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METODOS DE ESTUDOS EM PATOLOGIA I E II Exames citológicos: Constituem importante meio de diagnóstico de muitas doenças, sobretudo neoplasias malignas e suas lesões precursoras; Exemplo: exame citológico para detecção precoce de câncer do colo uterino; Também conseguem detectar agentes infecciosos e parasitários; Diagnóstico de lesões benignas; Avaliação da população de Microrganismos; Avaliação quantitativa e qualitativa de Células; Vantagens dos exame citológicos : Simplicidade (quando comparada a um procedimento cirúrgico invasivo e no preparo do material para análise e diagnóstico) , Custo menor, pois não há necessidade do processamento histológico, permitindo a análise microscópica em alguns minutos após a coleta, em muitos casos direcionando a conduta imediata ; Rapidez do resultado; desvantagens dos exames citológicos : Ausência da arquitetura tecidual (o que em algumas situações impede diagnóstico mais específico) , Menor quantidade de material para análise; Necessidade de treinamento diagnóstico na área; Falso-negativo; Lesões profundas não identificadas; formas de obter material para analise de exames citológicos : Raspados da pele ou de mucosas; Secreções (da árvore traqueobrônquica, do conteúdo de cistos, da expressão mamilar, do tubo gastrointestinal) ; Líquidos (serosas, urina, líquido amniótico etc.) Punção aspirativa por agulha fina guiada por palpação ou ultrassonografia; processamento de exames citológicos : A amostra de células deve ser adequadamente fixada, o fixador mais empregado é o álcool etílico em diferentes concentrações; Para os exames cervicovaginais, é importante que o esfregaço seja fixado imediatamente, ainda úmido, em álcool etílico a 95% ; o ressecamento antes da fixação torna o esfregaço imprestável para o exame adequado das células, quando são corados pelo método de Papanicolaou; técnicas : Papanicolau; PAS ; Hematoxilina-eosina ; Azul de metileno ; Grocott reserva dos materiais : Secreções ricas em muco ou em proteínas podem ser guardadas em geladeira por até 1 dia antes de serem encaminhadas ao laboratório, pois o muco protege as células, e as proteínas servem como nutrientes. Líquidos pobres em proteínas ou em muco (liquor, urina etc.) só podem ser mantidos na geladeira por poucas horas; Quando o material não puder ser encaminhado logo ao laboratório, é necessário fixálo em igual volume de etanol a 50%; resultado dos exames : O resultado do exame citológico é fornecido em termos do diagnóstico morfológico das doenças e complementado, quando possível, com outros dados de interesse clínico ; Em geral, o patologista procura dar informações adicionais, como o achado de microrganismos ou, nos casos positivos para câncer, seu tipo citológico; imunoistoquimica : é o método que utiliza anticorpos como reagentes específicos para detectar antígenos presentes em células ou tecidos ; O produto da reação antígenoanticorpo é examinado ao microscópio em preparados citológicos, em cortes histológicos de amostras incluídas em parafina ou em cortes obtidos de tecidos congelados e cortados em criostato ; Além disso, a imuno-histoquímica é também utilizada para identificar elementos estranhos, como microrganismos de difícil reconhecimento por outros métodos, como vírus, fungos, bactérias e outros agentes infecciosos ; Os anticorpos empregados em uma reação imuno-histoquímica podem ser mono ou policlonais; Um antígeno em células ou tecidos pode ser reconhecido por sua ligação ao anticorpo seguida da aplicação de um sistema de detecção (imunofluorescente ou imunoenzimático) preparado para identificar a imunoglobulina utilizada inicialmente como anticorpo, chamada anticorpo primário; imunofluorescência : A imunofluorescência e as técnicas imunoenzimáticas constituem os dois grandes métodos comumente utilizados em microscopia de luz ; Técnica que possibilita a visualização de antígenos nos tecidos ou em suspensões celulares, por meio da utilização de antígenos específicos marcados com fluorocromo, capazes de absorver a luz UV e emitir; Diagnóstico de doenças autoimune; Microrganismos nos fluidos; A imunofluorescência pode ser direta ou indireta; imunofluorescência direta : o anticorpo primário é ligado a um composto fluorescente; o mais usado é o isotiocianato de fluoresceína, que emite luz verde brilhante quando estimulado por luz ultravioleta; imunofluorescência indireta : um anticorpo primário liga-se ao antígeno de interesse. A substância fluorescente é conjugada a um anticorpo secundário, que, por sua vez, reconhece a porção Fc do anticorpo primário e com ele forma reação específica ; Depois de processadas, as lâminas são examinadas ao microscópio de fluorescência equipado com fonte de luz ultravioleta; é mais específica, uma vez que o anticorpo primário encontra-se livre do marcador e o sinal só aparece após duas ligações antígeno- anticorpo, o que possibilita maior especificidade e melhor controle da reação; reação de cadeia de polimerase : técnica baseia-se em uma reação de amplificação in vitro de sequências específicas de DNA que, de forma automatizada, se repetem por inúmeros ciclos; Para amplificação de sequências de RNA, este deve ser primeiro convertido em cDNA (DNA complementar) por ação de uma transcritase reversa; processo de cadeia em polimerase : Na reação de amplificação, que é feita em um termociclador com controle automático de variação de temperatura em função do tempo, as duas fitas de DNA são inicialmente separadas pelo calor e, a seguir, dois iniciadores (pequenas sequências de DNA que se ligam nos locais de início e de término da amplificação) flanqueiam a região a ser amplificada. A DNA polimerase, a partir do iniciador, copia o segmento do DNA desejado ; Com esse método, pode-se detectar a presença de sequências de ácidos nucleicos virais, bacterianos ou de parasitos em amostras biológicas com altíssima sensibilidade; A técnica permite também identificar alterações genômicas e a presença de mRNA que podem ser de grande utilidade no diagnóstico do câncer ou de doenças geneticamente transmissíveis, mesmo no período intrauterino; PCR : Técnica que visa a duplicação do DNA ; Reação em cadeia da polimerase ; Todo tipo de material ; Desnaturação -> Hibridização -> Extensão -> Fase final; Produto da PCR : é o DNA amplificado, que intacto ou digerido por enzimas de restrição, pode ser identificado e caracterizado por dot blot, por Southern blot ou, simplesmente, por sua migração eletroforética em gel de agarose ou de poliacrilamida, no entanto, a grande capacidade de amplificação da PCR constitui também o seu maior problema, especialmente para fins de diagnóstico, pois a possibilidade de contaminação da amostra via equipamentos ou ar por sequências de nucleotídeos não pertencentes à amostra teste pode levar a resultados falso-positivos; histopatologia : Estudo microscópico das características morfológicas dos tecidos Amplamente utilizada e participa também do tratamento; vantagens da histopatologia: Análise morfologia celular e tecidual; Comparação com tecidos adjacentes; desvantagens da histopatologia : Pode necessitar de internação ; Células indiferenciadas; biopsia Ablativas ou excisionais: Quando se faz a extirpação ou exérese de toda a lesão; biopsia Incisionais: Quando se retira apenas parte da lesão para diagnóstico; tipos de biopsia : - Macroscopia: Cor; Forma ; Consistência ; Tamanho; Números de fragmentos ; Microscopia ETIOPATOGENESE DAS LESÕES I e II lesões celulares : conjunto de alterações moleculares, morfológicas e funcionais que surgem em células e tecidos após uma agressão; lesão reversível : estágios iniciais de alterações morfológicas ou funcionais, manutenção da função celular; lesões caracterizadas pela habilidade de manter funções celulares apesar de determinada agressão; lesão irreversível : persistênciado dano/lesão; células impossibilitada de manter as funções celulares; Exógenas (do meio ambiente): Agente físicos - Substâncias químicas - Agentes infecciosos; Agentes físicos : força mecânica ( trauma ) , radiações , variações de temperatura e alterações da pressão atmosférica ; Agentes químicos : englobam uma enorme variabilidade de tóxicos , como defensivos agrícolas, poluentes ambientais , contaminantes alimentares e numerosas outras substancias, incluindo medicamentos e drogas ilícitas; Agentes biológicos : micoplasmas, riquetsias, virus, bactérias, protozoários e metazoários; Endógenas (do próprio organismo) : Falta de suprimento sanguíneo - Anormalidades genômicas - Desvios de nutrição - Resposta imune; Homeostasia : habilidade de manter o meio interno ( meio intracelular ) em um equilíbrio constante, independente das alterações que ocorram no meio externo ( meio extracelular ) Mecanismos de ação : redução da disponibilidade de 02, radicais livres, reação imunitária, anormalidades de expressões genicas; agentes físicos; Causas da hipóxia : obstrução vascular, anemia, deslocamento para área com baixa concentração de oxigênio , asfxia; Anoxia : interrupção do fornecimento de O2; ou causa sua interrupção ( isquemia total) Hipóxia : redução do fornecimento de O2; que causa lesão celular pela redução da respiração aeróbica; Ação da hipóxia : reduz a respiração celular aeróbica, com isso ocorre a diminuição da fosforilação oxidativa e dos níveis de ATP produzidos pelas mitocôndrias; consequentemente irá ocorrer uma redução no metabolismo; alterações morfológicas da célula que irão resultar na inatividade da bomba de Ca²/ Na+ aumentando, assim, a quantidade de Ca²+ citoplasmático , E portanto será ativado as enzimas autolíticas que danificam a célula; Irá ocorrer uma alteração direta na mitocôndria, pois haverá redução da fosforilação oxidativa e com isso, redução também do ATP, portanto tendo uma: - Diminuição da síntese proteica, e - Diminuição do transporte ativo; Respostas adaptativas das células a hipóxia: Frente a hipóxia, as células procuram adaptar-se mediante mudança na maneira de utilizar energia (o ATP passa a ser consumido sobretudo em atividades de bombas iônicas e em sínteses celulares) • Essa adaptação promove: (1) aceleração da glicólise; (2) aumento da captação de glicose; (3) inibição da gliconeogênese e da síntese de ácidos graxos, de triglicerídeos e de esteroides; Quase simultâneo a isso o que acontece : ocorre a ativação do HIF-1 (que regula a transcrição de vários genes, entre os quais genes de enzimas da glicólise), da eritropoetina, ( aumento da produção de hemácias ) , do GLUT-4 (transportador da glicose na membrana citoplasmática), do VEGF (fator de crescimento do endotélio vascular, produção de vasos sanguíneos ) e da NO sintetase (no endotélio vascular) A hipóxia induz: mediadores e receptores que ativam rotas intracelulares ativadoras de genes que aumentam a adaptação não só à hipóxia, como também a outras agressões; HIF-1 : pertence ao grupo de fatores reguladores de transcrição gênica e parece ser o principal indutor do aumento de resistência à hipóxia em tecidos submetidos a isquemia transitória; 1 induz a expressão de vários genes, inclusive os de proteínas do choque térmico (HSP) e de proteínas antiapoptóticas, que aumentam a capacidade da célula de resistir a agressões, especialmente por aumento da capacidade antioxidante e antiapoptótica; desempenha papel fundamental na manutenção da homeostase, por meio da indução da expressão de uma variedade de genes que codificam proteínas para aumentar a disponibilidade de oxigênio e nutrientes ate níveis homeostáticos; Lesão reversível induzida pela hipóxia : Redução de bombas eletrolíticas dependentes de ATP - > o que leva à retenção de Na + no citosol -> entrada de água na célula -> Degeneração hidrópica; Alteração da permeabilidade a outros íons, especialmente Ca ++ -> Saída de mitocôndria e REL para citosol -> Ativação de pK calmudulina-dependentes -> Desarranjo do citoesqueleto; Oferta excessiva de acetil-CoA -> Síntese de ácidos graxos -> Acúmulo de triglicerídeos na célula (gordura); sendo chamada: degenerações: cessada a hipóxia, a célula recompõe a atividade metabólica, reajusta o equilíbrio hidroeletrolítico e volta ao aspecto normal) Lesões irreversíveis induzidas por hipóxia : Se a hipóxia persiste, as perturbações eletrolíticas e na síntese de proteínas e lipídeos passam a agredir as membranas citoplasmáticas e de organelas, agravando progressivamente as condições da célula; as alterações tornam-se irreversíveis e a célula morre; As membranas celulares se alteram por perda de moléculas estruturais e pela incapacidade de repor os componentes perdidos (perda da capacidade de reacilação de fosfolipídeos); - O nível elevado de Ca ++ no citosol ativa fosfolipases e aumenta a demolição dos lipídeos da membrana citoplasmática, que se torna mais fraca e passa a apresentar bolhas na superfície; O excesso de Ca ++ no citosol também altera a polimerização e a associação de proteínas dos filamentos intermediários, bem como induz a ativação de proteases Ca ++ calmodulina-dependentes, com o desacoplamento dos microfilamentos do citoesqueleto da membrana citoplasmática, esta reduz sua resistência mecânica e pode se romper com facilidade; Alterações nas membranas das mitocôndrias levam à expansão da matriz interna e ao desaparecimento de cristas, formando estruturas floculares A lesão mitocondrial leva à abertura dos poros de permeabilidade transicional, permitindo a saída de íons que resulta em diminuição do potencial de membrana e redução da fosforilação oxidativa. Se a alteração na permeabilidade mitocondrial torna-se irreversível, cessam a atividade de ATPase e a síntese de ATP; essa alteração representa o chamado ponto de não retorno; A lesão irreversível causada por hipóxia/anóxia: mais grave é a necrose; A hipóxia moderada: pode levar a apoptose em vez de induzir degeneração e/ou necrose; Lesão reperfusao : lesão caracterizada por ser causada quando determinado tecido recebe a restauração do fluxo sanguíneo, após um período de isquemia; Efeitos de reperfusao : tecidos mantidos em isquemia prolongada mostram agravamento da lesão quando são reoxigenados (p. ex., pelo restabelecimento do fluxo sanguíneo) ; se aparente paradoxo tem sido explicado pela formação de radicais livres de oxigênio a partir das primeiras moléculas de O2 que chegam aos tecidos após a recuperação do fluxo sanguíneo; Outros mecanismos envolvidos nos efeitos de reperfusao : Maior captação de Ca ++ pelas células anóxicas, em virtude da volta do fluxo sanguíneo, aumentando a quantidade desse íon nos tecidos; Produção de radicais livres pelos leucócitos na parede de vasos, prontos para exsudar; Hipóxia de curta duração: induz lesões degenerativas que se recuperam rapidamente após a reperfusão, já a degeneração mais intensa provocada pela hipóxia de duração intermediária agrava-se com a reoxigenação. Lesões produzidas por anóxia duradoura: são pouco alteradas após a reperfusão, embora com a reoxigenação ocorra ampliação da lesão nas suas margens; RADICAIS LIVRES Radicais livres : são moléculas instáveis com um eletron da ultima camada desemparelhado que possuem a capacidade de reagir com substancias químicas orgânicas ( DNA, lipídeos, proteínas ); desencadeando reações autocataliticas, convertendo outras moléculas em radicais livres; acontece muito em reações de oxidorredução com participação de oxigênio molecular; Enzimas de remoção e degradação de radicais livres: Superóxido dismutases e glutationa peroxidase nas mitocôndrias, e catalase nos peroxissomos Principal exemplo de radical livre : EROS ( espécies reativas de oxigênio ) Como formam os radicais livres : surgem quando os elétronsdo último orbital de um átomo ficam desemparelhados por ganho ou perda de um deles. A transferência de elétrons ocorre em reações de oxidorredução, quando uma molécula cede elétrons (se oxida) para outra (que se reduz), oxidando essas estruturas elas perdem a função; Absorção de energia radiante – luz ultravioleta, raios X hidrolisam a água em radicais livres hidroxila e hidrogênio ; Metabolismo enzimático de substâncias químicas exógenas ou fármacos; Óxido nítrico (NO), pode ser convertido no altamente reativo ânion peroxinitrito (ONOO-), bem como em NO2 e NO3 ; Processos metabólicos normais ; Inflamação (macrófagos e neutrófilos utilizam como para a destruição de microrganismos) Lugares da célula aonde há grande produção de radicais livres: Retículo endoplasmático, mitocôndrias e peroxissomos Consequências direta do acumulo do acido lático na célula : redução do PH intracelular, que resulta na alteração do funcionamento de algumas enzimas ; Mitocondria : organela responsável pela respiração celular aeróbica, por meio do processo de fosforilação oxidativa; Antioxidantes : são substancias lipossolúveis ( vitamina A e vitamina E ) ou hidrossolúveis (vitamina C) que possuem a capacidade de neutralizar radicais livres; Lesões produzidas pelos radicais livres : Modificação de proteínas – Ligação cruzada com proteínas com aumento de degradação/ perda de atividade enzimática (ocorre o envelhecimento); Peroxidação lipídica – Dano na membrana plasmática através da formação de peróxidos: morte celular; Lesão no DNA – ERO se liga a timina do DNA mitocondrial e nuclear produzindo quebra de filamento único do DNA, associada a morte/envelhecimento celular: indução ao câncer; Lesões celulares provocadas por muitos agentes quimiotóxicos resultam da açãode radicais livres; O CCl 4 é transformado em oCCl 3 no retículo endoplasmático liso de hepatócitos, sendo esse o responsável principal pela necrose hepatocelular induzida pelo tetracloreto de carbono; Essa lesão é reduzida por tratamento com antioxidantes ou por inibição do sistema citocromo P450, responsável pela peroxidação do CCl 4 . ALCOOL Vias de metabolização do álcool: Álcool desidrogenase , MEOS e Catalase; Via principal da metabolização do álcool (etanol): Álcool desidrogenase Enzima responsável pela conversão de álcool em acetaldeído na principal via de metabolização do álcool (etanol): Álcool desidrogenase ou ADH Absorção do álcool (etanol): Digestiva e respiratória Metabolização do álcool (etanol): Hepática e gastrointestinal Sexo mais sensível aos efeitos do álcool: Feminino,devido a menor concentração de ADH no estômago; Álcool: Droga mais consumida no mundo, caracterizada pelo potencial depressor do SNC; Excreção do álcool (etanol): Renal e respiratória Principal enzima do sistema microssômico de metabolização do etanol (MEOS): Citocromo P450 Metabolização do etanol em etilistas: Na metabolização do álcool em pacientes elitistas a via de metabolização MEOS, está constantemente ativada, enquanto há uma redução nos níveis de ADH; CIGARRO Cigarro : Reduz o HDL e aumenta o LDL; Nicotina e CO danificam o endotélio ; inicia a formação da placa de ateroma ; Cigarro causa contrações de artérias; Aterosclerose: deposito de gordura nos vasos Enzima responsável pela conversão do acetaldeído em acetato: Aldeído desidrogenase ou ALDH; Cirrose: Estágio final da fibrose hepática, decorrente da desorganização difusa da arquitetura hepática normal. Caracteriza-se por nódulos de regeneração cercados por tecido fibrótico denso; Constituintes do cigarro que são carcinogênicos : hidrocarbonetos e nitrosamidas; Constituintes do cigarro: Radicais livres, acroleína, monóxido de carbono, nitrosamidas, hidrocarbonetos policíclicos, metais variados, nicotina etc Esteatose Hepática: Lesão reversível caracterizada pelo acúmulo de triglicerídeos no interior dos hepatócitos; Dano hepático decorrente do abuso de álcool é resultado principalmente da ? Toxicidade do acetaldeído e estresse oxidativo ( visto que o álcool possui a capacidade de aumentar a quantidade de NADH e afetar os sistemas antioxidantes, esse estresse causa alterações morfológicas e funcionais aos hepatócitos); Constituinte do cigarro vasoconstritor responsável pelo efeito viciante do cigarro: Nicotina Doenças relacionadas ao tabagismo (ativo/passivo): Câncer (boca, pulmão, esôfago, laringe ...), doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), aterosclerose, cardiopatia isquêmica etc Fatores relacionados a etiopatogênese do tabagismo: Intensidade, tipo de fumo e duração do consumo do tabaco são diretamente proporcionais ao risco no desenvolvimento de diversas patologias relacionadas ao tabagismo. Ao cessar o consumo há a diminuição progressiva desse risco; Mecanismos de lesão celular pelo tabagismo: O calor da fumaça e a acroleína são fatores irritativos ao aparelho mucociliar, a nicotina inibe os movimentos ciliares e aumenta a produção de muco (baixa eliminação), ademais o cigarro reduz a ação dos macrófagos pulmonares, resultando em uma maior suscetibilidade à infecções. Além disso o cigarro causa inflamação (aumento de leucócitos no pulmão) que desencadeia na DPOC; Alterações bucais comuns em pacientes tabagistas: Doença periodontal e manchamento dos dentes; Lesão celular decorrente do sistema imune inato: O sistema imune inato é composto principalmente por neutrófilos e macrófagos que quando identificam um agente agressor liberam uma série de citocinas pró inflamatórias e radicais livres, visando deixar o ambiente hostil ao agressor, todavia esse ambiente também se torna hostil para as células do hospedeiro, podendo desencadear necrose; Relação das alterações genéticas com as lesões celulares: As proteínas são controladas pelo material genético, caso ocorra alguma alteração genética, essa pode desencadear em proteínas defeituosas que podem levar a lesões celulares devido a ineficiência dessas proteínas no cumprimento das suas funções; DISTURBIOS DE CRESCIMENTO E DIFERENCIAÇÃO CELULAR Hiperplasia : é um aumento do número de células em um órgão ou tecido, resultando geralmente em aumento da massa de um órgão ou tecido. ocorre se uma população celular é capaz de se dividir, aumentando, portanto, o número de células; Sinalizadores (VEGF) , esteróides (progesterona) , ação viram (HPV) – ativação de vias celulares; Hipertrofia : a é um aumento do tamanho das células que resulta em aumento do tamanho do órgão. O órgão hipertrofiado não possui novas células, apenas células maiores. Hipertrofia fisiológica : ocorre em certos órgãos e em determinadas fases da vida como fenômenos programados ( ex: hipertrofia da musculatura uterina na gravidez ) Hipertrofia patológica :não é programada e surge por estímulos variados, como hipertrofia do miorcardio, hipertrofia da musculatura esquelética, hipertrofia da musculatura lisa da parede dos órgãos ocos; hipertrofia de neurônios, hipertrofia de hepatócitos; Atrofia : é a redução do tamanho de um órgão ou tecido que resulta da diminuição do tamanho e do número de células; Metaplasia : é uma alteração reversível na qual um tipo celular diferenciado (epitelial ou mesenquimal) é substituído por outro tipo celular. Ela representa uma substituição adaptativa de células sensíveis ao estresse por tipos celulares mais capazes de suportar o ambiente hostil; Metaplasia :Substituição de um tipo celular por outro (associado ao processo de dano, reparo e regeneração) A metaplasia epitelial mais comum: é a colunar para escamosa; como ocorre no trato respiratório em resposta à irritação crônica; Nos fumantes habituais de cigarros, as células epiteliais normais, colunares e ciliadas da traqueia e dos brônquios,são, com frequência, substituídas por células epiteliais escamosas estratificadas Displasia : Alterações que incluem a perda da uniformidade das células individuais, assim como a perda da sua orientação arquitetônica; As lesões displásicas não necessariamente evoluem para o câncer Hipoplasia : diminuição da taxa de proliferação celular; DEGENERAÇÃO HIDROPICA Degenerações celulares : é a lesão reversível secundaria a alterações bioquímicas que resultam em acumulo de substancias no interior da celula ; degeneração hidrópica: mecanismo de perturbação do equilíbrio iônico; Degenerações por acúmulo de água e eletrólitos ; é um processo reversível, eliminada a causa, as células voltam ao aspecto normal, Quase sempre, ela não traz consequências funcionais sérias, a não ser quando é muito intensa. principais causas da degeneração hidrópica : diminuição do ATP; alterações na integridade da membrana; alteração em moléculas que compõem a bomba; hipóxia : agentes que lesam as mitocôndrias, baixa do oxigênio, baixa da fosforilação oxidativa. Baixa do ATP; hiperteremia : exógena e endógena, aumento do consumo de ATP; radicais livres e toxinas com atividade de fosfolipases : dano a membrana substancia inibidoras da ATPase / NA+ / K+ : problemas na utilização do ATP; Em todas essas situações, diferentes causas conduzem a um fenômeno comum: retenção de sódio, redução de potássio e aumento da pressão osmótica intracelular, o que leva à entrada de água no citoplasma e à expansão isosmótica da célula. Consequências : reversível ; sem grandes danos ( a não ser quando é extensa ) Características microscópicas : órgãos acometido fica mais volumoso e pálido; função do órgão preservada; citoplasma distendido; núcleo mantido em posição; DENEGERAÇÃO GORDUROSA Degeneração gordurosa : esteatose e lipidoses; Esteatose : acumulo de gorduras neutras; triglicerídeos; acumulo de gorduras no interior de células que normalmente não se as armazenam; Como acontece em situações normais : godura + fosfolipideos = gordura neutra Gordura não é visualizada ao microscópio; Causas da esteatose : alteração do metabolismo de ácidos graxos; aumento da produção ; aumento da captação; dificuldade na utilização; dificuldade no transporte; dificuldade na excreção; agente tóxicos; hipóxia; dieta pobre em proteínas e rica em gorduras; distúrbios metabólico; Mecanismo da esteatose : hepatócitos retiram triglicerídeos e ácidos graxos da circulação; produção de colesterol, produção de fosfolipideos; geração de energia; Fígado : órgão diretamente relacionado ao metabolismo de lipídeos; Esteatose hepática : entrada excessiva de acido graxos; jejum prologado, diabetes melitus; excesso de oferta de triglicerídeos; ingestão de grandes quantidades de alimentos; falta de insulina; Características microscópicas : presença de vacúolos claros; arredondados; afastando o núcleo para periferia; Lipidoses : acumulo de gorduras complexas, colesterol e lipoproteínas; acumulo de outros lipídeos ( exceto triglicerídeos ) Colesterol : acumulo em pele, acumulo em artérias; Colesterol- aterosclerose : deposição de colesterol na camada intima das artérias; Fatores de risco : hipercolesterolemia, hipertensão, tabagismo; diabetes; sedentarismo; Xantomas : macrófagos com colesterol; Xantelasma : xantomas nas pálpebras; DEGENERAÇÃO PROTEICA Degeneração proteica – hialina : acumulo de material proteico no interior da celula; coloração rosada e aspecto vítreo no HE ; corpúsculo de Russel: acumulo de imunoglobulinas; degeneração proteica- causas : alterações celulares no metabolismo proteico, produção excessiva; problemas na degradação ( pode ocorrer no meio extracelular ) ; arteriosclerose; fibras colágenas; arteriosclerose : arteríolas possuem 3 tunicas : interna, media, externa; deposição de proteínas do plasma; há redução de luz vascular; diminuindo a passagem de sangue; amiloide : deposição de material rosado e amorfo ; degeneração proteica- mucoide : acumulo de muco no interior da celula; NECROSE necrose : morte celular, patológica, liberação de conteúdos celulares, gerando inflamação; porque as organelas saem para o meio extracelular; a primeira evidencia histológica de necrose miorcardiaca aparece 4 a 12 horas depois; divisões da morte celular: programada; regulada e acidental; morte celular programada : fisiológica; que ocorre como forma de manter a homeostase ( como na ativação de linfócitos ) ou para favorecer a diferenciação ( como na embriogênese ); a apoptose é a forma mais conhecida de morte celular programada ( ex. apoptose de linfócitos T após a sua ativação; neste caso; a morte celular faz parte do processo fisiológico de eliminação da celula após cumprir seu papel fisiológico ) morte celular regulada : significa a morte celular causada pela ativação de vias que podem ser reguladas por fármacos ou por manipulação genética, sem fazer parte de um contexto fisiológico. A necrose que ocorre em infecções por alguns virus que inibe a apoptose constitui um bom exemplo. Morte regulada não tem o mesmo significado de morte programada; toda morte programada é regulada, mas nem toda morte regulada é programada ; morte celular acidental: ocorre por agressões que induzem necrose ou apoptose; componentes na necrose : respiração aeróbia; síntese proteica; integridade das membranas; replicação do DNA; autólise : agressão celular; ATP; lisossomos; liberam hidrolases ( dentro da celula ) ; autólise; alterações no núcleo : cariolise; picnose; cariorexe; picnose : núcleo basofilico diminuindo; a cromatina se condensa em uma massa basofilica solida e encolhida; cariorexe : núcleo fragmentado e disperso no citoplasma; cariolise : perda de DNA; ausência de núcleo; tipos de necrose : necrose de coagulação; necrose liquefativa; necrose caseosa; necrose lítica; necrose grangenosa; necrose de coagulação: arquitetura básica dos tecidos é preservada; os tecidos afetados exibem uma textura firme; causa isquemia, com exceção da isquemia cerebral que é necrose liquefativa; aspecto microscópico : cariolise; cor esbranquiçada ( pálida ); infarto; necrose liquefativa: infecção bacteriana aguda; presença de pus; isquemia dos tecidos nervosos; leucócitos mortos → liberação de grande quantidade de enzimas lisossômicas; AVC; atinge todo um membro; diabetes e trombose; necrose caseosa: pulmão, coração; infarto, tuberculose e neoplasias; macroscopicamente : cor esbranquiçada, amolecida e friável, semelhante a uma massa de queijo; células rompidas com infiltrado inflamatório ; picnose e cariorexe; necrose lítica : lise celular; hepatite e amebíase; hepatócitos; necrose gordurosa/ enzimática : pancreatite aguda; pâncreas; extravasamento das enzimas dos acinos; adipócitos; necrose gangrenosa : necrose em todo o membro; 2 tipos ( coagulativa + liquefativa ); EX : pé diabético; APOPTOSE Apoptose : inicialmente conhecida como morte celular programada, é a lesão em que a celula é estimulada a acionar mecanismos que culminam com a sua morte; fisiológica ; patológica; Vias da apoptose: via intrínseca ( mitocondrial ) e via extrínseca ( morte iniciada por receptor ) Via mitocondrial ( intrínseca ): deixa de existir em fatores que fazem a celula ficar viva; é resultado do aumento da permeabilidade mitocondrial e liberação de moléculas pró apoptóticas ( indutoras de morte ) dentro do citoplasma; ativa a via das caspases; participação do gene supressor P53; regulada por membros da família BCL-2; BAX; rompimentoda membrana interna; liberação do citocromo C; ativação da cadeia de caspases ( ativa cascapses 3, 6 ,7 ) , iniciando um processo de autoamplificação; Citocromo C: conhecido pelo seu papel na respiração mitocondrial, uma vez liberado no citosol, o citocromo C liga-se a uma proteína chamada apaf-1 ( fator de ativação de apoptose ), que forma um apoptossoma; quem diz quem sera ativado; Síntese do DNA alterado : lesão na membra plasmática; dobramento de proteínas; para de citocina; Se a celula não tem estimulo para viver : bloqueio BLC-2 e estimulo da via BAX, com a saída do citocromo C, ativa as caspases, gerando apoptose; BLC-2 : estimula a vida; BAX : estimula a morte ; Via receptor de morte ( via extrínseca ) : interação receptor faz ligante com fas, ativação da cadeia de caspase; são membros da família do receptor TNF; que contem um domínio citoplasmático envolvido nas interações proteína- proteína, chamado de domínio de morte, porque ele é essencial para a entrega de sinais apoptóticos; via FAS- FASL, liberação da caspase 8 , ativa a caspase 3, gerando apoptose; CALCIFCAÇÃO PATOLOGICA Calcificação patológica e morte celular : acumulo de cálcio e outros sais minerais em locais onde não existia; Calcificação heterotropica : sobre matriz orgânica não preparada provisoriamente; Cálcio é formado : - ossos e dentes : 99% - livre : reações fisiológicas; - sérico : 8,8 – 10,5 ; Calcificação patológica normal : deposição sobre matriz de colágeno Calcificação patológica : deposição de outros substratos celulares e extratos celulares; ( cels; tecido conjuntivo ) Calcificação patológica : altas concentrações de ca 2+ extracelular; alterações celulares → bomba de cálcio → entrada de CA na celula; altos níveis de cálcio intracelular →na mitocôndrias; ativação de enzimas; → fosfoliapase, protease; endonuclease → ATPase; Tipos de calcificações : distrófica, metastática; idiopática; Distrófica : localizada; tecido previamente lesionado; é a mais comum; não depende dos níveis de cálcio; podem estar associados a necrose; vasos sanguíneos; tendões; válvulas; tumores; coagulativa, gordurosa; caseosa; dura, fosca; esbranquiçada; aspecto azul escuro, roxo; denso; Metastática : metástase do cálcio, não do tumor, não tem lesão previa no tecido; níveis de cálcios aumentados ( hipercalcemia ); destruição da medula óssea; causas : doença de pamget; hipercalcemia idiopática; aumento da absorção de vitamina D ; Idiopatica : local na pele; sem lesão previa; Cealculose : sinônimo de litíase; calcificação em órgãos ou em estruturas tubulares que não transportam sangue , rins, vesícula biliar; sialitose; associado a tecidos saídos e hipercalcemia;
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