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Dermatologia: reações de hipersensibilidade · Tipos de reação: I. Imediato (anafilático): reação aguda. Ocorre em urticária, angioedema (edema da derme e subcutâneo), anafilaxia, atopia, hipersensibilidade alimentar, a drogas e a picada de pulga. II. Citotóxico: reação direcionada aos tecidos e as células. Pênfigo, algumas reações a drogas. III. Imunocomplexo: deposição nos vasos sanguíneos. Lúpus eritematoso, vasculite, hipersensibilidade bacteriana. IV. Mediado por célula (tardio): não é por meio de Ac. Dermatite de contato e DAP. Os mastócitos realizam quimiotaxia (chama outras células inflamatórias para o local), e libera histamina. · Urticária e angioedema: na urticária ocorre formação de placas eritematosas com prurido pelo corpo todo. No angioedema ocorrem tumefações (aumento de volume) no focinho e pálpebras, mas pode progredir para edema de glote e da extremidade das patas. Ambos podem evoluir para choque anafilático. · Diagnostico: sinais clínicos e histórico do animal. Diferencial para Foliculite bacteriana, dermatofitose, vasculite – em casos de urticária; e em casos do angioedema diferencial de celulite, neoplasias de pele. · Tratamento: · Em casos de choque, edema de glote ou dispneia: adrenalina, dose única IV, IM, e repetir se necessário. Hidrocortisona. · Corticoide: Dexametasona ou prednisona/prednisolona. · Anti-histaminico: prometazina VO. · Flunixin meglumine · Tópico: pomadas a base de urticária localizada; ou xampu para aliviar o prurido (Sebocalm). angioedema. · Dermatite de contato: reação de hipersensibilidade por contato com alérgenos (plantas, produtos, borracha). No local aparecem lesões com prurido discreto a intenso, eritema, maculas, pápulas, alopecia, hiperpigmentação. Pode haver piodermite secundaria e dermatite por Malassezia. As áreas mais atingidas são as de pouco pelo que ficam em contato mais facilmente (interdigital, coxim, axila, virilha, pescoço – mais acometido por coleiras-, lábio e focinho – por brinquedos). · Diagnostico: sinais clínicos e histórico. Diferencial para parasitoses, atopia, hipersensibilidade alimentar. · Tratamento: retirar a causa base. Lavar o animal ou a região com xampu hipoalergênico (Sebocalm); tratar as piodermites bacterianas ou Malassezia. · Controle de curta duração: solução tópica a base de corticoide (ancilom-A) em intervalos de 12 horas de aplicação; prednisona VO/SID, por 5-10 dias; antipruriginoso (prometazina, loratadina). · Controle de longa duração: tratamento com corticoide, porém, a longo prazo podem perder a eficácia (prednisona, Dexametasona), uma alternativa seria fluticasona (corticoide em creme); imunossupressor (Trental) pode ser utilizado para evitar crises e controle do prurido; como antipruriginoso também podem ser utilizados Apoquel (1x/dia/VO) ou Cyropoint (SC, 1x/mês). · Atopia: é genética, cães ficam sensibilizados aos alergenos ambientais. Doença inflamatória crônica, recorrente, não tem cura, intensamente pruriginosa. Junção de fatores ambientais, imunológicos, psicogênicos. · Sinais: eritema, prurido, lambedura, automutilação, alopecia, hiperpigmentação (processo crônico), otite alérgica, Malassezia. · Fisiopatogenia: a pele é seca (perde muita água), com isso os alérgenos e irritantes penetram na pele, junto com fungos e bactérias. A pele fica extremamente seca, pelos quebradiços. · Diagnostico: sinais clínicos, histórico. Diferencial para outras hipersensibilidades (DAP, alimentar), parasitoses, Foliculite bacteriana. 1. Teste intradérmico para identificação do alérgeno é o mais difícil. É feito por dermatologista. 2. Elisa ou RAST: por meio de painéis. É feito em grandes laboratórios. · Tratamento: · Evitar o alérgeno: nem sempre é possível. Evitar o contato com poeira, ácaros (retirar carpetes, cortinas, lavar a cama com água quente, evitar brinquedos de tecido, limpar com pano úmido o ambiente em que o animal frequenta), bolor (manter o animal em locais limpos e secos, evitar deixar o animal junto quanto cortar a grama, evitar muitas plantas), pólen (manter o animal longe de gramados, celeiros, quando ficar por muito tempo nesse local dar banho no animal), substancias irritantes (cigarro, jornal, tinta). · Tratar infecções secundárias: 1. Piodermites bacterianas: cefalosporina (ceftraxona, ceftiofur), no mínimo 21-30 dias; quinolonas (enrofloxacina) em casos crônicos; pulsoterapia antibiótica em casos onde ocorram mais de 4 crises em 1 ano. 2. Malassezia: itraconazol 4-6 semanas; pulsoterapia com fluconazol 2-6 meses, em cães com infecções recorrentes. · Recuperar a barreira natural da pele: com hidratantes (ureia, óleo de amêndoas) em forma de xampu, loção, spray. Banhos semanais ou quinzenais com Sebocalm. · Anti-histamínicos: sistêmico e tópico, principalmente no início = Apoquel, clemastina. · Anti-inflamatórios: prednisona 3-10 dias, depois dias alternados por 7-10 dias, para controle de prurido. · Suplementação com ômega: ajudam a controlar o prurido, 3-4 semanas. · Inibidores da fosfodiesterase: proex, para reduzir prurido e eritema. · Imunossupressor: em casos graves é necessário, ciclosporina VO, ou tracolimus tópico – pomada para pele. · Atopia felina: o principal sintoma é o prurido, que pode ser localizado ou generalizado. Alopecia auto-induzida (o gato tosura os pelos), placas eosinofílicas, dermatite miliar (começa pequena e vai aumentando, circular), em alguns casos pode estar relacionada com bronquite ou asma. · Diagnostico: sinais clínicos, histórico. Diferencial para outras hipersensibilidades (DAP, alimentar), parasitoses, Foliculite bacteriana. 1. Teste intradérmico para identificação do alérgeno é o mais difícil. É feito por dermatologista. 2. Elisa ou RAST: por meio de painéis. É feito em grandes laboratórios. · Tratamento: · Evitar o alérgeno: nem sempre é possível. Evitar o contato com poeira, ácaros (retirar carpetes, cortinas, lavar a cama com água quente, evitar brinquedos de tecido, limpar com pano úmido o ambiente em que o animal frequenta), bolor (manter o animal em locais limpos e secos, evitar deixar o animal junto quanto cortar a grama, evitar muitas plantas), pólen (manter o animal longe de gramados, celeiros, quando ficar por muito tempo nesse local dar banho no animal), substancias irritantes (cigarro, jornal, tinta). · Tratar infecções secundárias: 3. Piodermites bacterianas: cefalosporina (ceftraxona, ceftiofur), no mínimo 21-30 dias; quinolonas (enrofloxacina) em casos crônicos; pulsoterapia antibiótica em casos onde ocorram mais de 4 crises em 1 ano. 4. Malassezia: itraconazol 4-6 semanas; pulsoterapia com fluconazol 2-6 meses, em cães com infecções recorrentes. · Recuperar a barreira natural da pele: com hidratantes (ureia, óleo de amêndoas) em forma de xampu, loção, spray. Banhos semanais ou quinzenais com Sebocalm. · Anti-histamínicos: sistêmico e tópico, principalmente no início = Apoquel, clemastina. · Anti-inflamatórios: prednisona 3-10 dias, depois dias alternados por 7-10 dias, para controle de prurido. · Suplementação com ômega: ajudam a controlar o prurido, 3-4 semanas. · Hipersensibilidade alimentar: quando uma substancia presente na dieta causa reação. · Sinais em cães: prurido localizado ou generalizado, normalmente em orelhas, membros, face, pescoço. Eritema, podendo ter erupção. Pode ocorrer automutilação, levando a alopecia, descamação, crostas, hiperpigmentação. Podem estar presentes sinais GI (vomito, diarreia). · Sinais em gatos: prurido principalmente na cabeça e pescoço, alopecia, eritema, dermatite miliar, lesões do complexo eosinofílico. Sinais GI podem estar presentes. · Diagnostico: diferencial para atopia (geralmente animal atópico tem hipersensibilidade alimentar), DAP. · Resposta a tentativa de dieta: administrar dieta caseira, com uma fonte de proteína (alimento que o animal não entrou em contato ainda), uma fonte de carboidrato (arroz integral), e uma fonte de fibra (couve, cenoura) ou ração hipoalergênica (nem todas são totalmente). Não pode alteraros ingredientes durante o teste, no mínimo 40 dias de dieta, em 10-12 o animal melhora se o antígeno foi evitado. · Teste do desafio: após o período, tentar reintroduzir a alimentação antiga do animal, para ver se volta a apresentar o quadro, e excluir se é alimentar ou atopia. · Corticoide e anti-histamínico por 7-10 dias. · Hipersensibilidade ou reação a drogas: as drogas mais comuns de causar reação são penicilina, sulfa, cefalosporina, vacinas. Podem ocorrer diversas reações, dentre elas urticaria, angioedema, erupção, eritema, prurido, vasculite, alopecia, necrólise epidérmica tóxica. · Diagnostico: baseado no histórico do uso de medicamentos. · Tratamento: suspensão da droga, e tratar os sintomas com medicamentos tópicos e sistêmicos. necrólise epidérmica toxica. · Furunculose eosinofílica da face de cães: sempre na face, aguda, parece grave, mas na maioria das vezes é autolimitante ou responsiva ao tratamento. · Sinais clínicos: vesículas, nódulos, eritema, ulceras, hemorragias, podem ser doloridas, com prurido discreto. · Diagnostico: histórico, sinais clínicos, citologia (bastante eosinófilos), histopatologia. · Tratamento: prednisona V0 por 7-10 dias, seguido da mesma dose em dias alternados por 10 dias. Antibiótico (ceftriaxona, amoxicilina + clavulanato, enrofloxacina) por 3-4 semanas, para piodermite secundária.
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