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Prática do exame respiratório Semiologia | Jamilly Felix Condições para o exame (Semiotécnica): · · Tórax descoberto; · Iluminação adequada e ambiente silencioso; · Inspecionar as faces anterior, posterior e laterais do tórax; · Paciente em atitude cômoda e confortável; · Músculos relaxados e os braços suspensos na lateral do tórax; · Examinador deve inicialmente realizar uma análise global do tórax do doente. Referências anatômicas a. Costelas e espaços intercostais b. Ângulo de Louis Ou ângulo esternal – é uma saliência palpável no terço superior do esterno. É a linha transversal traçada na junção do manúbio com o corpo do esterno. Guia para numeração das costelas e EI, fica na altura da inserção da 2ª costela e corresponde à altura da bifurcação da traqueia. c. Clavículas d. Ângulo de Charpy Formado pelo encontro das rebordas costais direita e esquerda no apêndice xifoide. INSPEÇÃO ESTÁTICA: · Conformação geral do tórax – biótipo · Simetria – deformidades, abaulamentos ou retrações; · Circulação colateral; · Cicatrizes; · Pele, subcutâneo e músculos. (a) (b) Normal (b) Em tonel - enfisema (c) Tórax infundibulforme - pectus excavatum (d) Tórax cariniforme - pectus carinatum (e) Escoliose (f) Cifose (g) Gibosidade DINÂMICA: · Tipo respiratório – torácico, abdominal; · Ritmo; · Frequência; · Tiragem; · Expansibilidade; · Uso de músculos acessórios. Ritmos respiratórios: normalmente a inspiração dura quase o mesmo tempo que a expiração, após isso, dois movimentos com a mesma amplitude, intercalados por uma leve pausa. Cheyne-Stokes: taquipnéico. Relação com problemas neurológicos. Biot: característico de lesão neurológica. Kussmaul: cetoacidose diabética. Suspirosa: tipo gasping, pré PCR. Dispneia PALPAÇÃO 1. Sensibilidade: Superficial e profunda, dor provocada ou espontânea ou qualquer outra manifestação dolorosa relatada pelo paciente. 2. Pesquisa de vibrações ou frêmitos na parede torácica 3. Expansibilidade · Rualt: expansibilidade diminuída no ápice. · Lasegue: expansibilidade diminuída na base. 4. Frêmito tóracovocal Vibrações das cordas vocais transmitidas à parede torácica. Pede-se que o paciente repita “33” com a mão espalmada sobre a superfície do tórax comparando-se a intensidade das vibrações em regiões homologas. O FTV é mais palpável nas regiões de projeção dos ápices pulmonares, região interescapulovertebral e nas faces alterais do tórax. Derrames pleurais líquidos ou gasosos, como afastam o pulmão da parede, dificultam a transmissão das vibrações com redução ou mesmo abolição do FTV. Condensações pulmonares, desde que os brônquios estejam permeáveis, o FTV torna-se mais nítido. Isso acontece porque com a consolidação do parênquima, há facilitação da transmissão da voz. Atelectasia (brônquios obstruídos), embora haja condição de ressonância, o som não se propaga. Nesses casos, o FTV está diminuído. Consolidações: únicas situações em que o FTV estará aumentado! PERCUSSÃO Deve-se iniciar pela face posterior do tórax, de cima para baixo. Percurte-se separadamente cada hemitórax. Em uma segunda etapa, percurtir comparativamente e simetricamente as várias regiões. 1. Som claro pulmonar: áreas de projeções dos pulmões. 2. Som timpânico: no espaço de Traube – projeção normal da bolha gástrica, após a 7ª costela (lado esquerdo). 3. Som submaciço: região inferior do esterno. 4. Som maciço: topografia hepática e na região precordial. Na região inframamária direta. Derrame líquido nas cavidades pleurais livres podem ser reconhecidos por macidez a percurssão. Pneumotórax vai causar uma percussão timpânica. AUSCULTA Ausculta-se as regiões contralaterais de maneira simétrica. SONS NORMAIS · Traqueal · Brônquico · Murmúrio vesicular Predominantemente inspiratório. · Broncovesicular SONS ANORMAIS · Descontínuos: estertores finos e grossos · Finos = creptantes: exclusivamente inspiratórios, causados pela abertura dos alvéolos na inspiração. · Grossos = bolhosos: são causados pela presença de secreção fluida nas vias aéreas – bronquite crônica, bronquiectasia, congestão. · Contínuos: roncos, sibilos e estridor · Ronco: longo e grave, causado pelo turbilhão aéreo que se forma com a movimentação de muco e de líquido. · Sibilo: longo e agudo, causado por obstrução de fluxo aéreo. · Estridor: produzido por semiobstrução da laringe ou da traqueia. SOPROS · Tubários: ar passa por brônquio pérvio situado no seio da consolidação parenquimatosa; · Cavitários: turbilhonamento do ar ao entrar dentro de uma cavitação no parênquima; · Anfóricos: som grave sobre o qual se assestam agudos, encontrado no pneumotórax e em grandes cavidades vazias. ATRITO PLEURAL Ruído irregular, descontínuo, mais intenso na inspiração, com frequência comparado ao ranger de couro atritado. Pode ser sentido na palpação. AUSCULTA DA VOZ Ausculta a voz nitidamente pronunciada e a voz cochichada, dizendo “33” enquanto o médico percorre o tórax com o estetoscópio. Os sons produzidos na voz e ouvidos na parede torácica constituem o que se chama de ressonância vocal. SONS VOCAIS · Broncofonia: ausculta-se a voz sem nitidez. · Egofonia: som trêmulo e entrecortado. · Pectorilóquia fônica: ausculta-se a voz nitidamente. · Pectorilóquia afônica: ausculta-se a voz mesmo se cochichada.
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