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PATRIMONIO 2

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série gestão
Rotinas 
contábeis 
e gestão 
patRimonial 
Volume 2
Série geStão
Rotinas 
contábeis 
e gestão 
patRimonial 
Volume 2
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Robson Braga de Andrade
Presidente
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor de Educação e Tecnologia
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI
Conselho Nacional
Robson Braga de Andrade
Presidente 
SENAI – Departamento Nacional
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor-Geral
Gustavo Leal Sales Filho
Diretor de Operações
Série geStão
Rotinas 
contábeis 
e gestão 
patRimonial 
Volume 2
SENAI
Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial 
Departamento Nacional
Sede
Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto 
Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-
9001 Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
© 2014. SENAI – Departamento Nacional
© 2014. SENAI – Departamento Regional de Santa Catarina
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecâ-
nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por 
escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de 
Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por 
todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
SENAI Departamento Nacional 
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP
SENAI Departamento Regional de Santa Catarina 
Núcleo de Educação – NED 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
_____________________________________________________________________________ 
S491r 
 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional. 
Rotinas contábeis e gestão patrimonial volume 2 / Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional, Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina. Brasília : 
SENAI/DN, 2013. 
64 p. : il. (Série Gestão). 
 
 ISBN 978-85-7519-796-7 
 
 1. Contabilidade. 2. Contabilidade - Legislação. 3. Contabilidade tributaria. 4. 
Administração financeira - Informática. I. Serviço Nacional de Aprendizagem 
Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina. II. Título. III. Série. 
CDU: 657 
_____________________________________________________________________________ 
 
ilustrações
Figura 1 - Itens da folha de pagamento ................................................................................................................ 121
Figura 2 - Folha de pagamento ................................................................................................................................ 123
Figura 3 - Custos diretos e indiretos ....................................................................................................................... 123
Figura 4 - Lançamentos contábeis da folha de pagamento .......................................................................... 124
Figura 5 - Recibo de pagamento de férias ........................................................................................................... 125
Figura 6 - Recibo de abono pecuniário ................................................................................................................. 126
Figura 7 - Exemplo de recibo de rescisão de contrato ..................................................................................... 128
Figura 8 - Provisão de férias ....................................................................................................................................... 129
Figura 9 - Lançamento da provisão de férias ...................................................................................................... 130
Figura 10 - Lançamento da provisão de pagamento de 13º salário ........................................................... 130
Figura 11 - Lançamento de adiantamento do pagamento de 13º salário ............................................... 131
Figura 12 - Recibo de retirada de pro labore ......................................................................................................132
Figura 13 - Níveis de risco em ambiente de trabalho ...................................................................................... 135
Figura 14 - Abrangência da legislação societária .............................................................................................. 140
Figura 15 - Principais encargos no Brasil .............................................................................................................. 142
Figura 16 - Características do ICMS ........................................................................................................................ 143
Figura 17 - Fatos geradores do IPI ........................................................................................................................... 144
Figura 18 - Alíquotas CSLL ......................................................................................................................................... 145
Figura 19 - Critérios para recebimento do PIS/PASEP ..................................................................................... 146
Figura 20 - Formas de tributação do lucro ........................................................................................................... 147
Figura 21 - Estrutura das obrigações tributárias ................................................................................................ 151
Figura 22 - Tipos de obrigações ............................................................................................................................... 152
Figura 23 - Microsoft Excel ......................................................................................................................................... 156
Figura 24 - Microsoft Word ........................................................................................................................................ 158
Quadro 1 - Incidência de impostos sociais e trabalhistas ................................................................................ 136
Quadro 2 - Estrutura da escrituração do Lalur ..................................................................................................... 150
Tabela 1 - Contribuição do INSS ................................................................................................................................ 134
V
O
LU
M
E 
1
Sumário
1 Introdução ..........................................................................................................................................................................9
2 Introdução à Contabilidade .......................................................................................................................................13
2.1 Definições iniciais ........................................................................................................................................14
2.2 Origem da contabilidade ..........................................................................................................................17
2.3 Aplicação da contabilidade .....................................................................................................................20
2.4 Utilização da contabilidade .....................................................................................................................21
2.5 Possibilidades de atuação ........................................................................................................................23
2.6 A nova padronização internacional – conhecendo o IFRS (internacional financial 
reporting standards) ...........................................................................................................................................253 Conceitos Contábeis .....................................................................................................................................................31
3.1 Princípios da contabilidade .....................................................................................................................32
3.2 Patrimônio .....................................................................................................................................................37
3.3 Fatos contábeis ............................................................................................................................................40
3.4 Procedimentos contábeis básicos .........................................................................................................43
3.5 Plano de contas (conforme lei nº. 11.941/2009) ..............................................................................47
3.6 Método de escrituração ............................................................................................................................58
3.7 Ativo imobilizado/intangível ...................................................................................................................63
3.8 Conciliação contábil ...................................................................................................................................65
4 Demonstrativos Contábeis .........................................................................................................................................69
4.1 Apurações do resultado do exercício ...................................................................................................70
4.2 Demonstrativos contábeis .......................................................................................................................74
4.2.1 Balancete ......................................................................................................................................76
4.2.2 Balanço patrimonial .................................................................................................................77
4.2.3 Demonstração do resultado do exercício (DRE) ............................................................77
4.3 Padrão internacional de demonstrações contábeis .......................................................................81
4.4 DFC - demonstrativos do fluxo de caixa .............................................................................................83
4.5 DLPA - demonstração de lucros e prejuízos acumulados e DMPL - demonstração de 
mutações do patrimônio líquido ..................................................................................................................85
4.6 DVA - demonstrativo de valor adicionado .........................................................................................86
4.7 SPED - sistema público de escrituração digital.................................................................................89
Referências ...........................................................................................................................................................................95
Minicurrículo do Autor ....................................................................................................................................................97
Índice .....................................................................................................................................................................................99
V
O
LU
M
E 
2
5 Questões Trabalhistas ............................................................................................................................................... 119
5.1 Folhas de pagamentos e recibos ........................................................................................................ 120
5.2 Recibos de pagamento de férias ........................................................................................................ 125
5.3 Recibo de pagamento de abono pecuniário ................................................................................. 126
5.4 Recibo de pagamento de rescisão do contrato de trabalho .................................................... 128
5.5 Folha de provisão de férias ................................................................................................................... 129
5.6 Folha de provisão de 13º salário ......................................................................................................... 130
5.7 Retirada de pró-labore ........................................................................................................................... 131
5.8 Encargos sociais e trabalhistas – parte empresa ou parte empregado ................................ 133
5.8.1 Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS)........................................................... 133
5.8.2 Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) ...................................................... 134
5.8.3 Seguro Acidente de Trabalho (SAT) ................................................................................. 134
5.8.4 Contribuição sindical ............................................................................................................ 135
6 Legislação Societária e Tributação ........................................................................................................................ 139
6.1 Legislação societária ............................................................................................................................... 140
6.2 Encargos tributários ................................................................................................................................ 141
6.3 Formas de tributação do lucro/faturamento ................................................................................. 147
6.4 Escrituração do livro de apuração do lucro real ............................................................................ 150
6.5 Obrigações tributárias acessórias ....................................................................................................... 151
7 Aplicação na Informática ......................................................................................................................................... 155
7.1 Microsoft Excel .......................................................................................................................................... 156
7.2 Microsoft Word .......................................................................................................................................... 157
7.3 Ferramentas da internet ........................................................................................................................ 159
Referências ........................................................................................................................................................................ 163
Minicurrículo do Autor ................................................................................................................................................. 165
Índice .................................................................................................................................................................................. 167
5
Questões trabalhistas
Como você pode imaginar, o título deste capítulo sugere claramente os temas que serão 
abordados aqui. Questões trabalhistas, muitas vezes podem gerar dúvidas, tais como: quais os 
valores que devem ser descontados do salário, qual a carga de imposto para cada nível salarial? 
Quando se pode usufruir das férias? É possível vendê-las? O que são abonos pecuniários e resci-
sões salariais? Você, enquanto profissional da contabilidade, deverá saber responder quais pro-
cedimentos tomar em relação a essas situações e também saber como construir e preenchercorretamente uma folha de pagamento. Além dos valores de férias, você deverá conhecer os 
valores de INSS e FGTS que devem ser descontados, e saber como inserir o pró-labore na folha 
de pagamentos, entre outras questões de ordem trabalhistas que impactarão diretamente os 
resultados da entidade na qual você estará exercendo suas atividades. 
Fique tranquilo caso você não possa responder todas as perguntas aqui colocadas. Os temas 
que você estudará aqui possuem uma sequência lógica dentro do contexto da análise contábil, 
pois como você esperava fechar aqueles balanços estudados nos capítulos anteriores sem sa-
ber calcular corretamente quanto se deve pagar aos funcionários? Este capítulo foi elaborado 
especialmente para lhe mostrar o que é a contabilidade, suas utilizações, suas origens e seu 
funcionamento na atualidade. Inicialmente, cabe ressaltar que a contabilidade nos dias de hoje 
é uma área muito importante para as organizações que querem ter um bom controle de seu 
funcionamento, assim como apresentar informações confiáveis aos interessados nos resulta-
dos obtidos por elas. Isso ocorre, principalmente, devido à crescente necessidade de transpa-
rência e assertividade das informações que podem ser apresentadas aos sócios das empresas, 
aos investidores, ao governo, ou qualquer outro interessado. 
Portanto, você conhecerá, neste momento da aprendizagem, algumas outras questões da 
contabilidade que envolvem funcionários e os documentos que a eles estão relacionados, que 
irão ajudá-lo a compreender melhor todos os conceitos, aplicações e informações sobre este 
tema.
Ao final deste capítulo, você terá subsídios para:
• construir, preencher e analisar corretamente folhas de pagamentos de salários e de férias, 
recibos de pagamento de férias, recibos de pagamento de abono pecuniário e recibos de 
pagamento de rescisão do contrato de trabalho;
Rotinas contábeis e gestão patRimonial - Volume 2120
• identificar e preencher corretamente folhas de previsão de férias, folhas de 
pagamento de 13º salário e retirada de pró-labore;
• calcular e identificar os diferentes impostos e descontos que incidem sobre 
a folha de pagamento como INSS, FGTS, Seguro Acidente de trabalho, além 
de contribuição para sindicato.
Preparado para se tornar um conhecedor das questões trabalhistas e de todos 
os detalhes que as envolve na contabilidade? Mãos à obra!
5.1 FolhaS de pagamentoS e reciboS
Se você já trabalhou na área da contabilidade, certamente deve se lembrar 
do assunto que será estudado agora, pois qualquer funcionário não vê a hora de 
chegar o tão esperado dia do pagamento. Mas você se recorda da estrutura que 
constava na via que você recebia como comprovante do pagamento do seu sa-
lário? Não era apenas o valor que você recebia em suas mãos, não é mesmo? Nas 
próximas páginas você compreenderá a construção de uma folha de pagamento, 
as questões salariais e de impostos, para que você, como assistente de contabi-
lidade, saiba analisar os diferentes valores relativos a impostos, salários e benefí-
cios que os funcionários recebem por direito. No entanto, fique tranquilo se você 
ainda não teve contato com um documento desse tipo, pois iremos abordar sua 
construção, de maneira simples e prática.
• Salários
A folha de pagamento de salários nada mais é do que a compilação de todos 
as remunerações que a empresa tem como obrigação pagar aos seus funcioná-
rios pelos serviços prestados. Nessa folha, constarão não somente os valores re-
ferentes aos salários brutos dos colaboradores, mas também informações como 
valores referentes às férias, 13º salário, impostos que ficam retidos (INSS, IRRF, en-
tre outros), descontos por acordos coletivos, relativos à alimentação e transporte, 
além de outros benefícios que a empresa possa oferecer (desde auxílio creche até 
plano de saúde e auxílio para previdência). 
 VOCÊ 
 SABIA?
A folha de pagamento ainda pode conter os valores re-
ferentes à rescisão do contrato de trabalho, assim como 
participações nos lucros da empresa ou 14º salário, caso 
a empresa opte por oferecer esses benefícios variáveis.
5 Questões trabalhistas 121
Folha de 
pagamento
Benefícios
Descontos
Impostos Rescisões
Férias
Salários
Pa
ul
o 
Co
rd
ei
ro
 (2
01
3)
Figura 1 - Itens da folha de pagamento
Em grande parte dos casos, os salários são pagos aos funcionários até o quinto 
dia útil do mês seguinte ao trabalhado, data que certamente é aguardada pelos 
colaboradores. 
No entanto, existem alguns casos em que, devido a um acordo coletivo ou 
uma convenção, esse prazo pode ser diferente, inclusive sendo pago no final do 
mês de trabalho. 
Entretanto, a contabilização dos salários deve seguir as orientações do princí-
pio contábil da competência, que você estudou no capítulo 2 do primeiro volu-
me. Isso quer dizer que a folha de pagamento e seus respectivos valores de salá-
rios devem ser registrados no mês a que se referem, mesmo que a empresa libere 
os valores para os funcionários em outra data. A mesma sistemática deve ser feita 
para os valores de férias e 13º salário, pois mesmo que a empresa não desembolse 
naquele período, no final do ano ou quando o funcionário usufrua de suas férias, 
ele deve possuir tal valor para cumprir com essas obrigações.
Rotinas contábeis e gestão patRimonial - Volume 2122
G
eo
rg
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D
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 ([
20
--
?]
)
 FIQUE 
 ALERTA
A contabilidade, assim como qualquer outro campo das ci-
ências humanas que trabalhe diretamente com deveres e 
direitos de cidadãos, está submetida às regras não só dos 
órgãos de classe específicos, como CFC e o CPC, mas tam-
bém deve seguir o Código Civil e a Consolidação das Leis 
Trabalhistas (CLT). Esse conjunto de leis, especificamente, 
completou 70 anos de existência em 2013, e serve de base 
para grande parte das atividades do assistente de contabi-
lidade que relacionam a empresa e o trabalhador. É dever 
do profissional da contabilidade estar sempre atento às 
atualizações e mudanças ocorridas na legislação!
A figura que segue apresenta um modelo de folha de pagamento, indicando a 
via que fica com o funcionário e a via que fica na empresa.
5 Questões trabalhistas 123
Figura 2 - Folha de pagamento
Fonte: Adaptado de SENAI/SC (2013)
Quanto à classificação dos salários e, respectivamente, dos encargos que reca-
em sobre esses valores, ambos são considerados como despesas (custos) diretas, 
ou seja, operacionais – quando são relacionadas aos funcionários responsáveis 
pela produção da empresa. Do outro lado, os salários originados por funcioná-
rios da parte administrativa, como financeiro, comercial ou recursos humanos são 
custos indiretos, ou seja, não operacionais, uma vez que não envolvem atividades 
diretamente relacionadas à produção. Para ficar mais claro, veja a figura seguinte 
que apresenta as principais diferenças sobre despesas/custos diretos e indiretos.
Diretos
São alocados
Indiretos
São rateados
Salários Salários administrativos
Imposto de venda Depreciação
AluguelMatéria-prima
Pa
ul
o 
Co
rd
ei
ro
 (2
01
3)
Figura 3 - Custos diretos e indiretos
Note que os custos diretos podem ser colocados diretamente nos produtos, 
como o que foi gasto de matéria-prima, embalagem e horas de funcionário da 
produção. Já os custos indiretos, por serem mais difíceis de quantificar, são dividi-
dos conforme sua participação em cada setor da empresa, como aluguel, salário 
da secretária e do assistente de contabilidade.
Rotinas contábeis e gestão patRimonial - Volume 2124
 SAIBA 
 MAIS
Você sabia que algumas empresas têm a política de oferecer 
para o funcionário o 14º salário? Apesar de não ser obriga-
tório por lei, serve de incentivo para que os funcionários e 
a empresa alcancem metas e objetivos traçados para o ano. 
Entretanto, algumas classes de trabalhadores possuem tal 
abono salarial.
Que tal verificar de que forma podem ser contabilizados nos lançamentos con-
tábeis os salários e encargos que você viu na folha de pagamento? 
Como você deve lembrar, temoslocais específicos definidos para o lançamen-
to de cada fato contábil, e que lançamentos errados, tanto de valores quanto de 
locais, podem acarretar em erros na escrituração contábil. Veja como ficam os 
fatos contábeis e de que maneira eles integram os registros contábeis. 
Salários 
a pagar
Folha de 
pagamento
Salários e aviso 
prévio indenizado
FGTS 
a recolher
Folha de 
pagamentoFGTS
INSS 
a recolher
Folha de 
pagamentoINSS
Contribuição Sindical, 
IRRF a recolher
Ordenados
a pagar
Contribuição sindical, 
13º e IRRF
Vale-
transporte
Ordenados
a pagarVale-transporte
Vale-
alimentação
Ordenados
a pagarVale-alimentação
CréditoDébitoDescrição
Pa
ul
o 
Co
rd
ei
ro
 (2
01
3)
Figura 4 - Lançamentos contábeis da folha de pagamento
Fonte: Adaptado de Portal da Contabilidade (2013)
As informações apresentadas na figura anterior são referentes a débitos e cré-
ditos nas contas do passivo circulante e na conta de resultado. Você pôde obser-
var que todos os lançamentos referentes aos funcionários foram lançados em am-
bos os lados do balanço, garantindo, assim, a igualdade na conciliação contábil.
5 Questões trabalhistas 125
5.2 reciboS de pagamento de FériaS
O pagamento de férias é obrigatório por lei para todas as empresas e um di-
reito do trabalhador, sendo que após um ano de serviço prestado, que também 
é chamado de período aquisitivo, o funcionário tem o direito a 30 dias. Saiba que 
existe outra forma de contagem do tempo de férias ou também chamado de pe-
ríodo de descanso, e a empresa deve oferecer esse tempo após o período aquisi-
tivo, que também é chamado de concessivo. Esse período de um ano para o fun-
cionário tirar férias não poderá ultrapassar um ano, pois caso contrário, a empresa 
deverá pagar um salário a mais. 
 FIQUE 
 ALERTA
A forma como deverá ocorrer o usufruto desse período 
fica a cargo de uma negociação entre a empresa e o fun-
cionário para o período mais adequado. 
O funcionário ainda poderá fracionar os períodos de férias para melhor aten-
der uma necessidade própria ou da empresa. Com relação ao seu pagamento, 
ocorre semelhante a um mês trabalhado somado a um terço do salário, sendo 
que este valor está previsto por lei. O modelo a seguir apresenta as informações 
que devem constar no pagamento das férias. 
Pa
ul
o 
Co
rd
ei
ro
 (2
01
3)
Figura 5 - Recibo de pagamento de férias
Fonte: Adaptado de CRC-RJ (2013)
Rotinas contábeis e gestão patRimonial - Volume 2126
É importante lembrar que assim como o salário base, o valor a ser recebido 
pelas férias será descontado dos respectivos valores de INSS e IRRF.
5.3 recibo de pagamento de abono pecuniário
Existe também o abono pecuniário, que nada mais é do que a possibilidade de 
o funcionário vender o seu direito de férias para a empresa. Esse direito permite 
que o funcionário possa vender o equivalente a um terço dos dias de férias aos 
que ele teria direito. Ou seja, caso o funcionário tivesse direito a 30 dias de férias, 
ele poderia vender, no máximo, 10 dias. Inclusive, existe um artigo da CLT que 
trata especificamente desse tema. O valor do abono pecuniário é realizado sobre 
a remuneração das férias somadas ao terço que é garantido por lei.
Pa
ul
o 
Co
rd
ei
ro
 (2
01
3)
Figura 6 - Recibo de abono pecuniário
Fonte: Adaptado de Portal da Contabilidade (2013)
5 Questões trabalhistas 127
Como você pôde observar, a figura anterior apresenta um modelo de recibo 
de abono pecuniário, com os respectivos valores a serem calculados. O emprega-
do que desejar o valor do abono, referente à venda de suas férias, deve solicitar à 
empresa formalmente em até 15 (quinze) dias antes do término do período aqui-
sitivo. Quanto ao seu efetivo pagamento, a empresa tem obrigação de efetuar o 
valor referente ao abono juntamente com o valor das férias até 2 dias antes do 
período de utilização.
Caso você tenha interesse sobre o tema, você pode encontrar todas as informa-
ções sobre abono pecuniário entre outras, no artigo 143 da CLT, que está disponível 
no portal JusBrasil, no seguinte link: <http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10751324/
artigo-143-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943>.
caSoS e relatoS
Sonegação de impostos e tributos
Os escândalos envolvendo casos de sonegação de impostos e tributos de 
empresas e organizações podem ter graves repercussões na sociedade. O 
canal de televisão a cabo A&E apresentou uma série de episódios envolven-
do grandes casos de polícia. A série “Investigação Criminal” mostrou inclu-
sive um ocorrido no Brasil, no qual o então governador do Acre, Edmundo 
Pinto, foi baleado e morto em um assalto, em São Paulo. Isso ocorreu fal-
tando exatamente 2 dias para que ele depusesse sobre o suposto desvio de 
fundos do FGTS, que deveriam ter sido recolhidos em seu mandato. Esse 
fato demonstra grande importância que a contabiliade tem no mundo fi-
nanceiro, pois todo o controle contábil de uma instituição passa nas mãos 
de profissionais capacitados que sabem como interpretar os diversos fatos 
e acontecimentos contábeis que ocorreram naquele período. No caso de 
grandes empresas e até mesmo muitos casos envolvendo cargos políti-
cos de grande importância, a sonegação de impostos ou desvio de verbas 
podem ser desmascarados por meio da contabilidade, pois na conciliação 
contábil é possível encontrar vieses existentes no patrimônio ou nas contas 
da instituição. 
Para ter mais informações sobre o caso exposto anteriormente, acesse: <http://
canalaetv.com/pt/series/investigacao-criminal>. A seguir, você conhecerá o do-
cumento utilizado para a rescisão do contrato de trabalho. Vamos lá!
Rotinas contábeis e gestão patRimonial - Volume 2128
5.4 recibo de pagamento de reSciSão do contrato de 
trabalho
Até agora você estudou os recebimentos que podem e devem ser pagos aos 
funcionários em atividade, mas e quando acontece uma demissão tanto por parte 
da empresa quanto do funcionário? O modelo a seguir apresenta as informações 
que devem constar no documento que representará a rescisão contratual. Obser-
ve a próxima figura!
Pa
ul
o 
Co
rd
ei
ro
 (2
01
3)
Figura 7 - Exemplo de recibo de rescisão de contrato
Fonte: Adaptado de Ministério do Trabalho e Emprego (2013)
No recibo de rescisão irão constar todas as informações relativas ao acordo re-
alizado entre a empresa e o funcionário, que pode ser oriunda de iniciativa tanto 
do empregado (como pedido de demissão, falecimento, aposentadoria), quanto 
do empregador. No caso de rescisões vindas por parte da empresa, elas podem 
5 Questões trabalhistas 129
ser sem justa causa, por vontade da empresa ou com justa causa. Nesse último 
caso, o empregado não tem direito a nenhum de seus direitos legais, como os 
valores relativos proporcionais de férias, 13º e tempo de serviço (FGTS).
A rescisão ainda deve informar o tempo de trabalho do funcionário, pois em 
casos de contratos com mais de 1 ano, deve-se registrar a rescisão no sindicato da 
categoria ou na delegacia do trabalho, e sempre deve ser comunicada por meio 
do aviso prévio. Já o pagamento dos direitos ou deveres devido por cada parte 
(no caso de o funcionário não cumprir o aviso prévio e tiver que pagar multa) 
devem ocorrer no primeiro dia útil imediato ao término do contrato ou do aviso 
prévio trabalhado. No caso de cumprimento parcial do aviso prévio ou de sua 
dispensa, o pagamento deve ocorrer até o décimo dia consecutivo à data da de-
missão informada.
5.5 Folha de proviSão de FériaS
A provisão de férias dos empregados é utilizada para prover a empresa o mon-
tante necessário para o pagamento das férias e o respectivo 1/3 obrigatório por 
lei que o colaborador tem direito, segundo a legislação trabalhista. O valor utili-
zado para a provisão do pagamento da remuneração das respectivas férias, além 
dos encargos sociais que irão obrigatoriamente incidir sobre o valor das férias é 
contabilizado como débito na conta de custos do balancete ou pode também 
ser lançado na conta despesas operacionais, no caso de o funcionárioser con-
siderado como mão de obra direta. Caso contrário, é realizado o lançamento na 
conta despesas não operacionais. Se acontecer de a empresa não possuir saldo 
suficiente na conta de provisão, o excedente será debitado da conta de despesas 
operacionais. Que tal conhecer uma explicação mais prática?
Veja no exemplo a seguir como se realizaria o cálculo da provisão para paga-
mento de férias de um funcionário fictício.
FGTS sobre férias
 • R$ 240,00
INSS sobre férias
 • R$ 440,00
1/3 adicional
 • R$ 1.000,00
Férias proporcionais
 • R$ 3.000,00
Total: 
R$ 4.680,00
Pa
ul
o 
Co
rd
ei
ro
 (2
01
3)
Figura 8 - Provisão de férias
Rotinas contábeis e gestão patRimonial - Volume 2130
Já o lançamento contábil dessa provisão, para o pagamento de férias e dos 
encargos que incidem sobre o período, pode ser realizado da seguinte maneira:
Provisão de férias
Férias
Crédito
1/3 férias
Provisão de férias
Encargos
(INSS, FGTS, IR, outros)
Débito
Pa
ul
o 
Co
rd
ei
ro
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01
3)
Figura 9 - Lançamento da provisão de férias
Vale ressaltar que os débitos são realizados na conta resultado, e os créditos, 
na conta do passivo circulante.
5.6 Folha de proviSão de 13º Salário
Assim como o valor necessário para o pagamento das férias, é neces-
sário que se faça a provisão para o pagamento do 13º salário. Ela pode ser 
obtida calculando-se 1/12 da remuneração dos empregados que tiverem 
trabalhado no mínimo quinze dias no mês. Vejamos o exemplo a seguir, 
que ilustra melhor essa provisão.
Provisão de 
pagamento do 13º
Crédito
13º Salário e 
encargos da produção
Débito
Provisão de 13º
Pa
ul
o 
Co
rd
ei
ro
 (2
01
3)
Figura 10 - Lançamento da provisão de pagamento de 13º salário
5 Questões trabalhistas 131
Novamente o débito é feito na conta de custos ou na conta resultado e os 
créditos, na conta do passivo circulante. Para o efetivo pagamento do 13º salá-
rio, as empresas devem adiantar 50% do valor, no caso de concessão das férias, 
considerando-se o período a partir de fevereiro (caso o funcionário deseje). Caso 
contrário, a empresa tem até o dia 30 de novembro para realizar o pagamento da 
primeira parcela. 
 FIQUE 
 ALERTA
O lançamento desse pagamento adiantado do 13º será 
contabilizado como débito na conta de adiantamento 
dentro do ativo circulante até que seja realmente pago.
Veja o exemplo, a seguir, em que foi realizado o pagamento de valor relativo 
ao adiantamento da 1ª parcela do 13º salário de um funcionário fictício.
Pagamento do 13º
Crédito
Adiantamento de 13º
Débito
Caixa ou banco
Pa
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Co
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 (2
01
3)
Figura 11 - Lançamento de adiantamento do pagamento de 13º salário
O adiantamento ocorrerá como débito na conta do ativo circulante e entrará 
como crédito na conta “Caixa” ou na conta ““Banco”.
Para que seja considerada uma obrigação finalizada com o funcionário, a em-
presa tem até o dia 20 de dezembro do ano em questão para realizar o pagamen-
to do 13º. Esse valor poderá ser lançado como débito na conta de provisão dentro 
do passivo circulante, como você viu nos outros exemplos, mas somente até o 
limite do valor que foi provisionado. 
5.7 retirada de pró-labore
Você já deve ter ouvido falar em pro labore quando se trata de empresas 
que possuem os sócios trabalhando diretamente em suas atividade, certo? 
Pois saiba que pro labore vem do latim e significa “pelo trabalho”, ou seja, 
é a remuneração que o sócio ou profissional da empresa recebe pelo seu 
trabalho na empresa. Veja o modelo a seguir.
Rotinas contábeis e gestão patRimonial - Volume 2132
Pa
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Co
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ro
 (2
01
3)
Figura 12 - Recibo de retirada de pro labore
Fonte: Adaptado de Portal Contábeis (2013)
O pro labore ocorre muitas vezes quando o sócio ou dono da empresa evita ga-
nhar um salário, e opta por essa remuneração diferenciada para evitar a incidên-
cia de impostos. (pro labore tem incidência do INSS na razão de 11%). O pro labore 
também é muito utilizado para levar em consideração os custos que os sócios 
incorrem na empresa, que na maioria das vezes não é contabilizado, gerando di-
vergências na conciliação contábil, assunto estudado no capítulo 3. Outra forma 
de realização dessa quantia é a opção de retirada dos lucros no fim das operações 
da empresa e, consequente, quitação de seus deveres. A ideia é que o valor do 
pro labore seja similar ao de mercado, que seria pago a um funcionário comum.
5 Questões trabalhistas 133
5.8 encargoS SociaiS e trabalhiStaS – parte empreSa ou 
parte empregado
Aqui você chegou a um ponto muito interessante de nosso material, apesar 
de você já possuir um grande conhecimento a respeito das funções e de todo o 
conhecimento técnico que um assistente de contabilidade deve possuir, é difícil 
desvencilhar a ideia de que quem realmente sabe quanto de imposto deve-se 
pagar por um determinado salário base é o assistente de contabilidade. E isso não 
deixa de ser verdade, é sim obrigação do contador e de seus assistentes conhecer 
as faixas de incidência das principais contribuições que incidem sobre os salários 
dos empregados, como Imposto Nacional de Seguridade Social (INSS), Imposto 
de Renda Retido na Fonte (IRRF), Seguro Acidente de Trabalho (SAT), além das 
contribuições sindicais. Esses impostos e contribuições, que são as principais, 
você estudará a partir de agora.
5.8.1 InstItuto nacIonal de segurIdade socIal (Inss)
O INSS prevê uma contribuição por lei sobre o salário-base dos funcionários 
devidamente registrados. Os valores de contribuição do INSS têm o objetivo de 
manter o Regime Geral da Previdência Social. Esse regime é responsável pelo paga-
mento da aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-acidente, além 
de outros benefícios que a lei estipula. O INSS possui os seguintes grupos de con-
tribuidores:
• empregado: pessoa que trabalha em uma empresa, sendo subordinado a 
ela, mediante remuneração/salário;
• empregado doméstico: pessoa que trabalha em uma residência, para uma 
outra pessoa física, sem fins lucrativos (ex.: jardineiro, empregada, copeira);
• trabalhador avulso: qualquer pessoa que trabalhe para uma ou mais empre-
sas, mediante remuneração, intermediado por alguma entidade ou sindica-
to da categoria (em geral os portuários, e outros trabalhadores que realizam 
serviços temporários ou “bicos”);
• contribuinte individual: pessoa que trabalha para uma ou mais empresas, 
mediante remuneração, por conta própria. Geralmente profissional autôno-
mo;
• segurado especial: pequenos agricultores e pescadores;
• segurado facultativo: indivíduo que possui mais de 16 anos e, apesar de não 
possuir renda própria, decide contribuir.
Rotinas contábeis e gestão patRimonial - Volume 2134
Como nos interessa apenas uma parcela desses grupos, vamos observar ape-
nas o grupo em que se encaixam os contribuintes que trabalham em empresas. A 
tabela a seguir apresenta as alíquotas por valor da contribuição.
Tabela 1 - Contribuição do INSS
TABELA VIGENTE
Tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e 
trabalhador avulso, para pagamento de remuneração a partir de 1º de janeiro de 
2013
Salário contribuição (R$) Alíquota para fins de recolhimento ao INSS (%)
até 1.247,70 8,00
de 1.247,71 até 2.079,50 9,00
de 2.079,51 até 4.159,00 11,00
 
Fonte: Previdência Social (2013)
O INSS tem incidência variável conforme a faixa salarial em que o funcionário 
se encontra. Valores acima de R$ 4.159,00 são considerados apenas o valor má-
ximo (Teto) de R$ 457,49. Portanto, um funcionário pode ganhar R$ 6.000 ou R$ 
15.000 que ele irá contribuir com os mesmos R$ 457,49 para o Seguro Social.
5.8.2 Fundo de garantIa por tempo de servIço (Fgts)
O FGTS tem incidência de 8% sobre o total da folha de pagamento, tanto para 
pessoas jurídicas (optantes ou não do simples) como para pessoas físicas e pro-
dutores rurais. 
5.8.3 seguro acIdente de trabalho (sat)
O SAT é diferenciado, pois se trata de uma contribuição com natureza de tribu-
to, pois as empresas pagamessa contribuição no intuito de custear as possíveis 
despesas com acidentes de trabalho ou doença ocupacional, que são ambos be-
nefícios oferecidos pelo INSS. Normalmente, as alíquotas cobradas variam entre 
1 e 3%. Porém, para empresas que oferecem um risco maior à saúde do funcio-
nário, sejam riscos biológicos, químicos ou físicos, a variação ocorre da seguinte 
maneira:
• para grande parte das empresas: 6%, 9% ou 12%;
• para cooperativas:
• de trabalho: 5%, 7% ou 9% sobre a nota fiscal ou a fatura de prestação de 
serviços;
5 Questões trabalhistas 135
• de produção: 6%, 9% ou 12% sobre a remuneração dos cooperados.
Esse seguro adicional também serve para cobrir os custos do benefício da apo-
sentadoria especial. A alíquota exata a ser cobrada irá variar dentro das categorias 
citadas, conforme a periculosidade e o risco da atividade, podendo variar como 
mostra a figura a seguir.
Risco
AltoMédioBaixo
Pa
ul
o 
Co
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ei
ro
 (2
01
3)
Figura 13 - Níveis de risco em ambiente de trabalho
Fonte: CNI (2013)
5.8.4 contrIbuIção sIndIcal
A contribuição sindical é uma contribuição prevista por lei e consta nos arti-
gos da CLT, abordado anteriormente neste capítulo. A contribuição sindical é um 
tributo que incide diretamente sobre os funcionários no mês de março e sobre as 
empresas em janeiro. Essa contribuição, que tem sua origem na constituição, pre-
ga o recolhimento anual de todos que possuam ligação com alguma categoria, 
grupo profissional ou tipo de profissão liberal (como médicos e advogados) para 
que assim possam ser custeadas as atividades sindicais que são de interesse de 
toda a categoria. O valor recolhido depende diretamente do tipo de atividade e 
do sindicato a que o funcionário está ligado. Observe, a seguir, a relação de inci-
dência dos principais impostos trabalhistas.
RENdIMENTOS INSS FGTS IRRF
Abono pecuniário de férias - CLT - Arts. 143 e 144 Não Não Sim
Adicionais (insalubridade, periculosidade, noturno, transferência e de 
função)
Sim Sim Sim
Auxílio-doença  - 15 primeiros dias Sim Sim Sim
Aviso prévio trabalhado Sim Sim Sim
Aviso prévio indenizado (1) Sim Não
13º Salário
A) 1ª Parcela até 30 de novembro Não Sim Não
B) 2ª Parcela até 20 de dezembro Sim Sim Sim 
Comissões Sim Sim Sim
Rotinas contábeis e gestão patRimonial - Volume 2136
Diárias para viagem
A) Até 50% do salário Não Não Não
B) Superiores a 50% do salário (sobre o total) Sim Sim Sim
Estagiários (admitidos na forma das leis nº 6.494/77 e 8.859/94) Não Não Sim
Férias normais gozadas na vigência contrato de trabalho Sim Sim Sim
Férias em dobro na vigência do contrato de trabalho (CLT, Art. 137) Sim Sim Sim
RENdIMENTOS INSS FGTS IRRF
Férias indenizadas pagas na rescisão contratual (simples, em dobro e 
proporcionais)
Não Não Sim
Fretes, carretos ou transporte de passageiros pagos à pessoa jurídica Não Não Não
Fretes, carretos ou transporte de passageiros pagos à pessoa física 
autônoma
Sim Não Sim
Gratificações ajustadas ou contratuais Sim Sim Sim
Horas extras Sim Sim Sim
Indenização adicional (empregado dispensado sem justa causa no 
período de 30 dias que antecede a data de sua correção salarial - lei nº 
7.238/84, Art. 9º)
Não Não Não
Indenização por tempo de serviço Não Não Não
Licença-paternidade (CF/88, Art. 7º, XIX) Sim Sim Sim
Participação nos lucros Não Não Sim
Retiradas (pro labore) de diretores-empregados Sim Sim Sim
Retiradas (pro labore) de diretores-proprietários (empresários) Sim Não Sim
Retiradas (pro labore) de titulares de firma individual - Não Sim
Salário Sim Sim Sim
Vale-transporte (lei nº 7.418/85 e decreto nº 95.247/87) Não Não Não
Quadro 1 - Incidência de impostos sociais e trabalhistas
Fonte: Adaptado de Portal Contadores (2013)
 VOCÊ 
 SABIA?
O décimo terceiro salário é também conhecido pelas deno-
minações de gratificação ou subsídio de Natal. Essa boni-
ficação começou a ser paga aos trabalhadores no governo 
do então presidente João Goulart, por meio da Lei 4.090, na 
década de 60, que posteriormente foi sofrendo outras alte-
rações até possuir as características da legislação atual.
5 Questões trabalhistas 137
A
rt
ur
 M
ar
ci
ni
ec
Como você pôde notar, os temas aqui abordados saem um pouco das questões 
relacionadas aos conceitos contábeis e suas ferramentas de análise como balanços 
e demonstrativos, mas abordam questões um pouco mais delicadas, pois envol-
vem diretamente direitos e deveres tanto do trabalhador (isso inclui você também), 
quanto das empresas. E a contabilidade, como você estudou, trabalha diretamente 
com essas questões trabalhistas. Quantas vezes você, ao perguntar a uma pessoa 
de sua empresa, ou de ouvir alguém ter comentado que perguntou a respeito de 
férias, 13º salários e faltas, a resposta foi: “vou verificar com a contabilidade!”?
Isso deixa ainda mais evidente a sua importância como profissional das ciências 
contábeis, que entre outras responsabilidades, tem o dever de conhecer bem as 
questões legais e trabalhistas para evitar problemas e erros que podem gerar trans-
tornos, tanto para você como para a empresa na qual você trabalha ou irá trabalhar.
recapitulando
Ao chegar ao final deste capítulo você está preparado para entender e 
resolver questões trabalhistas dentro do campo da contabilidade, desde 
os itens envolvendo os valores a serem pagos de contribuições, direitos 
sobre férias, benefícios, e até mesmo sobre pró-labore e outras peculiari-
dades. Aqui você também estudou questões referentes às contribuições, 
tanto por parte da empresa quanto por parte dos funcionários, contribui-
ções sindicais, acidentes de trabalho e até rescisões e a forma como são 
tratadas pela empresa dentro de sua contabilidade. O próximo assunto 
estudado serão conceitos de legislação e tributação, que são fundamen-
tais para a formação de um bom profissional da contabilidade. Até o pró-
ximo capítulo!
6
legislação Societária e tributação
Até aqui você conheceu as origens da contabilidade, sua evolução enquanto ciência, até 
mesmo as mudanças em padrões internacionais, que têm como objetivo melhorar o sistema 
contábil em nível mundial, facilitando negociações e avaliações entre empresas de diferentes 
nacionalidades. Também estudou os principais conceitos e demonstrações contábeis e suas 
aplicações práticas, desde o lançamento e classificação de um fato até sua apuração final. No 
capítulo anterior, você viu as questões trabalhistas e, a partir daí, o convite é para finalizar o 
aprendizado com questões importantes que envolvem legislação societária e outros itens refe-
rentes à tributação.
Muitos relacionam os profissionais contábeis com tributação, não é mesmo? Mas você já 
reparou que em uma empresa, ninguém nunca sabe ao certo sobre as alíquotas, os impostos e 
valores que devem ser pagos de tributos, tanto com relação aos funcionários quanto ao que a 
empresa possui devido ao tipo de atividade que ela realiza. Normalmente, costuma-se respon-
der: “Esse assunto é com a contabilidade!”.
Realmente é com a contabilidade! Neste capítulo você verá a legislação societária de forma 
geral, saberá quais são as alíquotas que devem ser pagas para cada tributo e as faixas de inci-
dência de cada um. E você sabe dizer quais as diferenças entre o lucro real e o lucro presumido? 
E o Simples Nacional? Quais empresas podem utilizá-lo? Para qual tipo de empresa ou atividade 
cada sistema é mais vantajoso? Essas e outras questões você verá neste último capítulo sobre 
contabilidade. 
Portanto, você conhecerá, neste momento da aprendizagem, algumas características legais 
que envolvem a contabilidade, que irão ajudá-lo a complementar todo o conhecimento que 
você acumulou sobre esse tema.
Ao final deste capítulo, você terá subsídios para:
• compreender as origens da legislação societária, e qual a relação de importância que o 
conhecimento e entendimento dessas leis e diretrizes possui na contabilidade, de modo 
a compreender melhor como os principais conceitos de empresas e sua caracterização 
impactamdiretamente nos resultados contábeis;
• calcular os principais tributos aplicáveis às empresas e funcionários e entender, de maneira 
geral, como funcionam suas faixas de cobrança;
Rotinas contábeis e gestão patRimonial - Volume 2140
• diferenciar e analisar as diferentes formas de tributação do lucro (faturamen-
to), avaliando as vantagens entre lucro real, presumido e o Simples Nacional;
• conhecer, de maneira detalhada, o método de escrituração do lucro real, au-
xiliando, dessa forma, no fechamento dos resultados das empresas e enti-
dades que possivelmente você irá atuar como profissional da contabilidade.
Pronto para dar o último passo na conclusão dos conceitos e das principais 
informações sobre contabilidade? Então vamos lá!
6.1 legiSlação Societária
Como você pôde perceber aqui, muitos conceitos da contabilidade acabam 
se mesclando e se confundindo com os do campo do estudo do Direito. Isso fica 
bem evidente na parte de tributação, encargos sociais e questões trabalhistas 
dentro da área contábil, pois esses temas envolvem diretamente direitos e deve-
res de empresas e trabalhadores.
Portanto, a legislação societária não poderia deixar de ser tema do nosso apro-
fundamento dentro das ciências contábeis. Essa legislação trata do conjunto de 
leis e regras/normas/regulamentos a respeito das sociedades de diversos tipos. 
Tanto com relação a sua formação, constituição, funcionamento, legalização 
como também em casos de extinção e falência dessas sociedades. Dentro desse 
campo, estão inseridos diretamente questões e diretrizes que envolvem:
Contabilidade 
societária
Código civil ONGs
Lei de falências 
e recuperação
Lei das S.As.
SFN
Cartórios
Oscips
Juntas comerciais
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Figura 14 - Abrangência da legislação societária
Fonte: Adaptado de Iudicibus (2010)
Você sabe o que representa a contabilidade societária? É a parte que aborda 
todas as questões contábeis relacionadas às sociedades, além de questões que 
envolvem legislação e normas. A contabilidade societária está diretamente liga-
da à lei das SAs, além de muitas outras que tratam diretamente das questões de 
constituição, legalidade, diferentes tipos de atuação e formação, além das nor-
mas e regras para dissolução e falência dessas sociedades. 
6 LegisLação societária e tributação 141
 VOCÊ 
 SABIA?
O código Civil também está inserido nesse contexto, 
principalmente por causa da lei 10.406, de 2002, que 
trata dos diretos da empresa.
As Organizações não governamentais (ONGs) e as Organizações da Sociedade 
de interesse Público (Oscips) também são objetos de estudo da legislação socie-
tária, pois apesar de não visarem lucro, atuam como uma sociedade empresária, 
com funcionários, salários e encargos semelhantes. O Sistema Financeiro Nacio-
nal também integra as questões de sociedades por ser responsável pela lei que 
realiza a intervenção, liquidação e administração temporária de sociedades que 
apresentam desconformidade com seus requisitos, assim como na lei das falên-
cias, de 2005.
As questões comerciais também são envolvidas por meio dos registros em 
juntas comerciais, para que as sociedades possam operar em legalidade em to-
dos os estados, assim como os registros em cartórios devem estar de acordo com 
a documentação exigida para as sociedades e empresas. 
 SAIBA 
 MAIS
O entendimento das questões societárias é essencial para 
que o bom profissional da contabilidade esteja preparado 
para atender todas as necessidades e pormenores que en-
frentará nas interpretações e conciliações dos fatos contá-
beis do dia a dia. O estudo aprofundado das leis pertinentes 
às sociedades como a lei das SAs, lei das Falências e dos 
diferentes tipos de formação societária que podem existir 
em nossa realidade empresarial devem ser constantemente 
consultadas para que o assistente de contabilidade esteja 
atualizado e preparado para entender as diversas situações e 
detalhes que se apresentam no seu trabalho. Os livros sobre 
direito empresarial podem ajudá-lo a entender melhor essas 
questões. Uma boa sugestão é o obra “Direito Empresarial” 
de Fabio Ulhoa Coelho, que trata com detalhes da legislação 
sobre constituição de sociedades e suas características, obri-
gações e direitos, além de outras peculiaridades.
6.2 encargoS tributárioS
A partir de agora você estudará os principais encargos tributários que devem 
ser de conhecimento do assistente de contabilidade para que possa exercer ple-
namente o exercício de sua profissão. Lembre-se de que mesmo que não seja uma 
obrigação, conhecer todas as leis que envolvem empresas e as taxas, impostos e 
regimentos específicos, é de responsabilidade do profissional da contabilidade. 
Portanto, é fundamental possuir amplo conhecimento das leis que determinam 
Rotinas contábeis e gestão patRimonial - Volume 2142
o funcionamento das empresas, como a lei das SAs que você estudou anterior-
mente, além de conhecer a fundo a aplicação e os cálculos a serem feitos com os 
respectivos impostos e encargos que as empresas podem vir a pagar, incluindo 
suas faixas de aplicação e possibilidades de isenção. 
Conheça, agora, a definição do que o assistente de contabilidade deve conhe-
cer sobre encargos tributários. A figura a seguir, apresenta os principais encargos 
no Brasil.
Encargos
ICMS
CSLL IPI
PIS/
PASEP ISS
COFINS IRPJ
Pa
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01
3)
Figura 15 - Principais encargos no Brasil
• Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços é recolhido pelos es-
tados da federação sobre circulação, transporte de mercadorias e prestação de 
serviços de um estado para o outro, e teve sua instituição em 1988, juntamente 
com a última revisão da Constituição Federal. Os contribuintes desse imposto são 
enquadrados a partir do momento em que uma pessoa física ou jurídica se ins-
creve no Cadastro de Contribuintes do ICMS. Porém, pessoas não inscritas devem 
pagar o imposto no caso de importação de mercadorias, mesmo que a atividade 
não tenha natureza comercial. Usualmente, o ICMS já está embutido nos preços 
das mercadorias que você compra, e corresponde, em média, a 18% do preço 
do produto. Entretanto, existem produtos que por serem de necessidade maior, 
como alimentos, podem sofrer redução dessa alíquota,como por exemplo, arroz, 
6 LegisLação societária e tributação 143
feijão e farinha. Já os produtos considerados como de baixa necessidade, a taxa 
pode chegar a 25%, como cigarros e bebidas alcoólicas.
ICMS
Variável
Integração fiscal Não cumulativo
Pa
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01
3)
Figura 16 - Características do ICMS
Fonte: Adaptado de Secretaria da Fazenda (2013)
É importante você saber que esse imposto não é cumulativo, ou seja, ele terá 
o seu valor compensado cada vez que ocorrer sua tributação. Além disso, ele de-
pende diretamente do valor da transação sobre o qual está sendo cobrado, que 
irá variar de um estado para outro. 
 FIQUE 
 ALERTA
Um dos pontos mais importantes em relação a esse im-
posto é o fato de que em cada ocorrência da cobrança de 
ICMS deve haver emissão de nota fiscal ou documento fis-
cal equivalente, pois esses registros fiscais serão lançados 
nos livros a fim de calcular o montante devido ao governo. 
• Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)
O IPI representa o imposto de responsabilidade federal que tem o intuito de 
regular os produtos industrializados no Brasil. Entretanto, ele também é bastante 
utilizado para, por exemplo, estimular a produção e consumo de determinado 
produto, como diminuir ou frear o consumo de outros. Inclusive a própria Cons-
tituição possui um decreto que trata das ferramentas de cobrança desse imposto 
sobre produtos industrializados, inclusive dizendo o que pode ser ou não consi-
Rotinas contábeis e gestão patRimonial - Volume 2144
derado para o seu cálculo. De maneira geral, existem três formas de atuação das 
instituições que acarretam na cobrança do IPI, conforme ilustra a figuraseguinte.
IPI
Comercialização
Importação Apreensão e leilão
Figura 17 - Fatos geradores do IPI
Fonte: Adaptado de Secretaria da Fazenda (2013)
Com relação ao contribuinte, ou seja, à pessoa física ou jurídica sobre a qual o 
imposto irá incidir, poderá ser tanto o importador do produto industrializado, a 
indústria ou empresa que o produziu, quanto o responsável pela sua comerciali-
zação ou do arremate no caso de leilão. Os valores a serem cobrados irão variar, 
assim como no ICMS. Porém, o IPI depende não só da região e do tipo de comer-
cialização, mas também do tipo do produto, inclusive o governo federal dispo-
nibiliza uma tabela para consulta chamada de TIPI (Tabela de Incidência do IPI). 
Nela, os valores pagos podem variar desde produtos isentos, outros que pagam 
valores mínimos até produtos que podem chegar a mais de 300%, como no caso 
de cigarros, artigos de luxo e outras bebidas alcoólicas.
• Imposto Sobre Serviços (ISS)
O ISS é aplicável a qualquer tipo de serviço, e assim como ICMS, é de responsa-
bilidade municipal. A aplicação desse imposto se dá sobre todos os serviços que 
integram a lei complementar nº 116, de 2003, mas que devido à sua extensão, não 
é pertinente para o seu estudo aqui. Uma exceção fica por conta da exportação de 
serviços, que não possui incidência do ISS. Caso você tenha curiosidade, poderá 
encontrar essa lista no anexo da lei complementar 116, no portal da Presidên-
cia da República, no seguinte endereço: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/lcp/lcp116.htm>. Como você pode imaginar, no caso do ISS, o contribuinte 
é o próprio prestador do serviço, e sua alíquota poderá variar de, no mínimo 2%, 
(com algumas exceções que constam na lei, podem ter valor abaixo de 2%) até, 
no máximo 5%. 
• Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ)
6 LegisLação societária e tributação 145
O Imposto de Renda Pessoa Jurídica é o equivalente ao imposto de renda que 
todos nós temos que pagar ao governo. Porém, para empresas, assim como o IPI, 
esse é um imposto de âmbito federal. Os contribuintes que devem pagá-lo são as 
pessoas jurídicas que não são isentas de tributação de seu lucro real (ou presumi-
do), que será apurado dentro do seu respectivo livro – Lalur (lembre-se dos outros 
exemplos de apuração que utilizamos no capítulo 4). De qualquer forma, você 
estudará as questões de apuração do lucro no próximo tópico deste capítulo. 
• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido funciona de forma semelhante 
ao IRPJ, pois obedece às mesmas regras de apuração e de pagamento. Essa con-
tribuição entrou em vigor a partir de 1988, e sua base de cálculo e suas alíquotas 
obedecem à lei 8.981, de 1995. Ou seja, se o imposto de renda for calculado com 
base no lucro real, a CSLL também será. Se for optante do lucro presumido, a CSLL 
também será calculada da mesma maneira em que foi definida para tributação 
do lucro da empresa/entidade. Observe na figura a seguir as formas de calcular a 
CSLL, com base no tipo de atividade e de tributação pelo lucro real e presumido.
 • 
 • Comércio e indústria
Pessoas jurídicas em geral9%
 • 
 •Seguros privados e de capitalização
Instituições financeiras15%
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3)
Figura 18 - Alíquotas CSLL
Fonte: Adaptado de Secretaria da Fazenda (2013)
Existem outros valores que podem ser descontados ou adicionados à base de 
cálculo, que dependerão de sua existência nas atividades da empresa, como ga-
nhos de capital de diversas origens ou vendas que foram canceladas e impostos 
devidos pelos fornecedores ou compradores.
• Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio 
do Servido Público (PIS/PASEP)
O PIS/PASEP foi criado na década de 70 pela lei complementar nº 7. Nela estão 
as diretrizes do Programa de Integração Social, que teve como principal objetivo 
vincular o trabalhador à evolução e ao crescimento da empresa na qual ele tra-
balha.
Da mesma forma que foi criado um programa para a iniciativa privada, o go-
verno também colocou em prática o Programa de Formação do Patrimônio do 
Servido Público (PASEP), também no mesmo ano. Esse programa, por sua vez, tra-
ta das mesmas questões do PIS, porém, para funcionários públicos, que poderiam 
Rotinas contábeis e gestão patRimonial - Volume 2146
usufruir de um fundo alimentado tanto pelas esferas federal, estadual e munici-
pal. Um fato importante a respeito do PIS e do PASEP é que antes da Constituição 
de 1988, os valores a serem pagos aos funcionários, tanto públicos como priva-
dos, eram entregues anualmente proporcionais aos valores de sua contribuição 
e tempo de serviço. Porém, após a promulgação da constituinte, os saldos das 
quotas de cada funcionário foi mantido somente podendo ser sacado quando da 
ocorrência dos fatos apresentados a seguir.
 Funcionário entra com pedido de aposentadoria
 Funcionário se torna inválido permanentemente
 Atinge mais de 70 anos de idade
 Transferência de cargo militar para reserva remunerada
Contribuinte ou familiar com HIV ou câncer
 Em caso de morte, a família recebe o benefício
 Portadores de deficiência 
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Figura 19 - Critérios para recebimento do PIS/PASEP 
Fonte: Ministério da Fazenda (2013)
Atualmente, o PIS e o PASEP são de responsabilidade do Ministério da Fazen-
da, sendo que o PIS é pago por meio da Caixa Econômica Federal, e o PASEP, pelo 
Banco do Brasil, ambos bancos majoritariamente públicos.
• Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins)
A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social é outro tributo 
de origem federal que teve seu início na década de 90. O objetivo desse tribu-
to, como você deve imaginar, é subsidiar as despesas relacionadas à seguridade 
social, que é composta pela previdência social (a qual todos que contribuem ao 
longo de sua vida profissional têm direito), sistema de saúde e assistência social. 
Os contribuintes são as empresas e pessoas jurídicas privadas de diversos tipos 
e a Cofins incide diretamente sobre a receita bruta desses contribuintes, ou seja, 
o montante auferido pela venda de produtos e serviços será a base de cálculo 
da contribuição. As únicas empresas que se excluem dessa contribuição são as 
6 LegisLação societária e tributação 147
de pequeno e micro porte, optantes pelo Simples Nacional, programa que você 
estudará a seguir.
A Cofins possui alíquota de 3% para todos os contribuintes, exceto para os 
optantes pelo lucro real, que desde 2004 tiveram sua alíquota alterada para 7,6%.
 VOCÊ 
 SABIA?
O ICMS é o imposto com maior participação nos recur-
sos financeiros arrecadados nos estados. As estimativas 
calculam uma representatividade de 80% na média. 
Para se ter uma ideia, devido à alta de representativida-
de desse imposto, de forma geral, os estados fazem a 
chamada “Guerra Fiscal”, com incentivos para estimular 
as atividades econômicas dentro de seu território, dimi-
nuindo cada vez mais a receita tributária entre eles. 
Agora que você conheceu os principais encargos tributários, saiba mais sobre 
as formas de tributação do lucro.
6.3 FormaS de tributação do lucro/Faturamento
A opção pela forma de tributação do lucro de uma empresa é extremamente 
importante, pois essa configuração definirá de que forma serão abatidos do lucro 
e das atividades das empresas, os impostos e suas respectivas faixas de incidên-
cia. Portanto, é essencial que os donos, diretores ou administradores da empresa 
realizem um estudo detalhado juntamente com um profissional qualificado ou 
por conta própria, caso tenham conhecimento para descobrir a forma mais van-
tajosa de tributar sua empresa. Atualmente, eles podem optar por três formas 
distintas, sendo elas:
Lucro real
Apuração trimestral 
ou anual
Todas as empresas
Faturamento acima 
de R$ 48 milhões
Melhor utilização: 
lucros lineares
Lucro presumido
Apuração trimestral
Todas as empresas
Faturamento entre 
R$ 3,6 e 48 milhões
Simples nacionalApuração anual
Apenas para micro e 
pequenas empresas
Faturamento até 
R$ 3,6 milhões
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Figura 20 - Formas de tributação do lucro
Fonte: Adaptado de Portal Tributário (2013)
Rotinas contábeis e gestão patRimonial - Volume 2148
É importante destacar que a legislação que está em vigor no Brasil não per-
mite que uma empresa altere seu modelo de tributação ao longo de um exercí-
cio, podendo mudar de sistema apenas com o fechamento de um ano contábil e 
passagem para o outro. A opção deve ser comunicada aos órgãos competentes 
do governo para que sejam aplicadas as novas alíquotas pertinentes ao sistema 
escolhido, que geralmente são recolhidas no início do ano em que é feita a opção. 
Ou seja, a empresa deve pensar muito bem antes de decidir que tipo de sistema 
utilizar e você como assistente de contabilidade pode auxiliar nessa decisão. Es-
sas três formas de tributação vão definir, como você viu brevemente no item an-
terior, a forma de apuração do IRPJ e da CSLL. Conheça um pouco mais a respeito 
de cada sistema.
• Lucro Real Anual x Trimestral
Atualmente, o lucro real pode ser realizado de duas maneiras. No anual, a em-
presa opta por realizar o pagamento antecipado dos tributos (IRPJ e CSLL), que 
incidem sobre seu lucro mensal estimado. O que acontece na prática é que se cal-
cula o lucro estimado da empresa sobre o faturamento, com base em um percen-
tual fixo. Ainda é possível realizar balanços mensais para reduzir as alíquotas do 
IRPJ e da CSLL quando comprovado que a empresa opera em prejuízo fiscal, isto 
é, quando a estimativa de lucro fica acima do que realmente a empresa está ob-
tendo. A outra maneira de realizar a apuração pelo lucro real é trimestralmente. 
Nesse formato, o IRPJ e a CSLL são calculados 4 vezes no ano, sem a necessidade 
de nenhuma antecipação, como ocorre durante os meses na modalidade anual. 
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Com relação à opção mais vantajosa, o lucro real anual é a melhor opção para 
empresas que apresentam grandes variações no faturamento e, consequente-
mente, nos seus lucros, pois assim a empresa poderá reduzir as alíquotas com os 
6 LegisLação societária e tributação 149
tributos, apresentando evidências de prejuízo contábil. Já pelo lucro real trimes-
tral, a vantagem fica por conta das empresas que apresentam faturamento linear. 
 FIQUE 
 ALERTA
Para que sua empresa faça a melhor escolha entre os sis-
temas de tributação, tanto a que você pretende trabalhar 
como no caso de possuir uma empresa própria, é muito 
importante que você saiba analisar as previsões de lucro 
com base no faturamento. Além disso, é necessário anali-
sar não só as incidências de IRPJ e da CSLL, mas o conjunto 
formado também por Cofins, ISS, PIS, IPI, ICMS, e INSS, 
pois muitas vezes os empresários optam por um sistema, 
analisando apenas um ou outro tributo, sem nem imaginar 
que um simples cálculo comparativo poderia reduzir suas 
alíquotas e que, dependendo do faturamento da empresa, 
pode significar muito dinheiro.
• Lucro presumido
No lucro presumido, o IRPJ e a CSLL têm sua apuração realizada trimestral-
mente. Nessa sistemática, não existe a opção de apuração anual.  As alíquotas 
que incidem para cada tributo são 15% ou 25% de IRPJ e 9% da CSLL, como você 
viu anteriormente, que vão ser complementados conforme os percentuais base 
que podem variar entre 1,6% a 32%. Essa variação, que depende da presunção da 
margem de lucro, irá incidir sobre faturamento, e dependerá do tipo de atividade 
da empresa. Ou seja, se a empresa notar que tem uma margem de lucro efetivo 
de 20%, mas que pelo seu tipo de atividade dentro do lucro presumido a margem 
está em 11%, seria extremamente válido para a empresa optar pelo regime de 
lucro presumido. Um detalhe com relação às empresas que escolhem esse tipo de 
tributação, é que elas não podem usufruir dos créditos do PIS e da Cofins, mesmo 
contribuindo com percentuais menores.
• Simples Nacional
O Simples Nacional foi instituído a partir de 2006 buscando ser uma alternati-
va aos regimes tributários mais complexos, simplificando uma série de alíquotas, 
além de possuir seus valores bem reduzidos para empresas pequenas que optem 
por esse regime. Devido aos benefícios das alíquotas reduzidas, obviamente exis-
tem restrições às empresas que podem optar por essa sistemática de tributação. 
Como abordado anteriormente, a principal restrição é a receita bruta anual, que 
não pode ultrapassar 3,6 milhões de reais no ano anterior ao da opção. Um de-
talhe importante com relação ao simples é que as alíquotas são proporcionais às 
faixas de receita, ou seja, quanto mais a empresa faturar, maior será o percentual 
da alíquota. Isso serve de alerta para opção por outras formas, como lucro presu-
mido e real, que podem ser mais vantajosas.
Rotinas contábeis e gestão patRimonial - Volume 2150
6.4 eScrituração do livro de apuração do lucro real
O Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur) é amplamente utilizado na contabi-
lidade e começou a ser realizada a partir de 1977. Trata da apuração, ou seja, da 
verificação do lucro real da empresa que deverá ser tributado pelo imposto de 
renda relativo à sua natureza em cada período de atividade da empresa, assim 
como outros itens que possam integrar seus lucros no futuro. Esse livro de escri-
turação fiscal é obrigatório para os contribuintes (pessoas jurídicas) do imposto 
de renda baseado no sistema do lucro real.
A escrituração do Lalur pode ser dividida em duas partes, conforme você pode 
visualizar a seguir. 
LALUR
A
• Refere-se a registros passados
• Lançamento de ajustes no lucro líquido (adições ou 
exclusões)
• Escrituração sequencial
• Ordem cronológica 
• Objetivo: transcrição da demonstração do lucro real
B
• Refere-se a registros futuros
• Registro de valores com influência futura
• Escrituração: 1 conta por folha
• Controle individual
• Objetivo: controle de valores fora da escritu-
ração
Quadro 2 - Estrutura da escrituração do Lalur
Fonte: Adaptado de Secretaria da Fazenda (2013)
Portanto, a função do Lalur é a realização de ajustes nos demonstrativos con-
tábeis para que a declaração de IR contenha adições, exclusões do lucro líquido, 
incluindo valores futuros como os de depreciação, juros e financiamentos, por 
exemplo.
Além dos itens expostos na figura anterior, a parte A do Lalur também detalha 
os lançamentos em adições e exclusões na forma de contas individualizadas, dis-
criminadas em grupos com base nos seus valores e natureza dos itens. Já na parte 
B serão inseridos os valores de tributação referentes a itens que farão parte dos 
próximos períodos de exercício da empresa, tanto de adição, como subtração, 
tais como variações de câmbio, despesas vindouras que não foram contadas no 
período de apuração atual, além de possíveis compensações advindas de preju-
ízos fiscais de períodos anteriores, que devem possuir controle para que sejam 
feitos cálculos de dedução dos valores pagos a mais.
Os lançamentos realizados no Lalur ainda dependerão do regime de apuração 
escolhido pela empresa. Os prazos de lançamento e apuração dos dados irão va-
riar entre trimestral e anual como são os formatos do regime de lucro real.
6 LegisLação societária e tributação 151
 SAIBA 
 MAIS
Você deve imaginar que para a realização da escrituração do 
livro de apuração do lucro real existam formas mais práticas 
e simples para executar as atividades necessárias, certo? Os 
tempos modernos exigem que as informações sejam gera-
das de maneira rápida e confiável e, por isso, um sistema 
manual às vezes pode se tornar ultrapassado. Com isso, os 
softwares que realizam as tarefas do sistema contábil, muitas 
vezes são a solução ideal para complementar as atividades 
da contabilidade agilizando e modernizando seu sistema de 
análise. Para saber mais sobre softwares que envolvem ge-
renciamento de informações contábeis, e inclusive sobre es-
crituração do Lalur, acesse: <https://www.sistemascontabeis.com.br/Livre/SistemaDeApuracaoDoLucroRealLivroLalur.
aspx>. Boa pesquisa!
6.5 obrigaçõeS tributáriaS aceSSóriaS
As obrigações tributárias, apesar de serem basicamente conhecidas pelos pro-
fissionais de direito privado e direito tributário, também devem ser de conheci-
mento dos assistentes de contabilidade. Essas obrigações nada mais são do que 
a consequência de um fato imponível (quando existe a possibilidade ou hipótese 
de que esse fato realmente aconteça) que foi consumado. Em outras palavras, a 
possibilidade que virou realidade, ou também pode ser considerada como o vín-
culo existente entre um credor e um devedor. Portanto, as obrigações tributárias 
possuem as seguintes características:
Obrigações
Lei
Sujeito 
ativo
Sujeito 
passivo
Fato
gerador
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Figura 21 - Estrutura das obrigações tributárias
Fonte: Adaptado de JusBrasil (2013)
Rotinas contábeis e gestão patRimonial - Volume 2152
Inicialmente, existe a lei que tem a responsabilidade de criar ou instituir deter-
minado tributo ou imposto. Os órgãos do governo responsáveis por essas defini-
ções podem ser vários, como você viu ao longo do estudo, e vão desde a Receita 
Federal ao Ministério Público, como a própria Secretaria da Fazenda. São esses 
órgãos que definirão as alíquotas, as isenções, e a abrangência dos contribuin-
tes, assim como o fato gerador e os outros itens que compõem a obrigação em 
questão. Já o fato gerador, nada mais é do que o centro da obrigação, o motivo 
pelo qual ele foi criado, sendo sua própria natureza jurídica. Os sujeitos passivos 
e ativos realizam o vínculo entre o credor e o devedor da obrigação fiscal, sendo 
que o primeiro cobra e o segundo paga. Essas obrigações ainda se dividem em 
dois tipos, conforme a próxima figura. 
• 
Também chamada de Pecuniária
Ex: Pagamento do ISS
Obrigação de pagar o tributo/valor devido
• 
• 
Principais
• 
Também chamadas de prestação Negativa ou Positiva
Ex: Emissão de nota fiscal
Ações ou omissões que auxiliem o controle do fisco
• 
• 
Acessórias
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3)
Figura 22 - Tipos de obrigações
Fonte: Adaptado de JusBrasil (2013)
Como você viu no capítulo 4, as notas fiscais são um exemplo bem claro das 
obrigações acessórias, que auxiliam o controle da obrigação que foi paga ou rea-
lizadas nos períodos analisados pelo fisco ou demais interessados.
Veja, a seguir, um caso interessante sobre o assunto estudado nesse capítulo.
caSoS e relatoS
Adequação ao Sistema de Escrituração digital
A tributação é uma parte integrante de todas as empresas, independente 
de seu porte ou ramos de atuação. Muitas delas verificam que a adoção de 
determinadas formas de tributação podem ter impactos dos mais variados 
nos resultados da empresa. Foi o que constatou a Peugeot que, em 2007, 
foi obrigada a se adequar ao SPED, Sistema de Escrituração Digital. A em-
presa realizou a implementação gradual dos módulos do SPED para que o 
choque nas rotinas contábeis não fosse tão grande, garantindo, assim, uma 
oportunidade para aumentar o controle fiscal e garantir que as obrigações 
6 LegisLação societária e tributação 153
tributárias acessórias exigidas pelo governo fossem atendidas da melhor 
maneira possível e com rapidez. Empresas de grande porte possuem a pos-
sibilidade de customizar softwares de gestão contábil e fiscal para otimizar 
sua gestão de informações e garantir que todas as obrigações sejam cum-
pridas de maneira adequada. Cabe aos gestores das empresas, junto com 
os contadores, decidir o que é mais vantajoso para garantir o cumprimento 
da legislação e dos tributos impostos por ela.
Muito bem! Você chegou ao final do último capítulo que trata das questões re-
lativas à contabilidade. Agora você já está apto para aprofundar seu conhecimen-
to nas diversas áreas contábeis e profissões que estudou ao longo do capítulo 
2. Com todos os conhecimentos adquiridos até aqui, podemos afirmar que você 
está preparado para atuar no ramo contábil.
recapitulando
Ao longo dos capítulos, você viu diversas questões envolvendo teoria e 
exemplos simples a respeito dos conceitos, princípios, demonstrações 
e ferramentas utilizadas na contabilidade e por seus profissionais. Co-
nheceu também as questões trabalhistas e de legislação que envolvem 
o papel do assistente de contabilidade, como cálculo de folhas de pa-
gamento, férias e outros direitos dos trabalhadores, além dos principais 
tributos e contribuições que podem incidir sobre as instituições públicas 
e privadas. Outro ponto foram as características de apuração do lucro das 
empresas e os possíveis regimes que elas podem adotar, cabendo ao as-
sistente de contabilidade a análise do mais vantajoso. Mas saiba que este 
é só o início de um caminho de conhecimento e aprendizado dentro da 
contabilidade. As oportunidades estão à sua frente, basta focar nos estu-
dos e se dedicar, colocando em prática os conceitos vistos aqui. Agora, o 
convite é para aprender um pouco mais sobre as ferramentas da informá-
tica que podem auxiliar no trabalho do assistente de contabilidade.
7
aplicação na informática
Depois de todo o conteúdo aqui apresentado, você deve estar se perguntando como será 
feita a contabilidade propriamente dita? No papel? Em um caderno? Pelos meios digitais? Na 
atualidade, e devido à grande quantidade de informações que certos ramos da contabilidade 
devem analisar, é imprescindível que se utilize de ferramentas digitais para o processamento, 
armazenamento e apresentação dessas informações. Nesse sentido, você verá algumas ferra-
mentas úteis para os profissionais da contabilidade. 
Ao final deste capítulo você terá subsídios para realizar as atividades comuns do dia a dia de 
um contador como:
• redigir textos de maneira padronizada e com inúmeras possibilidades de configuração;
• pesquisar informações bibliográficas e obrigatórias por lei por meio de um navegador de 
internet;
• realizar extensos cálculos mediante planilhas que permitem a inserção de fórmulas, gráfi-
cos e uma série de outras funções capazes de auxiliar as tarefas do dia a dia do profissional 
contábil.
Rotinas contábeis e gestão patRimonial - Volume 2156
7.1 microSoFt excel
A ferramenta Excel, do Microsoft Office, pode ser muito útil para o profissio-
nal da contabilidade por apresentar possibilidades ilimitadas de armazenamen-
to, registro e análise dos dados utilizados pelos profissionais da contabilidade ao 
executarem suas tarefas que, como você viu, podem ser desde a compilação, de-
talhamento, análise e verificação de informações contábeis para diversos tipos de 
utilização. Além da facilidade de manipulação, o Excel oferece fórmulas prontas 
utilizadas em análises contábeis e auditorias, além de outras funções que possam 
ser convenientes na atividade a ser realizada. O formato de apresentação e aná-
lise dos dados podem ser feitos tanto por tabelas como por gráficos e figuras. A 
seguir você confere uma figura com a tela inicial do Excel, que também é conhe-
cida como planilha.
M
ic
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so
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7)
Figura 23 - Microsoft Excel
 VOCÊ 
 SABIA?
O Excel é uma ferramenta muito completa podendo in-
clusive se tornar substituto de outras ferramentas como 
o Word e o PowerPoint para usuários avançados, devido 
ao grande número de funcionalidades e personalizações 
possíveis dentro de cada planilha de trabalho.
Na contabilidade, as planilhas do Excel podem ser muito úteis quando é preci-
so realizar ou padronizar formatos para recibos de abono pecuniário, férias e pa-
gamento de salários, pois o Excel permite estruturar esses recibos, comprovantes 
e outros documentos da forma mais adequada à realidade de cada empresa. Leia 
mais no exemplo, no Casos e relatos, a seguir.
7 AplicAção nA informáticA 157
caSoS e relatoS
Automatização e padronização com o Excel
Muitos empresários na atualidade, apesar de possuírem negócios e em-
presas muito rentáveis, ainda são muito resistentes a mudanças. Isso é um 
problema principalmente cultural, pois a pessoa

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