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221 PARTE I PROPRIEDADES TÉRMICAS DA MATÉRIA UNIDADE 04 ESTUDO DOS GASES 1) GÁS Quando uma substância é aquecida acima da tem- peratura crítica ela é denominada gás. Os gases são compressíveis 2) GÁS IDEAL OU GÁS PERFEITO 2.1) Gases Reais Apresentam comportamentos diferentes. Exemplo: Oxigênio, Hélio, Hidrogênio etc. 2.2) Gases Ideais São gases reais submetidos a baixas pressões e altas temperaturas que apresentam comportamentos se- melhantes. Observação: O gás ideal ou gás perfeito é um modelo que deve satisfazer às seguintes hipóteses: • as moléculas de um gás ideal estão num cons- tante estado de movimentação — uma movimentação que é caótica e desordenada; • suas moléculas (apesar de, na realidade, elas apresentarem velocidades diferentes uma da outra) mo- vimentam-se com velocidade média equivalente à velo- cidade média de todas as partículas; • as moléculas do gás ideal não exercem ações mútuas umas sobre as outras, exceto durante as coli- sões; • os choques entre moléculas, ou entre molécu- las e as paredes do recipiente onde estão contidas, são choques perfeitamente elásticos e, portanto, não há perda energética durante as colisões; • o volume próprio de cada molécula é desprezí- vel, portanto o volume total das moléculas é desprezível quando comparado com o volume do recipiente onde estão contidas. 3) VARIÁVEIS DE ESTADO DE UM GÁS 3.1) Volume (V) O gás ocupa todo espaço do recipiente. VGÁS = VRECIPIENTE ATENÇÃO! 1L = 1 dm3 Logo: 1m3 = 103L = 1.000 L 3.2) Pressão (P) A pressão de um gás é devida aos choques das moléculas contra as paredes do recipiente. A pressão é uma grandeza escalar, definida como a razão entre a intensidade da força resultante, normal à superfície, e a área dessa superfície. Unidades mais usadas de pressão: • • Outros sistemas ⇒ a.t.m., mmHg ATENÇÃO! 1atm = 760mmHg = 105Pa= 10mH2O 3.3) Temperatura (T) No estudo dos gases, devemos usar a temperatura absoluta Kelvin, que é obtida, a partir da temperatura em Celsius, pela relação: T = C + 273 Observação: Volume, Pressão e temperatura são variáveis de estado que em conjunto definem o comportamento macroscópico de um gás. 4) EQUAÇÃO DE CLAPEYRON OU EQUAÇÃO DE ESTADO P.V = n.R.T onde R é uma constante de proporcionalidade, de- nominada constante universal dos gases perfeitos ou constante de Clapeyron. O cálculo do número de mols (n) do gás é calculado dividindo-se a massa total dos gás pela massa de um mol desse gás: Unidades de V: SI ⇒ m3 Usual ⇒ litro (L) Unidade de n: S.I ⇒ mol 222 Observação 1: Cálculo de R Sendo assim: PV = nRT ⇒ 1,0 . 22,4 = 1,0 . R . 273 Observação 2: Número de Avogadro 1mol = 6,02 . 1023 moléculas do gás 5) Lei Geral dos Gases Perfeitos Estado Inicial Estado Final (Po,Vo, To, n) (P1, V1, T1, n) Logo: 6) TRANSFORMAÇÕES GASOSAS PARTICULARES As transformações gasosas ocorrem quando pelo menos duas variáveis de estado sofrem mudança para uma determinada massa gasosa. A seguir temos as trans- formações particulares. a) Isotérmicas: são as que ocorrem a temperatura constante. A pressão e o volume variam. b) Isobáricas (ou Isopiézicas): são as que ocorrem a pressão constante. A temperatura e o volume variam. c) Isométricas (ou Isocóricas): são as que ocorrem a volume constante. A pressão e a temperatura variam. d) Adiabáticas: são as que ocorrem sem troca de calor com o meio externo. 6.1) Transformação Isotérmica Na transformação isotérmica de um gás perfeito os valores da temperatura inicial e da temperatura final do gás são iguais, T1 = To. (Temperatura constante) Aplicando a lei geral dos gases perfeitos temos: P1 . V1 = Po . Vo Por essa expressão, podemos concluir que: LEI DE BOYLE Numa transformação isotérmica de determinada massa de gás perfeito, a pressão P e o volume V, ocupado pelo gás, são grandezas inversamente proporcionais. Observação: Quanto mais afastada a isoterma estiver da ori- gem do diagrama, maior a temperatura. Para o mes- mo número de mols, T é proporcional ao produto (P.V). 223 6.2) Transformação Isocórica ou Isométrica Na transformação isocórica os valores de volume ini- cial e do volume final ocupados pelo gás são iguais, V1 = Vo (Volume constante). Aplicando a lei geral dos gases perfeitos temos: Por essa expressão, podemos concluir que: LEI DE CHARLES Numa transformação isocórica de determinada massa de gás perfeito, a pressão P e a temperatura absoluta T são diretamente proporcionais. Observação: PV = nRT → Observe que V e a tgθ são inversamente proporci- onais. 6.3) Transformação Isobárica Como na transformação isobárica a pressão per- manece constante, os valores da pressão inicial e da pres- são final exercidas pelo gás são iguais: P1 = Po (Pressão constante). Aplicando a lei geral dos gases perfeitos temos: Por essa expressão, podemos concluir que: LEI DE GAY-LUSSAC Numa transformação isobárica de determinada massa de gás perfeito, o volume V e a temperatura absoluta T são diretamente proporcionais. Observação: PV = nRT → Observe que P e a tgθ são inversamente proporci- onais. 224 7) MISTURA DE GASES PERFEITOS QUE NÃO REAGEM ENTRE SI Abrindo a válvula: 7) DENSIDADE DO GÁS IDEAL 01. (PUC) Um certo gás ocupa um volume de 41 litros, sob pressão de 2,9 atm à temperatura de 17ºC. O número de Avogadro vale 6,02 x 1023 e a constante universal dos gases perfeitos R = 0,082 (atm.L)/(mol.K). Nestas condições, determine o número de moléculas conti- das no gás. 02. (UFMG) Gabriela segura um balão com gás hélio durante uma viagem do Rio de Janeiro até o pico das Agulhas Negras. No Rio de Janeiro, o volume do balão era Vo, e o gás estava à pressão Po e à temperatura To, medida em kelvin. Ao chegar ao pico, porém, Gabriela observa que o volume do balão passa a ser (6/5) Vo e a temperatura do gás, (9/10) To. Com base nessas informações, é correto afirmar que, no pico das Agulhas Negras, a pressão do gás, no interior do balão, é: (A) po. (B) (3/4) po. (C) (5/6) po. (D) (9/10) po. 03. Um balão, contendo um gás ideal, é usado para le- vantar cargas subaquáticas. A uma certa profundida- de o gás nele contido está em equilíbrio térmico com a água a uma temperatura absoluta T0 e a uma pres- são P0. Quando o balão sai da água, depois de le- vantar a carga, o gás nele contido entra em equilíbrio térmico com ambiente a uma temperatura absoluta T e a uma pressão P. Supondo que o gás no interior do balão seja ideal e sabendo que P0 / P = 3/2 e T0 / T = 0,93, calcule a razão V0 / V entre o volume V0 do gás quando o balão está submerso e o volume V do mesmo gás quando o balão está fora d'água. 04. (UDESC) Uma dada massa gasosa, que está limitada em um cilindro por um êmbolo móvel, sofre as transformações representadas pelos seguintes gráficos: Assinale a alternativa que contém a correta classificação das três transformações apresentadas acima. (A) I. isovolumétrica / II. isobárica / III. isotérmica. (B) I. isotérmica / II. isobárica / III. isovolumétrica. (C) I. isobárica / II. isovolumétrica / III. isotérmica. (D) I. isovolumétrica / II. isotérmica / III. isobárica. (E) I. isobárica / II. isotérmica / III. isovolumétrica. 05. O gráfico representa uma transformação isotérmica de certa quantidade de gás ideal e três estados intermediários A, B e C dessa massa gasosa. 225 Usando os dados apresentados, determine a pressão correspondente ao estado B e o volume correspondente ao estado C. 06. (PUC) Uma câmara fechada, de paredes rígidas, contém ar e está sob pressão atmosférica e à temperatura de 20°C. Para dobrar a pressão na câmara, o ar deve ser esquentado para: (A) 546°C (B) 586°C (C) 40°C (D) 293°C (E) 313°C 07. Certa massa de gás ideal sofre uma transformação isobárica na qual sua temperatura absoluta é redu- zida à metade. Quanto ao volume desse gás, pode- mos afirmar que irá: (A) reduzir-se à quarta parte (B) reduzir-se à metade. (C) permanecer constante. (D) duplicar. (E) quadruplicar. 08. (PUC-RJ) Seja um mol deum gás ideal a uma temperatura de 400K e a pressao atmosferica po. Esse gás passa por uma expansão isobárica até dobrar seu volume. Em seguida,esse gás passa por uma compressão isotérmica até voltar a seu volume original. Qual a pressão no final dos dois processos? (A) 0,5po (B) 1,0po (C) 2,0po (D) 5,0po (E) 10,0po 09. (UFSC) Calibrar os pneus de um carro consiste em colocar ou retirar ar atmosférico do pneu, e é uma prática que todos os motoristas devem fazer pelo menos a cada 15 dias, para garantir a segurança do veículo e de seus integrantes assim como para aumentar a vida útil do pneu. Em média, o pneu de um carro de passeio é calibrado com uma pressão que pode variar entre 28 e 30 psi (libras por polegada quadrada). Em situações de grande carga no veículo e viagens longas, orienta-se que se calibrem os pneus com duas libras a mais de pressão. (Não vamos considerar os pneus que são calibrados com nitrogênio) Considerando o ar atmosférico como um gás ideal e com base no que foi exposto, analise as proposições. I. Quando o carro está em movimento, os pneus aquecem; sendo assim, podemos considerar que o ar atmosférico dentro dos pneus sofre uma transformação isobárica. ( ) II. Para uma correta calibragem da pressão, é necessário que ela seja feita com os pneus frios, pois a alta temperatura indicaria uma pressão maior. ( ) III. Independentemente das medidas de um pneu, se o calibrarmos com 30,0 psi, o número de mols de ar é o mesmo. ( ) IV. A pressão de um gás confinado em um recipiente depende de alguns fatores: quantidade de gás, temperatura do gás e volume do recipiente. Estes fatores influenciam diretamente o número de colisões e a intensidade destas colisões com as paredes do recipiente. ( ) V. A dilatação do pneu quando aquecido pode ser desprezada se comparada com a expansão que o gás pode sofrer quando é submetido à mesma variação de temperatura. ( ) 10. Dois reservatórios rígidos de mesmo volume estão conectados entre si por uma válvula que inicialmente se encontra fechada. Nessa situação, um dos reservatórios possui 2kg de um gás a 3atm e 27°C, enquanto o outro contém 4kg do mesmo gás a 2atm e 127°C. A válvula é posteriormente aberta permitindo que os gases se misturem até que o equilíbrio seja atingido em uma temperatura igual a 77°C. Considerando que os gases antes e após a mistura sejam ideais, determine a pressão, em atm, ao final do processo. 11. Um fisico alpinista escalou uma alta montanha e verificou que, no topo, a pressao P do ar era igual a 0,44P o , sendo P o a pressão no nível do mar. Ele anotou também que, no topo, a temperatura T era igual a 0,88T o , sendo T o a correspondente temperatura ao nível do mar, ambas temperaturas medidas em kelvin. Considerando o ar no topo e o ar no nível do mar como um mesmo gás ideal, calcule a razão d / d o entre a densidade d do ar no topo da montanha e a correspondente densidade d o ao nível do mar. 01. (UFMG) Para se realizar uma determinada experiência, • coloca-se um pouco de água em uma lata, com uma abertura na parte superior, destampada, a qual é, em seguida, aquecida, como mostrado na Figura I; • depois que a água ferve e o interior da lata fica totalmente preenchido com vapor, esta é tampada e retirada do fogo; • logo depois, despeja-se água fria sobre a lata e observa-se que ela se contrai bruscamente, como mostrado na Figura II. Com base nessas informações, é CORRETO afirmar que, na situação descrita, a contração ocorre porque 226 (A) a água fria provoca uma contração do metal das paredes da lata. (B) a lata fica mais frágil ao ser aquecida. (C) a pressão atmosférica esmaga a lata. (D) o vapor frio, no interior da lata, puxa suas pare- des para dentro. 02. (PUC-RJ) Um processo acontece com um gás ideal que está dentro de um balão extremamente flexível em contato com a atmosfera. Se a temperatura do gás dobra ao final do processo, podemos dizer que: (A) a pressão do gás dobra, e seu volume cai pela metade. (B) a pressão do gás fica constante, e seu volume cai pela metade. (C) a pressão do gás dobra, e seu volume dobra. (D) a pressão do gás cai pela metade, e seu volume dobra. (E) a pressão do gás fica constante, e seu volume dobra. 03. (UERJ) Em um reator nuclear, a energia liberada na fissão de 1 g de urânio é utilizada para evaporar a quantidade de 3,6 x 104 kg de água a 227°C e sob 30 atm, necessária para movimentar uma turbina geradora de energia elétrica. Admita que o vapor d’água apresenta comportamento de gás ideal. O volume de vapor d’água, em litros, gerado a partir da fissão de 1 g de urânio, corresponde a: (A) 1,32 x 105 (B) 2,67 x 106 (C) 3,24 x 107 (D) 7,42 x 108 04. (UERJ) A bola utilizada em uma partida de futebol é uma esfera de diâmetro interno igual a 20cm. Quando cheia, a bola apresenta, em seu interior, ar sob pressão de 1,0 atm e temperatura de 27ºC. Considere π = 3, R = 0,080 atm.L.mol-1.k-1 e, para o ar, comportamento de gás ideal e massa molar igual a 30 g.mol-1. No interior da bola cheia, a massa de ar, em gramas, corresponde a: (A) 2,5 (B) 5,0 (C) 7,5 (D) 10,0 05. (UERJ) Um mergulhador precisa encher seu tanque de mergulho, cuja capacidade é de 1,42 × 10-2 m3, a uma pressão de 140atm e sob temperatura constante. O volume de ar, em m3, necessário para essa operação, à pressão atmosférica de 1atm, é aproximadamente igual a: (A) 1/4 (B) 1/2 (C) 2 (D) 4 06. (PUC-RJ) Um gás ideal sofre uma compressão isobárica tal que seu volume se reduz a 2/3 do inicial. Se a temperatura inicial do gás era de 150°C, a temperatura final, em °C, é: (A) 225 (B) 50,0 (C) 100 (D) 9,00 (E) 362 07 (UERJ) O gráfico representa duas isotermas de uma mesma quantidade de gás correspondentes às tem- peraturas absolutas T1 e T2: A razão T1/T2 entre as temperaturas absolutas é: (A) 16 (B) 4 (C) 1/4 (D) 1/16 08. (UERJ) As figuras a seguir representam quatro recipientes metálicos de volumes diferentes, em equilíbrio térmico com o meio ambiente. Todos os recipientes contêm oxigênio e são dotados de manômetros que informam a pressão do gás contido neles. Sabendo-se que, nessas condições o oxigênio se comporta como um gás perfeito e tendo-se em conta os valores dos volumes e das pressões indicados nas figuras, pode-se concluir que o recipiente que contém mais moléculas de oxigênio é o da figura: (A) I (B) II (C) III (D) IV 09. (FUVEST) Uma garrafa tem um cilindro afixado em sua boca, no qual um êmbolo pode se movimentar sem atrito, mantendo constante a massa de ar dentro da garrafa, como ilustra a figura. Inicialmente, o sistema está em equilíbrio à temperatura de 27 ºC. O volume de ar na garrafa é igual a 600 cm3 e o êmbolo tem uma área transversal igual a 3 cm2. 227 Na condição de equilíbrio, com a pressão atmosférica constante, para cada 1 ºC de aumento da temperatura do sistema, o êmbolo subirá aproximadamente Note e adote: • 0 ºC = 273 K • Considere o ar da garrafa como um gás ideal. (A) 0,7 cm (B) 1,4 cm (C) 2,1 cm (D) 3,0 cm (E) 6,0 cm 10. (ENEM) Uma pessoa abre uma geladeira, verifica o que há dentro e depois fecha a porta dessa geladeira. Em seguida, ela tenta abrir a geladeira novamente, mas só consegue fazer isso depois de exercer uma força mais intensa do que a habitual. A dificuldade extra para reabrir a geladeira ocorre porque o(a) (A) volume de ar dentro da geladeira diminuiu. (B) motor da geladeira está funcionando com potência máxima. (C) força exercida pelo ímã fixado na porta da geladeira aumenta. (D) pressão no interior da geladeira está abaixo da pressão externa. (E) temperatura no interior da geladeira é inferior ao valor existente antes de ela ser aberta. 11. (FUVEST) Em algumas situações de resgate, bom- beiros utilizam cilindros de ar comprimido para ga- rantir condições normais de respiração em ambien- tes com gases tóxicos. Esses cilindros, cujas carac- terísticas estão indicadas a seguir, alimentam más- caras que se acoplam ao nariz. Quando acionados, os cilindros fornecem para a respiração, a cada mi- nuto, cerca de 40 litros de ar, a pressãoatmosférica e temperatura ambiente. Nesse caso, a duração do ar de um desses cilin- dros seria de aproximadamente: (A) 20 minutos. (B) 30 minutos. (C) 45 minutos. (D) 60 minutos. (E) 90 minutos. 12. (PUC-RJ) Um pequeno balão esférico flexível, que pode aumentar ou diminuir de tamanho, contém 1,0 litro de ar e está, inicialmente, submerso no oceano a uma profundidade de 10,0 m. Ele é lentamente levado para a superfície, a temperatura constante. O volume do balão (em litros), quando este atinge a superfície, é Dados: patm=1,0 x 10 5 Pa ; ρágua= 1,0 x 10 3 kg/m3; g =10m/s2. (A) 0,25 (B) 0,50 (C) 1,0 (D) 2,0 (E) 4,0 13. (UERJ) Novas tecnologias de embalagens visam a aumentar o prazo de validade dos alimentos, reduzindo sua deterioração e mantendo a qualidade do produto comercializado. Essas embalagens podem ser classificadas em Embalagens de Atmosfera Modificada Tradicionais (MAP) e Embalagens de Atmosfera Modificada em Equilíbrio (EMAP). As MAP são embalagens fechadas que podem utilizar em seu interior tanto gases como He, Ne, Ar e Kr, quanto composições de CO2 e O2 em proporções adequadas. As EMAP também podem utilizar uma atmosfera modificada formada por CO2 e O2 e apresentam microperfurações na sua superfície, conforme ilustrado abaixo. Admita que, imediatamente após a colocação do gás argônio em uma embalagem específica, esse gás assume o comportamento de um gás ideal e apresenta as seguintes características: • Pressão: 1atm; Temperatura: 300K; Massa: 0,16g Nessas condições, o volume, em mililitros, ocupado pelo gás na embalagem é: (A) 96 (B) 85 (C) 77 (D) 64 228 14. (PUC-RJ) Um gás ideal, incialmente a 300 K e a 1 atm, é aquecido a pressão constante até que seu volume seja o triplo do original. O gás é, então, comprimido de volta ao seu volume inicial, e sua pressão final é de 2 atm. Qual é a temperatura final do gás, em K? (A) 600 (B) 300 (C) 900 (D) 100 (E) 450 01. (UERJ) Um professor realizou com seus alunos o seguinte experimento para observar fenômenos térmicos: • colocou, inicialmente, uma quantidade de gás ideal em um recipiente adiabático; • comprimiu isotermicamente o gás à temperatura de 27°C, até a pressão de 2,0 atm; • liberou, em seguida, a metade do gás do recipiente; • verificou, mantendo o volume constante, a nova temperatura de equilíbrio, igual a 7°C. Calcule a pressão do gás no recipiente ao final do experimento. 02. (UERJ) Sabe-se que a pressão que um gás exerce sobre um recipiente é decorrente dos choques de suas moléculas contra as paredes do recipiente. Diminuindo em 50% o volume do recipiente que contém um gás ideal, sem alterar sua temperatura, estabeleça a razão entre a pressão final e a pressão inicial. 03. (UERJ) Um motorista estaciona seu carro completamente fechado sob o Sol. Nesse instante, a temperatura no interior do carro é igual a 25 ºC. Ao retornar, algum tempo depois, verifica que essa temperatura interna é igual a 35 ºC. Considerando o ar como um gás perfeito, calcule a variação percentual da pressão, ΔP/P, entre os dois momentos, no interior do carro. _______________________________________________________ _____________________________________________________ ___________________________________________________ _______________________________________________________ _____________________________________________________ ___________________________________________________ _______________________________________________________ _____________________________________________________ ___________________________________________________ _______________________________________________________ _____________________________________________________ ___________________________________________________ _______________________________________________________ _____________________________________________________ ___________________________________________________ _______________________________________________________ _____________________________________________________ ___________________________________________________ _______________________________________________________ _____________________________________________________ ___________________________________________________ _______________________________________________________ _____________________________________________________ ___________________________________________________ _______________________________________________________ _____________________________________________________ ___________________________________________________ _______________________________________________________ _____________________________________________________ ___________________________________________________ ______________________________________________________ ________________________________________________ 229 PARTE I PROPRIEDADES TÉRMICAS DA MATÉRIA UNIDADE 05 TERMODINÂMICA SUBUNIDADE 01 1° LEI DA TERMODINÂMICA 1) A TERMODINÂMICA E A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL A Revolução Industrial - movimento social que cau- sou profundas transformações nas relações trabalhistas e produtivas, iniciada no século XVII, na Inglaterra - teve a introdução de máquinas no processo da manufatura de bens como uma de suas principais características. O processo de mecanizar a produção trouxe novos desafios práticos e teóricos para os engenheiros e cien- tistas, pois ajudou a criar condições para que fossem ela- borados princípios teóricos acerca de calor e temperatu- ra. Alguns desses pricípios visavam tornar as máquinas industriais mais eficientes do ponto de vista energético, isto é, capazes de realizar o máximo de trabalho com o menor consumo de energia. As primeiras indústrias funcionavam principalmen- te por meio de máquinas que necessitavam de fontes de energia (combustíveis, por exemplo) para aquecer a água e transforma-lá em vapor. Termodinâmica é a área da Física que investiga as leis e os processos que regem as relações entre calor, trabalho e energia. 2) ENERGIA INTERNA DE UM GÁS (U) A energia interna de um gás ideal é constituída pela soma das energias cinéticas de cada molécula que o compõe. Para uma molécula diatômica (com dois átomos), temos: Para gases perfeitos monoatômicos, a energia interna resume-se à energia cinética de translação das moléculas, sendo dada pela expressão: Isto nos permite concluir que: a) "A energia interna de um dado número de mols de um gás perfeito monoatômico depende exclusiva- mente da temperatura" (Lei de Joule). b) "A energia interna de um dado número de mols de um gás perfeito monoatômico é diretamente propor- cional à temperatura absoluta do gás." Sendo assim: Logo: Atenção: A variação de energia interna não depende do processo. Depende apenas das temperaturas inicial e final. 3) TRABALHO NAS TRANSFORMAÇÕES GASOSAS Quando um gás sofre uma variação de volume V, durante uma transformação termodinâmica, há realiza- ção de trabalho W e, consequentemente, troca de energia mecânica com o meio externo. A realização de trabalho durante uma transformação gasosa pode, então, ser in- terpretada como uma medida da energia trocada pelo sis- tema gasoso com o meio externo, sem a necessidade de uma diferença de temperatura. 230 • Na expansão o volume do gás aumenta: ΔV > 0 ⇔ W > 0 (o gás realiza trabalho); • Na contração o volume do gás diminui: ΔV < 0 ⇔ W < 0 (o gás recebe trabalho); • Se o volume do gás não varia: ΔV = 0 ⇔ W = 0. 3.1) Para transformações Isobáricas (P cte): 3.2) Para transformações com a pressão variável: Atenção! Observação: No gráfico PxV acima, temos: ÁreaI<ÁreaII<ÁreaIII Logo: WI < WII < WIII e ΔΔΔΔΔUI = ΔΔΔΔΔUII = ΔΔΔΔΔUIII Observe que nas três transformações temos o gás aumentando sua temperatura de T1 para T2. Como ΔT é o mesmo nas três transformações, temos o mesmo ΔU. 4) PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA Pelo princípio da conservação da energia: Q = ΔΔΔΔΔU + W ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ΔΔΔΔΔU = Q – W Atenção! Calor trocado Q > 0: quantidade de calor recebida pelo sistema. Q < 0: quantidade decalor perdida pelo sistema. Trabalho realizado W > 0: trabalho realizado pelo sistema sobre o meio exterior (expansão do gás). W < 0: trabalho realizado pelo meio exterior sobre o sistema (contração do gás). Variação da energia interna ΔΔΔΔΔU > 0: a temperatura do gás aumenta (aquecimen- to). ΔΔΔΔΔU < 0: a temperatura do gás diminui (resfriamento). 5) AS TRANSFORMAÇÕES GASOSAS E A PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA As trocas energéticas gasosas acontecem quando há variação de pressão, volume, temperatura e quantidade de calor. Não é necessário que todas as variáveis sejam modificadas; uma delas pode permanecer constante, enquanto as outras mudam, como mostra o quadro a seguir. 231 5.1) Transformação Isobárica Observação: Expansão Isobárica ΔΔΔΔΔU > 0 ⇒⇒⇒⇒⇒ Q > W > 0 Contração Isobárica ΔΔΔΔΔU < 0 ⇒⇒⇒⇒⇒ Q < W < 0 5.2) Transformação Isocórica 232 Observação 1: Aquecimento Isocórico ΔΔΔΔΔU > 0 ⇒⇒⇒⇒⇒ Q > 0 ⇒⇒⇒⇒⇒ o gás recebe calor Resfriamento Isocórico ΔΔΔΔΔU < 0 ⇒⇒⇒⇒⇒ Q < 0 ⇒⇒⇒⇒⇒ o gás cede calor Observação 2: Partindo de uma mesma temperatura inicial TA n mols de um gás são aquecidos até uma temperatura final TB por dois processos: um isobárico AB e outro isocórico AC. Nos dois processos a variação de temperatura é a mesma e, portanto, a variação de energia interna ΔU é a mesma. Seja Qp o calor que o gás recebe no aquecimento isobárico e Qv o calor recebido no isocórico. Aplicando a primeira Lei da Termodinâmica, obtemos: Qp = ΔU + W e Qv = ΔU Sendo assim: Qp > Qv ⇒⇒⇒⇒⇒ cp > cv ⇒⇒⇒⇒⇒ Cp > Cv Subtraindo membro a membro as duas expres- sões anteriores vem: Qp - Qv = W (1) Por outro lado, temos Qp = n.Cp.ΔT (2), Qv = n.Cv.ΔT (3) e W = P.ΔV = n.R.ΔT (4) Substituindo (2),(3) e (4) em (1) obtemos: n.Cp.ΔT - n.Cv.ΔT = n.R.ΔT ⇒⇒⇒⇒⇒ Cp - Cv = R Essa fórmula é valida qualquer que seja a natureza do gás e é denominada relação de Mayer. 5.3) Transformação Isotérmica _______________________________________________________ _____________________________________________________ ___________________________________________________ _______________________________________________________ _____________________________________________________ ___________________________________________________ _______________________________________________________ _____________________________________________________ ___________________________________________________ _______________________________________________________ _____________________________________________________ ___________________________________________________ _______________________________________________________ 233 Observação: Expansão Isotérmica W > 0 ⇒⇒⇒⇒⇒ Q > 0 ⇒⇒⇒⇒⇒ o gás recebe calor Contração Isotérmica W < 0 ⇒⇒⇒⇒⇒ Q < 0 ⇒⇒⇒⇒⇒ o gás cede calor 5.4) Transformação Adiabática As transformações adiabáticas (sem troca de calor com o meio externo) podem ocorrer quando o gás está contido em um recipiente termicamente isolado do ambi- ente ou, ainda, quando as transformações sofridas pelo gás ocorrem muito rapidamente. ΔΔΔΔΔU = Q – W Q = 0 ⇒⇒⇒⇒⇒ Δ Δ Δ Δ ΔU = – W Observação 1: Expansão Adiabática W > 0 ⇒⇒⇒⇒⇒ ΔΔΔΔΔU < 0 ⇒⇒⇒⇒⇒ o gás esfria Contração Adiabática W < 0 ⇒⇒⇒⇒⇒ ΔΔΔΔΔU > 0 ⇒⇒⇒⇒⇒ o gás aquece Observação 2: Verifica-se, durante a transformação adiabática, a seguinte relação: p . Vγ = constante Em que: ⇒ coeficiente de Poisson Portanto, em uma transformação adiabática, en- tre os dois estados, A e B, vale a relação: 5.5) Transformação Cíclica Transformação cíclica ou ciclo de uma determina- da massa gasosa é o conjunto de transformações em que, após seu término, a massa gasosa encontra-se exa- tamente no estado em que se encontrava inicialmente. 234 Nas transformações cíclicas, temos: Uo = U ⇒ Δ⇒ Δ⇒ Δ⇒ Δ⇒ ΔU = 0 ΔΔΔΔΔU = Q – W ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ Q = W ⇓ todo calor trocado é utilizado para expansão ou contração. Observação: Todo dispositivo que realiza continuamente transformações cíclicas em sentido horário é chamado de máquina térmica. Todo dispositivo que realiza continuamente transformações cíclicas em sentido anti- horário é chamado de máquina frigorífica. 01. 1 mol de um gás ideal monoatômico encontra-se a 27°C. Num processo termodinâmico, sua tempera- tura aumenta para 227°C. Sendo a constante univer- sal dos gases perfeitos R=8,3 J/(mol.K), determine: a) a energia interna do gás a 27°C; b) a energia interna do gás a 227°C; c) a variação de energia interna que o gás sofreu no processo. 02. (FUVEST) A figura representa um cilindro com embolo móvel de massa m = 200kg e área S = 100cm2 que contém inicialmente 2,4 litros de um gás ideal à tem- peratura de 27ºC. Aquece-se o sistema até a tempe- ratura estabilizar em 127ºC. A pressão atmosférica é igual a 105N/m2. a) Qual é o volume final do gás? b) Qual o trabalho mecânico realizado? Dado: Aceleração da gravidade g = 10m/s2. 03. O gráfico mostra uma transformação sofrida por 4 mols de um gás perfeito a partir de um estado A, em que a temperatura é 500K, até um outro estado B, em a temperatura vale 600K. a) Determinar as pressões inicial (PA) e final (PB) do gás. b) Calcule o trabalho realizado no processo. c) Esse trabaho é realizado pelo gás ou sobre o gás? Justifique sua resposta. Dado: R = 8,31 J/(mol.K). 04. Um mol de um gás ideal é levado do estado A para o estado B, de acordo com o processo representado no diagrama – pressão versus volume – conforme figura a seguir: a) Determine a razão entre as temperaturas do gás, nos estados A e B. 235 Considere W como sendo o trabalho realizado pelo gás, DU sua variação de energia interna e Q a quan- tidade de calor absorvida pelo gás, ao passar do estado A para o estado B, seguindo o processo re- presentado no diagrama. Dados PA e VA, calcule: b) W. c) ΔU. d) Q. 05. O ciclo de Stirling é um ciclo termodinâmico reversí- vel utilizado em algumas máquinas térmicas. Considere o ciclo de Stirling para 1 mol de um gás ideal monoatônico ilustrado no diagrama PV. Os processos AB e CD são isotérmicos e os proces- sos BC e DA são isocóricos. a) Preencha a tabela para a pressão, volume e tem- peratura nos pontos A, B, C, D. Escreva as suas res- postas em função de PA, VA, PC, VC e de R (constante universal dos gases). Justifique o preenchimento das colunas P e T. b) Complete a tabela com os valores do calor absor- vido pelo gás (Q), da variação da sua energia interna (ΔU) e do trabalho realizado pelo gás (W), medidos em Joule, em cada um dos trechos AB, BC, CD e DA, representados no diagrama PV. Justifique o preen- chimento das colunas para Q e ΔU. São dados: WAB = 300J; WCD = -150J e ΔUDA = 750J. 06. (UFRJ) Um gás ideal em equilíbrio temodinâmico tem pressão de 1,0 x 105N/m2, volume de 2,0 x 10-3m3 e temperatura de 300K. O gás é aquecido lentamente a pressão constante recebendo uma quantidade de 375J de calor até atingir um volume de 3,5 x 10-3m3, no qual permanece em equilíbrio termodinâmico. a) Calcule a temperatura do gás em seu estado final de equilíbrio. b) Calcule a variação da energia interna do gás entre os estados inicial e final. 07. Considere uma certa massa de um gás ideal em equilíbrio termodinâmico. Numa primeira experiên- cia, faz-se o gás sofrer uma expansão isotérmica durante a qual realiza um trabalho W e recebe 150J de calor do meio externo. Numa segunda experiên- cia, faz-se o gás sofrer uma expansão adiabática, a partir das mesmas condições iniciais, durante a qual ele realiza o mesmo trabalho W. Calcule a variação de energia interna ΔΔΔΔΔU do gás nes- sa expansão adiabática. 08. O gráfico a seguir representa dois modos de levar uma certa massa de gás ideal de uma temperatura inicial TA até uma temperatura TC. O primeiro (I) re- presenta uma evolução a pressão constante, e o segundo (II) uma evolução a volume constante. O trabalho realizado foi igual a 80J. a) Em qual dos dois processos foi necessário ceder maior quantidade de calor à massa ga- sosa? Justifique sua resposta. b)Determine a quantidade de calor cedida a mais. 09. (PUC-RJ) Um sistema termodinâmico recebe certa quantidade de calor de uma fonte quente e sofre uma expansão isotérmica indo do estado 1 ao esta- do 2, indicados na figura. Imediatamente após a ex- pansão inicial, o sistema sofre uma segunda ex- pansão térmica, adiabática, indo de um estado 2 para o estado 3 com coeficiente de Poisson γγγγγ = 1,5. 236 a) Determine o volume ocupado pelo gás após a primeira expansão, indo do estado 1 ao estado 2. b) Determine a pressão no gás quando o estado 3 é atingido. 10 (UNICAMP) Uma máquina térmica industrial utiliza um gás ideal, cujo ciclo de trabalho é mostrado na figura abaixo. A temperatura no ponto A é 400 K. Utilizando 1 atm = 105 N/m2, responda os itens a e b. a) Qual é a temperatura no ponto C? b) Calcule a quantidade de calor trocada pelo gás com o ambiente ao longo de um ciclo. 01. (FUVEST) No diagrama P x V da figura, A, B e C repre- sentam transformações possíveis de um gás entre os estados I e II. Com relação à variação ΔU da energia interna do gás e ao trabalho W por ele realizado, entre esses estados, é correto afirmar que (A) ΔUA = ΔUB = ΔUC e WC > WB > WA. (B) ΔUA > ΔUC > ΔUB e WC = WA < WB. (C) ΔUA < ΔUB < ΔUC e WC > WB > WA. (D) ΔUA = ΔUB = ΔUC e WC = WA > WB. (E) ΔUA > ΔUB > ΔUC e WC = WB = WA. 02. (UFMG) Na figura, estão indicados o volume, a tem- peratura e a pressão de uma certa massa de gás que sofreu uma compressão bastante rápida, du- rante a qual não houve troca de calor do gás com a vizinhança. As seguintes afirmativas foram feitas em relação à transformação sofrida por esse gás: I) Durante a compressão foi realizado sobre o gás um trabalho de módulo igual ao aumento de sua energia interna. II) t1 < t2. III) p1 . V1 = p2 . V2. A alternativa que apresenta as afirmativas certas é: (A) somente I. (B) somente II. (C) somente II e III. (D) somente I e II. (E) I, II e III. 03. (PUC-RJ) Um gás diatômico ideal (γ = Cp/CV = 7/5), inicialmente com pressão P0 e volume V0, passa por um processo isotérmico que faz com que o volume do gás se torne V0/32; e, em seguida, sofre um pro- cesso adiabático até sua pressão atingir P0/4. O va- lor final do volume do gás, em função de V0, é (A) 32 V0 (B) 4 V0 (C) V0 (D) (1/2) V0 (E) (1/4) V0 04. (UERJ) Observe o ciclo mostrado no gráfico PxV abaixo: Considerando este ciclo completo, o trabalho reali- zado, em joules, vale: (A) 1.500 (B) 900 (C) 800 (D) 600 05. (UNIRIO) Algumas vezes, quando a temperatura está alta, as pessoas costumam assoprar a própria pele na tentativa de ter uma sensação de resfriamento desta. Para obter esse efeito, elas sopram o ar com a boca quase fechada. Se elas fizerem isso com a boca muito aberta, sentirão um ar morno saindo de sua boca, embora o ar dentro das pessoas tenha a mesma temperatura inicial nas duas situações. A afirmativa verdadeira, considerando as situações descritas, é: (A) O ar que sai da boca na primeira situação afasta mais moléculas de ar próximas à pele e, por isso, ela se resfria. (B) Na segunda situação, o ar que sai da boca afasta mais moléculas de ar próximas à pele e, por isso, ela se resfria. (C) Quando o ar sai da boca, na segunda situação, ele se expande e, consequentemente, a pele perde menos calor para ele. 237 (D) Na primeira situação, o ar que sai da boca se expande e, consequentemente, a pele se resfria. (E) A quantidade de ar que sai da boca na primeira situação é maior do que na segunda situação e, consequentemente, a pele se resfria. 06. (UFG) A figura a seguir ilustra a estrutura e o funcionamento de uma cafeteira italiana. Na sua parte inferior, uma fração do volume é preenchido com água e o restante por um gás contendo uma mistura de ar e vapor de água, todos à temperatura ambiente. Quando a cafeteira é colocada sobre a chama do fogão, o café produzido é armazenadono compartimento superior da cafeteira em poucos minutos. O processo físico responsável diretamente pelo funcionamento adequado da cafeteira é: (A) o isolamento adiabático da água. (B) a condensação do gás. (C) o trabalho realizado sobre a água. (D) a expansão adiabática do gás. (E) o aumento da energia interna do gás. 07. (PUC-SP) A figura representa dois modos diferentes de um homem soprar uma de suas mãos. Considerando a segunda situação, o diagrama pres- são (p) x volume (V) que melhor descreve a transfor- mação AB que o ar soprado pelo homem sofre é (A) (B) (C) (D) (E) 08. (FUVEST) Certa quantidade de gás sofre três trans- formações sucessivas, A →→→→→ B, B →→→→→ C e C →→→→→ A, con- forme o diagrama p-V apresentado na figura abaixo. A respeito dessas transformações, afirmou-se o se- guinte: I. O trabalho total realizado no ciclo ABCA é nulo. II. A energia interna do gás no estado C é maior que no estado A. III. Durante a transformação A →→→→→ B, o gás recebe calor e realiza trabalho. Está correto apenas o que se afirma em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. 09. (ENEM) O ar atmosférico pode ser utilizado para armaze- nar o excedente de energia gerada no sistema elétrico, diminuindo seu desperdício, por meio do seguinte pro- cesso: água e gás carbônico são inicialmente removi- dos do ar atmosférico e a massa de ar restante é resfri- ada ate -198°C. Presente na proporção de 78% dessa massa de ar, o nitrogênio gasoso é liquefeito, ocupan- do um volume 700 vezes menor. A energia excedente do sistema elétrico é utilizada nesse processo, sendo parcialmente recuperada quando o nitrogênio líquido, exposto à temperatura ambiente, entra em ebulição e se expande, fazendo girar turbinas que convertem ener- gia mecânica em energia elétrica. MACHADO, R. Disponível em: www.correiobraziliense.com.br. Acesso em: 9 set. 2013 (adaptado). 238 No processo descrito, o excedente de energia elétri- ca é armazenado pela (A) expansão do nitrogênio durante a ebulição. (B) absorção de calor pelo nitrogênio durante a ebulição. (C) realização de trabalho sobre o nitrogênio du- rante a liquefação. (D) retirada de água e gás carbônico da atmosfera antes do resfriamento. (E) liberação de calor do nitrogênio para a vizinhan- ça durante a liquefação. 01. (PUC-RJ) um ciclo termodinamico para um mol de um gas monoatomico consiste em 4 processos: AB →→→→→ isobárico; BC →→→→→ isocórico; CD →→→→→ isobárico; DA →→→→→ isocórico, representados na figura. Sabe-se que PA = 3,0x10 5 Pa, PC = 1,0x10 5 Pa, VD = 8,3x10 -3 m3, VB = 2,0 VA. Considere a constante universal dos gases R = 8,3 J/K.mol. a) Calcule as temperaturas máxima e mínima em que opera o ciclo. b) Calcule o trabalho realizado pelo gás em um ciclo. 02. (UFG) O nitrogênio líquido é frequentemente utilizado em sistemas criogênicos, para trabalhar a baixas temperaturas. A figura a seguir ilustra um reservatório de 100 litros, com paredes adiabáticas, contendo 60 litros da substância em sua fase líquida a uma temperatura de 77 K . O restante do volume é ocupado por nitrogênio gasoso que se encontra em equilíbrio térmico com o líquido. Na parte superior do reservatório existe uma válvula de alívio para manter a pressão manométrica do gás em 1,4 atm. Quando o registro do tubo central é aberto, o gás sofre uma lenta expansão isotérmica empurrando o líquido. Considerando-se que foram retirados 10% do volume do líquido durante esse processo e que o gás não escapa para o ambiente, calcule: Dados: R = 8,4 J/(K.mol); 1 atm = 105Pa. a) O número de mols do gás evaporado durante o processo. b) O trabalho realizado pelo gás sobre o líquido. 03. (UENF) Considere uma certa quantidade de um gás ideal em equilíbrio térmico. Sejam Pi e Vi a sua pres- são e o seu volume nesta situação. Suponha agora que este gás sofra uma expansão isotérmica rever- sível até atingir um novo estado de equilíbrio no qual seu volume vale Vf. Neste processo o gás realizou um trabalho Wif. Caso este gás tivesse sofrido uma expansão adiabática reversível partindo do mesmo estado de equilíbrio inicial e atingindo um estado final de equi- líbrio com o mesmo volume Vf,o trabalho realizado este segundo processo W'if, teria sido maior, menor ou igual a Wif? Justifique sua resposta. _______________________________________________________ _____________________________________________________ ___________________________________________________ _______________________________________________________ _____________________________________________________ ___________________________________________________ _______________________________________________________ _____________________________________________________ ___________________________________________________ _______________________________________________________ _____________________________________________________ ___________________________________________________ _______________________________________________________ _____________________________________________________ ___________________________________________________ _______________________________________________________ _____________________________________________________ ___________________________________________________ _______________________________________________________ 239 PARTE I PROPRIEDADES TÉRMICAS DA MATÉRIA UNIDADE 05 TERMODINÂMICA SUBUNIDADE 02 2° LEI DA TERMODINÂMICA E MÁQUINAS TÉRMICAS 1. UMA BREVE HISTÓRIA DAS MÁQUINAS TÉRMICAS A Máquina de Heron Os primeiros equipamentos movidos a vapor foram construídos na Grécia antiga e foram descritos no livro Pneumática de Heron de Alexandria no século I a.C. Um deles ficou conhecida como eolípila, ou simplesmente Máquina de Heron. Consistia em uma esfera de cobre oca contendo água e com dois caninhos torcidos abertos e sustentados por outros dois ligados a base. O aparelho era colocado sobre o fogo que fervia a água e o vapor escapava pelos canos, fazendo girar a esfera. Máquina de Heron Já a primeira verdadeira máquina térmica é legada ao físico francês Denis Papin em 1690, que utilizou vapor para impulsionar um mecanismo com êmbolo e cilindro. Papin também inventou um aparelho semelhante à panela de pressão e também uma válvula de segurança para evitar sua explosão. Em 1698, Thomas Savery, um engenheiro militar inglês patenteou uma máquina a vapor de interesse industrial. Sua descrição e uso foi publicada num folheto intitulado O amigo do mineiro e visava retirar água de poços de minas de carvão, porém tinha problemas como inundação em caso de falha ou mesmo sua explosão devido ao uso de vapor em alta pressão. Por volta de 1712, o inglês Thomas Newcomen, aperfeiçoando as máquinas de Savery e Papin, idealizou uma nova máquina térmica, cuja maior diferença foi uma viga que lembra uma gangorra e poderia ser utilizada em minas profundas com menor risco de explosões e que, além de elevar água, poderia elevar cargas. Sua máquina foi um sucesso na Europa durante o século XVIII. Máquina de Papin Máquina de Savery Máquina de Newcomen Um dos incovenientes das máquinas mostradas até agora era sua eficiência, pois consumiam muito combustível para aquecer água, por isso o uso inicial em minas de carvão, onde havia material abundante para ser queimado. Em 1765, James Watt, um fabricante de instrumentos para a Universidade de Galsgow, estudando uma máquina de Newcomen, procurava uma maneira de aumentar sua eficiência e minimizar os custos com o carvão utilizado como combustível. Foi, então, que elaborou uma máquina com um condensador que minimizava as perdas de calor, fazendo com que o consumo de carvão fosse três vezes menor. 240 Máquina de Watt Foi em 1804 que as máquinas a vapor foram utilizadas pela primeira vez para locomoção. Richard Trevithick, um engenheiro de minas fez uma locomotiva de um só cilindro com êmbolo e caldeira que carregava barras de ferro das minas de carvão. O motor a vapor também foi utilizado em automóveis durante o fim do século XIX até o início do século XX, por mais ou menos 30 anos. O veículo de maior sucesso foi fabricado pela Stanley Motor Carriage Company e esteve em uso até 1945. 2) SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA E AS MÁQUINAS TÉRMICAS Máquina Térmica ⇒⇒⇒⇒⇒ Converte calor em energia mecânica Cálculo do Rendimento (η) de uma máquina térmica: Máquina Térmica Ideal ⇒⇒⇒⇒⇒ η = 1 (100%). Para η = 1, temos QF = 0. Na prática isso é impossível, porque QQ só sai da fonte quente na existência da fonte fria. Sendo assim, temos dois enunciados para a 2ª Lei da Termodinâmica: ENUNCIADO DE CLAUSIUS "O calor não pode fluir espontaneamente de um corpo, a dada temperatura, para outro que se encontra a uma temperatura mais alta." ENUNCIADO DE KELVIN-PLANCK "É impossível construir um dispositivo que, ope- rando em um ciclo termodinâmico, converta totalmente o calor recebido em trabalho." 241 Observação: CICLOS DE OTTO E DE CARNOT a) Ciclo de Otto e o Motor a Combustão Estão presentes em veículos automotores. 1º tempo: admissão (AB) • Volume aumenta • Pressão constante 2º tempo: compressão (BC) • Volume diminui • Pressão e temperatura aumentam • O processo é considerado aproximadamente adiabático 242 3º tempo: compressão máxima e explosão (CDE) • Grande aumento de pressão com volume constante (CD) • Volume aumenta e pressão e temperatura diminuem (DE) • O processo (DE) é considerado aproximadamente adiabático 4º tempo: expulsão (EBA) • Volume constante com diminuição da pressão (EB) • Volume diminui com pressão constante (BA) Ciclo completo Os motores possuem clindros organizados em múltiplos de quatro, associados mecanicamente. A figura a seguir mostra diferentes tempos de um mesmo cilindro. b) Ciclo de Carnot 1º Postulado de Carnot Nenhuma máquina operando entre duas temperaturas fixadas pode ter rendimento maior que a máquina ideal de Carnot, operando entre essas mesmas temperaturas. 2º Postulado de Carnot Ao operar entre duas temperaturas, a máquina ideal de Carnot tem o mesmo rendimento, qualquer que seja o fluido operante. 243 No ciclo de Carnot: e ainda: (Rendimento Máximo) 3) MÁQUINAS FRIGORÍFICAS OU BOMBAS DE CALOR Uma geladeira doméstica, por exemplo, é uma máquina frigorífica na qual a fonte fria é o congelador, a fonte quente é o meio ambiente e o trabalho é realizado pelo compressor. A eficiência (β) de uma máquina frigorífica é a relação entre a quantidade de calor retirada da fonte fria (QF) e o trabalho externo (W) necessário para essa transferência. Então: ou Coeficiente de Desempenho de um Refrigerador (CDR) 244 ATENÇÃO: Esse processo não é espontâneo! Observação 1: A Geladeira Em um refrigerador, os elementos do sistema e o estado termodinâmico da substância de trabalho são os seguintes: 01. Compressão Adiabática: Devido à rapidez com que ocorre a compressão, esta pode ser considerada adiabática. A temperatura e a pressão se elevam. Como não há trocas de calor (Q = 0). O trabalho realizado pelo compressor é equivalente à variação de energia interna das substâncias (1 → 2). 02. Resfriamento Isobárico: Inicialmente ocorre uma diminuição de temperatura à pressão constante (2 → 3), seguida de uma diminuição isobárica do volume. 03. Condensação: (3 → 4): ainda no condensador e sob alta pressão, o fluido perde mais um pouco de calor. Por conta disso, o volume e a temperatura diminuem e o fluido condensa. 04. Expansão Adiabática: Esta expansão é adiabática devido a rapidez que ocorre. A pressão diminui e o volume aumenta (4 → 5). 05. Evaporador: O fluido troca calor com o interior da geladeira à pressão e temperatura constantes, expandindo-se à medida que se vaporiza (5 → 1). O Ciclo completo 245 4) DEGRADAÇÃO DE ENERGIA – ENTROPIA Quando ocorre uma transformação termodinâmica, uma parte da energia é aproveitada e outra é desperdiçada em forma desorganizada e inútil, conhecida como ener- gia térmica. A entropia mede a "degradação" da energia organizada para uma energia desorganizada. Princípio da Degradação da Energia A energia utilizável diminui à medida que o universo evolui Enunciado de Clausius A entropia do universo aumenta à medida que ocorrem transformações naturais. 01.(UEM-PR) Para que uma máquina térmica consiga converter calor em trabalho, de modo contínuo, deve operar em ciclo entre duas fontes térmicas, uma quente e uma fria. Da fonte quente, retira uma quan- tidade de calor Q1, converte-se a parcialmente em trabalho e rejeita a energia restante Q2 para a fonte fria. Calcule, percentualmente, o rendimento de uma locomotiva a vapor (maria-fumaça) que retira 2.000kcal da fornalha (que alimenta a caldeira) e rejeita 1.280kcal para o ar atmosférico. 02. (PUC-MG) O rendimento de uma máquina térmica é a razão entre o trabalho realizado e o calor absorvido por ciclo. Calcule o rendimento η de uma máquina térmica que segue o ciclo descrito pelo diagrama abaixo, sabendo que ela absorve 8,0 . 104J de ener- gia térmica por ciclo. 03. (UFSC) No século XIX, o jovem engenheiro francês Nicolas L. Sadi Carnot publicou um pequeno livro - Reflexões sobre a potência motriz do fogo e sobre os meios adequados de desenvolvê-la - no qual descrevia e analisava uma máquina ideal e imaginária, que realizaria uma transformação cíclica hoje conhecida como “ciclo de Carnot” e de fundamental importância para a Termodinâmica. Analise as proposições a respeito do ciclo de Carnot: I. Por ser ideal e imaginária, a máquina proposta por Carnot contraria a segunda lei da Termodinâmica. ( ) II. Nenhuma máquina térmica que opere entre duas determinadas fontes, às temperaturas T1 e T2, pode ter maior rendimento do que uma máquina de Carnot operando entre essas mesmas fontes. ( ) III. Uma máquina térmica, operando segundo o ciclo de Carnot entre uma fonte quente e uma fonte fria, apresenta um rendimento igual a 100%, isto é, todo o calor a ela fornecido é transformado em trabalho. ( ) IV. O rendimento da máquina de Carnot depende apenas das temperaturas da fonte quente e da fonte fria. ( ) V. O ciclo de Carnot consiste em duas transformações adiabáticas, alternadas com duas transformações isotérmicas. ( ) 04. (PUC-RJ) Uma máquina de Carnot é operada entre duas fontes, cujas temperaturas são, respectivamen- te, 100ºC e 0ºC. Admitindo-se que a máquina receba da fonte quente uma quantidade de calor igual a 1.000cal por ciclo, pede-se: a) o rendimento térmico da máquina; b) o trabalho realizado pela máquina em cada ciclo (expresso em J); c) a quantidade de calor rejeitada para a fonte fria. Use: 1cal = 4,19J 05. (PUC-SP) A turbina de um avião tem rendimento de 80% do rendimento de uma máquina ideal de Carnot operando ás mesmas temperaturas. Em vôo de cruzeiro, a turbina retira calor da fonte quente a 127 ºC e ejeta gases para a atmosfera que está a-33ºC. O rendimento dessa turbina é de: (A) 80% (B) 64% (C) 50% (D) 40% (E) 32% 06. (UFV-MG) Em um refrigerador ideal, o dissipador de calor (serpentina traseira) transferiu 5,0 . 105J de ener- gia térmica para o meio ambiente, enquanto o com- pressor produziu 3,0 . 105J de trabalho sobre o fluido refrigerante. Calcule: a) a quantidade de calor retirada da câmara interna; b) o rendimento do sistema de refrigeração. 246 07. (ESC. NAVAL) Analise as afirmativas abaixo referen- tes à entropia. I. Num dia úmido, o vapor da água se condensa so- bre uma superfície fria. Na condensação, a entropia da água diminui. ( ) II. Num processo adiabático reversível, a entropia do sistema se mantém constante. ( ) III. A entropia de um sistema nunca pode diminuir. ( ) IV. A entropia do universo nunca pode diminuir. ( ) 01. (ENEM) A invenção da geladeira proporcionou uma revolução no aproveitamento dos alimentos, ao permitir que fossem armazenados e transportados por longos períodos. A figura apresentada ilustra o processo cíclico de funcionamento de uma geladeira, em que um gás no interior de uma tubulação é forçado a circular entre o congelador e a parte externa da geladeira. É por meio dos processos de compressão, que ocorre na parte externa, e de expansão, que ocorre na parte interna, que o gás proporciona a troca de calor entre o interior e o exterior da geladeira. Disponível em: http://home.howstuffworks.com. Acesso em 19 out. 2008 (adaptado). Nos processos de transformação de energia envolvidos no funcionamento da geladeira, (A) a expansão do gás é um processo que cede a energia necessária ao resfriamento da parte interna da geladeira. (B) o calor flui de forma não-espontânea da parte mais fria, no interior, para a mais quente, no exterior da geladeira. (C) a quantidade de calor cedida ao meio externo é igual ao calor retirado da geladeira. (D) a eficiência é tanto maior quanto menos isolado termicamente do ambiente externo for o seu compartimento interno. (E) a energia retirada do interior pode ser devolvida à geladeira abrindo-se a sua porta, o que reduz seu consumo de energia. 02. (ENEM) Aumentar a eficiência na queima de combustível dos motores à combustão e reduzir suas emissões de poluentes são a meta de qualquer fabricante de motores. É também o foco de uma pesquisa brasileira que envolve experimentos com plasma, o quarto estado da matéria e que está presente no processo de ignição. A interação da faísca emitida pela vela de ignição com as moléculas de combustível gera o plasma que provoca a explosão liberadora de energia que, por sua vez, faz o motor funcionar. Disponível em: www.inovacaotecnologia.com.br. Acesso em: 22 jul. 2010 (adaptado) No entanto, a busca da eficiência referenciada no texto apresenta como fator limitante (A) o tipo de combustível, fóssil, que utilizam. Sendo um insumo não renovável, em algum momento estará esgotado. (B) um dos princípios da termodinâmica, segundo o qual o rendimento de uma máquina térmica nunca atinge o ideal. (C) o funcionamento cíclico de todos os motores. A repetição contínua dos movimentos exige que parte da energia seja transferida ao próximo ciclo. (D) as forças de atrito inevitável entre as peças. Tais forças provocam desgastes contínuos que com o tempo levam qualquer material à fadiga e ruptura. (E) a temperatura em que eles trabalham. Para atingir o plasma, é necessária uma temperatura maior que a de fusão do aço com que fazem os motores. 03. (UERJ) Uma cadeia alimentar pode ser representa- da na forma de uma pirâmide energética. A pirâmide energética é uma expressão do seguinte fundamento da Física: (A) conservação de massa (B) segunda lei de Newton (C) conservação de energia (D) segunda lei de Termodinâmica 247 04. (UEL-PR) O reator utilizado na Usina Nuclear de Angra dos Reis – Angra II – é do tipo PWR (Pressurized Water Reactor). O sistema PWR é constituído de três circuitos: o primário, o secundário e o de água de refrigeração. No primeiro, a água é forçada a passar pelo núcleo do reator a pressões elevadas, 135 atm, e à temperatura de 320°C. Devido à alta pressão, a água não entra em ebulição e, ao sair do núcleo do reator, passa por um segundo estágio, constituído por um sistema de troca de calor, onde se produz vapor de água que vai acionar a turbina que transfere movimento ao gerador de eletricidade. Na figura estão indicados os vários circuitos do sistema PWR. Considerando as trocas de calor que ocorrem em uma usina nuclear como Angra II, é correto afirmar: (A) O calor removido do núcleo do reator é utilizado integralmente para produzir trabalho na turbina. (B) O calor do sistema de refrigeração é transferido ao núcleo do reator através do trabalho realizado pela turbina. (C) Todo o calor fornecido pelo núcleo do reator é transformado em trabalho na turbina e, por isso, o reator nuclear tem eficiência total. (D) O calor do sistema de refrigeração é transferido na forma de calor ao núcleo do reator e na forma de trabalho à turbina. (E) Uma parte do calor fornecido pelo núcleo do reator realiza trabalho na turbina, e outra parte é cedida ao sistema de refrigeração. 05. (ENEM) Um motor só poderá realizar trabalho se receber uma quantidade de energia de outro sistema. No caso, a energia armazenada no combustível é, em parte, liberada durante a combustão para que o aparelho possa funcionar. Quando o motor funciona, parte da energiaconvertida ou transformada na combustão não pode ser utilizada par a realização de trabalho. Isso significa dizer que há vazamento da energia em outra forma. CARVALHO, A. X. Z. Física Térmica. Belo Horizonte: Pax, 2009 (adaptado). De acordo com o texto, as transformações de ener- gia que ocorrem durante o funcionamento do motor são decorrentes de a: (A) liberação de calor dentro do motor ser impossível. (B) realização de trabalho pelo motor ser incontrolável. (C) conversão integral de calor em trabalho ser impossível. (D) transformação de energia térmica em cinética ser impossível. (E) utilização de energia potencial do combustível ser incontrolável. 06. (ENEM) As máquinas térmicas foram aprimoradas durante a primeira Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra no século XVIII. O trabalho do engenheiro francês Nicolas Léonard Sadi Carnot, que notou a relação entre a eficiência da máquina a vapor e a diferença de temperatura entre o vapor e o ambiente externo, foi fundamental para esse aprimoramento. A solução desenvolvida por Carnot para aumentar a eficiência da máquina a vapor foi (A) reduzir o volume do recipiente sob pressão constante. (B) aumentar o volume do recipiente e reduzir a pressão proporcionalmente. (C) reduzir o volume do recipiente e a pressão proporcionalmente. (D) reduzir a pressão dentro do recipiente e manter seu volume. (E) aumentar a pressão dentro do recipiente e manter seu volume. 07. (UFRN) A água salobra existente em muitos locais - em algumas cidades no interior do RN, por exemplo - representa um problema para as pessoas, pois sua utilização como água potável só é possível após passar por um processo de dessalinização. Um dispositivo para esse fim (e que utiliza radiação solar) é o destilador solar. Ele é composto basicamente por um reservatório d'água cujo fundo é pintado de preto fosco, por uma cobertura de placas de vidro transparente e por calhas laterais para coletar a água condensada nas placas de vidro, conforme ilustrado na figura a seguir. Com base no exposto acima, é correto afirmar: (A) a energia da radiação solar é utilizada para condensação do vapor de água. (B) o processo de condensação do vapor de água ocorre nas placas de vidro que estão à mesma temperatura do vapor. (C) a condução térmica não atua no processo de dessalinização da água. (D) a entropia do vapor de água diminui quando o vapor se condensa nas placas de vidro 248 08. (ENEM) Até 1824 acreditava-se que as máquinas térmicas, cujos exemplos são as máquinas a vapor e os atuais motores a combustão. poderiam ter um funcionamento ideal. Sadi Carnot demonstrou a impossibilidade de uma máquina térmica, funcionando em ciclos entre duas fontes térmicas (uma quente e outra fria), obter 100% de rendimento. Tal limitação ocorre porque essas máquinas (A) realizam trabalho mecânico. (B) produzem aumento da entropia. (C) utilizam transformações adiabáticas. (D) contrariam a lei da conservação de energia. (E) funcionam com temperatura igual à da fonte quente. 09. (ENEM) Aumentar a eficiência na queima de combustível dos motores a combustão e reduzir suas emissões de poluentes é a meta de qualquer fabricante de motores. É também o foco de uma pesquisa brasileira que envolve experimentos com plasma, o quarto estado da matéria e que está presente no processo de ignição. A interação da faísca emitida pela vela de ignição com as moléculas de combustível gera o plasma que provoca a explosão liberadora de energia que, por sua vez, faz o motor funcionar. Disponível em: www.inovacaotecnologica.com.br Acesso em: 22 jul. 2010 (adaptado). No entanto, a busca da eficiência referenciada no texto apresenta como fator limitante (A) o tipo de combustível, fóssil, que utilizam. Sendo um insumo não renovável, em algum momento estará esgotado. (B) um dos princípios da termodinâmica, segundo o qual o rendimento de uma máquina térmica nunca atinge o ideal. (C) o funcionamento cíclico de todos os motores. A repetição contínua dos movimentos exige que parte da energia seja transferida ao próximo ciclo. (D) as forças de atrito inevitável entre as peças. Tais forças provocam desgastes contínuos que com o tempo levam qualquer material à fadiga e ruptura. (E) a temperatura em que eles trabalham. Para atingir o plasma, é necessária uma temperatura maior que a de fusão do aço com que se fazem os motores. 10. (UFSCAR) Maxwell, notável físico escocês da segunda metade do século XIX, inconformado com a possibilidade da morte térmica do Universo, conseqüência inevitável da segunda lei da Termodinâmica, criou o “demônio de Maxwell”, um ser hipotético capaz de violar essa lei. Essa fictícia criatura poderia selecionar as moléculas de um gás que transitassem entre dois compartimentos controlando a abertura que os divide, como ilustra a figura. Por causa dessa manipulação diabólica, as moléculas mais velozes passariam para um compartimento, enquanto as mais lentas passariam para o outro. Se isso fosse possível: (A) esse sistema nunca entraria em equilíbrio térmico. (B) esse sistema estaria em equilíbrio térmico permanente. (C) o princípio da conservação da energia seria violado. (D) não haveria troca de calor entre os dois compartimentos. (E) haveria troca de calor, mas não haveria troca de energia. 11. (PUC-MG) A palavra ciclo tem vários significados na linguagem cotidiana. Existem ciclos na econo- mia, na literatura, na história e, em geral, com sig- nificados amplos, pois se referem a tendências, épocas, etc. Em termodinâmica, a palavra ciclo tem um significado preciso: é uma série de transfor- mações sucessivas que recolocam o sistema de volta ao seu estado inicial com realização de tra- balho positivo ou negativo e a troca de calor com a vizinhança. Assim, por exemplo, os motores automotivos foram bem compreendidos a partir das descrições de seus ciclos termodinâmicos. Considere o quadro a seguir onde são apresenta- das três máquinas térmicas operando em ciclos entre fontes de calor nas temperaturas 300K e 500K. Q e W são, respectivamente, o calor trocado e o tra- balho realizado em cada ciclo. 249 De acordo com a termodinâmica, é possível construir: (A) as máquinas A, B e C. (B) a máquina B apenas. (C) a máquina C apenas. (D) a máquina A apenas. 12. (UEG-GO) Os motores usados em veículos são normalmente de combustão interna e de quatro tempos. A finalida- de dos motores é transformar a energia térmica do combustível em trabalho. De modo geral, eles são constituídos de várias peças, entre elas: as válvulas, que controlam a entrada e a saída do fluido combustível, a vela, onde se dá a faísca que provoca a explosão, o virabrequim (árvore de manivelas), que movimenta o motor, e os êmbolos, que são acoplados a ele. No tempo 1, ocorre a admissão do combustível, a mistura de ar e vapor de álcool ou gasolina, produzida no carburador: o virabrequim faz o êmbolo descer, enquanto a válvula de admissão se abre, reduzindo a pressão interna e possibilitando a entrada de combustível à pressão atmosférica. No tempo 2, ocorre a compressão: com as válvulas fechadas, o êmbolo sobe, movido pelo virabrequim, comprimindo a mistura ar combustível rapidamente. No tempo 3, ocorre a explosão: no ponto em que a compressão é máxima, produz-se, nos terminais da vela, uma faísca elétrica que provoca a explosão do combustível e seu aumento de temperatura; a explosão empurra o êmbolo para baixo, ainda com as válvulas fechadas. No tempo 4, ocorre exaustão ou descarga: o êmbolo sobe novamente, a válvula de exaustão abre-se, expulsando os gases queimados na explosão e reiniciando o ciclo. De acordo com o texto e com a termodinâmica, é CORRETO afirmar: (A) No tempo 1, o processo é isovolumétrico. (B) No tempo 2, o processo é adiabático. (C) No tempo 3, o processo é isobárico. (D) No tempo 4, o processo é isotérmico. (E) Um ciclo completo no motor de 4 tempos é realizado após uma volta completa da árvore de manivelas. 250 13. (ENEM) O motor de combustão interna, utilizado no transporte de pessoas e cargas, é uma máquinatér- mica cujo ciclo consiste em quatro etapas: admis- são, compressão, explosão/expansão e escape. Es- sas etapas estão representadas no diagrama da pres- são em função do volume. Nos motores a gasolina, a mistura ar/combustível entra em combustão por uma centelha elétrica. Para o motor descrito, em qual ponto do ciclo é produ- zida a centelha elétrica? (A) A (B) B (C) C (D) D (E) E 14. (UFRN) Observe atentamente o processo físico repre- sentado na sequência de figuras a seguir. Conside- re, para efeito de análise, que a casinha e a bomba constituem um sistema físico fechado. Note que tal processo é iniciado na figura 1 e é concluído na figu- ra 3. Pode-se afirmar que, no final dessa sequência, a ordem do sistema é (A) maior que no início e, portanto, durante o pro- cesso representado, a entropia do sistema di- minui. (B) maior que no início e, portanto, durante o pro- cesso representado, a entropia do sistema au- mentou. (C) menor que no início e, portanto, o processo representado é reversível. (D) menor que no início e, portanto, o processo representado é irreversível. 15. (ENEM) Rudolf Diesel patenteou um motor a com- bustão interna de elevada eficiência, cujo ciclo está esquematizado no diagrama pressão x volume. O ci- clo Diesel é composto por quatro etapas, duas das quais são adiabáticas. O motor de Diesel é caracteri- zado pela compressão de ar apenas, com a injeção do combustível no final. No ciclo Diesel, o calor é absorvido em: (A) A →→→→→ B e C →→→→→ D, pois em ambos ocorre realiza- ção de trabalho. (B) A →→→→→ B e B →→→→→ C, pois em ambos ocorre eleva- ção da temperatura. (C) C →→→→→ D, pois representa uma expansão adiabática e o sistema realiza trabalho. (D) A →→→→→ B, pois representa uma compressão adiabática em que ocorre elevação da tempe- ratura. (E) B →→→→→ C, pois representa expansão isobárica em que o sistema realiza trabalho e a tempe- ratura se eleva. 01. (UNICAMP) Com a instalação do gasoduto Brasil- Bolívia, a cota de participação do gás natural na geração de energia elétrica no Brasil será signifi- cativamente ampliada. Ao se queimar 1,0kg de gás natural, obtém-se 5,0 . 107J de calor, parte do qual pode ser convertido em trabalho em uma usina termoelétrica. Considere uma usina queimando 7.200 quilogramas de gás natural por hora, a uma temperatura de 1.227ºC. O calor não aproveitado na produção de trabalho é cedido para um rio de vazão 5.000 litros/s, cujas águas estão a 27ºC. A maior eficiência teórica da conversão de calor em trabalho é dada por , sendo Tmin e Tmáx as temperaturas absolutas das fontes fria e quen- te, respectivamente, ambas expressas em kelvin. 251 Considere o calor específico da água c = 4.000 J/(kg.ºC). a) Determine a potência gerada por uma usina cuja eficiência é metade da máxima teórica. b) Determine o aumento de temperatura da água do rio ao passar pela usina. 02. (UNB) Os materiais granulares são conjuntos com gran- de número de partículas macroscópicas e têm papel fundamental em indústrias como a de mineração e cons- trução na agricultura. As interações entre os grãos são tipicamente repulsivas e inelásticas, decorrendo a dis- sipação de energia principalmente das forças de atrito. Em muitas ocasiões, os sistemas granulares não se comportam como gases, líquidos ou sólidos. Eles po- dem ser considerados apropriadamente como outro estado da matéria. Por exemplo, uma pilha de grãos estável se comporta como um sólido. Se a altura dessa pilha aumentar acima de certo valor, os grãos come- çam a fluir. No entanto, o fluxo não será como em um líquido, porque tal fluxo somente se dará em uma ca- mada na superfície da pilha, enquanto os grãos, no seu interior, ficarão em repouso. Revista Brasileira do Ensino de Física, V.30 N°1, 2008. (Com adaptações) Suponha que uma colheitadeira de grãos que se comporta como uma máquina térmica de Carnot funcione entre as temperaturas de 27ºC e 327ºC, a partir de uma potência recebida de 1.000 W. Calcule, em joules, a quantidade máxima de energia que essa máquina pode transformar em trabalho mecânico em 1 segundo. 03. (FUVEST) O motor Stirling, uma máquina térmica de alto rendimento, é considerado um motor eco- lógico, pois pode funcionar com diversas fontes energéticas. A figura I mostra esquematicamente um motor Stirling com dois cilindros. O ciclo termodinâmico de Stirling, mostrado na figura II, representa o processo em que o combustível é queimado externamente para aquecer um dos dois cilindros do motor, sendo que uma quantidade fixa de gás inerte se move entre eles, expandindo se e contraindo se. Nessa figura está representado um ciclo de Stirling no diagrama PxV para um mol de gás ideal monoatômico. No estado A, a pressão é PA = 4 atm, a temperatura é T1 = 27°C e o volume é VA. A partir do estado A, o gás é comprimido isotermicamente até um terço do volume inicial, atingindo o estado B. Na isoterma T1, a quantidade de calor trocada é Q1 = 2.640 J, e, na isoterma T2, é Q2 = 7.910 J. Determine a) o volume VA, em litros; b) a pressão PD, em atm, no estado D; c) a temperatura T2. Considerando apenas as transformações em que o gás recebe calor, determine: d) a quantidade total de calor recebido em um ci- clo, QR , em J. Note e adote: • Calor específico a volume constante: CV = 3 R/2 • Constante universal do gases: R = 8 J/(mol K) = 0,08 atm l / (mol K) • 0° C = 273 K • 1 atm = 105 Pa • 1 m3 = 1000 l _______________________________________________________ _____________________________________________________ ___________________________________________________ _______________________________________________________ _____________________________________________________ ___________________________________________________ _______________________________________________________ _____________________________________________________ ___________________________________________________ _______________________________________________________ _____________________________________________________ ___________________________________________________ _______________________________________________________ _____________________________________________________ ___________________________________________________ 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