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1 | P á g i n a Uma estudante de medicina|@niinamed Passo a passo para a realização da Intubação Orotraqueal: 1. Separar os materiais necessários − EPIs (máscara facial, gorro, óculos e luvas de procedimento); − Cânula traqueal (para homens 8 a 9 e para mulheres de 7 a 8,5) – essa cânula deverá ser testada; − Fio-guia; − Laringoscópio (testado). A lâmina do laringoscópio deve ser escolhida, existe o Mackintosh (curvo, de número 3 ou 4), indicado para adultos e o Miller (reto), indicado para crianças e bebês; − Oxímetro de pulso; − Estetoscópio; − Material para aspiração (testado); − Máscara com válvula unidirecional e bolsa reservatório; − Drogas para sedação e bloqueio neuromuscular (que deve ser realizado em todos). 2. Testagem dos materiais a serem utilizados, como balonete da cânula, laringoscópio, fio-guia, material para aspiração; 3. Colocar fio-guia na cânula e dobre a parte final do fio-guia; 4. Colocar os EPIs; 5. Posicionar o paciente corretamente (a altura da maca deve ser de 30-45°, permitindo com que a cabeça do paciente fique no nível da parte inferior do esterno do médico que realizará a IOT); 6. Colocar o paciente na posição sniffing (posição olfativa), por meio da colocação do coxim (10-15cm de altura) na região suboccipital em adultos e na região interescapulovertebral em crianças. Em obesos é utilizado a rampa (coxim sob os ombros, escápula e região occipital); 7. Realizar a pré-oxigenação com 100% de oxigênio (utilizando a máscara com válvula unidirecional e bolsa reservatório) por 3 a 5 minutos; 8. Remover as próteses dentárias; 9. Administrar agentes farmacológicos para sedação e bloqueio neuromuscular. IOT: 1. Segure o laringoscópio com a mão esquerda e tente abrir a boca do paciente com a mão direita; 2. Empurre a língua da direita para a esquerda; 3. Visualize a região da orofaringe, cordas vocais, aritenoides e epiglote; Intubação Orotraqueal Cuidados intensivos Passo a passo 2 | P á g i n a Uma estudante de medicina|@niinamed 4. Se a lâmina for curva, deve posicioná-la na valécula epiglótica (valeta/região do ligamento epiglótico), que fica entre a epiglote e a língua. Caso a lâmina seja reta, deve posicionar na epiglote, para não romper o ligamento epiglótico. 5. Não realize o movimento de báscula; 6. Assim que já visualizou a região, segure com a mão direita a cânula com o fio-guia (sem perder de vista, peça para alguém lhe dar), e a insira entre as cordas vocais até que o balonete suma dentro da traqueia (3- 4cm); 7. Insufle o balonete com até 10ml de ar (precisa ficar cheio mais compressível), após isso, retire o fio-guia; 8. Certifique a posição correta da cânula: − Visualização da passagem da cânula pelas cordas vocais; − Visualização do vapor de água embaçando a cânula; − Expansão simétrica do tórax; − Ausculta dos 5 pontos (epigástrio, base pulmonar esquerda, base pulmonar direita, ápice pulmonar direito e ápice pulmonar esquerdo); − Uso do detector de CO2 exalado (capnógrafo) ou do dispositivo de detecção esofágica. 9. Fixe a cânula (atrás da orelha); 10. Realize a radiografia de tórax. Outros dispositivos de manejo de via aérea: Guedel: É um dispositivo que ajuda na pré-oxigenação (antes da intubação do paciente), pois ele evita a queda da língua do paciente. 1. Medir o tamanho da cânula (da rima labial até o ângulo da mandíbula ou até o tragus da orelha); 2. Inserir a cânula com a curvatura para baixo, depois rotacionar a 180°, quando ela atingir o palato mole empurre a para ela empurrar a base da língua. Máscara laríngea: A máscara laríngea é utilizada como plano B, quando há falha na intubação, além disso, para a utilização da máscara laríngea, é preciso bloquear e sedar, da mesma forma. No entanto, a máscara laríngea não confere muita proteção da via aérea como a intubação e ainda é um método extraglóteo (é colocada no esôfago). 1. Teste o cuff; 2. Paciente na posição adequada (hiper estender a cervical, caso não haja contraindicação); 3. Não é utilizado laringoscópio; 4. Puxa o queixo para baixo com a mão esquerda e com a direita, segure a máscara como uma caneta e a empurre contra o palato duro até que se sinta uma resistência; 3 | P á g i n a Uma estudante de medicina|@niinamed 5. Ventile (região do esôfago e região aérea); 6. Ausculta do epigástrio e região pulmonar e avaliar se há expansão do tórax. Manobra de BURP: A manobra de BURP, consiste em achar a cartilagem cricoide da traqueia, e realizar o movimento para baixo, cima e para direita, como forma de facilitar a visualização da laringe superior, pois aproxima essa região da ponta da lâmina do laringoscópio. Sendo assim, essa técnica deve ser realizada por duas pessoas (IOT bimanual), enquanto uma realiza a manobra, outra tentará realizar a IOT. referências: FEREZ, David; FALCÃO, Luis Fernando. Gerenciamento da Via Aérea e Intubação Traqueal. In: VALIATTI, Jorge Luis. Ventilação Mecânica: Fundamentos e Prática Clínica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021. cap. 6, p. 75-92.
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