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POLICITEMIAS E POIQUILOCITOSES

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POLICITEMIAS E POIQUILOCITOSES 
Aline Moraes – Medicina Veterinária, UNIFAA. 2021
POLICITEMIAS 
 Aumento da [ ] de eritrócitos no sangue 
(eritrocitose), evidenciado pelo: 
 ↑ do VG (ou hematócrito) 
 Contagem de hemácias 
 [ ] de hemoglobina 
É classificada em: 
 Policitemia absoluta (primária ou secundária) 
 Policitemia relativa 
 
Policitemia absoluta 
 É causada pelo aumento real da massa de 
hemácias. 
 ↑ do nº de eritrócitos circulantes, causado 
pelo aumento da massa total de eritrócitos <-> ↑ da 
viscosidade sanguínea e a resistência pulmonar e ↓ 
débito cardíaco. 
 Viscosidade sanguínea e grau de transporte 
de oxigênio: alteração desproporcional com 
aumento do hematócrito acima de 50% 
 Cianose e congestão das mucosas: causadas 
pelo fluxo lento de sangue desoxigenado. 
 [ ] de proteína plasmática normal. 
 
Policitemia Primária (Verdadeira ou Vera) 
Desordem mieloproliferativa = proliferação 
anormal de: 
 Células ertitróides ↑ absoluto da massa de 
 Granulócitos eritrócitos, contagem 
 Megacariócitos de leucócitos e plaquetas 
 
Nessa policitemia, a eritropoiese ocorre 
incontrolavelmente independente da [ ] de 
eritropoietina. 
Geralmente, é diagnosticada pela exclusão das 
policitemia relativa e secundária. 
Policitemia Secundária (Fisiologicamente 
apropriada e inapropriada) 
 Policitemia fisiologicamente apropriada 
Observada quando a oxigenação tecidual 
inadequada desencadeia ↑ na produção de 
eritropoietina, como uma resposta fisiológica 
compensatória pelos rins à hipóxia <-> produção 
de eritrócitos <-> ↑ [ ] de oxigênio nos tecidos. 
Hipoxia generalizada e hipoxemia: observadas 
em animais com doença cardíaca¹ ou pulmonar 
crônica grave². 
¹ Distúrbos cardíacos congênitos que resultam 
em desvio do sangue dos pulmões: mais 
frequentemente associados à policitemia do que 
doenças cardíacas adquiridas. 
² Deve ser crônica para induzir policitemia. 
 
 Policitemia fisiologicamente inapropriada 
Ocorre pelo aumento da taxa de 
eritropoietina na ausência de hipóxia tecidual 
generalizada. 
A produção de eritropoietina pode estar 
aumentada em pacientes com: 
 Em alguns casos de hidronefrose 
 Cistos renais, tumores secretantes 
de eritropoietina (nefroma 
embrionário) 
 Hiperadrenocorticismo) 
Devem ser realizados outros procedimentos 
diagnósticos para avaliar os rins, como exames 
de imagem, biopsias ou citologia aspirativa e 
urinálise. 
Policitemia relativa 
 Desvio de líquidos ou desidratação 
Redução do volume plasmático <-> ↑ 
simultâneo no teor plasmático de proteínas. 
Evidências clínicas de desidratação, no entanto, 
alguns animais desidratados podem ter a [ ] de PTN 
plasmática diminuída ou normal devido a: 
 Menor ingestão de proteínas 
 Diminuição da produção proteica pelo 
fígado 
 Aumento da perda proteica pelos rins 
(poliúria), TGI (diarreia; total.vômito) ou 
lesões cutâneas 
O tratamento da policitemia relativa baseia-se 
no diagnóstico, terapia da doença subjacente e pela 
reposição de líquidos e eletrólitos. 
 Aumento transitório na massa de hemácia 
secundária à contração esplênica 
A contração esplênica causa apenas aumento 
moderado no VG, não superior a 60%. Pode ocorrer 
secundária ao exercício ou em resposta à liberação 
de epinefrina em animais facilmente excitáveis ou 
com dor (síndrome cólica) ↑ da massa de 
eritrócitos na circulação. 
 Tipicamente observada em animais que 
normalmente têm o VG elevado. 
 A [ ] de proteínas plasmáticas não está 
aumentada e a presença de medo, dor ou excitação 
no momento da coleta de sangue geralmente é 
aparente. 
 Pode haver leucograma de estresse, 
evidenciado por neutrofilia madura e linfocitose; 
ocasionalmente também se nota trombocitose 
discreta. 
 A policitemia transitória não tem significância 
e a [ ] de eritrócitos retorna ao normal em um curto 
período de tempo. 
 
POIQUILOCITOSES 
 São alterações na forma dos eritrócitos. 
 No baço, devido a microcirculação esplênica, 
a hemácia muda de forma graças à existência de 
glicoproteínas na membrana do eritrócito. 
 Podem ser removidos prematuramente da 
circulação, levando a uma anemia hemolítica. 
 
 Geralmente, a análise morfológica dos 
eritrócitos fornece um auxílio importante no 
estabelecimento do diagnóstico sobre a causa 
da anemia e, muitas vezes, é útil no diagnóstico 
de outras disfunções. 
 A interpretação da morfologia deve ser feita 
associada a outros dados quantitativos obtidos 
na contagem de sangue. 
 A morfologia eritrocitária é classificada de 
acordo com cor, tamanho, forma, estrutura 
interna e externa dos eritrócitos e da disposição 
dessas células em um esfregaço sanguíneo. 
 
Anisocitose, Policromasia e Hipocromia 
A = Diferença de tamanho entre as hemácias. 
Quanto mais grave a anemia, maior a ocorrência. 
P = Algumas hemácias apresentam-se mais 
coradas que as outras (RNA tecidual), 
representando os reticulócitos. Normalmente 
são células grandes. Seu aumento está 
associado à atividade eritropoiética aumentada e 
resposta à anemia regenerativa. Comum em cães 
e gatos. 
H = Hemácias com intensidade de coloração 
reduzida e área central pálida aumentada, 
causada por insuficiente hemoglobina na célula, 
sendo a etiologia mais comum a deficiência de 
Fe. 
 
 
 
Ceratócitos 
São eritrócitos desprovidos de uma parte do seu 
disco e, por isso, com duas pontas se assemelham a 
“chifre” ou “células mordidas”. 
 
 
Acantócitos 
Eritrócitos espiculados irregulares, com poucas 
projeções, de comprimento e diâmetro variáveis, 
distribuídos aleatoriamente. 
Provavelmente, sejam provenientes das 
alterações nas [ ] de colesterol ou de fosfolipídios na 
membrana do eritrócito. 
Frequentemente observados em esfregaços 
sanguíneos de gatos com lipidose hepática e também 
em cães com hiperbilirrubinemia, associados a 
hemangiossarcoma ou hemagioma esplênico e 
doença hepática difusa, shunts portossistêmicos e 
dietas ricas em colesterol. 
 
 
Esquistócitos 
Geralmente, resultam do cisalhamento 
eritrocitário devido a algum trauma 
intravascular. 
 Podem ser vistos em animais com: 
 Coagulopatia intravascular disseminada 
(CID) 
 Neoplasia vascular (hemangiossarcoma) 
 Mielofibrose 
 Glomerulonefrite 
 Deficiência crônica de Fe 
 Fluxo sanguíneo turbulento 
 
 
 
Equinócito 
Células espiculadas com a superfície repleta de 
pequenas projeções afiadas. 
Sua formação pode ter resultado artefatual 
decorrente de alteração do pH durante a secagem 
lenta do esfregaço sanguíneo, amostras velhas, 
excesso de EDTA, coagulação intravascular 
disseminada (CID), mas também associado à: 
 Doença renal 
 Linfoma 
 Acidentes ofídicos por cascavel (presentes de 
24 a 48 horas após o acidente) 
 Quimioterapia em cães 
 Pós-exercício em equinos 
 
 
Esferócitos 
 Eritrócitos com formas esféricas de coloração 
escura que perderam a palidez central. Parecem ser 
pequenos, mas seu volume é normal. 
 Presente em anemia hemolítica autoimune 
primária ou induzida por drogas ou transfusão de 
sangue. 
 
 
 
 
Excentrócitos 
 Caracterizados pelo deslocamento da 
hemoglobina para uma parte da célula, perda 
da palidez central normal e uma zona clara 
delimitada por membrana. 
 Associado à lesão oxidativa, 
especialmente em cães, e pode ser encorado 
em conjunto com corpúsculos de Heinz. 
 
 
Distribuição de eritrócitos no esfregaço 
sanguíneo 
Formação de rouleaux 
 Hemácias empilhadas. 
 Ocorrência normal em equinos sadios, 
desidratação ou inflamação nas demais 
espécies 
 Em equinos severamente anêmicos ou 
caquéticos, pode estar ausente 
 Em ruminantes, é raro, tanto em animais 
sadios quanto doentes 
 Pequena quantidade também é vista em 
cães e gatos 
 Animais com mieloma múltiplo quase 
sempre apresentam aumento na formação 
de rouleaux 
↑ [ ] de PTN plasmáticas(fibrinogênio e 
imunoglobulinas) ↑ formação de rouleaux 
 
 
 
Aglutinação 
 Aglomeração espontânea dos eritrócitos 
irregulares e esféricos. 
Ocorre em doenças autoimunes ou 
transfusões incompatíveis, devido à presença de 
anticorpos contra hemácias. 
Essa aglutinação pode resultar em falsa 
elevação do VCM e em falsa diminuição na contagem 
de eritrócitos.

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