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Gabarito_comentado_do_Simulado_3_-_Portugues_-_2a_Serie

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3º SIMULADO 
2ª SÉRIE 
 
LÍNGUA 
PORTUGUESA 
BLOCO 3 
 
QUESTÃO 01 (Descritor 1) 
 
ENTREVISTA 
 
O ensaísta canadense Alberto Manguei, autor de Uma 
História da Leitura, explica por que a palavra escrita é a 
grande ferramenta para entender o mundo. 
[...] 
Veja - Numa época em que predominam as imagens, por 
que a leitura ainda é importante? 
Manguei - A atual cultura de imagens é superficialíssima, 
ao contrário do que acontecia na Idade Média e na 
Renascença, épocas que também eram marcadas por 
uma forte imagética. Pense, por exemplo, nas imagens 
veiculadas pela publicidade. Elas captam a nossa atenção 
por apenas poucos segundos, sem nos dar chance para 
pensar. Essa é a tendência geral em todos os meios 
visivos. Assim, a palavra escrita é, mais do que nunca, a 
nossa principal ferramenta para compreender o mundo. A 
grandeza do texto consiste em nos dar a possibilidade de 
refletir e interpretar. Prova disso é que as pessoas estão 
lendo cada vez mais, assim como mais livros estão sendo 
publicados a cada ano. Bill Gates, presidente da 
Microsoft, propõe uma sociedade sem papel. Mas, para 
desenvolver essa ideia, ele publicou um livro. Isso diz 
alguma coisa. 
 
MENAI, Tania. Entrevista.Veja, 7 de julho de 1999. Disponível em: 
https://www.trabalhosgratuitos.com/Outras/Diversos/Linguagem-E-
Argumenta%C3%A7%C3%A3o-534269.html.Fragmento. 
 
De acordo com a explicação do canadense, a grandeza 
do texto consiste na 
 
(A) probabilidade de refletir e interpretar. 
(B) publicação de mais livros a cada ano. 
(C) veiculação de informações publicitárias. 
(D) insólita imagética que marcou a Renascença. 
(E) cultura de imagens superficial da Idade Média. 
 
COMENTÁRIO DO GABARITO 
Este item contempla o descritor 01 que avalia a habilidade 
de localizar informações que estejam explícitas no texto, 
ou seja, ao estudante lhe é permitido retomar o texto e 
localizar a informação que é pedida claramente no 
comando do item. Ao buscar pistas no texto-base fica 
evidente que “A grandeza do texto consiste em nos dar a 
possibilidade de refletir e interpretar. ” Portanto temos 
como gabarito a alternativa A. 
 
 
QUESTÃO 02 (Descritor 2) 
 
O FIEL DOM JOSÉ 
 
Era uma vez um príncipe que encontrou numa 
sapataria um rapaz tão vivo e simpático que desejou tê-lo 
como amigo e companheiro. O rei foi pedir ao sapateiro 
que desse seu filho para viver na casa real, e o sapateiro 
cedeu. O rapaz se chamava José e o rei lhe deu o 'dom'. 
Todo o mundo no reinado só o conhecia, daí em diante, 
por Dom José. 
O príncipe e Dom José eram inseparáveis nas festas, 
passeios e caçadas. O rei tinha uma filha muito bonita mas 
invejosa e de mau gênio. Vendo aquela amizade do irmão 
com Dom José, enciumou-se e planejou desfazer o afeto 
que ligava os dois moços. 
 
CASCUDO, Luís da Câmara. Contos tradicionais do Brasil. 
São Paulo: Global, 2014. Fragmento. 
 
No trecho destacado, o pronome “o” refere-se ao 
 
(A) rei. 
(B) filho. 
(C) irmão. 
(D) príncipe. 
(E) sapateiro. 
 
COMENTÁRIO DO GABARITO 
Este descritor avalia a habilidade de identificar quais 
palavras estão sendo substituídas e/ou repetidas para 
facilitar a continuidade do texto e a compreensão do 
sentido. No trecho em questão, o pronome oblíquo foi 
utilizado para substituir o filho do sapateiro, evitando 
repetições desnecessárias, facilitando a continuidade do 
texto, sendo a alternativa B o gabarito. 
 
QUESTÃO 03 (Descritor 3) 
 
CONTO: CAPÍTULO DOS CHAPÉUS 
 
[...] A sala do dentista tinha já algumas freguesas. Mariana 
não achou entre elas uma só cara conhecida, e para fugir 
ao exame das pessoas estranhas, foi para a janela. Da 
janela podia gozar a rua, sem atropelo. Recostou-se; 
Sofia veio ter com ela. Alguns chapéus masculinos, 
parados, começaram a fitá-las; outros, passando, 
faziam a mesma coisa. Mariana aborreceu-se da 
insistência; mas, notando que fitavam principalmente a 
amiga, dissolveu-se-lhe o tédio numa espécie de inveja. 
 
Machado de Assis. Fragmento. Disponível em: 
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000201.pdf. 
 
No trecho destacado, pode-se inferir que: 
 
(A) Mariana e Sofia eram atraídas pelos chapéus 
masculinos. 
(B) Os homens se sentiam atraídos por Mariana ao vê-la 
na janela. 
(C) Os homens olhavam para o local onde Mariana e 
Sofia estavam. 
(D) Os homens que passavam na rua fixavam o olhar em 
Mariana e Sofia. 
(E) Mariana e Sofia observavam os chapéus masculinos 
que passavam na rua. 
 
 
 
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000201.pdf
COMENTÁRIO DO GABARITO 
Este descritor avalia a habilidade de o estudante 
relacionar informações, inferindo quanto ao sentido de 
uma palavra ou expressão no texto. Sendo assim, o 
contexto (“chapéus masculinos parados, começaram a 
fita-las”) indica o sentido de que os homens estavam 
parados fixando o olhar em Mariana e Sofia. Neste caso o 
gabarito é a alternativa D. 
 
Leia o texto e responda às questões 04 e 05. 
 
A VIDA SEM CASAMENTO 
 
Afinal, o que as mulheres querem? No campo das 
aspirações femininas mais fundamentais, essa é uma 
pergunta facílima de responder. Por razões sociais, 
culturais e biológicas, a maioria absoluta das mulheres 
aspira a encontrar um companheiro, casar-se, construir 
família e, por intermédio dos filhos, ver cumprido o 
imperativo tão profundamente entranhado em seu corpo e 
em sua psique ao longo de centenas de milhares de anos 
de história evolutiva. 
A diferença a que se assiste hoje é que não existe mais 
um calendário fixo para que isso aconteça. A formidável 
mudança que eclodiu e se consolidou ao longo do último 
século, com o processo de emancipação feminina, o 
acesso à educação e a conquista do controle reprodutivo, 
permitiu a um número crescente de mulheres adiar a “ 
programação” materno-familiar. As mulheres que dispõem 
de autonomia econômica e vida independente não são 
mais consideradas balzaquianas aos 30 anos – apenas 
30 anos! -, encalhadas aos 35 e aos 40, reduzidas 
irremediavelmente à condição de solteironas, quando não 
agregadas de baixíssimo status social, melancolicamente 
mexendo tachos de comida para os sobrinhos nas 
grandes cozinhas das famílias multinucleares do passado. 
Imaginem só chamar de titia uma profissional em pleno 
florescimento, com um ou mais títulos universitários – e 
um corpinho bem-cuidado que enfrenta com honras o 
jeans de cintura baixa ou o biquíni nos intervalos dos 
compromissos de trabalho. Além de fora de moda, o termo 
pode ser até ofensivo. O contraponto a esses avanços é 
que, quanto mais as mulheres prorrogam o casamento, 
mais se candidatam a uma vida inteira sem alcançá-lo. 
 
Bel Moherdani. Revista Veja. 29 Novembro 2006 (Fragmento) 
 
QUESTÃO 04 (Descritor 4) 
 
Infere-se do texto que as mulheres 
 
(A) aspiram ao casamento e querem ter muitos filhos. 
(B) evitam o matrimônio para manter sua emancipação. 
(C) tendem a adiar o casamento para avançar nos 
estudos e na vida profissional. 
(D) apresentam preocupação em serem chamadas de 
balzaquianas por não casarem. 
(E) continuam semelhantes às mesmas de antigamente, 
cuidando dos afazeres do lar. 
 
COMENTÁRIO DO GABARITO 
Este item avalia a habilidade de inferir informações 
implícitas no texto, ou seja, informações que não se 
encontram claramente na base textual, porém, podem ser 
percebidas pela construção de inferências do leitor em 
relação ao texto. 
O gabarito é a alternativa C, pois, o estudante, por meio 
de deduções percebe que as ideias apresentadas nas 
linhas de 11 a 16 enfatizam que as mulheres estão menos 
preocupadas em casar-se e priorizam a vida profissional 
e os estudos. 
 
QUESTÃO 05 (Descritor 14) 
 
O trecho que apresenta uma opinião é 
 
(A) “[...] a maioria absoluta das mulheres aspira a 
encontrar um companheiro, [...]” (ℓ. 4-5) 
(B) “A diferença a que se assiste hoje é que não existe 
mais um calendário fixo para que isso aconteça. ” (ℓ. 
10-11) 
(C) “A formidável mudança que eclodiu e se consolidou 
ao longo do último século,[...]” (ℓ. 11-13) 
(D) “As mulheres que dispõem de autonomia econômica 
e vida independente não são mais consideradas 
balzaquianas aos 30 anos” (ℓ. 16-18) 
(E) “Além de fora de moda, o termo pode ser até 
ofensivo. ” (ℓ. 28-29) 
 
COMENTÁRIO DO GABARITO 
Este descritor avalia a habilidade de o estudante distinguir 
o que são afirmações baseadas em valores (opiniões) e 
afirmações baseadas em evidências (fatos) presentes no 
texto. Se compreendeu que o narrador revela uma opinião 
no trecho: “As mulheres que dispõem de autonomia 
econômica e vida independente não são mais 
consideradas balzaquianas aos 30 anos” (ℓ. 16-18), 
indicou a alternativa D como gabarito, demonstrando 
assim ser um leitor eficaz. 
 
QUESTÃO 06 (Descritor 6) 
 
TEM ALGO (MUITO) ERRADO NO SEU CELULAR 
 
Série de ficção investiga o lado oculto da vida 
conectada – e descobre um futuro tão assustador 
quanto verossímil. 
 
Uma pesquisa feita no ano passado descobriu que 
ficamos quase 11h por dia, em média, olhando para telas: 
do computador, do celular, da TV. Quando não estamos 
no trânsito, dormindo, comendo ou tomando banho, 
estamos olhando para uma tela. Mas essa simbiose com 
a tecnologia não é só alegria - também pode ter efeitos 
imprevisíveis, e sinistros, sobre nós. Essa é a premissa 
de Black Mirror, série cuja nova temporada estreia este 
mês. O fluxo ensurdecedor de dados, a ditadura das redes 
sociais, o entretenimento obtuso e bruto, a escalada do 
ódio online e offline - como tudo isso já acontece hoje, e 
como pode ficar. Black Mirror é uma pancada. E o mais 
impressionante é perceber como é real. 
 
Disponível em: http://www.pesquisamundi.org/2016/09/tem-algo-
muito-errado-no-seu-celular.html. 
 
O tema do texto é 
 
(A) a quantidade de tempo que se passa diante de telas. 
(B) a pesquisa sobre o lado assustador da internet. 
(C) o descrédito da tecnologia em nosso futuro. 
(D) o fluxo ensurdecedor de dados na internet. 
(E) a estreia da série Black Mirror. 
 
COMENTÁRIO DO GABARITO 
Este descritor avalia a capacidade do estudante em 
compreender o sentido global do texto e resumir em uma 
sentença qual seu assunto principal. Levando-se em 
5 
15 
25 
30 
10 
20 
consideração as marcas textuais (Essa é a premissa 
de Black Mirror, série cuja nova temporada estreia este 
mês, e o próprio título fazer menção à nova série.) 
podemos apontar a alternativa “E” como gabarito. 
 
QUESTÃO 07 (Descritor 7) 
 
CUIDADO COM QUE COMPRA! 
 
Para os moldes atuais, Magdalena Schöttlin não tinha 
feito nada de errado, na realidade. Mas em uma vila alemã 
de 1708, seu comportamento era ultrajante. A esposa de 
34 anos de um tecelão vivia usando um “lenço exagerado 
no pescoço que não condizia com sua condição de vida, 
sendo um flagrante de violação das ordens do governo 
sobre vestuário”. 
Os censores locais, responsáveis por fazer-se cumprir 
as leis, já haviam alertado Magdalena duas vezes. Então 
o pastor dirigiu um sermão de domingo castigando a 
elegância da alfaiataria, se referindo especialmente ao 
lenço de Magdalena. Finalmente, os censores 
convocaram a pobre mulher diante de todo o conselho da 
igreja e ordenaram que ela se explicasse. 
Quando ela protestou contra a proibição de seu 
acessório, alegando que havia sido presenteada com o 
objeto e que outras pessoas também usavam adornos 
parecidos, a paciência dos censores acabou. Magdalena 
foi ordenada a parar de usar seu lenço “ostentação” para 
sempre. Ela também foi sentenciada a pagar 11 Kreuzer- 
quase o equivalente a quatro dias de trabalho. 
Magdalena é apenas uma entre milhares de 
moradoras das quais as práticas de consumo foram 
reconstruídas pelo time de historiadores econômicos da 
Universidade de Cambridge. As mudanças nos hábitos de 
consumo são interessantes não só por suas próprias 
finalidades, mas também porque podem ter efeitos muito 
mais amplos. 
 
 Revista BBCHistory Brasil, ANO 2 –Nº 8,2015 
 
Nesse texto, o autor defende a ideia de que o lenço usado 
por Magdalena 
 
(A) tinha uma finalidade democrática. 
(B) violava os padrões da moda atual. 
(C) chamava atenção por ser deselegante. 
(D) era apreciado pela sociedade da época. 
(E) representava um símbolo de ostentação. 
 
COMENTÁRIO DO GABARITO 
Este descritor avalia a habilidade de o estudante perceber 
qual é a ideia defendida pelo autor. Dessa forma, a leitura 
atenta do texto indica a alternativa E como gabarito, pois, 
essa tese está expressa no primeiro e mais claramente no 
segundo parágrafo. 
 
QUESTÃO 08 (Descritor 8) 
 
QUEM SOMOS, AMÉRICA LATINA? 
 
Às culturas que aqui já estavam, somou-se a europeia, 
acompanhada de um processo colonial repleto de 
violências físicas e simbólicas contra as que aqui viviam 
(é importante recordar). Isso sem falar da grande 
quantidade de pessoas trazidas da África, o que foi uma 
das maiores brutalidades e vergonhas da humanidade: a 
escravidão massiva e o comércio internacional de 
pessoas. 
Porém a contribuição europeia é sim, muito grande e 
valiosa à nossa cultura, pois chegaram também não só 
colonizadores espanhóis, portugueses, ingleses, 
franceses e holandeses, mas também, posteriormente, 
imigrantes alemães, italianos, suíços, entre tantos outros. 
Também migraram para cá chineses, japoneses, árabes, 
colocando ainda mais tempero em nossa sopa cultural. 
Em meio a esta mescla de tantas influências, como 
falar de identidade latino-americana? Melhor nem 
falarmos dela. Melhor pensarmos plural, nas identidades 
latino-americanas. Existem muitas semelhanças, porém 
também profundas diferenças entre países e mesmo entre 
regiões dentro de um mesmo Estado nacional. Porém o 
processo político e social dos últimos anos levanta 
um potente e possível caminho: a unidade na 
diversidade. 
A heterogeneidade não tem que ser um problema, pelo 
contrário, deve ser uma virtude, pois é possivelmente a 
maior riqueza que temos. 
 
TAVEIRA, Vitor. Quem somos, América Latina? Jornal Mundo Jovem, 
Porto Alegre, v. 53, n.453, p.16, fevereiro. 2015.Fragmento. 
 
O argumento que sustenta a tese destacada no texto é o 
de que 
 
(A) as culturas dos nativos, somaram-se a europeia, 
formando assim apenas uma cultura. 
(B) a heterogeneidade não deve ser um problema, e sim 
uma virtude, pois é a maior riqueza de um povo. 
(C) a identidade latino-americana formou-se a partir dos 
povos que vieram da África e de outros continentes. 
(D) as semelhanças e diferenças existentes entre países 
e estados podem causar distanciamento entre os 
povos. 
(E) a violência praticada contra os nativos destruiu a 
confiança das pessoas que passaram a viver no 
mesmo país, mas desconfiando um dos outros. 
 
COMENTÁRIO DO GABARITO 
Este descritor avalia a habilidade de o estudante 
estabelecer relação entre a tese e os argumentos 
oferecidos para sustentá-la. Neste item, ao defender que 
deve haver “unidade na diversidade”, o autor argumenta 
que “a heterogeneidade não deve ser vista como um 
problema”, apontando a alternativa B como gabarito. 
 
QUESTÃO 09 (Descritor 9) 
 
A NEGRITUDE COMO BANDEIRA 
 
Nas últimas décadas do século XX, os negros 
brasileiros perceberam que a luta iniciada por Castro 
Alves (ironicamente, um branco) deveria ser levada 
adiante. Agora, não mais uma luta pela abolição, mas pelo 
fim do preconceito racial e cultura da desigualdade de 
oportunidades, da discriminação social. Assim, diversos 
grupos organizados, bem como muitos negros de 
destaque na sociedade, têm afirmado sua identidade afro-
brasileira, seja por meio de manifestações de protesto, 
seja por meio de atividades culturais identificadas com as 
origens africanas. A discussão em torno da igualdade de 
oportunidades entre negros e brancos tem se ampliado no 
país e chegou à universidade. Hoje, algumas instituições 
têm reservado parte de suas vagas para a população 
negra, o que tem causado polêmicas, inclusive na 
comunidade negra. 
 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
77012004000100001. 
 
A informaçãoprincipal do texto é 
 
(A) o combate ao racismo na sociedade. 
(B) as desigualdades entre brancos e negros. 
(C) o preconceito de um branco que deveria ser levado a 
diante. 
(D) as vagas reservadas para a população negra nas 
instituições. 
(E) as discussões a respeito da igualdade entre brancos 
e negros. 
 
COMENTÁRIO DO GABARITO 
Este descritor avalia a habilidade de o estudante 
reconhecer a estrutura e a organização do texto, 
localizando a parte principal e as secundárias que o 
compõem. No texto em questão, a informação principal 
consiste em discutir a igualdade entre negros e brancos, 
pois afirma: “Agora, não mais uma luta pela abolição, mas 
pelo fim do preconceito racial e cultura da desigualdade 
de oportunidades, da discriminação social. ”, 
apresentando, portanto, a alternativa E como gabarito. 
 
QUESTÃO 10 (Descritor 10) 
 
A TERRA DOS MENINOS PELADOS 
 
“Havia um menino diferente dos outros meninos. Tinha 
o olho direito preto, o esquerdo azul e a cabeça pelada. 
Os vizinhos mangavam dele e gritavam: 
 Ô pelado! 
Tanto gritaram que ele se acostumou, achou o apelido 
certo, deu para se assinar a carvão nas paredes: Dr. 
Raimundo Pelado. Era de bom gênio e não se zangava; 
mas os garotos dos arredores fugiam ao vê-lo, 
escondiam-se por detrás das árvores da rua, mudavam a 
voz e perguntavam que fim tinham levado os cabelos dele. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não tendo com quem entender-se, Raimundo Pelado 
falava só, e os outros pensavam que ele estava 
malucando. 
Estava nada! Conversava sozinho e desenhava na 
calçada coisas maravilhosas do país de Tatipirun, onde 
não há cabelos e as pessoas têm um olho preto e outro 
azul”. 
 
RAMOS, Graciliano. Alexandre e outros heróis. Rio de Janeiro: Record, 
1987. In: http://graciliano.com.br/site/obra/a-terra-dos-meninos-pelados-
1939. 
 
O conflito gerador do enredo se deu pelo fato de 
 
(A) o Dr. Raimundo Pelado conversar sozinho. 
(B) o menino se acostumar com o novo nome. 
(C) os vizinhos gritarem e mangarem do menino. 
(D) o Pelado ser muito diferente dos outros meninos. 
(E) os olhos das pessoas de Tatipirun serem diferentes. 
 
COMENTÁRIO DO GABARITO 
Este descritor avalia a habilidade em reconhecer os fatos 
que causam o conflito ou que motivam as ações das 
personagens, originando o enredo do texto. 
A narrativa refere-se a um menino que era alvo de 
chacotas por ter cabeça pelada, um olho azul e outro 
preto. O estudante que consegue perceber que o conflito 
gerador do enredo é o fato de o menino ser diferente dos 
outros assinala a alternativa D como gabarito.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-77012004000100001.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-77012004000100001.
http://graciliano.com.br/site/obra/a-terra-dos-meninos-pelados-1939
http://graciliano.com.br/site/obra/a-terra-dos-meninos-pelados-1939
LÍNGUA 
PORTUGUESA 
BLOCO 4 
 
LEIA O TEXTO E RESPONDA ÀS QUESTÕES 01 E 02. 
 
ASSALTOS INSÓLITOS 
 
 Assalto não tem graça nenhuma, mas alguns, 
contados depois, até que são engraçados. É igual a certos 
incidentes de viagem, que, quando acontecem, deixam a 
gente aborrecidíssimo, mas depois, narrados aos amigos 
num jantar, passam a ter sabor de anedota. Uma vez me 
contaram de um cidadão que foi assaltado em sua casa. 
Até aí, nada demais. Tem gente que é assaltada na rua, 
no ônibus, no escritório, até dentro de igrejas e hospitais, 
mas muitos o são na própria casa. O que não diminui o 
desconforto da situação. Pois lá estava o dito-cujo em sua 
casa, mas vestido em roupa de trabalho, pois resolvera 
dar uma pintura na garagem e na cozinha. As crianças 
haviam saído com a mulher para fazer compras e o marido 
se entregava a essa terapêutica atividade, quando, da 
garagem, vê adentrar pelo jardim dois indivíduos 
suspeitos. 
 Mal teve tempo de tomar uma atitude e já ouvia: 
— É um assalto, fica quieto senão leva chumbo. Ele já 
se preparava para toda sorte de tragédias quando um dos 
ladrões pergunta: 
— Cadê o patrão? 
Num rasgo de criatividade, respondeu: 
 — Saiu, foi com a família ao mercado, mas já volta. 
 — Então vamos lá dentro, mostre tudo. Fingindo-se, 
então, de empregado de si mesmo, e ao mesmo tempo 
para livrar sua cara, começou a dizer: 
 — Se quiserem levar, podem levar tudo, estou me 
lixando, não gosto desse patrão. 
Paga mal, é um pão-duro. Por que não levam aquele 
rádio ali? Olha, se eu fosse vocês levava aquele som 
também. Na cozinha tem uma batedeira ótima da patroa. 
Não querem uns discos? Dinheiro não tem, pois ouvi 
dizerem que botam tudo no banco, mas ali dentro do 
armário tem uma porção de caixas de bombons, que o 
patrão é tarado por bombom. Os ladrões recolheram tudo 
o que o falso empregado indicou e saíram apressados. 
Daí a pouco chegavam a mulher e os filhos. Sentado na 
sala, o marido ria, ria, tanto nervoso quanto aliviado do 
próprio assalto que ajudara a fazer contra si mesmo. 
 
SANTANNA, Affonso Romano. PORTA DE COLÉGIO E OUTRAS 
CRÔNICAS. São Paulo: Ática 1995. (Coleção Para gostar de ler). 
 
QUESTÃO 01 (Descritor 11) 
 
O dono da casa livra-se de toda sorte de tragédias, 
principalmente, porque 
 
(A) aconselha a levar o som. 
(B) mostra os objetos da casa. 
(C) mente para os assaltantes. 
(D) conta os defeitos do patrão. 
(E) fazia sua atividade terapêutica. 
 
COMENTÁRIO DO GABARITO 
Este descritor estabelece relação causa/consequência 
entre partes e elementos do texto. Dessa forma, no texto 
“assaltos insólitos”, o estudante verificará que o motivo do 
dono da casa ter se livrado de toda sorte de tragédia 
ocorre em razão dele ter mentido para os assaltantes, 
portanto, gabarito é a alternativa C. Para chegar a essa 
conclusão, basta o estudante associar o corrido principal 
“a mentira do dono da casa” com o que isso provocou “a 
amenização da situação”. 
 
QUESTÃO 02 (Descritor 12) 
 
A finalidade do texto é 
 
(A) advertir sobre os possíveis lugares em que ocorrem 
assaltos. 
(B) relatar um fato incomum ocorrido com um cidadão. 
(C) expor uma opinião sobre um assunto sério. 
(D) instruir o leitor como evitar uma tragédia. 
(E) fazer o leitor refletir sobre um assalto. 
 
COMENTÁRIO DO GABARITO 
Este descritor avalia a habilidade de identificar a finalidade 
de textos de diferentes gêneros. Para chegar a essa 
conclusão, o estudante deverá entender que cada texto 
apresenta uma finalidade específica. Portanto, ao término 
da leitura de “assaltos insólitos”, o estudante verificará 
que nesse texto é narrado um acontecimento não 
corriqueiro vivenciado por um cidadão. Sendo assim, 
depreender-se-á que a finalidade do texto em questão é a 
de relatar um fato incomum ocorrido com um cidadão, 
gabarito, alternativa B. 
 
QUESTÃO 03 (Descritor 13) 
 
O POETA DA ROÇA 
 
Sou fio das mata, canto da mão grossa, 
Trabáio na roça, de inverno e de estio. 
A minha chupana é tapada de barro, 
Só fumo cigarro de paia de mio. 
 
Sou poeta das brenhas, não faço o papé 
De argun menestré, ou errante cantô 
Que veve vagando, com sua viola, 
Cantando, pachola, à percura de amô. 
Não tenho sabença, pois nunca estudei, 
Apenas eu sei o meu nome assiná. 
Meu pai, coitadinho! Vivia sem cobre, 
E o fio do pobre não pode estudá. 
 
Meu verso rastero, singelo e sem graça, 
Não entra na praça, no rico salão, 
Meu verso só entra no campo e na roça 
Nas pobre paioça, da serra ao sertão. 
[...] 
 
ASSARÉ, Patativa do. Disponível em: 
http://professorarozelia.blogspot.com.br/2011/03/textos-para-trabalhar-
variacao.html. Fragmento. 
 
No texto, a palavra em destaque apresenta-se como 
 
(A) um recurso estilístico usado pelo autor. 
(B) um desvio equivocado da língua portuguesa. 
(C) uma palavra de significado regional específico. 
(D) uma verbalização coloquial da palavra trabalho. 
http://professorarozelia.blogspot.com.br/2011/03/textos-para-trabalhar-variacao.html
http://professorarozelia.blogspot.com.br/2011/03/textos-para-trabalhar-variacao.html(E) uma impossibilidade física de o falante pronunciar a 
palavra adequadamente. 
 
COMENTÁRIO DO GABARITO 
Este descritor identifica as marcas linguísticas que 
evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto. A língua 
é caracterizada por diferentes formas de verbalização. Em 
razão disso, há o que se chama de variação linguística. O 
estudante deve entender que esse fenômeno também faz 
parte da língua portuguesa. Sendo assim, no poema “O 
poeta da roça”, o estudante verificará que a palavra 
registrada “trabáio” é, na verdade, uma das possibilidades 
de verbalização da palavra “trabalho”, com isso, marcará 
como gabarito a alternativa D. 
 
QUESTÃO 04 (Descritor 5) 
Leia o texto. 
 
Disponível em: http://www.tribunaribeirao.com.br/site/charge-17-de-
janeiro-de-2017/. 
 
Com a linguagem verbal e não verbal do texto, evidencia-
se que 
 
(A) o homem usa o argumento da longevidade da 
mulher para explorá-la. 
(B) o homem está descansando para aumentar sua 
expectativa de vida. 
(C) o homem está convencido de que viverá menos que 
a esposa. 
(D) a mulher está satisfeita em servir o marido. 
(E) a mulher concorda com a fala do marido. 
 
COMENTÁRIO DO GABARITO 
Este descritor avalia a habilidade de interpretar texto com 
auxílio de material gráfico diverso (propagandas, 
quadrinhos, foto, etc.). Na charge em questão, verifica-se 
que o homem utiliza o argumento de que a expectativa de 
vida da mulher é maior que a dele e aproveita-se disso 
para explorar a mulher. Ao fazer essa associação, o 
estudante verificará que a figura do homem, na linguagem 
não verbal, apresenta-se bem à vontade. A mulher, por 
outro lado, não demonstra ficar satisfeita. Isso tudo foi 
provocado em razão da esperteza do marido. O estudante 
realizando toda essa associação marcará a alternativa A 
como gabarito. 
 
QUESTÃO 05 (Descritor 15) 
 
É CURIOSO COMO NÃO SEI DIZER QUEM SOU 
 
É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, 
sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho 
medo de dizer porque no momento em que tento falar não 
só não exprimo o que sinto como o que sinto se 
transforma lentamente no que eu digo.... Sou como você 
me vê. 
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma 
ventania, depende de quando e como você me vê passar. 
Não me deem fórmulas certas, porque eu não espero 
acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, 
porque vou seguir meu coração. Não me façam ser quem 
não sou. Não me convidem a ser igual, porque 
sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. 
Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. 
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a 
mesma pra sempre. 
 
LISPECTOR, Clarice. In: Perto do Coração Selvagem. 
Disponível em: http://www.citador.pt/textos/nao-sei-dizer-quem-sou-
clarice-lispector 
 
O termo destacado estabelece relação de 
 
(A) consequência. 
(B) conformidade. 
(C) comparação. 
(D) concessão. 
(E) causa. 
 
COMENTÁRIO DO GABARITO 
Este descritor avalia a habilidade de estabelecer relações 
lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por 
conjunções, advérbios, etc. No texto: “É curioso como não 
sei dizer quem sou”, o uso do termo destacado “como”, no 
contexto que foi utilizado, marca uma relação de 
conformidade entre as informações apresentadas. Assim, 
o estudante deverá verificar essa relação lógico-
discursiva proporcionada pelo uso dessa ferramenta 
linguística para marcar como gabarito a alternativa B. 
 
QUESTÃO 06 (Descritor 16) 
 
 
Disponível em :https://onsizzle.com/i/que-iss0-amiga-voce-esta-
bebendo-esse-iogurte-paz-2-1994761. 
 
O humor da charge consiste em a 
 
(A) personagem ainda não ter consumido o iogurte. 
(B) personagem está tomando há duas horas o iogurte. 
(C) personagem está consumindo há uma semana o 
iogurte. 
(D) personagem está admirada, pois a outra ainda bebe 
o iogurte. 
(E) personagem ter entendido que deve passar uma 
semana tomando o iogurte. 
 
 
 
http://www.tribunaribeirao.com.br/site/charge-17-de-janeiro-de-2017/
http://www.tribunaribeirao.com.br/site/charge-17-de-janeiro-de-2017/
https://onsizzle.com/i/que-iss0-amiga-voce-esta-bebendo-esse-iogurte-paz-2-1994761
https://onsizzle.com/i/que-iss0-amiga-voce-esta-bebendo-esse-iogurte-paz-2-1994761
COMENTÁRIO DO GABARITO 
Este descritor avalia a habilidade de identificar efeitos de 
ironia ou humor em textos variados. Nessa charge, o 
estudante deverá verificar a interpretação equivocada da 
amiga sobre o consumo do iogurte. Isso, a partir da 
situação de comunicação, proporcionou o efeito de 
humor, logo, para a resposta desse item tem-se como 
gabarito a alternativa E. 
 
QUESTÃO 07 (Descritor 17) 
 
 
TEM TUDO A VER 
 
A poesia 
tem tudo a ver 
com a plumagem, o voo, 
e o canto dos pássaros, 
a veloz acrobacia dos peixes, 
as cores todas do arco-íris, 
o ritmo dos rios e cachoeiras, 
o brilho da lua, do sol e das estrelas, 
a explosão em verde, em flores e frutos. 
 
A poesia 
- é só abrir os olhos e ver- 
tem tudo a ver 
com tudo. 
 
JOSÉ, Elias. Disponível em: 
http://escrevereprolongarotempo.blogspot.com.br/2010/03/tem-tudo-
ver-elias-jose.html. (Fragmento.) 
 
No trecho destacado, os travessões foram utilizados para 
 
(A) indicar a fala de um personagem. 
(B) apresentar a ideia central do texto. 
(C) estabelecer uma pausa no discurso do eu lírico. 
(D) destacar um diálogo estabelecido entre o eu lírico e 
a amada. 
(E) mostrar a mudança de discurso do eu lírico para uma 
personagem. 
 
COMENTÁRIO DO GABARITO 
Este descritor avalia a habilidade de reconhecer o efeito 
de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras 
notações. No poema: “Tem tudo a ver”, o eu lírico começa 
a descrever sobre a poesia e faz associações. Depois, 
verifica-se o uso de travessões, o que proporciona um 
efeito de pausa em relação ao ritmo que o poema vinha 
sendo desenvolvido, ou seja, o eu lírico estabelece uma 
pausa no discurso. O estudante deverá chegar a essa 
interpretação para marcar como gabarito a alternativa C. 
 
QUESTÃO 08 (Descritor 18) 
 
MOÇA LINDA BEM TRATADA 
 
Moça linda bem tratada, 
Três séculos de família, 
Burra como uma porta: 
Um amor! 
[ ... ] 
 
ANDRADE. Mário de. Disponível em: http://leaoramos.blogspot.com.br/ 
2007/07/ mrio-de-andrade-moa-linda-trs-sculos-de.html. 
 
No texto, ao utilizar a expressão em destaque, o autor 
pretende 
 
(A) criticar a família da moça. 
(B) zombar da beleza da moça. 
(C) debochar do amor da moça. 
(D) ironizar a educação da moça. 
(E) recriminar a bondade da moça. 
 
COMENTÁRIO DO GABARITO 
Este descritor avalia a habilidade de reconhecer o efeito 
de sentido decorrente da escolha de uma determinada 
palavra ou expressão. No poema: “Moça linda bem 
tratada”, os versos destacados “Burra como uma porta: 
Um amor!”, apresentam-se com uma linguagem 
conotativa, a qual, o estudante, verificando o valor dessa 
conotação, deverá entender que o efeito de sentido 
proporcionado a partir do uso dessa expressão é uma 
ironia relacionada às características da moça. Se o 
estudante chegar a essa interpretação marcará como 
gabarito a alternativa D. 
 
QUESTÃO 09 (Descritor 19) 
 
CHOVE CHUVA 
 
Chove chuva 
Chove sem parar (2x) 
 
Pois eu vou fazer uma prece 
Pra Deus, nosso Senhor 
Pra chuva parar 
De molhar o meu divino amor 
 
Que é muito lindo 
É mais que o infinito 
É puro e belo 
Inocente como a flor... 
 
Por favor, chuva ruim 
Não molhe mais 
O meu amor assim (2x) 
 
Chove chuva 
Chove sem parar (2x) 
(…) 
 
Disponível em: https://www.letras.mus.br/jorge-ben-
jor/46643/.Fragmento. 
 
No trecho em destaque, observa-se “ch” repetido, esse 
recurso é utilizado para 
 
(A) reproduzir na música o fenômeno da chuva. 
(B) sugerir ao leitor a sonoridade da chuva. 
(C) facilitar a memorização da canção. 
(D) mostrar a continuidade da chuva. 
(E) enfatizar o tema da canção. 
 
COMENTÁRIO DO GABARITO 
Este descritor avalia a habilidade de reconhecer o efeito 
de sentido decorrente da exploração de recursos 
ortográficos e/ou morfossintáticos.No texto: “Chove 
chuva”, o estudante deverá verificar que o uso repetitivo 
do “ch” foi feito de forma motivacional, pois, como o 
poema se trata de chuva, houve uma tentativa de, com o 
uso do som do “CH”, sugerir ao leitor a sonoridade da 
chuva. Assim, o gabarito desse item é a alternativa B. 
 
 
http://escrevereprolongarotempo.blogspot.com.br/2010/03/tem-tudo-ver-elias-jose.html
http://escrevereprolongarotempo.blogspot.com.br/2010/03/tem-tudo-ver-elias-jose.html
http://leaoramos.blogspot.com.br/
https://www.letras.mus.br/jorge-ben-jor/46643/
https://www.letras.mus.br/jorge-ben-jor/46643/
QUESTÃO 10 (Descritor 21) 
TEXTO 1 
 
INTERNET 
 
Contra! Extremamente contra! 
Apesar da INTERNET ser um BEM, não deve ser 
considerado um direito fundamental. As pessoas vivem 
sem internet! 
E, cada vez que algo se transforma em "direito 
fundamental", justifica-se a intervenção do estado, 
fazendo com que, de fato, este direito seja negado às 
pessoas. Afinal, nada como a mão do estado para 
transformar o livre mercado num balcão de negócios, 
corrupção, ineficiência... encarecendo o serviço e 
oferecendo lixo aos cidadãos! 
SOU CONTRA! 
 
(Disponível em: 
http://arquivo.edemocracia.camara.leg.br/web/internet/forum/-
/message_boards/message/1702236. Acesso em 27.06.2017). 
 
TEXTO 2 
 
INTERNET 
 
Sim, sou absolutamente a favor. 
Considero que a internet, ao ser fornecida ao acesso 
universal, por seus criadores e fomentadores, foi 
necessariamente baseada na premissa da liberdade de 
comunicação por indivíduos ao redor do mundo, bem 
como todas as expressões derivadas e respectiva, 
através de um meio de livre acesso e distribuição sem 
restrições peculiares a sua utilização. 
O princípio fundamental da internet é justamente ser e 
ter, a propriedade de ferramenta para comunicação e 
acesso, justo, universal e neutro a toda sociedade 
mundial. 
Restrições pontuais, por motivos governamentais, de 
qualquer espécie, além de maquiar a realidade intrínseca 
da conduta individual e coletiva, priva e restringe a 
informação e pesquisa, bem como induz a supressão de 
modo tendencioso, em benefício de alguns privilegiados, 
a fomentar falsas informações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Devo lembrar que o conteúdo existente na internet 
hoje, não é irreal, apesar de abstrato, mas sim o retrato 
preciso da realidade em que vivemos, pois nela podemos 
figurar exatamente o que existe no mundo fora dela. Em 
uma internet livre, não é possível manipular a realidade, 
em uma pesquisa contratada, por exemplo. 
 
(Disponível em: 
http://arquivo.edemocracia.camara.leg.br/web/internet/forum/-
/message_boards/message/1702236. Acesso em 27.06.2017). 
 
Os dois textos divergem no que se refere 
 
(A) ao tema abordado. 
(B) ao fomento de informações falsas. 
(C) ao conteúdo irreal que pode ser manipulado na 
internet. 
(D) à opinião sobre a internet como um princípio 
fundamental. 
(E) à conduta individual e coletiva dos usuários sobre a 
restrição de informações. 
 
COMENTÁRIO DO GABARITO 
Este descritor avalia a habilidade de reconhecer posições 
distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo 
fato ou ao mesmo tema. No texto 1, “Internet”, verifica-se 
a defesa de que a internet não deve ser considerada como 
um direito fundamental, já no texto 2, “Internet”, há uma 
opinião contrária a isso. Dessa forma, nota-se que os dois 
textos se divergem no que se refere à opinião sobre a 
internet como um princípio fundamental. O gabarito desse 
item, portanto, é a alternativa D. 
 
 
 
 
http://arquivo.edemocracia.camara.leg.br/web/internet/forum/-/message_boards/message/1702236
http://arquivo.edemocracia.camara.leg.br/web/internet/forum/-/message_boards/message/1702236
http://arquivo.edemocracia.camara.leg.br/web/internet/forum/-/message_boards/message/1702236
http://arquivo.edemocracia.camara.leg.br/web/internet/forum/-/message_boards/message/1702236

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