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(1) Teste_Novos Contextos 11 - Filosofia do Conhecimento.docx TESTE DE AVALIAÇÃO – FILOSOFIA 11.º ANO Nome da Escola Ano letivo 2020-2021 Novos Contextos Filosofia | 11.º ano Nome do Aluno Turma N. º Data - - 2020 Professor Classificação Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva Análise comparativa de duas teorias explicativas do conhecimento Grupo I 1. Indique, para cada questão que se segue, a opção correta. 1.1. No ato de conhecimento: A. o sujeito transforma-se em objeto. B. o objeto adquire as características do sujeito. C. o sujeito apreende o objeto. D. o objeto representa o sujeito. 1.2. Não é correto afirmar que: A. há diferentes tipos de conhecimento. B. o ato de conhecimento é inseparável de um contexto. C. o conhecimento proposicional também, por vezes, se designa por conhecimento factual. D. a experiência constituiu um modo de conhecer algo apenas depois de formulado o juízo sobre aquilo que se conhece. 1.3. Saber montar uma tenda, conhecer Milão (na medida em que se visitou esta cidade) e saber que a carne tem proteínas constituem exemplos, respetivamente, de conhecimento: A. proposicional, prático e por contacto. B. prático, por contacto e proposicional. C. por contacto, prático e proposicional. D. prático, proposicional e por contacto. 1.4. Os racionalistas: A. não são fundacionalistas. B. rejeitam a existência de conhecimentos inatos. C. privilegiam o raciocínio dedutivo. D. não desconfiam dos sentidos. 1.5. Juízos a posteriori são juízos: A. cuja verdade é conhecida independentemente da experiência. B. que são justificados pelo pensamento, antes da experiência. C. que são justificados pela razão. D. cuja verdade é conhecida através da experiência sensível. 1.6. De acordo com os fundacionalistas: A. o sistema do saber assenta em crenças básicas. B. há uma regressão infinita da justificação. C. as crenças não básicas justificam-se a si mesmas e são autoevidentes. D. os fundamentos estão para lá da experiência e da razão. 1.7. O dogmatismo, enquanto posição própria do realismo ingénuo: A. é uma posição filosófica segundo a qual o conhecimento não é possível. B. não ocorre propriamente na filosofia. C. não se opõe à postura cética. D. é uma doutrina filosófica sustentada por Kant. 1.8. As regras do método cartesiano: A. permitem guiar a razão na procura da verdade. B. apenas se aplicam à matemática. C. foram inspiradas na religião e na existência de Deus. D. resultam da necessidade de confirmar conhecimentos da tradição. 1.9. De acordo com Descartes, a ideia de igreja constitui uma ideia: A. inata. B. adventícia. C. factícia. D. que Deus colocou em nós à nascença. 1.10. Segundo Descartes, podemos ter ideias claras e distintas de três tipos de substâncias: A. pensante, celeste e divina. B. pensante, extensa e material. C. pensante, perfeita e intuitiva. D. pensante, extensa e divina. Grupo II 1. Explicite, tendo em conta as condições necessárias e suficientes, a definição tradicional de conhecimento. 2. Refira as principais características do empirismo. 3. Exponha os argumentos que levam os céticos radicais a suspenderem o juízo e a negarem a possibilidade do conhecimento. 4. «Mas, porque agora desejava dedicar-me apenas à procura da verdade, pensei que era preciso fazer precisamente o contrário e rejeitar como absolutamente falso tudo aquilo em que pudesse imaginar a menor dúvida (…).» Descartes (1991), Discurso do Método, Porto, Porto Editora, p. 88. Esclareça, a partir do excerto, as características da dúvida na filosofia de Descartes. Grupo III 1. Leia atentamente a seguinte afirmação: «Mas, desde que reconheci que existe um Deus, ao mesmo tempo compreendi também que tudo o resto depende dele e que ele não é enganador (…).» Descartes (1988), Meditações Sobre a Filosofia Primeira, Coimbra, Livraria Almedina, p. 194. Explique, a partir desta afirmação, em que medida se tornou necessário, para Descartes, provar a existência de Deus, apesar da evidência do Cogito. COTAÇÕES Grupo I 1.1. ............................................................................................................................................. 5 pontos 1.2. ............................................................................................................................................. 5 pontos 1.3. ............................................................................................................................................. 5 pontos 1.4. ............................................................................................................................................. 5 pontos 1.5. ............................................................................................................................................. 5 pontos 1.6. ............................................................................................................................................. 5 pontos 1.7. ............................................................................................................................................. 5 pontos 1.8. ............................................................................................................................................. 5 pontos 1.9. ............................................................................................................................................. 5 pontos 1.10. ........................................................................................................................................... 5 pontos Grupo II 1. ….......................................................................................................................................... 25 pontos 2. ….......................................................................................................................................... 25 pontos 3. .............................................................................................................................................. 25 pontos 4. .............................................................................................................................................. 25 pontos Grupo III 1. ……………………………...................................................................................................... 50 pontos TOTAL ................................................................................................................................... 200 pontos 5 José Ferreira Borges · Marta Paiva · Orlanda Tavares (1) Teste_Novos Contextos 11 - Filosofia do Conhecimento.pdf 1 José Ferreira Borges · Marta Paiva · Orlanda Tavares TESTE DE AVALIAÇÃO – FILOSOFIA 11.º ANO Nome da Escola Ano letivo 2020-2021 Novos Contextos Filosofia | 11.º ano Nome do Aluno Turma N. º Data - - 2020 Professor Classificação Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva Análise comparativa de duas teorias explicativas do conhecimento Grupo I 1. Indique, para cada questão que se segue, a opção correta. 1.1. No ato de conhecimento: A. o sujeito transforma-se em objeto. B. o objeto adquire as características do sujeito. C. o sujeito apreende o objeto. D. o objeto representa o sujeito. 1.2. Não é correto afirmar que: A. há diferentes tipos de conhecimento. B. o ato de conhecimento é inseparável de um contexto. C. o conhecimento proposicional também, por vezes, se designa por conhecimento factual. D. a experiência constituiu um modo de conhecer algo apenas depois de formulado o juízo sobre aquilo que se conhece. 1.3. Saber montar uma tenda, conhecer Milão (na medida em que se visitou esta cidade) e saber que a carne tem proteínas constituem exemplos, respetivamente, de conhecimento: A. proposicional, prático e por contacto. B. prático, por contacto e proposicional. C. por contacto, prático e proposicional. D. prático, proposicional e por contacto. 1.4. Os racionalistas: A. não são fundacionalistas. B. rejeitam a existência de conhecimentos inatos. C. privilegiam o raciocínio dedutivo. D. não desconfiam dos sentidos. 1.5. Juízos a posteriori são juízos: A. cuja verdade é conhecida independentemente da experiência. B. que são justificados pelo pensamento, antes da experiência. C. que são justificados pela razão. D. cuja verdade é conhecida através da experiência sensível. 2 José Ferreira Borges · Marta Paiva · Orlanda Tavares 1.6. De acordo com os fundacionalistas: A. o sistema do saber assenta em crenças básicas. B. há uma regressão infinita da justificação. C. as crenças não básicas justificam-se a si mesmas e são autoevidentes. D. os fundamentos estão para lá da experiência e da razão. 1.7. O dogmatismo, enquanto posição própria do realismo ingénuo: A. é uma posição filosófica segundo a qual o conhecimento não é possível. B. não ocorre propriamente na filosofia. C. não se opõe à postura cética. D. é uma doutrina filosófica sustentada por Kant. 1.8. As regras do método cartesiano: A. permitem guiar a razão na procura da verdade. B. apenas se aplicam à matemática. C. foram inspiradas na religião e na existência de Deus. D. resultam da necessidade de confirmar conhecimentos da tradição. 1.9. De acordo com Descartes, a ideia de igreja constitui uma ideia: A. inata. B. adventícia. C. factícia. D. que Deus colocou em nós à nascença. 1.10. Segundo Descartes, podemos ter ideias claras e distintas de três tipos de substâncias: A. pensante, celeste e divina. B. pensante, extensa e material. C. pensante, perfeita e intuitiva. D. pensante, extensa e divina. Grupo II 1. Explicite, tendo em conta as condições necessárias e suficientes, a definição tradicional de conhecimento. 2. Refira as principais características do empirismo. 3. Exponha os argumentos que levam os céticos radicais a suspenderem o juízo e a negarem a possibilidade do conhecimento. 4. «Mas, porque agora desejava dedicar-me apenas à procura da verdade, pensei que era preciso fazer precisamente o contrário e rejeitar como absolutamente falso tudo aquilo em que pudesse imaginar a menor dúvida (…).» Descartes (1991), Discurso do Método, Porto, Porto Editora, p. 88. Esclareça, a partir do excerto, as características da dúvida na filosofia de Descartes. 3 José Ferreira Borges · Marta Paiva · Orlanda Tavares Grupo III 1. Leia atentamente a seguinte afirmação: «Mas, desde que reconheci que existe um Deus, ao mesmo tempo compreendi também que tudo o resto depende dele e que ele não é enganador (…).» Descartes (1988), Meditações Sobre a Filosofia Primeira, Coimbra, Livraria Almedina, p. 194. Explique, a partir desta afirmação, em que medida se tornou necessário, para Descartes, provar a existência de Deus, apesar da evidência do Cogito. COTAÇÕES Grupo I 1.1. ............................................................................................................................................. 5 pontos 1.2. ............................................................................................................................................. 5 pontos 1.3. ............................................................................................................................................. 5 pontos 1.4. ............................................................................................................................................. 5 pontos 1.5. ............................................................................................................................................. 5 pontos 1.6. ............................................................................................................................................. 5 pontos 1.7. ............................................................................................................................................. 5 pontos 1.8. ............................................................................................................................................. 5 pontos 1.9. ............................................................................................................................................. 5 pontos 1.10. ........................................................................................................................................... 5 pontos Grupo II 1. ….......................................................................................................................................... 25 pontos 2. ….......................................................................................................................................... 25 pontos 3. .............................................................................................................................................. 25 pontos 4. .............................................................................................................................................. 25 pontos Grupo III 1. ……………………………...................................................................................................... 50 pontos TOTAL ................................................................................................................................... 200 pontos (2) Correção_Novos Contextos 11 - Filosofia do Conhecimento.docx Correção do Teste de Avaliação – Filosofia 11.º Ano Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva Análise comparativa de duas teorias explicativas do conhecimento Grupo I 1. 1.1. C. 1.2. D. 1.3. B. 1.4. C. 1.5. D. 1.6. A. 1.7. B. 1.8. A. 1.9. B. 1.10. D. Grupo II 1. De acordo com a definição tradicional, apresentada por Platão no diálogo Teeteto, o conhecimento é uma crença verdadeira justificada. Assim, as condições necessárias e conjuntamente suficientes para que haja conhecimento são a crença, a verdade e a justificação. Se alguém tiver uma crença acerca de determinada realidade, se essa crença for verdadeira e se dispuser de justificações para a sua crença, então possui conhecimento da realidade em causa. 2. O empirismo é uma teoria segundo a qual a experiência é a fonte principal do conhecimento. De acordo com esta doutrina, não existem ideias, conhecimentos ou princípios inatos. O entendimento assemelha-se a uma página em branco onde, antes de qualquer experiência, nada se encontra escrito. Opondo-se ao racionalismo, os empiristas afirmam que todas as ideias têm uma base empírica, até as mais complexas. O conhecimento do mundo obtém-se através de impressões sensoriais, sendo na experiência que o conhecimento tem o seu fundamento e os seus limites. 3. Os céticos radicais, rejeitando haver justificações suficientes ou satisfatórias para mostrar a verdade das nossas crenças, negam a possibilidade do conhecimento, suspendendo o juízo, baseados, sobretudo, nos seguintes argumentos: a) os enganos e as ilusões dos sentidos: relativamente ao mesmo objeto, há sensações e perceções diferentes, e até incompatíveis; também os objetos, pelas diversas formas como nos surgem, desencadeiam ilusões e aparências; b) a discordância e a divergência de opiniões a respeito dos mais variados assuntos, o que mostra que nenhuma se encontra adequada ou suficientemente justificada, tornando impossível que nos decidamos por uma ou outra; c) o facto de nada se poder compreender por si e o facto de nada poder ser compreendido com base noutra coisa: para justificar uma crença tem de se recorrer a outra, e assim ou caímos num círculo vicioso ou temos de recorrer a outras crenças, numa cadeia de justificação até ao infinito – regressão infinita da justificação. 4. No processo de busca dos princípios fundamentais e indubitáveis, Descartes começa por recusar todas as crenças em que note a mínima suspeita de incerteza. Trata-se, como se refere no excerto, de «rejeitar como absolutamente falso tudo aquilo em que pudesse imaginar a menor dúvida». Neste sentido, a dúvida é hiperbólica. Por outro lado, sendo posta ao serviço da verdade e não constituindo um fim em si mesma, a dúvida é metódica e provisória. Em terceiro lugar, a dúvida surge como universal e radical, visto incidir não só sobre o conhecimento em geral, como também sobre os seus fundamentos e as suas raízes. A dúvida cartesiana constitui um exercício voluntário, sendo estabelecida livremente. Grupo III 1. Enquanto primeira verdade a que o filósofo acedeu após o exercício da sua dúvida metódica, o Cogito surge como crença fundacional ou básica relativamente ao sistema do saber. Obtida por intuição, de modo inteiramente racional e a priori, a afirmação “Penso, logo existo” constitui um princípio evidente e indubitável, uma certeza inabalável, revelando também a essência do sujeito: o pensamento. Mas, apesar de autoevidente, o Cogito não é suficiente para garantir a objetividade do conhecimento e a verdade das ideias inatas. Com efeito, neste ponto da sua investigação, Descartes ainda não afastou a hipótese da existência do Génio maligno ou do Deus enganador, colocada no ato de duvidar. Ele necessita, por isso, de provar a existência de um deus que não o engane, ou seja, de um deus que sirva de garantia das verdades, afastando de vez qualquer ameaça do ceticismo. A ideia de ser perfeito, uma das ideias inatas que possuímos, servirá a Descartes de ponto de partida para a investigação relativa à existência do ser divino. Através do argumento ontológico, do argumento da marca impressa e da investigação da causa da existência do ser pensante, o filósofo chega à conclusão de que Deus existe, compreendendo, como refere na afirmação citada, «que tudo o resto depende dele e que ele não é enganador». Daí pôde concluir que tudo aquilo que é concebido clara e distintamente é necessariamente verdadeiro. Deus, o ser perfeito, é a garantia da verdade objetiva das ideias claras e distintas. Criador das verdades eternas e origem do ser, Deus é o único ser que pode garantir a adequação entre o pensamento evidente e a realidade, legitimando o valor da ciência e conferindo objetividade ao conhecimento. 3 José Ferreira Borges · Marta Paiva · Orlanda Tavares (2) Correção_Novos Contextos 11 - Filosofia do Conhecimento.pdf 1 José Ferreira Borges · Marta Paiva · Orlanda Tavares Correção do Teste de Avaliação – Filosofia 11.º Ano Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva Análise comparativa de duas teorias explicativas do conhecimento Grupo I 1. 1.1. C. 1.2. D. 1.3. B. 1.4. C. 1.5. D. 1.6. A. 1.7. B. 1.8. A. 1.9. B. 1.10. D. Grupo II 1. De acordo com a definição tradicional, apresentada por Platão no diálogo Teeteto, o conhecimento é uma crença verdadeira justificada. Assim, as condições necessárias e conjuntamente suficientes para que haja conhecimento são a crença, a verdade e a justificação. Se alguém tiver uma crença acerca de determinada realidade, se essa crença for verdadeira e se dispuser de justificações para a sua crença, então possui conhecimento da realidade em causa. 2. O empirismo é uma teoria segundo a qual a experiência é a fonte principal do conhecimento. De acordo com esta doutrina, não existem ideias, conhecimentos ou princípios inatos. O entendimento assemelha-se a uma página em branco onde, antes de qualquer experiência, nada se encontra escrito. Opondo-se ao racionalismo, os empiristas afirmam que todas as ideias têm uma base empírica, até as mais complexas. O conhecimento do mundo obtém-se através de impressões sensoriais, sendo na experiência que o conhecimento tem o seu fundamento e os seus limites. 3. Os céticos radicais, rejeitando haver justificações suficientes ou satisfatórias para mostrar a verdade das nossas crenças, negam a possibilidade do conhecimento, suspendendo o juízo, baseados, sobretudo, nos seguintes argumentos: a) os enganos e as ilusões dos sentidos: relativamente ao mesmo objeto, há sensações e perceções diferentes, e até incompatíveis; também os objetos, pelas diversas formas como nos surgem, desencadeiam ilusões e aparências; b) a discordância e a divergência de opiniões a respeito dos mais variados assuntos, o que mostra que nenhuma se encontra adequada ou suficientemente justificada, tornando impossível que nos decidamos por uma ou outra; c) o facto de nada se poder compreender por si e o facto de nada poder ser compreendido com base noutra coisa: para justificar uma crença tem de se recorrer a outra, e assim ou caímos num círculo vicioso ou temos de recorrer a outras crenças, numa cadeia de justificação até ao infinito – regressão infinita da justificação. 2 José Ferreira Borges · Marta Paiva · Orlanda Tavares 4. No processo de busca dos princípios fundamentais e indubitáveis, Descartes começa por recusar todas as crenças em que note a mínima suspeita de incerteza. Trata-se, como se refere no excerto, de «rejeitar como absolutamente falso tudo aquilo em que pudesse imaginar a menor dúvida». Neste sentido, a dúvida é hiperbólica. Por outro lado, sendo posta ao serviço da verdade e não constituindo um fim em si mesma, a dúvida é metódica e provisória. Em terceiro lugar, a dúvida surge como universal e radical, visto incidir não só sobre o conhecimento em geral, como também sobre os seus fundamentos e as suas raízes. A dúvida cartesiana constitui um exercício voluntário, sendo estabelecida livremente. Grupo III 1. Enquanto primeira verdade a que o filósofo acedeu após o exercício da sua dúvida metódica, o Cogito surge como crença fundacional ou básica relativamente ao sistema do saber. Obtida por intuição, de modo inteiramente racional e a priori, a afirmação “Penso, logo existo” constitui um princípio evidente e indubitável, uma certeza inabalável, revelando também a essência do sujeito: o pensamento. Mas, apesar de autoevidente, o Cogito não é suficiente para garantir a objetividade do conhecimento e a verdade das ideias inatas. Com efeito, neste ponto da sua investigação, Descartes ainda não afastou a hipótese da existência do Génio maligno ou do Deus enganador, colocada no ato de duvidar. Ele necessita, por isso, de provar a existência de um deus que não o engane, ou seja, de um deus que sirva de garantia das verdades, afastando de vez qualquer ameaça do ceticismo. A ideia de ser perfeito, uma das ideias inatas que possuímos, servirá a Descartes de ponto de partida para a investigação relativa à existência do ser divino. Através do argumento ontológico, do argumento da marca impressa e da investigação da causa da existência do ser pensante, o filósofo chega à conclusão de que Deus existe, compreendendo, como refere na afirmação citada, «que tudo o resto depende dele e que ele não é enganador». Daí pôde concluir que tudo aquilo que é concebido clara e distintamente é necessariamente verdadeiro. Deus, o ser perfeito, é a garantia da verdade objetiva das ideias claras e distintas. Criador das verdades eternas e origem do ser, Deus é o único ser que pode garantir a adequação entre o pensamento evidente e a realidade, legitimando o valor da ciência e conferindo objetividade ao conhecimento. (3) Grelha de Classificação_Novos Contextos 11 - Filosofia do Conhecimento.xlsx 11.º Grelha de classificação de Ficha de Avaliação - 11.º ano · DESCRIÇÃO E INTERPRETAÇÃO DA ATIVIDADE COGNOSCITIVA Ano letivo 2020-2021 Grupo I Grupo II Grupo III Questão 1. 1. 2. 3. 4. 1. TOTAL Pontos por questão 5x10 Total 50 25 25 25 25 50 200 N.º Nome 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 10 0 11 0 12 0 13 0 14 0 15 0 16 0 17 0 18 0 19 0 20 0 21 0 22 0 23 0 24 0 25 0 26 0 27 0 28 0 29 0 30 0