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INTRODUÇÃO FILO: Ciliophora ESPÉCIE: Balantidium coli • Em algumas situações pode parasitar os humanos. • É o único ciliado que pode ser encontrado na espécie humana. Já foi encontrado em porco, suínos, humanos, chimanzé, vários macacos e raramente em cão, rato e cobaias. MORFOLOGIA Apresenta duas formas básicas: Trofozoito: mede cerca de 60 a 100pm de comprimento por 50 a 80pm de largura. Apresenta o corpo todo recoberto de cílios. Na sua extremidade anterior possui uma fenda em direção ao citóstoma; próximo a extremidade posterior apresenta um citopigio. Internamente, apresenta várias organelas, vacúolos digestivos e dois núcleos: o macro e o micronucleo. Cisto: é mais ou menos esférico, medindo cerca de 40 a 60pm de diâmetro. Sua parede é lisa e, internamente, notamos o macronúcleo. BIOLOGIA HABITAT: O B. coli vive usualmente na luz do intestino grosso de seu hospedeiro. • Não é capaz de penetrar em mucosas intestinais intactas. • Pode ser um invasor secundário (mucosa lesada). • Os cistos são vistos em fezes formadas. CICLO BIOLÓGICO: É do tipo monoxênico. Apresentando dois tipos de reprodução: ASSEXUADA - feita por divisão binária, ocorrendo a bipartição no sentido transversal do protozoário. SEXUADA - é do tipo conjugação, através do qual dois organismos se unem temporariamente pelo citóstoma (continuando a mover-se normalmente), para promover trocas genéticas. 1º O macronúcleo degenera e desintegra-se no citoplasma de cada protozoário. 2º O micronúcleo cresce e sofre divisão por meiose, que por sua vez é seguida de mitose; 3º Os micronúcleos em seguida migram e tomam sua posição citoplasmática em cada um dos protozoários envolvidos. 4º Segue-se a separação dos indivíduos, com a formação de novos macronúcleos. Os protozoários assim reorganizados podem sofrer ou não novo processo de divisão binária transversal e, posteriormente, formar cistos resistentes. • A reprodução assexuada tem como principal função a manutenção e ampliação da colônia do protozoário. • A reprodução sexuada por conjugação tem importância nas trocas genéticas e na formação de cistos para a disseminação da espécie. TRANSMISSÃO: Através da ingestão de cistos que contaminam alimentos, água ou mesmo as mãos. Infecção humana, quase sempre ocorre a partir de cistos (e mesmo de trofozoítos) provenientes de fezes suínas, que contaminaram as mãos ou os alimentos humanos. PATOGENIA Na espécie humana, quando há alguma lesão na mucosa do colo e do ceco, há possibilidade de invasão secundária da mesma pelo Balantidium. Como é capaz de produzir hialuronidase, pode aumentar a lesão inicial, provocando necroses localizadas e úlceras. • O paciente, nessa situação, apresenta diarréia, meteorismo, dor abdominal, anorexia, fiaqueza e, as vezes, febre. DIAGNÓSTICO CLÍNICO: difícil de ser feito, em vista da semelhança da sintomatologia com a colite amebiana. LABORATORIAL: Exame de fezes, para a evidenciação de: • Cistos encontrados em fezes formada; • Trofozoítos encontrados em fezes diarréicas; Algumas vezes, há a necessidade de se fazer cultura das fezes, para evidenciação das formas. EPIDEMIOLOGIA • A distribuição geográfica da balantidiose é mundial. A maioria dos casos humanos está entre os tratadores, criadores, comerciantes e abatedores de suínos. • O porco é a fonte natural das infecções humanas. PROFILAXIA Tem como base três fatos principais: • Higiene individual dos profissionais que trabalham com suínos; • Engenharia sanitária, a fim de impedir que excrementos de suínos alcancem os abastecimentos de água de uso humano; • Criação de suínos em boas condições sanitárias. TRATAMENTO • A adoção de dieta láctea, por alguns dias, pois esses protozoários alimentam-se de amido. • Em alguns casos recomenda-se o uso de drogas: metronidazol (Flagil) ou tetraciclinas. A hialuronidase é uma enzima de proteína que normalmente é usada para quebrar o ácido hialurônico do preenchimento.
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