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HIPÓXIA PATOLOGIA AGRESSÃO E DEFESA DO ORGANISMO: PROCESSOS PATOLÓGICOS GERAIS @kelly.c.cabral LESÃO CELULAR Uma situação de agressão ou estresse (até fisiológico) pode levar a um aumento da demanda funcional, estimulando um processo adaptativo (desordens adquiridas, como hiperplasia, hipertrofia, metaplasia, displasia, anaplasia). --> Se a situação de estresse levar a uma diminuição da demanda funcional, o processo adaptativo que será estimulado será a atrofia. CAUSAS DE LESÃO CELULAR Existem diversas causas de lesão celular, como: A deficiência de oxigênio irá reduzir a fosforilação oxidativa aeróbica, podendo gerar um processo adaptativo, uma lesão reversível e chegar a um ponto de não-retorno e irreversibilidade, chegando à morte celular. MECANISMO DA LESÃO: As células têm função importante de produção de energia pela via anaeróbica ou aeróbica. Pela via aeróbica, que ocorre nas cristas mitocondriais, há um conjunto enzimático composto por transportadores de prótons. O movimento dos prótons por esses transportadores irá realizar a produção de energia. --> Com a hipóxia, a manutenção da produção de ATP fica comprometida. Entretanto, esse estresse pode gerar uma lesão reversível (degeneração hidrópica ou gordurosa). --> Dependendo da natureza, intensidade e duração do agente estressor, essas lesões celulares reversíveis que chegam a um ponto de não retorno, sendo impedida de retroceder ao nível de suas funções normais. Ao chegar nesse ponto, alcança-se o ponto de irreversibilidade das lesões e só resta a morte celular por necrose ou apoptose. • Privação de oxigênio (hipóxia). • Agentes físicos: ferimento com instrumento perfurocortante. • Agentes químicos: agentes ácidos, alcalinos, cáusticos. • Agentes infecciosos: vírus e bactérias. • Reações imunológicas: doenças autoimunes. • Desarranjos genéticos: mutações e alterações genéticas, como diabetes. • Desequilíbrios nutricionais. A privação de oxigênio é uma via muito comum de lesão celular. --> As causas da hipóxia envolvem: • Processo isquêmico (privação de irrigação arterial). • Oxigenação inadequada (deficiência cardiorrespiratória). • Dificuldade da capacidade do sangue em carrear oxigênio (anemia, envenenamento por monóxido de carbono, entre outros). • Após grande perda sanguínea. DEGENERAÇÕES As degenerações são lesões morfológicas das células, não incluindo lesões por alterações no interstício, por alterações reversíveis e lesões decorrentes de alterações bioquímicas. DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA • Caracterizada pelo acúmulo de água e eletrólitos no interior das células. DEGENERAÇÃO GORDUROSA • Suas causas são a baixa da produção do ATP (por hipóxia ou agentes que lesionam a membrana da mitocôndria), elevado consumo de ATP (hipertermia exógena ou endógena, caso da febre) e agressões à membrana (radicais livres). • A degeneração hidrópica acontece muito em tecidos sob processo inflamatório, como no caso da glomerulonefrite e proteinúria (filtração glomerular lesando o epitélio tubular), promovendo uma lesão que gera degeneração hidrópica. • É o acúmulo de triglicerídeos nos tecidos e órgãos. • O excesso no consumo de triglicerídeos e defeitos no metabolismo podem causar esteatose. • Fígado, coração, músculo esquelético, rins e pâncreas são órgãos que apresentam com frequência a esteatose. • O fígado, por ser o órgão responsável pelo metabolismo envolvendo gorduras, é o principal órgão que apresenta esteatose. Esse acúmulo acontece dentro do hepatócito, com aumento do tamanho, acarretando abaulamento das bordas, e o fígado mais friável ao toque (fica mais suscetível a rupturas). ESTEATOSE MECANISMO DA LESÃO: • Os lipídios são absorvidos na porção inicial do duodeno, sendo quebrados por lipases. • No entanto, precisam ser antes emulsificados pelos ácidos biliares, quebrando as micelas para atuação das lipases (tornam em ácidos graxos livres). • São transportados até o fígado, onde parte desses ácidos graxos são direcionados para a produção de energia e a grande maioria é conjugado com moléculas de glicerol para que os triglicerídeos sejam montados. • Os triglicerídeos precisam ser conjugados a apoproteínas para serem transportados pela corrente sanguínea, tornando- se lipoproteínas (LDL e HDL, por exemplo). • Essas lipoproteínas são liberadas na circulação e levadas até o tecido alvo. • As causas da esteatose podem ser interferências em qualquer uma dessas rotas supracitadas. --> DIETA POBRE • Um indivíduo que tem uma dieta pobre ou sem nenhuma proteína pode ter seus triglicerídeos acumulados. • Isso ocorre porque a rota dos ácidos graxos está normal, mas a falta de proteínas para conjugar ao ácido graxo para transporte provoca o acúmulo de triglicerídeos. MECANISMO: • Na membrana celular, há a bomba de sódiopotássio ATPase. • Essa proteína, bombeia 3 Na+ para fora e 2 K+ para dentro, deixando o meio exterior mais positivo que o interior, mantendo o equilíbrio eletrolítico. • Na falta desse mecanismo, o equilíbrio eletrolítico não irá se manter e o sódio e água entram na célula passivamente, fazendo com que sejam formados diversos vacúolos e a célula fique tumefeita. • Isso provoca um processo de degeneração hidrópica. • Caracterizada pelo acúmulo e por lipídeos. • Se o lipídeo for triglicerídeo, é referida como esteatose. Se forem colesterol e ésteres de colesterol, é chamada de lipidose. --> ÁLCOOL • O dano ao hepatócito pelo álcool (quase completamente eliminado pelo hepatócito), por exemplo, é causada pelos produtos de eliminação do álcool. • Isso pode lesionar o hepatócito de forma que acumule triglicerídeos no meio intracelular. --> DIABÉTICOS • Os diabéticos possuem dificuldade de utilizar a glicose, sendo a principal fonte de energia de triglicerídeos nesse indivíduo. • O acúmulo de depósitos de colesterol e ésteres de colesterol geram normalmente as lipidoses. • Eles podem se depositar na parte muscular das artérias (aterosclerose), pele (xantomas) e locais de inflamação crônica. • Dentre as lipidoses, a aterosclerose é a que ocorre com maior frequência. ✓ O mecanismo de formação da lesão é que exista uma lesão prévia no endotélio vascular na sua íntima. ✓ Nesse local de lesão (por alta pressão ou bifurcação), a lesão precisa ser reparada e, portanto, suscita um processo inflamatório, recrutando células como macrófagos. ✓ Os macrófagos irão reparar os fibroblastos, mas essas células se acumulam no sítio da lesão. ✓ Isso provoca o acúmulo também de colesterol pela destruição celular e pelo alto nível de moléculas que carreiam o colesterol (LDL). ✓ Dessa forma, os macrófagos acabam fagocitando essas partículas na túnica muscular, se acumulando e diminuindo o calibre da artéria.
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