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@beamorimr - Ciclo de Krebs - | Ciclo do Ácido Cítrico | • O ciclo de Krebs ou ciclo do ácido cítrico inicia- se com a condensação de acetil-CoA e oxaloacetato, formando citrato, uma reação catalisada pela citrato sintase. • O citrato é isomerizado a isocitrato por ação da enzima aconitase. • A isocitrato desidrogenase promove a oxidação de isocitrato a α-cetoglutarato, com redução de NAD+ e liberação de CO2. • No citosol e nas mitocôndrias das células de eucariotos, existem isoenzimas da isocitrato desidrogenase que utilizam @beamorimr NADP+ como coenzima e cuja função seria realmente produzir NADPH, um importante agente redutor utilizado em processos celulares antioxidantes e em sínteses redutoras. • O α-cetoglutarato é transformado em succinil-CoA, graças à atuação do complexo α- cetoglutarato desidrogenase. • Trata-se da descarboxilação oxidativa de um α-cetoácido (piruvato ou α- cetoglutarato) e ligação do grupo remanescente (acetila ou succinila) à coenzima A, formando um tioéster (rico em energia), com participação de TPP, ácido lipoico, FAD e NAD+, que é reduzido a NADH. • A seguir, succinil-CoA é convertida a succinato, acoplada à síntese de outro composto rico em energia, um nucleosídio trifosfato (NTP) a partir de um nucleosídio difosfato (NDP) e Pi; a reação é catalisada pela succinil-CoA sintetase (ou succinato-CoA ligase). • Na primeira etapa da reação, o succinato é oxidado a fumarato e o FAD é reduzido a FADH2. FAD, diferentemente de NAD+, liga-se covalentemente à enzima, consistindo em um grupo prostético. Os elétrons e prótons do FADH2 são transferidos para a ubiquinona ou coenzima Q (CoQ), este sim, um composto que se difunde livremente na bicamada lipídica da membrana interna da mitocôndria. • Essa reação é catalisada pela única enzima do ciclo de Krebs que é parte integrante da membrana interna da mitocôndria, as demais estão em forma solúvel na matriz mitocondrial. Trata-se de uma flavoproteína, a succinato desidrogenase, também denominada succinato-ubiquinona oxidação-redução ou Complexo II da cadeia respiratória. • O fumarato é hidratado a malato pela fumarase. • A malato desidrogenase oxida o malato a oxaloacetato, reduzindo NAD+ e fechando o ciclo. • Como o oxaloacetato é sempre regenerado ao final de cada volta, o ciclo de Krebs pode oxidar acetil-CoA continuamente, sem gasto efetivo de oxaloacetato. Em paralelo a esta oxidação são reduzidos 3 NAD+ e 1 FAD. • Observa-se, pela descrição das reações que o compõem, que o ciclo de Krebs é uma via eminentemente oxidativa para a acetil-CoA. • A maioria das reações do ciclo de Krebs é reversível, mas o sentido do ciclo é determinado pela irreversibilidade das reações catalisadas pela citrato sintase e pela α-cetoglutarato desidrogenase. Dependência da Cadeia de Transporte de Elétrons • Embora produza apenas 1 ATP (ou 1 GTP) por acetil-CoA oxidado, o ciclo de Krebs contribui para a formação de grande parte do ATP produzido pela célula, pois a energia da oxidação da acetil-CoA é conservada sob a forma de coenzimas reduzidas e, posteriormente, usada para síntese de ATP. @beamorimr • A oxidação das coenzimas é obrigatoriamente feita pela cadeia de transporte de elétrons e, portanto, o ciclo de Krebs, assim como a conversão de piruvato a acetil-CoA, só pode funcionar em condições aeróbias, ao contrário da glicólise. Função Anabólica do Ciclo de Krebs • Os compostos intermediários do ciclo de Krebs podem ser utilizados como precursores em vias biossintéticas: oxaloacetato e α- cetoglutarato formam aspartato e glutamato, respectivamente; succinil-CoA é precursora do grupo heme e etc. • A eventual retirada desses intermediários pode ser compensada por reações que permitem restabelecer o seu nível. Entre essas reações, chamadas reações anapleróticas (reações de preenchimento), a mais importante é a que leva à formação de oxaloacetato a partir do piruvato, catalisada pela piruvato carboxilase.
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