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Intubação Orotraqueal (IOT)

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1 | P á g i n a 
Uma estudante de medicina|@niinamed 
 
 
 
 
Definição: 
A intubação orotraqueal, é um manejo clínico, que 
tem como ideia gerenciar uma via aérea, ou seja, 
tem como função prevenir e combater a hipóxia 
sanguínea. 
Sendo assim, a intubação orotraqueal é o manejo 
da via aérea, por meio da introdução de uma sonda 
(tubo traqueal) no lúmen da traqueia. Essa técnica 
é rotineira em pacientes críticos e em anestesia 
geral, e a via aérea é primordial no atendimento a 
qualquer emergência, sendo primeira causa de 
óbito, em casos de insucesso. 
Tipos de intubações: 
1. Intubação nasotraqueal (INT); 
2. Intubação orotraqueal (IOT); 
3. Intubação transtraqueal (ITT) ou 
traqueostomia ou cricotireostomia. 
Indicação de intubação: 
Como a intubação é um método definitivo de 
manejo da via aérea, é importante levar em 
consideração alguns aspectos, como o quadro 
clínico do paciente, se preparar para uma possível 
via aérea difícil, preparar o paciente e os materiais 
a serem utilizados, o médico deve estar preparado 
para o manejo e se preparar para caso a intubação 
não ocorra da maneira desejada e tenha que ser 
tomado novas decisões. 
As indicações são: 
− Proteção da via aérea, contra aspiração de 
qualquer tipo de material, principalmente 
em pacientes com baixo nível de 
consciência (Glasgow < ou igual a 8), queda 
da língua, dificuldade de fala, estridor e 
cornagem; 
− Pacientes que não são capazes de manter a 
via aérea patente de modo espontâneo, 
principalmente aqueles que possuem a via 
aérea superior deformada, pois tem mais 
riscos de broncoaspiração (traumas e 
edema supra glóticos), sendo assim, é 
importante que seja analisado a capacidade 
do paciente de deglutir; 
− Toalete pulmonar ineficiente, que faz com 
que o paciente acumule muitas secreções 
pulmonares (como a doença 
neuromuscular avançada); 
− Manutenção inadequada da ventilação 
(hipercapnia) e oxigenação, principalmente 
em pacientes que possuem Shunt alto e 
não conseguem realizar a troca gasosa 
adequadamente (como em casos de edema 
pulmonar grave e doença neuromuscular 
avançada). É preciso ter pCO2 < 50, PO2 > 60 
e saturação > 90%. 
A ideia é sempre garantir que a via aérea fique 
pérvia e protegida. 
 
Outras indicações: 
Outras indicações são em casos de distúrbios de 
ventilação e perfusão, como: 
− EAP; 
− DPOC/asma; 
− IC; 
− Pneumonia; 
Observação: Não é porque o paciente mantém 
ventilação e oxigenação, que ele não possui 
risco de broncoaspirar. 
Intubação Orotraqueal 
Cuidados intensivos 
 
2 | P á g i n a 
Uma estudante de medicina|@niinamed 
− SDRA; 
− Contusão pulmonar; 
− Hemorragia alveolar; 
− Fadiga da musculatura respiratória; 
− E outros. 
Previsão de piora clínica: 
A previsão clínica, está associada principalmente à 
casos de queimadura e SDRA. Essa queimadura 
pode ser decorrente do próprio processo de 
queimadura ou inalação de fumaça quente, sendo 
assim, é preciso observar determinadas 
características do paciente, como: sobrancelha, 
cílios, pelos do nariz queimados (ou inexistentes) 
ou região do tórax que não expande (não realiza 
trocas gasosas). 
Caso, o paciente apresente uma dessas 
características, é indicativo de queimadura da 
região superior e inferior das vias aéreas, logo, é 
preciso intubar antes de que haja a piora clínica do 
paciente (indicação de IOT), pois após duas horas, 
esse paciente estará em uma piora clínica (como 
perda do nível de consciência, edema de glote e 
outros), e assim, a intubação será dificultada, 
principalmente pelo edema. 
Assim, é preciso agir rápido, antes da piora clínica 
(intubar antes). 
Falha na Intubação: 
− Incapacidade de manter oxigenação 
aceitável, durante ou após tentativas de 
laringoscopia e intubação (não intuba e não 
ventila); 
− 3 tentativas de IOT por um médico 
experiente sem sucesso, ainda que 
oxigenação seja mantida; 
− Única tentativa de intubação falha em 
situação de “necessidade de ação 
imediata”. 
Clinicamente, as falhas se apresentam de duas 
maneiras: 
1. BVM: é quando o paciente não consegue 
ser intubado, mas é possível ventilá-lo e 
oxigena-lo, por meio de uma bolsa-válvula-
máscara ou dispositivo supraglótico, ou 
seja, em ventilo mas não intubo; 
2. NINV: é quando não foi possível intubar 
nem ventilar o paciente, sendo assim, é 
preciso atuar de modo imediato (não tem 
muito tempo para pensar em outras formas 
de agir). 
Avaliação das vias aéreas: 
É muito importante realizar a avaliação da via 
aérea, antes da intubação, sendo assim, em uma 
rápida avaliação das vias aéreas, é preciso: 
− Estimar a estabilidade da coluna cervical 
(pacientes vítimas de trauma, devemos 
avaliar isso, para que não haja mais danos 
ao paciente); 
− Presença de hipertensão intracraniana ou 
arterial sistêmica (pois a intubação pode 
agravar esse quadro); 
− Avaliar a reserva pulmonar do paciente; 
− Estado de jejum (pois, pode ocorrer 
regurgitação gástrica, e assim, é preciso 
realizar a aspiração pulmonar, para que não 
haja broncoaspiração); 
− Sinais grosseiros de via aérea difícil. 
Parâmetros que facilitam e dificultam a intubação: 
− Dentes longos (dificultam o 
posicionamento do laringoscópio); 
− Abertura bucal (o do adulto deve ser de 5 a 
6 cm); 
− Dentição incompleta (por exemplo, a 
presença apenas dos caninos superiores 
dificulta a locação do laringoscópio); 
− Distância tireomentoniana (distância da 
cartilagem tireóidea ao mento), deve ser 
maior que 6 cm, com a cabeça em extensão 
máxima. Caso não seja, a visualização da 
glote fica prejudicada; 
− Espaço retromandibular deve ser maior 
que 9 cm, caso seja prejudicado (overbite), 
a visualização da glote é prejudicada; 
− A espessura (largura) do pescoço, pois em 
casos de espessura maior e comprimento 
 
3 | P á g i n a 
Uma estudante de medicina|@niinamed 
menor (pescoço curto e grosso), dificulta a 
extensão para intubação; 
− Complacência do espaço retromandibular 
(caso esteja prejudicado, dificulta a luxação 
da língua); 
− Doenças, como a síndrome de Down (onde 
há micrognatia, hiperglossia, fragilidade 
dos ligamentos de C1 e C2 e 
sobrepeso/obesidade). 
A classificação de Mallampati, não é muito utilizada 
em casos de emergência, porém, em casos estáveis 
(anestesia), ela pode ser utilizada. 
Classe I: A língua é 
pequena, sendo assim, é 
possível observar ambos os 
pilares amigdalianos 
(anteriores e posteriores), 
as foices e a úvula. Além 
disso, se observa a 
orofaringe e os palatos 
(duro e mole). 
 
Classe II: Nesse é possível 
ver apenas as foices, úvula 
e os palatos (duro e mole). 
 
Classe III: Apenas a base da 
úvula e os palatos (duro e 
mole). 
 
Classe IV: Vê apenas o 
palato duro e parcialmente 
o palato mole. 
 
 
Resumindo: 
 
Via aérea crítica: 
Pacientes que apresentam via aérea crítica, são: 
− Pacientes arresponsivos; 
− Que necessitam de PCR (evolução para 
PCR); 
− Estão em choque grave (sem nível de 
consciência); 
− Gasping com pulso; 
− Iminência de colapso sem “tempo” para 
medidas. 
Nesses casos, é preciso atuar com a intubação 
orotraqueal imediata sem uso de medicações. 
Porém, existe uma exceção, em casos de pacientes 
obesos, agitados sem nível adequado de 
contactuação e severamente hipoxêmico, 
sudoreico e sem acesso, é preciso aplicar o 
bloqueio neuromuscular, antes de realizar a IOT ou 
após primeira IOT falha. 
 
Em ambos os casos, a IOT pode não ser efetiva, ou 
seja, depois de 3 tentativas, não foi possível intubar 
e ventilar o paciente. Caso isso ocorra, é 
considerado VA falha, e assim, é preciso realizar a 
cricotireoidostomia cirúrgica. 
 
Observação: Um dos casos mais comuns que geram 
inquietação no paciente, é a hipoxemia, sendo 
um alerta para a realização da IOT e bloqueio. 
 
4 | P á g i n a 
Uma estudante de medicina|@niinamed 
 
VIa aérea difícil: 
Caso a via aéreanão seja crítica, ou seja, caso o 
paciente não apresente as características acima, é 
preciso avaliar se é uma via aérea difícil. 
Definição: 
É quando um operador capacitado encontra 
dificuldades na realização da ventilação com 
máscara facial, na intubação, ou em ambas. Ainda, 
quando encontra dificuldade na laringoscopia 
(direta ou indireta), uso de dispositivos 
supraglóticos e via aérea cirúrgica. 
No entanto, uma via aérea difícil, não se baseia 
apenas nessa definição, já que questões inerentes 
ao paciente (anatomia), quadro clínico do paciente 
e a técnica do operador, também influenciam na 
via aérea se tornar difícil. 
Avaliação da via aérea difícil: 
Laringoscopia Difícil (LEMON): 
Para realizar uma laringoscopia, é preciso utilizar o 
método LEMON (principalmente em emergências), 
para avaliar se há uma via aérea/laringoscopia 
difícil. 
Look Avaliar se há 
deformações por 
traumas ou 
constitucionais, que 
possam tornar a 
intubação, laringoscopia 
e ventilação difíceis. 
Como, obesidade, 
trauma facial e 
micrognatismo, cavidade 
oral pequena. 
Evaluation Avalia distância entre os 
incisivos, distâncias 
hiodiomentoniana e 
tireomentoniana 
(abertura da cavidade 
oral). 
Isso é abordado, por 
meio do 3:3:2. O 
primeiro 3 é ver se cabe 
3 dedos dentro da 
cavidade oral, 3 dedos 
entre o mento e osso 
hioide no espaço 
submandibular e 2 são 
dois dedos entre o osso 
hioide e cartilagem 
tireoide. 
Mallampati Classificação de 
Mallampati, em algumas 
situações (como 
emergências), 
geralmente não é feito. 
Caso seja feito, paciente 
em posição supina, 
abaixamento da língua e 
iluminação correta sobre 
a orofaringe. 
Obstruction/Obesidy Avaliar se há alguma 
obstrução da respiração, 
como presença de voz 
abafada, estridor, 
sensação de dispneia ou 
presença de secreção 
(sangue ou outros), isso 
ocorre em casos de 
traumas, edemas de 
lábios e língua e 
obesidade. 
Neck Avaliar a mobilidade 
cervical, sem que haja 
prejuízo (pacientes com 
colar cervical, tem 
laringoscopia 
dificultada). 
 
Ventilação Bolsa-Máscara-válvula (MOANS): 
Mask/Male/
Mallampati 
Questões que causam vazamento 
de ar pela máscara, como 
presença de barba, coágulos no 
rosto, irregularidades no polo 
Observação: Sempre quando estiver intubando, e 
essa técnica falhar, é preciso tentar trocar a 
lâmina do laringoscópio, aumentar o coxim do 
paciente, sentar o paciente. Caso essas técnicas 
falhem, aí se opta pela crico cirúrgica. 
 
5 | P á g i n a 
Uma estudante de medicina|@niinamed 
inferior. Além disso, o Mallampati 
III e IV, conferem dificuldade. 
Obstruction
/Obesidy 
IMC > 26, gestante no terceiro 
mês, angiodema, angina de 
Ludwik e hematomas de via aérea 
alta – pacientes que apresentam 
alta resistência torácica, aumento 
da pressão intra-abdominal e 
dessaturação de oxigênio. 
Age Idade maior que 55 anos (perda 
de tecido muscular e tônus). 
No Teeth Difícil acoplamento e vedação da 
máscara. Pode ser utilizada 
próteses durante a ventilação, e 
depois tirá-las. 
Snoring Pulmão que são resistentes à 
ventilação, ou seja, que tenham 
redução da complacência 
pulmonar, como SDRA, asma, 
DPOC, pneumonias graves e 
apneia obstrutiva do sono. 
O uso de BMV, é uma forma de evitar a NINV. 
Instalação de dispositivo extra glótico (RODS): 
Restricted Mouth 
Opening 
Dificuldade de abertura 
da boca (varia com de 
acordo com o dispositivo 
escolhido). 
Obstruction/Obesity Pode interferir no 
acoplamento do 
dispositivo ou atrapalhar 
ventilação e oxigenação, 
devido à alta 
resistência/pressão 
necessária para ventilar. 
Distorted airway Qualquer distorção 
anatômica que interfere 
no acoplamento do 
dispositivo. 
Sniff Alta resistência da via 
aérea e diminuição a 
complacência dificulta a 
ventilação através do 
dispositivo. 
São importantes dispositivos para vias aéreas 
difíceis, pois diminuem a dessaturação. 
Cricotireoidostomia (SMART): 
Surgery Distorção da anatomia e perda 
de referências anatômicas. 
Mass Massas, hematomas ou 
abcessos podem dificultar os 
referenciais anatômicos. 
Acess/Anatomy Obesidade, enfisema 
subcutâneo, infecção de 
partes moles, edema, pescoço 
curto dificultam os 
referenciais anatômicos. 
Radiation Distorção da anatomia ou 
alteração da consistência dos 
tecidos. 
Tumor Distorção da anatomia e 
aumento do risco de 
sangramento. 
 
Manejo da via aérea difícil: 
Caso encontre uma via aérea difícil, baseado nos 
métodos de avaliação para cada procedimento, 
como primeiro passo é necessário CHAMAR 
AJUDA, antes de intubar. 
− Caso haja previsão de sucesso (capacidade 
de oxigenação): Realize a intubação 
orotraqueal com sequência rápida de 
intubação (SRI); 
− Caso não haja previsão de sucesso (não 
capacidade de oxigenação): Realize a 
intubação orotraqueal acordado. 
Sem previsão de Sucesso: 
Aplicação da Anestesia: 
A aplicação de anestesia, se dá em casos de via 
aérea difícil, sem previsão de sucesso. Sendo assim, 
a IOT será feita com o paciente acordado. 
 
Observação: A Ketamina deve ser infundida 
lentamente, para que não haja uma rigidez 
muscular importante. 
 
6 | P á g i n a 
Uma estudante de medicina|@niinamed 
A sedação leve, pode ser em forma de lidocaína gel 
(coloca na base da língua, que escorregará para 
hipofaringe, arcos palatofaríngeos, valéculas e 
nervo glossofaríngeo) ou em forma de bloqueio 
externo (Ketamina, aplicado de forma mais lenta), 
ambos permitem uma sedação leve, onde o 
paciente mantém frequência respiratória e drive 
(ou seja, respira sozinho). 
Condução: 
Assim, que é aplicado a anestesia, deve proceder a 
laringoscopia com visualização e IOT, caso não seja 
possível, a VA é falha. Como esse paciente não é 
candidato a realizar ISR, existem outros meios, 
como: 
− Laringoscópio ótico (Airtraq); 
− Estilete ótico; 
− Endoscópio flexíveis; 
− Combitubo (intubação por buggie); 
− Cricotireoidostomia (cirúrgica ou por 
punção). 
VIa aérea não difícil: 
Caso a via aérea não seja difícil, a IOT não está 
indicada, sendo assim, a equipe médica não deve 
proceder com a IOT. 
Dessa forma, caso a via aérea não seja difícil, é 
preciso: 
− Realizar a ressuscitação hemodinâmica; 
− Reposição de volume (sangue, SF); 
− Utilizar drogas vasoativas (se necessário); 
− Resolução de outros problemas 
ameaçadores à vida (intubação não é 
prioridade). 
 
Sequência Rápida de intubação: 
Definição: 
É um conjunto de medidas para realizar a IOT. 
Sendo assim, são medidas que envolvem pré-
oxigenar, garantir forte indução anestésica seguida 
de bloqueio rápido neuromuscular, a fim de evitar 
broncoaspiração, PCR, hipoxemia e hipotensão. 
Preparação (10 minutos): 
− Bom acesso venoso; 
− Preparo dos materiais; 
− Checagem do material a ser utilizado 
(laringoscópio checado, tubo escolhido 
checado, medidas de contingência 
checadas, veia checada, fármacos 
identificados e checados); 
− Aspirador adequado e funcionante; 
− Aspiração de drogas; 
− Preparo do paciente; 
− Monitoramento do paciente (cardiocópio, 
oxímetro, pressão não invasiva e 
capnografia). 
Preparação e posicionamento (10 minutos): 
− Paciente em decúbito dorsal; 
− O “tragos” deve estar na altura do esterno; 
− Cabeceira a 30 e 45° (grau que permite com 
que o sangue flua para as carótidas e que 
haja drenagem do SNC, evitando 
broncoaspiração); 
− Coxim deve estar na região suboccipital nos 
adultos e em crianças deve estar na região 
interescapulovertebral; 
− Extensão da cervical (não precisa hiper 
estender); 
− Paciente na posição de “cheirador”; 
Observação: Em alguns casos, a laringoscopia pode 
ser feita sem visualização (laringoscopia às 
cegas), sendo assim, é utilizado o Buggie, ecasos 
de Cormack III ou IV. 
Observação: A utilização de anestesia, permite com 
que a via aérea do paciente, se torne difícil, pois 
há pouca visualização da glote. 
Observação: Durante a resolução desses pontos 
acima, é importanteque a equipe médica 
monitore sempre a saturação e outros pontos, 
para avaliar a os mecanismos respiratórios do 
paciente. 
 
 
7 | P á g i n a 
Uma estudante de medicina|@niinamed 
− Em pacientes obesos, deve ser feito a 
rampa (coxim sob os ombros, escápula e 
região occipital). 
Pré-oxigenação (5 minutos): 
A pré-oxigenação deve ser feita em todos os 
pacientes, pois dessa forma é feito uma reserva de 
oxigênio, permitindo com que o paciente fique 
mais tempo em apneia. 
Os pacientes que mais preocupam, são os obesos, 
crianças, gestantes e pacientes com SAR, pois a 
saturação deles cai mais rápido. Por essa razão, é 
importante ter um olhar mais especial durante a 
pré-oxigenação. 
Técnica: 
Esse processo, é realizado com o paciente ainda 
acordado e não deve ser realizado por meio do 
ambu (pois pode causar broncoaspiração e hiper 
estender o estômago), sendo assim, é realizado por 
meio da utilizando a máscara com válvula 
unidirecional e bolsa reservatório (não reinalante e 
ventilação não invasiva) no maior nível de oxigênio 
(que o paciente precise), durante 3 a 5 minutos, a 
fim de evitar rápida dessaturação. 
Em casos de pessoas obesas, é importante mantê-
las em decúbito dorsal a 30°. 
 
Pré tratamento (3 minutos): 
Fentanil 
Indicação: 
É indicado em casos de simpatólise. 
− Emergências hipertensivas (SCA se 
hipertensão associada, EAP hipertensivo, 
síndrome aórtica aguda); 
− Hipertensão intracraniana se a PA estiver 
elevada. 
 
Contraindicação: 
− Não deve ser utilizado em rotina nos 
pacientes; 
− Em pacientes hipotensos; 
− Em pacientes com sinais de choque; 
− Não utilizar para ISR em crianças; 
− Categoria C em gestantes. 
Atuação: O fentanil é uma droga que permite 
com que o paciente fique hipotenso, ele impede 
com que haja a descarga simpática/adrenérgica 
(pois é algo deletério ao paciente), pois a 
simpatólise causa diversos problemas ao 
paciente, como infarto. Logo, utiliza o fentanil 
para evitar essas complicações. 
Posologia: 
 
 
Paralisia e indução: 
a) Indução (indução de apneia): 
Etomidato 
(ampola 
10mL – 
20mg/mL) 
0,3mg/Kg para doentes estáveis e 
0,2mg/Kg para doentes instáveis. 
É um medicamento que possui boa 
estabilidade hemodinâmica (pode 
ser utilizado em crianças), gera 
inibição/paralisia adrenal e é 
categoria C em gestantes. 
Ketamina 
(1,5mg/Kg) 
Ampola de 10ml->50mg/ml. 
Possui boa estabilidade 
hemodinâmica e é preferível em 
casos de hiperatividade de vias 
aéreas e hipertensão 
intracraniana. Pode causar um 
pouca a elevação da PA, mas 
parece ser bom para pacientes 
com lesão no SNC. 
Propofol 
(1,5mg/Kg) 
Ampola de 20ml -> 10mg/ml para 
doentes estáveis e 0,75mg -
>1mg/Kg para doentes instáveis ou 
hipovolêmicos. 
É um medicamento sem 
contraindicações (medicamento 
de escolha para gestantes). Causa 
importante instabilidade 
hemodinâmica e efeito inotrópico 
negativo no miocárdio, reduzindo 
 
8 | P á g i n a 
Uma estudante de medicina|@niinamed 
o débito cardíaco (utilizado em 
emergências e UTI). 
Midazolan 
(0,2 a 
0,3mg/Kg) 
Atualmente é pouco 
recomendado. Pois demora para 
gerar o efeito e para passar o 
efeito. 
 
b) Paralisia: 
A paralisia deve ser feita em todos os pacientes sob 
SRI. 
Em casos de pacientes sem nível de consciência ou 
em situações críticas, a paralisia é feita do mesmo 
modo, porém mais rápido (bloqueio e intubação). 
Succinilcolina 
(1,5mg/Kg) 
É aplicado de modo 
endovenoso. E é 
contraindicado para pacientes 
com hiperpotassemia, 
(queimados e pacientes que 
faltaram a diálise) e história de 
hipertermia maligna na 
família. 
Rocurônio 
(1mg/Kg) 
Aplicado de modo 
endovenoso. E não possui 
contraindicações. 
 
Proteção à via aérea: 
Sempre manter a via aérea pérvia, cabeceira 
elevada (no grau correto) e não ventilar o paciente, 
por conta do risco de broncoaspiração. 
Além disso, mantenha a regra do silêncio no 
momento da intubação, para que o intubador não 
se atrapalhe. 
Posicionamento do tubo: 
Para a posição correta do tudo, é preciso visualizar 
a faringe e laringe superior, sendo assim, utilize a 
classificação de Cormack-Lehane (critérios de 
dificuldade de intubação). 
 
Para posicionar o tubo, o profissional precisa 
visualizar a região das cordas vocais, epiglote e 
aritenoides. 
Por fim: 
Depois que passou o tubo, é preciso: 
Checar bom posicionamento: 
− Capnógrafo; 
− Ausculta (epigástrio, base pulmonar 
esquerda, base pulmonar direita, ápice 
pulmonar direito e ápice pulmonar 
esquerdo); 
− Radiografia. 
Cuidados pós intubação: 
− Ajuste ventilatório; 
− Gasometria arterial; 
− Estabilização hemodinâmica. 
Via aérea falha: 
Em casos de via aérea falha, é preciso: 
1. Chamar ajuda; 
2. Solicitação de dispositivos extras (máscara 
laríngea, combitubo, Airtraq, 
videolaringoscópio, material para crico 
cirúrgica); 
3. Avaliar se a oxigenação está adequada (se 
estiver em impossibilidade de oxigenação 
para manter via aérea de resgate, precisa 
ou tentar a cricocirúrgica ou dispositivo 
extra-glótico, se ainda, não foi tentado). 
Caso seja sim para oxigenação adequada, 
realizamos o quarto passo; 
4. Obtenha via aérea através de endoscopia 
flexível, videolaringoscopia, dispositivo 
extraglótico, estilete de intubação semi-
rígido ou cricotireoidostomia, por punção 
Observação: Nem todos os pacientes receberão 
analgesia, mas a paralisia e indução anestésica, 
todos devem receber. 
 
9 | P á g i n a 
Uma estudante de medicina|@niinamed 
ou cirúrgica (para possibilitar via aérea de 
resgate); 
5. Dispositivo providenciou via aérea 
definitiva (cuff insuflado na traqueia): Se 
sim, realizar os cuidados pós intubação. 
Caso não, tentar a crico-cirúrgica e manter 
via aérea garantida. 
Casos clínicos: 
Caso clínico 1: 
 
Conduta: 
A paciente apresenta choque grave, sendo assim, 
se ela for intubada ela piorará seu quadro 
(hipotensão) e evoluir para PCR. Além disso, o 
pneumotórax dela é hipertensivo, e mesmo que 
não fosse, com a ventilação (pressão e volume 
alto), esse pneumotórax podia aumentar, 
causando deslocamento do mediastino e indo em 
direção ao espaço pleural. 
Sendo assim, nesse caso é preciso drenar, realizar 
o FAST (ultrassom a beira leito em 4 pontos: 
pericárdio, flancos e região suprabúbica), depois 
estabilizar a paciente hemodinamicamente, 
realizar IOT e avaliar causas de alterações 
neurológicas. 
Caso clínico 2: 
 
Conduta: 
Nesse caso, a paciente se apresenta em choque 
grave (PA baixa, pulso fino, taquicardia e baixa 
saturação). Assim, não deve realizar a IOT e deve 
iniciar ressuscitação (pois a falta de perfusão do 
pulmão, levará ela a quadro de acidose) e inicia a 
hidratação. 
Em casos de choque séptico, a paciente apresenta 
dor abdominal e taquipneia, como do caso acima, 
sendo assim, pode ser pensar que ela está em 
choque séptico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
referências: FEREZ, David; FALCÃO, Luis Fernando. 
Gerenciamento da Via Aérea e Intubação Traqueal. In: 
VALIATTI, Jorge Luis. Ventilação Mecânica: 
Fundamentos e Prática Clínica. 2. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2021. cap. 6, p. 75-92.

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