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1 Disciplina: Corporeidade e ludicidade Autores: M.e Jean Leonardo Loss Machado Revisão de Conteúdos: Esp. Guilherme Natan Paiano dos Santos Designer Instrucional: Sérgio Antonio Zanvettor Júnior Revisão Ortográfica: Esp. Alexandre Kramer Morgenterm Ano: 2019 Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em cobrança de direitos autorais. 2 Jean Leonardo Loss Machado Corporeidade e ludicidade 1ª Edição 2019 Curitiba, PR Editora São Braz 3 Editora São Braz Rua Cláudio Chatagnier, 112 Curitiba – Paraná – 82520-590 Fone: (41) 3123-9000 Coordenador Técnico Editorial Marcelo Alvino da Silva Conselho Editorial D.r Alex de Britto Rodrigues / D.ra Diana Cristina de Abreu / D.r Eduardo Soncini Miranda / D.ra Gilian Cristina Barros / D.r Jefferson Zeferino / D.r João Paulo de Souza da Silva / D.ra Marli Pereira de Barros Dias / D.ra Rosi Terezinha Ferrarini Gevaerd / D.ra Wilma de Lara Bueno / D.ra Yara Rodrigues de La Iglesia Revisão de Conteúdos Guilherme Natan Paiano dos Santos Designer Instrucional Sérgio Antonio Zanvettor Júnior Revisão Ortográfica Alexandre Kramer Morgenterm Desenvolvimento Iconográfico Juliana Emy Akiyoshi Eleutério FICHA CATALOGRÁFICA MACHADO, Jean Leonardo Loss. Corporeidade e ludicidade / Jean Leonardo Loss Machado. – Curitiba: Editora São Braz, 2019. 50 p. ISBN: 978-85-5475-492-1 1. Corpolatria. 2. Brincadeiras Pedagógicas. 3. Inclusão. Material didático da disciplina de Corporeidade e ludicidade – Faculdade São Braz (FSB), 2019. Natália Figueiredo Martins – CRB 9/1870 4 PALAVRA DA INSTITUIÇÃO Caro(a) aluno(a), Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz! Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Cláudio Chatagnier, nº 112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº 299 de 27 de dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e Extensão Universitária. A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do desenvolvimento do País e de formar não somente bons profissionais, mas também brasileiros conscientes de sua cidadania. Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão de dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais e grupos de estudos, o que proporciona excelente integração entre professores e estudantes. Bons estudos e conte sempre conosco! Faculdade São Braz 5 Sumário Prefácio....................................................................................................... 07 Aula 1 – Linguagem corporal ..................................................................... 08 Apresentação da aula 1 ............................................................................. 08 1.1 - Linguagem corporal ..................................................................... 08 1.1.1 - Corporeidade ........................................................................... 09 1.1.2 - Circuitos motores ...................................................................... 12 1.1.3 - Testes motores ......................................................................... 15 Conclusão da aula 1 ................................................................................... 16 Aula 2 – Aspectos e instrumentos da corporeidade ................................... 17 Apresentação da aula 2 .............................................................................. 17 2.1 - Expressão corporal ..................................................................... 17 2.2 - Jogos infantis .............................................................................. 19 2.3 - Jogos dramáticos ........................................................................ 20 2.4 - Teatro .......................................................................................... 21 2.5 - Ginástica historiada ..................................................................... 21 2.6 - Musicalidade ............................................................................... 23 2.7 - Cantigas de roda ......................................................................... 24 2.8 - Brinquedo cantado ...................................................................... 26 Conclusão da aula 2 ................................................................................... 26 Aula 3 – Ludicidade .................................................................................... 27 Apresentação da aula 3 .............................................................................. 27 3.1 - Lúdico .......................................................................................... 28 3.2 - Lúdico na Educação Infantil ......................................................... 29 3.3 - Lúdico na Educação Física .......................................................... 31 3.3.1 - Exemplos práticos .................................................................... 31 3.4 - A música presente nas atividades lúdicas ................................... 34 Conclusão da aula 3 ................................................................................... 36 Aula 4 – Jogos e brincadeiras, o corpo, um olhar diferente ........................ 36 Apresentação da aula 4 .............................................................................. 36 4.1 - Conceitos .................................................................................... 37 4.2 - Jogos e brincadeiras ................................................................... 38 4.3 - Um olhar diferente para o corpo ................................................... 43 4.3.1 - Pessoa com deficiência ........................................................... 44 Conclusão da aula 4 ................................................................................... 46 6 Índice Remissivo ........................................................................................ 47 Referências ................................................................................................ 49 7 Prefácio Olá alunos, sejam bem-vindos à disciplina de Corporeidade e ludicidade, teremos ao longo dessas aulas, momentos para reflexão sobre a prática docente, intercalando com conceitos sobre Corporeidade e ludicidade. Temas de importância que serão, sem dúvida, companheiros da prática profissional. Noções de como uma criança enxerga seu corpo, noção de espaço com relação ao mundo e a sociedade. Aspectos lúdicos para um maior dinamismo de suas aulas serão necessários para que ela seja mais atraente e prazerosa. Será abordado exemplos de atividades, formas de como fazer e experiências vividas ao longo de alguns anos na prática docente. Lembre-se sempre, não existe “receitas de bolo”. Nunca deixe de pesquisar, procurar aprimorar-se e buscar novos conhecimentos, pois as mudanças são presentes. 8 Aula 1 – Linguagem corporal Apresentação da aula1 Caro aluno, seja bem-vindo. Iniciaremos agora a disciplina de Corporeidade e ludicidade. Teremos quatro aulas em que abordaremos questões referentes à linguagem corporal (teatro, música e cantigas de roda), a ludicidade presente em nosso cotidiano, como as brincadeiras e jogos. Ria mais, brinque mais! João Batista Freire Fonte: https://i.ytimg.com/vi/f3U_62nUKJU/hqdefault.jpg 1.1 Linguagem corporal O corpo fala! Já dizia João Batista Freire, em seu livro Educação de Corpo Inteiro. É uma obra exemplar para começar a aula sobre o corpo. Nela, terá muitas informações, sugestões, atividades e o “como fazer” com os estudantes. Discutir, refletir sobre questões relacionadas sobre o corpo e sua utilização serão uma constante, muito presente na sua vida profissional. Surgirá, certamente, novos termos e novas nomenclaturas, que você utilizará em sua prática docente. Por isso, sempre se atualize. Freire já mostrava sinais, em meados de 1994, sobre a utilização e as manifestações de culto ao corpo, que estava acontecendo, ou iniciando. 9 Voltando um pouco na história, na época da Grécia Antiga existiu o culto demasiado e a preocupação com a beleza, muito disso era justificado pelo culto aos Deuses. Por outro lado, tem-se, nesse momento, a prática esportiva bem desenvolvida, a qual, certamente, os deixavam com corpos torneados e músculos desenvolvidos. Para cada época e para cada prática diferenciada, os nomes foram surgindo, o termo Corpolatria (culto excessivo do corpo, no sentido narcisista) é um exemplo disso. Outro exemplo vem a ser a Corporeidade, termo utilizado para explicar como o corpo relaciona-se com o mundo, como veremos a seguir. Saiba mais O livro mostra que corpo e mente devem ser entendidos como componentes que integram o mesmo organismo e ressalta a importância do exercício no aprendizado global do aluno dentro da escola, de forma a estabelecer um elo entre o movimento e o desenvolvimento mental da criança. A obra coloca a educação física como matéria semelhante às outras, em que o professor é, acima de tudo, um educador, com uma visão clara e abrangente sobre o ensino, a qual se apoia no desempenho, por parte da criança, de um trabalho com sentido e amplitude (FREIRE, 1994). 1.1.1 Corporeidade Corporeidade, então, é o que envolve o corpo, questões relacionadas com a qualidade e a corporalidade. É como o homem se apresenta no mundo e a organização que ele se envolve com o que está ao seu redor. Tudo o que diz respeito a vida está interligado diretamente com a corporeidade, o corpo, a sociedade, a cultura e a política, são todas as características presentes na vida das pessoas. Mas e o corpo, tão importante nas aulas de Educação Física, o que é? No sentido da física pode ser uma coleção de camadas sobrepostas, ou para a anatomia, o conjunto de várias partes para compor um animal. O corpo é complexo e maravilhoso, com artérias e veias, ossos e órgãos que compõem o todo do ser. 10 Reflita Um corpo então pode ser uma flor? Ou mesmo um pássaro? Sim, é o conjunto e as camadas que formam esse todo, constituindo um corpo. E como estamos construindo nosso corpo, você tem pensando nisso? Relate, em forma de acróstico, procedimentos bons e ruins de como cuida do seu: Positivos Negativos C C O O R R P P O O Fonte: elaborado pelo autor (2019), adaptado pelo DI (2019). Observe o que escreveu. Analise os cinco itens positivos e os negativos. Será que está sendo adequado com as ações, a alimentação, a prática de atividade física? Como eu estou desenvolvendo a corporeidade e como isso será exemplo para meu aluno? Reflexões que nos cercam por toda nossa vida profissional. Lembre-se sempre, este exemplo é também uma forma de ensinar. Percebemos que a corporeidade é uma construção, ela passa por um processo que deve ser pedagógico e, neste sentido, formado etapa por etapa. O cuidar disso tudo é um processo de aprendizagem. Nós temos aquisições corporais e lúdicas desenvolvidas, aprendidas desde sempre. Cada grupo social tinha, ou tem, uma brincadeira vinda da sua infância. Cada um de nós desenvolveu um jogo na escola específico da sua região. Nem todos brincamos ou participamos das mesmas atividades. Esses estímulos fazem parte da sua vivência e da sua corporeidade. É tão falado que devesse utilizar de vários artifícios para o processo de ensino aprendizagem. Aula expositiva, atividades com material concreto, leitura e exercícios. Essas ações ocorrem por um desenvolvimento do tato, da visão e 11 da audição. Mas poucas vezes percebe-se a utilização do corpo todo e de todos os sentidos para esse processo. As escolas estão tão focadas no processo de letramento e de leitura, em fazer com que a criança aprenda cada vez mais cedo a realizar as quatro operações da matemática ou conjugar verbos antes, esquecendo assim o processo corporal. As brincadeiras estão restritas à Educação Infantil. Nas turmas de Ensino Fundamental, o professor regente restringe-se somente à sua sala de aula. Este fato é muito observado nos dias de hoje. Mas por que esse medo, não aprenderam a brincar ou a ensinar a brincar, medo que se machuquem ou de não saber como conduzir a vitória x derrota. São indagações que por hora não se tem resposta, mas que sem dúvida vocês se perguntarão no futuro, assim como me pergunto hoje. Alfabeto com o corpo Fonte: https://c2.staticflickr.com/6/5796/30668725961_0d9bcd5fc4_b.jpg O nosso corpo não pode ficar grudado na carteira escolar. Quando a criança não compreende, não domina seu corpo, não possui uma organização corporal, é provável que ela também tenha dificuldade no processo de letramento, que não tenha coordenação motora para uma pintura, por exemplo. Assim a fase da Educação Infantil é essencial para esse desenvolvimento, que deve continuar no Ensino Fundamental. Deve-se sempre começar do MACRO para o MICRO, mesclando atividades fundamentais, desta forma, os circuitos 12 motores podem ser defendidos como fundamentais no contexto da Educação Infantil. INSERIR GLOSSÁRIO Macro Micro Fonte: elaborado pelo autor (2019), adaptado pelo DI (2019). 1.1.2 Circuitos motores Circuito motor Fonte: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcT35wg5qvQeJn-35sc 7uNVrzndHxj_vXAVSR6ps-GuvnzNtANUn Circuitos motores são sequências de atividades realizadas, uma após a outra, em forma de “estações”. Os alunos passam várias vezes por todas as etapas, procurando sempre alternar atividades, sendo companheiros necessários para o processo de aquisição motora e, com isso, auxiliando para a corporeidade. A criança corre, desce, sobe, risca, rabisca, cai, pula, enfim, executa muitos gestos motores necessários para seu desenvolvimento e para sua vida social. Ela pode se desenvolver mais ou menos com relação à outra criança, em virtude dos estímulos que recebe durante sua vida. Esses estímulos vêm de muitos lugares, da família, amigos, escola e de processos de treinamento ou sessões com profissionais específicos. O desenvolvimento de condições 13 psicomotoras está presente em todos os momentos da sua vida, sendo necessários a aplicação desde os anos iniciais. Alguns elementos são destacados nesse sentido, buscando um desenvolvimento e um conhecimento sobre seu corpo, são eles: ➢ Coordenação global: que envolve amplitude de movimentos, sua força e o equilíbrio, estão presentes, sendo necessário estar em seu eixo natural, seus membros e executando um movimento diferente, mesmo que amplos; sempre indispensável voltar a esses estímulos, para que a criança/pessoa reviva esses movimentos, pois, precisam de grandes músculos, equilíbrio e força; ➢ Coordenação motora fina: movimentos menores e com menos músculos envolvidos, necessita de umaajuda da visão, pois são movimentos mais elaborados, nesse caso estão os movimentos de pinça ou a escrita por exemplo, encontram-se nessa classificação; ➢ Discriminação auditiva: relacionado com a percepção de som, este pode ser aprendido e também desenvolvido, sendo a capacidade de perceber e identificar dois sons ao mesmo tempo, sendo um dos principais fatores neste sentido, as cantigas de roda, para isso a necessidade em desenvolvê-las; ➢ Discriminação visual: esta tem a função de detectar cores, tamanhos e formas, desenvolvendo-se proporcionalmente com o processo neurológico da criança, precisando fixar olhares, em um primeiro momento, em seguida vê o que está a sua frente, no seu campo visual. Com o passar dos dias e estímulos, a criança vai percebendo objetos diversos, símbolos perto, longe e principalmente buscando esses objetos com olhar; ➢ Esquema corporal: está diretamente ligado com o processo de desenvolvimento e amadurecimento da criança, tem relação com o meio e com cada item já citado, acrescenta-se aqui relações afetivas e emocionais, nesse processo refere-se à criança, mas encontram-se nesse mesmo caminho aqueles que, por algum trauma, perderam a mobilidade e estão reaprendendo a obter movimentos. Uma pessoa necessita dominar seu corpo do seu 14 gesto motor. Ela precisa fazer parte do todo. O desenvolvimento do nosso esquema corporal provém de experiências vividas, movimentos novos e atividades diversas que fazemos; Le Boulch (2007) apresenta etapas do esquema corporal, que correspem quem à Educação Infantil: 1a Etapa Corpo vivido Até 3 anos: fase sensória motora de Piaget, passa a ampliar suas experiências motoras; tem um amadurecimento do Sistema Nervoso; passa a vivenciar os movimentos. 2a Etapa Corpo percebido Dos 3 aos 7 anos: tem uma organização do esquema corporal, domina seu eixo, e domínio dos movimentos. 3a Etapa Corpo representado Dos 7 aos 12 anos: nesta etapa observa- se a estruturação do esquema corporal. No início desta fase a representação mental da imagem do corpo consiste em uma simples imagem reprodutora e é uma imagem de corpo estática. Fonte: elaborado pelo autor (2019) baseado em Le Boulch (2007), adaptado pelo DI (2019). ➢ Estruturação espacial: tem uma direta adequação da pessoa em relação ao espaço aos objetos, está ligada a maturação pessoal e ao domínio da lateralidade, sendo assim, tem o controle de: situações (dentro, fora, alto, baixo, longe e perto); tamanho (alto, médio e baixo); posição (em pé, deitado, ajoelhado, agachado, inclinado, sentado e de lado); movimento (levantar, abaixar, empurrar, puxar, dobrar, estender, girar, rolar, cair, levantar, subir e descer); formas (círculo, quadrado, triângulo e retângulo); qualidade (cheio, vazio, pouco, inteiro e metade); superfícies (ásperas, lisas e aveludadas); volumes (grosso, fino, estreito e largo); ➢ Lateralidade: está relacionada com o domínio de um lado do corpo em relação ao outro, este processo de domínio deve ser muito observado, pois trabalha o lado “não dominante”, o que é muito importante. O professor deve estimular seus alunos a realizarem 15 as atividades utilizando o lado esquerdo e direito do corpo, ou seja, os chutes, os passes, os dribles e até mesmo o arremesso, como no basquete, devem ser praticado sempre de forma bilateral; ➢ Orientação temporal: quando se refere à orientação de espaço e tempo, deve-se refletir sobre os movimentos dados e o espaço delimitado, funcionando de forma integrada, sendo necessário que a criança observe e coloque-se adequadamente de acordo com a posição de cada objeto e das outras pessoas em relação a si. Essas percepções são construídas e aperfeiçoadas a medida em que amadurecem. A visão, audição e tato, possibilitam esse desenvolvimento. 1.1.3 Testes motores Todos esses elementos são trabalhados e aperfeiçoados no processo de desenvolvimento de cada criança. Alguns caminham em conjunto, outros sozinhos. Para verificar a evolução e melhoria de cada um, existem os testes motores que são elementos desenvolvidos para examinar essa evolução. Como exemplo de teste motor temos o KTK (Körperkoordinationstest Für Kinder). Este teste é composto por quatro elementos a ser em desenvolvidos como: trave de equilíbrio, saltos monopedais, saltos laterais e transferências sobre plataformas. Mídias Uma forma de acompanhar o desenvolvimento motor das crianças e jovens seria utilizando o método alemão KTK (Coordenação Corporal para Crianças). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=O_mU46G4_vQ Os testes são interessantes pois os resultados podem ser comparados com outros pesquisados e analisados, por mais de uma vez com o mesmo estudante. Veja, posso fazer um teste no início e no final do ano! O processo de avaliação é necessário para que possamos investigar conhecimentos e/ou práticas adquiridas. Nesse sentido, a Educação Física 16 utiliza alguns mecanismos para desenvolver esse processo. O mais comum é o Índice de Massa Corpórea desta forma, o IMC calcula a massa corporal dividida por duas vezes a altura da pessoa, como exemplo, um aluno medindo 1,68m com uma massa de 61kg, seu IMC seria de 21,63. Tabela e resultados – IMC O IMC pode trazer os seguintes resultados: IMC Resultado Menos do que 18,5 Abaixo do peso Entre 18,5 e 24,9 Peso normal Entre 25 e 29,9 Sobrepeso Entre 30 e 34,9 Obesidade grau 1 Entre 35 e 39,9 Obesidade grau 2 Mais do que 40 Obesidade grau 3 Fonte: elaborado pelo autor (2019), adaptado pelo DI (2019). Saiba mais O Índice de Massa Corpórea (IMC) é adotado pela Organização Mundial de Saúde para o cálculo do peso ideal de cada indivíduo. Saiba mais sobre o seu IMC acessando o link: https://www.minhavida.com.br/alimentacao/tudo-sobre/32 159-imc Conclusão da aula 1 Nesta aula foi visto as questões relacionadas à corporeidade, seu desenvolvimento e informações sobre a importância do seu desenvolvimento. Os circuitos motores foram introduzidos como estratégias para este desenvolvimento. Também foram abordados os testes motores, sendo importantes para um processo de avaliação. Use-os para justificar uma falta de coordenação motora, por exemplo. 17 Atividades de Aprendizagem Desenvolva uma atividade utilizando os circuitos motores, contendo pelo menos cinco estações e descrevendo como os estudantes deverão executar cada ação. Aula 2 – Aspectos e instrumentos da corporeidade Apresentação da aula 2 Caro aluno, bem vindo para mais uma aula. Nesta aula será abordado um pouco sobre aspectos e instrumentos que podem auxliar a corporeidade, instrumentos que estão ligados ao processo de construção do nosso esquema corporal. Eu tive tudo isso para desenvolver minha corporeidade? Me foi oportunizado na Escola ou em momentos de lazer? Como posso incluir nas minhas aulas? Como oportunizar aos meus alunos? 2.1 Expressão corporal Expressão corporal Fonte: https://www3.faac.unesp.br/comunicaeducacao/everystockphoto.jpg 18 Pensamos em expressões corporais como, a forma como um ser comunica-se com outro, bem como sua ligação com o mundo. Muitas vezes, esta comunicação se dá somente por gestos, sendo assim, a expressão diz muito daquilo que estamos vivendo e do momento em que nos encontramos. Nos deparamos com situações em que pensamos: - Olha a cara dele, nem podemos falar nada! Ou em outro momento: - Hoje podemos conversar, está com a cara boa! Fonte: elaborado pelo autor (2019), adaptado pelo DI (2019). Isso faz parte do cotidiano, aprendemos e convivemos com isso. A nossa expressão corporal define ao outro como estamos e fazemos a leitura do outro pela sua expressão também. Na sequência alguns exemplos de atividades que podem ser feitas em sala de aula comas crianças para seu desenvolvimento corpóreo: ➢ Imitação: deixar dois alunos frente a frente, após comandos farão movimentos para o outro imitar, esses comandos poderão ser desenvolvidos com a criatividade dos próprios estudantes. Esta atividade pode ser uma atividade calma e prazerosa. Observe sempre a maturidade e a interação da turma, pois dependendo da turma você poderá usá-la até o quarto ou quinto ano; ➢ Imitação de animais: imitar os animais solicitados após o comando do professor. Esta é uma atividade que carrego comigo desde sempre. Desenvolvo-a junto com a brincadeira da “estátua”. Ao parar a música, em que as crianças fazem a estátua, peço que imitem algo. Exemplo: ao sinal de estatua ou imitem um gato. Uma atividade muito interessante em que já foi desenvolvida até como estratégias de macro ginástica, a música também pode ser um instrumento muito utilizado neste contexto da expressão corporal, como veremos na sequência. 19 2.2 Jogos infantis O jogo é praticado desde os tempos mais remotos, podendo ser uma brincadeira com poucas regras ou até uma partida olímpica. As definições se complementam e diferenciam-se pelo objetivo com o qual se tem. Em se tratando de jogo, como menciona Kishimoto (2003) “[...] são situações como disputar uma partida de xadrez, [...] um tabuleiro com peões e uma criança que brinca com boneca." (KISHIMOTO, 2003). Buscar a definição mais completa para isso significa entrar “dentro do jogo” para saber o que ele está propondo. Para Antunes (2003): São desenvolvidos com a intenção explícita de provocar uma aprendizagem significativa, estimular a construção de um novo conhecimento e, principalmente despertar o desenvolvimento de uma habilidade operatória (ANTUNES, 2003 p 38). Este conceito é para os jogos (ditos pedagógicos), pois em todos os jogos podem existir o contexto de aprendizagem pedagógica, depende da condução que o professor dará para este momento. Quando se falava em jogos para alfabetizar, haviam críticas que no decorrer do tempo foram deixadas de lado, atualmente, os professores de Educação Física buscam para alfabetizar, estratégias e jogos que auxiliem nesse processo. O jogo é um componente curricular que deve estar presente nas ações pedagógicas. Jogar significa desde competição, como diz Celso Antunes, até "estímulo de crescimento e aprendizagens”. O jogo é uma atividade livre, participa quem quer. Ele não é real. É fascinante, cativante, tenso e desafiador, mas com regras próprias. Para Huizinga (2004), o jogo é: Um fenômeno cultural [...] é mais do que um fenômeno fisiológico ou um reflexo psicológico. Ultrapassa os limites da atividade puramente física ou biológica [...] é uma 'totalidade', a realidade do jogo ultrapassa a esfera de vida humana, é impossível que tenha seu fundamento em qualquer elemento racional, pois limitar-se-ia à humanidade...é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e de espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e de alegria e de uma consciência de ser diferente da 'vida quotidiana". (HUIZINGA, 2004, p 15). 20 Percebe-se que o jogo contribui para todas as etapas da vida, e para muitas funções dentro e fora da escola. Até dando impressão que, de uma hora para outra, o jogo foi descoberto para todas as situações da escola. Nesta etapa, na infância, na Educação Infantil, o jogo torna-se ainda mais utilizado, com ele, além das condutas motoras necessárias para o desenvolvimento da criança (coordenação, lateralidade e expressão corporal), também se aplicam ações relativas à imaginação e ao lúdico, por exemplo. Em geral não se tem uma origem exata, ou mesmo uma data em que os jogos, principalmente os infantis, tradicionais foram criados, sabe-se que muitas gerações já brincaram e que são passados de pai para filho. Cada região, cada família e cada escola possui os jogos mais praticados e que se tornam os preferidos das crianças. Podemos dizer que os jogos mudam no decorrer do tempo, sendo aperfeiçoados, isso se dá pelo avanço da tecnologia e até pelo aumento da violência. Já se houve muito as frases, “não brincam mais na rua” ou “pia de prédio”. Situações vivenciadas na atualidade em que se contata que as crianças não estão mais realizando aqueles jogos que eram desenvolvidos na rua como se faziam antigamente. Neste sentido cabe a nós fazermos este resgate, sempre que possível, pois esses jogos são necessários para o desenvolvimento motor e cognitivo das nossas crianças. Reflita E você, quais eram seus jogos preferidos enquanto criança? 2.3 Jogos dramáticos Está diretamente ligado ao “faz de conta”. Ele é importante para o desenvolvimento da emoção e da criação de cada criança. Ele é responsável pela ação da imaginação. A criança imagina, neste processo, desde o local até o cenário e figurino, caminhando junto com os jogos teatrais, pois necessita das qualidades desses jogos também. 21 Os jogos dramáticos, muitas vezes, são reproduções daquilo que a criança vive. As brincadeiras são relacionadas como as profissões dos pais são desenvolvidas. Esses jogos são utilizados por profissionais que trabalham com indivíduos em situação de risco. Mídias Uma das brincadeiras que permeiam o cotidiano da criança é o faz de conta, buscando a espontaneidade delas. Acesse o vídeo no link: https://www. youtube.com/watch?v=5l802zv_gcs 2.4 Teatro O teatro de acordo com PCN (2002): Promove oportunidades para que adolescentes e adultos conheçam, observem e confrontem diferentes culturas em diferentes momentos históricos operando como um modo coletivo de produção da arte. (PCN 2002, p. 88). O desenvolvimento do teatro pode ser com fantoches, por dramatizações de peças tradicionais, bem como aquelas desenvolvidas por eles. Os conceitos do teatro e instrumentos para seu desenvolvimento, na Educação Física, podem misturar-se com os jogos dramáticos e com a sessão historiada. Saiba mais O presente artigo tem como foco principal de seu estudo analisar como o teatro dentro do ambiente escolar pode propiciar um melhor desenvolvimento na aprendizagem. Disponível no link: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/ artes/a-crianca-teatro-na-escola.htm 2.5 Ginástica historiada A ginástica historiada é a interpretação da história desenvolvendo os gestos de acordo com a história. É uma atividade muito interessante, principalmente para Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental. Os 22 alunos gostam muito e interagem bastante com essa atividade. Eles ajudam a criar os gestos, bem como criam histórias para desenvolver aquilo que estão vivendo. Ela mexe com o imaginário da criança, oportunizando momentos de descontração, de reflexão e com certeza, de viajar em um mundo mágico da imaginação. Se for criar uma história junto com a turma, pode-se observar também as questões relacionadas com situações de risco que elas possam estar vivendo, pois para uma continuação da história, ela poderá dar exemplos daquilo que está vivendo naquele momento, se colocando como triste, alegre, com agressividade ou carinhosa. Observe aqui como ela se refere aos animais, por exemplo, se ela vai agradar o cachorro, ou bater, se vai colocar roupa ou deixar dormir no frio. Segue uma história, relativamente longa, que foi desenvolvida em sala de aula da Educação Infantil e foi desfrutado momentos de parceria. Depois que as crianças se colocam na história, elas fazem os gestos, e, em alguns casos, gestos que nem haviam proposto. Fogo no Circo O circo estava armado no centro da praça (assim começa a contar a história enquanto vai reunindo as crianças). A lona era bem grande, muito enormemesmo (e o professor abre os braços, para dar ideia do tamanha da lona). Lá dentro havia uma porção de bichos; havia leão, tigre, girafa, cavalo, onça, urso, macaco e também um pequenino cachorro, deste tamaninho (mostrar com as mãos fazendo o gestual de cada animal). Era de noite e estava escuro; os bichos estavam todos dormindo, não se ouvia nenhum barulho. Quem tomava conta do circo era o Sr João, um velhinho, que sempre levava na mão uma lanterna acessa, pois trabalhava sempre à noite. Sr João estava sentado em uma cadeira e ouviu um barulho. Ele se levantou e foi andando devagarinho, assim na pontinha dos pés (o grupo se desloca e vai imitando o professor). Começou a sentir o cheiro de queimado e foi andando mais depressa (marcha inicial), mais depressa [...] mais depressa, começou a correr em direção ao barulho e viu o fogo ainda pequenino. Voltou correndo, passou por debaixo dos bancos (quadrupedismo) uma porção de bancos, para chegar mais depressa à rua e gritou: O CIRCO ESTÁ PEGANDO FOGO! O CIRCO ESTÁ PEGANDO FOGO! Começou a juntar gente e logo chamaram os bombeiros. Puseram as escadas e foram subindo; outros entraram no circo e subiram nos bancos, nas cadeiras e nos postes; alguns nas calçadas subiram nas árvores e começaram a “jogar água” na fogueira, que já estava muito grande. Os leões urravam, os cavalos relinchavam, os tigres rugiam e os macacos guinchavam. Os pobres macacos que estavam presos na jaula começaram a pular de um lado para outro, pois 23 o fogo ja estava perto deles (imitar os animais). Sr João veio e abriu a jaula, os macacos subiram pelas grades e começaram a atravessar o circo de um lado para outro, caminhando por cima de um arame (equilibrar) com muito cuidado para não cair, até chegarem em que não havia mais fogo. Os empregados do circo que haviam acordado, começaram a carregar para fora as cadeiras, bancos, tapetes, tábuas, tudo o que encontravam e que pudesse pegar fogo. Os macacos também quiseram ajudar a jogar (lançar) tudo para fora do circo; jogaram bolas, os arcos e tudo o que encontravam iam jogando. Então os bombeiros apagaram o fogo, foi quando apareceu o urso, os bombeiros queriam prender o urso na jaula. Mas o urso era muito forte, empurrava um aqui, empurrava outro ali, abraçava forte aquele. Ia saindo de perto de perto dos bombeiros (pode utilizar uma brincadeira de pegar), até que conseguiram segurar e colocá-lo novamente na jaula. Então o incêndio já tinha acabado, graças aos bombeiros, que trabalharam bastante e foram muito valentes; os carros começaram a voltar para o quartel dos bombeiros; iam correndo pelas ruas (correr) com a sirene tocando. Lá no circo, já estava tudo calmo outra vez. Sr João, que tinha tomado grande susto, que agora estava muito contente porque tinha salvado os animais encontrou escondido atrás de um caixa aquele cachorrinho pequenino, deste tamaninho. Eu estava olhando e então fui agradá-lo, ele gostou, e fez assim: AU! AU! AU! Aí o Sr João me deu o cachorrinho e eu fui andando para minha casa. Fonte: elaborado pelo autor (2019), adaptado pelo DI (2019). Mídias Assista a um exemplo de ginástica historiada, disponível no link: https://youtu.be/ 2QIo-qx7CV8 2.6 Musicalidade Desde os primórdios, a música faz-se presente em nossas comunidades, seja por cantarolar ou mesmo imitação de assovios, pode-se dizer que esse processo musical é inerente a espécie humana. Esta musicalidade está relacionada também ao ritmo, precisamos dele para cantar e ele está interligado com a coordenação motora. Pode-se observar se o aluno tem ritmo somente ao olhar ele andar, correr, enfim, trabalhar este ritmo e a musicalidade desse aluno é tarefa do professor. As aulas de música, propriamente dita, são características das aulas de arte. Mas a interdisciplinaridade presente é bem marcante, podendo utilizar materiais para desenvolver sons, criar chocalhos, bumbos e estar 24 desenvolvendo o contexto musical, o ritmo e consequentemente a coordenação motora da criança. Nessas aulas iniciamos esse processo musical utilizando as cantigas de roda, nosso próximo tema. 2.7 Cantigas de roda Quem nunca brincou ou cantou a cantiga a seguir ou algo semelhante nos recreios da escola, nas ruas, em casa e também nas aulas de Educação Física? A cantiga não tem uma definição quanto ao tempo que existem ou quem as criou. São instrumentos pertencentes ao folclore dos povos. Muitas delas decorreram dos colonizadores, enquanto outras são frutos dos povos indígenas. Sabe-se que estão presentes desde sempre nas escolas e nas brincadeiras das crianças. Cantiga de roda Fonte: https://static.todamateria.com.br/upload/ca/nt/cantigasderoda-cke.jpg O Cravo e a Rosa O Cravo brigou com a rosa Debaixo de uma sacada O Cravo ficou ferido E a Rosa despedaçada O Cravo ficou doente A Rosa foi visitar O Cravo teve um desmaio A Rosa pôs-se a chorar Fonte: elaborado pelo autor (2019), adaptado pelo DI (2019). 25 Importante As cantigas se apresentam com uma coreografia pré-estabelecida, que em geral todos dançam e cantam da mesma forma, como esta do pezinho: Pezinho Ai bota aqui Ai bota aqui o seu pezinho Seu pezinho bem juntinho com o meu (BIS) E depois não vá dizer Que você se arrependeu! (BIS) Está cantiga em questão já foi utilizada em coreografias para festas folclóricas, com turmas da Educação Infantil. As cantigas não podem ser confundidas com brinquedos cantados, estas denominações mais recentes também utilizam de música e coreografias, mas não fazem parte do folclore e nem sempre são brincadeiras cantadas em roda. Também as cantigas são criadas para exemplificar momentos, afazeres domésticos profissões. Alguns referentes ao clima e muitas delas específicas de regiões e/ou povos, assim como cantigas como Marcha soldado e Samba lelé: Marcha soldado Marcha soldado Cabeça de papel Quem não marchar direito Vai preso pro quartel O quartel pegou fogo A polícia deu sinal Acode, acode, acode a bandeira nacional Samba lelê Samba Lelê tá doente Tá com a cabeça quebrada Samba Lelê precisava É de umas boas palmadas Samba, samba, Samba ô Lelê samba, samba, samba ô Lalá Samba, samba, Samba ô Lelê Pisa na barra da saia ô Lalá Fonte: elaborado pelo autor (2019), adaptado pelo DI (2019). 26 Saiba mais Observa-se que as cantigas possuem letras diferentes, dependendo da região, isso é devido à regionalização existente em nosso país. Para mais informações acesse o link: https://www.todamateria.com.br/cantigas-de-roda/ 2.8 Brinquedo cantado Assegurado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a brincadeira na infância é mais do que uma atividade para criança brincar ou se divertir, trata-se da criação e interpretação do mundo em que ela está inserida. O brincar faz com que a criança aprenda por si só e por intermédio de jogos e brincadeiras saudáveis. Além disso, as atividades nas escolas são importantes para o desenvolvimento psicomotor da criança. Uma forma lúdica que é oferecido para as crianças é o brinquedo cantado, possibilita o brincar com o seu próprio corpo por meio das músicas, expressões vocais e corporais e palavras e sílabas ritmadas, atingindo o desenvolvimento cognitivo social e físico. Saiba mais Brincar é mais do que uma atividade sem consequência para a criança, brincando a criança não apenas se diverte, mas recria e interpreta o mundo em que vive, se relaciona com o mundo e vivência o encontro com a criança em seu mundo afetivo, alegre e transcendente. Leia mais acessando o link: https://www.efdeportes.com/efd159/o-brinquedo-cantado-na-escola.htm Conclusão da aula 2 Nesta aula, foi visto alguns conceitos e atividades que nos auxiliam no processo da corporeidade dos nossos alunos. Esses elementos são bem desenvolvidos, principalmente com os estudantes menoresna Educação Infantil e Fundamental I. 27 Essas atividades são prazerosas, portanto busquem sempre as desenvolvê-las, ter esse hábito de fazer e de prazer. Nenhuma delas terá um resultado se aplicada isoladamente. O ideal é o trabalho em conjunto, utilizando todas as ações. Atividades de Aprendizagem Crie, baseado nos jogos que você fazia enquanto criança, um jogo alternativo, para os dias de hoje. Faça uma paródia de uma cantiga de roda, sendo um instrumento interdisciplinar utilizando conteúdos como os de Geografia, Ciências ou História, por exemplo. Aula 3 – Ludicidade Apresentação da aula 3 Olá, bem vindos para mais uma aula! Teremos nesta aula informações referente ao lúdico, o que é e como desenvolvê-lo nas aulas. Nem sempre a ludicidade está ligada somente à brincadeira, temos que abrir este leque observando as tecnologias presentes e os jogos de estratégias com as regras presente nesse universo da ludicidade. Nesse contexto de formação que se tem, deve-se aprimorar muito os conceitos e atividades lúdicas, principalmente os que gostam ou pretendem trabalhar com Educação Infantil ou Fundamental I. Reflita Como foram suas aulas, quais as técnicas utilizadas para desenvolver o brincar? Como reproduzir isso para meus alunos? 28 3.1 Lúdico Jogos e brincadeiras fazem parte do mundo da criança e também a desenvolve, seja no contexto sensório motor ou no processo cognitivo, mas brincar tendo direcionamento há contribuição para a aquisição de conhecimento corporal e intelectual. As atividades lúdicas são importantes para o desenvolvimento sadio da criança e a compreensão do conhecimento adquirido. Por meio das brincadeiras também é desenvolvido a socialização das crianças. Importante O lúdico é um facilitador do processo de ensino aprendizagem. Com ele pode- se ter elementos que auxiliam e trazem momentos de prazer, alegria, descontração e aprendizagem para dentro da sala de aula. No sentido da palavra, o termo está relacionado a jogos e divertimentos. Assim, ele pode ser uma brincadeira que provoque divertimento ou um jogo que facilite e possibilite a aprendizagem. Passos (2013) comenta que “o lúdico é uma atividade física ou mental que não tem um objetivo imediato”. Neste sentido, ele seria um processo mais a longo prazo, mas sem dúvida, uma aprendizagem satisfatória. A criança aprende com o jogo a medida em que cria um envolvimento com o processo do jogo, ela tem laços e eles lhe retribuem a aprendizagem como resposta. Para Santos (2001): Tem o carácter de jogo, brinquedo, brincadeira e divertimento. Brincadeira refere-se basicamente à ação de brincar, `espontaneidade de uma atividade não estruturada; brinquedo é utilizado para designar o sentido de objeto de brincar, jogo é compreendido como brincadeira que envolve regras e, divertimento como um entretenimento ou distração (SANTOS, 2011, p. 24). Autores divergem sobre o conceito e função de lúdico. Alguns trazem o lúdico como brincadeiras que auxiliam na aprendizagem (LEON, 2011). Outros como atividades realizadas em momentos de lazer (PASSOS, 2013). Mas todos têm em comum que ele é uma estratégia utilizada dentro da escola, de forma a auxiliar no processo de aprendizagem. 29 Nas duas formas o lúdico é um elemento importante para a ampliação da aprendizagem. O processo de desenvolvimento do lúdico, além de ser sedutor, encanta o participante trazendo ele para dentro do jogo ou da atividade. Cruz (2009) em O lúdico como estratégia didática, diz que o lúdico oferece aos alunos atividades diferentes, tendo oportunidade de vivenciar situações reais ou imaginárias, as quais possibilitarão a fixação do conhecimento. Santos (2012) comenta que o lúdico passa por quatro pilares: ➢ Sociológico: engloba uma demanda social e cultural; ➢ Psicológico: relacionada com o desenvolvimento e com a aprendizagem; ➢ Pedagógico: fundamentos teóricos existentes; ➢ Epistemológico: conhecimentos científicos que sustentam o jogo como fator e desenvolvimento. 3.2 Lúdico na Educação Infantil Atividade lúdica Fonte: http://www.escolapequenoprincipe.com.br/wp-content/uploads/DSC06047.jpg Já percebemos que o lúdico é a forma de se aprimorar o conhecimento, de uma forma diferenciada daquela tradicional, adequando jogos e brincadeiras ao processo de ensino-aprendizagem. É, sem dúvida, uma prática utilizada, ou 30 deveria ser, pelos professores de Educação Física, ingressou nos currículos e práticas docentes das mais diferentes áreas do conhecimento. É na Educação Infantil que a ludicidade encontra seu maior público, nos quais as atividades devem ser desenvolvidas para que as crianças possam ter seu desenvolvimento motor e cognitivo com mais plenitude. Importante O maior desafio é “inovar a prática”, deixar velhos hábitos e apropriar-se de novas formas para aplicar sua docência. É fazer relações, criar meios e estratégias entre os conteúdos a serem aplicados. Uma questão marcante para a prática lúdica na Educação Infantil diz respeito ao tempo de concentração das crianças, sendo necessário sempre a diversificação das atividades, tendo um tempo de concentração muito pequeno para eles. Esse processo deve ter apoio no material concreto, isso facilita a apropriação do conhecimento, na utilização de material concreto e auxilia trazendo a criança para a realidade. Mas, e a fantasia em que fica? O imaginário da criança? O brincar e a fantasia são quando as crianças, muitas vezes, reproduzem aquilo que vive em casa, trazendo o seu cotidiano nesse processo. Ele deve ser direcionado, apresentando novas formas de brincar e do processo que leve ao imaginário. Esses dois caminhos devem estar juntos, direcionando as atividades lúdicas e propiciando atividades com material concreto. Esta formula certamente terá um bom resultado. É possível utilizar essa prática nas datas comemorativas, na páscoa por exemplo, pode se iniciar cantando músicas relativas à data que será comemorada, atividades relacionadas com o coelho e para finalizar, fazer uma atividade com coelhinho. Com a mesma ideia no dia do soldado, em que as atividades são de rastejar, saltar, pular, rolar; músicas referentes ao tema e para finalizar é possível desenvolver uma atividade de “defesa da escola”, em que os soldados irão proteger o território. Nas duas atividades percebe-se que envolvemos as 31 questões de fantasia e material concreto, bem como o processo de desenvolvimento cognitivo motor das crianças. Cada criança tem um desenvolvimento diferente, ele não é linear, isso requer atenção do professor, pois deve propiciar atividades que cada um avance no seu processo, sem segurar aqueles com maior desenvolvimento e ter atividades para aqueles que ainda estão no seu início. O professor deve contribuir para que a criança possa aprimorar-se desses conhecimentos, e se colocar como ser humano na sociedade. 3.3 Lúdico na Educação Física Partindo do princípio que o lúdico é uma forma diferente de ensinar e de passar o conhecimento aos educandos buscando alternativas diferenciadas, percebe-se que no dia a dia da Escola isso acontece muito pouco. Esta realidade está muito longe de ser a realidade proposta pelo que o universo lúdico possibilita. Nas aulas de Educação Física, isso já deveria ser uma constante. O desenvolver formas diferenciadas para aplicar nos conceitos e nas técnicas específicas de cada conteúdo. Reflita Profissional de Educação Física já desenvolvem o Lúdico antes mesmo de teóricos criarem o termo. Por exemplo, por que ficar ensinando o passe parado, dois a dois, se eu posso criar um jogo em que utiliza-se o passe. Ou mesmo a fixação de posicionamento nas diferentes modalidades esportivas como a “dança das cadeiras”. 3.3.1 Exemplos práticos No primeirocaso, trabalhando com a modalidade de handebol, é possível realizar um jogo chamado de “jogo de passes”, em que, passando a bola (neste jogo uma das regras é não quicar a bola no chão) os alunos devem chegar até o gol. Pode alternar aqui formas variadas de fazer este gol, diminuir a baliza, passar por todos os alunos, fazer o gol somente de uma região específica da 32 quadra, por exemplo. Aqui você utiliza aquilo que a sua turma está necessitando naquele momento. Esta atividade você conseguirá desenvolver desde quarto ou quinto ano do Ensino Fundamental I, até com alunos do Ensino Médio. Poderá também realizá-la em outras modalidades esportivas, basquete, por exemplo. Na segunda atividade, quando se ensina o início do jogo de cada modalidade, os estudantes, muitas vezes não se posicionam adequadamente. Desta forma pode-se realizar atividades que antecedem este processo, e não ficar somente mostrando desenhos ou ensinando de forma teórica. Para este início, uma dança das cadeiras pode auxiliar. Deixa as cadeiras posicionadas nas posições que você quer trabalhar, por exemplo as seis posições do voleibol. Faz com que os alunos se desloquem de um lado da quadra e ao sinal corram até o outro lado, sentando nas cadeiras (nos arcos, os círculos desenhados no chão). Certamente os alunos apropriar- se-ão mais facilmente desse conhecimento. Esses exemplos servem para reflexão do que pode deixar as aulas mais prazerosas e menos técnicas, lembrando sempre que nas aulas de Educação Física devem-se trabalhar, desenvolver aspectos de saúde, corpo e passar conhecimentos esportivos (aqui engloba-se a parte técnica de cada modalidade). Mas não se deve utilizar das aulas de Educação Física para formar equipe desportiva. Quando isso ocorre você se torna um professor excludente, pois nem todos os estudantes tem aptidão específica para aquela modalidade que você está planejando formar equipe. E isso não é nada agradável. Bem, estes foram alguns exemplos de como desenvolver, mas podemos contar com muitas outras atividades. Importante Toda atividade deve ser adequada a sua realidade. As “receitas de bolo”, para nós, não são eficientes, pois temos turmas diferentes, com número de pessoas diferentes, aptidões, assim como locais disponíveis diferentes. 33 Pega pega Fonte: https://i1.wp.com/www.obrasileirinho.com.br/wp-content/uploads/2011/03/pega Pega.jpg?ssl=1 Saiba mais Este site colocou informações interessantes e que podem ser utilizadas nas aulas de Educação Física. Precisamos saber que as atividades podem ter nomes diferentes dependendo da região em que você mora. Aqui a sugestão são as atividades de “pega-pega”, em que alguns fogem e outros devem pegar os companheiros. Disponível em: https://www.obrasileirinho.com.br/brincar- criancas/brincadeira-pega-pega/ Você pode criar e diversificar a atividade, mesmo tendo o mesmo objetivo, pode ser em grupo ou individual, com materiais ou não. Faça, crie e crie junto com seu aluno, pois a atividade terá uma “cara” diferente e eles gostam muito. Alguns exemplos: ➢ Pai cola: ao ser tocado, ele ficará parado; ➢ Pega corrente: quem for pego vai fazendo uma corrente até que todos estejam unidos; ➢ Pega americano: ao ser pego, quem foi pego, deve ficar com as pernas afastadas, para voltar à brincar um colega deve passar embaixo das pernas. Nesta mesma ideia, pode-se deixar aquele que foi pego como uma “pedra” e para voltar a fazer a atividade, deve-se pular por cima. 34 Importante Nesta mesma ideia de diversificação existem muitos outros, como a queimada ou caçador, nomes diferentes para a mesma atividade, vale a pena pesquisar. 3.4 A música presente nas atividades lúdicas Toda pessoa é musical, ouvindo música em todo local e sempre cantarolando uma cantiga. Algumas pessoas o dia todo, outras ficam com seus fones de ouvido e nem se dão conta do tempo e espaço. Música para passar tempo ou aproveitar o tempo? Expressões e sentimentos por meio dela, nas paixões, nos momentos de euforia e de tristeza também, ela se faz presente. Nas atividades lúdicas isso também ocorre, não somente com as cantigas de roda ou brinquedos cantados, mas em atividades em que esta seja um complemento, a dança das cadeiras exemplifica isso. Atividades de ginástica e o macro ginástico, todas essas são fundamentais que a música esteja presente. Um olhar no processo de ensino aprendizagem observa-se as músicas feitas por professores para que o aluno se aproprie de conceitos. Nos cursos pré- vestibulares é muito comum o professor utilizar-se da música para apresentar um conteúdo. Este caminho de ensinar pela música foi adotado desde sempre pelas cantigas de roda. Vejam alguns exemplos: O sapo O sapo não lava o pé Não lava porque não quer Ele mora lá na lagoa Não lava o pé porque não quer Mas que chulé. Fonte: elaborado pelo autor (2019), adaptado pelo DI (2019). Ao cantar esta música, ensinamos a criança que o banho é necessário. Este foi um exemplo, mas temos outras, como: 35 A canoa virou A canoa virou Pois deixaram ela virar Foi por causa de (nome de uma pessoa) Que não soube remar Se eu fosse um peixinho E soubesse nadar Eu tirava (nome de uma pessoa) Do fundo do mar Siri pra cá, Siri pra lá (Nome da pessoa) é bela E quer casar. Fonte: elaborado pelo autor (2019), adaptado pelo DI (2019). Aqui está uma cantiga antiga, ensina desde sempre que quando entrar em um rio com um bote, barco ou canoa, deve-se ajudar a remar. É provável que tenha sido inventada por ribeirinhos ou moradores do litoral. Lembrando que as cantigas podem ter letras regionalizadas. Vemos que além dos momentos de sensibilidade que a música oferece, ela oportuniza o aprendizado, não somente de conteúdo, como nos cursos pré- vestibulares, mas também, desde sempre, com as cantigas. Sejam elas reafirmando hábitos de higiene, como também ensinando afazeres laborais. Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2006) aponta dados importantes referentes à utilização da música. Seu aspecto lúdico promove o bem-estar, previne estresse e dá um alívio do cansaço físico. Ela desenvolve os sentidos e promove uma manutenção da saúde mental, segundo a pesquisa. Com a pesquisa, constatou-se que pacientes ao ouvirem e participarem de atividades musicais, sentiam-se alegres, sorriam e batucavam ao som do chorinho em momentos nostálgicos. Percebe-se, segundo os autores, que a ludicidade advinda da música é importante durante o tratamento hospitalar. Buscando as informações dessa pesquisa, observamos que tão importante é a música no ambiente hospitalar, imagina na Escola. Os momentos de ludicidade que ela pode oferecer, contribuindo para o aprendizado, são significativos. Não podemos perdê-la dentro das aulas de Educação Física. 36 Conclusão da aula 3 As atividades ou jogos lúdicos tem, em seu legado, grande número de atividades de estratégias e de cooperação, com muitas regras. Sejam elas jogos em quadra ou mesmo jogos utilizando tabuleiros. Com o processo lúdico, inserimos nas atividades o prazer. Elas não são mais somente uma obrigação e passam a ser diversão. Trabalhei em locais com população de risco, e a prática com essa população mostrou que nos mais diversos ambientes, a ludicidade consegue trazer o aluno ou a pessoa, para mais próximo da gente, deixando aquilo mais prazeroso. Sejam professores que deixarão marcas em seus alunos, promovam aulas diferentes, levem a eles momentos que muitas vezes não possuem em casa. Brinquem mais, isso será um diferencial na carreira de vocês. Atividades de Aprendizagem Desenvolva 5 atividades envolvendo deslocamento simples, buscando um contexto mais lúdico. Modifique uma dessas atividades de forma que você utilize a música para executá-la.Aula 4 – Jogos e brincadeiras, o corpo, um olhar diferente Apresentação da aula 4 Bem-vindos a última aula da disciplina de Corporeidade e ludicidade. Nesta aula serão abordadas as informações sobre jogos e brincadeiras, citando assim alguns exemplos de atividades e concluindo com as informações relativas ao corpo humano, como ele é visto, como foi visto e fazendo uma síntese das aulas anteriores. 37 Jogos e brincadeiras Fonte: https://s1.static.brasilescola.uol.com.br/be/conteudo/images/f880ce2f9e4feb915 4d9076db9ab1926.jpg 4.1 Conceitos Brincadeiras e os jogos são bem-vindos dentro da escola, a alfabetização desenvolve-se juntamente com as brincadeiras e jogos, sendo que esses processos auxiliam na aprendizagem, como foi visto anteriormente, alguns conceitos de jogos e brincadeiras, citados por Huizinga e Antunes. A educação física é um componente curricular obrigatório nas escolas. Os PCNs norteiam todo o encaminhamento das disciplinas e o currículo básico. Vejamos outros conceitos inseridos nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) a: Educação Física na Escola é a área do conhecimento que introduz e integra os alunos na cultura corporal do movimento, com a finalidade de lazer, de expressão de sentimentos, afetos e emoções, de manutenção e melhoria da saúde. (PCN, 1998). Como componente curricular obrigatório que é a Educação Física, torna- se indispensável nas Escolas, devendo ser desenvolvida por profissionais capacitados, sendo assim, ela: Rompe com o tratamento tradicional dos conteúdos que favorece os alunos que já têm aptidões, adotando como eixo estrutural da ação pedagógica o princípio da inclusão, apontando para uma perspectiva metodológica de ensino e aprendizagem que busca o desenvolvimento da autonomia, da cooperação, da participação social e da afirmação de valores e princípios democráticos. Nesse sentido, busca garantir a 38 todos a possibilidade de usufruir de jogos, esportes, danças, lutas e ginástica em benefício do exercício crítico da cidadania. (PCN, 1998). O jogo está presente como obrigatoriedade no processo de desenvolvimento da Educação Física. Jogar significa desde o competir, como diz Celso Antunes, até "estímulo de crescimento e aprendizagens”. O jogo é uma atividade livre, participa quem quer, não é real, mas é fascinante, cativante, tenso, desafiador e com suas regras próprias. O jogo pode auxiliar no processo cognitivo-motor e também sócio afetivo dos alunos, tornando-se fundamental para o desenvolvimento dos alunos, sendo que por intermédio dos jogos inclui-se, com mais êxito, todos os alunos ao ambiente escolar. Para Pedrinelli (2002): Participar de um processo inclusivo é estar predisposto, sobretudo, a considerar e respeitar as diferenças individuais, criando a possibilidade de aprender sobre si mesmo e sobre cada um dos outros em uma situação de diversidade de ideias, sentimentos e ações. Unindo esses conceitos com os demais vistos nesta disciplina, conseguiremos observar e nos apropriar das atividades a seguir. Saiba mais Em relação ao local de realização, embora a rua por muito tempo tenha figurado como palco do jogo, sobretudo entre crianças que por lá jogavam, se divertiam e se desenvolviam, sua ocorrência também se estende a outros contextos, dentre eles a escola. Contudo, se no contexto informal o jogo é realizado pelo simples prazer, ou seja, é o jogo pelo jogo, no âmbito escolar, sobretudo nas aulas de Educação Física, sua aplicação na mesma perspectiva não se justifica, pois subentende que caracterizada como componente curricular obrigatório da Educação Básica e o jogo como conteúdo, a Educação Física tem saberes a serem trabalhados. Para maiores informações leia na integra o artigo O jogo como conteúdo da educação física e suas possibilidades coeducativas, disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/conexoes/article/ download/8637649/pdf/ 4.2 Jogos e brincadeiras Como falar de jogos e brincadeiras se não for em um momento prático? Para auxiliar no desenvolvimento efetivo da prática docente, as atividades 39 podem ser bem úteis em seu dia a dia profissional. Lembrando que as adaptações são necessárias. Várias dessas brincadeiras ou jogos você pode conhecer por outros nomes, como: ➢ Pique bandeira; ➢ Ameba; ➢ Trilha Joquempô; ➢ Campo Minado; ➢ Voleibol; ➢ Vôlei no escuro; ➢ Queimada e suas variações; ➢ Chuva de bola; ➢ Pega pega; ➢ Estafetas; ➢ Jogo da velha; ➢ Cubo mágico; ➢ Brincadeiras tradicionais; ➢ Pé amarrado. Pique bandeira: este jogo tem como objetivo pegar a bandeira (que pode ser trocada por outro material, uma bola, por exemplo) da outra equipe. Inicia-se o jogo dividindo a turma em duas equipes, as quais ficarão dispostas na quadra, cada uma de um lado. Os alunos deverão correr até a área da equipe adversária e pegar o objeto. Se alguém encostar no aluno que correr, este ficará parado, até outro da sua equipe vir resgatá-lo, vence a equipe que pontuar mais vezes. Material utilizado: bandeira, bastão ou bola. Ameba: também seria um jogo de pega, em um espeço livre, pode ser uma quadra ou um campo, um dos alunos será o pegador e quem for pego torna- se ameba ou ficando sentado no chão e auxiliando a pegar, quem ela pegar fica em seu lugar sendo ameba, e esse passa a fugir novamente. Trilha Joquempô: esta posiciona-se no fundo da quadra, pode usar as linhas da quadra de vôlei, por exemplo. O objetivo é chegar na outra coluna. Ao sinal sai um aluno de cada lado (um da coluna 1 e outro da 2), encontrar-se-ão 40 no meio do percurso, quando depararem-se frente a frente jogam o joquempô. Quem ganhar (por exemplo coluna 1 ganhou) continua correndo para a outra fila, mas o próximo da coluna 2 já poderá sair para encontrar o adversário o mais rápido possível, para dificultar sua chegada até a coluna 2. Mídias A trilha joquempô é muito bacana e necessita de muita agilidade. Primeiro ensinar os alunos a fazer o joquempô. Na sequência divide a turma em 2 colunas. Neste vídeo disponível no link a seguir, mostra como fazer o jogo do joquempô: https://www.youtube.com/watch?v=d4nokfs833M Campo Minado: objetivo, chegar do outro lado da quadra passando pelos arcos. Divide a turma em colunas. Distribui-se arcos no chão, em frente as colunas. Os alunos devem passar de um lado para outro, saltando dentro dos arcos, sem pisar naqueles que serão as minas (você faz um mapa para saber em que está a mina). Se o aluno pisar na mina, ele volta no início e outro vai no lugar dele. Material: arcos. Voleibol: jogo utilizando a rede e quadra de vôlei. Organiza a turma em duplas e estes pertencendo a equipes. Distribui-se as duplas na quadra de vôlei. Deverão rebater a bola para outra quadra usando um pano (pedaço de pano retangular). Vence a equipe que deixar a bola cair menos na sua quadra. Material utilizado: bola, pedaços de pano e rede. Vôlei no escuro: realiza-se o jogo de vôlei colocando um pano (uma lona) na rede. Desta forma a equipe adversária não vai ver em que está a bola, somente quando ela passar para sua quadra. Material utilizado: bola, pano ou lona e rede; Queimada e suas variações: o jogo de queimada ou caçador consiste em acertar o adversário com a bola. Divide-se a turma em equipes e estas na quadra. Delimita-se o espaço e um capitão (ladainha). A equipe e o capitão trocarão lançamentos até acertar um adversário. Este deverá sair da quadra, indo auxiliar o capitão. Vence a equipe que acertar mais adversários. Material utilizado: quadra ou campo e bola. Vejamos algumas variações: 41 ➢ Abelha Rainha: vence a equipe que acertar a rainha. Não importa quantos acertou antes, mas se capturar a rainha vence o jogo; ➢ Xadrez: cada integrante passa a ser uma peça do jogo de xadrez. Vence a equipeque defender o seu rei. Aqui podem colocar mais funções dentro do jogo. Exemplo: a rainha pode defender a bola com as mãos, ao ser queimado o bispo poderá ficar ao redor da quadra. Existem várias formas para desenvolvê-la. O interessante é os alunos participarem e criarem essas regras; ➢ Boliche: uma variação devendo jogar a bola somente pelo chão. Chuva de bola: separa a turma em duas equipes e delimita um espaço de em que não poderão passar. Deixa uma bola murcha ou uma mais pesada no meio dessas duas equipes. As equipes deverão lançar a bola e tentar acerta- la. Vence a equipe que fizer a bola passar para o outro lado. Material utilizado: Bolas. Pega pega: crianças curtem muito os jogos e brincadeiras de pegar. Consiste em encostar ou pegar o outro que está fugindo. Variações: ➢ Americano: quem for pego fica ‘colado’ e com as pernas afastadas. Para voltar a brincar um amigo deve passar por baixo das pernas; ➢ Corrente: quem for pego fica de mãos dadas formando uma corrente e correm juntos; ➢ Feiticeiro: quando o aluno for pego o pegador diz árvore ou tronco. Se disser árvore mantém-se em pé de pernas afastadas e para voltar a brincar o outro deverá passar por baixo das pernas dele. Se disser tronco vai parar em formato de um caracol e um amigo pula por ele, para que possa voltar a brincar; ➢ Baleia: um aluno ficará no meio da quadra. Os demais correm de um lado para outro. Quem for pego permanece no meio auxiliando a pegar; ➢ Pai cola: quem for pego permanece colado. 42 Estafetas: Estafetas são corridas (de ida e volta) ou colunas paradas, podem ser simples ou bem elaboradas, com materiais ou utilizando as partes do corpo (diversas formas de caminhar e correr, por exemplo). ➢ Por cima da cabeça, por baixo da cabeça / lado: em uma coluna simples o objetivo é passar a bola para o colega seguinte por cima da cabeça, por baixo ou pelo lado; ➢ Fazendo zigue zague: corrida simples de ida e volta, ao retornar para a coluna, faz zigue-zague até chegar no final da fila; ➢ Pulando por cima da fila: idem a anterior, mas pula por cima dos colegas da turma; ➢ Por baixo das pernas: idem a anterior, mas passa por baixo das pernas; ➢ Saco / colher / corda: corridas de ida e volta utilizando utensílios. Elas podem ser realizadas em gincanas também. Jogo da velha: no primeiro momento ensina-se o jogo da velha. Separa a turma em duas equipes. Monta-se com arcos nove ‘casas’, igual o jogo da velha. Os alunos saem correndo até os arcos deixando os coletes dispostos, um de cada vez, para montar o jogo (caso não tenha colete, faz com garrafas, tampas ou retalhos), três coletes em cada equipe. Ao terminar os três coletes, os próximos jogadores deverão mexer até formar as três casas sequênciais, como no jogo real. Adaptações, para turmas de alunos mais velhos. Podem ir realizando o drible do basquete e realizar a cesta, só partem para mexer nos coletes, aqueles que fizerem o ponto. Assim pode fazer com o saque no vôlei, ou um arremesso no handebol em um determinado local; Mídias Assista ao vídeo e veja as atividades trabalhadas como: velocidade, coordenação motora, trabalho em equipe, estratégias, tomada de decisão é raciocínio lógico, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=23EZxJ FXa1Q 43 Cubo mágico: o cubo mágico é muito interessante. Pode realizar com alunos menores, como turmas de 1° ou 2° ano do Fundamental I. O objetivo é deixar a sequência de cores iguais. Organiza a turma em quatro colunas. A frente das colunas deixar arcos alinhados em filas e colunas com quadro, totalizando dezesseis arcos. Distribui-se cores às filas, igual dos coletes (garrafas ou tampas) que você utilizará na atividade. Os primeiros de cada coluna saem correndo e deverão trocar um colete de cada vez até montar uma sequência correta. Material utilizado: arcos e coletes. Brincadeiras tradicionais: Cinco Marias, peteca, pular elástico, amarelinha, corda e bets. Essas brincadeiras tradicionais são importantes não comente para o resgate cultural, mas também auxiliando na coordenação motora. São atividades que dependem de menos material e podem ser estimuladas a realizar nos horários de recreio, entrada ou saída do horário escolar. Algumas delas dependem da confecção de material, o que é uma atividade prazerosa. Saiba mais O objetivo deste arquivo é de resgatar jogos, brinquedos e brincadeiras tradicionais nas aulas de educação física no ensino fundamental. Para mais informações acesse o link: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cader nospde/pdebusca/producoes_pde/2014/2014_unioeste_edfis_artigo_maique_s olange_dalmolin.pdf Pé amarrado: atividades em duplas são interessantes para mostrar aos alunos que a equipe sempre será necessária dentro dos jogos coletivos. Esta ‘tática’ é interessante, pois amarra-se pé direito de um aluno com pé esquerdo de outro. Devem realizar o jogo, a corrida e a brincadeira juntos. 4.3 Um olhar diferente para o corpo O corpo, ao longo da história, passa por mudanças em seu aspecto referente ao BELO. Cada momento histórico, os padrões de beleza vão mudando e isso influencia na vida das pessoas. A sociedade cria e constrói as 44 particularidades do seu corpo, surgindo os padrões determinados por essa sociedade, povo, época e suas normas. Na Grécia Antiga por exemplo, o corpo masculino era para ser mostrado, em que homens e mulheres tinham regras diferentes, as mulheres sempre com o corpo coberto, nessa época pode-se dizer que o corpo contrariava a natureza. Com o domínio do Cristianismo, o corpo passa a ser todo coberto, não se mostrando mais o corpo, tornando-se a prisão da alma, sendo ele flagelado e sofredor. Na Era Moderna, tem-se uma liberdade maior, em que o processo científico também auxilia na cultura corporal, sendo que o corpo passa a estar a serviço da razão, existindo assim uma necessidade do ser humano em encaixar- se nos padrões definidos como ideais, isso, de certa forma, acaba expondo o corpo a situações de sobrecarga, medicações e drogas, as cirurgias de correções são exemplos desse processo. Reflita E o Corpo do Futuro? Como será? Como você definiria o corpo das próximas gerações? 4.3.1 Pessoa com deficiência Ao conversarmos sobre corpo, muitas vezes focamos somente no padrão, e nesta “dita beleza”, esquecendo daqueles que fogem deste cenário, na escola temos como amenizar, modificar este processo, mostrando que o corpo deve ser saudável e não necessariamente o padrão que a sociedade impõe. No decorrer desta disciplina pode-se ver aspectos importantes sobre a Educação Física Inclusiva para pessoas com deficiência, mesmo que de forma sucinta, destaca-se aqui a importância da valorização desta população nas aulas, o planejamento sempre deve ser realizado pensando nelas, para que assim se sintam acolhidas e façam parte dessa inclusão, deixando conceitos e valores em sua aula. 45 No Relatório Mundial sobre a Deficiência, a Organização Mundial da Saúde (OMS) diz: [...] a deficiência faz parte da condição humana. Quase todas as pessoas terão uma deficiência temporária ou permanente em algum momento de suas vidas, e aqueles que sobreviverem ao envelhecimento enfrentarão dificuldades cada vez maiores com a funcionalidade de seus corpos. (OMS, 2012, p 03). Em Werner (1994), Deficiente Intelectual (DI) tem um “atraso ou lentidão no desenvolvimento mental. A criança aprende mais lentamente que as outras da mesma idade. Ela pode demorar a começar a se mover, sorrir” (WERNER, 1994, pg. 277). A pessoa com deficiência intelectual pode ter características pertencentes a grupos próprios, assim o termo síndrome aparece. Para Pacheco (2000): [...] Síndrome é o conjunto de sintomas e/ou sinais relacionados com um mecanismo anormal. Síndrome torna-se uma estrutura de manifestaçõesfenotípicas reunindo características próprias ou alterações de um sistema, podendo aparecer por causas diferentes (UNC,2000, p. 01). Linamara Rizzo Battistella refere-se à deficiência auditiva como: “perda bilateral, parcial ou total de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz” (BATISTELA, p 07). A Deficiência Visual (DV) é aquela que “engloba tanto a cegueira como a baixa visão” (SEED, 2010, p 08). A Paralisia Cerebral (PC) “é uma deficiência que atinge os movimentos e a postura do corpo. Origina-se de uma lesão que ocorreu no cérebro antes, durante ou após o nascimento do bebê” (WERNER, 1994, p. 87). A lei 10.690/2003 refere-se a esta deficiência como: Pessoa Portadora de Deficiência Física é aquela que apresenta alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, parapesia, monoplegia, monoparesia, teraplegia, tetraparesia, hemiplegia, hemiparesia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções (BRASIL, 2003, p 1). 46 Apesar de sucinto, estes conceitos devem ser apropriados e aplicados na prática pelo professor, visando sempre auxiliar no desenvolvimento das crianças portadoras de necessidades especiais. Nunca pare de estudar, busque sempre novas informações e novos cursos. A formação continuada faz-se necessária. [...] ser professor requer saberes e conhecimentos científicos, pedagógicos, educacionais, sensibilidade, indagação teórica e criatividade para encarar as situações ambíguas, incertas, conflituosas e, por vezes, violentas, presentes nos contextos escolares e não escolares. É da natureza da atividade docente proceder à mediação reflexiva e crítica entre as transformações sociais concretas e a formação humana dos alunos, questionando os modos de pensar, sentir, agir e de produzir e distribuir conhecimentos (SEVERINO e PIMENTA apud PIMENTA e ANASTASIOU, 2005). Conclusão da aula 4 Nesta aula foram abordadas as informações sobre jogos e brincadeiras, assim como alguns exemplos de atividades e concluindo com as informações relativas ao corpo humano, como ele é visto e como foi visto. Atividades de Aprendizagem Busque aqui modificar alguma atividade apresentada nesta aula, trazendo alterações, sendo uma opção para a diversificação. Qual atividade você utilizaria em sua turma com 30 alunos, tendo uma criança com Deficiência Visual e uma com Síndrome de Down? Porquê? 47 Índice Remissivo A música presente nas atividades lúdicas .................................................. (Cantigas de roda; expressões e sentimentos; ginástica) 34 Aspectos e instrumentos da corporeidade ................................................. (Esquema corporal; oportunidade; oportunizar os alunos) 17 Brinquedo cantado ..................................................................................... (Brincar e aprender; desenvolvimento cognitivo; ECA) 26 Cantigas de roda ....................................................................................... (Brincadeiras; brinquedos cantados; folclore) 24 Circuitos motores ....................................................................................... (Coordenação motora; estruturação espacial; lateralidade) 12 Conceitos ................................................................................................... (Crescimento e aprendizagem; educação física; PCN) 37 Corporeidade ............................................................................................. (Aula expositiva; corporalidade; organização corporal) 09 Exemplos práticos ...................................................................................... (Atividades esportivas; planejamento; reflexão) 31 Expressão Corporal ................................................................................... (Comunicação; expressão; imitação) 17 Ginástica historiada ................................................................................... (Imaginação; interação; interpretação) 21 Jogos dramáticos ...................................................................................... (Ação da imaginação; desenvolver a emoção; faz de conta) 20 Jogos e brincadeiras .................................................................................. (Brincadeiras tradicionais; joquempô; prática docente) 38 Jogos e brincadeiras, o corpo, um olhar diferente ...................................... (Atividades e exemplos; brincar; jogar) 36 Jogos infantis ............................................................................................. (Brincadeiras; desenvolvimento; pedagógica) 19 Linguagem corporal ................................................................................... (Corpolatria; corporeidade; Grécia Antiga) 08 Ludicidade .................................................................................................. (Atividades lúdicas; jogos de estratégias; universo da ludicidade) 27 Lúdico ........................................................................................................ (Aprendizagem; conhecimento científico; demanda social e cultural) 28 48 Lúdico na Educação Física ........................................................................ (Ensino diferenciado; realidade proposta; universo lúdico) 31 Lúdico na Educação Infantil ....................................................................... (Atividades diversas; ensino-aprendizagem; material concreto) 29 Musicalidade .............................................................................................. (Cantarolar; imitar assovios; processo musical) 23 Pessoa com deficiência ............................................................................. (Alteração completa ou parcial; inclusão; OMS) 44 Teatro ......................................................................................................... (PCN; produção de arte; sessão historiada) 21 Testes motores .......................................................................................... (Analisar e comparar; evolução; teste de coordenação corporal) 15 Um olhar diferente para o corpo ................................................................. (Aspectos referenciados; era moderna; padrões de beleza) 43 49 Referências ALLI, L.; Jogos Cooperativos nas Organizações. Ed. SESC. 2001. ANTUNES, C.; Jogos para a Estimulação das Múltiplas Inteligências. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003. ______, C.; O Jogo e a Educação infantil. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003. BARBOSA, M. e M. P.; Um olhar sobre o corpo: o corpo ontem e hoje. Psicologia e Sociedade. 23 – 2011. BENJAMIM, W.; Reflexões: a Criança, o Brinquedo, a Educação. Summus Ed., S.P., 1984. BERNARDES, E.; Jogos e Brincadeiras: ontem e hoje. Cadernos de História da Educação – n04 - 2005 BRASIL. Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (2007). Brasília, 2009. Disponível em: <http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/ sites/default /files/publicacoes/convencaopessoascomdeficiencia.pdf> Acesso: 01 de setembro de 2019. ______. Ministério de Educação Física e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. BRAW. G.; Jogos Cooperativos, Teoria e Prática. Ed. Sinodal. 2000. BRENELLI, R.; O Jogo como Espaço para Pensar. Campinas, SP: Papirus, 1996. BROTTO, F.; Se o importante é cooperar. Projeto
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