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APOSTILA_FAJ_2021_atualizada

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1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA FAJ 
 
NORMAS E PROCEDIMENTOS 
 
GRADUAÇÕES 
2021 
 
 
 
 
COMISSÃO ESTADUAL DE GRADUAÇÃO 
 
Art. 9º - Compete à Comissão Estadual de Graduação de cada Federação, elaborar o seu programa para exame 
e outorga de Faixas e Graus, respeitando o estabelecido neste regulamento, devendo enviar cópia para CBJ 
anualmente até 20 de junho, para sua aprovação. Para o ano de 2020 em virtude da excepcionalidade COVID 
19, fica estabelecido a antecedência de 30 dias da data do exame. 
Art. 10º - A Comissão Estadual de Graduação deverá ser composta por no mínimo três membros inscritos no 
“Registro Geral de Graduação” da CBJ, com homologação da CBJ. 
PORTARIA CBJ Nº 1, DE 4 DE NOVEMBRO DE 2020. 
 
 
 
 
 
2
APRESENTAÇÃO 
 
Os princípios educacionais que inspiraram o Prof. Jigoro Kano quando da idealização do Judô, faziam 
parte do seu plano grandioso de desenvolver e promover a Educação Física por meio dessa modalidade 
esportiva. Seu desejo era formar seres humanos fortes, sadios e úteis a sociedade. 
 
Seu método explora a riqueza real e simbólica do combate corpo a corpo, fundamentado em uma 
educação harmônica unindo as culturas: Intelectual, moral e física. 
 
Para o Prof. Jigoro Kano o corpo é um instrumento a serviço do indivíduo, com o objetivo de contribuir 
na sua formação integral por meio dos aspectos; Biológicos (desenvolvimento harmonioso do corpo e a 
eficiência em combate), psíquicos (formação do espírito e do caráter) e sociais (convívio afetivo e em 
sociedade). 
 
A transmissão televisiva das competições , como os Campeonatos Mundiais, Jogos Olímpicos e outros 
eventos, tornou-se um fator preponderante para sua popularização, despertou o interesse pela modalidade, 
contribuindo assim para que o Judô se tornasse conhecido no mundo inteiro e segundo a Federação 
Internacional de Judô (FIJ), aproxima-se de 200 (duzentos), o número de países onde ele é praticado. , 
A transmissão dos grandes eventos judoísticos apresenta somente a parte concreta da modalidade, que é a luta 
pela conquista de medalhas tendo por consequência a projeção pessoal e institucional, deixando de mostrar a 
parte subjetiva, que é o aspecto filosófico, essência do Judô, que tem por objetivo a formação do cidadão. Esse 
fato está levando o ensino e a prática do Judô a tendências essencialmente competitivas, o que contraria 
frontalmente a proposta do criador de Judô, Mestre Jigoro Kano. 
 
Para reverter essa tendência, aproximadamente há 12 anos atrás, iniciou-se no Japão o movimento de 
conscientização da necessidade de se voltar às origens do Judô, com objetivo de resgatar os valores históricos e 
culturais como também dos processos pedagógicos de ensino do Judô inseridos no contexto da formação do 
cidadão íntegro através da sua prática. A FIJ, órgão máximo na gestão do judo mundial, consciente da sua 
responsabilidade, tem tomado medidas para o resgate da essência do judô e, a mais importante, foi a alteração 
na regra de competição implantada em 2010 onde a verdadeira técnica característica do judô foi priorizada, em 
detrimento daquela que vinha sendo adotada em total desacordo com as raízes do nosso esporte. 
 
Diante dessa realidade, o Conselho Nacional de Graduação, realizou um profundo estudo visando uma 
reformulação no Regulamento de Exame e Outorga de Faixas e Graus da CBJ com a intenção de resgatar e 
preservar estes valores históricos e culturais, como também os valores éticos e morais no ensino do Judô. Junto 
a isso, houve uma grande preocupação de que estes valores sejam transmitidos de forma pedagógica para que 
possam ser preservados e passados de geração a geração. 
 
Desta forma o Judô poderá continuar desfrutando da credibilidade que conquistou junto à sociedade, 
como um desporto educativo de suma importância no desenvolvimento físico e na formação do caráter dos 
jovens, mantendo ainda o reconhecimento como desporto de competição já consagrado em Olimpíadas, 
Mundiais e outros eventos internacionais. Foi baseado nestes princípios e com o objetivo de atingir estes 
propósitos que o Conselho Nacional de Graduação da CBJ, formulou estes novos critérios de avaliação dos 
conhecimentos pertinentes à progressão de Faixas e Graus. 
 
O presente Regulamento foi elaborado pela Comissão Nacional de Graus com base no anterior 
Regulamento de Outorga de Graus e Faixas da CBJ e no documento “Dan Ranks and Grades” da Federação 
Internacional de Judô (FIJ), que expõe as regras internacionais em vigor desde 2011. 
 
Quanto à ortografia das palavras japonesas, procurou-se seguir a origem dos termos com a grafia 
redigida próximo à língua oriental. Para tanto, os termos estrangeiros foram colocados em itálico. Como 
exemplo, o termo “gi” em japonês (como em judo gi) se lê “gui”; o “s” (como em Osaekomi) se lê “ss” 
(“Ossaekomi”); o “chi” (como em tachi) se 
lê “ti”. 
 
3
FUNDAMENTAÇÃO HISTÓRICA 
O sistema de graduação em Judô foi idealizado pelo Prof. Jigoro Kano e os primeiros judocas que 
receberam de suas mãos o 1° Dan de faixa preta foram Tsunejiro Tomita e Shiro Saigo em 1883. Yoshiaki 
Yamashita foi o primeiro a ser promovido a 10° Dan por Jigoro Kano em 1935. Entre os 10 primeiros que 
obtiveram o 10° Dan, praticaram em média 58 anos para alcançar essa graduação. 
 
Para a graduação superior dos seus alunos o Prof. Jigoro Kano sempre teve a preocupação com a 
conduta moral, intelectual e a eficiência da técnica em combate, pois seus primeiros graduados tiveram a 
missão de difundir o Judô pelo mundo. 
 
Jigoro Kano se preocupava com a Educação por meio da prática do Judô e propagou ao mundo a 
importância desse aspecto na orientação dos praticantes. 
 
Em 1895 criou o Go Kyô e organizou uma sequência pedagógica para o ensino do Judô, que depois foi 
revisada em 1908 e 1920 e atualizada com poucas modificações em 1982 e 1997. 
 
Em 1930 indicou o Prof. Seizaburo Yamamoto para iniciar estudos científicos sobre “posturas em Judô” 
que relacionava a postura com a força da gravidade. 
 
Em 1932 no Instituto Kodokan foi formado o comitê médico do Judô, que em 1948 passou a ser 
denominado de “Conselho de Estudos Científicos sobre o Judô”, publicando periodicamente, relatórios, estudos 
e pesquisas científicas. É notória a dimensão educativa do Prof. Jigoro Kano, como Professores que somos, 
temos a obrigação em dar continuidade a esse trabalho educativo e social. 
 
Como diz o Projeto “Renascença do Judô” do Instituto Kodokan e Federação Japonesa de Judô, “não se 
pode reduzir o sucesso alcançado pelo Judô ao fascínio que ele causa, devemos sim, voltar aos ensinamentos 
contidos nas lições do mestre Jigoro Kano, objetivando a educação humana, ou seja, o aperfeiçoamento 
humano em benefício da sociedade”. 
 
JIGORO KANO - SUA BIOGRAFIA, SUA HISTÓRIA: 
 
Nascido em 28 de outubro de 1860, em Mikage, distrito de Hiogo, filho de Jirosaku Maresiba Kano, 
Jigoro Kano com apenas onze anos de idade transferiu-se para Kioto para estudar o idioma inglês, então 
indispensável para o progresso em qualquer sentido e que , possibilito mais tarde tornar-se professor e 
tradutor dessa língua e ainda, montar sua própria escola em Tóquio, o Kobunkan. 
 
 Galgou um a um os degraus da Escala Imperial Japonesa, chegando ao segundo grau após sua morte, 
ocorrida em 04 de maio de 1938, portanto, com 77 anos de idade, quando voltava do Cairo onde participou da 
Assembleia Geral do Comitê Internacional do Jogos Olímpicos. 
 
 Era de baixa estatura, medindo 1,50 metro e seu peso, proporcional a altura, não ia além de 50 quilos. 
Aos dezessete anos, teve seu primeiro professor, mestre Fukuda, da escola Coração de Salgueiro, depois mestre 
Isso, e ainda Likudo. Buscou conhecimento também em outras escolas, para tanto estudando com rara 
persistência, o que lhe permitiu um pouco mais tarde formar um conjunto de técnicas, regras e princípios que 
viriama constituir o Judô que hoje conhecemos. 
 
 
4
 Formado pela Universidade Imperial de Tóquio, em Letras e ciências estéticas e morais, no ano de sua 
formatura em 1882, funda sua escola, o Kodokan, na qual pretendeu impulsionar um novo método de luta, 
mais esportiva, mais intuitiva, mais segura e sem os segredos que impediam uma divulgação generalizada, para 
que todos pudessem usufruir, desde criança até adultos de idade mais avançada. 
 
 Sua vida não ficou conhecida, nem marcada e não atingiu as culminâncias só através do Jiu-Jitsu e do 
Judô, mas a sua cultura lhe possibilitou galgar altos postos no Ensino, no esporte e no governo de seu país. Foi 
professor, vice-presidente e reitor do Colégio dos Nobres, Adido do Ministro da Casa Imperial, Conselheiro do 
ministro da Educação Nacional, Diretor da Escola Normal Superior e, ainda, secretário da Educação Nacional. 
 
 Fundou sociedades e institutos para jovens e também o primeiro clube de baseball do Japão. Editou 
revistas, viajou para Europa e América do Norte em missão cultural. Foi ainda Diretor da Educação primária, 
presidente do Centro de Estudos das Artes Marciais e o primeiro japonês a pertencer ao Comitê Olímpico 
Internacional e, ainda, presidente da Federação Desportiva do Japão. 
 
 Notadamente, para quem como Kano introduziu também o desporto e a Educação Física no plano 
educacional do Japão, fato esse que já seria suficiente para perpetuar seu nome como educador e como 
esportista. Leva Jigoro Kano o galardão de Pai da Educação Física do Japão. 
 
CRONOLOGIA KANO 
1860 - Nasceu em Mikage, distrito de Hyogo, em 28 de outubro. O terceiro filho de Jirosaku Mareshiba Kano, 
ele recebeu o nome na infância de Shinnosuke. 
1871 (11 anos) - Entrada na Seitatsu Shojuku, escola particular em Tóquio, onde ele recebeu instruções de 
Keido Ubukata. 
1873 (13 anos) - Entrada na Ikuei Gijuku, escola particular em Karasumuri, Shiba, Tóquio. Recebeu instruções 
especiais em Inglês e Alemão de professores nativos. 
1874 (14 anos) - Entrada na escola de línguas estrangeiras de Tóquio. 
1875 (15 anos) - Entrada na escola Kaisei. 
1877 (17 anos) - Entrada na escola Tenshin Shin'yo e estudou sob Hachinosuke Fukuda. 
Recebeu instruções em jujutsu pela primeira vez. 
1881 (21 anos) - Graduou na Universidade Imperial de Tóquio, especializado em literatura, política and política 
econômica. 
1882 (22 anos) - Tornou-se um palestrante e mais tarde professor na Gakushuin. Fundou o Kodokan. 
1883 (23 anos) - Fundou o Kobunkan, escola para estudantes chineses, e tornou-se o diretor. 
1886 (26 anos) - Nomeado vice-diretor da Gakushuin. 
1889 (29 anos) - Renunciou como vice-diretor Gakushuin para aceitar um posto no departamento Imperial de 
manutenção. Fez uma viagem de estudo em instituições educacionais da Europa. 
1891 (31 anos) - Tornou-se diretor do quinto colégio distrito de Kumamoto. 
1893 (33 anos) - Tornou-se diretor do primeiro colégio de Tóquio, subsequentemente diretor do colégio normal 
de Tokyo . 
1897 (37 anos) - Renuncia como diretor do colégio normal de Tóquio, porém mais tarde aceitou o posto 
novamente. 
1901 (41 anos) - Tornou-se diretor do colégio normal de Tóquio pela terceira vez. Nesta época judô and kendo 
tinha uma apreciável grande popularidade. 
1908 (48 anos) - O Diet aprovou unanimemente a lei requerendo a toda escola média prover de instruções em 
esgrima gekiken e jujutsu. 
1909 (49 anos) - Tornou-se o primeiro japonês membro do Comitê Olímpico Internacional. 
1922 (62 anos) - Eleito para a casa dos nobres. 
1928 (68 anos) - Participou dos Jogos Olímpicos de Amsterdã como membro do comitê olímpico internacional. 
1938 (78 anos) - Participou da reunião do comitê olímpico internacional no Cairo, onde ele propôs de Tóquio 
ser a sede do 12º Jogos olímpicos. Morreu em 4 de maio no mar na viagem de retorno. 
 
 
 
 
5
JIGORO KANO E O JUDÔ 
Em meados da década de 1860, o Dr. Jigoro Kano, professor universitário japonês (posteriormente 
membro da Casa dos Pares e presidente universitário), começou um estudo sistemático das muitas formas de 
jitsu então praticadas no Japão. Embora tais práticas já não fossem ilegais, permaneceu entre os estudantes da 
arte, certo culto e atividade fanática remanescente dos hábitos feudais. O Dr. Kano descobriu que grupos de 
praticantes só conheciam e apreciavam uma forma de luta desarmada, não tendo conhecimento de outros 
sistemas de luta e nem ao menos os apreciando. Esses grupos defendiam seu estilo próprio de luta, mais por 
ignorar outras técnicas, do que pela convicção da eficácia de seu sistema. Não lhes ocorria eliminar as técnicas 
ultrapassadas e nenhum interesse tinha em aperfeiçoar seus métodos de ensino. Longe de procurar tornar 
popular o estudo de lutas, os professores consideravam-se um grupo de elite, cultuando a luta como algo 
misterioso e tornando o aprendizado difícil. O Dr, Kano descobriu também que entre estes grupos cultistas do 
mistério, não havia teoria ou mesmo compreensão do trabalho. Tudo era uma questão de "manha ou segredo" 
que passava de professor para aluno. 
 
 O Dr. Kano levou muitos anos estudando, avaliando, comparando e praticando as antigas artes de luta. 
Jigoro kano se interessou em particular pelo estudo dos aspectos menos agressivos do jiu-jitsu, cuja finalidade 
era formar guerreiros. Eliminou os golpes mais violentos e, em 1882, sintetizou tudo que havia aprendido, 
criando uma nova arte, conhecida como judô, fundando o Instituto Kodokan, escola que se transformou em 
templo da nova luta. A filosofia era oposta à do jiu-jitsu, em vez de guerreiros, Dr. Kano queria formar cidadãos 
pacíficos. 
 
Formando seus nove primeiros discípulos, ele começou a analisar os golpes do jiu-jitsu, 
transformando e adaptando, pesquisando até obter um sistema que aperfeiçoava o espírito e o corpo 
através do exercício físico e da competição. 
 
Judô - Caminho para vida? 
Literalmente, judô significa "modo suave" ou "caminho da suavidade". Talvez se tornasse de mais fácil 
compreensão interpretá-lo como "o meio mais fácil", baseado na definição do próprio Kano, de que o meio 
mais eficiente de se "fazer qualquer coisa" é o modo suave. Com isso, sugeria que o uso do intelecto, e não 
meramente o uso dos músculos, seria uma "suavização" da maneira de enfrentar o mundo e seus problemas 
práticos. Para o Dr. Kano, esta era a ideia básica do "Caminho da Vida". 
 
Segundo as próprias palavras do Dr. Kano, "deveria haver um princípio em particular, prevalecendo 
sobre todos os demais, que governaria todas as atividades do homem. Esse princípio seria o maior e mais 
eficiente uso do intelecto, afiado à energia física, visando ã realização de um propósito ou meta definida. Uma 
vez que se compreenda o verdadeiro significado deste princípio, pode-se apllcá4o em todas as fases e 
atividades da vida, contribuindo assim para uma vida elevada e racional". 
 
Portanto, longe de ser um meio místico de alcançar a Suprema Verdade, para o Dr. Kano "o modo" era 
um guia para uma conduta racional e razoável em todas as fases da vida. O Dr. Kano acreditava que o treino 
desenvolvido para enfrentar um adversário em judô, de "modo suave" e que resultasse eficiente, por extensão 
também treinaria o praticante para enfrentar a vida real, "da maneira mais suave", sem uso da força bruta. 
 
A única extravagância no conceito do Dr. Kano é acreditar que tal lição poderia ser aprendida 
automaticamente. Ele não percebeu que poderia haver a possibilidade de o estudante vir a aprender a lição 
como ele previa bem como a possibilidade de que viesse a aprender judô muito bem, sem ter aprendido a lição. 
La Rochefoucauld disse: "... não há experiência, por mais desastrosa que sela, da qual uma pessoa com 
pensamentos positivos não possa tirar algum proveito, assim como não há experiência por mais feliz, que não 
possa ser usada para o mal por homens de poucas ou malconduzidas ideias". Para que alguém possa aprender 
e aplicar na conduta de sua vida as lições úteis dojudô, é necessário querer entendê-las e aplicá-las. 
 
 O Dr. Kano julgava que a prática formal dos movimentos do judô - "uma combinação de movimentos 
dos membros, pescoço e corpo, realizado de maneira tal que possa resultar num desenvolvimento harmonioso 
do corpo, assim como inculcar um ideal moral elevado" conduzia a uma consequente elevação moral. Ele teria 
 
6
de ter revisto sua noção de valores espirituais automaticamente resultantes da ginástica, se tivesse tido 
oportunidade de ver a juventude alemã e japonesa engajada em seus exercícios, pouco antes e durante a 
Segunda Guerra Mundial. 
 
Os atuais defensores do judô como "Caminho da Vida" cometem um erro ao afirmarem que a "devoção 
à arte", para usar sua própria expressão, é o único caminho para se alcançar uma harmonia física e mental, a 
qual conduziria a uma vida melhor, mais útil, razoável e agradável. O conceito do Dr. Kano, do uso mais 
eficiente da energia física e mental para se alcançar um propósito definido, não é propriedade exclusiva do judô 
ou dos judoístas. Fazer tal assertiva não interessa para a promoção do judô - os tenistas o usam, os nadadores o 
conhecem, os esgrimistas o aprendem, e assim por diante. O judô é extraordinário, mas não é O Único 
Caminho. Se assim fosse, todos os judoístas no dizer do Dr. Kano seriam "honestos, sinceros, cheios de 
pensamentos positivos, cautelosos e decididos em todas as situações, [teriam] um alto grau de compostura 
mental [e teriam desenvolvido] em alto grau o exercício do poder da imaginação, do raciocínio e julgamento 
aplicados em todas as horas nas atividades da vida diária". Como tal não acontece, permitimo-nos duvidar dos 
benefícios do "Caminho da Vida" ocasionados pela prática do judô. 
 
E o que dizer da tese de que o judô para ser estudado seriamente deve ser a atividade central da vida? 
Isto é pura tolice. Se fosse permitido somente às pessoas com tempo e inclinação suficientes para tanto, 
praticar o judô, fazendo dele a atividade central de sua vida teríamos somente um punhado de judoístas no 
mundo todo. Tudo na apresentação do Dr. Jigoro Kano nos leva a pensar assim. 
 
O judô não precisa ser encarado como um "Caminho para Vida", mas pode ser um modo maravilhoso de 
enriquecimento da vida. 
 
Mas o judô também não pode ser considerado apenas como uma luta corporal em que o objetivo é 
dobrar o adversário e forçá-lo a beijar o chão do tatame Do início ao fim dos treinos, o praticante é envolvido 
na riqueza de uma filosofia oriental que transforma a disciplina em equilíbrio mental e, formas de viver e 
encarar o semelhante. O judoca não deve encarar o esporte como uma válvula de escape às tensões habituais. 
No momento em que sair da sala de lutas deve levar consigo o respeito, a perseverança e a humildade que 
mostra em cima do tatame. Os grandes mestres chegam a comparar cada ato praticado durante os treinos 
como um procedimento do dia-a-dia. 
 
Disciplina, respeito, educação, desenvolvimento da força física e técnica. As cinco regras básicas que o 
judoca deve seguir eram as mesmas perseguidas pelos samurais que abandonavam aos poucos o aspecto 
guerreiro das artes marciais e se dedicavam a aprimoramento cultural. 
 
Histórico do Judô 
 Os primeiros indícios da utilização pelo homem de algumas formas primitivas de luta individual e sem 
armas data de três a quatro mil anos a.C., a partir daí, os sinais tornam-se mais nítidos e numerosos, 
possibilitando uma avaliação mais segura e precisa que nos autorizem afirmar que praticamente todos os povos 
da remota antiguidade já praticavam alguma forma de luta esportiva ou bélica. Assim foram os hindus, os 
chineses, os povos da Europa, das Américas e da Ásia, inclusive do Japão onde, segundo alguns historiadores 
algumas formas de lutas já eram conhecidas à cerca de dois mil anos a.C. 
 
 Porém, até o século XVI as técnicas eram ainda muito primitivas e pobres, havendo a partir desse século 
uma evolução muito grande, principalmente em função da intensificação do uso por parte dos "samurais" que, 
além do aperfeiçoamento das existentes, desenvolveram uma enorme quantidade de técnicas novas que 
vieram enriquecer e consolidar o Jiu-Jitsu. 
 
 No fim do século XIX, mais precisamente em fins da década de setenta e início da década de oitenta, 
quando Jigoro Kano inicia um estudo sistemático das artes marciais, já com os olhos voltados para a montagem 
de sua própria escola. Notava ele então, o empirismo das escolas e dos métodos da época. Estas estavam muito 
preocupadas com seus segredos e em ignorar os valores das outras, que propriamente progredir na busca da 
perfeição técnica e moral. A rivalidade nunca foi tão grande entre as escolas como nessa época, procurando 
 
7
uma destruírem as outras a qualquer custo, servindo os meios mais ilícitos, importando apenas a própria 
sobrevivência. 
 
 Como vemos, a ética e a moral não existiam e isso preocupou Jigoro Kano que colocou essa mesma ética 
e essa mesma retidão moral como meios a serem alcançados. As técnicas também não lhe satisfaziam pela 
pobreza e inexistência de princípios pedagógicos e científicos e ainda mais, os perigos que essas técnicas 
representavam, causando acidentes mais ou menos graves que impossibilitavam uma participação maior, 
ampla e generalizada com que sonhava. Assim retirou-se com alguns alunos para o templo budista de Eishosi 
onde estudou e analisou cientificamente as técnicas mais em evidência na época, separando o que de bom 
havia, inventando quando necessário e surgindo então um novo método pela fusão de técnicas do antigo Jiu-
Jitsu e dos princípios pedagógicos, morais e científicos e, ainda, sem um perigo maior de acidentes. 
 
 Esse foi um período de grandes provações para Kano, pois mesmo lecionando no Colégio Gakushuin e, 
também mantendo sua escola de Inglês, o Kobunkan para cobrir as despesas com seus alunos em Eishioi, 
passava longas horas à noite fazendo traduções. Nessa época, todas as formas de luta e suas escolas eram 
vistas como uma espécie de reduto de marginais, portanto, não eram bem vistas pela sociedade e Kano tinha 
que também sobrepor a essa discriminação. 
 
 Ainda aluno do mestre Likudo, Jigoro Kano inicia a montagem de sua escola, o Kodokan, em fevereiro de 
1882 e para isso convidou alguns alunos do colégio Kakushuin e da sua escola de inglês, o Kobunkan, vários do 
quais alojou no templo de Eishosi e os mantinha às suas expensas. O primeiro aluno foi Tomita, que estava 
sempre à mão para Kano testar e aperfeiçoar as técnicas que desenvolvia. 
 
 A Tomita seguiram-se Yamashita, Shiro Saigo, Yokoayama, Nagaoka, Higushi, Nakagima, Arima e 
Amano Kai, e ainda, segundo o mestre Terayama, Matsuoka< Ysso Gay Kaso, Tobata Nobutaro e Toko Sambo. O 
Kodokan crescia em tamanho, em virtudes e no respeito da sociedade e para que assim continuasse, foram 
instituídas algumas normas que os alunos prometiam seguir e por elas empenhavam sua palavra: 
- Se for admitido no Kodokan, prometo não ensinar e nem divulgar os conhecimentos da arte que me 
será ensinada, salvo com autorização de meus mestres. 
- Não farei demonstrações públicas com o fim de obter lucros. 
- Minha conduta nunca será de forma a comprometer e desacreditar o Kodokan. 
- Não abusarei e nem farei uso indevido dos conhecimentos que vier a ter. 
 
Quando o Mestre Jigoro Kano criou o Judô, tinha como objetivo através do homem melhorar o mundo. 
Assim ele idealizou uma forma de defesa que aproveita a agressividade do adversário usando-a contra o 
mesmo. O Judô é, portanto, uma arte marcial meramente defensiva e tem como princípio filosófico "Ceder para 
Vencer". 
 
Por encerrar princípios filosóficos em seus ensinamentos, o Judô não é somente um esporte ou uma 
forma de defesa, mas sim, é principalmente, um método educacional eficaz que atua no comportamento e na 
formação de caráter de crianças, adolescentes e adultos de ambos o sexo. 
 
Cair, derrubar, rolar, imobilizar, etc. são alguns dos ensinamentos de uma aula de Judô,cujos efeitos 
atuam continuamente modificando o comportamento dos praticantes, principalmente na canalização da 
agressividade, autoconfiança que é desenvolvida, o relacionamento com outras pessoas, relacionamento em 
grupo, e o autoconhecimento. 
 
O treinamento do UKEMI além de mecanizar os movimentos para cair sem se machucar, tem como 
objetivo relaxar o corpo e mostrar que, tal qual no DOJO é possível cair sem se machucar e levantar de cabeça 
erguida para a luta, tal qual é na vida. O UTIKOMI permite o contato corpo a corpo, desinibindo e possibilitando 
uma troca de energia entre os praticantes, além de treinar repetidamente uma técnica de arremesso e de 
combate de solo. O HANDORI prepara o atleta para a competição, treinando em movimento as técnicas de 
Judô, desenvolvendo a autoconfiança e o saber ganhar ou perder. 
 
 
8
O DOJO é uma extensão da vida onde praticando o Judô se aprende a viver melhor vencendo todos os 
obstáculos. 
 
A palavra KIAI pode ser traduzida como "união dos espíritos". Ao KIAI é atribuído o poder de concentrar 
o espírito do praticante a ponto de unir ao seu adversário e de o subjugar. 
 
O KIAI é utilizado no Judô, às vezes, acompanhado de um grito, tendo o poder de descontrolar o 
adversário a ponto de parar completamente seu ataque e lançá-lo ao solo. 
 
A palavra Judô significa JU - Suavidade e DO - Caminho, daí ser o Judô chamado caminho da suavidade. 
 
O objetivo era a criação de um método de luta mais intuitiva, mais segura, e da qual todos pudessem 
usufruir, crianças, adultos e até as pessoas de idades mais avançadas. Além de descobrir uma forma racional de 
utilização da energia humana. Essa nova forma foi então chamada de judô. 
 
Gradativamente o judô foi sendo aperfeiçoado, pois algumas de suas técnicas ainda estavam um pouco 
falhas, e era necessário que todo o judoca conhecesse o desenvolvimento da luta no solo e em pé. 
O judô então se estabeleceu definitivamente nos costumes do povo japonês, passando a ser ensinado 
oficialmente nas escolas de 1º e 2º graus. Foi organizada uma pedagogia do judô: o go-kyo e seus fundamentos: 
os katas. Com o judô estabelecido em seu país de origem e a Kodokan crescendo consideravelmente era hora 
de começar a difundir o judô pelo mundo. 
 
Segundo Luiz Robert (1976), antes da Segunda Guerra Mundial os EUA já contavam com cerca de 30 
academias de Judô, sendo enviados regularmente estagiários à Kodokan. 
 
Stanley Virgílio ( 1986 ), por sua vez, afirma que no início da década de 30, já eram por volta de 50 as 
academias de judô na América. Na Europa, o processo foi mais lento. Porém, ainda segundo Virgílio, por volta 
de 1940/1945 a consolidação do judô na Europa já começava a ser evidente, tendo na Grã-Bretanha e na 
França seus primeiros adeptos. 
 
Começa então a expansão definitiva do judô. Livros técnicos e textos da Kodokan começam a ser 
traduzidos e publicados. Diversos países começam a organizar federações próprias. Surgem os primeiros 
campeonatos: 1951 na França (1º Campeonato na Europa), 1956 em Tóquio e 1961 em Paris (Campeonato 
Mundial). 
 
Em 1964 na Olimpíada de Tóquio, o judô figurava pela primeira vez, em caráter demonstrativo. Já em 
1972, na Olimpíada de Munique, o judô assume definitivamente seu papel de desporto olímpico, com 
representantes de praticamente todos os países do mundo. 
 
Quanto à implantação do judô no Brasil, há divergências referentes às datas. 
 
Segundo a Confederação Brasileira de Judô (1986), o judô teria chegado ao nosso país por volta de 1922, 
com o professor Mitsuyo Maeda. Maeda percorreu várias capitais brasileiras e teve na família Gracie seus 
primeiros seguidores. Estes, porém, voltaram-se exclusivamente para a luta no solo, o então chamado Jiu-Jitsu 
(Virgílio, 1986). 
 
O mestre Massao Shinohara (1982), considera que a chegada do judô ao Brasil deu-se 
aproximadamente em 1908, com o advento da imigração. 
 
Já o mestre Kwanichi Takeshita (s.d.), afirma ter sido por volta dos anos vinte que o judô foi introduzido 
em nosso país. 
 
Temos ainda o relato de Stanley Virgílio (1986) que afirma ter sido por volta de 1934, com a chegada ao 
Brasil do mestre Ryuzo Ogawa, que ocorreu a expansão definitiva do judô no país. Desde então, houve a 
 
9
separação definitiva entre o judô e o Jiu-Jitsu, com cada um sendo ensinado em academias distintas. 
 
O judô vem então sendo praticado regularmente em todo país, com a realização anual de Campeonatos 
Brasileiros e com a participação de nossos atletas em todos os campeonatos internacionais e em todas as 
Olimpíadas, desde a de Tóquio. 
 
É a arte-marcial mais conhecida do mundo, com 2.000.000 de praticantes espalhados por todo o Brasil. 
É considerado nobre, entre as artes-marciais, a única disputada nas olimpíadas. 
 
O Judô deve ser encarado com alegria, humildade, respeito e perseverança. A medida que o aluno vai se 
preparando fisicamente, vai se preparando espiritualmente. 
 
A origem do judô está ligada às artes orientais, principalmente ao jiu-jitsu, uma luta que tem mais de 
milênios e várias formas de disputa. O judô, porém, nasceu com uma natureza filosófica bem diferente da 
praticada pelo jiu-jitsu da época do final do século 19. Algo que daria, com certeza, uma história para o cinema. 
Cansado de ter que aguentar problemas por causa de seu porte físico (era pequeno e fraco) Jigoro Kano 
começou a praticar o ju-jitsu aos 18 anos com o objetivo não de atacar mas de se defender das constantes 
agressões de outras pessoas. Segundo consta em texto da revista oficial da "Jigoro-Kano Cup International Judo 
Tournament", ele aprendeu técnicas de percussão e de domínio do estilo jiu-jitsu (ou ju-jitsu) Tenjin-shin-yo 
Ryu e técnicas de arremesso do estilo de jiu-jitsu Kito Ryu. 
Tendo estes conhecimentos, passou a usar sua força de forma racional e com o intuito apenas de se 
defender e aprimorar o caráter das pessoas. Com o estabelecimento do dojô Kodokan, em 1882, e com nove 
alunos, Kano começou seus ensinamentos do judô. A diferença básica do judô para o jiu-jitsu vem do próprio 
significado de cada uma das modalidades. Enquanto "jitsu" significa técnica o "do" significa caminho, este 
último podendo ter dois significados: o de um caminho em que você anda e passa e o de uma maneira de viver 
ou mesmo o 'caminho leve' podendo ser aplicada não somente na competição mas também aos aspectos 
humanos. 
A Criação do Judô 
O Judô moderno, foi criado na fase de restauração econômica, social e cultural japonesa, conhecida 
como Era Meiji. É muito importante o estudo dessa fase, visto que as características dessa estarão presentes no 
Judô. 
 
A Era Meiji foi uma fase de transição do arcaico sistema feudal dos Shogunatos para o capitalismo. Com 
isso, houve uma maior integração econômica entre o Japão e os demais países do mundo, o que resultou num 
grande intercâmbio cultural. 
 
Jigoro Kano, fazendo parte dessa fase, percebeu que o Ju Jitsu, não estava de acordo com as novas 
tendências culturais e por isso caíra em desuso. Jigoro Kano percebeu, que os homens não queriam mais uma 
arte guerreira, sanguinária e desleal, mas sim um esporte que lhes proporcionasse uma nova filosofia de vida, 
que lhes conferisse uma melhor harmonia entre corpo e espírito, e que através deste esporte pudessem 
ampliar suas amizades e integrar os povos em tomo de um objetivo maior. 
 
Dessa maneira e com base nessas premissas surgiu o Judô. E, pelo fato do Judô ter sido criado com base 
em pensamentos filosóficos e que devemos conhecer a fundo sua filosofia, pois só assim conheceremos o Judô 
em toda a sua plenitude. 
 
Kano ainda estabeleceu ensinamentos de educação física ao treinamento intelectual e à cultura moral. 
Em 51 foi criada a primeira Federação de Judô e cinco anos depois organizado o primeiro Mundial. 
 
 
 
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 O que é Judô?? 
O judô é uma arte sutil e eficiente de defesa pessoal, faz hoje parte da cultura universal. Espalhando-
se de seu país de origem, o Japão,para o resto do mundo, o judô conquistou adeptos em todos os lugares, 
sendo considerável a porcentagem da mocidade de todos os países que procura os professores e centros de 
treinamento para atingir a apreciada láurea de perícia técnica simbolizada na faixa preta. Qual é a 
explicação para essa aceitação e esse interesse? É indiscutível que o judô aguça a capacidade física e 
mental, desenvolve a interação entre o corpo e o espírito e aumenta o autodomínio, além de conferir aos 
seus praticantes uma segurança tranquila em matéria de defesa pessoal. Há também os que levam o seu 
entusiasmo pelo judô a ponto de querer fazer dele um caminho, uma regra de vida, como a atividade 
suprema e exclusiva do indivíduo, a fim de ajudá-lo a conquistar o pleno e harmonioso domínio das 
faculdades físicas e mentais, para assim atingir a verdade. 
 
O judô é uma regra de vida e um meio de defesa pessoal, é um esporte que apura a forma física e a 
saúde, beneficiando desse modo o espírito. 
 O que significa judô? 
Ju- suave, dô- caminho, logo, judô quer dizer "caminho suave". Que caminho é esse? É o caminho da 
perfeição, o caminho da vida........ e o caminho de um começo de uma vida melhor. 
A chegada do Judô no Brasil - Conde Koma 
Em 1904, Koma ao lado de Sanshiro Satake, saiu do Japão. Seguiram então para os Estados Unidos, 
México, Cuba, Honduras, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Equador, Peru (onde conheceram Laku, mestre em ju-
jitsu que dava aulas para a polícia peruana), Chile, onde mantiveram contato com outro lutador, (Okura), 
Argentina (foram apresentados a Shimitsu) e Uruguai. Ao lado da trupe que a eles se juntou nos países sul-
americanos, Koma exibiu-se pela primeira vez no Brasil em Porto Alegre. Seguiram depois para o Rio de Janeiro, 
São Paulo, Salvador, Recife, São Luís, Belém (em outubro de 1915) e finalmente Manaus, no dia 18 de 
dezembro do mesmo ano. A passagem pelas cidades brasileiras foi marcada apenas por rápidas apresentações. 
Por sua elegância e semblante sempre triste, Mitsuyo Maeda ganhou o apelido de Conde Koma durante o 
período que ficou no México. A primeira apresentação do grupo japonês em Manaus, intermediado pelo 
empresário Otávio Pires Júnior, em 20 de dezembro de 1915, aconteceu no teatro Politeama. Foram 
apresentadas técnicas de torções, defesas de agarrões, chaves de articulação, demonstração com armas 
japonesas e desafio ao público. Com o sucesso dos espetáculos, os desafios contra os membros da equipe 
multiplicaram. 
Entre os desafiantes, boxeadores como Adolfo Corbiniano, de Barbados, e lutadores de luta livre 
romana como o árabe Nagib Asef e Severino Sales. Na época Manaus vivia o "boom" da borracha e com isso as 
lutas eram recheadas de apostas milionárias, feitas pelos barões dos seringais. De 4 a 8 de janeiro de 1916, foi 
realizado o primeiro Campeonato de Ju-jitsu amazonense. 
O campeão geral foi Satake. Conde Koma não lutou desta vez, ficando apenas com a organização do 
evento. No dia seguinte (09/01/1916), o Conde, ao lado de Okura e Shimitsu, embarcou para Liverpool, na 
Inglaterra, onde permaneceram até 1917. Enquanto a dupla permaneceu no Reino Unido, Satake e Laku 
seguiram lecionando ju-jitsu japonês aos amazonenses no Atlético Rio Negro. E os mestres orientais 
continuaram vencendo combates a que eram desafiados. Até que em novembro de 1916, o lutador italiano 
Alfredi Leconti, empresariado por Gastão Gracie, então sócio no American Circus com os Irmãos Queirollo, 
chegou a Manaus para mais um desafio. Satake que estava adoentado cedeu seu lugar para Laku, sendo este 
derrotado por Leconti. Sataki, em recuperação, seria o próximo adversário do italiano, mas devido a brigas 
geradas por ocasião do combate entre Laku e o desafiante, o delegado Bráulio Pinto resolve proibir outras lutas 
na capital amazonense. 
 
 
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A volta ao Brasil 
 
 Em 1917, de volta ao Brasil, mais especificamente em Belém, e tendo ao lado sua companheira, a inglesa 
May Iris Maeda, Conde Koma ingressa no American Circus onde conhece finalmente Gatão Gracie. Em 
novembro de 1919, o Conde retorna a Manaus, agora na condição de desafiante de seu amigo Satake. Foi 
então que aconteceu a única derrota de Koma em toda sua carreira. Na biografia anterior diziam que ele nunca 
havia sido derrotado. 
Então ele volta para Belém e em 1920, já com a crise da borracha, é desfeito o American Circus. Com 
isso, Mitsuo Maeda embarca novamente para a Inglaterra. Em 1922, regressa como agente de imigração, 
trabalhando pela Companhia Industrial Amazonense e começa a ensinar judô aos belenenses na Vila Bolonha. 
No mesmo ano, seu ex-companheiro Satake embarca para a Europa e nunca mais se tem notícias do grande 
mestre. Conde Koma continuou em Belém, falecendo em julho de 1941. Carlos e Hélio Gracie, filhos de Gastão 
seguiram atuando no ju-jitsu, modalidade que aprenderam com Koma no circo do pai. Isso, depois que a arte 
marcial já estava definitivamente implantada em Manaus pelos membros da trupe de Koma, principalmente 
Sanshiro "Barriga Preta" Satake. 
No Brasil, o judô acabou desembarcando no começo do século 20 como um esporte demonstração, 
onde lutadores japoneses chegaram e acabaram desafiados por lutadores de outras modalidades. Como os 
judocas acabaram se dando melhor, o esporte acabou começando a cair no gosto popular. Na década de 20, 
com mais imigrantes japoneses no país, o esporte passou a se espalhando com mais rapidez, principalmente 
em São Paulo, onde a maioria da colônia nipônica se instalou. 
Olimpíadas 
Em 64, o esporte acabou entrando como demonstração nos Jogos Olímpicos. Mas ficou de vez só 
mesmo a partir de 72. 
Judô nas Olimpíadas: medalhas do Brasil 
Você sabe qual esporte trouxe mais medalhas para o Brasil em Olimpíadas? Se sua resposta foi judô, 
acertou em cheio. 
Desde os Jogos de Los Angeles, em 1984, os atletas brasileiros estiveram no pódio em todas as edições 
da competição de judô nas Olimpíadas. 
Você sabe dizer quais judocas brasileiros foram campeões olímpicos? Quantas mulheres conquistaram 
medalhas de ouro? 
Para saber as respostas para essas perguntas e todos os detalhes da história do judô nos Jogos 
Olímpicos, continue com a gente! 
O judô se tornou um esporte olímpico em 1964, nos Jogos de Tóquio. Na edição seguinte, na Cidade do 
México, ficou fora das Olimpíadas, para retornar definitivamente em Munique 1972. 
Foi justamente em 1972, com Chiaki Ishii, que o Brasil conquistou a sua primeira medalha olímpica no 
judô. 
Em toda a história, os japoneses, inventores da arte marcial, são os maiores medalhistas, com larga 
vantagem para a França, que veio em seguida. 
No quadro geral de medalhas do judô nas Olimpíadas, o Brasil ainda tenta se aproximar dos primeiros 
colocados. Até a Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, 54 países já haviam conquistado medalhas olímpicas no 
judô. Confira quais são eles logo abaixo! 
 
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Quadro geral de medalhas do Judô nas Olimpíadas 
País Ouro Prata Bronze Total 
Japão 37 19 26 82 
França 14 10 25 49 
Coreia do Sul 11 16 16 43 
China 8 3 11 22 
Cuba 6 14 16 36 
União Soviética 5 5 13 23 
Rússia 5 4 7 16 
Itália 4 4 7 15 
Brasil 4 3 15 22 
Holanda 4 2 17 23 
Polônia 3 3 2 8 
Alemanha 3 2 13 18 
Geórgia 3 2 3 8 
Espanha 3 1 2 6 
Estados Unidos 2 4 8 14 
Coreia do Norte 2 2 4 8 
Áustria 2 2 1 5 
Bélgica 2 1 9 12 
Eslovênia 2 0 3 5 
Equipe Unificada 2 0 2 4 
Alemanha Ocidental 1 4 3 8 
Hungria 1 3 5 9 
Mongólia 1 3 4 8 
Alemanha Oriental 1 2 6 9 
Romênia 1 2 3 6 
Azerbaijão 1 2 1 4 
Suíça 1 1 2 4 
Argentina 1 0 1 2 
Bielorrússia 1 0 1 2 
Grécia 1 0 1 2 
Turquia 1 0 1 2 
Kosovo 1 0 0 1 
República Checa 1 0 0 1 
Grã-Bretanha 0 8 11 19 
Uzbequistão 0 2 4 6 
Canadá 0 2 3 5 
Cazaquistão 0 2 1 3 
Israel 0 1 4 5 
Bulgária 0 1 2 3 
Ucrânia 0 1 2 3 
Argélia 0 1 1 2 
Colômbia 0 1 1 2 
Egito 0 1 1 2 
Equipa Alemã Unida 0 1 1 2 
Eslováquia 0 1 0 1 
Estônia 0 0 3 3 
Austrália 0 0 2 2 
Iugoslávia 0 0 2 2 
Portugal 0 0 2 2 
Checoslováquia 0 0 1 1 
 
13Islândia 0 0 1 1 
Letônia 0 0 1 1 
Quirguistão 0 0 1 1 
Tajiquistão 0 0 1 1 
Participações e medalhas do Brasil no Judô nas Olimpíadas 
O judô é o esporte que mais trouxe medalhas para o Brasil na história das Olimpíadas. Até a disputa da 
edição do Rio de Janeiro, em 2016, os judocas brasileiros foram 22 vezes ao pódio. São 4 ouros, 3 bronzes e 15 
pratas. 
Chiaki Ishii foi o primeiro medalhista olímpico do Brasil no judô, em Munique 1972. Depois dele, o país 
só voltou ao pódio nos Jogos em Los Angeles, em 1984. Desde então, judocas brasileiros conquistaram 
medalhas em todas as edições. 
Aurélio Miguel, na Olimpíada de Seul 1988, foi o primeiro brasileiro campeão olímpico no judô. Quatro 
anos depois, em Barcelona, Rogério Sampaio também garantiu sua medalha de ouro. 
Entre as mulheres, Sarah Menezes foi a primeira brasileira campeã olímpica, em Londres 2012. Já 
Rafaela Silva subiu no lugar mais alto do pódio no Rio de Janeiro, em 2016. 
Antes delas, Ketleyn Quadros havia sido a primeira judoca brasileira a conquistar uma medalha nos 
Jogos Olímpicos, na edição de Pequim 2008. 
Outro feito que merece destaque foi alcançado por Mayra Aguiar. Com dois bronzes, em Londres e no 
Rio, ela foi a primeira mulher do Brasil a ganhar duas medalhas olímpicas em um esporte individual. 
A seguir, você confere todas as medalhas conquistadas por judocas do Brasil em Olimpíadas! 
Todas as medalhas olímpicas do Brasil no Judô 
Munique 1972 
 Bronze para Chiaki Ishii 
Los Angeles 1984 
 Prata para Douglas Vieira 
 Bronze para Walter Carmona 
 Bronze para Luiz Onmura 
Seul 1988 
 Ouro para Aurélio Miguel 
Barcelona 1992 
 Ouro para Rogério Sampaio 
Atlanta 1996 
 Bronze para Henrique Guimarães 
 Bronze para Aurélio Miguel 
Sydney 2000 
 Prata para Tiago Camilo 
 Prata para Carlos Honorato 
Atenas 2004 
 Bronze para Leandro Guilheiro 
 Bronze para Flávio Canto 
Pequim 2008 
 Bronze para Ketleyn Quadros 
 Bronze para Leandro Guilheiro 
 Bronze para Tiago Camilo 
 
 
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Londres 2012 
 Ouro para Sarah Menezes 
 Bronze para Felipe Kitadai 
 Bronze para Mayra Aguiar 
 Bronze para Rafael Silva 
Rio de Janeiro 2016 
 Ouro para Rafaela Silva 
 Bronze para Mayra Aguiar 
 Bronze para Rafael Silva 
 
PRINCÍPIO DO JUDÔ 
O princípio fundamental do Judô é o equilíbrio. Há no corpo humano uma vertical onde ele se assenta e 
uma vez inclinado ao lado tende a perder o equilíbrio para que todo o peso possa unificar nesta vertical, 
desabando-se assim. É baseado na gravidade. Explicando-se melhor, tomemos um copo comum. O copo 
permanece de pé uma vez na linha da gravidade, inclinando-se e soltando-se ele perderá o equilíbrio e cairá. 
No homem o centro de gravidade está situado em qualquer parte do corpo. O Judô ensina como deslocar o 
centro da gravidade. 
Quando um homem caminha, conforme dá o passo o homem perde o equilíbrio, mas a perna que vai 
para frente serve de suporte. Experimente anular o suporte: o homem desaba violentamente porque não 
conseguiu recuperar a linha da gravidade sobre si. 
O conhecimento do equilíbrio, e como perturbá-lo, é o segredo do Judô. 
 
ELEMENTOS BÁSICOS 
Fundamentos são todos elementos indispensáveis a formação do judoca relativamente à ética do Judô, 
à disciplina a ser mantida no DOJÔ e fora dele a moral. 
 
PARA PRATICAR O JUDÔ DEVEMOS SEGUIR AS SEGUINTES REGRAS 
O dojo é um local onde purificamos e enriquecemos a mente e o espírito. Portanto, tal local deve ser 
preenchido com atitudes de respeito, gratidão, e ajuda mútua. Ao entrar no dojo você percebe que todas as 
pessoas se esforçam para manter essas atitudes, logo estas devem ser praticadas com sinceridade. 
 
O texto seguinte contém algumas regras simples de comportamento. 
 
 O ato de inclinar-se é uma forma apropriada de demonstrar gratidão e humildade necessárias ao bom 
andamento do treino 
 Quando se inclinar 
o Ao entrar e sair do dojo; 
o Ao entrar e sair do tatame de treino; 
o Antes do treino, incline-se ao shomen e depois ao instrutor. 
o Após o treino, incline-se ao sensei depois ao shomem. 
o Incline-se sempre que for pedir auxílio a alguém. 
 Guia geral de etiqueta 
o O instrutor deve ser sempre tratado com respeito; 
o O instrutor deve ser sempre referido por "Sensei"; 
o Procure não interromper o treino por razões desnecessárias. Se precisar perguntar algo, aguarde 
um momento adequado; 
o Não chame ou interrompa o Sensei enquanto ele estiver ensinando; 
o Não abandone o tatame durante o treino sem antes pedir autorização ao Sensei; 
o Não se deve conversar enquanto o Sensei demonstra alguma técnica. Ao treinar com seu 
parceiro, procure conversar apenas o necessário; 
o Se você estiver no dojo, mas não no tatame, respeite o treino dos demais e fique em silêncio. 
Convidados devem ser informados destas atitudes; 
o Ao receber instruções pessoalmente, permaneça quieto até que o Sensei complete sua 
 
15
explicação. Depois se incline e agradeça; 
o É inapropriado para um aluno (incluindo faixas pretas) oferecer instrução aos demais a não ser 
que ele seja autorizado a auxiliar o Sensei. Este é um ponto essencial para o seu 
desenvolvimento pessoal e deve ser seguido cuidadosamente; 
o Quando o instrutor estiver ensinando um ponto, não procure ir além, a não ser que você seja 
autorizado a fazê-lo; 
o Não fique fazendo comparações entre seu Sensei com outros. Cada instrutor tem características 
únicas a serem compartilhadas; 
o Procure chegar sempre mais cedo para o treino; 
o Se você chegar atrasado para o treino, aguarde do lado de fora do tatame até que o instrutor 
autorize-o a entrar; 
o Todos os alunos devem já estar alinhados em posição antes do Sensei adentrar o tatame; 
o A posição formal de sentar-se no tatame é seiza. Se você tem algum ferimento ou por alguma 
outra razão não pode sentar-se assim, explique ao Sensei e ele o autorizará a sentar-se com as 
pernas cruzadas. Nunca se sente com as pernas esticadas, deite ou descanse em outra posição 
dentro do tatame; 
o Procure não ficar ocioso durante o treino. Se não estiver treinando, sente-se formalmente e 
aguarde sua vez; 
o O local de treino de artes marciais deve permanecer limpo. Se você vir algum resquício de sujeira 
ou coisa parecida, não espere alguém limpar, limpe você mesmo. Isso faz parte de seu 
treinamento; 
o Trate suas 'ferramentas de treino' com cuidado. Seu kimono deve estar sempre limpo e 
costurado. 
o Um par de calçados é parte de seu uniforme. Use de preferência chinelos ou sandálias e, ao 
entrar no tatame, deixe-os do lado de fora voltados para o lado contrário do tatame; 
o Seus corpos, principalmente seus pés, devem estar limpos antes de entrar no tatame; 
o Não treine se você tiver ingerido algum tipo de bebida alcóolica ou drogas, a não ser que sejam 
medicamentos prescritos por um médico; 
o Entre no dojo com pensamento positivo. Não existe local para pessimismo no dojo; 
o Anéis, relógios ou outros acessórios não devem ser usados durante o treino, pois podem 
machucar você ou seu companheiro; 
o Mascar chiclete ou comer dentro do tatame não é permitido; 
o Se estiver doente ou exausto, procure repousar ao invés de treinar, pois você pode piorar seu 
estado; 
o Não é permitido fumar no dojo; 
o Não critique ninguém ou outra arte marcial; 
O JUDOÍSTA DEVE SABER 
 A disciplina é fundamental, pois relaciona com as normas de qualquer academia e também em outros 
setores da vida. 
 
 O respeito é indispensável, uma vez que, para treinar e competir depende dos seus colegas, dos 
superiores hierárquicos ou até como filosofia de vida. 
 
 A educação é fator importante de disciplina pessoal, uma vez que deve conduzir o atleta à lealdade 
dentro do JUDÔ. 
 
 A dedicação é essencial em qualquer modalidade esportiva. Além de depender o treinamento extra ou 
especial, depende também de algumas regras de alimentação. 
 
 Existem outros fatores importantes como a força de vontade, desenvolvimento físico e técnico, ondepodemos resumir dizendo que sem estes ninguém chega a perfeição. 
 
 
 
16
O ESPÍRITO DO JUDÔ 
 “AQUELE QUE PRATICA O JUDÔ NÃO SE APERFEIÇOA PARA LUTAR, LUTA PARA SE APERFEIÇOAR”. 
 “CONHECER-SE É DOMINAR-SE, DOMINAR-SE É TRIUNFAR”. 
 “JUDOCA É O QUE POSSUI: INTELIGÊNCIA PARA COMPREEDER AQUILO QUE LHE ENSINAM; PACIÊNCIA PARA 
ENSINAR AQUILO QUE APRENDEU AOS SEUS SEMELHANTES, E FÉ PARA ACREDITAR NAQUILO QUE NÃO 
COMPREENDE”. 
 “QUEM PENSA EM PERDER JÁ ESTÁ VENCIDO”. 
 “SOMENTE SE APROXIMA DA PERFEIÇÃO QUEM A PROCURA COM CONSTÂNCIA, COM SABEDORIA E 
SOBRETUDO COM MUITA HUMILDADE”. 
 “SABER CADA DIA UM POUCO MAIS E USÁ-LO TODOS OS DIAS PARA O BEM, ESSE É O CAMINHO DOS 
VERDADEIROS HOMENS”. 
 “QUANDO VERIFICARES COM TRISTEZA QUE NÃO SABES NADA, TERÁS FEITO O PRIMEIRO PROGRESSO NO 
APRENDIZADO”. 
 “NUNCA TE ORGULHES DE HAVER VENCIDO UM ADVERSÁRIO: O QUE VENCESTE HOJE, PODERÁ DERROTAR-TE 
AMANHÃ. A ÚNICA VITÓRIA QUE PERDURA É A QUE SE CONQUISTA SOBRE A PRÓPRIA IGNORÂNCIA”. 
 “NAS ÁGUAS DO RIO DA VIDA CHEGA MAIS LONGE QUEM NADA COMO DEVE, QUANDO DEVE E ATÉ ONDE 
DEVE”. 
 “O CORPO É UMA ARMA CUJA EFICÁCIA DEPENDE DA PRECISÃO COM QUE SE USA A INTELIGÊNCIA”. 
 “VIVE EM PAZ COM OS TEUS SEMELHANTES”. 
 “É SOMENTE ATRAVÉS DA AJUDA MÚTUA E DAS CONCESSÕES RECÍPROCAS QUE UM ORGANISMO 
AGRUPANDO INDIVÍDUOS EM NÚMERO GRANDE OU PEQUENO PODE ENCONTRAR SUA HARMONIA PLENA E 
REALIZAR VERDADEIROS PROGRESSOS”. 
 “A SIMPLICIDADE É A CHAVE DE TODA ARTE SUPERIOR, DA VIDA E DO JUDÔ”. 
 “SUTILEZA NA TÉCNICA E FINURA NA ESTÉTICA SÃO ÚTEIS PARA A EFICÁCIA DA ARTE, MAS ESCAPAM A 
QUALQUER DESCRIÇÃO”. 
 “A DERROTA NA COMPETIÇÃO E NO TREINAMENTO NÃO DEVE SER UMA FONTE DE DESÂNIMO OU DE 
DESESPERO. É SINAL DE NECESSIDADE DE UMA PRÁTICA MAIOR E DE ESFORÇOS REDOBRADOS”. 
 “O JUDÔ ULTRAPASSOU O ESTÁGIO PRIMITIVO DA UTILIDADE PARA ATINGIR O DE UMA CIÊNCIA E DE UMA 
ARTE”. 
 “O JUDÔ NÃO DEVE SER REVESTIDO POR UM RÓTULO NACIONAL, RACIAL, POLÍTICO, PESSOAL OU SECTÁRIO”. 
 “O JUDÔ PODE SER CONSIDERADO COMO UMA ARTE, OU UMA FILOSOFIA DE EQUILÍBRIO, BEM COMO UM 
MEIO PARA CULTIVAR O SENTIDO E O ESTADO DE EQUILÍBRIO”. 
 “O ADVERSÁRIO É UM PARCEIRO NECESSÁRIO AO PROGRESSO; A VIDA DA HUMANIDADE BASEIA-SE NESTE 
PRINCÍPIO”. 
 “NÃO SE ENVERGONHE POR CAUSA DE UM ERRO; VOCÊ ESTARIA COMETENDO UMA FALTA”. 
 “QUANDO SE PERCEBE A POTÊNCIA DO JUDÔ, COMPREENDE-SE QUE NÃO SE PODE USÁ-LO LEVIANAMENTE, 
POIS ELE PODE SER TÃO PERIGOSO QUANTO UMA ESPADA DESENBAINHADA”. 
 “A MAIOR GLÓRIA NÃO ESTÁ EM NUNCA CAIRMOS, MAS EM NOS LEVANTAR TODAS AS VEZES QUE 
CAIRMOS”. 
 “APRENDA A CONHECER A SÍ MESMO; DOMINAR-SE PARA DEPOIS DOMINAR OS OUTROS”. 
 “É COM CONSTÂNCIA E HUMILDADE QUE SE VAI CONSEGUINDO A PERFEIÇÃO”. 
 “A VITÓRIA VEM DA VONTADE DE FAZER TUDO CERTO, DO INÍCIO AO FIM. DE NÃO SE PERMITIR ERROS, DE 
DAR DE SÍ O MÁXIMO ABSOLUTO”. 
CÓDIGO MORAL 
GENTILEZA – É RESPEITAR OS OUTROS 
CORAGEM - É FAZER O QUE É JUSTO 
SINCERIDADE – É SE EXPRESSAR SEM OCULTAR SEUS SENTIMENTOS 
HONRA – É MANTER A PALAVRA 
MODÉSTIA – É FALAR DE SÍ SEM VAIDADE 
RESPEITO – SEM RESPEITO NÃO HÁ CONFIANÇA 
AUTOCONTROLE – É FICAR QUIETO QUANDO A RAIVA AFLORA 
AMIZADE – É O MAIS PURO DOS SENTIMENTOS HUMANOS 
O JUDÔ É O BUQUÊ DE TODAS ESSAS FLORES 
 
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TERMINOLOGIA DOS TERMOS USADOS NO JUDÔ 
E TRADUÇÃO 
1. Dicionário de palavras em japonês usadas no judô: 
Agura – posição sentado com as pernas cruzadas 
Ashi – pé, perna 
Ashi-garami – pernas entrelaçadas, chave de pernas 
Ashi-waza – técnica de pernas 
Atama – Cabeça 
Barai – vide harai 
Basami – vide hasami 
Budo – caminho marcial (literalmente: caminho do guerreiro. Vide explicação no item próprio) 
Bujutsu – artes marciais (Vide explicação no item próprio) 
Chudan – Nível médio (do pescoço até à cintura) 
Chugaeri – cambalhota para frente para amortecer a queda 
Chui – penalidade por infração média (ou 2º shido) – equivale a um yuko para o adversário 
Dan – Nível, grau (cinto negro) 
Dojime – apertar o corpo com as pernas 
Dojo – Local de treino de Budo 
Enji – cotovelo 
Eri – pescoço, colar 
Fusen-gashi – vencer por ausência 
Gaeshi – vide kaeshi 
Gake - gancho 
Gari – ceifa 
Garami – torção, chave 
Gatame – vide katame 
Gedan – Nível baixo (da cintura para baixo) 
Goshi - vide koshi 
Guruma – vide kuruma 
Gyaku – contrário, inverso 
Hadaka – nu, sem roupa 
Hajime – começar (do verbo hajimeru) 
Hane – salto, mola 
Hansoku-make –desclassificação por infração gravíssima 
Hantei - decisão 
Hara – barriga, ventre 
Harai (barai) – varrida 
Hasami (basami) – tesoura 
Hidari - esquerda 
Hiji – cotovelo (mesmo que “enji”) 
Hiki-wake - empate 
Hishigi – esmagamento, deslocamento 
Hiza – joelho 
Hon – fundamental, básico 
Ippon – um ponto/pontuação máxima 
Jigoku – inferno 
Jigo-tai – posição de defesa em pé 
Jime – vide shime 
Joseki - responsável da mesa central 
Judo – caminho da suavidade 
Judogi – (lê-se “judôgui”) kimono próprio para o judô 
Judoka – (lê-se “judôká”) praticante de judô 
Juji – cruzado, em forma de X (a forma do kanji “dez”) 
Jutsu – técnica, arte 
 
18
Kachi – (lê-se “kati”) vitória 
Kaeshi (gaeshi) – reverso, contra-ataque, torção 
Kagato/Kakato – salto 
Kaiten - rolamento 
Kamae – posição de defesa 
Kamaete – ordem para assumir posição 
Kami – cabeça, topo, parte superior 
Kani - caranguejo 
Kannuki – travamento, parafuso, trava (antiga de porta) 
Kansetsu – junta, articulação 
Kansetsu-waza – técnica de chave 
Kata – ombro 
Kata – forma, coreografia 
Kataha – um ombro (Kataha jime – estrangulamento com um ombro) 
Katame (gatame) – imobilização 
Kawazu – sapo 
Kesa – “gravata” (aplicar uma) 
Kibisu – salto 
Kiken-gashi – vitória por desistência 
Kimono – significa “roupa” em japonês. É incorreto chamar o uniforme do judô de kimono, mas sim de “judogi” 
Kinshi – proibido 
Kiotsuke – atenção! (“ki wo tsuke” - literalmente: juntem seus espíritos) 
Ko – pequeno 
Kohai – aluno menos experiente (oposto de “senpai”) 
Koshi (goshi) – quadril 
Koshi-waza – técnica de quadril 
Kubi – pescoço 
Kumi-kata – pegada 
Kuruma (guruma) – roda, giro 
Kuzure – deformado, colapso, separação 
Mae – frente 
Maki - enrolar 
Makikomi – enrolamento, envolver 
Makura – travesseiro, apoio de cabeça 
Mata – parte interior da coxa 
Matte – pare, espere 
Migi - direita 
Mokuso – Literalmente: não pensar. Atitude de concentração executada durante o cerimonial de início e final 
da prática de Budo 
Morote – ambas as mãos 
Mune - peito 
Nage – arremesso 
Nage-waza – técnica de projeção 
Nami – onda; comum 
Naname - diagonal 
Ne-waza – técnica de solo 
Ō – grande (lê-se “oo” como na palavra “zôo” 
Obi – cinta, faixa 
Okuri – Deslizar 
Okuri-ashi – Forma de andamento em que a perna da frente se move em primeiro lugar 
Osae – imobilização 
Osaekomi – início da contagem de imobilização no solo 
Osu – forma comum de cumprimento entre praticantes de artes marciais 
Otoshi – movimento de cima para baixo, queda 
 
19
Randori – combate livre 
Rei – saudação 
Ritsu-rei – saudação em pé 
Ryote – ambas as mãos 
Sankaku - triângulo 
Sasae – suporte, apoio 
Seiza – Sentar na posição de joelhos 
Senpai – aluno mais experiente (oposto de “kohai”) 
Sensei - professor 
Seoi – de “seou”, carregar nas costas 
Seoinage – ou “shoinage”, atirar, arremessar por sobre o ombro (Ippon: um braço; Morote: dois braços) 
Shido – penalidade por infração leve – equivale a um koka para o adversário 
Shihan – mestre, professor de grau elevado 
Shiho – quatro lados, todas as direções 
Shime (jime) – estrangulamento 
Shitabaki – calça do judogi 
Shizen-hotai – posição natural 
Shizen-tai – posição fundamental, natural 
Sode – manga (da roupa) 
Sogo-gashi – vitória composta 
Sono-mama – não se mexam 
Sore-made – fim do combate (literalmente: “até aí”) 
Soto – fora 
Sumi – canto, ângulo 
Sutemi – sacrifício, abandono do corpo, técnica em que o executante se deixa cair para projetar o adversário 
Tai – corpo 
Tani – vale 
Tatami - tapete 
Tate - vertical 
Tawara – bala de arroz, saco de arroz 
Te – mão 
Toketa – imobilização desfeita 
Tomoe –circular 
Tori – quem aplica o golpe 
Tsubame - abismo 
Tsukkomi – tamanho, volume 
Tsukuri – Contato, segunda fase de execução de uma técnica 
Tsurikomi – levantamento, pescar (movimento de lançar a rede com as duas mãos) 
Uchi – dentro 
Ude – braço (ou parte superior do braço) 
Ude garami – chave de braço 
Uke – passivo, quem recebe o golpe 
Ukemi – queda (vide explicação mais detalhada no ítem “quedas”, mais adiante) 
Uki – flutuar 
Ura – as costas, o reverso, o lado oposto 
Ushiro – atrás 
Utsuri – mudança, troca 
Uwagi – parte de cima do judogi 
Wakare – separação 
Waki – parte lateral do peito, axila 
Waza – técnica 
Waza-ari – quase ippon 
Waza-ari-awasete-ippon – 2º waza-ari (se converte em um ippon) 
Yama – montanha (Yama arashi – tempestade na montanha) 
 
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Yasume – Ordem de descontrair 
Yoi – Ordem de atenção 
Yoko – lado, lateral 
Yoshi - continuar 
Yuko – quase waza-ari 
Za-rei – Saudação em seiza 
Zenpo – para frente 
Zubon – calça do judogi 
Observação: As palavras entre parênteses representam a forma conjugada da palavra, quando esta aparece 
anexa a outra. Exemplo: Koshi (goshi): Koshi-guruma, Hane-goshi 
2. Dojo 
Joseki – Lado superior, lugar de honra (no dojo, a parede sul) 
Kamiza – Parede principal do dojo, do lado leste, onde se encontra o Tokonoma (ornamento, alcova) 
Shimoza – Parede oeste do dojo, oposta ao Kamiza, onde se sentam os alunos 
Shimoseki – Parede norte do dojo, onde podem ficar os assistentes não praticantes 
 
3. Números 
1 – ichi 
2 – ni 
3 – san (lê-se “sán”, com o “a” aberto. Leia as regras de pronúncia) 
4 – shi (ou “yon”) 
5 – go 
6 – roku 
7 – shichi (ou “nana”) 
8 – hachi 
9 – kyu (ou “ku”) 
10 – jū 
11 – jū ichi 
12 – jū ni 
13 – jū san 
20 – ni jū 
21 – ni jū ichi 
22 – ni jū ni 
30 – san jū 
40 – yon jū 
50 – go jū 
60 – roku jū 
70 – shichi jū 
80 – hachi jū 
90 – kyu jū 
100 – hyaku 
200 – ni kyaku 
1000 – sem 
 
4. Cores (iro) 
Branco – shiroi, howaito (este último é a pronúncia de “white”em japonês) 
Cinza – hai iro, gurei (este último é a pronúncia de “grey”em japonês) 
Azul – aoi*, sora iro (literalmente “cor do céu”), buruu (este último é a pronúncia de “blue”em japonês) 
Amarelo – kiiroi, ieroo (este último é a pronúncia de “yellow”em japonês) 
Laranja – orenji iro (“orenji” – pronúncia japonesa de “orange” + “iro” – cor) 
Verde – aoi*, midori iro, guriin (este último é a pronúncia de “green”em japonês) 
Roxo – murasaki iro, baioretto (este último é a pronúncia de “violet”em japonês) 
Marrom – cha iro, kuri iro 
Preto – kuroi, burakku (este último é a pronúncia de “black”em japonês) 
 
21
(*) estranhamente a palavra “aoi” pode designar tanto “azul” como “verde” em japonês 
5. Quedas (ukemi) 
Na verdade, a palavra “ukemi” não significa literalmente “queda”. É a junção de “uke” (passivo, aquele que 
recebe) e “mi” (com o corpo), ou seja, aquele que recebe com o corpo, e no contexto do judô, 
consequentemente é aquele que cai. 
Mae ukemi – queda para frente 
Ushiro ukemi – queda para trás 
Yoko ukemi – queda lateral 
Zenpo kaiten ukemi – queda com rolamento para frente 
6. Nomes dos golpes 
Ashi guruma – giro na perna 
Daki wakare – levantar e separar 
De-ashi-barai – varrida com o pé avançando 
Hane-goshi – arremesso de quadril, mola de quadril 
Hane-makikomi – arremesso de enrolamento 
Harai-goshi – varrida com o quadril 
Harai-makikomi – varrida com enrolamento 
Harai-tsurikomi-ashi – Levantamento com varrida do pé 
Hikikomi-gaeshi – puxada invertida 
Hiza guruma – giro no joelho 
Ippon Seoinage – Arremesso por sobre o ombro com um braço 
Kata guruma – giro no ombro 
Kibisu gaeshi – salto invertido 
Koshi guruma – giro no quadril 
Kosoto gake – pequeno gancho por fora 
Kosoto gari – pequena ceifa/foice por fora 
Kouchi gake – pequeno gancho por dentro 
Kouchi gari – pequena ceifa/foice por dentro 
Kouchi gaeshi – pequena invertida por dentro 
Morote Seoinage – Arremesso por sobre o ombro com dois braços 
Obi otoshi – derrubar com (usando a) faixa 
O goshi – grande arremesso com o quadril 
O guruma – grande giro 
Okuriashi-barai – varrida com o pé deslizando 
Osoto gake – grande gancho por fora 
Osoto gari – grande ceifa/foice por fora 
Osoto guruma – grande giro por fora 
Osoto otoshi – grande queda por fora 
O uchi gaeshi – grande invertida por dentro 
O uchi gake – grande gancho por dentro 
O uchi gari – grande ceifa/foice por dentro 
Sasae tsurikomi ashi – levantamento com apoio do pé 
Seoi otoshi – queda carregando nas costas 
Sode tsurikomi goshi – levantamento com o quadril usando a manga 
Soto makikomi – enrolamento por fora 
Sukui nage – arremesso escavando 
Sumi otoshi – queda de canto 
Tai otoshi – queda do corpo 
Tani otoshi – queda no vale 
Tawara gaeshi – reversão do saco de arroz 
Te guruma – giro com a mão 
Tomoe nage – arremesso circular 
Tsubame gaeshi – reversão do abismo 
Tsuri goshi – levantamento de quadril 
 
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Tsurikomi goshi - levantamento de quadril 
Uchi makikomi – enrolamento por dentro 
Uchi mata – parte interna da coxa 
Uki goshi – flutuar com o quadril 
Uki otoshi – queda flutuante 
Uki waza – técnica de flutuar 
Ura nage – arremesso para trás 
Ushiro goshi – quadril para trás 
Utsuri goshi – arremesso mudando de quadril 
Yama arashi – tempestade na montanha 
Yoko gake – gancho lateral 
Yoko guruma – giro lateral 
Yoko otoshi – queda de lado 
Yoko wakare – separação lateral 
7. Técnicas de Imobilização (Osaewaza) 
Hon kesa gatame – Imobilização básica com uma gravata 
Kuzure kesa gatame – Imobilização deformada com uma gravata 
Gyaku kesa gatame – Imobilização invertida com uma gravata 
Ushiro kesa gatame – Imobilização de costas com uma gravata 
Makura kesa gatame - Imobilização de travesseiro com uma gravata 
Kami shiho gatame - Imobilização no topo (na cabeça) dos 4 lados 
Kuzure kami shiho gatame - Imobilização deformada no topo (na cabeça) dos 4 lados 
Tate shiho gatame - Imobilização na posição vertical dos 4 lados 
Kuzure tate shiho gatame - Imobilização deformada na posição vertical dos 4 lados 
Yoko shiho gatame – Imobilização lateral dos 4 lados 
Kata gatame – Imobilização do ombro 
Mune gatame – Imobilização no peito 
8. Técnicas de estrangulamento (Shime-waza) 
Gyaku juji jime - estrangulamento cruzado invertido 
Hadaka jime – estrangulamento sem roupa 
Jigoku jime – estrangulamento do inferno 
Kagato jime – estrangulamento com salto 
Kata juji jime – estrangulamento cruzado pelo ombro 
Kataha jime – estrangulamento com um ombro 
Koshi jime – estrangulamento de quadril 
Morote jime – estrangulamento com ambas as mãos 
Nami juji jime – estrangulamento cruzado comum 
Okuri eri jime – estrangulamento deslizando pelo pescoço/gola 
Ryote jime – estrangulamento com as duas mãos 
Sankaku jime – estrangulamento triangular 
Sode guruma jime – estrangulamento com giro da manga 
Tsukkomi jime – estrangulamento com o peso 
Yoko sankaku jime – estrangulamento lateral triangular 
9. Técnicas de articulações (Kansetsu-waza) 
Ude garami – chave de braço 
Ude hishigi juji gatame – imobilização com deslocamento cruzado do braço 
Ude hishigi waki gatame – imobilização com deslocamento do braço na axila 
Ude hishigi ude gatame – imobilização com deslocamento do braço usando o braço 
Ude hishigi te gatame – imobilização com deslocamento do braço usando a mão 
Ude hishigi hara gatame – imobilização com deslocamento do braço usando a barriga 
Kannuki gatame – imobilização com travamento 
Hiza gatame – imobilização com o joelho 
Gyaku juji gatame – imobilização cruzada invertida 
Ashi gatame – imobilização com a perna 
 
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10. Chaves de perna: 
Kata ashi hishigi – deslocamento de uma perna 
Ryo ashi hishigi – deslocamento de duas pernas 
Ashi dori garami – chave de perna embaraçada 
Hiza hishigi – deslocamento de joelho 
Tate shiho hiza hishigi – deslocamento de joelho na posição vertical para os 4 lados 
Ashi makikomi – enrolamento de perna 
Kani garami – chave do caranguejo 
Ashi kannuki – travamento de perna 
Hiza tori garami – chave de joelho 
11. Chaves de pescoço: 
Kubi hishigi – deslocamento depescoço 
Osae hishigi – deslocamento com imobilização 
Tate hishigi – deslocamento na vertical 
Gyaku hishigi – deslocamento invertido 
Tomoe hishigi – deslocamento em círculo 
Kesa gatame kubi hishigi – deslocamento de pescoço em imobilização com gravata 
12. Técnicas proibidas (Kinshiwaza) 
Ashi garami – chave de perna 
Do jime - estrangulamento 
Kani basami – tesoura do caranguejo 
Kawazu gake – gancho do sapo 
13. Budo e bujutsu 
Breve explicação sobre a diferença entre as duas expressões, sendo que “budo” significa “o caminho do 
guerreiro”, e “bujutsu” traduz-se por “arte marcial”, ou “arte de guerra”. 
“Marcial” por sua vez reporta ao Deus Marte da guerra, na mitologia romana, pois os romanos acreditavam que 
tinham adquirido suas técnicas de guerra diretamente daquela divindade. 
“Jutsu” significa literalmente “técnica” ou “arte”. As artes marciais voltavam-se exclusivamente à utilização de 
técnicas para matar o adversário no campo de batalha. Contudo, com o início da era Meiji (e restauração do 
poder do Imperador), que representou, entre outros, o fim da classe guerreira (os samurais), acabaram-se as 
guerras internas, e a necessidade de simplesmente saber matar no campo de batalha, onde o termo “bujutsu” 
deu lugar ao “budo”, ou seja, as artes marciais evoluíram de simples formas de matar (jutsu) para a introdução 
de filosofia nestas artes (do), preservando sua identidade guerreira. Desta forma, o ju-jutsu deu lugar ao judô, 
assim como o kenjutsu e o kendo, o aikijutsu e o aikido, e assim por diante. 
Em resumo, o “jutsu” se refere simplesmente à prática de técnicas de combate, enquanto que o “do” vai mais 
além, mostrando ao praticante o caminho, a filosofia por trás da arte, ajudando-o a evoluir como ser humano, e 
não simplesmente ser uma máquina de matar. 
14. Regras de pronúncia em japonês 
O japonês utiliza um alfabeto silabário, o que implica dizer que não se utilizam letras, mas sílabas. Abaixo, 
coloco o alfabeto da forma como é normalmente transliterado para o “romaji” (o nosso alfabeto), com a 
pronúncia e exemplo no português (quando necessário). 
A I U E O - aqui, nenhuma dificuldade, salvo a letra “U”, que é falado um pouco expirado, como um sopro. As 
outras letras tem os seguintes sons: A (como em “átomo”), E (como em “êxito”), I (como em “HaIti”) e O (como 
em “Ônibus”). 
Não existe o som de “ó” no japonês, portanto, não se fala “judóka”, e sim “judôka” 
KA KI KU KE KO – sem dificuldades 
SA SHI SU SE SO – algumas observações: 
SA – mesma pronúncia do português. A ressalva é que quando no meio da palavra, não adquire som de “za”, 
como na palavra “casa”. Por exemplo, na palavra “hasami” (tesoura), lê-se “hassami” 
SHI – não existem o som “si” no japonês, como na palavra “sinal”. Em vez disso, utiliza-se o “shi”, com som de 
“xi”, como em “xícara 
SU – o som da letra “U” nesta sílaba é pouquíssimo pronunciado. Fica mais para o som de um “SS” (S duplo), 
como se a palavra “máscara” pronunciássemos “máSScara”. Exemplo é a palavra japonesa “OSU”, forma 
corriqueira de cumprimento entre praticantes de artes marciais, que pronuncia-se “OSS”. 
 
24
TA CHI TSU TE TO – Observações: 
CHI – é falado como o “ti” da palavra “time” 
TSU – não existe o som “tu” em japonês, em seu lugar, o correspondente é “tsu” 
NA NI NU NE NO – nenhuma dificuldade 
HA HI FU HE HO – Observações: 
Quanto às letras HA HI HE HO, são faladas com som de R como nas palavras “rato”, “rico”, “represa” e “roubo”, 
respectivamente. 
A única dificuldade é com relação à letra “FU”. Não existe o som de “HU”, e sim “FU”, que também não é falado 
exatamente como na palavra “futebol”. É mais um intermediário entre o que seria o nosso “fu” e “hu”, é falado 
expirado, com a boca entreaberta. 
MA MI MU ME MO – sem dificuldades 
YA YU YO – sem dificuldades. Não existem as letras “ye” ou “yi”. 
RA RI RU RE RO – falados respectivamente como nas palavras “baRAlho”, “caRInho”, “baRUlho”, “paREde” e 
“gaROto” 
WA WO – Observações: 
WA – é pronunciado “UÁ”, como na palavra inglesa “water”, mas com o A bem aberto. 
WO – não é utilizado em nenhuma palavra, apenas como partícula que designa na frase o objeto direto. De 
qualquer 
forma, não se pronuncia “UÔ”, mas simplesmente “Ô”. Exemplo: “Ki wo tsuke” (“Juntem seus espíritos”, ou 
“Juntem sua energia”. Traduz-se normalmente por “atenção”) 
N – é a única letra não acompanhada de vogal. Aparece em palavras como “hoNda” e “saN” 
Além desses, existem sinais ortográficos que mudam o som destas letras. Assim, ocorrem as seguintes 
mudanças: 
KA KI KU KE KO se transformam respectivamente em GA GI GU GE GO (observação que GI e GE se pronunciam 
como em “GUInada” e “foGUEte”) 
SA SHI SU SE SO se transformam respectivamente em ZA JI ZU ZE ZO (observação que JI é pronunciado “DJI”) 
TA CHI TSU TE TO se transformam em DA JI DZU DE DO (este JI também se pronuncia “DJI”) 
HA HI FU HE HO se transformam em BA BI BU BE BO (sem dificuldades) ou PA PI PU PE PO (idem) 
Aqui cabe esclarecer que muitas vezes as palavras que começam com uma dessas letras que recebem o sinal 
ortográfico mudam de som ao serem combinadas a uma anterior. É por isso que palavras como “KURUMA” 
(que significa “carro” ou, no judô, “giro”), quando combinada com a palavra “KATA” (ombro), pronuncia-se 
“KATAGURUMA”, e não “kata-kuruma”. Outros exemplos: KOSHI (quadril) – hane-GOshi; HARAI (varrida) – de 
ashi BArai; 
SHIME (estrangulamento) – juji-JIme. 
Outras observações: 
1. as letras A, KA, SA, TA etc sempre são faladas abertas, mesmo que depois delas haja um “N”. Temos a 
tendência de nasalisar o A anterior a um N, como na palavra “Santos”, mas na verdade isso não acontece no 
japonês. Por exemplo, o número 3 – “san”, não se fala “sãn”, mas sim “sán”. 
2. Quando uma letra aparece dobrada, significa que há uma pequena “quebra” na pronúncia da palavra. Por 
exemplo, “ippon”, lê-se “ip-pon”, com uma pequena quebra entre os dois “P” 
3. Algumas letras ainda podem ser combinadas com as letras YA, YU e YO, formando novos sons, como 
JI+YU=JU (da própria palavra JUDÔ, que se pronuncia “DJUdo”), GI+YA=GYA (pronuncia-se “guiá”) 
4. As vogais isoladas A I U E quando colocadas após outra letras prolonga o seu som. A palavra “judô”, por 
exemplo, na verdade escreve-se “juudou” em japonês (a letra “U” quando posposta a uma sílaba com “O”, 
prolonga o som o “O”). Assim, a forma correta de pronunciar “judô” é “djuudoo”. Normalmente, as sílabas 
alongadas são grafadas com um traço em cima. Exemplo: Jūdō. 
5. Não existem sílabas tônicas no japonês: todas as sílabas da palavra têm a mesma intensidade. Assim, ao 
contrário do que ocorre no português, onde uma sílaba normalmente é mais forte do que as demais (exemplo, 
a sílaba “cí” da palavra “facínora”), no japonês, todas as sílabas têm a mesma força. 
 
 
 
 
 
 
25
NORMAS GERAIS DE OUTORGAS DE GRAUS 
CBJ/FAJ 
 
De acordo com os níveis de aquisição dos conhecimentos históricos, filosóficos, os princípios do espírito 
do Judô, domínio e habilidades na execução das técnicas, e ainda a contribuição na divulgação e progresso do 
Judô, aos praticantes será autorizado usar as faixas nas cores conforme sequência abaixo: 
Para as promoções abaixo, será necessário atender aos critérios de idade e carência em conjunto. 
 
BÁSICO 
FAIXA GRADUAÇÃO IDADE 
MÍNIMA 
CARÊNCIA 
MÍNIMA 
BRANCA INICIANTE --------------- --------------- 
BRANCA / CINZA 11º KYÛ 4 ANOS 3 MESES * 
CINZA 10º KYÛ 5 ANOS 3 MESES * 
CINZA / AZUL 9º KYÛ 6 ANOS 6 MESES * 
AZUL 8º KYÛ 7 ANOS 6 MESES * 
AZUL / AMARELA 7º KYÛ 8 ANOS 6 MESES * 
AMARELA 6º KYÛ 9 ANOS 6 MESES * 
AMARELA / 
LARANJA 
5º KYÛ 10 ANOS 12 MESES * 
 * Carência recomendada pela CBJ/FAJ, na graduação anterior. 
 
Nas faixas em duas cores, (citadas acima) deverá ser colocada em suas extremidades a cor da faixa seguinte, 
obedecendo ao limite de 20 cm a 25 cm em cada uma das extremidades. 
 
 
 
 
INTERMEDIÁRIO 
FAIXA GRADUAÇÃO IDADE 
MÍNIMA 
CARÊNCIA 
MÍNIMA 
LARANJA 4º KYÛ 11 ANOS 12 MESES ** 
VERDE 3º KYÛ 12 ANOS 12 MESES** 
ROXA 2º KYÛ 13 ANOS 12 MESES ** 
MARROM 1º KYÛ 14 ANOS 12 MESES ** 
 ** Carência mínima exigia pela CBJ/FAJ, na graduação anterior. 
 
- Nas faixas básicas e intermediárias, se for necessário, poderá ser colocado no máximo quatro tiras em uma de 
suas extremidades. 
- Para os praticantes acima de 16 anos não será exigido a sequência nem a carência nas faixas básicas. 
- Recomenda-se o registro dos praticantes junto a sua federação de origem a partir da faixa branca ou quando 
realizar sua primeira graduação, respeitando os critérios de idade e carência mínimas contemplados nas tabelas 
acima. 
GRADUADO 
FAIXA GRADUAÇÃO IDADE 
MÍNIMA 
CARÊNCIA 
MÍNIMA 
PRETA 1º DAN 16 ANOS 2 ANOS** 
>20 anos 1 ANO** 
PRETA 2º DAN 20 ANOS 4 ANOS ** 
PRETA 3º DAN 25 ANOS 5 ANOS ** 
PRETA 4º DAN 31 ANOS 6 ANOS ** 
PRETA 5º DAN 37 ANOS 6 ANOS ** 
 ** Carência mínima de tempo e idade completos, exigida pela CBJ/FAJ na graduação anterior. 
 
 
 
 
26
Atletas MEDALHISTAS no âmbito de Campeonatos Mundiais, Sênior, Kata e Veteranos, bem como para os 
árbitros FIJ A e/ou técnicos que tenha arbitrado ou participado em mundial ou Olimpíada, e que tenham 
participado ativamente desses eventos, a carência e idade mínimas seguirão a tabela abaixo: 
GRADUAÇÃO SUPERIOR (CATEGORIA ESPECIAL) 
FAIXA GRADUAÇÃO IDADE 
MÍNIMA 
CARÊNCIA 
MÍNIMA 
PRETA 1º DAN 15 ANOS 1 ANO** 
PRETA 2º DAN 17 ANOS 2 ANOS ** 
PRETA 3º DAN 20 ANOS 3 ANOS ** 
PRETA 4º DAN 24 ANOS 4 ANOS ** 
PRETA 5º DAN 29 ANOS 5 ANOS ** 
VERMELHA E BRANCA 6º DAN 30 ANOS 6 ANOS ** 
** Carência mínima de tempo e idade completos, exigida pela CBJ na graduação anterior. 
ATLETAS OLÍMPICOS e para os MEDALHISTAS OLÍMPICOS (campeões, vice-campeões e terceiros lugares), em 
deferência à sua enorme dedicação e por elevar o nome do judô nacional, será concedido um regime especial 
de promoção, cujas outorgas serão concedidas conforme a seguir. I. 01 (um) DAN para cada ciclo olímpico 
completado como ATLETA OLÍMPICO; II. Será outorgada automaticamente a graduação de 5º DAN (GO DAN), 
para o ATLETA OLÍMPICO que possuir ao menos 02 (dois) ciclos olímpicos, quando da sua decisão de deixar 
definitivamente de participar da seleção nacional (aposentadoria como atleta); III. Será outorgada 
automaticamente a graduação de 5º DAN (GO DAN), para o MEDALHISTA OLÍMPICO, quando da sua decisão de 
deixar definitivamente de fazer parte da seleção nacional (aposentadoria como atleta); IV. Será outorgada 
automaticamente a graduação de 6º DAN (ROKU DAN), para o MEDALHISTA OLÍMPICO, que tenha participado 
de ao menos 02 (dois) ciclos olímpicos, quando da sua decisão de deixar definitivamente de fazer parte da 
seleção nacional (aposentadoria como atleta); e V. As outorgas previstas neste parágrafo serão retroativas e 
contemplarão todos os ATLETAS e MEDALHISTAS OLÍMPICOS que se enquadrem nas condições listadas acima. 
 
A responsabilidade de outorga de faixas e graus está assim distribuída: 
I – DANGAI (Faixa Branca até a Marrom) - Serão reconhecidas e homologadas/outorgadas nas respectivas 
entidades Federativas, quando apresentadas/abonadas por uma Associação ou entidade similar, reconhecidas 
por esta. Faixa Preta – 1° Dan maior de 18 anos: poderá promover até a Faixa Verde (3° Kyû). 
* Desde que seja este o entendimento da respectiva entidade (Federação). 
 
II – YÛDANSHA (Faixas Pretas de 1º a 5º Graus) - Serão reconhecidas e homologadas/outorgadas na CBJ, 
quando apresentadas/abonadas por uma Federação e sua Comissão Estadual de Graduação. 
 
III – KÔDANSHA - Faixa Vermelha e Branca 6º Grau - A promoção para 6° Grau, mesmo com a observação do 
parágrafo III, onde Kodansha é um título de alta graduação, específico do Judô criado pelo Instituto Kodokan e 
que deve ser outorgado àqueles que se empenharam no aprendizado, na prática contínua, na demonstração da 
sua eficiência técnica, e à devida dedicação no ensino, no estudo e na pesquisa do Judô. Portanto, é depositário 
e responsável pela difusão dos princípios filosóficos e educacionais do Judô, preconizados pelo Prof. Jigoro 
Kano, e em recíproca confiança à Federação de origem, que é quem conhece os relevantes serviços prestado 
pelo indicado dentro e fora do judô, outorgado pela Comissão Estadual de Graduação, por meio da Federação 
encaminhará junto com o respectivo currículo ao Conselho Nacional de Graus, para a devida homologação, 
respeitado período de carência pertinente ao grau pretendido, e também homologado pelo Presidente da CBJ. 
 
CONDIÇÕES PARA EXAME DE FAIXAS E GRAUS 
É condição básica e fundamental ao judoca, para ter acesso ao exame de qualquer faixa ou grau, 
atender as condições abaixo: 
I – Ter comprovada idoneidade moral - apresentar bom relacionamento interpessoal; respeitar os princípios 
éticos e moral do judô; 
II – Demonstrar os conhecimentos teórico e prático sobre o Judô, pertinentes ao conteúdo da graduação da 
qual é portador. 
III – Atender aos critérios recomendados neste Regulamento. 
IV – Ser membro ativo e praticante em alguma Federação Estadual reconhecida pela CBJ. 
 
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V – Estar em dia com suas obrigações financeiras perante a CBJ. 
VI - Ser brasileiro nato ou possuir cidadania brasileira e ser residente no Brasil por no mínimo um ano. 
VII – Possuir registro válido perante a Federação Estadual por, no mínimo, dois anos para graduações 
superiores. 
Parágrafo único - Somente será válida a graduação em vigência devidamente homologada pela Federação 
Estadual (para graduações básicas e intermediárias) e/ou CBJ (para graduações superiores). 
 
O Programa para exame das diferentes faixas e graus é baseado em conhecimento e compreensão. 
Existem diversos modos em que o exame de graduação pode tomar forma dependendo da condição física ou 
restrições do candidato. A lista de requerimentos não é exaustiva ou exclusiva. Espera-se do candidato que o 
mesmo obtenha um conhecimento mais profundo a medida em que progride no seu aprendizado de acordo 
com as graduações, sendo examinado em um número progressivamente maior de elementos em cada etapa de 
construção do conhecimento para um padrão cada vez mais alto. No exame de faixas e graus, serão avaliados 
conhecimentos teóricos e práticos sobre Judô, conforme programa abaixo, de modo cumulativo: 
 
I - PROGRAMA DE EXAME PARA FAIXA BRANCA / CINZA - 11º KYÛ 
a) Idade mínima - 04 anos. 
b) Carência - mínimo de 03 meses como Faixa Branca. 
c) Demonstrar saudação em pé (Ritsu-rei). 
d) Demonstrar amortecimento de quedas (Ukemi) para trás (Ushiro-ukemi) e lateral (Yoko-ukemi) 
executado na posição deitado. 
e) Demonstrar uma técnica de projeção (Nague-waza) - integrante do 1º Kyô. 
f) Demonstrar uma técnica de imobilização (Ossae-waza). 
g) Vocabulário - Sensei (professor). 
NAGE WAZA (PROJEÇÃO) O-Soto-Gari 
https://www.youtube.com/watch?v=c-A_nP7mKAc 
OSSAE KOMI WAZA (IMOBILIZAÇÃO) Hon-Kesa-Gatame 
https://youtu.be/Z1x35ETCd3s 
 
 
 
II – FAIXA CINZA - 10º KYÛ 
a) Idade mínima - 05 anos. 
b) Carência - mínimo de 03 meses como Faixa Branca / Cinza. 
c) Demonstrar saudação ajoelhado (Za-rei). 
d) Demonstrar amortecimento de quedas (Ukemi) lateral (Yoko-ukemi) executar a partir da posição agachada, 
em pé e para frente com rolamento (Maemawari-ukemi). 
e) Demonstrar duas técnicas de projeção (Nague-waza) - integrante do 1º Kyô. 
f) Demonstrar duas técnicas de imobilização (Ossae-waza). 
g) Vocabulário - contar até 10 em japonês (iti, ni, san, shi, go, roku, shiti, hati, kyû, jû) - peças que compõem 
local de treinamento ou competição (Tatami), uniforme do praticante de judô (judogui). 
h) Histórico – nome do criador do Judô (Jigoro Kano). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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NAGE WAZA (PROJEÇÃO) O-Soto-Gari 
https://www.youtube.com/watch?v=c-A_nP7mKAc 
OSSAE KOMI WAZA (IMOBILIZAÇÃO) Hon-Kesa-Gatame 
https://youtu.be/Z1x35ETCd3s 
 
Uki – Goshi 
https://www.youtube.com/watch?v=bPKwtB4lyOQ 
Yoko-Shiho-Gatame 
• https://www.youtube.com/watch?v=0ygG-iKLDmQ 
 
 
 
III – FAIXA CINZA / AZUL – 9º KYÛ 
 
a) Idade mínima - 06 anos. 
b) Carência –

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