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Livro - Corporeidade e Ludicidade - graduação

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1 
 
Disciplina: Corporeidade e ludicidade 
Autores: M.e Jean Leonardo Loss Machado 
Revisão de Conteúdos: Esp. Guilherme Natan Paiano dos Santos 
Designer Instrucional: Sérgio Antonio Zanvettor Júnior 
Revisão Ortográfica: Esp. Alexandre Kramer Morgenterm 
Ano: 2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas 
páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de 
Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em 
cobrança de direitos autorais. 
 
 
2 
 
Jean Leonardo Loss Machado 
 
 
 
 
 
Corporeidade e ludicidade 
1ª Edição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2019 
Curitiba, PR 
Editora São Braz 
 
 
3 
 
Editora São Braz 
Rua Cláudio Chatagnier, 112 
Curitiba – Paraná – 82520-590 
Fone: (41) 3123-9000 
 
 
Coordenador Técnico Editorial 
Marcelo Alvino da Silva 
 
Conselho Editorial 
D.r Alex de Britto Rodrigues / D.ra Diana Cristina de Abreu / 
D.r Eduardo Soncini Miranda / D.ra Gilian Cristina Barros / D.r 
Jefferson Zeferino / D.r João Paulo de Souza da Silva / D.ra Marli Pereira de 
Barros Dias / D.ra Rosi Terezinha Ferrarini Gevaerd / D.ra Wilma de Lara 
Bueno / D.ra Yara Rodrigues de La Iglesia 
 
Revisão de Conteúdos 
Guilherme Natan Paiano dos Santos 
 
Designer Instrucional 
Sérgio Antonio Zanvettor Júnior 
 
Revisão Ortográfica 
Alexandre Kramer Morgenterm 
 
Desenvolvimento Iconográfico 
Juliana Emy Akiyoshi Eleutério 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
MACHADO, Jean Leonardo Loss. 
Corporeidade e ludicidade / Jean Leonardo Loss Machado. – Curitiba: Editora 
São Braz, 2019. 
50 p. 
ISBN: 978-85-5475-492-1 
1. Corpolatria. 2. Brincadeiras Pedagógicas. 3. Inclusão. 
Material didático da disciplina de Corporeidade e ludicidade – Faculdade São Braz 
(FSB), 2019. 
Natália Figueiredo Martins – CRB 9/1870 
 
 
4 
 
PALAVRA DA INSTITUIÇÃO 
 
Caro(a) aluno(a), 
Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz! 
 
 Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Cláudio Chatagnier, 
nº 112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº 299 de 27 de 
dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e Extensão 
Universitária. 
 A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e 
comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do 
desenvolvimento do País e de formar não somente bons profissionais, mas 
também brasileiros conscientes de sua cidadania. 
 Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar 
comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as 
ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão 
de dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais e 
grupos de estudos, o que proporciona excelente integração entre professores e 
estudantes. 
 
 
 Bons estudos e conte sempre conosco! 
 Faculdade São Braz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Sumário 
Prefácio....................................................................................................... 07 
Aula 1 – Linguagem corporal ..................................................................... 08 
Apresentação da aula 1 ............................................................................. 08 
 1.1 - Linguagem corporal ..................................................................... 08 
 1.1.1 - Corporeidade ........................................................................... 09 
 1.1.2 - Circuitos motores ...................................................................... 12 
 1.1.3 - Testes motores ......................................................................... 15 
Conclusão da aula 1 ................................................................................... 16 
Aula 2 – Aspectos e instrumentos da corporeidade ................................... 17 
Apresentação da aula 2 .............................................................................. 17 
 2.1 - Expressão corporal ..................................................................... 17 
 2.2 - Jogos infantis .............................................................................. 19 
 2.3 - Jogos dramáticos ........................................................................ 20 
 2.4 - Teatro .......................................................................................... 21 
 2.5 - Ginástica historiada ..................................................................... 21 
 2.6 - Musicalidade ............................................................................... 23 
 2.7 - Cantigas de roda ......................................................................... 24 
 2.8 - Brinquedo cantado ...................................................................... 26 
Conclusão da aula 2 ................................................................................... 26 
Aula 3 – Ludicidade .................................................................................... 27 
Apresentação da aula 3 .............................................................................. 27 
 3.1 - Lúdico .......................................................................................... 28 
 3.2 - Lúdico na Educação Infantil ......................................................... 29 
 3.3 - Lúdico na Educação Física .......................................................... 31 
 3.3.1 - Exemplos práticos .................................................................... 31 
 3.4 - A música presente nas atividades lúdicas ................................... 34 
Conclusão da aula 3 ................................................................................... 36 
Aula 4 – Jogos e brincadeiras, o corpo, um olhar diferente ........................ 36 
Apresentação da aula 4 .............................................................................. 36 
 4.1 - Conceitos .................................................................................... 37 
 4.2 - Jogos e brincadeiras ................................................................... 38 
 4.3 - Um olhar diferente para o corpo ................................................... 43 
 4.3.1 - Pessoa com deficiência ........................................................... 44 
Conclusão da aula 4 ................................................................................... 46 
 
 
6 
 
Índice Remissivo ........................................................................................ 47 
Referências ................................................................................................ 49 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
Prefácio 
 
Olá alunos, sejam bem-vindos à disciplina de Corporeidade e ludicidade, 
teremos ao longo dessas aulas, momentos para reflexão sobre a prática docente, 
intercalando com conceitos sobre Corporeidade e ludicidade. 
Temas de importância que serão, sem dúvida, companheiros da prática 
profissional. Noções de como uma criança enxerga seu corpo, noção de espaço 
com relação ao mundo e a sociedade. Aspectos lúdicos para um maior 
dinamismo de suas aulas serão necessários para que ela seja mais atraente e 
prazerosa. 
Será abordado exemplos de atividades, formas de como fazer e 
experiências vividas ao longo de alguns anos na prática docente. 
Lembre-se sempre, não existe “receitas de bolo”. Nunca deixe de 
pesquisar, procurar aprimorar-se e buscar novos conhecimentos, pois as 
mudanças são presentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
Aula 1 – Linguagem corporal 
 
Apresentação da aula1 
 
Caro aluno, seja bem-vindo. Iniciaremos agora a disciplina de 
Corporeidade e ludicidade. Teremos quatro aulas em que abordaremos 
questões referentes à linguagem corporal (teatro, música e cantigas de roda), a 
ludicidade presente em nosso cotidiano, como as brincadeiras e jogos. Ria mais, 
brinque mais! 
 
 
João Batista Freire 
Fonte: https://i.ytimg.com/vi/f3U_62nUKJU/hqdefault.jpg 
 
1.1 Linguagem corporal 
 
O corpo fala! Já dizia João Batista Freire, em seu livro Educação de Corpo 
Inteiro. É uma obra exemplar para começar a aula sobre o corpo. Nela, terá 
muitas informações, sugestões, atividades e o “como fazer” com os estudantes. 
Discutir, refletir sobre questões relacionadas sobre o corpo e sua 
utilização serão uma constante, muito presente na sua vida profissional. Surgirá, 
certamente, novos termos e novas nomenclaturas, que você utilizará em sua 
prática docente. Por isso, sempre se atualize. 
Freire já mostrava sinais, em meados de 1994, sobre a utilização e as 
manifestações de culto ao corpo, que estava acontecendo, ou iniciando. 
 
 
9 
 
Voltando um pouco na história, na época da Grécia Antiga existiu o culto 
demasiado e a preocupação com a beleza, muito disso era justificado pelo culto 
aos Deuses. Por outro lado, tem-se, nesse momento, a prática esportiva bem 
desenvolvida, a qual, certamente, os deixavam com corpos torneados e 
músculos desenvolvidos. 
Para cada época e para cada prática diferenciada, os nomes foram 
surgindo, o termo Corpolatria (culto excessivo do corpo, no sentido narcisista) é 
um exemplo disso. Outro exemplo vem a ser a Corporeidade, termo utilizado 
para explicar como o corpo relaciona-se com o mundo, como veremos a seguir. 
 
 Saiba mais 
O livro mostra que corpo e mente devem ser entendidos como componentes que 
integram o mesmo organismo e ressalta a importância do exercício no 
aprendizado global do aluno dentro da escola, de forma a estabelecer um elo 
entre o movimento e o desenvolvimento mental da criança. A obra coloca a 
educação física como matéria semelhante às outras, em que o professor é, 
acima de tudo, um educador, com uma visão clara e abrangente sobre o ensino, 
a qual se apoia no desempenho, por parte da criança, de um trabalho com 
sentido e amplitude (FREIRE, 1994). 
 
1.1.1 Corporeidade 
 
Corporeidade, então, é o que envolve o corpo, questões relacionadas com 
a qualidade e a corporalidade. É como o homem se apresenta no mundo e a 
organização que ele se envolve com o que está ao seu redor. Tudo o que diz 
respeito a vida está interligado diretamente com a corporeidade, o corpo, a 
sociedade, a cultura e a política, são todas as características presentes na vida 
das pessoas. 
Mas e o corpo, tão importante nas aulas de Educação Física, o que é? No 
sentido da física pode ser uma coleção de camadas sobrepostas, ou para a 
anatomia, o conjunto de várias partes para compor um animal. O corpo é 
complexo e maravilhoso, com artérias e veias, ossos e órgãos que compõem o 
todo do ser. 
 
 
 
 
10 
 
Reflita 
Um corpo então pode ser uma flor? Ou mesmo um pássaro? Sim, é o conjunto 
e as camadas que formam esse todo, constituindo um corpo. E como estamos 
construindo nosso corpo, você tem pensando nisso? 
 
Relate, em forma de acróstico, procedimentos bons e ruins de como cuida 
do seu: 
 
Positivos Negativos 
C C 
O O 
R R 
P P 
O O 
Fonte: elaborado pelo autor (2019), adaptado pelo DI (2019). 
 
Observe o que escreveu. Analise os cinco itens positivos e os negativos. 
Será que está sendo adequado com as ações, a alimentação, a prática de 
atividade física? Como eu estou desenvolvendo a corporeidade e como isso será 
exemplo para meu aluno? Reflexões que nos cercam por toda nossa vida 
profissional. Lembre-se sempre, este exemplo é também uma forma de ensinar. 
Percebemos que a corporeidade é uma construção, ela passa por um 
processo que deve ser pedagógico e, neste sentido, formado etapa por etapa. O 
cuidar disso tudo é um processo de aprendizagem. 
Nós temos aquisições corporais e lúdicas desenvolvidas, aprendidas 
desde sempre. Cada grupo social tinha, ou tem, uma brincadeira vinda da sua 
infância. Cada um de nós desenvolveu um jogo na escola específico da sua 
região. Nem todos brincamos ou participamos das mesmas atividades. Esses 
estímulos fazem parte da sua vivência e da sua corporeidade. 
É tão falado que devesse utilizar de vários artifícios para o processo de 
ensino aprendizagem. Aula expositiva, atividades com material concreto, leitura 
e exercícios. Essas ações ocorrem por um desenvolvimento do tato, da visão e 
 
 
11 
 
da audição. Mas poucas vezes percebe-se a utilização do corpo todo e de todos 
os sentidos para esse processo. 
As escolas estão tão focadas no processo de letramento e de leitura, em 
fazer com que a criança aprenda cada vez mais cedo a realizar as quatro 
operações da matemática ou conjugar verbos antes, esquecendo assim o 
processo corporal. 
As brincadeiras estão restritas à Educação Infantil. Nas turmas de Ensino 
Fundamental, o professor regente restringe-se somente à sua sala de aula. Este 
fato é muito observado nos dias de hoje. Mas por que esse medo, não 
aprenderam a brincar ou a ensinar a brincar, medo que se machuquem ou de 
não saber como conduzir a vitória x derrota. São indagações que por hora não 
se tem resposta, mas que sem dúvida vocês se perguntarão no futuro, assim 
como me pergunto hoje. 
 
 
Alfabeto com o corpo 
Fonte: https://c2.staticflickr.com/6/5796/30668725961_0d9bcd5fc4_b.jpg 
 
O nosso corpo não pode ficar grudado na carteira escolar. Quando a 
criança não compreende, não domina seu corpo, não possui uma organização 
corporal, é provável que ela também tenha dificuldade no processo de 
letramento, que não tenha coordenação motora para uma pintura, por exemplo. 
Assim a fase da Educação Infantil é essencial para esse desenvolvimento, que 
deve continuar no Ensino Fundamental. Deve-se sempre começar do MACRO 
para o MICRO, mesclando atividades fundamentais, desta forma, os circuitos 
 
 
12 
 
motores podem ser defendidos como fundamentais no contexto da Educação 
Infantil. 
 
INSERIR GLOSSÁRIO 
Macro 
Micro 
Fonte: elaborado pelo autor (2019), adaptado pelo DI (2019). 
 
1.1.2 Circuitos motores 
 
 
Circuito motor 
Fonte: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcT35wg5qvQeJn-35sc 
7uNVrzndHxj_vXAVSR6ps-GuvnzNtANUn 
 
Circuitos motores são sequências de atividades realizadas, uma após a 
outra, em forma de “estações”. Os alunos passam várias vezes por todas as 
etapas, procurando sempre alternar atividades, sendo companheiros 
necessários para o processo de aquisição motora e, com isso, auxiliando para a 
corporeidade. 
A criança corre, desce, sobe, risca, rabisca, cai, pula, enfim, executa 
muitos gestos motores necessários para seu desenvolvimento e para sua vida 
social. Ela pode se desenvolver mais ou menos com relação à outra criança, em 
virtude dos estímulos que recebe durante sua vida. Esses estímulos vêm de 
muitos lugares, da família, amigos, escola e de processos de treinamento ou 
sessões com profissionais específicos. O desenvolvimento de condições 
 
 
13 
 
psicomotoras está presente em todos os momentos da sua vida, sendo 
necessários a aplicação desde os anos iniciais. 
Alguns elementos são destacados nesse sentido, buscando um 
desenvolvimento e um conhecimento sobre seu corpo, são eles: 
 
➢ Coordenação global: que envolve amplitude de movimentos, sua 
força e o equilíbrio, estão presentes, sendo necessário estar em 
seu eixo natural, seus membros e executando um movimento 
diferente, mesmo que amplos; sempre indispensável voltar a esses 
estímulos, para que a criança/pessoa reviva esses movimentos, 
pois, precisam de grandes músculos, equilíbrio e força; 
➢ Coordenação motora fina: movimentos menores e com menos 
músculos envolvidos, necessita de umaajuda da visão, pois são 
movimentos mais elaborados, nesse caso estão os movimentos de 
pinça ou a escrita por exemplo, encontram-se nessa classificação; 
➢ Discriminação auditiva: relacionado com a percepção de som, 
este pode ser aprendido e também desenvolvido, sendo a 
capacidade de perceber e identificar dois sons ao mesmo tempo, 
sendo um dos principais fatores neste sentido, as cantigas de roda, 
para isso a necessidade em desenvolvê-las; 
➢ Discriminação visual: esta tem a função de detectar cores, 
tamanhos e formas, desenvolvendo-se proporcionalmente com o 
processo neurológico da criança, precisando fixar olhares, em um 
primeiro momento, em seguida vê o que está a sua frente, no seu 
campo visual. Com o passar dos dias e estímulos, a criança vai 
percebendo objetos diversos, símbolos perto, longe e 
principalmente buscando esses objetos com olhar; 
➢ Esquema corporal: está diretamente ligado com o processo de 
desenvolvimento e amadurecimento da criança, tem relação com o 
meio e com cada item já citado, acrescenta-se aqui relações 
afetivas e emocionais, nesse processo refere-se à criança, mas 
encontram-se nesse mesmo caminho aqueles que, por algum 
trauma, perderam a mobilidade e estão reaprendendo a obter 
movimentos. Uma pessoa necessita dominar seu corpo do seu 
 
 
14 
 
gesto motor. Ela precisa fazer parte do todo. O desenvolvimento do 
nosso esquema corporal provém de experiências vividas, 
movimentos novos e atividades diversas que fazemos; 
 
Le Boulch (2007) apresenta etapas do esquema corporal, que correspem 
quem à Educação Infantil: 
 
 
1a Etapa 
 
Corpo vivido 
Até 3 anos: fase sensória motora de 
Piaget, passa a ampliar suas experiências 
motoras; tem um amadurecimento do 
Sistema Nervoso; passa a vivenciar os 
movimentos. 
2a Etapa Corpo percebido Dos 3 aos 7 anos: tem uma organização 
do esquema corporal, domina seu eixo, e 
domínio dos movimentos. 
 
3a Etapa 
 
Corpo representado 
Dos 7 aos 12 anos: nesta etapa observa-
se a estruturação do esquema corporal. 
No início desta fase a representação 
mental da imagem do corpo consiste em 
uma simples imagem reprodutora e é uma 
imagem de corpo estática. 
Fonte: elaborado pelo autor (2019) baseado em Le Boulch (2007), adaptado pelo DI 
(2019). 
 
➢ Estruturação espacial: tem uma direta adequação da pessoa em 
relação ao espaço aos objetos, está ligada a maturação pessoal e 
ao domínio da lateralidade, sendo assim, tem o controle de: 
situações (dentro, fora, alto, baixo, longe e perto); tamanho (alto, 
médio e baixo); posição (em pé, deitado, ajoelhado, agachado, 
inclinado, sentado e de lado); movimento (levantar, abaixar, 
empurrar, puxar, dobrar, estender, girar, rolar, cair, levantar, subir 
e descer); formas (círculo, quadrado, triângulo e retângulo); 
qualidade (cheio, vazio, pouco, inteiro e metade); superfícies 
(ásperas, lisas e aveludadas); volumes (grosso, fino, estreito e 
largo); 
➢ Lateralidade: está relacionada com o domínio de um lado do corpo 
em relação ao outro, este processo de domínio deve ser muito 
observado, pois trabalha o lado “não dominante”, o que é muito 
importante. O professor deve estimular seus alunos a realizarem 
 
 
15 
 
as atividades utilizando o lado esquerdo e direito do corpo, ou seja, 
os chutes, os passes, os dribles e até mesmo o arremesso, como 
no basquete, devem ser praticado sempre de forma bilateral; 
➢ Orientação temporal: quando se refere à orientação de espaço e 
tempo, deve-se refletir sobre os movimentos dados e o espaço 
delimitado, funcionando de forma integrada, sendo necessário que 
a criança observe e coloque-se adequadamente de acordo com a 
posição de cada objeto e das outras pessoas em relação a si. 
Essas percepções são construídas e aperfeiçoadas a medida em 
que amadurecem. A visão, audição e tato, possibilitam esse 
desenvolvimento. 
 
1.1.3 Testes motores 
 
Todos esses elementos são trabalhados e aperfeiçoados no processo de 
desenvolvimento de cada criança. Alguns caminham em conjunto, outros 
sozinhos. Para verificar a evolução e melhoria de cada um, existem os testes 
motores que são elementos desenvolvidos para examinar essa evolução. 
Como exemplo de teste motor temos o KTK (Körperkoordinationstest Für 
Kinder). Este teste é composto por quatro elementos a ser em desenvolvidos 
como: trave de equilíbrio, saltos monopedais, saltos laterais e transferências 
sobre plataformas. 
 
 Mídias 
Uma forma de acompanhar o desenvolvimento motor das crianças e jovens seria 
utilizando o método alemão KTK (Coordenação Corporal para Crianças). 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=O_mU46G4_vQ 
 
Os testes são interessantes pois os resultados podem ser comparados 
com outros pesquisados e analisados, por mais de uma vez com o mesmo 
estudante. Veja, posso fazer um teste no início e no final do ano! 
O processo de avaliação é necessário para que possamos investigar 
conhecimentos e/ou práticas adquiridas. Nesse sentido, a Educação Física 
 
 
16 
 
utiliza alguns mecanismos para desenvolver esse processo. O mais comum é o 
Índice de Massa Corpórea desta forma, o IMC calcula a massa corporal dividida 
por duas vezes a altura da pessoa, como exemplo, um aluno medindo 1,68m 
com uma massa de 61kg, seu IMC seria de 21,63. 
 
Tabela e resultados – IMC 
O IMC pode trazer os seguintes resultados: 
IMC Resultado 
Menos do que 18,5 Abaixo do peso 
Entre 18,5 e 24,9 Peso normal 
Entre 25 e 29,9 Sobrepeso 
Entre 30 e 34,9 Obesidade grau 1 
Entre 35 e 39,9 Obesidade grau 2 
Mais do que 40 Obesidade grau 3 
Fonte: elaborado pelo autor (2019), adaptado pelo DI (2019). 
 
 Saiba mais 
O Índice de Massa Corpórea (IMC) é adotado pela Organização Mundial de 
Saúde para o cálculo do peso ideal de cada indivíduo. Saiba mais sobre o seu 
IMC acessando o link: https://www.minhavida.com.br/alimentacao/tudo-sobre/32 
159-imc 
 
Conclusão da aula 1 
 
Nesta aula foi visto as questões relacionadas à corporeidade, seu 
desenvolvimento e informações sobre a importância do seu desenvolvimento. 
Os circuitos motores foram introduzidos como estratégias para este 
desenvolvimento. Também foram abordados os testes motores, sendo 
importantes para um processo de avaliação. Use-os para justificar uma falta de 
coordenação motora, por exemplo. 
 
 
 
17 
 
Atividades de Aprendizagem 
Desenvolva uma atividade utilizando os circuitos motores, contendo pelo 
menos cinco estações e descrevendo como os estudantes deverão executar 
cada ação. 
 
 
 
 
Aula 2 – Aspectos e instrumentos da corporeidade 
 
Apresentação da aula 2 
 
Caro aluno, bem vindo para mais uma aula. Nesta aula será abordado um 
pouco sobre aspectos e instrumentos que podem auxliar a corporeidade, 
instrumentos que estão ligados ao processo de construção do nosso esquema 
corporal. 
Eu tive tudo isso para desenvolver minha corporeidade? Me foi 
oportunizado na Escola ou em momentos de lazer? Como posso incluir nas 
minhas aulas? Como oportunizar aos meus alunos? 
 
2.1 Expressão corporal 
 
 
Expressão corporal 
Fonte: https://www3.faac.unesp.br/comunicaeducacao/everystockphoto.jpg 
 
 
 
18 
 
Pensamos em expressões corporais como, a forma como um ser 
comunica-se com outro, bem como sua ligação com o mundo. Muitas vezes, esta 
comunicação se dá somente por gestos, sendo assim, a expressão diz muito 
daquilo que estamos vivendo e do momento em que nos encontramos. 
Nos deparamos com situações em que pensamos: 
 
- Olha a cara dele, nem podemos falar nada! 
Ou em outro momento: 
- Hoje podemos conversar, está com a cara boa! 
Fonte: elaborado pelo autor (2019), adaptado pelo DI (2019). 
 
Isso faz parte do cotidiano, aprendemos e convivemos com isso. A nossa 
expressão corporal define ao outro como estamos e fazemos a leitura do outro 
pela sua expressão também. Na sequência alguns exemplos de atividades que 
podem ser feitas em sala de aula comas crianças para seu desenvolvimento 
corpóreo: 
 
➢ Imitação: deixar dois alunos frente a frente, após comandos farão 
movimentos para o outro imitar, esses comandos poderão ser 
desenvolvidos com a criatividade dos próprios estudantes. Esta 
atividade pode ser uma atividade calma e prazerosa. Observe 
sempre a maturidade e a interação da turma, pois dependendo da 
turma você poderá usá-la até o quarto ou quinto ano; 
➢ Imitação de animais: imitar os animais solicitados após o 
comando do professor. Esta é uma atividade que carrego comigo 
desde sempre. Desenvolvo-a junto com a brincadeira da “estátua”. 
Ao parar a música, em que as crianças fazem a estátua, peço que 
imitem algo. Exemplo: ao sinal de estatua ou imitem um gato. 
 
Uma atividade muito interessante em que já foi desenvolvida até como 
estratégias de macro ginástica, a música também pode ser um instrumento muito 
utilizado neste contexto da expressão corporal, como veremos na sequência. 
 
 
 
 
19 
 
2.2 Jogos infantis 
 
O jogo é praticado desde os tempos mais remotos, podendo ser uma 
brincadeira com poucas regras ou até uma partida olímpica. As definições se 
complementam e diferenciam-se pelo objetivo com o qual se tem. Em se tratando 
de jogo, como menciona Kishimoto (2003) “[...] são situações como disputar uma 
partida de xadrez, [...] um tabuleiro com peões e uma criança que brinca com 
boneca." (KISHIMOTO, 2003). 
Buscar a definição mais completa para isso significa entrar “dentro do 
jogo” para saber o que ele está propondo. Para Antunes (2003): 
 
São desenvolvidos com a intenção explícita de provocar uma 
aprendizagem significativa, estimular a construção de um novo 
conhecimento e, principalmente despertar o desenvolvimento de uma 
habilidade operatória (ANTUNES, 2003 p 38). 
 
Este conceito é para os jogos (ditos pedagógicos), pois em todos os jogos 
podem existir o contexto de aprendizagem pedagógica, depende da condução 
que o professor dará para este momento. Quando se falava em jogos para 
alfabetizar, haviam críticas que no decorrer do tempo foram deixadas de lado, 
atualmente, os professores de Educação Física buscam para alfabetizar, 
estratégias e jogos que auxiliem nesse processo. 
O jogo é um componente curricular que deve estar presente nas ações 
pedagógicas. Jogar significa desde competição, como diz Celso Antunes, até 
"estímulo de crescimento e aprendizagens”. O jogo é uma atividade livre, 
participa quem quer. Ele não é real. É fascinante, cativante, tenso e desafiador, 
mas com regras próprias. 
Para Huizinga (2004), o jogo é: 
 
Um fenômeno cultural [...] é mais do que um fenômeno fisiológico ou 
um reflexo psicológico. Ultrapassa os limites da atividade puramente 
física ou biológica [...] é uma 'totalidade', a realidade do jogo ultrapassa 
a esfera de vida humana, é impossível que tenha seu fundamento em 
qualquer elemento racional, pois limitar-se-ia à humanidade...é uma 
atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e 
determinados limites de tempo e de espaço, segundo regras livremente 
consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si 
mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e de alegria e de 
uma consciência de ser diferente da 'vida quotidiana". (HUIZINGA, 
2004, p 15). 
 
 
 
20 
 
Percebe-se que o jogo contribui para todas as etapas da vida, e para 
muitas funções dentro e fora da escola. Até dando impressão que, de uma hora 
para outra, o jogo foi descoberto para todas as situações da escola. Nesta etapa, 
na infância, na Educação Infantil, o jogo torna-se ainda mais utilizado, com ele, 
além das condutas motoras necessárias para o desenvolvimento da criança 
(coordenação, lateralidade e expressão corporal), também se aplicam ações 
relativas à imaginação e ao lúdico, por exemplo. 
Em geral não se tem uma origem exata, ou mesmo uma data em que os 
jogos, principalmente os infantis, tradicionais foram criados, sabe-se que muitas 
gerações já brincaram e que são passados de pai para filho. Cada região, cada 
família e cada escola possui os jogos mais praticados e que se tornam os 
preferidos das crianças. 
Podemos dizer que os jogos mudam no decorrer do tempo, sendo 
aperfeiçoados, isso se dá pelo avanço da tecnologia e até pelo aumento da 
violência. Já se houve muito as frases, “não brincam mais na rua” ou “pia de 
prédio”. Situações vivenciadas na atualidade em que se contata que as crianças 
não estão mais realizando aqueles jogos que eram desenvolvidos na rua como 
se faziam antigamente. Neste sentido cabe a nós fazermos este resgate, sempre 
que possível, pois esses jogos são necessários para o desenvolvimento motor e 
cognitivo das nossas crianças. 
 
Reflita 
E você, quais eram seus jogos preferidos enquanto criança? 
 
2.3 Jogos dramáticos 
 
Está diretamente ligado ao “faz de conta”. Ele é importante para o 
desenvolvimento da emoção e da criação de cada criança. Ele é responsável 
pela ação da imaginação. A criança imagina, neste processo, desde o local até 
o cenário e figurino, caminhando junto com os jogos teatrais, pois necessita das 
qualidades desses jogos também. 
 
 
21 
 
Os jogos dramáticos, muitas vezes, são reproduções daquilo que a 
criança vive. As brincadeiras são relacionadas como as profissões dos pais são 
desenvolvidas. Esses jogos são utilizados por profissionais que trabalham com 
indivíduos em situação de risco. 
 
 Mídias 
Uma das brincadeiras que permeiam o cotidiano da criança é o faz de conta, 
buscando a espontaneidade delas. Acesse o vídeo no link: https://www. 
youtube.com/watch?v=5l802zv_gcs 
 
2.4 Teatro 
 
O teatro de acordo com PCN (2002): 
 
Promove oportunidades para que adolescentes e adultos conheçam, 
observem e confrontem diferentes culturas em diferentes momentos 
históricos operando como um modo coletivo de produção da arte. (PCN 
2002, p. 88). 
 
O desenvolvimento do teatro pode ser com fantoches, por dramatizações 
de peças tradicionais, bem como aquelas desenvolvidas por eles. Os conceitos 
do teatro e instrumentos para seu desenvolvimento, na Educação Física, podem 
misturar-se com os jogos dramáticos e com a sessão historiada. 
 
 Saiba mais 
O presente artigo tem como foco principal de seu estudo analisar como o teatro 
dentro do ambiente escolar pode propiciar um melhor desenvolvimento na 
aprendizagem. Disponível no link: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/ 
artes/a-crianca-teatro-na-escola.htm 
 
2.5 Ginástica historiada 
 
A ginástica historiada é a interpretação da história desenvolvendo os 
gestos de acordo com a história. É uma atividade muito interessante, 
principalmente para Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental. Os 
 
 
22 
 
alunos gostam muito e interagem bastante com essa atividade. Eles ajudam a 
criar os gestos, bem como criam histórias para desenvolver aquilo que estão 
vivendo. 
Ela mexe com o imaginário da criança, oportunizando momentos de 
descontração, de reflexão e com certeza, de viajar em um mundo mágico da 
imaginação. Se for criar uma história junto com a turma, pode-se observar 
também as questões relacionadas com situações de risco que elas possam estar 
vivendo, pois para uma continuação da história, ela poderá dar exemplos daquilo 
que está vivendo naquele momento, se colocando como triste, alegre, com 
agressividade ou carinhosa. Observe aqui como ela se refere aos animais, por 
exemplo, se ela vai agradar o cachorro, ou bater, se vai colocar roupa ou deixar 
dormir no frio. 
Segue uma história, relativamente longa, que foi desenvolvida em sala de 
aula da Educação Infantil e foi desfrutado momentos de parceria. Depois que as 
crianças se colocam na história, elas fazem os gestos, e, em alguns casos, 
gestos que nem haviam proposto. 
 
Fogo no Circo 
O circo estava armado no centro da praça (assim começa a contar a história 
enquanto vai reunindo as crianças). A lona era bem grande, muito enormemesmo (e o professor abre os braços, para dar ideia do tamanha da lona). Lá 
dentro havia uma porção de bichos; havia leão, tigre, girafa, cavalo, onça, urso, 
macaco e também um pequenino cachorro, deste tamaninho (mostrar com as 
mãos fazendo o gestual de cada animal). Era de noite e estava escuro; os 
bichos estavam todos dormindo, não se ouvia nenhum barulho. Quem tomava 
conta do circo era o Sr João, um velhinho, que sempre levava na mão uma 
lanterna acessa, pois trabalhava sempre à noite. 
Sr João estava sentado em uma cadeira e ouviu um barulho. Ele se levantou 
e foi andando devagarinho, assim na pontinha dos pés (o grupo se desloca e 
vai imitando o professor). 
Começou a sentir o cheiro de queimado e foi andando mais depressa (marcha 
inicial), mais depressa [...] mais depressa, começou a correr em direção ao 
barulho e viu o fogo ainda pequenino. Voltou correndo, passou por debaixo 
dos bancos (quadrupedismo) uma porção de bancos, para chegar mais 
depressa à rua e gritou: O CIRCO ESTÁ PEGANDO FOGO! O CIRCO ESTÁ 
PEGANDO FOGO! 
Começou a juntar gente e logo chamaram os bombeiros. Puseram as escadas 
e foram subindo; outros entraram no circo e subiram nos bancos, nas cadeiras 
e nos postes; alguns nas calçadas subiram nas árvores e começaram a “jogar 
água” na fogueira, que já estava muito grande. Os leões urravam, os cavalos 
relinchavam, os tigres rugiam e os macacos guinchavam. Os pobres macacos 
que estavam presos na jaula começaram a pular de um lado para outro, pois 
 
 
23 
 
o fogo ja estava perto deles (imitar os animais). Sr João veio e abriu a jaula, 
os macacos subiram pelas grades e começaram a atravessar o circo de um 
lado para outro, caminhando por cima de um arame (equilibrar) com muito 
cuidado para não cair, até chegarem em que não havia mais fogo. 
Os empregados do circo que haviam acordado, começaram a carregar para 
fora as cadeiras, bancos, tapetes, tábuas, tudo o que encontravam e que 
pudesse pegar fogo. Os macacos também quiseram ajudar a jogar (lançar) 
tudo para fora do circo; jogaram bolas, os arcos e tudo o que encontravam iam 
jogando. Então os bombeiros apagaram o fogo, foi quando apareceu o urso, 
os bombeiros queriam prender o urso na jaula. Mas o urso era muito forte, 
empurrava um aqui, empurrava outro ali, abraçava forte aquele. Ia saindo de 
perto de perto dos bombeiros (pode utilizar uma brincadeira de pegar), até que 
conseguiram segurar e colocá-lo novamente na jaula. 
Então o incêndio já tinha acabado, graças aos bombeiros, que trabalharam 
bastante e foram muito valentes; os carros começaram a voltar para o quartel 
dos bombeiros; iam correndo pelas ruas (correr) com a sirene tocando. 
Lá no circo, já estava tudo calmo outra vez. Sr João, que tinha tomado grande 
susto, que agora estava muito contente porque tinha salvado os animais 
encontrou escondido atrás de um caixa aquele cachorrinho pequenino, deste 
tamaninho. Eu estava olhando e então fui agradá-lo, ele gostou, e fez assim: 
AU! AU! AU! Aí o Sr João me deu o cachorrinho e eu fui andando para minha 
casa. 
Fonte: elaborado pelo autor (2019), adaptado pelo DI (2019). 
 
 Mídias 
Assista a um exemplo de ginástica historiada, disponível no link: https://youtu.be/ 
2QIo-qx7CV8 
 
2.6 Musicalidade 
 
Desde os primórdios, a música faz-se presente em nossas comunidades, 
seja por cantarolar ou mesmo imitação de assovios, pode-se dizer que esse 
processo musical é inerente a espécie humana. Esta musicalidade está 
relacionada também ao ritmo, precisamos dele para cantar e ele está interligado 
com a coordenação motora. Pode-se observar se o aluno tem ritmo somente ao 
olhar ele andar, correr, enfim, trabalhar este ritmo e a musicalidade desse aluno 
é tarefa do professor. 
As aulas de música, propriamente dita, são características das aulas de 
arte. Mas a interdisciplinaridade presente é bem marcante, podendo utilizar 
materiais para desenvolver sons, criar chocalhos, bumbos e estar 
 
 
24 
 
desenvolvendo o contexto musical, o ritmo e consequentemente a coordenação 
motora da criança. Nessas aulas iniciamos esse processo musical utilizando as 
cantigas de roda, nosso próximo tema. 
 
2.7 Cantigas de roda 
 
Quem nunca brincou ou cantou a cantiga a seguir ou algo semelhante nos 
recreios da escola, nas ruas, em casa e também nas aulas de Educação Física? 
A cantiga não tem uma definição quanto ao tempo que existem ou quem 
as criou. São instrumentos pertencentes ao folclore dos povos. Muitas delas 
decorreram dos colonizadores, enquanto outras são frutos dos povos indígenas. 
Sabe-se que estão presentes desde sempre nas escolas e nas brincadeiras das 
crianças. 
 
 
Cantiga de roda 
Fonte: https://static.todamateria.com.br/upload/ca/nt/cantigasderoda-cke.jpg 
 
 
O Cravo e a Rosa 
 
O Cravo brigou com a rosa 
Debaixo de uma sacada 
O Cravo ficou ferido 
E a Rosa despedaçada 
O Cravo ficou doente 
A Rosa foi visitar 
O Cravo teve um desmaio 
A Rosa pôs-se a chorar 
Fonte: elaborado pelo autor (2019), adaptado pelo DI (2019). 
 
 
 
25 
 
 Importante 
As cantigas se apresentam com uma coreografia pré-estabelecida, que em geral 
todos dançam e cantam da mesma forma, como esta do pezinho: 
Pezinho 
 
Ai bota aqui 
Ai bota aqui o seu pezinho 
Seu pezinho bem juntinho com o meu (BIS) 
 
E depois não vá dizer 
Que você se arrependeu! (BIS) 
 
Está cantiga em questão já foi utilizada em coreografias para festas 
folclóricas, com turmas da Educação Infantil. As cantigas não podem ser 
confundidas com brinquedos cantados, estas denominações mais recentes 
também utilizam de música e coreografias, mas não fazem parte do folclore e 
nem sempre são brincadeiras cantadas em roda. 
Também as cantigas são criadas para exemplificar momentos, afazeres 
domésticos profissões. Alguns referentes ao clima e muitas delas específicas de 
regiões e/ou povos, assim como cantigas como Marcha soldado e Samba lelé: 
 
Marcha soldado 
 
Marcha soldado 
Cabeça de papel 
Quem não marchar direito 
Vai preso pro quartel 
O quartel pegou fogo 
A polícia deu sinal 
Acode, acode, acode a bandeira nacional 
 
Samba lelê 
 
Samba Lelê tá doente 
Tá com a cabeça quebrada 
Samba Lelê precisava 
É de umas boas palmadas 
 
Samba, samba, Samba ô Lelê 
samba, samba, samba ô Lalá 
Samba, samba, Samba ô Lelê 
Pisa na barra da saia ô Lalá 
Fonte: elaborado pelo autor (2019), adaptado pelo DI (2019). 
 
 
26 
 
 Saiba mais 
Observa-se que as cantigas possuem letras diferentes, dependendo da região, 
isso é devido à regionalização existente em nosso país. Para mais informações 
acesse o link: https://www.todamateria.com.br/cantigas-de-roda/ 
 
2.8 Brinquedo cantado 
 
Assegurado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a 
brincadeira na infância é mais do que uma atividade para criança brincar ou se 
divertir, trata-se da criação e interpretação do mundo em que ela está inserida. 
O brincar faz com que a criança aprenda por si só e por intermédio de jogos e 
brincadeiras saudáveis. Além disso, as atividades nas escolas são importantes 
para o desenvolvimento psicomotor da criança. 
Uma forma lúdica que é oferecido para as crianças é o brinquedo cantado, 
possibilita o brincar com o seu próprio corpo por meio das músicas, expressões 
vocais e corporais e palavras e sílabas ritmadas, atingindo o desenvolvimento 
cognitivo social e físico. 
 
 Saiba mais 
Brincar é mais do que uma atividade sem consequência para a criança, 
brincando a criança não apenas se diverte, mas recria e interpreta o mundo em 
que vive, se relaciona com o mundo e vivência o encontro com a criança em seu 
mundo afetivo, alegre e transcendente. Leia mais acessando o link: 
https://www.efdeportes.com/efd159/o-brinquedo-cantado-na-escola.htm 
 
Conclusão da aula 2 
 
Nesta aula, foi visto alguns conceitos e atividades que nos auxiliam no 
processo da corporeidade dos nossos alunos. Esses elementos são bem 
desenvolvidos, principalmente com os estudantes menoresna Educação Infantil 
e Fundamental I. 
 
 
27 
 
Essas atividades são prazerosas, portanto busquem sempre as 
desenvolvê-las, ter esse hábito de fazer e de prazer. Nenhuma delas terá um 
resultado se aplicada isoladamente. O ideal é o trabalho em conjunto, utilizando 
todas as ações. 
 
Atividades de Aprendizagem 
Crie, baseado nos jogos que você fazia enquanto criança, um jogo alternativo, 
para os dias de hoje. 
Faça uma paródia de uma cantiga de roda, sendo um instrumento 
interdisciplinar utilizando conteúdos como os de Geografia, Ciências ou 
História, por exemplo. 
 
 
 
 
Aula 3 – Ludicidade 
 
Apresentação da aula 3 
 
Olá, bem vindos para mais uma aula! Teremos nesta aula informações 
referente ao lúdico, o que é e como desenvolvê-lo nas aulas. Nem sempre a 
ludicidade está ligada somente à brincadeira, temos que abrir este leque 
observando as tecnologias presentes e os jogos de estratégias com as regras 
presente nesse universo da ludicidade. 
Nesse contexto de formação que se tem, deve-se aprimorar muito os 
conceitos e atividades lúdicas, principalmente os que gostam ou pretendem 
trabalhar com Educação Infantil ou Fundamental I. 
 
Reflita 
Como foram suas aulas, quais as técnicas utilizadas para desenvolver o brincar? 
Como reproduzir isso para meus alunos? 
 
 
 
 
28 
 
3.1 Lúdico 
Jogos e brincadeiras fazem parte do mundo da criança e também a 
desenvolve, seja no contexto sensório motor ou no processo cognitivo, mas 
brincar tendo direcionamento há contribuição para a aquisição de conhecimento 
corporal e intelectual. As atividades lúdicas são importantes para o 
desenvolvimento sadio da criança e a compreensão do conhecimento adquirido. 
Por meio das brincadeiras também é desenvolvido a socialização das crianças. 
 
 Importante 
O lúdico é um facilitador do processo de ensino aprendizagem. Com ele pode-
se ter elementos que auxiliam e trazem momentos de prazer, alegria, 
descontração e aprendizagem para dentro da sala de aula. 
 
No sentido da palavra, o termo está relacionado a jogos e divertimentos. 
Assim, ele pode ser uma brincadeira que provoque divertimento ou um jogo que 
facilite e possibilite a aprendizagem. 
Passos (2013) comenta que “o lúdico é uma atividade física ou mental que 
não tem um objetivo imediato”. Neste sentido, ele seria um processo mais a 
longo prazo, mas sem dúvida, uma aprendizagem satisfatória. A criança aprende 
com o jogo a medida em que cria um envolvimento com o processo do jogo, ela 
tem laços e eles lhe retribuem a aprendizagem como resposta. 
Para Santos (2001): 
 
Tem o carácter de jogo, brinquedo, brincadeira e divertimento. 
Brincadeira refere-se basicamente à ação de brincar, `espontaneidade 
de uma atividade não estruturada; brinquedo é utilizado para designar 
o sentido de objeto de brincar, jogo é compreendido como brincadeira 
que envolve regras e, divertimento como um entretenimento ou 
distração (SANTOS, 2011, p. 24). 
 
Autores divergem sobre o conceito e função de lúdico. Alguns trazem o 
lúdico como brincadeiras que auxiliam na aprendizagem (LEON, 2011). Outros 
como atividades realizadas em momentos de lazer (PASSOS, 2013). Mas todos 
têm em comum que ele é uma estratégia utilizada dentro da escola, de forma a 
auxiliar no processo de aprendizagem. 
 
 
29 
 
Nas duas formas o lúdico é um elemento importante para a ampliação da 
aprendizagem. O processo de desenvolvimento do lúdico, além de ser sedutor, 
encanta o participante trazendo ele para dentro do jogo ou da atividade. 
Cruz (2009) em O lúdico como estratégia didática, diz que o lúdico oferece 
aos alunos atividades diferentes, tendo oportunidade de vivenciar situações reais 
ou imaginárias, as quais possibilitarão a fixação do conhecimento. 
Santos (2012) comenta que o lúdico passa por quatro pilares: 
 
➢ Sociológico: engloba uma demanda social e cultural; 
➢ Psicológico: relacionada com o desenvolvimento e com a 
aprendizagem; 
➢ Pedagógico: fundamentos teóricos existentes; 
➢ Epistemológico: conhecimentos científicos que sustentam o jogo como 
fator e desenvolvimento. 
 
3.2 Lúdico na Educação Infantil 
 
 
Atividade lúdica 
Fonte: http://www.escolapequenoprincipe.com.br/wp-content/uploads/DSC06047.jpg 
 
Já percebemos que o lúdico é a forma de se aprimorar o conhecimento, 
de uma forma diferenciada daquela tradicional, adequando jogos e brincadeiras 
ao processo de ensino-aprendizagem. É, sem dúvida, uma prática utilizada, ou 
 
 
30 
 
deveria ser, pelos professores de Educação Física, ingressou nos currículos e 
práticas docentes das mais diferentes áreas do conhecimento. 
É na Educação Infantil que a ludicidade encontra seu maior público, nos 
quais as atividades devem ser desenvolvidas para que as crianças possam ter 
seu desenvolvimento motor e cognitivo com mais plenitude. 
 
 Importante 
O maior desafio é “inovar a prática”, deixar velhos hábitos e apropriar-se de 
novas formas para aplicar sua docência. É fazer relações, criar meios e 
estratégias entre os conteúdos a serem aplicados. 
 
Uma questão marcante para a prática lúdica na Educação Infantil diz 
respeito ao tempo de concentração das crianças, sendo necessário sempre a 
diversificação das atividades, tendo um tempo de concentração muito pequeno 
para eles. Esse processo deve ter apoio no material concreto, isso facilita a 
apropriação do conhecimento, na utilização de material concreto e auxilia 
trazendo a criança para a realidade. Mas, e a fantasia em que fica? O imaginário 
da criança? 
O brincar e a fantasia são quando as crianças, muitas vezes, reproduzem 
aquilo que vive em casa, trazendo o seu cotidiano nesse processo. Ele deve ser 
direcionado, apresentando novas formas de brincar e do processo que leve ao 
imaginário. Esses dois caminhos devem estar juntos, direcionando as atividades 
lúdicas e propiciando atividades com material concreto. Esta formula certamente 
terá um bom resultado. 
É possível utilizar essa prática nas datas comemorativas, na páscoa por 
exemplo, pode se iniciar cantando músicas relativas à data que será 
comemorada, atividades relacionadas com o coelho e para finalizar, fazer uma 
atividade com coelhinho. 
Com a mesma ideia no dia do soldado, em que as atividades são de 
rastejar, saltar, pular, rolar; músicas referentes ao tema e para finalizar é possível 
desenvolver uma atividade de “defesa da escola”, em que os soldados irão 
proteger o território. Nas duas atividades percebe-se que envolvemos as 
 
 
31 
 
questões de fantasia e material concreto, bem como o processo de 
desenvolvimento cognitivo motor das crianças. 
Cada criança tem um desenvolvimento diferente, ele não é linear, isso 
requer atenção do professor, pois deve propiciar atividades que cada um avance 
no seu processo, sem segurar aqueles com maior desenvolvimento e ter 
atividades para aqueles que ainda estão no seu início. O professor deve 
contribuir para que a criança possa aprimorar-se desses conhecimentos, e se 
colocar como ser humano na sociedade. 
 
3.3 Lúdico na Educação Física 
 
Partindo do princípio que o lúdico é uma forma diferente de ensinar e de 
passar o conhecimento aos educandos buscando alternativas diferenciadas, 
percebe-se que no dia a dia da Escola isso acontece muito pouco. Esta realidade 
está muito longe de ser a realidade proposta pelo que o universo lúdico 
possibilita. Nas aulas de Educação Física, isso já deveria ser uma constante. O 
desenvolver formas diferenciadas para aplicar nos conceitos e nas técnicas 
específicas de cada conteúdo. 
 
Reflita 
Profissional de Educação Física já desenvolvem o Lúdico antes mesmo de 
teóricos criarem o termo. Por exemplo, por que ficar ensinando o passe parado, 
dois a dois, se eu posso criar um jogo em que utiliza-se o passe. Ou mesmo a 
fixação de posicionamento nas diferentes modalidades esportivas como a 
“dança das cadeiras”. 
 
3.3.1 Exemplos práticos 
 
No primeirocaso, trabalhando com a modalidade de handebol, é possível 
realizar um jogo chamado de “jogo de passes”, em que, passando a bola (neste 
jogo uma das regras é não quicar a bola no chão) os alunos devem chegar até 
o gol. Pode alternar aqui formas variadas de fazer este gol, diminuir a baliza, 
passar por todos os alunos, fazer o gol somente de uma região específica da 
 
 
32 
 
quadra, por exemplo. Aqui você utiliza aquilo que a sua turma está necessitando 
naquele momento. 
Esta atividade você conseguirá desenvolver desde quarto ou quinto ano 
do Ensino Fundamental I, até com alunos do Ensino Médio. Poderá também 
realizá-la em outras modalidades esportivas, basquete, por exemplo. 
Na segunda atividade, quando se ensina o início do jogo de cada 
modalidade, os estudantes, muitas vezes não se posicionam adequadamente. 
Desta forma pode-se realizar atividades que antecedem este processo, e não 
ficar somente mostrando desenhos ou ensinando de forma teórica. Para este 
início, uma dança das cadeiras pode auxiliar. 
Deixa as cadeiras posicionadas nas posições que você quer trabalhar, por 
exemplo as seis posições do voleibol. Faz com que os alunos se desloquem de 
um lado da quadra e ao sinal corram até o outro lado, sentando nas cadeiras 
(nos arcos, os círculos desenhados no chão). Certamente os alunos apropriar-
se-ão mais facilmente desse conhecimento. 
Esses exemplos servem para reflexão do que pode deixar as aulas mais 
prazerosas e menos técnicas, lembrando sempre que nas aulas de Educação 
Física devem-se trabalhar, desenvolver aspectos de saúde, corpo e passar 
conhecimentos esportivos (aqui engloba-se a parte técnica de cada modalidade). 
Mas não se deve utilizar das aulas de Educação Física para formar equipe 
desportiva. 
Quando isso ocorre você se torna um professor excludente, pois nem 
todos os estudantes tem aptidão específica para aquela modalidade que você 
está planejando formar equipe. E isso não é nada agradável. Bem, estes foram 
alguns exemplos de como desenvolver, mas podemos contar com muitas outras 
atividades. 
 
 Importante 
Toda atividade deve ser adequada a sua realidade. As “receitas de bolo”, para 
nós, não são eficientes, pois temos turmas diferentes, com número de pessoas 
diferentes, aptidões, assim como locais disponíveis diferentes. 
 
 
 
33 
 
 
Pega pega 
Fonte: https://i1.wp.com/www.obrasileirinho.com.br/wp-content/uploads/2011/03/pega 
Pega.jpg?ssl=1 
 
 Saiba mais 
Este site colocou informações interessantes e que podem ser utilizadas nas 
aulas de Educação Física. Precisamos saber que as atividades podem ter nomes 
diferentes dependendo da região em que você mora. Aqui a sugestão são as 
atividades de “pega-pega”, em que alguns fogem e outros devem pegar os 
companheiros. Disponível em: https://www.obrasileirinho.com.br/brincar-
criancas/brincadeira-pega-pega/ 
 
Você pode criar e diversificar a atividade, mesmo tendo o mesmo objetivo, 
pode ser em grupo ou individual, com materiais ou não. Faça, crie e crie junto 
com seu aluno, pois a atividade terá uma “cara” diferente e eles gostam muito. 
Alguns exemplos: 
 
➢ Pai cola: ao ser tocado, ele ficará parado; 
➢ Pega corrente: quem for pego vai fazendo uma corrente até que 
todos estejam unidos; 
➢ Pega americano: ao ser pego, quem foi pego, deve ficar com as 
pernas afastadas, para voltar à brincar um colega deve passar 
embaixo das pernas. Nesta mesma ideia, pode-se deixar aquele que 
foi pego como uma “pedra” e para voltar a fazer a atividade, deve-se 
pular por cima. 
 
 
 
34 
 
 Importante 
Nesta mesma ideia de diversificação existem muitos outros, como a queimada 
ou caçador, nomes diferentes para a mesma atividade, vale a pena pesquisar. 
 
3.4 A música presente nas atividades lúdicas 
 
Toda pessoa é musical, ouvindo música em todo local e sempre 
cantarolando uma cantiga. Algumas pessoas o dia todo, outras ficam com seus 
fones de ouvido e nem se dão conta do tempo e espaço. Música para passar 
tempo ou aproveitar o tempo? Expressões e sentimentos por meio dela, nas 
paixões, nos momentos de euforia e de tristeza também, ela se faz presente. 
Nas atividades lúdicas isso também ocorre, não somente com as cantigas 
de roda ou brinquedos cantados, mas em atividades em que esta seja um 
complemento, a dança das cadeiras exemplifica isso. Atividades de ginástica e 
o macro ginástico, todas essas são fundamentais que a música esteja presente. 
Um olhar no processo de ensino aprendizagem observa-se as músicas feitas por 
professores para que o aluno se aproprie de conceitos. Nos cursos pré-
vestibulares é muito comum o professor utilizar-se da música para apresentar 
um conteúdo. 
Este caminho de ensinar pela música foi adotado desde sempre pelas 
cantigas de roda. Vejam alguns exemplos: 
 
O sapo 
 
O sapo não lava o pé 
Não lava porque não quer 
Ele mora lá na lagoa 
Não lava o pé porque não quer 
Mas que chulé. 
Fonte: elaborado pelo autor (2019), adaptado pelo DI (2019). 
 
Ao cantar esta música, ensinamos a criança que o banho é necessário. 
Este foi um exemplo, mas temos outras, como: 
 
 
 
35 
 
A canoa virou 
 
A canoa virou 
Pois deixaram ela virar 
Foi por causa de (nome de uma pessoa) 
Que não soube remar 
Se eu fosse um peixinho 
E soubesse nadar 
Eu tirava (nome de uma pessoa) 
Do fundo do mar 
Siri pra cá, 
Siri pra lá 
(Nome da pessoa) é bela 
E quer casar. 
Fonte: elaborado pelo autor (2019), adaptado pelo DI (2019). 
 
Aqui está uma cantiga antiga, ensina desde sempre que quando entrar 
em um rio com um bote, barco ou canoa, deve-se ajudar a remar. É provável que 
tenha sido inventada por ribeirinhos ou moradores do litoral. Lembrando que as 
cantigas podem ter letras regionalizadas. 
Vemos que além dos momentos de sensibilidade que a música oferece, 
ela oportuniza o aprendizado, não somente de conteúdo, como nos cursos pré-
vestibulares, mas também, desde sempre, com as cantigas. Sejam elas 
reafirmando hábitos de higiene, como também ensinando afazeres laborais. 
Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro 
(2006) aponta dados importantes referentes à utilização da música. Seu aspecto 
lúdico promove o bem-estar, previne estresse e dá um alívio do cansaço físico. 
Ela desenvolve os sentidos e promove uma manutenção da saúde mental, 
segundo a pesquisa. 
Com a pesquisa, constatou-se que pacientes ao ouvirem e participarem 
de atividades musicais, sentiam-se alegres, sorriam e batucavam ao som do 
chorinho em momentos nostálgicos. Percebe-se, segundo os autores, que a 
ludicidade advinda da música é importante durante o tratamento hospitalar. 
Buscando as informações dessa pesquisa, observamos que tão 
importante é a música no ambiente hospitalar, imagina na Escola. Os momentos 
de ludicidade que ela pode oferecer, contribuindo para o aprendizado, são 
significativos. Não podemos perdê-la dentro das aulas de Educação Física. 
 
 
 
 
36 
 
Conclusão da aula 3 
 
 As atividades ou jogos lúdicos tem, em seu legado, grande número de 
atividades de estratégias e de cooperação, com muitas regras. Sejam elas jogos 
em quadra ou mesmo jogos utilizando tabuleiros. 
 Com o processo lúdico, inserimos nas atividades o prazer. Elas não são 
mais somente uma obrigação e passam a ser diversão. Trabalhei em locais com 
população de risco, e a prática com essa população mostrou que nos mais 
diversos ambientes, a ludicidade consegue trazer o aluno ou a pessoa, para mais 
próximo da gente, deixando aquilo mais prazeroso. 
 Sejam professores que deixarão marcas em seus alunos, promovam 
aulas diferentes, levem a eles momentos que muitas vezes não possuem em 
casa. Brinquem mais, isso será um diferencial na carreira de vocês. 
 
Atividades de Aprendizagem 
Desenvolva 5 atividades envolvendo deslocamento simples, buscando um 
contexto mais lúdico. 
Modifique uma dessas atividades de forma que você utilize a música para 
executá-la.Aula 4 – Jogos e brincadeiras, o corpo, um olhar diferente 
 
Apresentação da aula 4 
 
Bem-vindos a última aula da disciplina de Corporeidade e ludicidade. 
Nesta aula serão abordadas as informações sobre jogos e brincadeiras, citando 
assim alguns exemplos de atividades e concluindo com as informações relativas 
ao corpo humano, como ele é visto, como foi visto e fazendo uma síntese das 
aulas anteriores. 
 
 
 
37 
 
 
Jogos e brincadeiras 
Fonte: https://s1.static.brasilescola.uol.com.br/be/conteudo/images/f880ce2f9e4feb915 
4d9076db9ab1926.jpg 
 
4.1 Conceitos 
 
Brincadeiras e os jogos são bem-vindos dentro da escola, a alfabetização 
desenvolve-se juntamente com as brincadeiras e jogos, sendo que esses 
processos auxiliam na aprendizagem, como foi visto anteriormente, alguns 
conceitos de jogos e brincadeiras, citados por Huizinga e Antunes. A educação 
física é um componente curricular obrigatório nas escolas. Os PCNs norteiam 
todo o encaminhamento das disciplinas e o currículo básico. Vejamos outros 
conceitos inseridos nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) a: 
 
Educação Física na Escola é a área do conhecimento que introduz e 
integra os alunos na cultura corporal do movimento, com a finalidade 
de lazer, de expressão de sentimentos, afetos e emoções, de 
manutenção e melhoria da saúde. (PCN, 1998). 
 
Como componente curricular obrigatório que é a Educação Física, torna-
se indispensável nas Escolas, devendo ser desenvolvida por profissionais 
capacitados, sendo assim, ela: 
 
Rompe com o tratamento tradicional dos conteúdos que favorece os 
alunos que já têm aptidões, adotando como eixo estrutural da ação 
pedagógica o princípio da inclusão, apontando para uma perspectiva 
metodológica de ensino e aprendizagem que busca o desenvolvimento 
da autonomia, da cooperação, da participação social e da afirmação 
de valores e princípios democráticos. Nesse sentido, busca garantir a 
 
 
38 
 
todos a possibilidade de usufruir de jogos, esportes, danças, lutas e 
ginástica em benefício do exercício crítico da cidadania. (PCN, 1998). 
 
O jogo está presente como obrigatoriedade no processo de 
desenvolvimento da Educação Física. Jogar significa desde o competir, como 
diz Celso Antunes, até "estímulo de crescimento e aprendizagens”. O jogo é uma 
atividade livre, participa quem quer, não é real, mas é fascinante, cativante, 
tenso, desafiador e com suas regras próprias. 
O jogo pode auxiliar no processo cognitivo-motor e também sócio afetivo 
dos alunos, tornando-se fundamental para o desenvolvimento dos alunos, sendo 
que por intermédio dos jogos inclui-se, com mais êxito, todos os alunos ao 
ambiente escolar. Para Pedrinelli (2002): 
 
Participar de um processo inclusivo é estar predisposto, sobretudo, a 
considerar e respeitar as diferenças individuais, criando a possibilidade 
de aprender sobre si mesmo e sobre cada um dos outros em uma 
situação de diversidade de ideias, sentimentos e ações. 
 
Unindo esses conceitos com os demais vistos nesta disciplina, 
conseguiremos observar e nos apropriar das atividades a seguir. 
 
 Saiba mais 
Em relação ao local de realização, embora a rua por muito tempo tenha figurado 
como palco do jogo, sobretudo entre crianças que por lá jogavam, se divertiam 
e se desenvolviam, sua ocorrência também se estende a outros contextos, 
dentre eles a escola. Contudo, se no contexto informal o jogo é realizado pelo 
simples prazer, ou seja, é o jogo pelo jogo, no âmbito escolar, sobretudo nas 
aulas de Educação Física, sua aplicação na mesma perspectiva não se justifica, 
pois subentende que caracterizada como componente curricular obrigatório da 
Educação Básica e o jogo como conteúdo, a Educação Física tem saberes a 
serem trabalhados. Para maiores informações leia na integra o artigo O jogo 
como conteúdo da educação física e suas possibilidades coeducativas, 
disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/conexoes/article/ 
download/8637649/pdf/ 
 
4.2 Jogos e brincadeiras 
 
Como falar de jogos e brincadeiras se não for em um momento prático? 
Para auxiliar no desenvolvimento efetivo da prática docente, as atividades 
 
 
39 
 
podem ser bem úteis em seu dia a dia profissional. Lembrando que as 
adaptações são necessárias. 
Várias dessas brincadeiras ou jogos você pode conhecer por outros 
nomes, como: 
 
➢ Pique bandeira; 
➢ Ameba; 
➢ Trilha Joquempô; 
➢ Campo Minado; 
➢ Voleibol; 
➢ Vôlei no escuro; 
➢ Queimada e suas variações; 
➢ Chuva de bola; 
➢ Pega pega; 
➢ Estafetas; 
➢ Jogo da velha; 
➢ Cubo mágico; 
➢ Brincadeiras tradicionais; 
➢ Pé amarrado. 
 
Pique bandeira: este jogo tem como objetivo pegar a bandeira (que pode 
ser trocada por outro material, uma bola, por exemplo) da outra equipe. Inicia-se 
o jogo dividindo a turma em duas equipes, as quais ficarão dispostas na quadra, 
cada uma de um lado. Os alunos deverão correr até a área da equipe adversária 
e pegar o objeto. Se alguém encostar no aluno que correr, este ficará parado, 
até outro da sua equipe vir resgatá-lo, vence a equipe que pontuar mais vezes. 
Material utilizado: bandeira, bastão ou bola. 
Ameba: também seria um jogo de pega, em um espeço livre, pode ser 
uma quadra ou um campo, um dos alunos será o pegador e quem for pego torna-
se ameba ou ficando sentado no chão e auxiliando a pegar, quem ela pegar fica 
em seu lugar sendo ameba, e esse passa a fugir novamente. 
Trilha Joquempô: esta posiciona-se no fundo da quadra, pode usar as 
linhas da quadra de vôlei, por exemplo. O objetivo é chegar na outra coluna. Ao 
sinal sai um aluno de cada lado (um da coluna 1 e outro da 2), encontrar-se-ão 
 
 
40 
 
no meio do percurso, quando depararem-se frente a frente jogam o joquempô. 
Quem ganhar (por exemplo coluna 1 ganhou) continua correndo para a outra fila, 
mas o próximo da coluna 2 já poderá sair para encontrar o adversário o mais 
rápido possível, para dificultar sua chegada até a coluna 2. 
 
 Mídias 
A trilha joquempô é muito bacana e necessita de muita agilidade. Primeiro 
ensinar os alunos a fazer o joquempô. Na sequência divide a turma em 2 
colunas. Neste vídeo disponível no link a seguir, mostra como fazer o jogo do 
joquempô: https://www.youtube.com/watch?v=d4nokfs833M 
 
Campo Minado: objetivo, chegar do outro lado da quadra passando pelos 
arcos. Divide a turma em colunas. Distribui-se arcos no chão, em frente as 
colunas. Os alunos devem passar de um lado para outro, saltando dentro dos 
arcos, sem pisar naqueles que serão as minas (você faz um mapa para saber 
em que está a mina). Se o aluno pisar na mina, ele volta no início e outro vai no 
lugar dele. Material: arcos. 
Voleibol: jogo utilizando a rede e quadra de vôlei. Organiza a turma em 
duplas e estes pertencendo a equipes. Distribui-se as duplas na quadra de vôlei. 
Deverão rebater a bola para outra quadra usando um pano (pedaço de pano 
retangular). Vence a equipe que deixar a bola cair menos na sua quadra. Material 
utilizado: bola, pedaços de pano e rede. 
Vôlei no escuro: realiza-se o jogo de vôlei colocando um pano (uma lona) 
na rede. Desta forma a equipe adversária não vai ver em que está a bola, 
somente quando ela passar para sua quadra. Material utilizado: bola, pano ou 
lona e rede; 
Queimada e suas variações: o jogo de queimada ou caçador consiste 
em acertar o adversário com a bola. Divide-se a turma em equipes e estas na 
quadra. Delimita-se o espaço e um capitão (ladainha). A equipe e o capitão 
trocarão lançamentos até acertar um adversário. Este deverá sair da quadra, 
indo auxiliar o capitão. Vence a equipe que acertar mais adversários. Material 
utilizado: quadra ou campo e bola. Vejamos algumas variações: 
 
 
 
41 
 
➢ Abelha Rainha: vence a equipe que acertar a rainha. Não importa 
quantos acertou antes, mas se capturar a rainha vence o jogo; 
➢ Xadrez: cada integrante passa a ser uma peça do jogo de xadrez. 
Vence a equipeque defender o seu rei. Aqui podem colocar mais 
funções dentro do jogo. Exemplo: a rainha pode defender a bola 
com as mãos, ao ser queimado o bispo poderá ficar ao redor da 
quadra. Existem várias formas para desenvolvê-la. O interessante 
é os alunos participarem e criarem essas regras; 
➢ Boliche: uma variação devendo jogar a bola somente pelo chão. 
 
Chuva de bola: separa a turma em duas equipes e delimita um espaço 
de em que não poderão passar. Deixa uma bola murcha ou uma mais pesada 
no meio dessas duas equipes. As equipes deverão lançar a bola e tentar acerta-
la. Vence a equipe que fizer a bola passar para o outro lado. Material utilizado: 
Bolas. 
Pega pega: crianças curtem muito os jogos e brincadeiras de pegar. 
Consiste em encostar ou pegar o outro que está fugindo. Variações: 
 
➢ Americano: quem for pego fica ‘colado’ e com as pernas afastadas. 
Para voltar a brincar um amigo deve passar por baixo das pernas; 
➢ Corrente: quem for pego fica de mãos dadas formando uma corrente 
e correm juntos; 
➢ Feiticeiro: quando o aluno for pego o pegador diz árvore ou tronco. Se 
disser árvore mantém-se em pé de pernas afastadas e para voltar a 
brincar o outro deverá passar por baixo das pernas dele. Se disser 
tronco vai parar em formato de um caracol e um amigo pula por ele, 
para que possa voltar a brincar; 
➢ Baleia: um aluno ficará no meio da quadra. Os demais correm de um 
lado para outro. Quem for pego permanece no meio auxiliando a 
pegar; 
➢ Pai cola: quem for pego permanece colado. 
 
 
 
42 
 
Estafetas: Estafetas são corridas (de ida e volta) ou colunas paradas, 
podem ser simples ou bem elaboradas, com materiais ou utilizando as partes do 
corpo (diversas formas de caminhar e correr, por exemplo). 
 
➢ Por cima da cabeça, por baixo da cabeça / lado: em uma coluna 
simples o objetivo é passar a bola para o colega seguinte por cima da 
cabeça, por baixo ou pelo lado; 
➢ Fazendo zigue zague: corrida simples de ida e volta, ao retornar para 
a coluna, faz zigue-zague até chegar no final da fila; 
➢ Pulando por cima da fila: idem a anterior, mas pula por cima dos 
colegas da turma; 
➢ Por baixo das pernas: idem a anterior, mas passa por baixo das 
pernas; 
➢ Saco / colher / corda: corridas de ida e volta utilizando utensílios. Elas 
podem ser realizadas em gincanas também. 
 
Jogo da velha: no primeiro momento ensina-se o jogo da velha. Separa 
a turma em duas equipes. Monta-se com arcos nove ‘casas’, igual o jogo da 
velha. Os alunos saem correndo até os arcos deixando os coletes dispostos, um 
de cada vez, para montar o jogo (caso não tenha colete, faz com garrafas, 
tampas ou retalhos), três coletes em cada equipe. Ao terminar os três coletes, 
os próximos jogadores deverão mexer até formar as três casas sequênciais, 
como no jogo real. Adaptações, para turmas de alunos mais velhos. Podem ir 
realizando o drible do basquete e realizar a cesta, só partem para mexer nos 
coletes, aqueles que fizerem o ponto. Assim pode fazer com o saque no vôlei, 
ou um arremesso no handebol em um determinado local; 
 
 Mídias 
Assista ao vídeo e veja as atividades trabalhadas como: velocidade, 
coordenação motora, trabalho em equipe, estratégias, tomada de decisão é 
raciocínio lógico, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=23EZxJ 
FXa1Q 
 
 
 
43 
 
Cubo mágico: o cubo mágico é muito interessante. Pode realizar com 
alunos menores, como turmas de 1° ou 2° ano do Fundamental I. O objetivo é 
deixar a sequência de cores iguais. Organiza a turma em quatro colunas. A frente 
das colunas deixar arcos alinhados em filas e colunas com quadro, totalizando 
dezesseis arcos. Distribui-se cores às filas, igual dos coletes (garrafas ou 
tampas) que você utilizará na atividade. Os primeiros de cada coluna saem 
correndo e deverão trocar um colete de cada vez até montar uma sequência 
correta. Material utilizado: arcos e coletes. 
Brincadeiras tradicionais: Cinco Marias, peteca, pular elástico, 
amarelinha, corda e bets. Essas brincadeiras tradicionais são importantes não 
comente para o resgate cultural, mas também auxiliando na coordenação 
motora. São atividades que dependem de menos material e podem ser 
estimuladas a realizar nos horários de recreio, entrada ou saída do horário 
escolar. Algumas delas dependem da confecção de material, o que é uma 
atividade prazerosa. 
 
 Saiba mais 
O objetivo deste arquivo é de resgatar jogos, brinquedos e brincadeiras 
tradicionais nas aulas de educação física no ensino fundamental. Para mais 
informações acesse o link: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cader 
nospde/pdebusca/producoes_pde/2014/2014_unioeste_edfis_artigo_maique_s
olange_dalmolin.pdf 
 
Pé amarrado: atividades em duplas são interessantes para mostrar aos 
alunos que a equipe sempre será necessária dentro dos jogos coletivos. Esta 
‘tática’ é interessante, pois amarra-se pé direito de um aluno com pé esquerdo 
de outro. Devem realizar o jogo, a corrida e a brincadeira juntos. 
 
4.3 Um olhar diferente para o corpo 
 
O corpo, ao longo da história, passa por mudanças em seu aspecto 
referente ao BELO. Cada momento histórico, os padrões de beleza vão mudando 
e isso influencia na vida das pessoas. A sociedade cria e constrói as 
 
 
44 
 
particularidades do seu corpo, surgindo os padrões determinados por essa 
sociedade, povo, época e suas normas. 
Na Grécia Antiga por exemplo, o corpo masculino era para ser mostrado, 
em que homens e mulheres tinham regras diferentes, as mulheres sempre com 
o corpo coberto, nessa época pode-se dizer que o corpo contrariava a natureza. 
Com o domínio do Cristianismo, o corpo passa a ser todo coberto, não se 
mostrando mais o corpo, tornando-se a prisão da alma, sendo ele flagelado e 
sofredor. 
Na Era Moderna, tem-se uma liberdade maior, em que o processo 
científico também auxilia na cultura corporal, sendo que o corpo passa a estar a 
serviço da razão, existindo assim uma necessidade do ser humano em encaixar-
se nos padrões definidos como ideais, isso, de certa forma, acaba expondo o 
corpo a situações de sobrecarga, medicações e drogas, as cirurgias de 
correções são exemplos desse processo. 
 
Reflita 
E o Corpo do Futuro? Como será? Como você definiria o corpo das próximas 
gerações? 
 
4.3.1 Pessoa com deficiência 
 
Ao conversarmos sobre corpo, muitas vezes focamos somente no padrão, 
e nesta “dita beleza”, esquecendo daqueles que fogem deste cenário, na escola 
temos como amenizar, modificar este processo, mostrando que o corpo deve ser 
saudável e não necessariamente o padrão que a sociedade impõe. 
No decorrer desta disciplina pode-se ver aspectos importantes sobre a 
Educação Física Inclusiva para pessoas com deficiência, mesmo que de forma 
sucinta, destaca-se aqui a importância da valorização desta população nas 
aulas, o planejamento sempre deve ser realizado pensando nelas, para que 
assim se sintam acolhidas e façam parte dessa inclusão, deixando conceitos e 
valores em sua aula. 
 
 
45 
 
No Relatório Mundial sobre a Deficiência, a Organização Mundial da 
Saúde (OMS) diz: 
 
[...] a deficiência faz parte da condição humana. Quase todas as 
pessoas terão uma deficiência temporária ou permanente em algum 
momento de suas vidas, e aqueles que sobreviverem ao 
envelhecimento enfrentarão dificuldades cada vez maiores com a 
funcionalidade de seus corpos. (OMS, 2012, p 03). 
 
Em Werner (1994), Deficiente Intelectual (DI) tem um “atraso ou lentidão 
no desenvolvimento mental. A criança aprende mais lentamente que as outras 
da mesma idade. Ela pode demorar a começar a se mover, sorrir” (WERNER, 
1994, pg. 277). 
A pessoa com deficiência intelectual pode ter características pertencentes 
a grupos próprios, assim o termo síndrome aparece. Para Pacheco (2000): 
 
[...] Síndrome é o conjunto de sintomas e/ou sinais relacionados com 
um mecanismo anormal. Síndrome torna-se uma estrutura de 
manifestaçõesfenotípicas reunindo características próprias ou 
alterações de um sistema, podendo aparecer por causas diferentes 
(UNC,2000, p. 01). 
 
Linamara Rizzo Battistella refere-se à deficiência auditiva como: “perda 
bilateral, parcial ou total de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por 
audiograma nas frequências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz” 
(BATISTELA, p 07). 
A Deficiência Visual (DV) é aquela que “engloba tanto a cegueira como a 
baixa visão” (SEED, 2010, p 08). A Paralisia Cerebral (PC) “é uma deficiência 
que atinge os movimentos e a postura do corpo. Origina-se de uma lesão que 
ocorreu no cérebro antes, durante ou após o nascimento do bebê” (WERNER, 
1994, p. 87). 
A lei 10.690/2003 refere-se a esta deficiência como: 
 
Pessoa Portadora de Deficiência Física é aquela que apresenta 
alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo 
humano, acarretando o comprometimento da função física, 
apresentando-se sob a forma de paraplegia, parapesia, monoplegia, 
monoparesia, teraplegia, tetraparesia, hemiplegia, hemiparesia, 
amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, membros com 
deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas 
e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções 
(BRASIL, 2003, p 1). 
 
 
 
46 
 
Apesar de sucinto, estes conceitos devem ser apropriados e aplicados na 
prática pelo professor, visando sempre auxiliar no desenvolvimento das crianças 
portadoras de necessidades especiais. 
Nunca pare de estudar, busque sempre novas informações e novos cursos. 
A formação continuada faz-se necessária. 
 
[...] ser professor requer saberes e conhecimentos científicos, 
pedagógicos, educacionais, sensibilidade, indagação teórica e 
criatividade para encarar as situações ambíguas, incertas, conflituosas 
e, por vezes, violentas, presentes nos contextos escolares e não 
escolares. É da natureza da atividade docente proceder à mediação 
reflexiva e crítica entre as transformações sociais concretas e a 
formação humana dos alunos, questionando os modos de pensar, 
sentir, agir e de produzir e distribuir conhecimentos (SEVERINO e 
PIMENTA apud PIMENTA e ANASTASIOU, 2005). 
 
Conclusão da aula 4 
 
Nesta aula foram abordadas as informações sobre jogos e brincadeiras, 
assim como alguns exemplos de atividades e concluindo com as informações 
relativas ao corpo humano, como ele é visto e como foi visto. 
 
Atividades de Aprendizagem 
Busque aqui modificar alguma atividade apresentada nesta aula, trazendo 
alterações, sendo uma opção para a diversificação. 
Qual atividade você utilizaria em sua turma com 30 alunos, tendo uma criança 
com Deficiência Visual e uma com Síndrome de Down? Porquê? 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
Índice Remissivo 
A música presente nas atividades lúdicas .................................................. 
(Cantigas de roda; expressões e sentimentos; ginástica) 
 
34 
Aspectos e instrumentos da corporeidade ................................................. 
(Esquema corporal; oportunidade; oportunizar os alunos) 
 
17 
Brinquedo cantado ..................................................................................... 
(Brincar e aprender; desenvolvimento cognitivo; ECA) 
 
26 
Cantigas de roda ....................................................................................... 
(Brincadeiras; brinquedos cantados; folclore) 
 
24 
Circuitos motores ....................................................................................... 
(Coordenação motora; estruturação espacial; lateralidade) 
 
12 
Conceitos ................................................................................................... 
(Crescimento e aprendizagem; educação física; PCN) 
 
37 
Corporeidade ............................................................................................. 
(Aula expositiva; corporalidade; organização corporal) 
 
09 
Exemplos práticos ...................................................................................... 
(Atividades esportivas; planejamento; reflexão) 
 
31 
Expressão Corporal ................................................................................... 
(Comunicação; expressão; imitação) 
 
17 
Ginástica historiada ................................................................................... 
(Imaginação; interação; interpretação) 
 
21 
Jogos dramáticos ...................................................................................... 
(Ação da imaginação; desenvolver a emoção; faz de conta) 
 
20 
Jogos e brincadeiras .................................................................................. 
(Brincadeiras tradicionais; joquempô; prática docente) 
 
38 
Jogos e brincadeiras, o corpo, um olhar diferente ...................................... 
(Atividades e exemplos; brincar; jogar) 
 
36 
Jogos infantis ............................................................................................. 
(Brincadeiras; desenvolvimento; pedagógica) 
 
19 
Linguagem corporal ................................................................................... 
(Corpolatria; corporeidade; Grécia Antiga) 
 
08 
Ludicidade .................................................................................................. 
(Atividades lúdicas; jogos de estratégias; universo da ludicidade) 
 
27 
Lúdico ........................................................................................................ 
(Aprendizagem; conhecimento científico; demanda social e cultural) 
 
28 
 
 
48 
 
Lúdico na Educação Física ........................................................................ 
(Ensino diferenciado; realidade proposta; universo lúdico) 
 
31 
Lúdico na Educação Infantil ....................................................................... 
(Atividades diversas; ensino-aprendizagem; material concreto) 
 
29 
Musicalidade .............................................................................................. 
(Cantarolar; imitar assovios; processo musical) 
 
23 
Pessoa com deficiência ............................................................................. 
(Alteração completa ou parcial; inclusão; OMS) 
 
44 
Teatro ......................................................................................................... 
(PCN; produção de arte; sessão historiada) 
 
21 
Testes motores .......................................................................................... 
(Analisar e comparar; evolução; teste de coordenação corporal) 
 
15 
Um olhar diferente para o corpo ................................................................. 
(Aspectos referenciados; era moderna; padrões de beleza) 
 
43 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
Referências 
 
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ANTUNES, C.; Jogos para a Estimulação das Múltiplas Inteligências. 
Petrópolis, RJ: Vozes, 2003. 
 
______, C.; O Jogo e a Educação infantil. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003. 
 
BARBOSA, M. e M. P.; Um olhar sobre o corpo: o corpo ontem e hoje. 
Psicologia e Sociedade. 23 – 2011. 
 
BENJAMIM, W.; Reflexões: a Criança, o Brinquedo, a Educação. Summus 
Ed., S.P., 1984. 
 
BERNARDES, E.; Jogos e Brincadeiras: ontem e hoje. Cadernos de História 
da Educação – n04 - 2005 
 
BRASIL. Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (2007). 
Brasília, 2009. Disponível em: <http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/ 
sites/default /files/publicacoes/convencaopessoascomdeficiencia.pdf> Acesso: 
01 de setembro de 2019. 
 
______. Ministério de Educação Física e do Desporto. Secretaria de Educação 
Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: 
MEC/SEF, 1998. 
 
BRAW. G.; Jogos Cooperativos, Teoria e Prática. Ed. Sinodal. 2000. 
 
BRENELLI, R.; O Jogo como Espaço para Pensar. Campinas, SP: Papirus, 
1996. 
 
BROTTO, F.; Se o importante é cooperar. Projeto

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