta paralela a r, a uma distância = .
a) Trace a reta r como na figura, e defina, m 
outra parte do papel, um segmento 
de comprimento qualquer. Sobre a reta 
r, determine dois pontos a uma distância 
qualquer, A e B.
b) Abra o compasso na distância . Coloque 
a ponta seca em A e trace um arco, como na 
figura. Repita o procedimento, agora usando B 
como centro.
c) Usando o procedimento do exercício anterior, 
o de traçado de uma perpendicular por um 
ponto dado, faça passar por A e por B duas 
retas perpendiculares a r.
d) Essas retas determinarão os pontos E e F. Uma 
reta que passe por E e F será paralela a r.
Desenho Projetivo
U2
85
4) Traçado da bissetriz de um ângulo — A bissetriz de um ângulo é a reta que 
divide esse ângulo em dois ângulos iguais. Seja um ângulo qualquer α, com 
centro em O. Traçar, sem uso de transferidor ou escalímetro, a bissetriz de α.
a) Trace um ângulo α qualquer, como o da figura, 
por exemplo.
b) Centralize o compasso em O. Traçe um arco 
como o da figura. Este vai determinar dois pontos, 
A e B, sobre as retas que formam o ângulo.
c) Centralize o compasso em A e trace um arco 
de raio maior do que ½ do arco A∩B, como na 
figura. Repita o procedimento, agora usando B 
como centro.
d) O cruzamento desses dois arcos vai definir o 
ponto P.
e) Uma reta que passe por P e por O é a bissetriz 
do ângulo.
5) Divisão de um segmento de reta em partes iguais — Aplicação do Teorema de 
Tales. A tradição atribui este teorema ao filósofo grego Tales de Mileto. Ele teria 
descoberto que duas retas quaisquer, transversais a um feixe de retas paralelas, 
determinam segmentos proporcionais nas transversais. Seja um segmento de 
reta , de comprimento qualquer. Dividir, sem uso de escalímetro, o segmento 
em 6 partes iguais.
a) Faz‑se passar por A uma reta qualquer (reta de 
cima, neste exemplo).
b) Abre‑se o compasso em uma distância 
qualquer, menor que o segmento , no caso 
desta figura, marcou‑se a distância entre A e 1.
c) Com a ponta seca em 1, repete‑se a marcação da 
distância A-1 outras cinco vezes, determinando 
os pontos equidistantes 2, 3, 4, 5 e 6.
d) Une‑se o ponto 6 ao B. Passam‑se então paralelas 
a B-6 por cada um dos pontos 5, 4, 3, 2 e 1,
e) O cruzamento dessas paralelas com 
determina os pontos 1’, 2’, 3’, 4’ e 5’, bem 
como as seis divisões iguais de .
Desenho Projetivo
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86
6) Traçado de figuras com círculos, concordâncias e tangências — Para traçar as 
figuras geométricas que envolvem circunferências, concordâncias e tangências, 
vamos relembrar algumas definições elementares.
Uma circunferência é a figura geométrica plana definida por um ponto 
central e pelo raio. Podemos também pensar numa circunferência como sendo 
a representação gráfica de todos os pontos coplanares situados a uma mesma 
distância R de um ponto nesse plano; ou ainda como a representação gráfica de 
todas as posições possíveis de um ponto no plano a uma distância R de outro 
nesse plano (o centro).
Para o desenho técnico, saber determinar os pontos que definem circunferências 
ou arcos, a partir da forma geral de outras figuras geométricas adjacentes, é assunto 
de enorme importância. Observe à sua volta a quantidade de artefatos nos quais a 
geometria mostra a conjugação de retas, círculos e arcos em perfeita continuidade. 
Veja as figuras de peças muito comuns que exibem essa característica:
Figura 2.28 | Peças mecânicas com retas, círculos e arcos
Fonte: Metalúrgica Golin (2010)
As concordâncias entre retas e círculos, retas e arcos, arcos de raios diferentes 
está presente no design de inumeráveis objetos. Para desenhar com precisão 
as formas de objetos que possuem essa característica, é essencial para você, 
estudante, conhecer e adquirir prática com os princípios que permitem atingir 
esse objetivo. Vamos, então, iniciar com o conceito de tangência, pois da 
compreensão deste derivam todos os demais procedimentos de desenho que 
envolvem circunferências.
Desenho Projetivo
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87
No estudo sobre as circunferências, um conceito importante a ser estudado 
é o das retas tangentes a uma circunferência. Para realizarmos esse estudo, é 
necessário compreender as posições que um ponto pode assumir em relação a 
uma circunferência.
Observando as possibilidades de posição de um ponto em relação a uma 
circunferência, podemos concluir alguns fatos relacionados às retas tangentes. 
Constatamos que existem somente três posições relativas de um ponto em 
relação a uma circunferência. Ou o ponto está no interior da circunferência, ou 
pertence à figura ou está fora dela. Para cada posição, temos situações diferentes 
com relação à tangente (Figura 2.29):
• Ponto interno à circunferência: não é possível traçar uma reta tangente por esse 
ponto.
• Ponto pertencente à circunferência: por esse ponto podemos ter apenas uma 
reta tangente, pois ele é o próprio ponto de tangência.
• Ponto externo à circunferência: por esse ponto podemos traçar duas retas 
tangentes à circunferência.
A posição relativa de ponto à circunferência depende da distância do ponto ao 
centro da circunferência.
Figura 2.29 | Posições relativas de um ponto e uma circunferência
Fonte: O autor (2015)
Devemos relembrar alguns fatos importantes acerca da geometria analítica:
Desenho Projetivo
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88
• A menor distância de um ponto a uma reta é sempre um segmento perpendicular 
a esta reta;
• A reta tangente sempre será perpendicular ao raio no seu ponto de tangência.
Relacionando os dois fatos anteriores, pode‑se afirmar que a distância da reta 
tangente ao centro deverá sempre ser igual ao raio.
Uma vez compreendidos estes conceitos, vamos praticar um pouco o traçado 
das tangentes? Você vai precisar de seu compasso com a ponta bem lixada e um 
cuidado especial no traçado com os esquadros. Estes traçados darão certo com 
circunferências de qualquer raio. Para facilitar, tente fazer as circunferências com 
cerca de 8 cm de diâmetro (raio ≅4 cm).
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
7) Traçado da tangente a uma circunferência por um ponto qualquer sobre 
a mesma — Seja a circunferência definida por um raio de comprimento . 
Traçar uma tangente por um ponto qualquer na circunferência.
a) Abra o compasso na dimensão . Trace a 
circunferência.
b) Trace com esquadro, em qualquer ângulo, 
uma reta que passe pelo centro e determine o 
ponto A. Prolongue um pouco essa reta.
c) Centralize o compasso em A e abra‑o além da 
metade da distância . Marque os pontos b 
e d.
d) Agora, usando b e d como centros, trace 
segmentos de arcos que se cruzem, como 
procederia para achar a mediatriz de um 
segmento.
e) A reta que passa pelos arcos que se cruzam 
e pelo ponto A é tangente à circunferência e 
perpendicular ao raio.
Desenho Projetivo
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8) Traçado da tangente a uma circunferência por um ponto qualquer situado fora 
da mesma — Seja uma circunferência de centro C e raio qualquer, e o ponto A, 
situado fora da mesma. Traçar as tangentes à circunferência a partir de A.
a) Abra o compasso em uma distância qualquer para assumir um raio, cerca de 4 
ou 5 cm.
b) Determine um ponto A numa distância qualquer fora da circunferência.
c) Trace com o esquadro uma reta passando por C e por A.
d) Abra o compasso numa distância visivelmente maior que a metade do 
comprimento . Usando C e A como centros, trace a mediatriz de e 
determine o ponto M.
e) Abra o compasso na distância.
f) Agora, centralize o compasso em M e trace um arco que, passando pelo centro 
C vai determinar os pontos T1 e T2.
g) Trace, então, os raios e .
h) As duas retas que passam por A, T1 e T2 são tangentes à circunferência e 
perpendiculares aos raios e .
Vamos agora passar para uma aplicação prática destes conhecimentos sobre 
círculo e tangências. Você vai aprender a traçar concordâncias ou arredondamentos. 
Este é um procedimento muito frequente em desenho técnico, por isso dedique 
Desenho Projetivo
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90
toda sua atenção ao assunto. Perceba que todas as arestas arredondadas e 
concordâncias das peças que você viu na figura foram projetadas segundo esse 
procedimento. Você aprenderá a traçar:
• A concordância entre duas retas.
• A concordância de um arco com uma reta e outro arco.
• A concordância de um arco com outros dois.
Vejamos a teoria desses traçados geométricos:
9) Traçado da concordância entre duas retas concorrentes quaisquer, com um raio 
qualquer — Sejam duas retas, r e s, que fazem entre si um ângulo qualquer e se 
interceptam no ponto A. Traçar a concordância entre essas retas, sendo o raio 
qualquer. Veja a figura abaixo, com o passo a passo da construção dessa geometria:
a) Duas retas r e s se cruzam em um ângulo qualquer, originando o ponto A.
b) Utilizando o que você viu no exercício 3 (traçado de uma reta paralela a outra, 
numa dada distância), foram traçadas as retas r' // r e s' // s. As novas retas 
Desenho Projetivo
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91
originam o ponto O.
c) Pelo ponto O, traçam‑se duas retas perpendiculares a r e a s, originando os 
pontos K e K'. Estes são os pontos de tangência para a concordância do arco, 
segundo um raio = = . Compasso com centro em O, para traçar o arco 
K∩K’, perfeitamente concordante com r e s.
d) Apagam‑se as linhas de rascunho e reforçam‑se as linhas de interesse.
10) Traçado da concordância de um arco com uma reta segundo um raio dado 
— Seja uma reta r e um arco A∩B. Deseja‑se traçar a concordância entre a reta 
e o arco, sendo o raio = .
a) Trace a reta r, o arco A∩B e o segmento , aproximadamente como na figura.
b) Determine o ponto médio do arco A∩B, através do traçado da mediatriz, como 
faria para um segmento de reta. A mediatriz origina o ponto M sobre A∩B. Trace 
as mediatrizes dos arcos A∩M e M∩B. O ponto de convergência das mediatrizes 
é o centro O do arco.
c) Abra o compasso no comprimento . Sobre o prolongamento da mediatriz 
de A∩B faça uma marca, usando M como centro.
Desenho Projetivo
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• Agora, com a ponta seca em O, abra o compasso até a marca que fez sobre a 
mediatriz mencionada. Use de novo o compasso, com o centro em O e abertura 
daí até a marca. Trace então um arco de raio = + , paralelo a A∩B.
• Depois, usando os esquadros e a régua paralela ou “T” (ou o procedimento 
mostrado no exercício 3), trace, acima de r, uma reta paralela a uma distância 
= .
• O cruzamento dessa reta com o arco paralelo a A∩B origina o ponto P, que 
é o centro da concordância.
• Traçando o segmento , determina‑se o ponto Q, que é o ponto de 
tangência da concordância, sobre o arco A∩B.
• Traçando‑se por P uma perpendicular a r, determinamos o ponto de 
tangência da concordância sobre a reta r.
• Compasso com ponta seca em P e abertura = traça o arco Q∩Q’, que é 
o arco concordante com r e A∩B.
d) Apagam‑se as linhas de rascunho, e reforçam‑se as linhas que interessam para 
a figura.
Existe ainda outra possibilidade de concordância entre um arco com centro em O, 
sendo raio = e a reta r. Veja a Figura 7.2 e tente sozinho traçar esta outra alternativa.
11) Traçado da concordância de dois arcos quaisquer, dado o raio — Sejam os 
arcos: C∩D, com centro em O e E∩F com centro em P. Traçar a concordância 
entre os dois arcos, tal que possua raio = .
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a) Trace dois arcos quaisquer, aproximadamente como na figura: D∩C, com 
centro em O, e E∩F, com centro em P. Trace também um segmento AB, para 
ser o raio da concordância.
b) Trace por O uma reta que intercepte o arco C∩D e vá além dele, determinando 
assim o ponto A'. Faça o mesmo com relação ao arco E∩F e determine o ponto A”.
• Abra o compasso na distância . Com centro em A', faça uma marca sobre 
a reta que contém (além do ponto A'). Essa marca determina B'. Proceda 
da mesma forma com relação à reta que contém e determine B".
• Coloque a ponta seca do compasso em O e abra na distância . Trace um 
arco paralelo a C∩D como no exemplo. Repita o procedimento, agora usando 
P como centro e a distância como raio de um arco paralelo a E∩F.
• O cruzamento desses dois novos arcos determina o ponto Q, centro da 
concordância.
c) Trace, a partir dos centros O e P, duas retas que passem pelo centro de 
concordância Q. Os pontos K e K' originados dos cruzamentos dessas retas 
com os arcos C∩D e E∩F são os pontos de tangência da concordância. 
Centralize o compasso em Q, abra até K ou K' e trace o arco concordante com 
os dois arcos iniciais C∩D e E∩F. Está traçada a concordância de raio = .
d) Apague as linhas de rascunho e marcação, e reforce as que interessam para 
Desenho Projetivo
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o trabalho.
Como você viu, o traçado de concordâncias, ângulos, círculos e tangências é 
sempre feito segundo procedimentos especiais. Note bem que, em toda situação 
em que se deseja traçar uma concordância, sempre haverá dois centros na 
extremidade de um segmento de reta cujo comprimento é a soma dos raios dos 
arcos envolvidos na concordância, dois a dois. Pratique outros exercícios desse 
tipo e não terá dificuldade com concordâncias.
1.5 USO DAS LINHAS CONTÍNUAS, TRACEJADAS E TRAÇO-PONTO
O uso das diferentes linhas em desenho técnico não é aleatório nem está sujeito 
à inventividade ou gosto pessoal de cada projetista. Ele é regulamentado pela NBR 
8403 – Aplicação de linhas em desenhos – Tipos de linhas – Larguras das linhas. 
É uma norma muito antiga, há mais de 30 anos sem atualização.
O desenvolvimento e popularização da computação gráfica nas últimas 
décadas mudou completamente o modo de trabalhar com desenhos técnicos. 
Esta norma, no entanto, foi formulada no tempo do desenho técnico feito à mão. 
Até 1995, ano em que os programas para CAD ficaram mais baratos e começaram 
a se popularizar, praticamente todos os desenhos técnicos eram feitos assim. 
Fases importantes e críticas do trabalho nessa época eram o arquivamento e a 
reprodução dos desenhos: a primeira, devido à fragilidade e aos tamanhos díspares 
dos originais; a segunda devido aos processos de cópia caros, pouco precisos, 
lentos e muito delicados de então.
Assim, a NBR 8403 reflete essa preocupação quando detalha minuciosamente 
a questão da largura das linhas no processo de redução e ampliação por 
microfilmagem, por exemplo, recurso este raramente usado hoje em dia. 
Atualmente, os desenhos são armazenados em meios digitais, sendo plotados 
em escala (impressos em impressoras grandes, chamadas plotters), reduzidos ou 
ampliados fácil e fielmente através de equipamentos eletrônicos que geram cópias 
baratas e precisas.
A NBR 8403 foi baseada na norma internacional ISO 128‑1982 (ABNT, 1984). No 
presente, a ISO 128‑1982 foi substituída pela ISO 128‑1:2003, com estes últimos 
quatro dígitos indicando o ano (2003). A designação “ISO 128” refere‑se, na 
verdade, a uma coleção de doze normas, relativas a uso de linhas em vários tipos de 
desenhos técnicos, convenções para desenhos de vistas, desenhos de engenharia 
mecânica, cortes e seções e representação de áreas cortadas e seccionadas. Não 
vamos aqui esmiuçar os detalhes dessa coleção de normas. O que importa para 
você neste momento é saber que as indicações dos tipos e finalidades das linhas 
determinados pela NBR 8403 são a parte que mais interessa, continua vigente e 
Desenho Projetivo
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95
não é afetada por questões referentes a microfilmagem, por exemplo.
O objetivo da NBR 8403 é fixar os tipos e o escalonamento de larguras de linhas 
para uso em desenhos técnicos e documentos semelhantes, tomando‑sepor base 
as espessuras de penas de canetas a nanquim que eram usadas naquele tempo. Com 
o advento do projeto auxiliado por computador (Computer‑Aided Design – CAD), 
várias daquelas recomendações tornaram‑se sem sentido. Vamos, na sequência, 
mencionar os itens e subitens da norma e comentar brevemente cada um.
Quadro 2.1 | Comentários sobre a NBR 8403 ABNT
Fonte: ABNT (1984)
Item da NBR 8403 Comentário
2.1 Largura das linhas (quanto ao escalonamento 
de larguras de linhas)
Em desuso. Item relaciona as larguras de linhas ao 
processo de microfilmagem (obsoleto).
3.1.1 A relação entre as larguras de linhas largas e 
estreita não deve ser inferior a 2.
Raramente usada. Com o advento de CAD, podem 
ser usadas várias larguras de linhas em um desenho, 
mesmo fora dessa relação de 1 para 2.
3.1.2 As larguras das linhas devem ser escolhidas, 
conforme o tipo, dimensão, escala e densidade 
de linhas no desenho, de acordo com o seguinte 
escalonamento: 0,13; 0,18 (1); 0,25; 0,35; 0,50; 0,70; 
1,00; 1,40 e 2,00 mm.(1)
Raramente usado, devido ao ritmo de produção dos 
desenhos técnicos hoje em dia, há pouco tempo para 
planejar com antecedência um escalonamento de 
linhas tão detalhado e rigoroso. Na prática, pevalece 
o critério de legibilidade do desenho.
3.1.3 Para diferentes vistas de uma peça, desenhadas 
na mesma escala, as larguras das linhas devem ser 
conservadas.
Totalmente aplicável
3.2 Espaçamento entre linhas
O espaçamento mínimo entre linhas paralelas 
(inclusive a representação de hachuras) não deve 
ser menor do que duas vezes a largura da linha 
mais larga, entretanto recomenda‑se que esta 
distância não seja menor do que 0,70 mm.
Totalmente aplicável
3.3 Código de cores em canetas técnicas
Em desuso. Praticamente não se desenha mais 
com tinta nanquim. O desenho técnico feito 
manualmente, com lápis, ainda é muito usado, 
principalmente por seu valor pedagógico no 
processo de ensino/aprendizagem desta disciplina.
3.4 Tipos de linhas (quadro) Totalmente aplicável
3.5 Ordem de prioridade de linhas coincidentes Totalmente aplicável
3.6 Terminação das linhas de chamadas Totalmente aplicável
Os itens em desuso e os raramente usados não serão abordados neste livro. Os 
itens aplicáveis 3.1.3 e 3.2 são autoexplicativos. Basta uma consulta à norma para 
dirimir eventuais dúvidas. Os itens 3.4 (quadro dos tipos de linhas e aplicações); 3.5 
e 3.6 são muito relevantes, por isso vamos conhecê‑los.
Os tipos de linhas da NBR 8403 e suas aplicações constam na norma no quadro 
Desenho Projetivo
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do item 3.4 Tipos de linhas (ABNT, 1984). O Quadro 2.2, mais adiante neste livro, é 
uma reprodução adaptada desse quadro de tipos de linhas.
O item 3.5 da norma define a ordem de prioridade de linhas coincidentes. 
Se ocorrer coincidência de duas ou mais linhas de diferentes tipos, devem ser 
observados os seguintes aspectos, em ordem de prioridade (ver Figura 2.30):
Figura 2.30 | Da NBR 8403: Prioridade de linhas coincidentes
Fonte: ABNT (1984)
1ª) arestas e contornos visíveis (linha contínua larga, tipo de linha A);
2ª) arestas e contornos não visíveis (linha tracejada, tipo de linha E ou F);
3ª) superfícies de cortes e seções (traço e ponto estreitos, larga nas extremidades 
e na mudança de direção; tipo de linha H);
4ª) linhas de centro (traço e ponto estreita, tipo de linha G);
5ª) linhas de centro de gravidade (traço e dois pontos, tipo de linha K);
6ª) linhas de cota e auxiliar (linha contínua estreita, tipo de linha B).
Quanto ao item 3.6 da norma, terminação das linhas de chamadas, tais linhas 
devem terminar:
a) sem símbolo, se elas conduzem a uma linha de cota (Figura 2.31).
b) com um ponto, se termina dentro do objeto representado (Figura 2.32).
Desenho Projetivo
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c) com uma seta, se ela conduz e/ou contorna a aresta do objeto representado 
(Figura 2.33).
Figura 2.31 - Linha de 
chamada para cota
Figura 2.32 - Linha de 
chamada p/ dentro
Figura 2.33 - Linha de 
chamada para borda
Fonte: ABNT (1984) Fonte: ABNT1984 Fonte: ABNT, 1984
As figuras 2.34 a 2.39 apresentam exemplos de desenhos técnicos com uma 
variedade de linhas em representações diferentes. A explicação dos números das 
linhas está no Quadro 2.3. Procure visualizar atentamente cada uma das figuras 
e confira sua numeração no quadro. É um ótimo exercício de interpretação de 
desenho técnico.
Figura 2.34 - Uso da linha tipo C1 Figura 2.35 - Uso da linha tipo D1
Fonte: ABNT (1984) Fonte: ABNT (1984)
Quadro 2.3 | Tipos de linhas e suas aplicações, segundo a NBR 8403 ABNT
Linha Denominação
Aplicação Geral
(Ver figuras 2.34 a 2.39)
A Contínua larga
A1 contornos visíveis
A2 arestas visíveis
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B Contínua estreita
B1 linhas de interseção imaginárias
B2 linhas de cotas
B3 linhas auxiliares
B4 linhas de chamadas
B5 hachuras
B6 contornos de seções rebatidas na 
própria vista
B7 linhas de centros curtas
C 
Contínua estreita a mão 
livre (A)
C1 limites de vistas ou cortes parciais ou 
interrompidas se o limite não coincidir 
com linhas traço e ponto (ver Figura 2.34)
D1 esta linha destina‑se a desenhos 
confeccionados por máquinas (ver 
2.35) (B)
D 
Contínua estreita em 
ziguezague (A)
E Tracejada larga (A)
E1 contornos não visíveis
E2 arestas não visíveis
F1 contornos não visíveis
F2 arestas não visíveis
F Tracejada estreita (A)
G Traço e ponto estreita
G1 linhas de centro
G2 linhas de simetrias
G3 trajetórias
H 
Traço e ponto estreita, 
larga nas extremidades e 
na mudança de direção
H1 Planos de cortes
J Traço e ponto largo
J1 Indicação das linhas ou superfícies 
com indicação especial
K Traço dois pontos estreita
K1 contornos de peças adjacentes
K2 posição limite de peças móveis
K3 linhas de centro de gravidade
K4 cantos antes da conformação (ver 
Figura 2.39)
K5 detalhes situados antes do plano de 
corte (ver Figura 2.38)
(A) Se existirem duas alternativas em um mesmo desenho, só deve ser aplicada uma opção.
(B) “Confeccionado por máquina”, i.e., o projeto desenhado em computador (CAD), fato recente na época.
Fonte: Adaptado de ABNT (1984)
“Nota: Se forem usados tipos de linhas diferentes, os seus significados devem 
ser explicados no respectivo desenho ou por meio de referência às normas 
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específicas correspondentes” (ABNT, 1984).
Figura 2.36 | Uso dos tipos de linhas descritas no Quadro 2.3
Fonte: ABNT (1984)
Figura 2.37 | Uso das linhas tipo K3 e C1
Fonte: ABNT (1984)
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Figura 2.38 - Uso da linha tipo K5 Figura 2.39 - Uso da linha tipo K4
Fonte: ABNT (1984) Fonte: ABNT (1984)
Você já se perguntou sobre o porquê de o desenho técnico 
feito à mão e com uso de instrumentos tradicionais, como 
esquadros, réguas e compasso ainda constar em todos os 
cursos de Engenharia e Arquitetura, apesar do advento dos 
softwares de desenho? A razão é simples. Como as formas 
geométricas de tudo o que utilizamos e produzimos são 
apreendidas pela experimentação sensorial direta, o simples 
fato de você se por em movimento para produzir os desenhos 
técnicos, utilizando para isso objetos materiais (e não virtuais), 
que ocupam espaços e têm formas (o espaço limitado do 
papel; os esquadros, seus tamanhos e ângulos, etc.), aumenta 
sua capacidade de lidar com fenômenos espaciais concretos. 
Existem muitos trabalhos acadêmicos que comprovam 
este fato. Para uma leitura interessante sobre este assunto, 
consulte: <http://www.lematec.net/CDS/GRAPHICA11/PDFs/
EDUCA/EDUCA42.pdf>. Acesso em: 15 jun. 2015.
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Seção 2
Representação Gráfica em Desenho Técnico
Introdução à seção
Com os conhecimentos desta seção você vai concluir o estudo das matérias 
mais relevantes para o desenho técnico. Vamos falar de cortes, seções e 
encurtamentos, bem como de hachuras. Você vai praticar a caligrafia técnica e 
aprender a cotar seus desenhos, segundo a norma técnica. Terminará o estudo 
desses tópicos tendo uma noção de desenho em perspectivas axonométricas: 
isométrica,cavaleira, dimétrica e trimétrica.
Para aumentar seu conhecimento da representação gráfica em desenho 
técnico, estude com atenção as normas da ABNT mencionadas nesta 
seção. Sobretudo, observe como as normas tratam as espessuras e tipos 
de linhas e as hachuras. Outras fontes importantes de referências sobre 
este assunto costumam ser os livros de Desenho Arquitetônico. Os 
arquitetos, pela necessidade de apresentar seus projetos aos clientes, 
desenvolveram muitas representações úteis e comunicativas dos mais 
diversos materiais!
2.1 CORTES, SEÇÕES, ENCURTAMENTOS E HACHURAS
Chama‑se corte o desenho técnico projetivo resultante da representação do 
objeto como se tivesse sido cortado por um plano imaginário, retirada uma parte 
e olhado na região que sofreu o corte. A Figura 84 mostra um exemplo de uma 
peça cortada.
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102
Figura 2.40 | Objeto inteiro e objeto cortado
Fonte: Pereira (2012)
Nos desenhos em corte, vemos não somente os contornos das áreas cortadas 
mas também tudo o que está mais distante de nós, para além do plano de corte. 
Em suma, se efetuamos um corte numa peça, e se essa peça possui um espaço 
interior, como na Figura 2.40, o desenho mostrará os detalhes desse interior.
Os planos de corte podem ser verticais, como na figura 2.40; ou horizontais, 
como na Figura 2.41; ou ainda inclinados, de acordo com a necessidade de 
representação do objeto. Em qualquer caso, o plano de corte é indicado por uma 
linha traço ponto do tipo H da NBR 8403 ABNT (v. Quadro 2.3). Na Figura 2.42, 
vemos a marcação do plano de corte B‑B com as setas de indicação da direção de 
visualização, no caso, para o plano horizontal.
Figura 2.41 | Objeto cortado por um plano 
horizontal
Figura 2.42 | Projeções ortogonais do 
objeto e marcação do plano de corte BB
Fonte: Pereira (2012) Fonte: Pereira (2012)
Desenho Projetivo
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103
A figura 2.43 mostra o mesmo objeto da Figura 2.42, com suas projeções 
ortogonais e a indicação do plano de corte vertical A‑A.
Figura 2.40 | Objeto inteiro e objeto cortado
Fonte: Pereira (2012)
Nos cortes, a parte sólida é preenchida com uma textura de linhas, a hachura. 
A direção da visualização do corte é indicada com setas de pontas fechadas e 
preenchidas, tocando na linha do plano de corte, como nas figuras anteriores. 
A representação da área de corte por meio de hachuras em desenho técnico é 
normalizada pela NBR 12298 ABNT.
Vejamos outros exemplos. A Figura 2.44 foi reproduzida da NBR 10067 e mostra 
uma peça de ferro fundido em vista e corte. Note as indicações do plano que corta 
o objeto e também a representação, no corte A‑A, dos detalhes nas superfícies 
interiores e mais atrás da peça.
Figura 2.44 | Peça de ferro em vista frontal e corte A-A
Fonte: Pereira (2012)
Desenho Projetivo
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104
HACHURAS — As hachuras, em desenho técnico, são um importante recurso de 
visualização. Estude as normas técnicas e domine seu emprego. A NBR 12298 traz 
algumas informações importantes e tira muitas dúvidas na hora de hachurar um 
desenho. Em geral, você vai hachurar partes metálicas com simples hachuras de 
linhas finas em diagonal. Mas às vezes é preciso representar outros materiais em corte. 
Apresentamos aqui a figura para as hachuras específicas, reproduzida da NBR 12298.
Figura 2.45 | Imagem da tabela de hachuras específicas da NBR 
12298
Fonte: ABNT (1995)
ENCURTAMENTO — Há situações em que precisamos representar um objeto 
muito longo, e ele não caberia no papel em uma escala que permitisse distinguir 
detalhes e cotar. Encurtamento é o nome que se dá ao artifício gráfico de desenhar 
peças muito longas como se tivessem sido cortadas em um ou mais pontos e a 
parte cortada tivesse sido retirada.
A NBR 10067, em seu item 4.6.10 Vistas de peças encurtadas, nos diz que na 
peça longa são representadas somente as partes da peça que contêm detalhes. 
Os limites das partes retidas (i.e., excluídas) são traçados com linha estreita, 
conforme a NBR 8403 (ver Figuras 2.46 e 2.47). Nas peças cônicas e inclinadas, a 
representação deve ser conforme as Figuras 1.26 e 1.27.
Desenho Projetivo
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Figura 2.46 - Peça encurtada (1) Figura 2.47 - Peça encurtada (2)
Fonte: ABNT (1995) Fonte: ABNT (1995)
Conforme o uso de linhas indicado na NBR 8403, sabemos que no exemplo 
da esquerda a indicação do encurtamento (parte excluída) foi feita com a linha 
do tipo C1, traçada à mão. Já a peça encurtada da direita, evidencia o uso da 
linha D1, reservada para essa representação quando o desenho é feito em CAD 
(“confeccionado por máquina”; v. nota (B), no rodapé do Quadro 2.3).
Figura 2.48 - Peça encurtada cônica (1) Figura 2.49 - Peça encurtada cônica (2)
Fonte: ABNT (1995) Fonte: ABNT (1995)
Conhecendo este recurso gráfico, você poderá representar as partes mais 
importantes de eixos e peças longas (geralmente as extremidades) em uma escala 
que permita detalhes.
2.2 CALIGRAFIA TÉCNICA – ANOTAÇÃO E SIMBOLOGIA EM 
DESENHO TÉCNICO
A caligrafia técnica é um importante e simples recurso de comunicação escrita 
do desenho técnico com a pessoa encarregada de executar aquele projeto. Nada 
mais é do que uma forma convencional de escrita manual, de modo que pessoas 
diferentes escrevam em seus projetos de maneira semelhante. Embora exista uma 
norma da ABNT para escrita em desenho técnico, a NBR 8402, esta não se aplica 
à escrita manual, pois usa os caracteres ISO.
Desenho Projetivo
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106
Por outro lado, a NBR 6492, específica para representação de projetos 
arquitetônicos, recomenda uma forma de escrita não muito aceita fora da 
comunidade de arquitetos. A caligrafia sugerida pela NBR 6492 é esta da Figura 2.50.
Figura 2.50 | Caligrafia técnica da NBR 6492 ABNT
Fonte: ABNT (1995)
Como você pode ver, esta caligrafia, embora agrade a alguns, não é muito 
regular e alguns caracteres combinados não seriam muito legíveis, como p. ex., 
o 1 e o A, e outros. Mas, como era no tempo em que o desenho técnico feito 
à mão precisava ser escrito, isto é, anotado? Bem, vamos mostrar a você um 
exemplo consagrado de escrita técnica à mão, até hoje em uso pela maioria dos 
profissionais. Veja a Figura 2.51:
Figura 2.51 | Caligrafia técnica de uso geral
Fonte: O autor (2015)
Como esses caracteres são rápidos de fazer, basta você praticar um pouco e 
logo suas anotações nos desenhos ficarão legíveis e elegantes. Chama‑se anotar um 
desenho técnico a fase do trabalho em que se terminou de desenhar as peças gráficas 
e passa‑se a escrever e cotar o desenho. A figura 2.52 mostra um desenho técnico 
mecânico com as cotas (medidas) no desenho. Este será nosso próximo assunto.
2.3 COTAGEM EM DESENHO TÉCNICO
Desenho Projetivo
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107
Figura 2.52 | Desenho técnico cotado
Fonte: Dehmlow, Kiel (1974)
A fase do trabalho com desenho técnico em que colocamos as medidas diversas 
sobre ele é chamada de cotagem. Cota é um sinônimo de medida. A cotagem em 
desenho técnico é normalizada pela NBR 10126 – Cotagem em desenho técnico. 
Esta norma é a principal referência que você deve estudar para saber cotar com 
acerto seus desenhos. Os exemplos e casos específicos de cotagem de faces, de 
arcos, de centros, de furos, de raios, diâmetros e outros itens são muitos.
A NBR 10126 não apenas mostra em figuras os exemplos, mas também traz 14 
páginas com muitos textos explicativos que são de leitura obrigatória para você, 
futuro(a) engenheiro(a). Pelo momento, dado o caráter generalista deste livro, 
vamos abordar apenas o essencial desta matéria. Com base nos termos da Figura 
2.53, procure compreender bem esse assunto e memorizar seus tópicos principais.
Figura 2.53 | Elementos da cotagem
Fonte: Pereira (2012)
Desenho Projetivo
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108
Segundo Pereira (2012), o sistema de cotagem é composto de:
• Cota ‑ número que representa a dimensão apontada.
 Nome dado ao número correspondente a uma medida do objeto representado. 
Ela independe da escala e deve mostrar a dimensão real do objeto, como seria 
em verdadeira grandeza.
 As unidades maisusadas nas cotas são o metro e o milímetro, e a norma de 
referência para cotarmos corretamente é a NBR 10126.
 De acordo com a norma, as cotas devem ser apresentadas em caracteres com 
tamanho suficiente para garantir completa legibilidade e devem ser posicionadas 
de tal modo não sejam cortadas ou separadas por qualquer outra linha.
 Os números devem ser legíveis e uniformes em todo o desenho, devendo ser 
escritos com caligrafia técnica, sempre expressos na mesma unidade de medida. 
Quando for cotar ângulos, cote‑os em graus e lembre‑se de cotar também os raios 
ou diâmetros das curvas. A altura recomendada dos algarismos é de 2,5 a 3 mm.
• Linha de Cota ‑ linhas estreitas e contínuas onde são posicionadas as cotas. São 
limitadas pelas linhas de chamada.
 As linhas de cota, nas quais estão localizadas as cotas, serão sempre paralelas às 
linhas que estão sendo medidas. Elas deverão ser representadas com uma linha 
contínua estreita e posicionadas, sempre que possível, externamente ao desenho.
 Na cotagem de ângulos e curvas, a linha de cota será curva. Ao cotar raios ou 
diâmetros, ela coincidirá com a linha de chamada.
 Caso não haja espaço suficiente para a cota entre as linhas de chamada, a linha 
poderá ser removida para fora delas.
 O afastamento das linhas de cota deve ser uniforme em todo o desenho. 
Pode‑se usar uma distância de 7 ou 8 mm. Além disso, é desejável que as linhas 
de cota não se cruzem com as linhas de chamada.
• Linhas de Chamada ou Linhas Auxiliares ‑ linhas estreitas e contínuas que 
apontam para onde inicia e onde termina a medida, sem tocar o objeto.
 As linhas de chamada ou linhas auxiliares serão representadas com linhas estreitas 
e contínuas, perpendiculares à linha que está sendo cotada. Estas também não 
devem cruzar outras linhas, principalmente do desenho, e deverão, sempre que 
possível, ser posicionadas do lado de fora da figura.
Desenho Projetivo
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 Ao traçar as linhas de chamada, é importante lembrar que elas não tocam o 
desenho – e esse afastamento deve manter‑se uniforme o tempo todo. Além 
disso, as linhas prolongam‑se alguns milímetros adiante das linhas de cota. Não 
precisamos medir nem o afastamento nem o prolongamento. Entretanto, pode 
ser feito um controle visual para que as dimensões pareçam sempre iguais.
• Limite da Linha de Cota ou Marcadores ‑ finalizam as linhas de cota e podem 
ser representados por setas, pequenas circunferências ou traços oblíquos a 45°.
 Os limites da linha da cota ou marcadores são itens que dão acabamento às 
linhas que compõem o sistema de cotagem.
 Podem‑se usar setas abertas ou preenchidas, pequenos círculos abertos ou 
preenchidos (mais difícil de fazer na prancheta) ou, ainda, fazer linhas curtas 
inclinadas em 45°.
 É essencial que, ao escolher um tipo de marcador, você mantenha essa 
padronização (tipo e tamanho) em todo o desenho, deixando seu trabalho bem 
acabado e organizado.
A norma sugere dois métodos de cotagem e enfatiza que somente um deles 
deve ser utilizado em um mesmo desenho:
• No primeiro método, as cotas deverão ser localizadas acima e paralelamente às 
suas linhas de cotas e preferivelmente no centro.
• No segundo método, as cotas serão lidas da base da folha de papel e suas linhas 
devem ser interrompidas, preferivelmente no meio, para inscrição da cota.
Recapitulando, quando as linhas de cota forem contínuas, as cotas devem ser 
posicionadas acima delas, paralelas às linhas e centralizadas. Quando as linhas forem 
interrompidas, as cotas ficarão no espaço dessa interrupção, sempre na posição de 
leitura (e não paralelas às linhas). Procure sempre colocar as cotas gerais, chamadas de 
cota “de fechamento”. Você facilita a leitura do seu dese nho quando, depois de cotar 
as partes de uma peça, você indica a cota total (soma de todas as partes menores).
2.4 PERSPECTIVAS AXONOMÉTRICAS: PERSPECTIVA 
ISOMÉTRICA, CAVALEIRA, DIMÉTRICA E TRIMÉTRICA
Desenhos em perspectiva permitem mostrar três dimensões do objeto 
simultaneamente. Para que a impressão de volume tridimensional seja possível no 
plano do papel, é necessário que uma, duas ou as três dimensões do objeto sejam 
representadas com um efeito de distorção.
Desenho Projetivo
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110
Existem três tipos de perspectivas, segundo o tipo de projeção utilizado para 
produzi‑las:
• a perspectiva cônica, mongeana ou exata, resultado de uma projeção cônica;
• a perspectiva cavaleira, uma representação em projeção paralela oblíqua, 
segundo ângulos convencionais;
• as perspectivas axonométricas (Gr.: axon, eixo; e metron, medida), que são geradas 
por projeções paralelas ortogonais, segundo alguns princípios matemáticos e 
convenções. As perspectivas axonométricas podem ser de três tipos:
o isométrica (Gr.: isos, igual, equilibrado, justo; e metron, medida);
o dimétrica (Gr.: di, dois; metron, medida);
o trimétrica (Gr.: tri, três; metron, medida).
Nesta subseção não abordaremos a perspectiva cônica ou exata. Tal perspectiva 
é de construção bastante complexa e seu propósito de comunicação é melhor 
atingido quando ela é usada para representar objetos de grandes dimensões, 
como veículos, edificações e espaços urbanos, sendo de menor importância para 
o desenho técnico comumente utilizado em engenharia.
Vejamos a diferença entre as representações em diferentes perspectivas. 
Observe a figura a seguir:
Figura 2.54 | Diferentes tipos de desenho em perspectiva
Fonte: Pereira (2012)
As perspectivas não cônicas chamam‑se genericamente perspectivas paralelas. 
Assim, tanto a cavaleira como as axonométricas são perspectivas paralelas. As 
axonométricas são referidas algumas vezes por “axonometria”. Assim, é possível 
dizer: “Precisamos fazer uma axonometria desta peça, pois só com as vistas não 
conseguimos descrevê‑la”; ou seja, vamos fazer alguma perspectiva paralela que 
Desenho Projetivo
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111
represente a peça, seja uma isométrica, dimétrica ou trimétrica.
As perspectivas paralelas são muito usadas em desenho técnico projetivo 
devido ao seu poder de comunicação imediata e facilidade de elaboração.
2.4.1 PERSPECTIVA CAVALEIRA
É uma perspectiva gerada por uma projeção paralela oblíqua. Convenciona‑se 
que uma face do objeto é desenhada de frente, em escala proporcional, com o 
número de unidades que vai ter. Assim, por exemplo, sejam os cubos de aresta = 
20 unidades da Figura 2.55.
Figura 2.55 | Perspectivas cavaleiras - três ângulos convencionais
Fonte: O autor (2015)
Como você pode ver no exemplo, se desenharmos as linhas perspectivadas 
(que vão para o fundo) com a dimensão real, o objeto parecerá deformado, bem 
mais comprido em direção ao fundo do que seria de se esperar de um cubo. 
Para compensar esse efeito visual gerado por nosso cérebro, e ao mesmo tempo 
conseguir uma aproximação fácil de memorizar e aplicar, convenciona‑se traçar as 
linhas em perspectiva segundo ângulos predeterminados e usa‑se um coeficiente 
K de redução da profundidade, de acordo com esses ângulos.
Faz se a perspectiva cavaleira considerando as linhas perspectivadas em três 
ângulos diferentes em relação à horizontal (linha de terra): 45°, 30° e 60°. Esses 
são os ângulos de seus esquadros, lembra‑se? Com eles fica muito fácil traçar 
perspectivas cavaleiras. O coeficiente de compensação visual K são: 1/2, para o 
ângulo de 45°; 23, para o ângulo de 30°; e 1/3, para o ângulo de 60°. Com esse 
simples recurso, suas perspectivas cavaleiras sairão convincentes e serão muito 
fáceis de produzir.
Desenho Projetivo
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112
Vamos agora tratar das perspectivas axonométricas: a isométrica, a dimétrica e 
a trimétrica.
2.4.2 PERSPECTIVA ISOMÉTRICA
É um tipo de perspectiva bastante usado em desenho técnico, por sua facilidade 
de elaboração e de produção de representações convincentes de objetos pequenos, 
como as peças comumente usadas na indústria metal‑mecânica de pequeno porte, 
tornearias, marcenarias etc. Para a representação de objetos grandes (maiores que uma 
cadeira ou um sofá, por exemplo) esse tipo deperspectiva já não será tão indicado.
A perspectiva isométrica tem esse nome porque, ao contrário da cavaleira, ela 
admite a colocação das linhas perspectivadas com o número de unidades igual 
ao que terá no objeto real (Gr.: isos, igual). Não somente a face frontal possuirá 
medidas reais no desenho, em verdadeira proporção, mas também todas as 
demais. Essa característica, e o fato de não ser necessário aplicar um coeficiente 
de deformação às linhas perspectivadas tornam a perspectiva isométrica a mais 
utilizada. Vejamos em que se baseia e como se produz uma perspectiva isométrica 
ou “isometria”. Observe a figura 2.56
Figura 2.56 | Elementos da construção da perspectiva isométrica
Fonte: O autor (2015)
Pratique a construção de perspectivas isométricas. É o tipo mais usado 
em desenho técnico. Ao desenhar, trace também o rascunho das linhas que 
representam as arestas que ficam atrás da parte que você vê. O exemplo da Figura 
2.57, a seguir, é esclarecedor.
Desenho Projetivo
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113
Figura 2.57 | Traçado das linhas de rascunho em uma perspectiva 
isométrica
Fonte: Pereira (2012)
Ao terminar o desenho, as linhas de rascunho devem ser apagadas do desenho, 
reforçando‑se as linhas das partes aparentes dos objetos.
2.4.3 PERSPECTIVAS DIMÉTRICAS E TRIMÉTRICAS
São perspectivas cuja construção é muito semelhante à das cavaleiras, porém a 
face frontal não é desenhada sem deformação, como naquelas. Para conseguir um 
efeito de volume, essas perspectivas são feitas com a frente deformada, como nas 
isométricas, mas também usam coeficientes de compensação da deformação das 
linhas perspectivadas em profundidade. Segundo Vasco e Carvalho (2004, p. 30).
Perspectivas Dimétrica e Trimétrica - Estas 
perspectivas são caracterizadas pelos ângulos 
que as direções axonométricas fazem entre si 
e pelos coeficientes de redução que exprimem 
as relações entre os comprimentos marcados e 
a sua dimensão real.
Vejamos nas figuras 2.58 e 2.59, e nos respectivos quadros, os esquemas de 
Desenho Projetivo
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114
eixos e coeficientes de redução dessas perspectivas.
• Perspectiva Dimétrica — Como a própria designação indica, esta perspectiva 
utiliza duas escalas de comprimento, à semelhança da perspectiva cavaleira. Tal 
como nesta última, as medidas segundo a direção da profundidade (d2) sofrem 
uma redução de 50%, mantendo‑se as dimensões reais nas restantes direções. 
(VASCO; CARVALHO, 2004).
Figura 2.58 | Eixos da perspectiva dimétrica
Quadro 2.4 | Ângulos e fatores de redução 
para perspectivas dimétricas
Ângulos
α ß
7° 10’ 41° 25’
10° 22’ 39° 49”
14° 10’ 37° 55’
18° 40’ 35° 40’
Fonte: Vasco e Carvalho (2004) Fonte: Vasco e Carvalho (2004)
A combinação de ângulos 7° 10’ — 41° 25’ é a mais utilizada de todas.
• Perspectiva Trimétrica — Como se depreende da designação, esta perspectiva 
utiliza três escalas de comprimento. As dimensões na vertical são mantidas, 
sendo aplicadas às outras dimensões fatores de redução.
Figura 2.59 | Eixos da perspectiva trimétrica
Quadro 2.5 - Ângulos e fatores de redução 
para perspectivas trimétricas
Ângulos
Fatores de 
redução
α ß d1 d2 d3
5° 10’ 17° 50’
1
0,9
0,5
9° 50’ 24° 30’ 0,6
14° 30’ 26° 40’
0,7
11° 50’ 16° 0,8
Fonte: Vasco e Carvalho (2004) Fonte: Vasco e Carvalho (2004)
Pratique com seus instrumentos o desenho de perspectivas dimétricas e 
trimétricas, e constate que elas produzem representações bastante convincentes 
Desenho Projetivo
U2
115
dos objetos. A figura 2.60 nos mostra uma comparação do resultado gráfico de 
um objeto desenhado com as três técnicas de perspectivas axonométricas. A 
dimétrica e a trimétrica, a ângulos aproximados aos dos quadros 4 e 5, parecem as 
mais proporcionais e realistas.
Figura 2.60 | Comparação entre representações de um objeto em axonometrias diferentes
Fonte: Disponível em: <http://dibujotecnico.ramondelaguila.com/axonometrico/trimetrica_ar chivos/image002.
jpg>. Acesso em: 17 abr. 2015.
Como você pôde aprender nesta seção, a representação 
gráfica em desenho técnico envolve elementos essenciais 
para a legibilidade dos desenhos, como diferenças de linhas, 
modo de indicar informações, maneira de cotar e outros 
recursos. Uma comunicação clara, aliás, é o objetivo de 
todo desenho técnico e esse é o motivo porque deve haver 
uma padronização dessa representação. Já imaginou se não 
existissem padrões e normas? Seria necessário criar novas 
legendas a cada peça gráfica produzida, para que o desenho 
fosse compreendido!
Desenho Projetivo
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Desenho Projetivo
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Seção 3
Planejando a Prancha de Desenho Técnico
Introdução à seção
Tomemos como exemplo a representação de interiores de um banheiro onde 
se deve mostrar a planta baixa, elevações laterais e detalhamento de bancada. 
Deve‑se sempre situar a localização do objeto representado: o terreno em relação 
à cidade, o apartamento em relação ao bloco residencial, o cômodo em relação 
à planta baixa de toda a edificação. Isto poderá ser feito através de “bonecos” 
que demonstrem sua localização ou o objeto detalhado é parte do caderno de 
encargos ou de detalhamento de um objeto maior. As pranchas e seus respectivos 
tamanhos, assim como escalas gráficas, devem respeitar o objetivo do desenho 
representado, conforme Quadro 2.1. Em outras palavras, quanto mais próximo o 
desenho estiver da escala 1:1, mais detalhes realistas ele representará. A escolha da 
escala está relacionada com o nível de representação desejado.
Daremos aqui uma dica que dificilmente você verá na literatura: Para 
planejar as suas pranchas de desenho técnico, calcule o tamanho de 
cada peça gráfica na escala que vai usar e deixe um espaço de, no 
mínimo, 50 mm entre os desenhos e destes para as linhas do quadro. 
Assim você terá espaço suficiente para anotar cotas, textos e demais 
elementos informativos, sem ter que usar uma prancha grande ou 
pequena demais.
3.1 ANÁLISE DO OBJETO A SER REPRESENTADO
O objeto em questão é composto por parte da planta baixa (pavimento térreo) 
da edificação. Detalhamento em perspectiva isométrica dos degraus, detalhamento 
da bancada e detalhamento em corte do granito da bancada. Quanto mais o 
Desenho Projetivo
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118
“olhar” do projetista se aproxima, entre a planta baixa geral e o detalhe em corte do 
granito da bancada, mais o coeficiente da escala diminui (ou seja, o denominador 
da fração). A escala de menor coeficiente possui riqueza de detalhes maiores que 
não poderiam ser observados nos desenhos anteriores, logo um detalhamento 
esclarece ao executor pormenores de corte, encaixes, dobras da peça a ser 
executada. Por exemplo:
Figura 2.61 | Projeto de um espaço arquitetônico
Fonte: O autor (2015)
A prancha acima mostra a planta baixa em escala 1:75, onde a prancha é A2, 
com as linhas de dobra e margens marcadas conforme NBR 6492. Nota‑se que a 
escala da planta baixa está no intervalo do convencionado em tabela e sua escolha 
planejada conforme espaço da prancha A2:
Figura 2.62 | Nome do desenho na prancha
Fonte: O autor (2015)
Desenho Projetivo
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119
3.2 PEÇAS GRÁFICAS ESSENCIAIS, OPCIONAIS E LEGENDAS
Essencialmente, qualquer objeto deverá ser representado em épura: vista 
superior, vistas laterais e vista inferior – se for conveniente. Conforme NBR 10067, 
para o 1º diedro:
a) vista superior;
b) vista lateral esquerda;
c) vista lateral direita;
d) vista inferior;
e) vista posterior;
Figura 2.63 | Vistas essenciais e opcionais, no 1º diedro, segundo a NBR 10067 ABNT
Fonte: ABNT (1995, p. 2)
Para um projeto de arquitetura de interiores, por exemplo, o conjunto de desenhos 
deverá ter ao menos planta baixa (vista superior) e suas quatro elevações. Os 
detalhamentos em corte são opcionais, porém são muito elucidativos e devem ser 
feitos o quanto for necessário. As perspectivas também elucidam ao executor a visão 
inteira do objeto. Quando necessário, perspectivas explodidas devem ser elaboradas. 
As legendas/carimbos são sempre de uso obrigatório e em conformidade às 
normastécnicas. Devem conter, segundo NBR 6492, as seguintes informações:
Desenho Projetivo
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120
• identificação da empresa responsável pelo projeto;
• identificação do cliente, nome do projeto ou empreendimento;
• título do desenho;
• indicação sequencial do projeto no carimbo;
• escalas; 
• data; 
• autoria do desenho e do projeto;
• indicação de revisão, se houver.
A figura 2.64 mostra um exemplo de carimbo usado em desenhos técnicos 
mecânicos.
Figura 2.64 | Carimbo de uma prancha
Fonte: Vasco; Carvalho (2004, p. 14)
3.3 ESCOLHENDO A ESCALA ADEQUADA E A PRANCHA
A escolha das escalas pode ser feita por convenção, conforme já visto 
anteriormente, mas é essencial que a execução do desenho reflita a riqueza de 
detalhes pertinentes ao design do artefato. 
Todas as pranchas de desenho devem respeitar as margens impostas pelas 
normas NBR 10068, NBR 10582, NBR 13142 e NBR 6492, em especial a margem 
esquerda de 2,5 cm e a distância entre o lado esquerdo do selo/carimbo até o 
final da folha ao lado direito ser de 18,5 cm para que, desta forma, todas sejam 
dobráveis para o formato A4, conforme esquemas da própria norma NBR 13142. 
Reveja as figuras 1.16 a 1.19.
Desenho Projetivo
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121
Após a escolha da escala o projetista deve simular para a ocupação do desenho 
da prancha para a escolha do tamanho da folha ou junção de desenhos, se for 
conveniente. Sugere‑se ao projetista a junção dos desenhos por tipologia: plantas, 
elevações, cortes, detalhamento. A NBR 6492 sugere a seguinte relação de peças 
gráficas:
• planta de situação;
• planta de locação (ou implantação);
• planta de edificação;
• cortes;
• fachada;
• elevações;
• detalhes ou ampliações de escala.
Por exemplo, veja o projeto de prefeitura abaixo:
Figura 2.65 | Projeto arquitetônico de prefeitura
Fonte: O autor (2015)
Desenho Projetivo
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122
Figura 2.66 | Projeto de uma rosca transportadora
Fonte: Disponível em: <http://www.planner.ind.br/2013/12/servicos.html>. Acesso em: 15 jun. 2015.
3.4 DIAGRAMAÇÃO DA PRANCHA
A diagramação das pranchas deve seguir as recomendações da NBR 6492 
quando se tratar de projeto de Arquitetura. Todos os projetos, seja qual for o ramo 
da indústria, contêm os seguintes elementos básicos:
• peças gráficas (vistas, plantas, elevações, cortes, detalhamentos, perspectivas e 
outros desenhos);
• peças escritas (memoriais descritivos, memoriais justificativos, tabelas, quadros 
de materiais, prescrições de execução e outros documentos).
Atualmente, as pranchas de apresentação de um projeto são mais que 
documentos legais de aprovação, pois podem ser apresentadas em concursos, 
trabalhos finais de graduação ou simplesmente ser parte da linguagem gráfica 
e da identidade visual de um escritório. Seu poder midiático vai além da mera 
representação normativa dos elementos do projeto. Veja a Figura 2.67, com um 
exemplo de prancha de apresentação de um projeto arquitetônico:
Desenho Projetivo
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Figura 2.67 | Prancha de apresentação de projeto
Fonte: Disponível em: <http://fagnermarcal.blogspot.com/2009/08/trab alho-final-de-graduacao-que-trata.html>. 
Acesso em: 20 abr. 2015.
3.5 BOAS PRÁTICAS E PRODUTIVIDADE AO DESENHAR
Ao desenhista indica‑se uma boa prancheta de desenho, ergonômica, onde o 
projetista possa regular a inclinação do tampo conforme a necessidade. Banqueta 
ou, preferencialmente, cadeira ergonômica compatível ao uso da prancheta e 
luminária de desenho para a iluminação perfeita da superfície de trabalho.
Figura 2.68 | Posição para desenhar
Fonte: Vasco; Carvalho (2004, p. 14)
Desenho Projetivo
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124
A fixação da folha de desenho deverá ser feita sempre com fita adesiva de pouca 
aderência (para não fixar adesivo da fita na prancha de desenho após sua retirada) 
e deverá seguir sempre a seguinte disposição em relação à folha, na sequência 
exposta para evitar que a folha fique dobrada durante a fixação:
Figura 2.69 | Prancheta e fixação da folha de papel
Fonte: O autor (2015)
Deverão sempre ser utilizadas lapiseiras técnicas com ponteira metálica para 
proteção do grafite ao traçar conjuntamente com esquadros ou réguas técnicas, 
conforme exemplo:
Figura 2.70 | Conjunto de lapiseiras técnicas
Fonte: Disponível em: <http://www.cultpens.com/i/q/SD11810/staedtler-graphite-925-mechanical-pencil>. 
Acesso em: 15 jun. 2015.
Evite usar lápis comuns ou posicionar o grafite da seguinte maneira, mostrada 
na Figura 2.71. Proceda como na Figura 2.72:
Desenho Projetivo
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125
Figura 2.71 - Modo incorreto de traçar
Figura 2.72 - Modo correto de apoiar a 
lapiseira no esquadro
Fonte: Disponível em: <http://pt.slideshare.net/patmouro/desenho-arquitetonico-introduo-conceitos-de-
projetos>. Acesso em: 15 jun. 2015.
Os diversos tipos de lapiseiras e tipos de grafites devem ser dosados conforme a 
necessidade de traços do desenho técnico, pela largura ou tipo de linha almejada. É 
sempre aconselhável ao projetista desenhar girando a lapiseira, conforme desenho:
Figura 2.73 | Traçar girando a lapiseira
Fonte: Disponível em: <http://pt.slideshare.net/patmouro/desenho-arquitetonico-introduo-
conceitos-de-projetos>. Acesso em: 15 jun. 2015.
Deve‑se limpar a prancheta, esquadros e réguas ao término de um desenho e início 
de outro, para evitar que seu desenho fique sujo com o grafite de desenhos anteriores.
Jamais utilize o escalímetro como régua de traço, apenas para medição e aferição.
Se utilizar a borracha deve‑se limpar a superfície de desenho adequadamente 
ou com flanela ou com escova de limpeza denominada de “bigode”. Não desenhe 
com as partículas sobre a superfície de desenho.
Dê preferência para a feitura do desenho ser da esquerda para a direita e de 
baixo para cima, evitando dessa forma que esquadros e réguas passem diversas 
vezes sobre o desenho produzido.
Desenho Projetivo
U2
126
3.6 FINALIZAÇÃO, REVISÃO E ENTREGA DO DESENHO
Sugere‑se o seguinte processo de desenho:
1. Criação em croquis, com medidas sugeridas ou croquis em papéis milimetrados;
Figura 2.74 - Croqui em papel quadriculado.
Fonte: Disponível em: <http://www.telecomhall.com/br/croquis-esbocos-de-engenharia.aspx>. 
Acesso em: 20 abr. 2015.
1. Desenho técnico em lapiseira 0,3 mm.
2. Passar a limpo “chupando” em traços adequados e diferenças de lapiseiras. 
Pode‑se cotar e desenhar linhas de chamada em lapiseiras com grafite vermelho.
3. Pode‑se passar o desenho a limpo para canetas nanquim ou para o computador 
e plotar o desenho finalizado.
Desenho Projetivo
U2
127
Figura 2.75 | Desenho técnico finalizado
Fonte: Disponível em: <http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/2a/Drafting_table.
jpg>. Acesso em: 20 abr.2015.
Desta forma, nas várias vezes em que o projetista repensa o projeto, este é várias 
vezes melhorado, diminuindo gradativamente as incertezas e a possibilidade de erros.
1) Qual o tipo de projeção utilizado no Desenho Técnico 
Projetivo, de acordo com os princípios estabelecidos por 
Gaspard Monge?
( ) a. Sistema de projeções cônicas oblíquas.
( ) b. Sistema de projeções cilíndricas oblíquas.
( ) c. Sistema de projeções cilíndricas ortogonais.
2) O método das projeções em GD é baseado na projeção dos 
objetos representados em três planos fundamentais. Quais 
são eles, e qual plano não sofre rebatimento (giro)?
Desenho Projetivo
U2
128
3) A caligrafia técnica é importante em desenho técnico 
porque
( ) a. se trata de uma antiga tradição dos projetistas.
( ) b. não pode destoar da estética geral do trabalho.
( ) c. todo trabalho desse tipo requer textos.
( ) d. é preciso assegurar a legibilidade das informações 
do projeto, além da necessidade de uniformidade 
da escrita, independente dos vários projetistas que 
eventualmente trabalhem no projeto.
( ) e. a norma técnica NBR 8402 ABNT assim obriga.
• Nesta Unidade, você adquiriu o conhecimento básico 
da Geometria Descritiva, fundamento de todos os tipos 
de desenho técnico projetivo. Porém, não restrinja seu 
aprendizado ao que foiexposto até agora. Há uma variedade 
de bons livros desse assunto. Estude-os.
• Como dissemos, todos os aplicativos computacionais 
atuais utilizam os princípios da GD. Quanto maior for o seu 
conhecimento dessa disciplina, mais apto você estará a lidar 
com os projetos dos objetos de formas mais complexas, e a 
entender a representação deles na tela do computador.
• A representação gráfica em desenho técnico, com seus 
valores diferentes de linhas, caligrafia normalizada, padrões de 
hachuras e outros, visa à legibilidade dos projetos. Para tanto, 
utilize os recursos mais sofisticados, como as perspectivas 
paralelas, por exemplo, que são fáceis de desenhar e possuem 
um poder de comunicação muito grande.
• Ao planejar sua prancha de desenho técnico, leve em 
consideração a escala, o tipo de objeto que pretende 
representar, e também os destinatários dos desenhos. Como 
Desenho Projetivo
U2
129
dito na Unidade 1, não se limite às normas da ABNT, porque 
existem várias outras que poderão ser aplicáveis ao caso 
específico com que etiver trabalhando.
Esperamos que você tenha apreciado o estudo dos assuntos 
abordados nesta unidade. A partir deste ponto, você terá contato 
com o desenho auxiliado por computador. Certamente, quanto 
mais consolidado estiver seu conhecimento de desenho técnico, 
maior será a facilidade que você experimentará ao utilizar os 
softwares gráficos. Visite os links sugeridos e consulte também a 
bibliografia recomendada.
Desenho Projetivo
U2
130
U2
131Desenho Projetivo
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10067 – Princípios gerais 
de representação em desenho técnico. Rio de Janeiro: 1989.
______. NBR 8403 – Aplicação de linhas em desenhos – Tipos de linhas – Larguras 
das linhas. Rio de Janeiro: 1984.
METALÚRGICA GOLIN S/A. Apresentação Comercial 2010 – rev. 001: Slide 18 Peças 
e Conjuntos Tubulares, documento eletrônico. Disponível em: <http://slideplayer.
com.br/ slide/1238612/>. Acesso em: 1º abr. 2015.
MONTENEGRO, G. Desenho arquitetônico. São Paulo: Edgard Blücher, 1978.140 p., il.
PEREIRA, Nicole de Castro. Desenho técnico. Curitiba: Livro Técnico, 2012. 128 p., il.
VASCO, J; CARVALHO, R. Desenho Técnico I. Apontamentos de Engenharia 
Mecânica – Projecções ortogonais, cortes & secções, cotagem, perspectivas e 
sólidos. Leiria: ESTG – Escola Superior de Tecnologia e Gestão, Instituto Politécnico 
de Leiria, 2. ed., março 2004. Documento eletrônico em formato PDF. Disponível 
em: <http://pt.slideshare.net/mendes007/desenho‑tcnico‑31971098>. Acesso em: 
30 mar. 2015.
Objetivos de aprendizagem: O desenho é a ferramenta de projetação 
de qualquer projetista, seja arquiteto, engenheiro ou designer. É a linguagem 
não verbal e universal do projetista. Seja a ferramenta “analógica” da régua, 
compasso, lapiseiras e esquadros ou a ferramenta avançada de desenho 
vetorial nas plataformas CAD (Desenho auxiliado por computador) e/ou BIM 
(Building Information Modeling). A ferramenta de desenho em plataforma CAD 
não é a única a ser explorada e não foi a primeira, nem a última ferramenta de 
desenho que existirá. Desenhar em uma plataforma CAD é necessário para 
inserção no mercado e na prática profissional na atualidade.
Denise Borges Alonge
Unidade 3
AUTOCAD: CRIAÇÃO E 
EDIÇÃO DO DESENHO 
TÉCNICO
Nesta seção o estudante se familiarizará com o layout do software, 
barras de ferramenta “padrão”, configurações iniciais e área de trabalho.
Seção 1 | Apresentação da Interface do Autocad 2015
Ao abrir o Autocad pela primeira vez é necessário configurar algumas 
opções de trabalho que facilitarão o nosso processo de criação. Algumas 
das opções que mudaremos são: limites da área de trabalho, versão de 
salvamento, a cor no fundo da área de trabalho e preferencias do usuário.
Seção 2 | Configuração da Área de Trabalho – Workspace
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
134
Esta seção apresenta recursos de visualização dos objetos na área de 
trabalho. No Autocad todos os desenhos são feitos em medida real escala 
(1:1), porém, algumas vezes, é necessário visualizar detalhes do desenho 
ou o desenho todo ampliado. Os comandos de Zoom aumentam ou 
diminuem a visualização do desenho na área de trabalho com o auxílio 
do mouse. Observação: Zoom não altera o tamanho absoluto de objetos 
no desenho. Muda apenas a ampliação da visão. 
Alguns comandos Zoom são conhecidos como comandos transparentes, 
permitindo ser executado simultaneamente com outros comandos.
Seção 3 | Criação de Linas e uso de Coordenadas
Seção 4 | Criação de Objetos Geométricos
Nesta seção, o estudante se familiarizará com os comandos da barra 
MODIFY, ou seja, com comandos de modificação de desenho.
Seção 5 | Edição de Objetos Geométrico
Nesta seção, o estudante se familiarizará com os comandos mais 
avançados: cálculo de área, volume, perímetro e demais propriedades 
possíveis que podem ser fornecidos pelo Autocad.
Seção 6 | Edição de Propriedades do Objeto Geométrico
Nesta seção, o estudante aprenderá a configurar layers e entenderá 
pormenores de sua configuração. Os layers são extremamente necessários 
para a confecção de um desenho impecável de um objeto, espaço ou 
edificação.
Seção 7 | Configuração de Camadas/Layers
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
135
Introdução à unidade
Desde a década de 1950, o termo CAD (Desenho auxiliado por computador) é 
a designação para um grupo de softwares que auxiliam na elaboração de projetos 
e desenhos de precisão técnica.
O programa Autocad surgiu em 1982, lançado pela Autodesk e se tornou o 
software mais eficaz na elaboração de desenhos técnicos. 
Segundo a (CALASSANCIO), “uma das principais plataformas de projeto e 
documentação em todo o mundo” que elabora desenhos 2D e 3D, sendo uma 
das novidades o uso de ferramentas de desenhos paramétricos, que permitem ao 
usuário definir relações constantes de objetos, suporte para impressões 3D (3D 
Printers) e compartilhamento de trabalhos com a tecnologia TrustedDWG ou na 
nuvem em dispositivos móveis.
Dentre o portfólio da “família” de produtos Autocad, destacam‑se:
Autocad Architecture, com foco em projetos arquitetônicos.
Autocad Civil, com foco em projetos de topógrafos, desenhistas e técnicos de 
engenharia civil.
Autocad Electrical, com foco em projetos elétricos com eficiência energética 
dos circuitos.
Autocad Mechanical, com foco em projeto mecânicos.
Autocad MEP, com foco nos profissionais de engenharia de instalações 
mecânicas, elétricas e hidráulicas.
As unidades 3 e 4 deste livro são dedicados ao estudo do programa Autocad, 
apresentando comandos de criação, edição, visualização e impressão de desenhos 
técnicos bidimensionais ou tridimensionais. Os comandos são explicados de 
forma simples, servindo como treinamento para iniciantes ou como referência de 
trabalho para usuários mais experientes.
O Autocad apresenta os comandos em menus, barras de ferramentas, abas 
denominadas RIBBONS (como no workspace 2D Drafting & Annotation ou 3D 
Modeling), além de atalhos pelo teclado. Desta forma, adotamos uma tabela 
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
136
para mostrar as diferentes formas de acesso do comando e a seguir a forma de 
utilização descrita na barra de comandos.
Exemplo: 
LINE 
Cria segmentos de linhas onde cada seguimento é um objeto único e pode ser 
editado individualmente.
Nome do comando: Line
Menu Menu draw / comando line
Barra de ferramentas Draw/ comando line
Ribbon Aba HOME / painel Draw / line
Teclado L +  (ENTER)
Barra de comandos:
Acessar o comando Line: L  Procedimento do comando
LINE Specify first point:
Clicar primeiro ponto para iniciar o desenho 
de linha.
Specify next point or [Undo]:
Clicar o próximo ponto para concluir a 
linha e iniciar outra nova linha.
Specify next point or [Undo]:
Clicar o próximo ponto para concluir a 
linha e iniciar outra nova linha, Ou Undo 
(desfazer) para corrigir algum erro no 
processo de desenho.
Finalize o desenho apertandoa tecla ESC.
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
137
UTILIZAÇÃO DO MOUSE 
Se adotarmos como padrão a configuração de mouse para uma pessoa destra, 
deveremos considerar que o mouse apresenta as seguintes especificações:
Botão direito: Aciona o menus de atalho ou, dependendo da configuração, 
equivale a tecla Enter  .
Botão esquerdo: Seleciona objetos, especifica pontos e aciona opções nos 
menus e barras de ferramentas.
Scoll: Ativa os comandos de visualização. Utilizado para Zoom PAN (clicar e 
segura), Zoom Realtime (rolar) e Zoom Extend (duplo clique).
Figura 3.1 | Botão direito e esquerdo do mouse
Fonte: O autor (2015)
Botão direito 
aciona atalho 
ou enter 
Scroll ativa os 
camandos Zoom 
realtime, Zoom 
extend e PAN
Botão 
esquerdo 
seleciona 
objetos, 
especifica 
pontos e 
opções de 
menu
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
138
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
139
Seção 1
Apresentação da Interface do Autocad 2015
Introdução à seção
Nesta seção o estudante se familiarizará com o layout do software, barras de 
ferramenta “padrão”, configurações iniciais e área de trabalho.
1.1 INICIANDO O PROGRAMA 
Podemos iniciar o Autocad clicando no botão Iniciar, que fica na barra de tarefas 
do Windows, em seguida selecionar o menu Programas/Autodesk/Autocad 2015.
Outra maneira de iniciar o Autocad é clicar duas vezes sobre o ícone 
correspondente na área de trabalho. 
Figura 3.2 | Ícone de iniciação ao Autocad 2015
Fonte: O autor (2015)
1.2 AMBIENTE DE TRABALHO DO AUTOCAD – INTERFACE
Ambiente de trabalho, ou Workspace, são conjuntos de menus, barras de 
ferramentas, paletas e painéis de controle Ribbon, que são agrupados e organizados 
para que o usuário possa trabalhar em um ambiente de desenho personalizado, 
orientado para a tarefa. Podemos alternar facilmente entre ambientes de trabalho 
ou Workspace. As seguintes áreas de trabalho baseado em tarefas já estão definidas 
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
140
no Autocad, como: Workspace para desenhos 2D, 2D Drafting & Annotation, 
Workspace para modelagem 3D, 3D Basics, 3D Modeling.
Por exemplo, quando criamos modelos 3D, podemos usar o workspace 3D 
Modeling, que contém barras de ferramentas 3D, menus e paletas relacionados. 
Itens que não condizem com modelagem em 3D são escondidos, maximizando 
a área de trabalho.
Para determinar ou alternar um workspace, ative, na barra de status, em 
Workspace Switching, o ambiente de trabalho desejado.
A BARRA DE STATUS está localizada na parte inferior da tela do Autocad e o 
ícone Workspace na barra de status é mostrado a seguir:
Figura 3.3 | Configurando Workspace
Fonte: O autor (2015)
Há outras formas de ativar o workspace, como na barra de ferramentas 
Workspace. Por padrão, essa barra de ferramentas está localizada no canto 
esquerdo superior da tela do Autocad. E por fim, também pode ser ativado no 
Menu Tools/Workspace.
Figura 3.4 | Configurando Workspace
Fonte: O autor (2015)
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
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141
1.3 2D DRAFTING & ANNOTATION
O ambiente de trabalho para desenhos 2D, a 2D Drafting & Annotation 
apresenta ferramentas Ribbon, a Tool Palettes e Barra de Status, Quick Access, o 
Menu Browser, o item InfoCenter, entre outras áreas importantes.
Figura 3.5 | Configurando a área de Trabalho
Fonte: O autor (2015)
Ribbon
Quick 
Access
Área de desenho
Views cube
Barra de Comandos
Model/Layout
Ferramentas Ribbon (fita ou faixa)
É a principal barra de ferramentas do Autocad. Está localizada na parte superior 
da interface e contém abas separadas por função e painéis com ferramentas 
específicas para cada atividade.
Linha de comando ou barra de comandos
É a barra responsável pela comunicação entre o usuário e o Autocad. 
Pressionando as teclas CTRL+9, é possível ativar ou desativar esta barra.
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
142
Importante: a leitura constante desta barra facilita o entendimento dos 
comandos e auxilia nos desenhos.
Barra de Status 
Mostra em valores de coordenadas a posição do cursor e traz ferramentas de 
precisão para desenhos, ferramentas de visualização, annotation e workspace. As 
ferramentas desta barra são consideradas “comandos invisíveis”, pois podem ser 
ativadas ou desativadas durante o desenho sem que prejudique o processo.
Marcador Model/Layout
Permite acessar os ambientes Model ou Layout. Por padrão, o desenho 
é executado no Model (ambiente em que se criam modelos) e é indicado por 
coordenadas; no Layout preparamos o desenho para a impressão/plotagem 
inserindo anotações, cotas e carimbos.
Quick access
A barra Quick access (Acesso Rápido) está sempre localizada na parte superior 
da janela do programa, e permite acesso rápido a um conjunto definido de 
comandos, como Novo arquivo, Salvar, Abrir, Imprimir e outros submenus. 
Diferentes comandos podem ser exibidos sobre ele com base no WorkSpace atual.
 
Menu Browser
É um menu de navegação que liga automaticamente para o local ou arquivo 
especificado. 
Views Cube
A ferramenta ViewCube fornece orientação do modelo na viewport ou vista 
atual do desenho 3D.
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
143
Área de Desenho
A Área de Desenho é local onde realizamos o desenho. Esta área recebe a 
identificação do sistema de coordenadas (X, Y, Z), que se chama WCS (World 
Coordinate System). Por padrão usamos a área de desenho do Model para a 
criação do projeto.
Lembrete: Apenas usamos o ambiente Layout para gerar a impressão ou 
plotagem
“A AutodesK oferece versões de estudante com 3 anos de licença 
através do link: <http://www.autodesk.com/education/free-software/
all> sob o título: Free software download for students & educators, 
apenas no site em inglês. Acesso em: 20 jul. 2015.
1. Inicie seu programa CAD e reconheça os itens citados no 
seu computador.
2. Transite entre os ambientes LAYOUT e MODEL para se 
familiarizar.
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
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Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
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Seção 2
Configuração da Área de Trabalho – Workspace
Introdução à seção
Ao abrir o Autocad pela primeira vez é necessário configurar algumas opções 
de trabalho que facilitarão o nosso processo de criação. Algumas das opções que 
mudaremos são: limites da área de trabalho, versão de salvamento, a cor no fundo 
da área de trabalho e preferencias do usuário.
2.1. LIMITES DA ÁREA DE TRABALHO 
O ambiente Model possui um espaço de trabalho muito grande, permitindo 
ao usuário desenhar diversos objetos em modo de medida real, porém se torna 
necessário configurar um limite invisível para a área de desenho que irá facilitar no 
uso de diversos comandos como os diferentes tipos de Zoom. 
Ative o comando digitando Limits e enter para confirmar.
Barra de comandos Procedimento do comando
Baixa‑Canto Esquerdo: Especificar os valores da base do limite retangular. 
Canto superior direito:
Especificar os valores da parte superior do limite 
retangular.
2.2 CONFIGURAÇÕES DA CAIXA DE DIÁLOGO OPTIONS
A caixa de diálogo Opções permite a personalização das configurações do 
programa. As configurações são: Files, Display, Open and Save, Plot and Publish, 
System, User Preferences, Drafting, 3D Modeling, Selection, Profiles, Online. Para 
acessar a caixa de diálogos Opções, clique com botão esquerdo do mouse em 
acesso rápido ‑ quick access ‑, ao abrir a caixa de diálogo clique novamente no 
botão opções.
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
146
2.3 CRIANDO ARQUIVOS DE DESENHOS
Os desenhos do Autocad são armazenados em arquivos com extensão DWG. 
O formato dos arquivos DWG não sofreu alteração nas versões anteriores e por 
isso podem ser aproveitados na versão 2015.
O acionamento dos comandos de criação e edição de arquivos no Autocad 
segue o padrão dos aplicativos da Microsoft. Isto é: ao iniciar o Autocad, abrirá 
uma nova sessão de trabalho vazia com o nome de “Drawing 1 .Dwg”. O usuáriodefine o novo nome do desenho no momento em que salvar o arquivo.
O comando New abre novos arquivos de desenho.
Nome do comando: New
Menu Menu File / New/Drawing
Barra de ferramentas 
Standard/New/Standard annotation/ 
New
Quick access New
Teclado Ctrl + N
Por padrão o Autocad abre a área de trabalho acad.ctb. É possível criar arquivos 
“modelo” com configuração de impressão, cotas e estrutura de Layers para servirem 
de base para os novos desenhos. Esses arquivos são chamados de Drawing 
Template e têm a extensão. DWT. Qualquer arquivo pode ser transformado em 
Drawing Template. Basta salvá‑lo em formato. DWT.
O comando Open abre arquivos de desenho que já foram salvos no computador 
ou em dispositivo móvel.
Nome do comando: Open
Menu Menu File / Open
Barra de ferramentas 
Standard/open/Standard annotation/ 
Open
Quick access Open
Teclado Ctrl + O
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
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147
Ative o comando Open e abrirá uma caixa de diálogo chamada Select File, na 
qual o usuário poderá procurar pelo arquivo desejado e abri‑lo. Localize o arquivo 
na lista e em seguida clique em Open.
O comando Save salva um arquivo após alterações. 
Nome do comando: Save
Menu Menu File / Save
Barra de ferramentas 
Standard/ Save 
Standard annotation/ Save
Quick access Save
Teclado Ctrl + S
Caso seja a primeira vez que o arquivo será salvo, ao ativar o comando Save 
abrirá a caixa de diálogo Save As. Na caixa de diálogo será solicitado o nome do 
novo arquivo e o local em que ele ficará salvo no computador. Finalizando as 
configurações, clique em Save.
Nome do comando: Save As
Menu Menu File / Save As
Barra de ferramentas Standard/ Save 
Standard annotation/ Save
Quick access Save
Teclado Ctrl + Shift + S
2.4 Recuperar arquivos perdidos
O comando Drawing Recovery Manager serve para recuperar arquivos de 
desenhos que foram perdidos num momento de pane.
O Drawing Recovery Manager exibe uma lista com os arquivos de desenho 
que foram abertos no momento que houve a falha de programa ou sistema. O 
usuário pode visualizar e abrir cada desenho ou renomear o arquivo de backup 
para escolher qual delas deve ser salvo como o arquivo DWG primário.
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
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Nome do comando: Drawing Recovery Manager
Menu 
Menu File / Drawing Utilities/ Drawing 
Recovery Manager
Quick access
Drawing Utilities/ Open the Drawing 
Recovery Manager
Teclado DRM+ 
O comando Help oferece ajuda em procedimentos de comandos, informações 
de Menus, Ribbon etc., além de um glossário dos termos do Autocad. 
Nome do comando: Help
Menu Menu Help 
Barra de ferramentas
Standard/ Help 
Standard annotation/ Help
Teclado F1
O comando Close fecha o arquivo sem fechar o Autocad. 
Nome do comando: Close
Menu Menu File / Close
Quick access Close
Teclado Close
O comando Quit fecha o Autocad. 
Nome do comando: Quit
Menu Menu File / Exit
Quick access Exit Autodesk Autocad
Teclado Crtl + Q
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
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Todos os comandos podem ser digitados pelo nome completo ou pela 
respectiva sigla. Alguns projetistas preferem usar os comandos por escrito 
ao acionamento pelos ícones, pois, não importa a versão ou design, os 
comandos sempre funcionarão igualmente em todas as versões.
3. Transitar entre as diferentes worspaces do seu computador 
para se familiarizar com as plataformas.
4. Configurar um worspace exclusivo para o usuário e salvá-lo 
no item “save current as”, na barra de ferramentas worspace, 
com o nome do estudante.
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
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Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
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Seção 3
Criação de Linas e uso de Coordenadas
Introdução à seção
Esta seção apresenta recursos de visualização dos objetos na área de trabalho. No 
Autocad todos os desenhos são feitos em medida real escala (1:1), porém, algumas 
vezes, é necessário visualizar detalhes do desenho ou o desenho todo ampliado. 
Os comandos de Zoom aumentam ou diminuem a visualização do desenho na 
área de trabalho com o auxílio do mouse. Observação: Zoom não altera o tamanho 
absoluto de objetos no desenho. Muda apenas a ampliação da visão. 
Alguns comandos Zoom são conhecidos como comandos transparentes, 
permitindo ser executado simultaneamente com outros comandos.
3.1 COMANDOS DE ZOOM 
ZOOM WINDOW
Amplia o objeto especificado em uma área aberta por dois cantos opostos 
numa janela retangular.
Nome do comando: Zoom Window
Menu Menu View/ Zoom/ Window 
Barra de ferramentas
Zoom
Standard/Zoom Window
Teclado Z +  
Clique nos dois pontos opostos para definir uma janela no objeto que será 
observado.
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
152
ZOOM REALTIME
Amplia ou diminui o desenho interativamente com o auxílio do mouse.
 
Nome do comando: Zoom Realtime
Menu Menu View/ Zoom/ Realtime
Barra de ferramentas
Zoom
Standard/Zoom Realtime
Teclado Z +  ou girar o Scroll do mouse
 
Depois de ativar o comando, o cursor muda para uma lupa com sinal de mais 
(+) e menos (‑). Mantendo pressionado o botão esquerdo do mouse, mova‑o 
verticalmente até o topo da janela para ampliar ou para a parte inferior da janela 
para diminuir o objeto. Para sair do comando, pressione a tecla ESC ou Enter. 
Também é possível utilizar o Zoom Realtime girando o Scroll do mouse. Girar para 
frente aumenta o Zoom, girar o Scroll para trás diminui o Zoom.
ZOOM PREVIOUS
Com Zoom Previous podemos retornar ao Zoom anterior, ou seja, a vista 
anterior à atual.
 
Nome do comando: Zoom Previous
Menu Menu View/ Zoom/ Previous
Barra de ferramentas
Zoom
Standard/Zoom Previous
Teclado Z +  P + 
ZOOM EXTENTS
Com Zoom Extents visualizamos tudo o que está desenhado na extensão da 
área de trabalho. 
 
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
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Nome do comando: Zoom Extents
Menu Menu View/ Zoom/ Extents
Barra de ferramentas Zoom
Teclado Z +  E + 
PAN REALTIME
Esse comando move o desenho na tela em tempo real sem alterar a posição 
em relação às coordenadas.
 
Nome do comando: Pan Realtime
Menu Menu View/ Pan/ Realtime
Barra de ferramentas Standard/ Pan Realtime
Ribbon
Aba View/ painel navegate/ Pan 
Realtime
Teclado P +  
Ao ativar esse comando, o cursor assume a aparência de uma mão. Pressione 
o botão esquerdo do mouse e deslize o cursor para uma determinada direção. O 
objeto será deslocado acompanhando o movimento do cursor. Para sair, tecle ESC 
ou Enter.
COMANDOS REGEN E REGEN ALL
O comando Regen All regenera todos os objetos geométricos desenhados em 
todas as Viewports. O Regen regenera todos os objetos geométricos na tela atual.
 
Nome do comando: Regen ou Regen All
Menu 
Menu View/ Regen
Menu View/ RegenAll
Teclado RE +  regen / REA+ RegenAll
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
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COMANDO UNDO
Desfaz o último comando utilizado.
 
Nome do comando: Undo
Menu Menu Edit/ Undo
Barra de ferramentas Standard
Teclado U +  / Ctrl +Z
Utilize o comando Undo com atenção para não perder parte do desenho e 
também não confunda o comando undo com a opção Undo apresentada durante 
a execução de alguns comandos.
COMANDO REDO
Desfaz o efeito do comando Undo. O comando Redo estará disponível somente 
depois da execução do comando undo.
Nome do comando: Redo
Menu Menu Edit/ Redo
Barra de ferramentas Standard
Teclado Ctrl + Y
3.2 SISTEMA DE COORDENADAS CARTESIANAS 
São eixos tridimensionais (X, Y e Z) e a origem desses eixos é de 0,0,0. Esse 
sistema de coordenadas é conhecido como WCS (World Coordinate System), ou 
Sistema de Coordenadas Global. Quando é possível inserir valores de coordenadas, 
o usuário indica a distância de um ponto e sua direção ao longo dos eixos.
No 2D, utilizamos os pontos no plano XY, também chamado de plano de 
trabalho. O plano de trabalho é semelhante a uma simples folha de papel. O valor 
de X nas coordenadas cartesianas aponta a distância horizontal, e o valor Yaponta 
a distância vertical. O ponto de origem (0,0) indica onde os dois eixos se cruzam.
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
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Importante: Usa ‑se vírgula (,) para separar os pontos de coordenadas enquanto 
o ponto (.) separa as casas decimais.
COORDENADAS CARTESIANAS ABSOLUTAS
São representadas no modo X, Y e têm como base de origem o zero 
absoluto. 
COORDENADAS CARTESIANAS RELATIVAS
As coordenadas cartesianas relativas especificam uma distância em relação ao 
último ponto. Para informar ao Autocad que a coordenada é relativa, utiliza‑se o 
símbolo @ antes das coordenadas. Ex.: @x,Y ‑ (@ valor do eixo em X, Valor do eixo 
em Y e enter para finalizar).
Outra forma de usar as coordenadas relativas é através do comando Dynamic 
Input (Entrada Dinâmica) da Barra de Status. Nesse caso, os valores serão colocados 
em janelas correspondentes ao eixo desejado. Use a tecla TAB do teclado para 
mudar de janela de eixo e enter para confirmar as medidas.
COORDENADAS POLARES
As coordenadas polares utilizam uma distância e um ângulo em relação ao eixo 
X para localizar um ponto. Ex.: DISTÂNCIA < ÂNGULO.
Importante: Por padrão do Autocad os ângulos aumentam no sentido anti‑horário.
COORDENADAS POLARES RELATIVAS
Para informar ao Autocad que a coordenada é relativa, utiliza‑se o símbolo @ 
antes das coordenadas. Ex.: @DISTÂNCIA<ÂNGULO.
COORDENADA DIRETA
O método mais rápido para desenhar utilizando as coordenadas. Apenas mova o 
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
156
cursor para indicar uma direção e depois especifique o valor de distância diretamente. 
Este método é chamado entrada de DISTÂNCIA DIRETA. A localização atual do cursor 
na área de trabalho é exibida como um valor de coordenadas na barra de status.
3.3 RECURSOS DE PRECISÃO E CAPTURA DE PONTOS DO 
DESENHO
GRID: Apresenta um padrão de malha na área de trabalho semelhante a uma 
folha de papel quadriculada que pode auxiliar o usuário em determinadas tarefas. 
O Grid é encontrado na Barra de Status e pode ser configurado para definir o 
espaçamento da malha e o seu tamanho total. Para configurá‑lo, vá até o seu 
ícone na barra de status e clique com o botão direito do mouse, em seguida abrirá 
um menu suspenso onde terá a opção Settings. 
Ao clicar em Settings, abrirá uma nova caixa de diálogo, configure a nova malha 
de acordo com as medidas de pontos cartesianos necessário para o seu tipo de 
trabalho. Essas medidas ficarão configuradas no seu Autocad.
Caso acione o Grid e a malha não apareça na tela, dê o comando Zoom Extend 
e ela aparecerá centralizada na tela. A malha do Grid é um objeto de referência e 
precisão, por isso ela não é impressa.
SNAP: Restringe o movimento do cursor para que o mesmo se movimente nas 
mesmas medidas da malha do GRID. Para acionar o Snap, vá até a barra de status 
e clique com o botão esquerdo do mouse sobre o comando. O mesmo vale para 
o GRID. Aparecerá uma mensagem dizendo <Snap on>.
ORTHO: No modo Ortho, o movimento do cursor é restrito à direção ortogonal 
(horizontal ou vertical) em relação ao WCS. Para acionar o ORTHO, vá até a barra 
de status e clique com o botão esquerdo do mouse no comando. Aparecerá uma 
mensagem dizendo <Ortho on>.
Ao ativar este modo, a criação e edição de objetos ficam especificados para 
movimentos no sentido vertical ou horizontal.
POLAR TRACKING: o modo POLAR TRACKING, com a ajuda 
de um tooltip e uma linha‑guia auxiliar, cria ou edita um objeto 
na direção de um ângulo diferente dos ângulos ortogonais. 
Para acionar o POLAR TRACKING, vá até a barra de status e clique com o botão 
esquerdo do mouse no comando. Aparecerá uma mensagem dizendo <Polar on>.
Ao clicar com o botão direito do mouse sobre esse comando, aparecerão os 
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
157
novos ângulos para auxílio no trabalho.
OSNAP ou OBJECT SNAP: As ferramentas de precisão OSNAP são recursos 
utilizados em conjunto com os comandos para desenhar de forma precisa. No 
Autocad, cada objeto contém pelo menos um ponto que pode ser reconhecido 
por OSNAP. Com ele determinamos onde está o ponto inicial de uma reta, o ponto 
central de uma circunferência, tangentes, quadrantes, entre outros.
Dica: é muito importante trabalhar com o Osnap ligado para ter auxílio preciso 
no desenho.
3.4 CRIANDO LINHAS
É muito importante prestar atenção na barra de comandos ou Command 
Line enquanto se desenha, pois ela estabelece uma comunicação sobre o que é 
necessário ser feito com o comando ativo. 
Os comandos que serão apresentados são encontrados no Ribbon Aba Home/
painel Draw e Painel Modify, nas Barras de ferramentas e Menus Draw e Modify. 
Caso o usuário esteja utilizando a Workspace Autocad Classic em uma versão 
anterior ao Autocad 2015, e as barras de ferramentas Draw e Modify não estejam 
aparecendo nas laterais da área de trabalho, é possível buscá‑las no Menu Suspenso. 
Para isso, clique com o botão direito do mouse sobre qualquer barra de ferramenta 
abaixo da barra de menus, e o menu suspenso aparecerá. Mova o mouse sobre a 
janela do menu suspenso e selecione com o botão esquerdo do mouse as barras 
de ferramentas desejadas.
Também é possível ativar as barras de ferramentas através da Barra de Menu 
Tools/ ToolsBar/Autocad e assim ativar a barra de ferramentas que se deseja.
Os comandos que serão apresentados a seguir são encontrados no Ribbon Aba 
Home/painel Draw, Barra de Ferramenta Draw ou Menu Draw em sequência.
Line: cria segmentos de linhas retas “separadas”.
Nome do comando: Line
Ribbon Aba Home/ painel Draw
Menu Menu Draw/ Line
Barra de ferramentas Draw/ Line
Teclado L +  
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
158
Ative o comando Line em alguma das modalidades acima. Na barra de 
comandos será exibida uma sequência:
Barra de comandos Procedimento do comando
LINE Specify first point:
Especifique o primeiro ponto, clicando 
com o botão esquerdo do mouse na área 
de trabalho
Specify next point or [Undo]:
Especifique o próximo ponto. Indicando 
com o mouse a direção do próximo ponto 
clique com o botão esquerdo do mouse 
ou digite um valor de comprimento da 
linha. Em seguida dê 
Specify next point or [Undo]:
Especifique o próximo ponto. Indicando 
com o mouse a direção do próximo ponto 
clique com o botão esquerdo do mouse 
ou digite um valor de comprimento da 
linha. Em seguida dê .
 Para finalizar o comando Line dê em ESC
Opções no colchete:
[Undo] Desfaz o último trecho.
[Close]
Conecta o último ponto de line ao 
primeiro finalizando o comando.
Polyline: É um objeto composto por linhas e arcos conectados e de seguimento 
único.
Nome do comando: Polyline / pline
Ribbon Aba Home/ painel Draw
Menu Menu Draw/ Polyline
Barra de ferramentas Draw/ Polyline
Teclado PL +  
Ative o comando Polyline em alguma das modalidades.
A sequência de informações na barra de comandos diz:
Barra de comandos Procedimento do comando
Specify start point:
Com o botão esquerdo do mouse clique 
o primeiro ponto da Polyline na área de 
trabalho
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
159
Specify next point or [Arc/
Halfwidth/Length/Undo/Width]:
Especifique o próximo ponto. Indicando 
com o mouse a direção do próximo ponto 
clique com o botão esquerdo do mouse ou 
digite um valor de comprimento da polyline.
 Em seguida dê  
Specify next point or [Arc/Close/
Halfwidth/Length/Undo/Width]:
Especifique o próximo ponto. Indicando 
com o mouse a direção do próximo ponto 
clique com o botão esquerdo do mouse 
ou digite um valor de comprimento da 
Polyline. Em seguida dê .
Para finalizar o comando Polyline dê em ESC
O comando Polyline oferece algumas opções na barra de comandos, como:
• [Arc] inicia um trecho em arco e exibe ainda subopções como ângulo, espessura 
de linha, raio.
• [Halfwidth] determina metade da espessura dos próximos trechos de linha.
• [Length] determina o comprimento do próximo trecho de linha.
• [Undo] desfaz o último trecho.
• [Width] define a espessurados próximos trechos.
1.Configurar o modo ORTHO e desenhar elementos como 
um quadrado 1x1 e um triângulo equilátero de lado 1. Repetir 
a operação com modo ORTHO desligado para vivenciar as 
diferenças.
2. Configurar modo GRID e SNAP para malha de 1x1 e desenhar 
bolinhas em malha para vivenciar a ferramenta.
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
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160
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
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161
Seção 4
Criação de Objetos Geométricos
Polygon: cria polylines em formato de polígono com lados pré‑definidos 
inscrito ou circunscrito em uma circunferência.
Nome do comando: Polygon
Ribbon Aba Home/ painel Draw
Menu Menu Draw/ Polygon
Barra de ferramentas Draw/ Polygon
Teclado POL +  
Ative o comando e siga a sequência na barra de comandos.
Barra de comandos Procedimento do comando
Enter number of sides: 
Digite o número de lados que o polígono 
deverá ter e  
Specify center of polygon or 
[Edge]:
Especificar o centro do polígono clicando 
com o botão esquerdo do mouse na área 
de trabalho
Enter an option [Inscribed in 
circle/Circumscribed about circle]:
Escolha entre as opções inscrito / 
circunscrito e dê  
Specify radius of circle: Dê o valor de raio e  
Rectangle: cria retângulos de polyline determinando valores para área, direção, 
altura e largura.
Nome do comando: Rectangle
Ribbon Aba Home/ painel Draw
Menu Menu Draw/ Rectangle
Barra de ferramentas Draw/ Rectangle
Teclado REC +  
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
162
Ative o comando e siga a sequência na barra de comandos.
Fórmula: @x,y
Barra de comandos Procedimento do comando
Specify first corner point or [Chamfer/
Elevation/Fillet/Thickness/Width]:
clique primeiro ponto
Specify other corner point or [Area/
Dimensions/Rotation]:
Arraste o mouse para o canto oposto 
para especificar o segundo ponto ou 
coloque a fórmula @x, y de  
Digite a fórmula colocando @ nos valores do retângulo respectivo ao eixo X 
(VÍRGULA) e nos valores respectivos ao eixo Y e  .
O comando rectangle oferece algumas opções na barra de comandos como:
• [Área] cria retângulo determinando a área e a distância.
• [Dimensions] cria retângulo determinando altura e a largura.
• [Rotation] cria um retângulo determinando a direção.
• [Chamfer] especifica cantos chanfrados para o retângulo.
• [Elevation] especifica a elevação do retângulo.
• [Fillet] especifica cantos arredondado dando uma medida de raio.
• [Thickness] muda a espessura do retângulo.
• [Width] muda a largura da polyline do retângulo.
Arc: Cria arcos de circunferência com 3 pontos, onde o primeiro e o terceiro 
ponto são as extremidades do arco.
Nome do comando: Arc
Ribbon Aba Home/ painel Draw
Menu Menu Draw/ Arc
Barra de ferramentas Draw/ Arc
Teclado A +  
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
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163
Existem várias possibilidades de criação de arco, como:
• [3 points]: Cria arcos com 3 pontos, onde o primeiro e o terceiro ponto são as 
extremidades do arco.
• [Start, Center, End]: ponto inicial, centro e ponto final.
• [Start, Center, Length]: ponto inicial, centro e comprimento de corda.
• [Start, End, Angle]: ponto inicial, ponto final e ângulo interno.
• [Start, End, Direction]: ponto inicial, ponto final e tangente final.
• [Start, End, Radius]: ponto inicial, ponto final e raio.
• [Center, Start, End]: centro, ponto inicial e ponto final.
• [Center, Start, Angle]: centro, ponto inicial e ângulo interno.
• [Center, start, Length]: centro, ponto inicial e comprimento de corda.
• [Continue]: concordante ao último elemento criado.
 
Circle: Cria circunferências.
Nome do comando: Circle
Ribbon Aba Home/ painel Draw
Menu Menu Draw/ Circle
Barra de ferramentas Draw/ Circle
Teclado C +  
Siga a sequência na barra de comandos.
Barra de comandos Procedimento do comando
Specify center point for circle or 
[3P/2P/Ttr (tan tan radius)]:
Especificar o ponto central do circulo
Specify radius of circle or [Diameter] Especificar o valor do raio e  
Spline: produz curvas suaves entre uma série de pontos determinados.
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
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Nome do comando: Spline
Ribbon Aba Home/ painel Draw
Menu Menu Draw/ Spline
Barra de ferramentas Draw/ Spline
Teclado SPL +  
Siga a sequência na barra de comandos.
Barra de comandos Procedimento do comando
Specify first point or [Object]:
Especificar o primeiro ponto para 
inicia a spline
Specify next point: Especificar o próximo ponto
Specify next point or [Close/Fit 
tolerance] <start tangent>:
Especificar o próximo ponto e para 
finalizar a spline dê  
As opções da Spline são:
• [Close] para fechar a Spline.
• [Fit Tolerance] Determina a tolerância para adaptação dos pontos determinados 
em relação à Spline.
• [Object] Converte polylines em splines.
Ellipse: Cria objetos elípticos (oval) determinando o eixo principal e o eixo 
secundário.
Nome do comando: Ellipse
Ribbon Aba Home/ painel Draw
Menu Menu Draw/ Ellipse
Barra de ferramentas Draw/ Ellipse
Teclado EL +  
Siga a sequência na barra de comandos.
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
165
Barra de comandos Procedimento do comando
Specify axis endpoint of ellipse or [Arc/
Center]:
Especificar o eixo da elipse
Specify other endpoint of axis:
Especificar a extremidade do eixo 
principal dando valor
Specify distance to other axis or 
[Rotation]:
Especificar a distância do eixo 
secundário também dando uma medida
As opções da Ellipse são:
• [Center] Cria uma Ellipse determinando o centro e uma extremidade de cada eixo.
• [Rotation] Define a direção angular (0° a 90°) do eixo principal.
Ellipse Arc: Cria Arcos elípticos.
Nome do comando: Ellipse Arc
Ribbon Aba Home/ painel Draw
Menu Menu Draw/ Ellipse Arc
Barra de ferramentas Draw/ Ellipse Arc
Teclado EL +  ARC +  
Siga a sequência na barra de comandos.
Barra de comandos Procedimento do comando
Specify axis endpoint of elliptical arc 
or [Center]:
Especifique o primeiro ponto do eixo 
principal
Specify other endpoint of axis:
Especificar a extremidade do eixo principal 
dando valor
Specify distance to other axis or 
[Rotation]:
Especificar a distância do eixo secundário 
também dando uma medida
Specify start angle or [Parameter]: 
<Ortho off>
Especifique o ponto inicial do ângulo 
dando valor de ângulo. Repare que o 
ortho se desliga nesse momento.
Specify end angle or [Parameter/
Included angle]:
Especifique o ponto final do ângulo 
também dando valor de ângulo e  .
Revision cloud: Cria uma polyline com arcos sequenciais formando uma 
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
166
nuvem fechada que auxiliará na revisão de projeto.
Importante: Este comando é utilizado para realçar as anotações de revisão no 
desenho.
Nome do comando: Revision Cloud
Ribbon Aba Home/ painel Draw
Menu Menu Draw/ Revision Cloud
Barra de ferramentas Draw/ Revision Cloud
Teclado Revcloud  
Siga a sequência na barra de comandos.
Barra de comandos Procedimento do comando
Minimum arc length: 0.50000 
Maximum arc length: 0.50000 Style: 
Normal
Specify start point or [Arc length/
Object/Style] <Object>:
Especifique o ponto inicial para o 
Revcloud
Guide crosshairs along cloud path...
Mova o mouse para criar um caminho 
em torno do objeto a ser revisado
Revision cloud finished.
Ao passar o cursor sobre o ponto 
inicial, o objeto é fechado e o comando 
finalizado
Donut: Cria Círculos preenchidos.
Nome do comando: Donut
Ribbon Aba Home/ painel Draw
Menu Menu Draw/ Donut
Teclado DO +  
Siga a sequência na barra de comandos:
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
167
Barra de comandos Procedimento do comando
Specify inside diameter of donut 
<162.13693>: 2.
Especifique o diâmetro interno
Specify outside diameter of donut 
<1.00000>: 4.
Especifique o diâmetro externo
Specify center of donut or <exit>:
Especifique o centro do Donut
Finalize o comando com um  
Multiline: Cria segmentosde linha paralelos.
Nome do comando: Multiline
Menu Menu Draw/ Multiline
Teclado ML +  
Siga a sequência na barra de comandos.
Barra de comandos Procedimento do comando
Specify start point or [Justification/
Scale/STyle]:
Especifique o ponto para iniciar a Mline
Specify next point: Especifique o ponto seguinte
Specify next point or [Undo]:
Especifique o ponto seguinte ou dê  
para finalizar 
As opções da Multiline são:
• [Close] fecha a mline.
• [Justification] Determina como a mline será desenhada entre os pontos 
especificados:
o TOP: cria a mline em que o ponto de referência está acima do cursor.
o ZERO: cria a mline em que o ponto de referência esta centralizado com o cursor.
o BOTTOM: cria a mline em que o ponto de referência está abaixo do cursor.
• [Scale] Controla o fator de escala para a mline.
• [Style] Determina o estilo da mline.
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
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O comando Revision Cloud (balões de revisão) servem para circundar 
pontos de dúvida ou mesmo revisão de um projeto em andamento. 
Normalmente é realizado pelo gerente de projetos para que os 
respectivos projetistas revisem partes de projeto. Na metodologia de 
projeto americana, o balão de revisão é muito utilizado.
5. O aluno deverá desenhar um retângulo com medidas padrões 
x,y de 7.5 x 5.6 com os comandos: LINE, PLINE, RECTANGLE.
6. O aluno deverá desenhar os seguintes polígonos regulares: 
pentágono (5 lados), hexágono (6 lados), dodecágono (12 
lados), com o comando Polygon.
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
169
Seção 5
Edição de Objetos Geométrico
Introdução à seção
Nesta seção, o estudante se familiarizará com os comandos da barra MODIFY, 
ou seja, com comandos de modificação de desenho.
5.1 SELECIONANDO OBJETOS
Todas as vezes que for necessário alterar o desenho teremos que editá‑lo e 
para isso usamos a seleção do objeto para identificar qual parte será editada.
Além de editar os objetos selecionados, podemos automaticamente submetê‑
los a outro comando por estarem selecionados.
Um modo simples de seleção é passar o mouse sobre o objeto, se ele se 
destacar é porque está pronto para ser selecionado com um clique do botão 
esquerdo do mouse.
MODO DE SELEÇÃO WINDOW
Seleciona todos os objetos que estiverem completamente dentro de um 
retângulo definido por dois pontos. Especificando os cantos da esquerda para a 
direita será criada uma janela de seleção.
Figura 3.6 | Modo de seleção
Fonte: O autor (2015)
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
170
Para abrir uma janela de seleção, basta clicar bem próximo aos objetos que 
serão selecionados. Em seguida, arraste o cursor do mouse e clique novamente 
no canto diagonal oposto ao primeiro.
Barra de comandos Procedimento do comando
Clique o 1º ponto na área de trabalho 
no (canto esquerdo)
Specify opposite corner: Clique o 2° ponto oposto (canto direito)
A janela criada pelo modo de seleção Window apresenta borda em linha 
contínua e cor de fundo azulado ou roxo. Neste modo de seleção, o objeto tem 
que estar totalmente dentro da janela para ser selecionado.
MODO DE SELEÇÃO CROSSING
Seleciona objetos dentro e cruzando a janela de seleção. Uma seleção de 
Crossing é apresentada com linha tracejada e cor de fundo esverdeado. Ao contrário 
da seleção Window, a Crossing abre a janela de seleção da direita para a esquerda.
Figura 3.7 | Modo de seleção
Fonte: O autor (2015)
Barra de comandos Procedimento do comando
Clique o 1º ponto na área de trabalho 
no (canto direito)
Specify opposite corner:
Clique o 2° ponto oposto (canto 
esquerdo)
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
171
DESFAZER SELEÇÃO
Use a tecla SHIFT do teclado para desativar uma seleção errada sem se desfazer 
das outras seleções.
Apenas segure o Shift e clique nos objetos que foi selecionado por engano. Isso só 
será possível antes de confirmar a seleção com  nos casos de comandos de edição.
Dando um ESC é possível desativar todas as seleções.
5.2 MODIFICANDO OBJETOS
Os comandos que serão apresentados nessa seção são encontrados no Ribbon‑
Aba Home/Painel Modify.
APAGANDO E RESTAURANDO OBJETOS
Erase: Apaga objetos de um desenho.
Nome do comando: Erase
Ribbon Aba Home/ painel Modify
Menu e barra de ferramenta Modify/ Erase
Teclado E +  
Ao ativar o comando, siga a sequência na barra de comandos.
Barra de comandos Procedimento do comando
Select objects:
Selecione os objetos e, em seguida, o Autocad 
informará quantos objetos foram selecionados. Para 
confirmar pressione  
Em vez de selecionar objetos para apagar, você pode digitar uma opção, como L 
(last), para apagar o último objeto desenhado ou ALL para apagar todos os objetos. 
Também é possível selecionar os objetos e pressionar a tecla DELETE para apagar.
Oops: Restaura objetos apagados.
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
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172
Nome do comando: Oops
Teclado Oops+  
OOPS não poderá ser usado para restaurar os objetos que foram removidos 
com o comando PURGE.
COMANDOS DE MODIFICAÇÃO DE OBJETOS
Copy: Copia os objetos a uma determinada distância em uma direção especificada.
Nome do comando: Copy
Ribbon Aba Home/ painel Modify
Menu e barra de ferramenta Modify/ Copy
Teclado CO +  
Ative o comando e siga a sequência.
Barra de comandos Procedimento do comando
Select objects:
Selecione o objeto e confirme a seleção 
com  
Specify base point or 
[Displacement/mOde]:
Clicar com o botão esquerdo do mouse 
em um ponto do objeto para especificar o 
ponto base
Specify second point or [Exit/
Undo] <Exit>:
Especificar uma direção e distância para 
copiar e  para finalizar
Move: Move objetos a uma determinada distância e direção especificada.
Nome do comando: Move
Ribbon Aba Home/ painel Move
Menu e barra de ferramenta Modify/ Move
Teclado M +  
Ative o comando e siga a sequência.
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
173
Barra de comandos Procedimento do comando
Select objects:
Selecione o objeto e confirme a seleção 
com  
Specify base point or 
[Displacement]:
Clicar com o botão esquerdo do mouse 
em um ponto do objeto para especificar o 
ponto base
Specify second point or 
displacement:
Especificar uma direção e distância para 
mover o objeto e  para finalizar 
O ponto base pode ser pego em qualquer parte do objeto ou próximo dele, 
porém é recomendável que se pegue o ponto base no objeto, com o auxílio da 
ferramenta Osnap, para obter resultados precisos.
Mirror: Cria uma cópia espelhada dos objetos selecionados a partir de um eixo 
de espelhamento que é especificado por dois pontos para qualquer direção.
Nome do comando: Mirror
Ribbon Aba Home/ painel Modify
Menu e barra de ferramenta Modify/ Mirror
Teclado MI +  
Ative o comando e siga a sequência.
Barra de comandos Procedimento do comando
Select objects: Selecione o objeto e confirme a seleção com  
Specify first point of 
mirror line:
Especificar o primeiro ponto para determinar o eixo 
de espelhamento
Specify second point 
of mirror line:
Especificar o Segundo ponto para determinar o eixo 
de espelhamento
Erase source objects? 
[Yes/No] <N>:
O Autocad pergunta se o objeto original será 
apagado ou não. Para não apagar o objeto, aceite a 
resposta padrão NO e confirme com a tecla  . Para 
apagar o objeto, digite Y
Offset: Cria círculos concêntricos, linhas paralelas e curvas paralelas a uma 
determinada distância.
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
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Nome do comando: Offset
Ribbon Aba Home/ painel Modify
Menu e barra de ferramenta Modify/ Offset
Teclado O +  
Ative o comando e siga a sequência.
Barra de comandos Procedimento do comando
Specify offset distance or 
[Through/Erase/Layer]
Primeiro especificar a distância em que os 
objetos ficarão paralelos e  para confirmar
Select object to offset or [Exit/
Undo] <Exit>:
Selecione o objeto
Specify point on side to offset 
or [Exit/Multiple/Undo] <Exit>:
Especifiquecom o mouse a direção que o 
objeto deverá ficar e clique com o botão 
esquerdo
Select object to offset or [Exit/
Undo] <Exit>:
Selecionar mais uma vez o objeto para fazer 
mais um offset ou  para finalizar
OPÇÕES DO COMANDO OFFSET:
• [Through] adota como distância um ponto determinado.
• [Erase] apaga o objeto original.
• [Layer] determina se o objeto copiado será criado no layer corrente ou no 
layer do objeto de origem.
• [Undo] desfaz a última cópia sem sair do comando Offset.
• [Multiple] cria cópias múltiplas.
Rotate: gira o objeto em torno de um eixo especificado como ponto base.
Nome do comando: Rotate
Ribbon Aba Home/ painel Modify
Menu e barra de ferramenta Modify/ Rotate
Teclado RO +  
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
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Ative o comando e siga a sequência.
Barra de comandos Procedimento do comando
Select objects:
Selecione o objeto que irá rotacionar e 
confirme com  
Specify base point:
Especifique um ponto base que servirá 
de eixo de rotação
Specify rotation angle or [Copy/
Reference] <90>:
Especifique um ângulo de rotação que 
o objeto deverá girar e  para finalizar
Select object to offset or [Exit/Undo] 
<Exit>:
Selecionar mais uma vez o objeto para 
fazer mais um offset ou  para finalizar
O ângulo de rotação no Autocad é no sentido anti‑horário. Com um valor 
negativo de ângulo de rotação, o sentido torna‑se horário.
Opções do Rotate:
• [Copy] cria uma cópia do objeto selecionado.
• [Reference] determina um ângulo de referência por meio de um valor ou 
especificando dois pontos.
Scale: Amplia ou reduz os objetos selecionados, mantendo as suas proporções 
mesmo depois de alterar a escala.
Nome do comando: Scale
Ribbon Aba Home/ painel Modify
Menu e barra de ferramenta Modify/ Scale
Teclado SC +  
Ative o comando e siga a sequência.
Barra de comandos Procedimento do comando
Select objects: Selecione o objeto e confirme com  
Specify base point:
Especifique um ponto base que servirá de 
início para o escalonamento
Specify scale factor or [Copy/
Reference] :
Especifique um valor de escala para ampliar 
ou diminuir o objeto e confirme o valor com  
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
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Opções do Scale:
• [Copy] cria uma cópia do objeto selecionado.
• [Reference] determina um fator de escala, tendo como referência um 
comprimento inicial em relação a um comprimento final.
Stretch: Alonga ou diminui parte do objeto selecionado sempre pela janela 
Crossing.
Nome do comando: Stretch
Ribbon Aba Home/ painel Modify
Menu e barra de ferramenta Modify/ Stretch
Teclado S+  
Ative o comando e siga a sequência.
Barra de comandos Procedimento do comando
Select objects to stretch by crossing‑
window or crossing‑polygon...
Selecione o objeto através da janela 
de seleção crossing e confirme com  
Specify base point or [Displacement] 
<Displacement>:
Especifique um ponto base para 
determinar o ponto inicial do 
deslocamento
Specify second point or <use first point 
as displacement>: 
Especifique o ponto final dando uma 
direção e colocando uma medida de 
deslocamento
Importante: Não é possível alongar ou diminuir círculos, textos ou blocos.
Trim: Apara/corta partes do objeto (lines, plines, splines, arcs, circles, rectangles, 
ellipses) que se interseccionem com outros objetos. 
Nome do comando: Trim
Ribbon Aba Home/ painel Modify
Menu e barra de ferramenta Modify/ Trim
Teclado TR+  +  
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
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Ative o comando e siga a sequência.
Uma forma rápida de uso do comando trim é ativando o comando e, em 
seguida, clicar no enter novamente. Desta forma, ele apara todos os objetos que se 
cruzam diretamente, evitando o tempo de várias seleções. Ou da seguinte forma:
Barra de comandos Procedimento do comando
Select objects or <select all>:
Selecione a parte ou o objeto inteiro 
que será aparado e confirme com  
Select object to trim or shift‑select to 
extend or[Fence/Crossing/Project/
Edge/eRase/Undo]:
Retorne clicando nas linhas que deseja 
aparar. Finalize com ESC ou Enter
Lembre‑se que, caso ative o comando pelo teclado, dê / duas vezes e siga a 
sequência a cima.
Opções do Trim:
• [Fence]: Seleciona todos os objetos que cruzam a cerca de seleção.
• [Crossing]: Seleciona objetos dentro e cruzando uma janela retangular 
definida por dois pontos (seleção crossing).
• [Project]: Seleciona o plano de projeção para cortar o objeto (útil para 3D).
• [Edge]: Corta parte do objeto que apresenta intersecção aparente (útil para 3D).
• [Erase]: Exclui os objetos selecionados. É conveniente para apagar objetos 
desnecessários, sem deixar o comando Trim.
• [Undo]: Desfaz o último corte sem sair do comando Trim.
Extend: estende uma linha, uma polyline ou arco até outro objeto.
Nome do comando: Extend
Ribbon Aba Home/ painel Modify
Menu e barra de ferramenta Modify/ Extend
Teclado EX+  +  
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
178
Ative o comando e siga a sequência.
Como esse comando é o contrário do Trim, sua forma rápida de uso também é 
parecida com a do comando anterior. O comando Extend é ativado e, em seguida, 
deve‑se clicar no enter novamente para habilitar a extensão. Desta forma, já pode 
clicar nas linhas para que o objeto se estenda. Ou da seguinte forma:
Barra de comandos Procedimento do comando
Select objects or <select all>:
Selecione a parte do objeto que será 
extendido e confirme com  
Select object to trim or shift‑select to 
extend or[Fence/Crossing/Project/
Edge/eRase/Undo]:
Retorne clicando nas linhas que deseja 
extender. Finalize com ESC ou Enter
Opções do Extend:
• [Fence]: Seleciona todos os objetos que cruzam a cerca de seleção.
• [Crossing]: Seleciona objetos dentro e cruzando uma janela retangular 
definida por dois pontos (seleção crossing).
• [Project]: Seleciona o plano de projeção para cortar o objeto (útil para 3D).
• [Edge]: Corta parte do objeto que apresenta intersecção aparente (útil para 3D).
• [Undo]: Desfaz a última alteração do Extend sem sair do comando.
Join: unifica objetos separados, dando‑lhes a característica de polyline. 
Nome do comando: Join
Ribbon Aba Home/ painel Modify
Menu e barra de ferramenta Modify/ Join
Teclado J+  
Ative o comando e siga a sequência. 
Barra de comandos Procedimento do comando
Select lines to join to source: 
Selecione o primeiro objeto que 
deverá ser unificado
Select lines to join to source:
Selecione o outro objeto que deverá 
se unir
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
179
Os objetos que o comando Join une são: linhas, arcos, arcos elípticos, splines 
e hélix. Unindo os objetos semelhantes que estavam individuais, reduzimos o 
tamanho do arquivo e aumentamos a qualidade do desenho.
Break: Quebra objetos de linhas, arcos, círculos, polylines, ellípses, splines, 
donuts selecionados entre dois pontos.
Nome do comando: Break
Ribbon Aba Home/ painel Modify
Menu e barra de ferramenta Modify/ Break
Teclado BR+  
Ative o comando e siga a sequência.
Barra de comandos Procedimento do comando
Select object:
Selecione o objeto. O comando 
assume o ponto especificado como 
primeiro ponto de quebra
Specify second break point or [First 
point]:
especifique o Segundo ponto
Opções do Break:
• [First Point]: redefine o primeiro ponto.
Fillet: une linhas verticais e horizontais em ângulo de 90° ou em curvatura pré‑
especificada.
Nome do comando: Fillet
Ribbon Aba Home/ painel Modify
Menu e barra de ferramenta Modify/ Fillet
Teclado F+  
Ative o comando e siga a sequência.
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
180
Barra de comandos Procedimento do comando
Current settings: Mode = TRIM, Radius = 0
Ao ativar o comando, pode-se 
observar os parâmetros de modo 
trim e o valor de raio atual. Observe 
que o raio está com o valor 0. Isso 
fará cantos em ângulo de 90°
Select first object or [Undo/Polyline/
Radius/Trim/Multiple]:
Selecioneo primeiro objeto em 
qualquer ordem
Select second object or shift‑select to 
apply corner:
Finalize selecionando o segundo 
objeto
Para Fillet com curvatura
Ative o comando e observe que o raio está com o valor 0. Nas opções deste 
comando observe a opção Radius ([Undo/Polyline/Radius/Trim/Multiple]) e digite 
R para alterar a medida de curvatura.
Exemplo:
Specify fillet radius <0>: .50 < dê um valor de raio. ex: .50 cm>
Agora, siga a sequência do comando já descrita acima.
Opções do Fillet:
• [Undo] desfaz o último encontro de Fillet sem sair do comando.
• [Polyline] cria cantos arredondados em cada vértice de uma polyline.
• [Radius] determina o raio do arco para a curvatura.
• [Trim/No trim] determina se as arestas serão eliminadas ou não.
• [Multiple] cria cantos arredondados múltiplos, sem ser necessário reiniciar o 
comando.
Importante: Não será possível fazer um canto de arco se o valor de raio for 
maior que o próprio objeto. Nesse caso, o Autocad responderá com a seguinte 
informação: “radius is too large”.
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
181
Chanfer: cria chanfro entre dois objetos não paralelos determinando a distância 
ou o ângulo.
Nome do comando: Chanfer
Ribbon Aba Home/ painel Modify
Menu e barra de ferramenta Modify/ Chanfer
Teclado CHA+  
O chanfro pode ser determinado a partir de valores de distância ou ângulos.
 
Ative o comando e siga a sequência para chanfro com distância.
Barra de comandos Procedimento do comando
(TRIM mode) Current chamfer Dist1 = 
0.00, Dist2 = 0.00
Ao ativar o comando observe que os 
valores de Distância estão em 0
Select first line or [Undo/Polyline/
Distance/Angle/Trim mEthod/Multiple]: d
Digite D (de distância) para colocar os 
valores de distância do chanfro 
Specify first chamfer distance <0.00>: .10
Dê a primeira medida que 
respectivamente será a primeira linha 
a ser clicada
Specify second chamfer distance 
<0.10>: .25
Dê a segunda medida que 
respectivamente será a segunda linha 
clicada
Select first line or [Undo/Polyline/
Distance/Angle/Trim/mEthod/Multiple]:
clique na primeira linha
Select second line or shift‑select to 
apply corner:
clique na segunda linha
Opções para o Chanfer:
• [Undo] desfaz o último chanfro sem sair do comando.
• [Polyline] cria chanfros em cada vértice de uma polyline.
• [Distance] determina o valor de distância do chanfro.
• [Trim/No trim] determina se as arestas serão eliminadas ou não.
• [Multiple] cria chanfros múltiplos, sem ser necessário reiniciar o comando.
• [Angle] cria chanfros a partir dos valores determinados da distância e de um ângulo.
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
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182
Explode: quebra objetos de entidade única como polyline.
Nome do comando: Explode
Ribbon Aba Home/ painel Modify
Menu e barra de ferramenta Modify/ Explode
Teclado X+  
Ative o comando e siga a sequência.
Barra de comandos Procedimento do comando
Select objects: 1 found Selecione a polyline e confirme a quebra com  
Nas versões posteriores ao Autocad 2015, o worspace Autocad Classic 
não está disponível na barra de worspace. Isto é uma tentativa da 
Autodesk de popularizar as outras barras entre os usuários mais antigos.
1. Com os comandos apreendidos, o estudante deverá 
reproduzir o seguinte desenho: um triângulo equilátero 
inscrito em uma circunferência de raio 1 que, por sua vez, está 
inscrita em um quadrado. Conforme figura:
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
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183
2. Criar círculos internos e concêntricos, distantes 0.10 de 
cada, a partir de uma circunferência de raio 1, conforme figura:
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
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184
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
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185
Seção 6
Edição de Propriedades do Objeto Geométrico
Introdução à seção
Nesta seção, o estudante se familiarizará com os comandos mais avançados: 
cálculo de área, volume, perímetro e demais propriedades possíveis que podem 
ser fornecidos pelo Autocad.
6.1 PROPRIEDADES DOS OBJETOS
Todos os objetos no Autocad possuem propriedades de configuração. Por 
exemplo, as propriedades de linha são: layer, cor, tipo de linha, espessura de linha, 
transparência, escala, visível ou invisível. É possível alterar cada propriedade dos 
objetos na caixa de diálogo Properties e com o comando Match Properties.
OBJECT PROPERTIES
A caixa de diálogo Properties apresenta as propriedades do objeto selecionado 
e permite também alterar determinadas características dele.
Nome do comando: Properties 
Ribbon Aba Home/ painel Properties
Menu Modify/Properties
Barra de Ferramentas Standard
Teclado
PR+  ou clique duplo no objeto ou 
CTRL + 1
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
186
Figura 3.8 | Janela de propriedades
Fonte: O autor (2015)
QUICK PROPERTIES 
A ferramenta Quick Properties apresenta algumas propriedades de um objeto 
ou de vários objetos. A opção quick properties esta alocada na barra de status. 
Com esta ferramenta ativa, pode‑se desenhar observando as propriedades dos 
objetos automaticamente.
MATCH PROPERTIES
O comando Match Properties aplica as propriedades de um objeto selecionado 
em outros.
Nome do comando: MATCH PROPERTIES
Ribbon Aba Home/ painel Layers
Menu Modify/MATCH PROPERTIES
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
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187
Barra de ferramentas Standard/ Match Properties
Teclado MATCHPROP ou PAINTER + 
Ative o comando e siga a sequência.
Barra de comandos Procedimento do comando
select source object:
Selecione o objeto que será referência 
de propriedade
Select destination object(s) or 
[Settings]:
Selecione os objetos para qual serão 
transferidas as propriedades + para 
finalizar
A opção Settings ativa uma caixa de diálogo Properties Settings, configura as 
propriedades que serão transferidas.
6.2 CÁLCULOS DE ÁREA, DISTÂNCIA, E LISTAGEM DE 
INFORMAÇÕES SOBRE OBJETOS
O Autocad tem comandos específicos para pegarmos informações sobre o 
objeto. Alguns deles são encontrados na Aba Home, no painel Utilies/Measure, ou 
através da Barra de Ferramentas INQUIRY. Estas informações tratam de medidas 
como: distância, área, volume, raio e ângulo de um objeto, além de informações 
mais completas em uma lista com o comando List.
Distance: É utilizado para medir a distância entre dois pontos. O resultado da 
distância é apresentado no formato de unidades atuais. Ex.: decimal.
Nome do comando: Distance
Ribbon Aba Home/ painel Utilies/Measure
Menu Tools/Inquiry/Distance
Barra de Ferramenta Inquiry
Teclado DI+  
Ative o comando e siga a sequência.
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
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188
Barra de comandos Procedimento do comando
Specify first point:
Especificar o primeiro ponto do 
objeto
Specify second point or [Multiple 
points]:
Especificar o Segundo ponto do 
objeto
A distância e ângulo serão apresentadas na barra de comandos conforme 
exemplo a seguir:
Distance = 1.00, Angle in XY Plane = 0.00, Angle from XY Plane = 0.00
Delta X = 1.00, Delta Y = 0.00, Delta Z = 0.00
Opções para o Measuregeom:
• [Multiple Points] calcula a distância total entre vários pontos.
• [Radius] calcula o raio ou o diâmetro de um arco ou círculo.
• [Angle] calcula o ângulo de um arco, uma linha ou um vértice.
• [Area] calcula a área e o perímetro de um objeto.
• [Volume] calcula o volume de um objeto 2D ou 3D. No caso 2D, é necessário 
determinar a altura do objeto.
Importante: É importante ligar o Osnap na barra de status, para selecionar com 
precisão os pontos.
Area: É utilizado para medir a área e o perímetro de um objeto.
Nome do comando: Area
Ribbon Aba Home/ painel Utilies/Measure
Menu Tools/Inquiry/ Area
Barra de Ferramenta Inquiry
Teclado AREA+  
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
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189
Ative o comando e siga a sequência.
Barra de comandos Procedimento do comando
Specify first corner point or [Object/Add 
area/Subtract area/eXit] <Object>:
Clicar no primeiro canto do objeto
Specify next point or [Arc/Length/Undo]:Clique no próximo ponto
Specify next point or [Arc/Length/Undo]: Clique no próximo ponto
Specify next point or [Arc/Length/Undo/
Total] <Total>:
Clicando nos cantos do objeto será 
possível observar uma cobertura 
verde cobrindo-o. Se a cobertura 
estiver completamente sobre a parte 
que deseja tirar medidas dê  
As medidas de área e perímetro apareceram na área de comando. Para sair do 
comando área dê ESC. Exemplo de um quadrado 1x1 Area = 1.00, Perimeter = 4.00
List: o comando List apresenta todas as propriedades do objeto.
Nome do comando: List
Menu Tools/Inquiry/ List
Barra de Ferramenta Inquiry
Teclado LI+  
Ative o comando e siga a sequência.
Barra de comandos Procedimento do comando
Select objects: Selecione o objeto e dê  
Abrirá uma janela de listagem com todas as informações de propriedades do 
objeto selecionado. Exemplo: 
 LWPOLYLINE Layer: "0"
 Space: Model space
 Handle = 348
 Closed
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
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 Constant width 0.00
 area 1.00
 perimeter 4.00
 at point X= 42.60 Y= 29.24 Z= 0.00
 at point X= 43.60 Y= 29.24 Z= 0.00
 at point X= 43.60 Y= 30.24 Z= 0.00
 at point X= 42.60 Y= 30.24 Z= 0.00
Para sair da janela de listagem feche‑a em close.
6.3 DIVIDINDO OBJETOS
Com comandos de divisão é possível dividir os objetos em medidas pré‑
determinadas ou inserir blocos especificando o número de divisões no desenho.
Point Style: o comando Point Style formata um estilo de ponto. O padrão de 
ponto do Autocad é o estilo “ponto final”, porém se torna necessário a mudança 
deste estilo para que ele seja percebido sobre a linha dividida.
Nome do comando: Point Style
Menu Format/Point Style
Teclado ddptype+  
A caixa de diálogo Point Style apresenta vários tipos de pontos. Escolha um 
novo ponto clicando sobre a imagem e dê OK para sair da caixa de diálogo.
Divide: o comando Divide cria divisões no objeto sempre equidistante e com 
o auxílio do Point.
Nome do comando: Divide
Menu Draw/Point/ Divide
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
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Ribbon Aba Home/ painel Draw/Divide
Teclado DIV+  
Ative o comando e siga a sequência
Barra de comandos Procedimento do comando
Select object to divide: Selecione o objeto que será dividido
Enter the number of segments or 
[Block]: 5
Especifique o número de divisões do 
objeto e dê  
Measure: o comando Measure divide um objeto em espaços definidos pelo 
usuário com o auxílio do objeto Point ou colocando blocos diretamente.
Nome do comando: Measure
Menu Draw/Point/ Measure
Ribbon Aba Home/ painel Draw/ Measure
Teclado ME+  
Ative o comando e siga a sequência.
Barra de comandos Procedimento do comando
Select object to measure: Selecione o objeto que será dividido
Specify length of segment or [Block]: b
A opção do measure na linha de 
comandos é block. Digite B de Block 
para que as divisões já insiram o bloco
Enter name of block to insert: 
neodipsis
Será necessário colocar o nome do 
bloco. 
Ex.: neodipsis
Align block with object? [Yes/No] <Y>:
O Autocad pergunta se você deseja 
que o bloco seja alinhado com o 
objeto. Neste caso Y de Yes
Specify length of segment: Specify 
second point: 2
Especifique o primeiro ponto e digite 
um valor de divisões. Ex.: 2.00 e  
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
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192
Os comandos acionados por ícones podem ser associados por 
comandos escritos na barra de comandos.
6. Calcular a área do triângulo, circunferência e do quadrado, 
com o comando área e com o comando LIST do exercício da 
seção 5.
7. Dividir uma reta de comprimento 1.8 em 3 partes distintas, 
com o comando divide. Proceda da mesma maneira em uma 
circunferência de raio 3.
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
193
Seção 7
Configuração de Camadas/Layers
Introdução à seção
Nesta seção, o estudante aprenderá a configurar layers e entenderá pormenores 
de sua configuração. Os layers são extremamente necessários para a confecção 
de um desenho impecável de um objeto, espaço ou edificação.
7.1 LAYERS: CAMADAS DE DESENHO
Podemos comparar Layers do Autocad com folhas de papel vegetal nas quais 
desenhamos diferentes partes do objeto, que podem ser manipuladas uma a 
uma ou sobrepostas para serem visualizadas em conjunto. É importante pensar 
na organização dos elementos que compõem o projeto e como eles devem ser 
dispostos em layers (camadas) diferentes para tornar o trabalho mais eficiente.
Em arquitetura, é comum a criação de layers para paredes, janelas, mobiliários, 
elementos estruturais, hidráulica, elétrica, cotas, textos etc. Em mecânica, os layers 
geralmente são criados para linhas de centro, hachuras, objetos e linhas internas.
As vantagens de se trabalhar com Layers em um desenho são:
‑ indicar cores diferentes, tipo e espessura de linha o que resulta em um desenho 
mais objetivo e dentro de normas técnicas;
‑ controlar a visibilidade dos objetos no desenho;
‑ controlar quais objetos devem ser impressos;
‑ controlar quais objetos não devem ser editados ou apagados.
Layer Properties Manager
O painel Layer Properties Manager permite criar e controlar os layers.
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
194
Nome do comando: Layer Properties Manager
Ribbon Aba Home/ painel Layers
Menu Format/Layer
Barra de Ferramentas Layers
Teclado LA+  
A apresentação do painel Layer Properties Manager contém configurações para 
os ambientes model e layout. 
Um Layer é definido por nome de identificação e por um conjunto de 
propriedades de objeto: cor, tipo de linha e espessura de linha. Por definição os 
objetos herdam as propriedades do Layer que foi utilizado ao serem desenhados, 
ou seja, os objetos possuem propriedades by layer.
As seguintes opções do painel Layer Properties Manager são importantes para 
o controle dos layers.
Figura 3.9 | Recursos da atividade interpretativa
Fonte: O autor (2015)
New Layer: cria um novo layer. Digite um nome para facilitar a identificação. A 
nova camada é criada abaixo da última camada selecionada atualmente.
New Layer Frozen VP in All Viewports: cria um novo layer e congelado em 
todas as viewports de layout existente. Este botão é acessível a partir do layout.
Delete Layer: excluir layer. Só é possível excluir as camadas que não foram 
usadas no arquivo. O layer 0 e o layer Defpoints não podem ser excluídos.
Set Current: determina como atual o layer selecionado.
Figura 3.10 | Barra de Layers
Fonte: O autor (2015)
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
195
Status: Indica o layer que está corrente. 
Name: Nome do layer. Exemplo: Parede, hachura, texto etc.
On/Off: ligar/ desligar. Lâmpada acesa indica que os objetos que estão no layer 
são visíveis na área de trabalho. Desligada, essa camada não será impressa. Para 
apagar a lâmpada, clique com o botão esquerdo do mouse sobre ela.
Thaw/Freeze: descongelar/congelar. Quando o layers está congelado, os objetos 
deste layer não são visíveis no desenho e estão excluídos de regeneração, renderização 
e impressão. Não se pode determinar um layer congelado como corrente.
Unlocked/locked: destravado/travado. Quando o layers está travado, os objetos 
deste layer são visíveis no desenho com um tom cinza claro e não é possível editá‑
los como: mover, copiar ou apagar.
Color: permite escolher uma cor para os layers selecionados. 
Clicando no nome da cor, exibe a caixa de diálogo Select Color. 
Linetype: Altera o tipo de linha do layer selecionado. Clicando no nome do tipo 
de linha, exibe a caixa de diálogo Selecionar tipo de linha. É possível carregar 
diferentes tipos de linhas através do botão LOAD que aparece na caixa de diálogo.
Lineweigth: Altera a espessura de linha do layer selecionado. Clicando sobre o 
nome de espessura abrirá uma caixa de diálogo para selecionaruma nova espessura.
Plot style: Permite a visualização do estilo de plotagem associado com os 
layers selecionados.
Plot / No plot: Plotar/não plotar. Esse botão indica os objetos que serão 
impressos desde que estejam visíveis na área de trabalho. Ao clicar sobre o ícone 
da impressora em determinado layer, esse adquire uma marcação vermelha de 
bloqueio “NO PLOT” onde podem ser vistos, editados no desenho, mas não podem 
ser plotados.
New VP Freeze On/Off: determina que, ao ser criada uma Viewport no Layout, 
o layer será criado como congelado.
VP Freeze On/Off: congela determinados layer na Viewport corrente.
VP Color: Disponível no layout. Determina uma cor para a viewport corrente.
VP Linetype: Disponível no layout. Determina um tipo de Linha para a viewport 
corrente.
VP Lineweigth: Disponível no layout. Determina a espessura de Linha para a 
viewport corrente.
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
196
VP Plot style: Disponível no layout. Determina o estilo de plotagem para a 
viewport corrente.
Description: Descreve determinado layer.
Invert Selection: Seleciona todos os layers apresentados na lista, exceto os que 
já estão selecionados.
Indicate Layers in use: Indica os layer que estão em uso.
Settings: Ativa a caixa de diálogo Layer Settings, que controla as notificações ao 
criar um novo Layer.
Utilize o comando ISOLAYER para isolar layers específicos, desligando 
os demais não selecionados.
1. No Autocad, desenhamos com Line e Pline para fazer linhas. 
Qual é a diferença das duas?
(A) Não há diferenças.
(B) As Lines são mais suaves enquanto as Plines são mais duras.
(C) Plines têm propriedades de espessura enquanto as Lines 
não a possuem.
(D) As Lines são segmentos de linhas em separado, enquanto 
as Pline são entidades únicas.
(E) As Plines são segmentos de linhas em separado, enquanto 
as Lines são entidades únicas.
2. Repita o exercício, utilizando PLINE e OFFSET:
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
U3
197
1.8
1.
8
.1
3. Feche o perímetro utilizando PLINE:
4. Repita o desenho:
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
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198
Até a presente seção, o estudante aprendeu os comandos 
básicos de desenho no Autocad.
Com os comandos básicos, o estudante poderá desenhar no 
Autocad. Entretanto, há a necessidade de aprofundar os estudos 
para obter um desenho com qualidade gráfi ca apresentável e 
exigido pelo mercado de trabalho.
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
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199
1.No Autocad, pode-se esticar um objeto, ou seja, alongá-lo em 
sua dimensão de largura, mediante a execução do comando 
(Prova: CESPE - 2014 - TJ-CE - Analista Judiciário - Arquitetura)
a) Chamfer
b) Pedit
c) Offset
d) Stretch
e) Array
2. Acerca do programa Autocad, julgue o item abaixo. 
 
O menu Snap é ativado quando o usuário tecla e mantém 
pressionada a tecla e clica o botão direito do mouse. É possível 
por meio desse menu habilitar ou desabilitar indicações de 
determinada linha como as de ponto final, ponto médio, 
bem como tornar inertes as indicações de paralelismo e 
perpendicularidade em relação a outras linhas. (CESPE, 2014)
( ) Correto
( ) Incorreto
3. No programa gráfico Autocad, para a execução do layout de 
um ambiente de escritório onde se pretende copiar o desenho 
de uma estação de trabalho e distribuir as cópias em múltiplas 
linhas e colunas por toda a área de um andar tipo, o comando 
mais eficiente é ... (CESPE, 2012)
(A) MIRROR
(B) ARRAY
(C) COPY
(D) ERASE
(E) MVIEW
4. A extensão usual e padrão dos arquivos CAD é
a) bak
b) doc
c) pptx
Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
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200
d) jpg
e) dwg
5. O comando para aparar linhas em um desenho CAD é:
TRIM
EXTEND
EXPLODE
JOIN
ARRAY
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201Autocad: Criação e Edição do Desenho Técnico
Referências
ALASSANCIO, Cristina. Autocad 2010 leva documentação e design 3D a um nível 
superior: novos recursos ajudam os projetistas a alcançar a inovação. São Paulo: 
Autodesk, 2009.
BARISON, Maria Bernardete. Geométrica: Desenho Geometria e Arquitetura Online. 
Disponível em : <http://www.mat.uel.br/geometrica> Acesso em: 26 mar. 2015.
KATORI, Rosa. Autocad 2011: Projetos em 2D. São Paulo: Ed SENAC, 2010.
RIBEIRO, Antonio Clelio. Desenho Técnico e Autocad. São Paulo: Ed. Person, 2013.
Objetivos de aprendizagem: Os exercícios propostos objetivam o 
aprendizado através de exemplificações e exercícios práticos.
Denise Borges Alonge
Unidade 4
MODELAGEM DE 
DESENHO TÉCNICO
Nesta seção, o estudante irá aprender técnicas para um desenho em 
perspectiva 2D, que podem ser utilizadas tanto no desenho técnico à 
mão como no desenho auxiliado pelo computador.
Seção 1 | Modelagem em Perspectiva Isométrica 2D
Existem as hachuras (hatch) tradicionais do AUTOCAD, as hachuras tipo 
gradient e o Boundary. O Boundary (LIMITE) não cria hachuras e, sim, uma 
PLINE limítrofe ao redor da área selecionada e não um desenho hachurado. 
Elas podem ser acionadas pela lingueta do ícone HATCH na Aba DRAW.
Seção 2 | Configuração de Hachuras e Gradientes
Um bloco é um ou mais objetos combinados para criar um único objeto. 
O bloco pode ser composto de objetos desenhados em vários layers 
com propriedades diferentes e pode ser criado em vários métodos, como 
BLOCK ou WBLOCK.
Seção 3 | Configuração de Blocos
Modelagem de Desenho Técnico
U4
204
Podemos criar blocos associando objetos, dando‑lhes um nome e 
também anexar informações. Quando o bloco é inserido, criamos uma 
referência, onde são especificadas a sua localização, escala e rotação.
Um bloco é um ou mais objetos combinados para criar um único objeto. 
O bloco pode ser composto de objetos desenhados em vários layers 
com propriedades diferentes e pode ser criado em vários métodos, como 
BLOCK ou WBLOCK.
Podemos criar blocos associando objetos, dando‑lhes um nome e 
também anexar informações. Quando o bloco é inserido, criamos uma 
referência, onde são especificadas a sua localização, escala e rotação. 
Seção 3 | Configuração de Blocos
Nesta seção, o estudante aprenderá a configurar facilmente a cota 
anotativa, que se configura conforme a escala de plotagem automaticamente.
Seção 4 | Dimensionamento e Configuração de Cotas 
Anotativas
Os textos e linhas de chamada são essenciais ao bom projeto. E o Autocad 
apresenta um comando específico para isto, auxiliando sua criação.
No Autocad, o texto é um objeto independente separado por linhas 
ou não, onde podemos mover, formatar e modificar. Quando criamos 
um texto atribuimos a ele um estilo de fonte, cores, altura, alinhamento 
e escala anotativa.
Seção 5 | Configuração de Textos e Linhas de Chamada
O estudante aprenderá a manusear e configurar as Viewports, visualizando 
melhor o objeto tridimensional a ser criado.
Seção 6 | Modos de Visualização para Auxílio do Desenho
Modelagem de Desenho Técnico
U4
205
Nesta seção, o estudante aprenderá a configurar uma impressão/
plotagem.
Seção 8 | Configuração de Impressão/Plotagem
Seção 7 | Apresentação e Configurações do Layout de 
Impressão
Modelagem de Desenho Técnico
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206
Modelagem de Desenho Técnico
U4
207
Introdução à unidade
Nesta unidade, o estudante irá aprender técnicas para um desenho em 
perspectiva 2D, acabamentos de desenhos, como hachuras, e organização de 
layout de impressão.
Modelagem de Desenho Técnico
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208
Modelagem de Desenho Técnico
U4
209
Seção 1
Modelagem em Perspectiva Isométrica 2D
Introdução à seção
Nesta seção, o estudante irá aprender técnicas para um desenho em perspectiva 
2D, que podem ser utilizadas tanto no desenho técnico à mão como no desenho 
auxiliado pelo computador.
1.1 A GEOMETRIA DESCRITIVA E AS PERSPECTIVAS MILITAR E 
ISOMÉTRICA EM 2D
O Sistema de projeções ortogonais, descritos por Gaspar Monge, no século 
17, divide o espaço tridimensionais em 4 diedros em planos verticais e horizontais, 
onde a planificação do objeto tridimensional é realizada e denominada de épura. 
Por convenção as normas brasileiras utilizam o 1º diedro paraa representação do 
desenho técnico arquitetônico e o 3º diedro para o desenho técnico de peças, 
mas esta convenção pode variar conforme o país.
Figura 4.1 | Método de Monge - Gaspard Monge
Fonte: Disponível em: <http://www.uel.br/cce/mat/geometrica/php/gd_t/gd_3t.
php>. Acesso em: 17 abr. 2015.
Modelagem de Desenho Técnico
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210
As projeções feitas em qualquer ponto do 1º diedro geram as 6 vistas/elevações 
do objeto tridimensional. Essas representações são planificações, ou seja, são 
objetos de representação bidimensional.
Figura 4.2 | Princípios gerais de representação em desenho técnico – NBR 10067
Fonte: Disponível em: <http://www.acprojetosmecanicos.com/desenho-tecnico/principios-gerais-de-
representacao-em-desenho-tecnico-nbr-10067/>. Acesso em: 17. abr. 2015.
Já as perspectivas, segundo a geometria descritiva, são métodos de 
visualização tridimensional, classificadas em dois grandes grupos: as cônicas e as 
axonométricas. Enquanto as cônicas são perspectivas mais realistas (próximas ao 
olho humano) e subdivididas em 1, 2 e 3 pontos de fuga, as axonométricas são 
perspectivas técnicas.
A Axonometria (Axon = eixo + metreo = medida) é uma projeção cilíndrica em 
que as figuras são referenciadas a um sistema ortogonal de três eixos que formam 
um triedro. As axonométricas de dividem em
• Oblíquas (perspectivas: militar e cavaleira).
• Ortogonais (perspectivas: isométrica, dimétrica e anisométrica).
A perspectiva oblíqua militar, também reconhecida como perspectiva aérea ou 
Modelagem de Desenho Técnico
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211
de voo de pássaro, deve ser construída segundo método de Monge, em ângulos 
de 45º/45º ou 60º/30º, conforme exemplos:
Figura 4.3 | Perspectiva militar em raios projetantes de 45º/45º
Fonte: Barison (2015)
Figura 4.4 | Eixos cartesianos utilizados na perspectiva militar em raios 
projetantes de 60º/30º
Fonte: Barison (2015)
Modelagem de Desenho Técnico
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212
Já a perspectiva AXONOMÉTRICA ISOMÉTRICA, vulgarmente denominada de 
isométrica, os raios projetantes são de 30º/30º.
Figura 4.5 | Perspectiva militar em raios projetantes de 30º/30º
Fonte: Barison (2015)
Figura 4.6 | Eixos cartesianos trabalhados na perspectiva isométrica 
em raios projetantes de 30º/30º em proporção 1:1:1
Fonte: Barison (2015)
É possível desenhar essas perspectivas com comandos simples do painel 
DRAW e MODIFY, adicionando ângulos ao POLAR TRACKING ON e utilizando‑
os de forma adequada. A perspectiva é criada com conhecimentos oriundos 
da geometria descritiva utilizado no desenho técnico à mão. A vantagem desta 
Modelagem de Desenho Técnico
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213
perspectiva comparado à uma modelagem tridimensional é que esta pode ser feita 
rapidamente, utilizando poucos recursos e memória do computador, constituindo 
um método elucidativo e eficaz de representação, tal qual a imagem abaixo:
Figura 4.7 | Perspectiva militar em 2D de dormitório residencial
Fonte: Acervo pessoal do autor
1.2 POLAR TRACKING ON
Figura 4.8 | Janela de configuração do Polar Tracking
Fonte: O autor (2015)
Modelagem de Desenho Técnico
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214
Ao digitarmos: “osnap  “, o menu de opções “Drafting Setting” se abrirá e a aba 
a ser escolhida é a aba POLAR TRACKING. Em POLAR ANGLE SETTING podemos 
criar novos ângulos que nos auxiliarão no desenho das perspectivas. Os ângulos a 
ser acrescentados devem ser os utilizados nas perspectivas, como 30º, 45º e 60º.
Figura 4.9 | Exemplificação do comando ativado
Fonte: O autor (2015)
Com o Polar Tracking acionado é possível visualizar a angulação desejada para a 
construção da perspectiva conforme configuração dos ângulos desejáveis, a partir 
de um comando de desenho como LINE ou PLINE. A opção ligada do comando, 
Object Snap Tracking on, poderá ser acionada pela tecla de atalho <F11>, ou haverá 
o ícone do mesmo na barra de status (statusbar).
O estudante poderá saber mais na apostila de desenho geométrico on-
line: Geométrica - Desenho e Geometria on-line, no link: <www.mat.
uel.br/geometrica/>. Acesso em: 20 jul. 2015.
Modelagem de Desenho Técnico
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215
9. O estudante deverá desenhar um quadrado de 10x10 e 
aplicar hachura NET no interior dele e configurar escala e 
rotação diversas, pré-visualizando a aplicação, para obter 
domínio da ferramenta.
10. Em um quadrado similar, o estudante aplicará a hachura 
gradiente, aplicando cores diferentes aos dois tons de 
cores, pré-visualizando a aplicação, para obter domínio da 
ferramenta.
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Seção 2
Configuração e Hachuras e Gradientes
Introdução à seção
Existem as hachuras (hatch) tradicionais do AUTOCAD, as hachuras tipo 
gradient e o Boundary. O Boundary (LIMITE) não cria hachuras e, sim, uma PLINE 
limítrofe ao redor da área selecionada e não um desenho hachurado. Elas podem 
ser acionadas pela lingueta do ícone HATCH na Aba DRAW:
Figura 4.10 | Exemplo do painel
Fonte: O autor (2015)
2.1 HATCH
O comando Hatch preenche uma determinada área do desenho com um 
padrão de hachura.
Nome do comando: HATCH
Menu Draw/Hatch
Ribbon Aba Home/ painel Draw
Barra de ferramentas Draw/Hatch
Teclado H+  
Modelagem de Desenho Técnico
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218
Ao ativar o comando, as Ribbons de configurarão da seguinte forma:
‑ BONDARIES: Determina o limite da área que será hachurada. Quando o usuário 
clica no ícone ADD PICK POINTS, o Autocad retorna ao desenho, permitindo que 
se clique dentro da área que será hachurada, tornando‑a tracejada. Com a opção 
REMOVE BOUNDARY, removemos a seleção do objeto tracejado.
‑ PATTERNS: seleciona o tipo de hachura. 
‑ PROPERTIES: edita as propriedades da hachura, entre elas a escala e a rotação dela.
‑ ORIGINS: seleciona o ponto de origem do desenho da hachura. Muito útil para 
paginações.
‑ OPTIONS: determina se a hachura será considerada Object Annotation ou 
Associativa. As hachuras são consideradas associativas quando elas acompanham 
as alterações de escala objeto.
‑ CLOSE: botão de sair do modo hachura.
2.2 GRADIENT
O comando Gradient cria hachuras em 2 cores em degrade.
Nome do comando: Gradient
Menu Draw/Gradient
Ribbon Aba Home/ painel Draw
Barra de ferramentas Draw/Hatch
Teclado H+ 
Ao ativar o comando, as Ribbons se configurarão da seguinte forma:
Modelagem de Desenho Técnico
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219
As opções são similares ao do comando HATCH. Para editar uma hachura já 
feita basta clicar duas vezes sobre ela e a caixa de diálogo de Hatch Edit será 
exibida permitindo alterações.
Figura 4.11 – Configuração de ângulo 
Fonte: O autor (2015)
No Programa Autocad, há o comando “superhatch”, que praticamente 
configura qualquer desenho vetorizado em uma nova hachura.
11. Refaça desenho em isométrica 30º/30º a partir de algum 
desenho técnico elaborado à mão, utilizando as técnicas 
aprendidas.
12. Aplique hachuras no objeto para criar realismo.
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Seção 3
Configuração de Blocos
Introdução à seção
Um bloco é um ou mais objetos combinados para criar um único objeto. 
O bloco pode ser composto de objetos desenhados em vários Layers com 
propriedades diferentes e pode ser criado em vários métodos, como BLOCK ou 
WBLOCK.
Podemos criar blocos associando objetos, dando‑lhes um nome e também 
anexar informações. Quando o bloco é inserido, criamos uma referência, onde 
são especificadas a sua localização, escala e rotação. 
3.1 CRIAÇÃO DE BLOCO COM BLOCK
Cria blocos definidos pela seleção de objetos e que serão usados, a princípio, 
dentro do desenho atual.
Nome do comando: Block
Menu Draw/ Block/ Make
Ribbon Aba Home/ painel Block/ Create
Barra de ferramentas Draw/Make Block
Teclado B+ 
Modelagem de Desenho Técnico
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222
Ao ativar o comando, abrirá uma caixa de diálogo com as seguintes opções:
Figura 4.12
Fonte: O autor (2015).
• [Name] Nome do novo Bloco a ser criado. 
• [Base Point] Especifica um ponto base de inserção para o bloco. Escolha um 
ponto de inserção na tela utilizandoo botão PICK POINT.
Fecha‑se temporariamente a caixa de diálogo para que você possa especificar um 
ponto base de inserção no desenho atual. Se a opção SPECIFY ON‑SCREEN estiver 
ativada quando a caixa de diálogo for fechada, a definição do ponto é solicitada.
 
[Objects] permite selecionar os objetos a serem incluídos no novo bloco. 
• SELECT OBJECT permite selecionar o objeto direto na tela. A caixa de diálogo 
será fechada temporariamente para que se defina o objeto. Ao final pressione  
para exibir novamente a caixa de diálogo Block Definition.
• QUICK SELECT exibe uma caixa de diálogo com um filtro de seleção de objetos.
• RETAIN mantém os objetos selecionados com o formato original do desenho 
Modelagem de Desenho Técnico
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223
depois de criar o bloco.
• CONVERT TO BLOCK converte os objetos selecionados em bloco no desenho 
depois de criar o bloco.
• DELETE exclui os objetos selecionados do desenho depois de criar o bloco.
[Behavior] Define o comportamento do bloco.
• ANNOTATIVE especifica o bloco como objeto de anotação. Os blocos de 
anotações são comumente usados para anotar informações no desenho. Essa 
propriedade permite automatizar o processo de dimensionamento.
• MATCH BLOCK ORIENTATION TO LAYOUT especifica que a orientação 
das referências de bloco em viewports de espaço de papel corresponde à 
orientação do layout. Esta opção não estará disponível se a opção de anotação 
é desmarcada.
• SCALE UNIFORMLY especifica se a referência de bloco é impedida ou não de 
ser dimensionada de maneira uniforme no desenho.
• ALLOW EXPLODING especifica se o bloco pode ou não ser explodido depois de 
ser inserido no desenho.
• [Block Unit] Especifica a unidade de inserção para qual o bloco foi designado.
• [Hyperlink] permite associar um Hiperlink ao bloco.
• [Description] Anexa uma descrição ao bloco.
• [Open in Block Editor] Abre a definição do bloco atual no editor de blocos 
quando você clica em OK.
3.2 CRIAÇÃO DE BLOCO COM WBLOCK
Cria um arquivo de desenho DWG com os objetos selecionados, os quais 
podem ser agrupados em uma pasta e utilizados em outros arquivos de desenho, 
sendo inserido como um bloco no desenho corrente.
Nome do comando: Write Block ou WBlock
Teclado W+ 
Modelagem de Desenho Técnico
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224
Ao ativar o comando, abrirá uma caixa de diálogo com as seguintes opções.
[Source] Fonte de objetos que vai gerar o bloco externo (arquivo DWG).
• BLOCK a partir de um bloco existente para salvar como um arquivo.
• ENTIRE DRAWING a partir do desenho atual para salvar como outro arquivo.
[Objects] a partir da seleção de objetos para salvar como um arquivo. Quando esta 
opção é ativada, ficam ativas as opções Base Point e Objects que são similares ao 
comando BLOCK.
[Base Point] Especifica um ponto base de inserção para o bloco. Escolha um ponto 
de inserção na tela utilizando o botão PICK POINT.
[Destination] Especifica o novo nome e local do arquivo e as unidades de medida 
a ser usada quando o bloco for inserido.
• FILE NAME AND PATH especifica um nome de arquivo e o caminho onde o 
bloco ou objetos serão salvos. 
• INSERT UNITS especifica o valor da unidade a ser utilizado para o dimensionamento 
automático quando o novo arquivo é inserido em um desenho que usa unidades 
diferentes. 
3.3 INSERÇÃO DE BLOCOS NO DESENHO - INSERT BLOCK
Com o Insert podemos inserir blocos no arquivo. Os blocos podem estar 
definidos dentro do desenho atual ou em um desenho externo
Nome do comando: INSERT BLOCK
Menu Insert/ Block
Ribbon Aba Home/ painel Block/ Insert
Barra de ferramentas Draw/Make Block
Teclado I+ 
Ao ativar o comando, abrirá uma caixa de diálogo com as seguintes opções.
Modelagem de Desenho Técnico
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225
• [Name] Especifica o nome do bloco ou o nome do arquivo que será inserido. 
Clicando na POPLIST ao lado do nome, temos a lista de blocos disponíveis 
dentro do desenho.
• [Browse] Abre uma caixa de diálogo que nos permite buscar arquivos externos 
para serem inseridos no desenho.
• [Path] Especifica o caminho para o bloco. 
• [Locate Using Geographic Data] Insere desenho usando dados geográficos 
como referência. Especifica se o desenho atual e o bloco a ser inserido contém 
dados geográficos. A opção só estará disponível se os dois desenhos possuírem 
dados geográficos.
• [Insertion Point] Especifica o ponto de inserção para o bloco.
o Specify On‑screen: se ativo, solicita a definição do ponto de inserção diretamente 
na tela.
o X,Y e Z: coordenadas do ponto em que será inserido o bloco.
• [Scale] Especifica a escala do bloco.
o Specify On‑screen: se ativo: solicita a definição de escala diretamente na tela.
o X,Y e Z: escala do bloco em cada eixo.
• [Uniform Scale] Especifica um único valor de escala para as coordenadas X, Y e Z.
• [Rotation] rotaciona o bloco durante a inserção.
o Specify On‑Screen: Especifica a rotação do bloco direto na tela.
o Angle: Define um ângulo de rotação para o bloco inserido. 
• [Block Unit] exibe informações sobre a unidade de bloco.
• [Factor] Apresenta o fator de escala da unidade, que é calculado com base no 
valor INSUNITS do bloco e as unidades de desenho.
• [Explode] Explode o bloco que será inserido, deixando‑o de ser um único objeto.
Modelagem de Desenho Técnico
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226
1. Criar uma biblioteca de blocos separados por tipologia. Os 
blocos podem ser “baixados” do site: <http://www.cadblocos.
arq.br>. Acesso em: 20 jul. 2015.
2. Configurar os layers dos arquivos da biblioteca para o único 
layer: BLOCO ou BLOCK, facilitando a inserção e o manuseio 
futuro dos mesmos.
Modelagem de Desenho Técnico
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227
Seção 4
Dimensionamento e Configuração 
de Cotas Anotativas
Introdução à seção
Nesta seção, o estudante aprenderá a configurar facilmente a cota anotativa, 
que se configura conforme a escala de plotagem automaticamente.
4.1 OBJETOS ANOTATIVOS OU ANNOTATIVE
No desenho é necessário acrescentar informações para designar medidas, 
textos e símbolos que irão auxiliar o profissional durante a execução do projeto. 
Essas informações são: textos, cotas, Hachura, tolerância, linhas de chamada, 
Blocos e Atributos. 
Esses objetos possuem propriedades Anotativas que permitem imprimir e 
mostrar os objetos no tamanho correto do papel. 
Aplicando informações Anotativas no ambiente Layout (ambiente de impressão), 
os objetos poderão ser lidos com medidas apropriadas, mesmo sendo desenhos 
em escalas diferentes nas diferentes janelas de visualizações ou viewports.
Para que possamos usar estas informações no modo Anotativo é necessário 
criar estilos de texto, cotas e multileaders com a propriedade Annotative habilitada. 
Modelagem de Desenho Técnico
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228
Figura 4.13 | Janela de configuração de dimension style
Fonte: O autor (2015)
Após a sua configuração podemos controlar a sua visibilidade, escala e mudança 
automática através dos seguintes comando da Barra de Status:
• Annotation scale ‑ define a escala das informações Anotativas. Através desse 
comando na opção custom pode‑se criar novas escalas ou editá‑las.
• Annotation Visibility – define se as escalas são visíveis nas janelas de visualizações. 
É importante mantê‑la acionada. 
• Automatically Add Scale to Annotative – permite a mudança automática de 
escalas nos diferentes objetos anotativos. Quando está desativado, permite a 
mudança manual de escalas entre os objetos.
4.2 DIMENSION STYLE – CONFIGURAÇÃO DE COTAS
Dimensionamento é o processo de acrescentar medidas no desenho. Os di‑
mensionamentos, ou cotas, mostram as medidas geométricas dos objetos, as dis‑
tâncias, os ângulos entre objetos ou as coordenadas XY de um objeto. As dimen‑
sões são divididas em linear, radial e angular. 
Modelagem de Desenho Técnico
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229
Toda cota possui um estilo que é caracterizado por cor, tipo de texto, escala 
anotativa, tipo de linha e setas.
Antes de dimensionar o desenho é necessário configurar as cotas para definir a 
sua aparência e escala.
Nome do comando: DIMSTYLE
Ribbon
Aba Home/ painelAnnotation/ 
Dimension Style
Menu Dimension/Style
Barra de ferramentas Dimension/Dimension Style
Teclado DDIM+ 
Ao acionar, o comando abrirá uma caixa de diálogo chamada Dimension Style 
Manager.
• [Current Dimension Style] mostra o atual estilo em uso.
• [Style] lista os estilos disponíveis no desenho.
• [List] permite escolher o tipo de listagem.
o All Style: mostra todos os estilos configurados.
o Styles in use: mostra somente as cotas em uso no desenho.
• [Preview of] mostra uma prévia das cotas que será configurada.
• [Description] mostra informações a respeito do estilo de cota.
• [Set current] deixa corrente o estilo de cota selecionado.
• [New] cria um novo estilo de cota. 
• [Modify] modifica estilos de cotas exitentes. As mudanças feitas em um estilo de 
cota pelo Modify alteram automáticamente as cotas do mesmo estilo aplicadas 
no desenho.
• [Override] modifica estilos de cotas exitentes, porém não alteram as cotas do 
mesmo estilo que ja foram aplicadas no desenho.
• [Compare] mostra um bloco de diálogo que compara dois estilos de 
dimensionamento.
Modelagem de Desenho Técnico
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230
Para criar um novo estilo de cota, devemos clicar no botão New e observar suas 
informações.
• New Style Name: Nome do novo estilo.
• Start With: mostra os estilos disponíveis para você usar como referência para a 
nova configuração de cota.
• Annotative: determina que as cotas são de anotação.
• Use for: cria um estilo de cota aplicável a um tipo de dimensionamento específico.
Após preencher as informações desta caixa de diálogo, clique no botão continue 
e será aberta uma nova caixa de diálogo com as seguintes abas de preenchimento.
Figura 4.14 | Janela de configurações de cotas
Fonte: O autor (2015)
Modelagem de Desenho Técnico
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231
Aba Line: Define o formato e as propriedades de linhas de dimensão, extensão 
de linhas.
[Dimension Lines] Define as propriedades da linha de dimensão.
• Color: define a cor da Dimension Line.
• Linetype: determina o tipo de linha da linha de cota.
• Lineweight: determina a espessura da linha de cota.
• Extend Beyond Ticks: Especifica a distância para estender a Dimension Line 
além da linha de Extension Line. Esta opção fica selecionada quando utilizamos 
símbolos sem ponta de flecha.
• Baseline spacing: Define o espaçamento entre as linhas de cota.
• Suppress: Suprime (elimina) a exibição da primeira e/ou a segunda linha de cota. 
[Extension Lines] Define as propriedades da linha de extensão.
• Color: define a cor da Extension Line.
• Linetype Ext 1: determina o primeiro tipo de linha da extension line.
• Linetype Ext 2: determina o segundo tipo de linha da extension line.
• Lineweight: Define a espessura de linha da linha de extensão. 
• Suppress: Suprime (elimina) a exibição da primeira e/ou a segunda linha de extensão.
• Extend Beyond Dim Lines: Especifica a distância para ampliar as linhas de 
extensão acima da Dimension line.
• Offset From Origin: Define a distância para começar as linhas de extensão a 
partir dos pontos no desenho que definem a dimensão.
• Fixed Length Extension Lines: Fixa o comprimento da linha de chamada a partir 
da linha de cota para a origem da linha de chamada.
• Length: Define o comprimento total das linhas de extensão a partir da linha de 
cota para a origem de dimensão.
Aba Symbols and Arrows: configura o formato e a colocação de setas, marcas de 
Modelagem de Desenho Técnico
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232
centro, comprimento de raio e arcos na cota.
[Arrowheads] Controla a aparência das pontas de seta.
• First: define a primeira seta na Dimension line.
• Second: define a segunda seta na Dimension line.
• Leader: Define a seta para a linha de chamada Leader.
• Arrow Size: tamanho da seta.
[Center Marks] Controla a aparência das marcas de centro em cotas de diâmetro 
e raio.
• None: não cria marcas de centro.
• Mark: cria uma marca de centro.
• Line: cria uma linha central.
• Size: apresenta e define o tamanho da marca de centro.
[Dimension Break] Controla a medida de quebras da cota.
 
[Arc Length Symbol] Controla a exibição do símbolo do arco em uma cota de 
comprimento de arco.
• Preceding Dimension Text: coloca o símbolo de arco antes do texto de cota.
• Above Dimension Text: coloca o símbolo de arco acima do texto de cota.
• None: não mostra símbolo de comprimento de cota.
• Radius Jog Dimension: controla a exibição do movimento ziguezague na cota 
de raio. São muitas vezes criadas quando o centro de um círculo ou arco está 
localizado fora da página.
[Linear Jog Dimension] Controla a exibição do desvio para cotas lineares.
• Linear Jog Size: Determina a altura do desvio, que é determinada pela distância 
Modelagem de Desenho Técnico
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233
entre os dois vértices dos ângulos que compõem o movimento.
Aba Text: Define o formato, posicionamento e alinhamento do texto na cota. 
 
[Text Appearance] Controla o formato e o tamanho do texto.
• Text Style: lista os estilos de texto disponíveis. Se clicar no botão (...), abrirá uma 
caixa de diálogo onde você pode criar ou modificar estilos de texto.
• Text Color: define a cor do texto.
• Fill Color: define a cor para o fundo do texto da cota.
• Text Height: tamanho do texto.
• Fraction Height Scale: define a escala das frações relativas ao tamanho do texto.
• Draw Frame Around Text: desenha uma caixa ao redr do texto.
[Text Placement] Controla o posicionamento do texto de dimensão.
• Vertical: posicionamento vertical do texto ao longo da linha de cota.
Centered: centraliza o texto de cota entre as duas partes da linha de cota.
Above: coloca o texto de dimensão acima da linha de cota.
Outside: localiza o texto ao lado da linha de cota quando ele não couber na 
Dimension line.
JIS: localiza o texto conforme a norma japonesa (Japanese Industrial Standard – JIS).
Below: coloca o texto de cota abaixo da dimension line.
• Horizontal: controla o posicionamento horizontal do texto ao longo da linha de 
cota, em relação às linhas de extensão.
Centered: centraliza o texto ao longo da linha de cota entre as linhas de extensão.
At Ext Line 1: localiza o texto próximo à primeira extension line.
At Ext Line 2: localiza o texto próximo à segunda extension line. 
Over Ext Line 1: localiza o texto sobre a primeira extension line.
Modelagem de Desenho Técnico
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Over Ext Line 2: localiza o texto sobre a segunda extension line.
• View Direction: Define a direção do texto.
Left-to-Right: permite a leitura da esquerda para a direita.
Right-to-Left: permite a leitura da direita para a esquerda.
• Offset from Dim Line: tamanho da folga entre o texto e a dimension line.
[Text Alignment] Controla a orientação (horizontal ou alinhada) do texto, se está 
dentro ou fora das linhas de extensão.
• Horizontal: Ccloca o texto na posição horizontal.
• Aligned with Dimension Line: alinha o texto com a dimension line.
• ISO Standard: alinha o texto na linha de cota quando ele couber nela. Caso 
contrário, posiciona‑o fora da linha de cota e na horizontal. 
Aba Fit: controla o posicionamento do texto, seta, leader e linha de cota.
[Fit Options] Opções de encaixe dos elementos da cota.
Se não houver espaço suficiente para o texto e/ou a seta dentro das linhas de 
chamada, o que você considera que deva ser movido para fora da cota:
• Either Text or Arrows, Whichever fits Best: pode ser o texto ou seta, o que se 
encaixar melhor. Esta é a opção padrão.
• Arrows: se houver espaço somente para as setas, elas ficarão dentro das linhas 
de chamadas e o texto será movido para fora.
• Text: se houver espaço somente para o texto, ele ficará dentro das linhas de 
chamada e as seta serão movidas para fora.
• Both Text and Arrows: quando não houver espaço, ambos serão movidos para 
fora da linha de chamada.
• Always keep text between ext lines: manter sempre as setas e o texto entre as 
linhas de chamada.
• Suppress Arrows If They Don't Fit Inside Extension Lines: não desenha seta se 
Modelagem de Desenho Técnico
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235
nãohouver espaço para elas entre as linhas de chamada.
[Text Placement] Define o posicionamento do texto de cota depois que ele 
foi movido de sua posição padrão, ou seja, movido da posição definida pela 
configuração de cota.
• Beside the Dimension Line: move a linha de cota, sempre que o texto da cota 
é movido.
• Over the Dimension Line, with Leader: se o texto for afastado da linha de 
dimensão, uma linha de leader é criada conectando o texto para a linha de 
cota. A linha de leader é omitida quando o texto está muito perto da linha de 
dimensão.
• Over the Dimension Line, Without Leader: O texto que é afastado da linha de 
cota não é ligado à linha de dimensão com um leader.
[Scale for Dimension Features] Define o valor de escala global de dimensão ou 
escala no Paper space.
• Annotative: determina o tamanho da cota de acordo com a escala de anotação 
usada no desenho.
• Scale Dimensions To Layout: determina um fator de escala válido em relação 
com a escala entre o model e Paper Space.
• Use Overall Scale Of: define uma escala para todas as configurações de estilo 
de cota que especificar distância ou espaçamento, incluindo os tamanhos de 
texto e flecha. Essa escala não altera os valores de medição da cota.
[Fine Tuning] Fornece opções adicionais de ajustes das cotas.
• Place Text Manually: ignora as configurações de texto e coloca‑o na posição 
que você especificar na linha de dimensão.
• Draw Dim Line Between Ext Lines: coloca a dimension line entre os pontos da 
extension line mesmo quando as setas são colocadas fora dos pontos medidos.
Aba Primary Units: Define o formato e a precisão das unidades de dimensão 
primária e prefixos e sufixos de conjuntos de texto de dimensão.
Modelagem de Desenho Técnico
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236
[Linear Dimensions] Define o formato e precisão do texto.
• Unit Format: define o formato de unidades para todos os tipos de cota exceto 
angular.
• Precision: define o número de casas decimais no texto.
• Fraction Format: define um formato de frações. É útil quando usar cotas em 
polegadas ou pés.
• Decimal Separator: define o separador decimal. Ponto, vírgula ou espaço em 
branco.
• Round Off: define regras de arredondamento das medidas de dimensão para 
todos os tipos de dimensão exceto angular.
• Prefix: inclui um prefixo para o texto da cota. Pode ser um caractere de controle 
ou um texto.
• Suffix: Inclui um sufixo no texto de cota. Exemplo: “mm”.
[Measurement Scale] define a escala das cotas nas seguintes condições:
• Scale Factor: fator de escala aplicado às medidas das cotas, que altera os valores 
apresentados. Exemplo: a dimensão medida é 25 e o fator de escala é 2. Logo, 
o valor apresentado na cota será 50. Essa opção é muito útil quando se fazem 
desenhos em escala diferentes no Model.
• Apply to Layout Dimensions Only: aplica o fator de escala somente nas cotas 
criadas no Layout.
[Zero Suppression] Controla a supressão de zeros à esquerda e à direita.
• Leading: suprime zeros à esquerda em todas as dimensões decimais.
• Trailing: suprime zeros à direita em todas as dimensões decimais.
• 0 Feet: suprime valores de pés quando forem zero.
• 0 Inches: suprime valores de polegadas quando forem zero.
[Angular Dimensions] define o formato de medidas angulares.
• Units Format: define o formato das unidades de medidas angulares.
Modelagem de Desenho Técnico
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237
• Precision: define o número de casas decimais para dimensões angulares.
[Zero Suppression] suprime os zeros antes e depois das casas decimais.
• Leading: suprime os zeros antes do separador decimal.
• Trailing: suprime os zeros depois do separador decimal.
Aba Alternate Units: indica que unidade pretende usar como alternativa principal. 
Exemplo: podemos fazer um desenho em milímetros e parte dele ser em polegadas. 
Essa opção permite que seja definida uma unidade alternativa a usar.
[Display Alternate Units] Mostra ou não mostra as unidades alternativas.
[Alternate Units] Define o formato atual das unidades alternativas para todos os 
tipos de cotas exceto angular.
• Unit Format: define o formato da unidade de medida.
• Precision: define o número de casas decimais.
• Multiplier for Alternate Units: especifica o multiplicador de unidade de medida. 
Exemplo: você está trabalhando em mm e quer a unidade alternativa em 
polegada. Logo, esse fator será 0.039370.
• Round Distances To: arredondamento da unidade alternativa.
• Prefix: inclui um prefixo no texto de cota alternativa. Você pode digitar o texto 
ou usar códigos de controle para exibir símbolos especiais.
• Suffix: Inclui um sufixo no texto de cota alternativa. Você pode digitar o texto ou 
usar códigos de controle para exibir símbolos especiais.
[Zero Suppression] Controla a supressão de zeros à esquerda e à direita. Similar às 
unidades primárias.
[Placement] Controla a colocação de unidades alternadas no texto de cota.
• After Primary Units: localiza a unidade alternativa após as unidades primárias.
• Below Primary Units: localiza a unidade alternativa abaixo das unidades primárias.
Modelagem de Desenho Técnico
U4
238
Aba Tolerance: controla o formato das tolerâncias. As tolerâncias são acrescentadas 
após a unidade primária.
[Tolerance Format] Controla o formato de tolerância.
[Method] Define o método de cálculo da tolerância.
• None: não adiciona uma tolerância.
• Symmetrical: tolerância simétrica. Acrescenta um sinal de mais ou menos na 
frente do valor da tolerância.
• Deviation: acrescenta um valor máximo e um mínimo de tolerância.
• Limits: cria uma cota aumentando e diminuindo o valor de tolerância da unidade 
primária.
• Basic: desenha um retângulo em torno da unidade primária.
[Precision] Define o número de casas decimais.
• Upper Value: define o valor máximo de tolerância.
• Lower Value: define o menor valor de tolerância.
 
[Scaling for Height] Define a altura atual do texto de tolerância.
[Vertical Position] Posição relativa da tolerância em relação à unidade primária.
• Top: alinha o topo da tolerância com o topo da unidade primária.
• Middle: alinha o meio da tolerância com o meio da unidade primária.
• Botton: alinha o fundo da tolerância com o fundo da unidade primária.
[Zero Suppression] Controla a supressão de zeros à esquerda e à direita e dos pés 
e polegadas, que têm um valor de zero.
[Alternate Unit Tolerance] Formatos alternativos unidades tolerância.
4.3 COMANDOS DE DIMENSIONAMENTO
Dimension Linear 
Modelagem de Desenho Técnico
U4
239
Faz medida Linear horizontal ou vertical dependendo do da localização do objeto.
Nome do comando: DIMLINEAR
Ribbon
Aba Annotate/ painel Dimension/ 
Dimension linear
Menu Dimension/Linear
Barra de ferramentas Dimension/linear
Teclado DLI+ 
Ao ativar o comando siga a sequência.
Barra de comandos Procedimento do comando
Specify first extension line origin or 
<select object>:
especifique a primeira extension line 
que ficará presa ao objeto
Specify second extension line origin:
especifique a segunda extension line 
afim de cotar toda a parte do objeto
Specify dimension line location 
or[Mtext/Text/Angle/Horizontal/
Vertical/Rotated]:
especifique uma posição para a 
dimension line que ficará paralela ao 
objeto
Opções do comando:
[Mtext] permite editar o texto de indicação da cota, alterando o valor DEFAULT que 
é a própria dimensão encontrada no desenho.
[Text] altera o valor do texto DEFAULT por um texto de linha simples.
[Angle] permite definir o ângulo de inclinação do texto.
[Horizontal] força a criação de cotas somente na horizontal.
[Vertical] força a criação de cotas somente na vertical.
[Rotated] cria a cota com ângulo determinado pelo usuário.
Dimension Aligned
Faz medida alinhada com o objeto e também horizontal ou vertical.
Modelagem de Desenho Técnico
U4
240
Nome do comando: DIMALIGNED
Ribbon
Aba Annotate/ painel Dimension/ 
Dimension Aligned
Menu Dimension/Aligned
Barra de ferramentas Dimension/Aligned
Teclado DAL+ 
Ao ativar o comando siga a sequência.
Barra de comandosProcedimento do comando
Specify first extension line origin or 
<select object>:
especifique a primeira extension line 
que ficará presa ao objeto
Specify second extension line origin:
especifique a segunda extension line 
afim de cotar toda a parte do objeto
Specify dimension line location or 
[Mtext/Text/Angle]:
especifique uma posição para a 
dimension line que ficará paralela ao 
objeto
As opções de comando estão descritas no comando anterior.
Dimension Arc Length Faz medida de comprimento do arco.
Nome do comando: DIMARC
Ribbon
Aba Annotate/ painel Dimension/ 
Arc Length
Menu Dimension/Arc Length
Barra de ferramentas Dimension/ Arc Length
Teclado DAR+ 
Ao ativar o comando siga a sequência.
Barra de comandos Procedimento do comando
Select arc or polyline arc segment:
Especificar o arco ou a polyline 
com segmento de arco com um 
clique sobre o objeto
Specify arc length dimension location, or 
[Mtext/Text/Angle/Partial/Leader]:
especifique uma posição para a 
dimension line que ficará paralela 
ao objeto
Modelagem de Desenho Técnico
U4
241
Opções do comando:
[Mtext] permite editar o texto de indicação da cota, alterando o valor DEFAULT que 
é a própria dimensão encontrada no desenho.
[Text] altera o valor do texto DEFAULT por um texto de linha simples.
[Angle] permite definir o ângulo de inclinação do texto.
[Partial] reduz o comprimento da cota de arco. Solicita os pontos inicial e final da cota.
[Leader] aciona uma linha de chamada a cota. Essa opção só é exibida em graus.
Dimension Ordinate Os dimensionamentos de ordenadas são compostos por 
uma coordenada X ou Y e uma linha de Leader. 
Eles medem a distância perpendicular entre um ponto de origem, chamado 
referência, e um elemento cotado, como um furo numa peça.
Esses dimensionamentos impedem a ocorrência de erros de medidas, 
especialmente durante a confecção da peça, pois os deslocamentos dos elementos 
em relação à referência são precisos e evitam acúmulo de erros a cada medida.
O Autocad usa o WCS atual para determinar a coordenada X ou Y, e desenha 
a linha‑guia numa direção ortogonal em relação aos eixos das coordenadas do 
WCS atual. Portanto, para efetuar o dimensionamento de ordenadas, você deve 
primeiramente mover a origem do WCS para o ponto de referência. O valor 
absoluto da coordenada é usado de acordo com os padrões predominantes para 
os dimensionamentos de ordenadas.
Recomenda‑se que o modo Ortho esteja ativado durante a criação de 
dimensionamento de ordenadas.
Nome do comando: DIMORDINATE
Ribbon
Aba Annotate/ painel Dimension/ 
Ordinate
Menu Dimension/Ordinate
Barra de ferramentas Dimension/ Ordinate
Teclado DOR+ 
Ao ativar o comando siga a sequência.
Modelagem de Desenho Técnico
U4
242
Barra de comandos Procedimento do comando
Specify feature location:
Especificar um ponto.
 Esse primeiro ponto será a coordenada.
Specify leader endpoint or [Xdatum/
Ydatum/Mtext/Text/Angle]:
Especificar o último ponto.
 Esse segundo ponto, é a posição em 
que quer a coordenada. Se deslocar 
o mouse verticalmente, terá a 
coordenada em X e horizontalmente, 
a coordenada Y.
Opções do comando:
[Mtext] permite editar o texto de indicação da cota, alterando o valor DEFAULT, que 
é a própria dimensão encontrada no desenho.
[Text] altera o valor do texto DEFAULT por um texto de linha simples.
[Angle] permite definir o ângulo de inclinação do texto.
[Xdatum] independente de como se desloca o mouse, sempre terá a coordenada X.
[Ydatum] independente de como se desloca o mouse, sempre terá a coordenada Y.
Dimension Radius
Mede o raio do arco ou da circunferência.
Nome do comando: DIMRADIUS
Ribbon
Aba Annotate/ painel Dimension/ 
Radius
Menu Dimension/Radius
Barra de ferramentas Dimension/ Radius
Teclado DRA+ 
Ao ativar o comando siga a sequência.
Barra de comandos Procedimento do comando
Select arc or circle: Selecione o arco ou a circunferência 
Dimension text = 6.8517
Specify dimension line location or 
[Mtext/Text/Angle]:
Especifique a posição da dimension 
line 
Modelagem de Desenho Técnico
U4
243
As opções de comando estão descritas no comando anterior.
Dimension Jogged
Mede grandes raios inserindo um símbolo de “raio” ou quebra na frente do texto 
de cota. O ponto de origem da linha de cota pode ser especificado em qualquer 
localização.
Nome do comando: DIMJOGGED
Menu Dimension/Jogged
Ribbon
Aba Annotate/ painel Dimension/ 
Jogged
Barra de ferramentas Dimension/ Jogged
Teclado DJO+ 
Ao ativar o comando siga a sequência.
Barra de comandos Procedimento do comando
Select arc or circle: Selecione o arco ou a circunferência 
Specify center location override:
Indique o novo ponto para centro da 
cota de raio interrompido.
Esse novo ponto não altera a medida 
real do raio, mas facilita quando não 
tem espaço para pegar o ponto real 
para cotar.
Specify dimension line location or 
[Mtext/Text/Angle]:
Especifique a posição da linha de cota
Specify jog location:
Especifique a posição da quebra na 
linha de cota
As opções de comando já foram descritas em comandos anteriores. 
Dimension Diameter
Mede o diâmetro de arcos e circunferências. 
Nome do comando: DIMDIAMETER
Ribbon
Aba Annotate/ painel 
Dimension/ Diameter
Modelagem de Desenho Técnico
U4
244
Menu Dimension/Diameter
Barra de ferramentas Dimension/ Diameter
Teclado DDI+ 
Ao ativar o comando siga a sequência.
Barra de comandos Procedimento do comando
Select arc or circle: Selecione o arco ou a circunferência 
Specify dimension line location or 
[Mtext/Text/Angle]:
Especifique a posição da linha de cota
As opções de comando já foram descritas em comandos anteriores. 
Dimension Angular
Mede o ângulo entre duas linhas ou três pontos. A linha de cota forma um arco.
Nome do comando: DIMANGULAR
Ribbon Aba Annotate/ painel Dimension/ Angular
Menu Dimension/Angular
Barra de ferramentas Dimension/ Angular
Teclado DAN+ 
Ao ativar o comando siga a sequência.
Barra de comandos Procedimento do comando
Select arc, circle, line, or <specify 
vertex>:
Selecione o arco, circunferência ou 
linha
Select second line: Selecione a segunda linha
Specify dimension arc line location or 
[Mtext/Text/Angle]:
Especifique a posição da linha de cota
As opções de comando já foram descritas em comandos anteriores. 
Modelagem de Desenho Técnico
U4
245
Quick Dimension
Esse comando permite criar uma série de dimensões de forma otimizada e 
rápida. Ele é útil para gerar cotas por linha de base ou contínuas, ou ainda para 
dimensionar uma série de círculos e arcos.
Nome do comando: QDIM
Ribbon
Aba Annotate/ painel Dimension/ 
Dimensions/ Quick Dimension
Menu Dimension/Quick Dimension
Barra de ferramentas Dimension/ Quick Dimension
Teclado QDIM + 
Ao ativar o comando siga a sequência.
Barra de comandos Procedimento do comando
Select geometry to dimension:
Selecione o objeto que faz parte do 
dimensionamento
Specify dimension line position, or 
[Continuous/Staggered/Baseline/
Ordinate/Radius/Diameter/datumPoint/
Edit/seTtings] <Continuous>:
Especifique a posição da linha de cota
Dimension Baseline
São vários dimensionamentos medidos a partir de primeira extension line. Para 
criá‑los, é preciso que já exista uma cota linear no objeto.
Nome do comando: DIMBASELINE
Ribbon
Aba Annotate/ painel Dimension/ 
Dimensions/ Baseline
Menu Dimension/ Baseline
Barra de ferramentas Dimension/ Baseline
Teclado DBA + 
Ao ativar o comando siga a sequência.
Modelagem de Desenho Técnico
U4
246
Barra de comandos Procedimento do comando
Specify a second extension line origin 
or [Undo/Select] <Select>:
A cota começará a partir da primeira 
extension line da cota linear existente 
no objeto. Especifique o próximo 
ponto para a nova cota
Specify a second extension line origin 
or [Undo/Select] <Select>:
Especifique o próximo ponto para 
fazer a nova cota
Dimension Continue
São vários dimensionamentos em série e alinhados a partir da segunda extension 
line. Paracria‑los é preciso que já exista uma cota linear no objeto.
Nome do comando: DIMCONTINUE
Ribbon
Aba Annotate/ painel Dimension/ 
Continue
Menu Dimension/ Continue
Barra de ferramentas Dimension/ Continue
Teclado DCO + 
Ao ativar o comando siga a sequência.
Barra de comandos Procedimento do comando
Specify a second extension line origin 
or [Undo/Select] <Select>:
A cota começará a partir da segunda 
extension line da cota linear existente 
no objeto. Especifique o próximo 
ponto para a nova cota
Specify a second extension line origin 
or [Undo/Select] <Select>:
Especifique o próximo ponto para 
fazer a nova cota
Specify a second extension line origin 
or [Undo/Select] <Select>:
Especifique o próximo ponto para fazer 
a nova cota. Especifique Select para 
usar como base outra cota linear ou 
Undo para desfazer uma cota errada. 
Clique com o botão direito do mouse 
para sair do comando ou dê ESC.
Dimension Space
Permite ajustar o espaçamento entre cotas paralelas lineares e angulares 
Modelagem de Desenho Técnico
U4
247
automaticamente ou com base em um valor de espaçamento especificado.
Nome do comando: DIMSPACE
Ribbon
Aba Annotate/ painel Dimension/ 
Dimensions/ Adjust Space
Menu Dimension/ Dimension Space
Barra de ferramentas Dimension/ Space
Teclado DIMSPACE + 
Ao ativar o comando siga a sequência.
Barra de comandos Procedimento do comando
Select base dimension:
Selecione uma cota base linear, aligned 
ou angular 
Select dimensions to space:
Selecione outras cotas (linear, aligned 
ou angular) para espaçar igualmente da 
cota base e pressione  
Enter value or [Auto] <Auto>: 1.
Especifique um valor de distância para o 
espaçamento e  
Dimension Break
Adiciona ou remove uma quebra de cota.
Nome do comando: DIMBREAK
Ribbon
Aba Annotate/ painel Dimension/ 
Dimensions/ Break
Menu Dimension/ Dimension Break
Barra de ferramentas Dimension/ Break
Teclado DIMBREAK + 
Ao ativar o comando siga a sequência.
Barra de comandos Procedimento do comando
Select dimension to add/remove break 
or [Multiple]:
Selecione a cota que está sendo 
interseccionada ou digite M de 
multiple para pegar várias cotas
Modelagem de Desenho Técnico
U4
248
Select object to break dimension or 
[Auto/Manual/Remove] <Auto>:
Selecione o objeto que efetua a 
intersecção com a cota e pressione  
Opções do comando:
[Break] coloca automaticamente quebras de cota em todos os pontos de intersec‑
ção dos objetos que efetuam a intersecção com a cota selecionada.
[Auto] coloca as quebras automaticas em função das intersecções.
[Restore] remove todas as quebras de cotas selecionadas.
[Manual] coloca manualmente uma quebra de cota. Você especifica dois pontos 
na linha de cota para a localização da quebra.
Dimension Tolerance
Cria tolerâncias geométricas das medidas de desenho, as quais definem as 
variações máximas permitidas para uma forma ou perfil, orientação, localização e 
desvios a partir da geometria exata no desenho. Elas especificam a precisão necessária 
para a funcionalidade e encaixe adequado das peças desenhadas no Autocad.
Nome do comando: TOLERANCE
Menu Dimension/ Tolerance
Ribbon
Aba Annotate/ painel Dimension/ 
Dimensions/ Tolerance
Barra de ferramentas Dimension/ Tolerance
Teclado TOL + 
Ao ativar o comando, abrirá a caixa de diálogo Geometric Tolerance.
[Sym] escolha do símbolo que representa a característica geométrica de localização, 
orientação, forma, perfil e desvio. Ao clicar no quadrado correspondente, uma pequena 
caixa de diálogo é aberta, permitindo a escolha do símbolo apropriado ao caso.
[Tolerance 1] cria o valor de tolerância em primeiro lugar no quadro de controle. Dois 
símbolos modificadores podem ser adicionados: diâmetro e condição do material.
• Diâmetro: insere um símbolo de diâmetro na frente do valor de tolerância.
Modelagem de Desenho Técnico
U4
249
• Valor: digite o valor desejado.
• Condição do Material (MC): exibe uma caixa de diálogo que permite adicionar 
um símbolo modificador.
 As condições do material aplicam‑se a elementos que podem variar de tamanho. 
Na condição máxima do material, também conhecida como MMC (Maximum 
Material Condition), um elemento contém a quantidade máxima de material 
descrita no limites. Na MMC, um furo tem diâmetro mínimo, ao passo que uma 
haste tem diâmetro máximo. Na condição mínima de material também conhecida 
como LMC (Least Material Condition), um elemento contém a quantidade 
mínima de material descrita no limites. Na LMC, um furo tem diâmetro máximo 
e uma haste tem diâmetro mínimo. Na condição independente do tamanho do 
elemento, também conhecido como RFS (Regardless of Feature Size), significa 
que um elemento pode ter qualquer tamanho dentro dos limites descritos.
[Tolerance 2] Cria um segundo valor de tolerância tal qual criou o primeiro.
[Datum 1] Gera a referência de dados primária no quadro de controle do elemento. 
Um Datum é uma referência geométrica teoricamente exata, utilizada para definir 
a zona de tolerância de um elemento.
[Datum 2] Cria a referência de dados secundária no quadro de controle do 
elemento, similar à criada para Datum 1.
[Datum 3] Cria a referência de dados terciárias no quadro de controle do elemento, 
similar à criada para Datum 1.
[Height] Cria uma zona de tolerância projetada no quadro de controle de elemento, 
a qual controla a variação na altura da porção estendida de uma parte perpendicular 
fixa e ajusta a tolerância àquela especificada pelas tolerâncias de posição.
[Projected Tolerance Zone] Insere um símbolo de zona de tolerância projetada 
depois do valor da zona de tolerância projetada.
[Datum Identifier] Cria um símbolo de identificação de referência que consiste em 
uma letra de referência.
Dimension Inspection
Cotas de inspeção informam com eficiência que peças manufaturadas devem 
ser verificadas para assegurar que o valor da cota e as tolerâncias das peças estejam 
dentro de uma faixa especificada.
Modelagem de Desenho Técnico
U4
250
Nome do comando: INSPECTION
Menu Dimension/ Inspection
Ribbon
Aba Annotate/ painel Dimension/ 
Dimensions/ Inspection
Barra de ferramentas Dimension/ Inspection
Teclado DIMINSPECTION+ 
Ao ativar o comando, abrirá a caixa de diálogo Inspection Dimension.
[Select Dimensions] especifica as cotas às quais uma inspeção deve ser adicionada 
ou removida.
[Remove Inspection] remove a cota de inspeção da cota selecionada.
[Shape] controla a forma do quadro que é desenhado em torno da legenda, o valor 
da cota e a taxa de inspeção para a cota de inspeção.
• Round: Cria um quadro com semicírculos nas duas extremidades; os campos 
dentro do quadro são separados por linhas verticais.
• Angular: Criar um quadro com linhas que formam um ângulo de 90 graus nas duas 
extremidades; os campos dentro do quadro são separados por linhas verticais.
• None: Não cria quadro em torno dos valores.
[Label] ativa e desativa a exibição do campo de legenda.
[Label Value] especifica o texto da legenda.
[Inspection Rate] ativa o texto da legenda.
[Inspection Rate Value] especifica a frequência com que uma peça deve ser 
inspecionada. O valor padrão é expresso como percentual e a faixa válida é de 0 a 100.
Dimension Edit
Permite que sejam alteradas as características das cotas selecionadas.
Nome do comando: DIMENSION EDIT
Menu Dimension/ Oblique
Modelagem de Desenho Técnico
U4
251
Ribbon Aba Annotate/ painel Dimension/ 
Dimension/ Oblique
Barra de ferramentas Dimension/ Edit
Teclado DIMEDIT+ 
Acione o comando e siga a sequência.
Barra de comandos Procedimento do comando
Enter type of dimension editing 
[Home/New/Rotate/Oblique] 
<Home>:
Selecione as cotas que quer alterar
Opções do comando:
[Home] retorna o texto de dimensionamento para sua posição padrão. Se por um 
motivo qualquer você alterou o texto da cota de posição, essa opção retorna à 
posição original definida no estilo.
[New] Modifica o texto de dimensionamento usando o editor do Mtext.
[Rotate]Aplica rotação ao texto de dimensionamento.
[Oblique] Ajusta o ângulo oblíquo das linhas de chamada para dimensionamentos 
lineares.
Dimension Text Edit
Eventualmente, ao desenhar uma cota, o texto pode ficar numa posição 
inconveniente. Portanto, alterar a posição do texto, como na figura seguinte, ajuda 
a ter melhor legibilidade do desenho.
Nome do comando: DIMENSION TEXT EDIT
Menu Dimension/ Align Text/ opções
Barra de ferramentas Dimension/ Edit
Teclado DIMTEDIT+ 
Acione o comando e siga a sequência.
Modelagem de Desenho Técnico
U4
252
Barra de comandos Procedimento do comando
Select dimension: Selecione uma cota
Specify new location for dimension text 
or [Left/Right/Center/Home/Angle]:
Especifique um ponto para posicionar 
o texto ou escolha uma opção
Opções do comando:
[Left] alinha o texto na cota pela esquerda.
[Center] alinha o texto no centro da cota.
[Right] alinha o texto na cota pela direita.
[Home] retorna o texto de dimensionamento para a sua posição original.
[Angle] altera o ângulo de texto na cota.
Dimension UpDate
Esse comando permite que se atualizem as cotas selecionadas de acordo com 
as características do estilo de cotagem vigentes no momento do uso do comando.
Nome do comando: UPDATE
Menu Dimension/ Update
Barra de ferramentas Dimension/ Update
Acione o comando e siga a sequência.
Barra de comandos Procedimento do comando
Current dimension style: RAFA1P50 
Annotative: No
O comando mostra qual estilo de 
cota esta corrente
Enter a dimension style 
option[ANnotative/Save/Restore/STatus/
Variables/Apply/?] <Restore>: _apply
Escolha entre as opções e selecione 
as cotas que serão alteradas
Modelagem de Desenho Técnico
U4
253
As cotas anotativas configuram-se automaticamente na configuração 
de escalas. Embora sejam cotas “mais inteligentes”, são tipos de cotas 
menos utilizadas pelos cadistas brasileiros, pelo único e exclusivo fato 
que a maioria dos cadistas não sabem configurá-la.
1. Configurar sua própria cota Anotativa, escolhendo 
individualmente o estilo e tamanho de texto, assim como 
configurações específicas do design da cota.
2. Cotar um desenho qualquer utilizando a cota continue.
Modelagem de Desenho Técnico
U4
254
Modelagem de Desenho Técnico
U4
255
Seção 5
Configuração de Textos e Linhas de Chamada
Os textos e linhas de chamada são essenciais ao bom projeto. E o Autocad 
apresenta um comando específico para isto, auxiliando sua criação.
No Autocad, o texto é um objeto independente separado por linhas ou não, 
onde podemos mover, formatar e modificar. Quando criamos um texto atribuimos 
a ele um estilo de fonte, cores, altura, alinhamento e escala anotativa. 
5.1 TEXT STYLE SETTINGS - ESTILO CONFIGURAÇÕES TEXTO
Com este comando podemos alterar e criar vários estilos de texto.
Nome do comando: Text style Settings
Ribbon
Aba Home/ painel Annotation/ Text 
Style
Menu Format /Text Style 
Barra de ferramentas Text/Text Style
Teclado ST+ 
Ao ativar o comando, a tabela mostrará as seguintes opções.
Set Current: determina como atual o estilo de texto selecionado.
New: permite criar um novo estilo de texto.
Delete: permite excluir um estilo de texto configurado e não utilizado na área 
de trabalho, exceto o estilo Standard que é padrão do Autocad.
Apply: salva as configurações especificadas para o novo estilo de texto.
[Style] Nesta janela ficaram à amostra todos os estilos de textos já configurados no 
Modelagem de Desenho Técnico
U4
256
arquivo. 
O atual estilo de texto que será configurado é selecionado na cor cinza. Por padrão 
do Autocad, um estilo que já se encontrará configurado é o Standard.
[Font] permite escolher ou alterar uma nova fonte de texto. 
OBS.: quando alteramos uma fonte, todos os objetos de texto com a mesma 
configuração que já foram aplicados no arquivo são alterados para a nova fonte.
• Font name: mostra uma lista com todos os nomes de fonte.
• Big Font: arquivo de definição de formato especial utilizado para um conjunto de 
caracteres como o Kanji. Somente os arquivos SHX são tipos de arquivo válidos 
para a criação destas fontes.
• Font Style: Especifica se a fonte ficará regular, negrito, itálico ou sublinhado.
[Size] permite alterar o tamanho do texto.
• Height: Especifica o tamanho do texto com medidas que o usuário inseri.
• Match Text Orientation to Layout: Especifica que a orientação do texto nas 
viewports corresponde a orientação do layout. Esta opção não estará disponível 
se a opção annotative é eliminada.
• Annotative: A escala de anotação determina automaticamente o tamanho de 
exibição do texto no Model ou Layout.
[Effects] Modifica as características da fonte, o fator de largura, ângulo de inclinação, 
se ele é exibido de cabeça para baixo, para trás, ou alinhados verticalmente.
• Width factor: define o espaçamento entre as letras.
• Oblique angle: inclina as palavras de ‑85˚ a 85˚, mostrando a palavra como Itálico.
• Upside down: deixa o texto de cabeça para baixo.
• Backwards: muda a orientação do texto da direita para a esquerda.
• Vertical: deixa o texto na posição vertical ou horizontal
Modelagem de Desenho Técnico
U4
257
Depois de ter criado um estilo de texto, você pode modifi‑
car suas características, mudar o seu nome, ou excluí‑lo quan‑
do não precisar mais, exceto para o estilo de texto padrão Standard. 
Algumas configurações de estilo afetam os objetos de texto de várias linhas ou 
linha única de forma diferente. Por exemplo, as opções Upside Down e Backwards 
não têm efeito sobre objetos de texto de várias linhas. Alterar Width factor e Obli‑
que angle não tem efeito sobre texto de linha única.
Single-line text (Dtext) - texto dinâmico
Cria objetos de texto de linha única. Ele exibe uma versão simplificada do editor 
de texto, que consiste em uma caixa delimitadora, que é a altura do texto e se 
expande à medida que você digita. Use o botão direito do mouse para selecionar 
as opções no menu de atalho.
Nome do comando: DTEXT
Ribbon
Aba Home/ painel Annotation/ 
Multiline text/ Single line
Menu Draw/Text/Single line text
Barra de ferramentas Text/Single line text
Teclado DT+ 
Ao ativar o comando, siga a sequência.
Barra de comandos Procedimento do comando
Command: _dtext
Current text style: "Notes" Text height: 
3.0000 Annotative: Yes 
Specify start point of text or [Justify/Style]:
Especifique um ponto para início do 
texto. O texto é automaticamente 
alinhado para a esquerda.
Specify rotation angle of text <0.00>:
Especifique a rotação do texto e  . 
O texto será rotacionado se a opção 
annotative não estiver selecionada. 
Em seguida, digite o texto e, para 
finalizar, clique fora da caixa de texto.
OBS.: o tamanho do texto segue a configuração feita na Text style Settings. 
Cada enter dado no texto cria uma nova linha única de texto.
Modelagem de Desenho Técnico
U4
258
Opções do comando:
[Style] Especifica o estilo de texto. Ao criar, usa‑se o estilo de texto atual.
• Enter style name or [?] <current>: Permite acessar um estilo de texto ou manter 
o texto corrente.
Para criar um novo estilo de texto vá em Text style Settings. 
[Justify] Controla os ajustes do texto, bem como alinhamento.
• Align: alinha o texto por dois pontos definidos pelo usuário. A altura do texto é 
ajustada automaticamente. Quanto maior o tamanho do texto, menor o tamanho 
da letra usada.
• Fit: alinha o texto por dois pontos definidos pelo usuário. A altura não é alterada, 
mantendo o seu valor atual.
• Center: alinha o texto pelo ponto médio da base.
• Middle: alinha o texto pelo ponto médio do texto.
• Right: alinha pela direita.
• TL (Top Left): alinha pelo topo, à esquerda.
• TC (Top Center): alinha pelo topo, ao centro.
• TR (Top Right): alinha pelo topo, à direita.
• ML(Middle Left): alinha pelo ponto médio, à esquerda.
• MC (Middle Center): alinha pelo ponto médio, ao centro.
• MR (Middle Right): alinha pelo ponto médio, à direita.
• BL (Bottom Left): alinha pela base, à esquerda.
•BC (Bottom Center): alinha pela base, ao centro.
• BR (Bottom Right): alinha pela base, à direita.
Multiline text (Mtext) – Múltiplas linhas de texto.
No objeto de texto de várias linhas podemos criar parágrafos, substituir o estilo de 
texto atual aplicando uma nova formatação, como sublinhado, negrito e fontes diferentes 
Modelagem de Desenho Técnico
U4
259
para caracteres individuais. Também podemos criar textos em coluna ou empilhado, 
como frações ou tolerâncias geométricas, inserir caracteres especiais, cores, entre 
outros. Ao acionar o comando Mtext, o usuário será solicitado a definir um retângulo 
que constituirá os limites do texto. Esse retângulo pode ser alterado para aumentar os 
limites de texto ou ser diminuído através de grips e também não é impresso. 
Esse comando é muito semelhante ao Microsoft Office Word.
Nome do comando: MTEXT
Ribbon
Aba Home/ painel Annotation/ 
Multiline text/ Multiline text
Menu Draw/Text/Multiline text
Barra de ferramentas
Text/Multiline text ou Draw/ Multiline 
text
Teclado MT+ 
Ao ativar o comando, siga a sequência.
Barra de comandos Procedimento do comando
Command: mt
MTEXT Current text style: "Notes" Text 
height: 0.1000 Annotative: No
Specify first corner:
Para abrir a caixa de texto 
especifique o primeiro canto
Specify opposite corner or [Height/
Justify/Line spacing/Rotation/Style/Width/
Columns]
Especifique o canto oposto abrindo 
uma janela chamada Text Formating.
Para sair da janela de texto, clique 
na opção OK ou clique fora da 
janela na área de trabalho.
Opções do comando:
[Height] altura do texto.
[Justify] alinhamento do texto.
[Line spacing] espaço entre as linhas.
[Rotation] ângulo de moldura.
[Style] estilo de texto a ser usado.
[Width] largura do texto.
[Columns] especifica as opções de coluna para o texto.
Modelagem de Desenho Técnico
U4
260
Importante: Para editar o texto existente, basta clicar duas vezes sobre ele e 
abrirá a janela de Text Formating permitindo alterações.
5.2 Multileader Style – Configuração de linha de chamada
MultiLeaders são linhas de chamadas que ficam presas a uma parte do objeto 
ou desenho para informar detalhes sobre ele. Uma linha de chamada MultiLeader 
consiste tipicamente de uma ponta de seta, uma linha horizontal, vertical ou curva e 
um objeto de texto de várias linhas ou um bloco. A linha de chamada pode ser alterada 
através dos grips e clicando duas vezes sobre o texto para editá‑lo novamente.
Nome do comando: MLEADERSTYLE
Ribbon
Aba Home/ painel Annotation/ 
Multileader Style
Menu Format/Multileader Style
Barra de ferramentas Multileader/ Styles
Teclado MLS+ 
Ao ativar o comando, abrirá a caixa de diálogo MultiLeader Style Manager com 
a seguintes opções: 
[Current Multileader Style] exibe o nome do estilo que é aplicado às linhas de 
chamadas criadas.
[Style] exibe uma lista de estilo para as linhas de chamadas.
[List] controla o conteúdo da lista Styles. Clique em ALL STYLES para mostrar todos 
os estilos de linhas de chamadas disponíveis no desenho.
[Preview] pré‑visualização do estilo selecionado na lista.
[Set current] define o estilo de linha de chamada selecionado na lista como corrente.
[New] exibe uma caixa de diálogo CREATE NEW MULTILEADER STYLE, na qual é 
possível definir novos estilos de linhas de chamadas.
• New Style Name: nomeia o novo estilo de linha de chamada.
• Start With: especifica um estilo existente de linha de chamada cujas definições 
servirão de padrão para a criação do novo estilo.
• Annotative: especifica que o objeto criado é de anotação.
Modelagem de Desenho Técnico
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261
[Modify] exibe uma caixa de diálogo MODIFY MULTILEADER STYLE, na qual é 
possível modificar os estilos de linhas de chamada.
[Delete] exclui da lista de linhas de chamadas um estilo que ainda não foi utilizado.
Aba Leader Format: Configura o formato e a colocação das setas, marcas de cen‑
tro, símbolos de comprimento de arco e raios de grandes arcos.
[General] controla a aparência da linha de chamada.
Type: determina o tipo de linha para a linha de chamada. Você pode escolher entre 
linha reta, uma Spline ou nenhuma linha. Color: determina a cor da linha de chamada.
• Linetype: determina o tipo de linha para a linha de chamada.
• Lineweight: determina a espessura da linha para a linha de chamada.
[Arrowhead] controla a aparência das pontas de setas na linha de chamada.
• Symbol: define a ponta de seta para a linha de chamada.
• Size: define o tamanho das pontas de setas.
[Leader Break] controla a configuração usada ao adicionar uma quebra de cota na 
linha de chamada.
• Break size: define o tamanho da quebra da linha de chamada selecionada.
Aba Leader Struture: Aba de restrições.
[Constraints] controla a restrição da linha de chamada. 
• Maximum Leader Points: especifica o número máximo de pontos para a linha de 
chamada.
• First Segment Angle: especifica o ângulo do primeiro ponto para a linha de 
chamada.
• Second Segment Angle: especifica o ângulo do segundo ponto para a linha de 
patamar da linha de chamada.
[Landing Settings] controla as configurações de patamar da linha de chamada. 
• Automatically Include Landing: Anexa uma linha horizontal de patamar para o 
Modelagem de Desenho Técnico
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262
conteúdo de linha de chamada.
• Set Landing Distance: Determina a distância fixa para a linha de patamar. 
[Scale] Controla o dimensionamento da linha de chamada. 
• Annotative: Especifica que a linha de chamada é de anotação. Quando a linha 
de chamada não é anotação, as seguintes opções estão disponíveis.
• Scale Multileaders to Layout: Determina um fator de escala para a linha de chamada 
com base na escala, no espaço do modelo e viewports do espaço do papel.
• Specify Scale: Especifica a escala da linha de chamada.
Aba Content: controla o conteúdo e texto.
[Multileader Type] Determina se a linha de chamada contém texto ou um bloco.
[Text Options] Controla a aparência do texto.
• Default Text: Define o texto padrão para o conteúdo da linha de chamada.
• Text Style: Lista os estilos de texto disponíveis.
• Text Angle: Especifica o ângulo de rotação do texto.
• Text Color: Especifica a cor do texto.
• Text Height: Especifica a altura do texto.
• Always Left Justify: Especifica que o texto é sempre justificado à esquerda.
• Frame Text: Enquadra o conteúdo do texto com uma caixa de texto.
[Leader Connection] Controla as configurações de conexão da linha de chamada.
• Left Attachment: Controla a fixação da linha de chamada quando o texto está à 
esquerda.
• Right Attachment: Controla a fixação da linha de chamada quando o texto está 
à direita.
• Landing Gap: Especifica a distância entre a linha de patamar e o texto.
Modelagem de Desenho Técnico
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263
Quando a linha de chamada contém blocos, as seguintes opções estão disponíveis.
[Block Options] Controla as propriedades do conteúdo do bloco.
• Source block: Especifica o bloco usado na linha de chamada.
• Attachment: Especifica a forma como o bloco é anexado ao objeto. Você pode 
anexar o bloco, especificando o ponto de inserção do bloco ou o ponto central 
do bloco.
• Color: Especifica a cor do conteúdo do bloco.
Multileader (Mleader) – linha de chamada.
Cria uma linha de chamada com detalhe a um elemento.
Nome do comando: MLEADER
Ribbon
Aba Home/ painel Annotation/ 
Multileader 
Menu Dimension/Multileader 
Barra de ferramentas Multileader/ Multileader
Teclado MLD+ 
Ao ativar o comando, siga a sequência.
Barra de comandos Procedimento do comando
Specify leader arrowhead location 
or [leader Landing first/Content first/
Options] <Options>: 
clique para especificar o local para a 
ponta da seta da linha de chamada.
 geralmente presa a algum objeto 
que terá informações.
Specify leader landing location:
clique para especificar o patamar 
da linha de chamada e em seguida 
digite o texto na janela de textos. 
para finalizar clique em OK.
Opções do comando:
[Leader landing first] especifica uma localização para alinha de patamar da linha 
de chamada.
[Content first] especifica uma localização para o texto ou bloco na linha de chamada.
Modelagem de Desenho Técnico
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[Options] especifica as opções para colocar na linha de chamada. 
1. Escolher um desenho qualquer e especificar com linhas de 
chamada materiais e especificações técnicas.
2. Utilizando o mesmo desenho, gere arquivos de plotagem 
em PDF em 2 escalas distintas.
Modelagem de Desenho Técnico
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Seção 6
Modos de Visualização para Auxílio do Desenho
Introdução à seção
O estudante aprenderá a manusear e configurar as Viewports, visualizando 
melhor o objeto tridimensional a ser criado.
6.1 VIEWPORTS
As viewports são modos de visualização da área de trabalho do MODEL. Desta 
forma, podem‑se visualizar várias áreas do mesmo desenho em janelas diferentes. 
Seu modo de acionamento é através do menu view, opção viewport e escolhem‑
se quantas vistas são necessárias para projetista:
Figura 4.15 | Aba View – Viewports
Fonte: O autor (2015)
Modelagem de Desenho Técnico
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266
Para editar uma das vistas, deve‑se clicar dentro do limite dela e ela funcionará 
como um “mini‑model”, onde qualquer modificação em uma das vistas modificará 
o objeto em todas. Para voltar para apenas um modelo de vista, deve‑se repetir a 
operação acima e escolher a opção: “1 viewport”.
Figura 4.16 | Viweports divididas em 4 partes
Fonte: O autor (2015)
6.2 BARRA VIEW
Quando se trabalha em 3D, deveremos utilizar as 3 coordenadas cartesianas: 
x, y e z, que poderão ser acessadas pelas ícones de views isométricas, no Ribbon 
view – barra view –, ou pelo 3dOrbit, ou pelo WCS. Para o aluno iniciante em 3D é 
aconselhável utilizar as 4 views (vistas) isométricas antes de utilizar o 3dOrbit.
Para visualizar as 3 coordenadas, deve‑se sair do plano XY, através de comandos 
simples como os da barra VIEW com as seguintes opções de planos: TOP, 
BOTTOM, LEFT, RIGHT, FRONT e BACK; e as opções de vistas isométricas SW, SE, 
NE e NW. O TOP é a vista em planta baixa e o BOTTOM é a vista em planta invertida 
enquanto as demais opções de planos são vistas. 
As VISTAS isométricas nos dão a impressão que a modelagem é um desenho 
bidimensional em isometria em ângulos de 30º/30º:
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267
Figura 4.17 | Exemplificação de isométricas
Fonte: O autor (2015).
Figura 4.18 | Exemplos de vistas
Fonte: O autor (2015)
Modelagem de Desenho Técnico
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Nome da Barra: VIEW
Menu View 3D Views 
Barra de ferramentas Views
Ribbon Aba VIEW / painel Viewa / Views
Além dos comandos da barra VIEW podemos utilizar o ViewCube.
6.3 VIEWCUBE
É uma das novidades das últimas versões do Autocad, proveniente do programa 
REVIT. As modificações entre vistas, perspectivas isométricas e planta baixa são 
bem intuitivas, bastando clicar em uma das faces do cubo para o objeto rotacionar 
e mostrar uma das faces desejadas, entre as opções: TOP, BOTTOM, LEFT, RIGHT, 
FRONT e BACK.
Figura 4.19 | Viewcube
Fonte: O autor (2015)
6.4 3DORBIT
São rotações de vistas no espaço tridimensional. É muito útil para a modelagem 
3d. Pode ser acionado das seguintes formas:
Nome do comando: 3dOrbit
Menu View Orbit Constrained Orbit
Barra de ferramentas Modeling/ comando Torus
Ribbon Não há
Teclado 3dorbit +  (ENTER)
Observação: O 3D Orbit também poderá ser acionado pelo clique do scroll 
Modelagem de Desenho Técnico
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269
simultâneo ao shift.
As viewports, muito utilizadas no desenho 3D do Autocad, têm uso 
semelhante as já configuradas viewports do 3Ds MAX. O objetivo das 
Viewports é auxiliar com janelas de visualização o entendimento do 
objeto 3D visto por vários ângulos.
3. Criar objetos tridimensionais da barra modeling, utilizando 
separação de viewports em 4 partes, nas seguintes vistas: 
1. Vista de topo. 2. Vista lateral. 3. Perspectiva isométrica. 4 
Perspectivas livre.
4.Modificar os objetos tridimensionais do exercício anterior 
através de comandos de subtração, adição e intersecção. 
Utilizar as viewports para compreender o objeto tridimensional.
Modelagem de Desenho Técnico
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Modelagem de Desenho Técnico
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271
Seção 7
Apresentação e Configurações do Layout de 
Impressão
7.1 MVIEW
O Autocad apresenta dois modos distintos de trabalho: MODEL e LAYOUT. 
Enquanto o MODEL é dito o espaço de modelagem, onde se constrói o desenho 2D 
e/ou 3D, o LAYOUT é o espaço onde se constrói o layout de impressão. O MODEL 
apresenta a UCS do lado inferior esquerdo apresentando os eixos cartesianos 
conforme 1º e 2º exemplos. Já o LAYOUT apresenta UCS conforme último exemplo:
Figura 4.20 | LAYOUT
Fonte: O autor (2015)
Troca‑se os modos de desenho através da aba onde é listado o MODEL e todos 
os LAYOUTS criados, conforme o segundo exemplo acima. Pode‑se criar inúmeros 
LAYOUTS de impressão conforme necessidade do projetista através do ícone “+” 
ao lado da aba MODEL. Enquanto o objeto modelado encontra‑se no MODEL, sua 
prancha de plotagem estará feita no LAYOUT onde pode‑se organizar os desenhos 
e controlar a escala do objeto.
No layout os desenhos podem ser separados em viewports diferentes chamados 
de Mviews, que podem ser organizados na melhor forma para a impressão, onde 
neste exemplo abaixo são os retângulos cor de rosa. Estes retângulos funcionam 
como “retratos” do MODEL e podemos configurar para que seu limite cor de rosa 
não seja impresso: 
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Figura 4.21 | Exemplos de uso de Mview
Fonte: O autor (2015)
Figura 4.22 | Exemplos de uso de Mview
Fonte: O autor (2015)
Tomemos como como exemplo ao desenho da figura a seguir:
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Figura 4.23 | Exemplos de uso de Mview – vista de topo
Fonte: O autor (2015)
No layout o projetista deve desenhar a folha de plotagem com os comandos da 
barra DRAW e MODIFY, em escala real de desenho, conforme exemplo a seguir:
Figura 4.24 | Prancha de desenho
Fonte: O autor (2015)
Deve‑se configurar ao menos um layer, que poderá ser nomeado como MVIEW, 
e sua qualidade de impressão bloqueada, conforme exemplo a seguir:
Figura 4.25 | Configuração de layer mview
Fonte: O autor (2015)
Modelagem de Desenho Técnico
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274
Ao criarmos uma MVIEW, no LAYOUT, deve‑se digitar MVIEW e fazer uma 
janela de visualização, conforme exemplo:
Figura 4.26 | Aplicação do mview em uma prancha layout
Fonte: O autor (2015)
É possível controlarmos a escala da MVIEW e, para melhor compreensão, sugere‑
se ao aluno a criação de outra MVIEW do mesmo objeto, na mesma prancha, ao 
lado do primeiro exemplo. Controlamos as edições de cada MVIEW através de um 
duplo clique no interior do seu limite, neste momento o projetista ainda está no 
LAYOUT, mas manipulando o objeto no MODEL. Identificamos em qual MVIEW 
estamos manipulando através da presença da UCS e porque os limites da mesma 
tornam‑se mais espessos. Após esse duplo clique é possível controlarmos a escala 
desta MVIEW. Após a operação basta efetuar duplo clique para fora dos limites da 
MVIEW para sair dela e retornar ao LAYOUT. Caso não exista a escala desejada, o 
projetista poderá criar uma nova em custom.
Figura 4.27 | Configuração de escala de plotagem
Fonte: O autor (2015)
Modelagem de Desenho Técnico
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275
Dessa forma, o projetista poderá confeccionar seu LAYOUT DE IMPRESSÃO da 
forma que desejar. Neste exemplo, temos a vista de topo em escala 1:30 e 1:50 do 
mesmo objeto. Frisa‑se que qualquer modificação do objeto no MODEL acarretará 
em mudanças em todos os layouts a ela relacionada, em todas as escalas, pois as 
MVIEWS são apenas modo de visualização. O LAYER MVIEW não será plotado se 
ele foi criado conforme exemplo deste capítulo. Os textos e as cotas associativas 
automaticamente se adequarão às escalas das mviews, conforme capítulos 
anteriores sobre o tema.
Figura 4.28 | Configuração de escala de plotagem
Fonte: O autor (2015)
1. À partir de um objeto tridimensional da barra modeling (cubo, 
esfera...), organizar uma prancha deimpressão da mesma vista 
em escalas diferentes.
2. Criar os objetos tridimensionais da barra modeling em layers 
diferentes. Organizar 2 mviews diferenciadas, desligando 
layers específicos da visualização de uma delas.
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Modelagem de Desenho Técnico
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Seção 8
Configuração de Impressão/Plotagem
Introdução à seção
Nesta seção, o estudante aprenderá a configurar uma impressão/plotagem.
8.1 INTRODUÇÃO À IMPRESSÃO
A impressão no Autocad é extremamente simples se o desenho foi construído 
conforme exemplos dos capítulos anteriores, sendo imprescindível a escala de 
desenho adotada ser em escala métrica real, assim como o desenho em escala 
métrica real do layout, textos e cotas associativas e a construção da prancha de 
LAYOUT DE IMPRESSÃO conforme exemplos anteriores. Outros autores adotam 
escalas de conversão justamente por não utilizarem o Autocad adequadamente.
Como exemplo, utilizaremos Projeto Legal onde a prancha de LAYOUT de 
impressão é esta:
Figura 4.29 | Configuração de plotagem
Fonte: O autor (2015)
Modelagem de Desenho Técnico
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Há várias formas de acionar a plotagem/impressão, sendo a mais simples as 
teclas Crtl+P do teclado alfanumérico, quando o Autocad abrirá na tela essa caixa 
de diálogo:
Figura 4.30 | Configuração de plotagem
Fonte: O autor (2015)
8.2 PLOTAGEM - ESTILO BÁSICO DE IMPRESSÃO
A operação de plotagem é o método tradicional para impressão em papel e 
apresentação do projeto. O comando PLOT aciona a impressora ou o Plotter 
para, de fato, imprimir o desenho.
É apresentada a caixa de diálogo Plot para a configuração da folha de impres‑
são no model ou no layout.
Nome do comando: PLOT
Menu File/Plot
Ribbon Aba Output/ painel Plot/ Plot
Barra de ferramentas Standard/ Plot
Teclado CTRL+P 
Você pode exibir mais opções na caixa de diálogo clicando no botão MORE 
OPTIONS.
Modelagem de Desenho Técnico
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Opções do comando Plot.
 [Page setup] exibe uma lista com todas as configurações de página nomeadas 
e salva no desenho. Você pode basear a configuração da página atual em uma 
configuração existente criar uma nova configuração de página.
[Add] salva as configurações atuais da caixa de diálogo de plotagem para uma 
configuração de página nomeada. 
[Printer/Plotter] Especifica um modelo de impressora/plotter. O modelo DWG to 
PDF converte o desenho.dwg em arquivo .pdf. Caso o plotter selecionado não 
suporte o tamanho do papel selecionado, será exibido um aviso e você pode 
selecionar o tamanho de papel padrão ou um tamanho de papel personalizado.
[Plot to File] a configuração de plotagem sai diretamente para um arquivo .PLT em 
vez de plotar ou imprimir.
[Paper Size] Exibe os tamanhos de papel padrão que estão disponíveis para o 
modelo de impressora ou plotter selecionado. Se nenhum plotter for selecionado 
a lista não será exibida.
[Number of Copies] especifica o número de cópias para a impressão.
[Plot Area] Especifica a parte do desenho a ser plotada.
• Layout/Limits: imprime os limites dentro do layout.
• Extents: imprime todo o desenho. Se parece com o comando Zoom Extents.
• Display: imprime a área visível na tela.
• Window: imprime a área determinada por dois pontos numa janela retangular.
[Plot Offset] determina a origem da impressão. A opção Center the Plot centraliza 
o desenho na folha.
[Plot Scale] determina a escala de plotagem. É útil para a impressão do desenho no 
ambiente Model. A opção Fit to Paper ajusta o desenho na folha. 
[Plot Style Table] seleciona um estilo de plotagem.
[Shaded Viewports Options] determina a qualidade dos desenhos em Shade ou 
Render para o 3D.
[Plot Options] Especifica opções para espessuras de linha, estilos de plotagem, 
Shade, e a ordem em que os objetos são desenhados.
Modelagem de Desenho Técnico
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280
[Drawing Orientation] determina a orientação do desenho em relação a folha.
[Preview] exibe uma prévia do desenho plotado no papel. Para encerrar a pré‑
visualização da impressão e retornar à caixa de diálogo de plotagem, pressione 
ESC, ENTER ou clique com o botão direito do mouse e selecione a opção Exit.
[Apply to Layout] salva as alterações efetuadas nessa caixa de diálogo no Layout 
corrente.
8.3 PLOTAGEM PARA GERAR ARQUIVOS PARA WEB
É possível gerar arquivos de plotagem nos formatos .DWF ou .DWFx (Design 
Web Format) que possuem alta performance de visualização na Internet. Neste 
modelo de plotagem podemos dar zoom, pan, visualizar Layers e vistas nomeadas 
do desenho. Os arquivos DWF podem ser plotados a partir da Internet. 
O DWFx, o futuro do DWF, tem base no formato XML Paper Specification (XPS) 
da Microsoft. Você pode visualizar e imprimir arquivos DWFx usando o Internet 
Explorer7 no Windows Vista, windows XP e Windows 7.
Para gerar um DWF, basta plotar o arquivo selecionando o plotter DWF ePlot.
pc3. Um arquivo DWF é gerado no local indicado por você.
Para gerar um DWFx, usa‑se o plotter DWF6 ePlot (XPS Compatible).pc3.
Utilizando os Plotters PublishToWeb JPG.pc3 e PublishToWeb PNG.pc3, é 
possível gerar arquivos .JPG e .PNG para serem usados em páginas da web. 
Os arquivos em formato PDF podem ser lidos pelo Adobe Acrobat Reader ou 
inserido como referência em desenhos do Autocad. Para PDF, utilize o plotter 
DWG TO PDF.pc3.
8.4 FINALIZAÇÃO
Para padronizarmos a escolha da impressora utilizaremos a “impressora”: DWG 
to PDF, que é um conversor de arquivos Autocad para PDF. A impressão sairá na 
escala correta dessa forma:
Modelagem de Desenho Técnico
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Figura 4.31 | Configuração de plotagem
Fonte: O autor (2015)
O modo de plotagem apresentado nesta seção, embora recomendado 
pela Autodesk, é extremamente mais fácil que outros métodos utilizados 
em cursos de Autocad. Os cadistas brasileiros não sabem utilizar esta 
forma por falta de informação.
Modelagem de Desenho Técnico
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282
1. Ao utilizarmos o Autocad, utilizamos o MODEL para 
modelar o desenho, em 2D e/ou 3D. Para montarmos o 
LAYOUT de IMPRESSÃO no LAYOUT, montamos VIEWPORTS 
denominadas de:
(A) VIEWS
(B) MVIEWS
(C) (C) SCALE
(D) (D) VISTAS
(E) PAPER SPACE
2. Com o Comando imprimir, podemos gerar um arquivo de 
impressão transformando o arquivo DWG em PDF. A escala de 
desenho, para quem desenha em metros, é de:
(F) 1:1
(G) 10:1
(H) 100:1
(I) 1000:1
(J) 1:100
3. Para os limites de uma MVIEW não ser impressa, devemos 
configurar a sua camada para não ser impressa. Tal recurso se 
encontra na janela:
(A) LAYER PROPERTIES MANANGER
(B) LAYER CONFIG
(C) ON
(D) LAYER PLOTER
(E) N.d.a.
4. Reproduza a isométrica 30°/30° a seguir:
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283
5. Passe à limpo, com a orientação do seu professor, os 
seguintes desenhos de mecânica:
6. Passe a limpo o seguinte desenho de mecânica, assim como 
a vista superior, vistas laterais, em pranchas cotadas:
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284
Desta forma, o estudante aprendeu modos de desenhar no 
Autocad que representem as planificações do objeto projetado. 
Com o conhecimento aprendido, é possível configurar as 
penas de plotagem, cotas, linhas de chamada e até criar 
hachuras específicas de corte ou meramente ilustrativas e 
volumétricas. Da mesma maneira, é possível criar plotagens 
em escalas diferentes e até mesmo criar arquivos em PDF 
das plotagens para ser impressos em qualquer impressora ou 
visualizados por qualquer pessoa, mesmo que essa não tenha 
instalado em seu computador o Autocad.
Modelagem de Desenho Técnico
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285
O Autocad é o melhor programa de desenho CAD do mercado. 
Mesmo sendo o melhor, é considerado por muitos projetistas 
um programa genérico, pois atende genericamente às várias 
áreas de Engenharia, Arquitetura e Design. Entretanto, há outros 
programas específicos para cada área. A família de programas 
da Autodesk, por exemplo, é um ótimo exemplo a ser seguido (e 
perseguido). O Autocad é apenas mais uma das ferramentas de 
desenho, mas não é a única, nem a última a ser aprendida pelo 
projetista. Os produtoscomo INVENTOR, MAYA, REVIT, ALIAS, 
3DMAX, o próprio Autocad poderão ser “baixado” pelo estudante, 
com licença de estudante de 3 anos no site da Autodesk.
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287Modelagem de Desenho Técnico
Referências
ALASSANCIO, Cristina. Autocad 2010 leva documentação e design 3D a um nível 
superior: novos recursos ajudam os projetistas a alcançar a inovação. São Paulo: 
Autodesk, 2009.
BARISON, Maria Bernardete. Geométrica: Desenho Geometria e Arquitetura Online. 
Disponível em : <http://www.mat.uel.br/geometrica> Acesso em: 26 mar. 2015.
KATORI, Rosa. Autocad 2011: Projetos em 2D. São Paulo: Ed SENAC, 2010.
RIBEIRO, Antonio Clelio. Desenho Técnico e Autocad. São Paulo: Ed. Person, 2013.

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