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Cetogênese e Corpos Cetônicos

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE
FACULDADE DE VETERINÁRIA - FAVET
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA
DISCIPLINA: BIOQUÍMICA II
PROFESSOR: GENÁRIO SANTIAGO
SEMESTRE: 2021.1
SUEANE FILIPE AGUIAR – 1572351
RESENHA
	Cetogênese.
FORTALEZA – CEARÁ
2021
Os corpos cetônicos são produzidos quando há deficiência de glicose sanguínea. A baixa concentração de glicose causa uma resposta no pâncreas, que libera glucagon na corrente sanguínea. O glucagon atua no adipócito ativando a LHS, lipase hormônio sensível, enzima que realiza a clivagem dos triacilgliceróis armazenados no adipócito, fragmentando-os em acido graxo e glicerol. O acido graxo segue preferencialmente para o fígado, onde é betaoxidado, gerando NADH, FADH2 e uma grande quantidade de Acetil-coA. O Acetil-coA entra na mitocôndria e produz os corpos cetônicos. Os corpos cetônicos, devido à sua solubilidade, caem na corrente sanguínea, de onde são transportados para os tecidos periféricos, principalmente músculos esquelético, cardíaco e córtex da adrenal, principais aceptores de corpos cetônicos para economizar glicose. Dessa forma o cérebro pode utilizar glicose como fonte de energia, embora também utilize corpos cetonicos. Os corpos cetonicos podem liberar CO2 expelindo o típico hálito cetônico, principalmente em diabéticos. Essas três situações previamente descritas ocorrem em quadros de cetonemia. O principal distúrbio relacionado a corpos cetônicos é a cetoacidose diabética.
Dentro do hepatócito, a glicose é convertida em fosfoenolpiruvato, o fosfoenolpiruvato é transformado em piruvato, o piruvato, através da enzima piruvato-desidrodegenase, produz Acetil-coA, o Acetil-coA junta-se ao oxalacetato para produzir citrato e continua o ciclo de Krebs. Porém, em cenários de deficiência energética, o Acetil-coA graxo entra no hepatócito e sofre betaoxidação, liberando FADH2 e NADH, além de Acetil-coA como produto. O Acetil-coA inibe a piruvato desidrogenase por feedback, o que faz com que o piruvato seja convertido em oxalacetato pela piruvato-carboxilase com adição de resíduo de CO2. A cetogênese ocorre simultaneamente a gliconeogênese., pois o oxalacetato consegue sair da mitocôndria. Fora da mitocôndria, o oxalacetato é convertido em fosfoenolpiruvato, que pode ser convertido em glicose. Se o oxalacetato é convertido em glicose o Acetil-coA não se juntara ao oxalacetato para fazer o ciclo de Krebs, então o Acetil-coA é desviado para cetogênese. 
O Acetil-coA é o principal substrato para a formação de corpos cetônicos. Primeiramente, o Acetil-coA se junta a outro Acetil-coA, formando o Acetoacetil-coA por meio da enzima tiolase. O Acetoacetil-coA se junta a outro Acetil-coA, reação feita pela HMG-coA-sintase mitocontrial, principal enzima limitante da cetogênese, presente em grande quantidade no fígado, razão pela qual a cetogênese ocorre predominantemente no fígado. Essa enzima forma então o HMG-coA, composto de 6 carbonos com coA em sua extremidade. O HMG-coA é quebrado pela HMG-coA liase. Nessa etapa é produzido o acetoacetato, que é o corpo cetônico, na qual ocorre liberação de Acetil-coA. O acetoacetato não possui coA.
Há um corpo cetônico ainda mais reduzido produzido a partir do acetoacetato. O NADH formado na betaoxidação precisa ser oxidado para regenerar o NAD+ para que o NAD+ volte para a betaoxidação. Essa etapa ocorre para evitar inibição da betaoxidação. Com a redução, fica o betahidroxibutirato, um outro corpo cetônico, mais reduzido que o acetoacetato, por isso liberara mais energia na oxidação.
Tanto betahidroxibutirato quanto acetoacetato entram no músculo. O betahidroxibutirato tem seus 2 elétrons a mais retirados pelo NAD+, transformando-se em acetoacetato e liberando os NADH usados em sua síntese. É adicionado coA ao acetoacetato, utilizando para tanto um substrato do ciclo de Krebs, o succinil-coA, criando o acetoacetatil-coA e restando succnil. Essa etapa é feita com gasto de 1 ATP. Ao acetoacetil-coA sera adicionado mais um coA em outra extremidade para que haja uma quebra., formando dois Acetil-coA como produtos. Os dois Acetil-coA seguirão a rota para o ciclo de Krebs.
Cada Acetil-coA que vai para o ciclo de Krebs gera 10 ATPs. O NADH que for utilizado na mitocôndria libera 2,5 ATPs. O saldo energético então fica de 20 ATPs gerados pelos dois Acetil-coA do acetoacetato. Se os Acetil-coA forem originados do betahidroxibutirato, são 20 ATPs mais 2,5 ATPs do NADH o que resulta em 22,5 ATPs. Entretanto precisa ser descontado o ATP do desvio do succinil-coA de sua rota. Finalmente, 21,5 ATPs para o betahidroxibutirato e 19 ATPs para o acetotacetato.
O fígado não degrada corpos cetônicos pois não possui a enzima tioforase, pois não é matabolicamente favorável produzir e degradar corpos cetônicos. Além disso, ele já possui energia da degradação dos ácidos graxos.

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