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Métodos anticoncepcionais

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Métodos anticoncepcionais
⇒ Atualmente, temos disponíveis uma grande variedade de métodos efetivos para controle da fertilidade (o que permite escolha do método “mais adaptado” para cada cliente). Contudo, nenhum desses métodos é isento de possíveis efeitos colaterais ou riscos. 
⇒ A contracepção permite com que a mulher possa exercer a atividade sexual e planejar o número de filhos. Mesmo em países desenvolvidos, a taxa de gestações não planejadas chega a 50%.
⇒ A Lei 9263 de 12/01/1996 define o planejamento familiar como “conjunto de ações de regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de constituição, limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal” ⇒ No nosso país o Ministério da Saúde disponibiliza gratuitamente diversos métodos de controle de natalidade para a população usuária do SUS (condom masculino e feminino, diafragma, esterilização cirúrgica, mini pílula, DIU de cobre, Anticoncepcionais Orais (ACO) e injetáveis e espermicidas).
⇒ Para avaliar a eficácia em anticoncepção de cada método é utilizado a índice de PEARL (considerado pela Organização Mundial de Saúde como o principal avaliador da eficácia dos métodos contraceptivos) ⇒ Tal índice avalia o número de falhas que ocorreram com a utilização do método ao fim de um ano, em 100 mulheres (Quanto menor o índice de Pearl, maior é a eficácia de um método contraceptivo - Os melhores métodos possuem índice menor do que 1).
⇒ Forma típica/costumeira ⇒ é quando está sujeita a esquecimento, vômitos (ACO),
diarreia, validade vencida da medicação.
⇒ Forma perfeita ⇒ índice sugerido pelo fabricante (seria quando a pessoa toma da forma 100% correta, sem levar em conta as eventualidades que podem ocorrer).
 
⇒ Eficácia ⇒ resultado obtido ao fazer uso na forma perfeita.
⇒ Efetividade ⇒ Resultado quando se faz o uso na forma costumeira/típica/rotineira. 
⇒ A OMS (principal fonte de conhecimento sobre o uso de métodos anticoncepcionais), disponibiliza versões do documento “Critérios Médicos de Elegibilidade para Uso de Métodos Anticoncepcionais”, esse documento serve como guia (ao profissional da saúde) para escolha do método contraceptivo adequado para cada situação. Com esse documento, cada método é classificado dentro de 4 categorias dependendo da situação. 
 ⇒ Categoria 1 = Pode ser usado sem restrições.
 ⇒ Categoria 2 = Pode ser usado com restrições/precaução quando as vantagens superam
os riscos (acompanhamento médico deve ser mais frequente).
 ⇒ Categoria 3 = Quando os riscos superam os benefícios ( quando isso acontece o método deve ser a última opção, quando os outros métodos mais apropriados não estejam disponíveis ou não sejam aceitáveis). 
 ⇒ Categoria 4 = Quando apresenta um risco inaceitável (não deve ser usado).
 
 #### O documento é muito grande, com várias tabelas, acredito que não caiba dentro deste resumo. Mas vale a pena você dar uma lida.
 ⇒ De maneira resumida: Procure o documento frequentemente para tirar dúvidas (principalmente em mulheres no puerpério, em amamentação, tabagistas, IMC >35, HAS história de TVP ou TEP, com neoplasia, doença cardíaca, AVC prévio, diabetes).
Métodos comportamentais
⇒ São métodos que baseiam-se na observação dos sinais e sintomas que caracterizam determinadas fases do ciclo menstrual para então identificar período fertil e praticar abstinência sexual, evitando assim a gestação. Esses métodos possuem uma taxa de falha próxima de 20 % (podendo ser maior em casos de ciclos irregulares).
 ⇒ Tais métodos consideram o tempo médio de vida de um espermatozoide dentro do trato genital feminino (72 horas) e que o óvulo possui tempo médio de vida de 48 horas. Dessa forma o casal deve permanecer em abstinência por três a quatro dias antes da data presumida da ovulação e por três dias após.
 # Os métodos comportamentais incluem:
- Método Ogino-Knaus;
- Temperatura corporal basal;
- Billings;
- Sintotérmico;
- Ejaculação extravaginal (Coito Interrompido)
 
# São métodos pouco seguros e portanto pouco indicados. Apenas os citei nesse resumo.
Métodos de barreira
⇒ Métodos que atuam como uma barreira mecânica ou química a qual impede que o espermatozóide chegue até o óvulo.
⇒ São métodos que podem causar dificuldades em cada relação. Devemos orientar corretamente os pacientes para que esses os utilizem da forma correta. 
 ⇒ Camisinha/Condom Masculino ⇒ envoltório de látex que deve
ser colocado no pênis ereto, antes do início do ato sexual ⇒ Preservativo retém o esperma e impede seu contato com a vagina.
 # Método diminui risco de transmissão de HIV.
 # A única contraindicação é no caso de alergia ao látex.
 # Com o uso correto sua taxa de falha é de 3%.
 ⇒ Camisinha/Condom feminino ⇒ Trata-se de um “tubo” medindo 17 cm de comprimento
por 8 cm de diâmetro, com uma extremidade fechada e outra aberta; dois anéis flexíveis situam-se nas extremidades. A extremidade fechada deve ser posicionada no fundo da vagina e o anel com extremidade aberta é posicionado na fenda vulvar e a recobre parcialmente.
 # O preservativo pode ser colocado até 8 horas antes do ato sexual e não precisa ser retirado logo após o ato.
 # Pode ser usado associado a lubrificantes espermicidas (aumenta a eficácia).
 # Não é tão alérgeno quanto o látex.
 # A taxa de falha oscila entre 5% (uso correto) e 21% (uso habitual).
 # Desvantagens ⇒ proteção parcial para herpes genital e HPV, alto custo, pode provocar desconforto (devido anel interno) e provocar ruídos durante o ato sexual.
 ⇒ Espermicida ⇒ Substâncias químicas que recobrem a vagina e o colo do útero, imobilizando ou destruindo os espermatozóides ⇒ deve ser aplicado antes da relação sexual e possui efetividade de duas horas (paciente e/ou o parceiro podem apresentar reação alérgica).
 # Geralmente usados com diafragma, codom ou capuz cervical. Isoladamente não garantem proteção adequada.
 # O índice de Pearl varia entre 18 e 29% (Pearl correto e típico, respectivamente). 
 # Restrição ao uso do método caso ⇒ História recente de infecção genital, baixa ou alta ou caso existência de IST/Aids.
 ⇒ Diafragma ⇒ Dispositivo circular flexível coberto por uma membrana de silicone ou látex. Para seu uso é necessário que o médico avalie o tamanho adequado para cada paciente, junto com correta orientação (introdução e retirada). Quando ao espermicida incrementa a eficácia do método e simplifica a colocação. Pode ser colocado até duas horas antes da relação sexual e retirado entre 6 - 8 horas após o coito.
 
 # A taxa de falha varia de 6% (uso consistente) a 16% (uso habitual). 
 # Protege contra DST (redução de 50% do risco pela oclusão do colo, contudo não protege contra HIV).
 # Restrições ao seu uso:
• Alergia ao látex;
• História de síndrome do choque tóxico;
• História de doença valvular cardíaca complicada (hipertensão pulmonar, fibrilação atrial, endocardite infecciosa);
• Pacientes virgens;
• Pacientes com infecções vaginais e/ou DIP.
 # O uso deve ser evitado em pacientes com prolapso uterino, cistocele, retocele, retroversão uterina fixa e nos casos de alterações anatômicas (septos vaginais, fístulas e cistos vaginais).
 # Dispositivo aumenta risco de infecções geniturinárias e síndrome de choque tóxico (por Staphylococcus aureus).
 Anticoncepcionais Hormonais
⇒ Trata-se da administração de um estrogênio e/ou uma progesterona sintética que promova a anovulaçãopor meio do bloqueio do eixo hipotálamo hipofisário (lembrar do mecanismo de feedback negativo), suprimem o Hormônio Luteinizante (LH) e o Hormônio Folículo Estimulante (FSH) basais bem como a capacidade da hipófise de secretar gonadotrofinas quando estimulada pelo GnRH. Além disso promovem alterações no muco cervical (tornando-o espesso e dificultando a ascensão de espermatozóides), alterações no endométrio (tornando-o atrófico e desfavorável à implantação) e alterações no transporte ovular pelas trompas.
 
 # A administração de progesterona inibe principalmente a secreção de LH, enquanto que o estrogênio inibe mais a secreção de FSH (folículos ovarianos não amadurecem, não produzem estrogênio e não ocorre o pico de LH no meio do ciclo).
 
 ⇒ Anticoncepcionais Orais (ACO) = Podem ser encontradas associações de estrógenos + Progestágenos ( maioria) ou do então com apenas progestágenos. 
 ACO combinados (estrógenos + progestágenos) existem 3 formulações diferentes (monofásicas, bifásicas e trifásicas). As monofásicas (+ usadas) mantêm a mesma dose hormonal durante todo o ciclo. Enquanto que as bifásicas e as trifásicas apresentam variações na quantidade hormonal tentando mimetizar o ciclo.
⇒ Atualmente o estrógeno mais utilizado nos ACOs é o etinilestradiol, enquanto que os progestágenos mais utilizados podem ser derivados da progesterona (17-hidroxiprogesterona), da testosterona (19-nortestoterona) ou da espironolactona. 
 
 
 ## Uma dose de estrogênio maior que 35 mcg ao dia aumenta o risco tromboembólico (menor quantidade encontrada em ACO é de 15 mcg/dia). Doses muito baixas de estrogênio se associam a mais episódios de escape e maior probabilidade de ausência de sangramento após a interrupção da medicação (menor estímulo estrogênico endometrial - causando atrofia).
⇒ Os anticoncepcionais orais combinados são classificados quanto a dosagem de estrogênio contida em cada comprimido. 
 
 Alta – > 50 mcg de etinilestradiol (em desuso).
 Média – 50 mcg de etinilestradiol.
 Baixa – 30 a 35 mcg de etinilestradiol.
 Muito Baixa – 15 a 20 mcg de etinilestradiol.
 # O índice de Pearl é o mesmo independente da concentração de Etinilestradiol.
 #### Tome cuidado ⇒ O principal fator de risco para trombose é o “estrogênio”. Mas lembre-se que o risco pode ser potencializado conforme o progestágeno associado (maior risco = desogestrel e, o de menor risco = levonorgestrel). 
 # Tabagismo aumenta muito o risco de trombose ⇒ Mulheres tabagistas com > 35 anos constituem contraindicação para uso de anticoncepcionais hormonais combinados orais.
⇒ Como usar ⇒ Os ACO combinados mais utilizados são compostos de 21 comprimidos ⇒ Deve tomar o 1 comprimido da cartela no 1 dia da menstruação, tomar 1 cp ao dia por 21 dias consecutivos, fazer uma pausa de 7 dias e por fim iniciar nova cartela. 
 # Existem também pílulas de 22, 24 (pausa de 6 e 4 dias respectivamente) e 28 dias (uso ininterrupto).
 # O ideal é tomar a pílula sempre no mesmo horário.
 
 # Se esquecer de tomar 1 pílula ⇒ tomar uma pílula (a esquecida) imediatamente ao lembrar + tomar a pílula seguinte no horário regular + usar o restante das pílulas regularmente, uma a cada dia.
 # No caso de esquecer de tomar 2 ou mais pílulas ⇒ usar condom, espermicidas ou evitar relações sexuais durante sete dias + tomar uma pílula imediatamente + contar quantas pílulas restam na cartela (caso restem sete ou mais pílulas = tomar o restante, como de costume. Caso restem menos que sete pílulas = tomar o restante como de costume e iniciar uma nova cartela no dia seguinte após a ultima pilula da cartela [neste caso, a menstruação pode não ocorrer naquele ciclo])
 # Pode ser usada da adolescência até a menopausa, sem necessidade de pausas para “descanso”. Pode ser usada por mulheres de qualquer idade que não tenham fatores que contra indiquem seu uso.
⇒ Contraindicações (categorias 3 e 4 OMS) 
⇒ Efeitos colaterais dos ACO ⇒ Ao estrógeno estão ligados os efeitos de cefaleia, tontura, vômito, náusea, edema, irritabilidade e cloasma (manchas escuras que surgem na pele). Ao progestágenos termos relacionados à depressão, cansaço, alterações da libido, amenorreia, acne e ganho de peso.
⇒ Interações medicamentosas ⇒ Rifampicina, alguns anticonvulsivantes (fenobarbital, carbamazepina, fenitoína, primidona) e alguns antirretrovirais (nelfinavir, ritonavir, lopinavir e nevirapina) reduzem a eficácia do ACO (reduzem quantidade de estrógeno). Enquanto que a metildopa, os hipoglicemiantes e a guanetidina tem sua ação reduzidas quando em uso em conjunto com ACO.
⇒ Efeitos benéficos ⇒ regularizam os ciclos menstruais, alívio da Tensão Pré-Menstrual (TPM), melhora do hirsutismo e acne leve, diminui o risco para DIP (50%), gestação
ectópica e doença trofoblástica gestacional, reduzem o risco de neoplasia de ovário e endométrio, reduz o fluxo menstrual e a incidência de dismenorréia (benefíco também na endometriose e na hemorragia associada à miomatose uterina, impedem formação de cistos funcionais ovarianos e melhora das doenças benignas da mama, aumentam a densidade óssea.
############# Mulheres que estejam amamentando nao devem usar ACO combinados. Seu uso pode ser iniciado a partir do término do aleitamento ou a partir do sexto mês pós-parto. 
 # Caso não esteja amamentando, pode iniciar seu uso a partir da terceira semana pós-parto se não apresentar outros fatores de risco para TVP.
 Pílula de progestágeno (Desogestrel 75mcg) ⇒ Índice de Pearl de +- 0,2. Deve ser usada de forma contínua, sem pausa. Aproximadamente 50% das mulheres apresentam amenorréia ou sangramento infrequente com seu uso.
 # A medicação pode ser usada em doenças mamárias benignas, hipertensão arterial, coagulopatias e cardiopatias valvares, tabagistas com mais de 35 anos, em contraindicações ao uso de estrógenos.
 # Pode causar cefaléia, acne, sensibilidade mamária, náusea, vaginite e dismenorreia.
⇒ Contraindicações:
 Minipílula = Apropriada para uso durante a lactação. trata-se de uma pílula com dose de progestogênio de metade a 1/10 dos ACO combinados.
 
 # Na lactação, a minipílula tem um índice de falha de 0,5 em 100 mulheres/ano e deve ser tomada diariamente, na mesma hora e sem pausas.
 # Promove espessamento do muco cervical e decidualização do endométrio. 
 # A ovulação ocorre em 40% dos ciclos menstruais.
 ⇒ Pode ser composta de: Noretisterona 0,35 mg (Micronor®, Norestin®), Levonorgestrel 0,030 mg (Nortrel®), Linestrenol 0,5 mg (Exluton®).
Anticoncepcionais Injetáveis
⇒ A eficácia dos contraceptivos injetáveis é bastante alta (maioria das mulheres atingem ciclos regulares após seis meses de uso). Devem ser iniciados até o 5° dia do ciclo (ou a qualquer tempo se houver certeza de ausência de gravidez). O retorno da fertilidade ocorre cerca de quatro meses após a interrupção do método.
⇒ Possuem efeitos adversos, eficácia e retorno à fertilidade comparáveis aos ACO de baixa dose, porém sem o inconveniente da tomada diária. 
 # Seguem as mesmas contra indicações dos ACO.
 
 # Entre os efeitos colaterais = ganho ponderal, cefaleia, irregularidade menstrual e alterações do humor.
⇒ Podem possuir formulaçãopara aplicação trimestral ou mensal.
 
 Formulação injetável trimestral
⇒ A ação do método consiste em inibir os picos de estradiol e, os de LH (evitando a ovulação), além de
provocar espessamento do muco cervical (dificulta a passagem dos espermatozóides pelo canal cervical), e atrofia do endométrio. 
⇒ Possui índice de Pearl de 0,3%.
⇒ Entre uma formulação no mercado ( a mais utilizada) temos Acetato de Medroxiprogesterona, uma dose trimestral de 150 mg intramuscular suprime a ovulação por 14 semanas.
⇒ Deve ser administrado até o quinto dia do ciclo por via muscular profunda, e as doses subsequentes, a cada 90 dias.
 # Não se deve massagear ou colocar bolsa de água quente no local, de forma a não acelerar sua absorção.
⇒ Entre os efeitos indesejáveis temos ⇒ Alteração da libido e do humor, acne, atraso no retorno da fertilidade (até nove meses após o término do uso), depressão, ganho de peso, queda de cabelo, mastalgia, sangramento irregular.
⇒ Contraindicaçoes 
Formulação injetável Mensal
⇒ Difere dos ACO devido a presença de um estrogênio natural na composição dos injetáveis, em oposição ao estrogênio sintético dos anticoncepcionais orais. Isso proporciona maior segurança no uso dos anticoncepcionais injetáveis combinados comparados à pílula combinada.
⇒ A mulher deve tomar as injeções todos os meses, em intervalos de 27 a 33 dias.
 
⇒ No Brasil podem ser encontrados em associação.
 # Acetofenido de algestona (di-hidroxiprogesterona – 150 mg) + enantato de estradiol (10 mg) ⇒ (Perlutan®).
 # Enantato de noretisterona (50 mg) mais valerato de estradiol (5 mg) ⇒ (Mesigyna®).
 # Acetato de medroxiprogesterona (25 mg) + cipionato de estradiol (5 mg) ⇒ (Ciclofemina®).
⇒ Contraindicações:
Contraceptivos de implantes subdérmicos
⇒ Uma haste de 4 cm de comprimento por 2 mm de diâmetro, contendo 60 mg de etonorgestrel, que libera diariamente aproximadamente 60 mcg do hormônio nas primeiras cinco a seis semanas e posteriormente cerca de 35-45 mcg/dia no final do primeiro ano; 30-40 mcg/dia no final do segundo ano e 25-30 mcg/dia no final do terceiro ano.
 # Implanon® 
⇒ Índice de Pearl de 0,05.
⇒ É inserido após realização de anestesia loca, preferencialmente a seis centímetros da prega do cotovelo, no sulco entre o bíceps e o tríceps na face medial do braço
⇒ Vantagens ⇒ Amenorreia (40% após 1 ano), redução da dismenorreia (cólicas menstruais) e melhora da TPM.
⇒ Desvantagens ⇒ Necessidade de profissional habilitado, quando > 70 kg possui maior taxa de falha.
⇒ Mesmas contraindicações dos anticoncepcionais injetáveis trimestrais.
Contraceptivos por Adesivos Transdérmicos
⇒ São adesivos (devem ser aplicados em áreas secas e limpas da pele = glúteos, face externa dos braços, abdome e tronco) compostos de etinilestradiol (liberação de 20 mcg/dia) e norelgestromina (liberação de 150 mcg/dia) com uma área de 20 cm2.
⇒ Deve ser utilizado por três semanas (um adesivo por semana), com pausa na quarta semana, quando ocorre o sangramento de escape.
 # Atuação similar aos ACO combinados, com efeitos adversos parecidos.
 # Sua efetividade é reduzida em mulheres com mais de 90 kg.
 # Efeitos adversos específicos ⇒ queda total ou parcial do adesivo (4% das pacientes) e reações locais (ocorrem em 20% das mulheres).
 # principais vantagens do método = Não sofre o efeito da primeira passagem hepática (menor influência sistêmica do que a pílula), não causa picos hormonais, a absorção dos componentes não é alterada por distúrbios gastrointestinais e por fim, a norelgestromina é um progestágeno que possui
baixo poder androgênico (uso em pacientes com acne e pele oleosa).
Anel vaginal 
⇒ Trata-se de um anel que deve ser posicionado na vagina, mais precisamente no fundo de saco posterior, pela própria mulher, e deixado no local por três semanas. Deve ser retirado e descartado após isso. 
 # Paciente deve ficar uma semana (4°semana) sem usar o anel (ocorrendo, então, o sangramento de escape).
⇒ Exerce efeito anticoncepcional por efeito hormonal (semelhante aos ACO), dessa forma a posição do anel não é fator fundamental 
 # Vantagens = menor falha por esquecimento, a liberação constante de hormônios, sem flutuações e em menor dose do que as pílulas combinadas.
 # Efeitos adversos mais comuns = cefaleia, distúrbios menstruais, sangramento de escape, expulsão do anel e leucorreia.
 # Motivo comum para descontinuação do método é o possível desconforto vaginal que pode ocorrer.
####orientar as usuárias que, caso o anel fique fora da vagina por mais de três horas, um método auxiliar deve ser utilizado por sete dias.
Dispositivos intrauterinos
⇒ Um dos métodos anticoncepcionais mais utilizados no mundo.
⇒ Sao artefatos de polietileno ( com ou sem substâncias metálicas ou hormonais) que exercem efeito anticonceptivo quando colocados dentro da
cavidade uterina.
⇒ Esses dispositivos são agrupados em 2 grupos. Os DIUs não medicados/inertes (não contêm ou liberam substâncias ativas, são constituídos de polietileno impregnado com sulfato de bário) ou os DIUs medicados/ativos (além de polietileno eles possuem metais (cobre) ou hormônios (levonorgestrel) que aumentando a eficácia anticonceptiva).
 ⇒ Diu de Cobre = feito de plástico, com filamento de cobre enrolado em sua haste vertical. Sua taxa de falha é de 0,6 % a 1,4 % no primeiro ano e seu índice de PEARL	é de 0,8%. 
 
 ⇒ Esse DIU fica constante “soltando” cobre (representa diariamente menos do que a quantidade ingerida em uma dieta comum), quando em contato com o endométrio (atividade anticoncepcional).
 ⇒ Os DIU de cobre exigem substituição periódica ⇒ O DIU T380A está atualmente aprovado para uso durante 10 anos . Caso deseje continuar com o método, pode-se remover o dispositivo e inserir outro no mesmo procedimento.
 ⇒ Efeito colateral ⇒ aumento da intensidade do sangramento menstrual e piora da dismenorreia.
 ⇒ Contraindicações do uso do DIU ⇒ Gravidez, Infecção puerperal, Imediatamente após aborto séptico, sangramento vaginal inexplicado (antes da investigação, para início de uso), câncer de colo uterino (aguardando tratamento, para início de uso), câncer de endométrio (para início
de uso), doença inflamatória pélvica atual, cervicite purulenta ou clamídia ou gonorreia, doença trofoblástica gestacional benigna e maligna, alterações anatômicas que distorcem a cavidade uterina, 
mioma uterino com distorção da cavidade uterina, tuberculose pélvica, 48 horas a 4 semanas após o parto, aids não tratada, tuberculose pélvica, câncer de ovário ou de mama atual (LNG-20), cirrose descompensada, historia atual de TVP ou TEP, doença cardíaca isquêmica atual ou passada, LES.
 
 ⇒ SIU Liberador de Levonorgestrel (MIRENA) = Sistema Intrauterino Liberador de Levonorgestrel (SIU-LNG) ⇒ dispositivo em forma de T com 32x32 mm, contendo um reservatório de 52 mg de levonorgestrel, que libera 20 mcg do progestágeno diariamente ( diminui liberação de forma gradual - 15 mcg do segundo ao quinto e 12 mcg do sexto ao sétimo ano).
 ⇒ A taxa de falhas do dispositivo medicado com levonorgestrel é de 0,1% no primeiro ano de uso.
 ⇒ O efeito contraceptivo perdura por cinco anos.
 
 ⇒ Efeitos colaterais = Sangramento irregular ou spotting nos primeiros três a cinco meses (principal causa de descontinuação do método), cefaleia, náuseas, depressão, acne, mastalgia,
ganho de peso.
## ⇒ Tanto o uso de DIU como de SIU-LNG não estão livres de complicações e intercorrências ⇒ Pode ocorrer expulsão do dispositivo (mais frequente no primeiro mês apósa colocação e em nulíparas), dismenorreia e sangramento anormal (frequente no DIU de cobre, pode ser minimizado com uso de AINE e anti hemorrágicos como o ácido tranexâmico), risco de doença inflamatória pélvica (nas primeiras 3 semanas após implantação - caso ocorra, tratar normalmente sem necessidade de retirar o DIU). 
Contracepção de emergência
⇒ Deve ser usada após intercurso sexual desprotegido ou após falha de um método.
⇒ Indicados em caso de estupro, ruptura de codom, deslocamento de DIU e coito nao protegido (episódico, não da pra usar sempre).
⇒ Temos disponíveis 3 métodos atualmente:
 # Uso de 0,75 mg de levonorgestrel espaçados por 12h ou em dose única de 1,5 mg. Deve ser tomado em até cinco dias da relação (preferencialmente em até 72 horas).
 # Método mais indicado/usado.
 
 # Método YUZPE ⇒ dose total de 0,2 mg de etinilestradiol e 1 mg de levonorgestrel, dividida em duas doses iguais, a cada 12 horas. 
 # Deve ser usado em até cinco dias do coito, assim como o método de levonorgestrel.
 # DIU de cobre ⇒ inserido em até cinco dias do coito. 
 # Está contraindicado em casos de estupro com alto risco de DST (categoria 3).
 # Não regulamentado no Brasil.
#### O índice de Pearl para a anticoncepção de emergência é de aproximadamente 2%. A taxa de efetividade (número de gestações prevenidas por cada ato sexual) é de 75%.
### Quanto mais próximo do ato sexual for utilizado, maior a efetividade.
Método da Lactação e Amenorreia
⇒ Consiste no uso da amamentação como um método temporário de anticoncepção.
⇒ Baseia-se no fato de que a amamentação alterar as taxas de secreção dos hormônios naturais.
⇒ Quando usada correta e consistentemente apresenta taxa de gravidez de 0,5 em 100 mulheres
nos primeiros seis meses após o parto.
⇒ Três pré-requisitos são necessários para a efetividade do método ⇒ amenorreia, aleitamento exclusivo (ou quase exclusivo) e menos de seis meses após o parto.
⇒ Devemos orientar a paciente para amamentar frequentemente e em livre demanda. Bem como a dar início a outro método anticoncepcional quando sua menstruação retornar (sangramento até oito semanas após o parto não é considerado sangramento menstrual) ou quando parar de amamentar. 
##### Pode ser utilizado junto com a minipílula.

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