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A eficácia da fisioterapia na reabilitação imediata de paciente pós-operatório de fratura diafisária do fêmur utilizando haste intramedular revisão bibliográfica

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1 
 
A eficácia da fisioterapia na reabilitação imediata de paciente 
pós-operatório de fratura diafisária do fêmur utilizando haste 
intramedular: revisão bibliográfica 
 
 
Adrião Severiano Nunes
1
 
adriaonunesft@gmail.com 
Dayana Priscila Maia Mejia
2
 
Pós-graduação em Fisioterapia em Reabilitação na Ortopedia e Traumatologia com ênfase em Terapia 
Manual – Faculdade Ávila 
 
Resumo 
Introdução: A fratura de fêmur é significativa quanto à morbidade e mortalidade, 
na maioria das vezes é causada por traumas violentos e podem levar a 
complicações. Nelas o tratamento cirúrgico é o mais aconselhável, dentre os 
métodos de tratamento das fraturas diafisárias do fêmur estão às hastes 
intramedulares. A osteossíntese com haste intramedular permite o realinhamento do 
osso, a rápida regeneração e união da fratura e o uso funcional precoce do membro. 
O tratamento fisioterapêutico sendo iniciado logo após a cirurgia, leva a uma 
grande recuperação da mobilidade e evita sequelas. Objetivo: demonstrar a eficácia 
do tratamento fisioterapêutico na reabilitação imediata de pacientes no pós-
operatório de fratura diafisária de fêmur utilizando haste intramedular. 
Metodologia: Esta pesquisa foi elaborada a partir da análise de material cientifico 
disponíveis nas bases de dados indexadas: Scielo, Google Acadêmico e livros 
nacionais referentes ao tema escolhido. Resultados e Discussões: A haste 
intramedular é a técnica de fixação cirúrgica mais indicada, por apresentar 
melhora na estabilidade rotacional, ainda permite compressão axial e sustentação 
de peso. O tratamento mostrou-se eficaz, permitindo o uso de diversas técnicas, 
como: cinesioterapia, proporcionando mobilização imediata do paciente, resultando 
em recuperação eficaz e garantindo ao mesmo retorno imediato nas suas atividades 
de vida diária. Conclusão: Foi evidenciada a eficácia do método que usa haste 
intramedular na reabilitação imediata do paciente, pois apresenta vantagens sobre 
outros métodos, dentre os quais destacam-se o tempo de consolidação e mobilização 
precoce do paciente. 
Palavras – Chave: Fratura diafisária, Fêmur, Haste intramedular, Fisioterapia. 
 
 
 
1
Pós-graduando em Fisioterapia em Reabilitação na Ortopedia e Traumatologia com ênfase em Terapia Manual. 
2
Orientadora: Fisioterapeuta. Especialista em Metodologia do Ensino Superior. Mestranda em Bioética e Direito 
em Saúde. 
2 
 
INTRODUÇÃO 
 
O fêmur é o mais longo e pesado osso do corpo humano, composto por uma diáfise e 
duas epífises, articula-se proximalmente com o osso do quadril e distalmente com a 
patela e a tíbia, está envolto por grandes massas musculares e desempenha um 
importante papel na sustentação do esqueleto. 
Suas extremidades fazem conexão proximal com a articulação do quadril que chama -
se coxo-femoral e existem 3 eixos: transversal, vertical e ântero-posterior, os 
músculos que compõem esta articulação representam um papel importante e 
essencial na estabilidade e movimentação do quadril e sua conexão distal liga -se 
com a articulação do joelho (tíbia, patela e fíbula) que também tem o papel de 
estabilizadores estáticos que são os ligamentos, ligamento cruzado anterior (LCA), 
ligamento cruzado posterior (LCP), ligamento colateral medial (LCM), ligamento 
colateral lateral (LCL), e o tendão patelar, outra função é a movimentação através 
dos músculos que envolvem o fêmur, que podem ser chamados de estabilizadores 
dinâmicos (NETTER, 2000); Settineri (1988), os vasos sanguíneos que passam pelo 
fêmur são: artéria femoral, femoral profunda, circunflexa femoral medial e lateral, 
obturatória, veias safena magna, parva e perfurante (superficiais e profundas). 
(THOMPSON & FLOYD, 2002). 
Dentre as possíveis fraturas que ocorrem neste osso, observa-se que uma das 
principais fraturas é a fratura diafisária, que ocorrem geralmente, por trauma de alta 
energia, acidente automobilístico, atropelamento, esmagamento, queda de uma altura 
significativa, acometendo predominantemente, adultos jovens, homens (55%), 
havendo discreta predominância do lado direito (52%), (PIRES, 2006). 
Schwaertsmann (2003), afirma que ocorre em todas as faixas etárias e mais 
comumente em adultos jovens. 
O mecanismo de trauma varia de acordo com a faixa etária, nas crianças são por 
maus tratos e queda o que representam 80% das crianças abaixo de dois anos. Em 
crianças menores de 6 anos ainda prevalecem os maus tratos como a principal causa, 
chegando a até 30% dos casos (PEREIRA, 2004). Cunha (2007), afirma também que 
o principal mecanismo de trauma para os adultos jovens é acidente automobilístico, 
mecanismo de alta energia. 
Existem estudos, com dados epidemiológicos dessas fraturas, que apontam para uma 
característica bimodal, em relação aos dois grupos mais acometidos: os jovens (entre 
15 e 40 anos) envolvidos em acidentes de alta energia (trânsito, ferimentos por 
armas de fogo, quedas de grandes alturas), e os idosos (acima de 60 anos), sexo 
feminino (65%), com traços de fratura menos instáveis, sem traumas associados, em 
acidentes de baixa energia (quedas de própria altura ou torções). (MORAES, et al, 
2009). 
O custo social e econômico da fratura de fêmur eleva-se ainda mais pelo fato de que 
após um período de tempo variável de internação o paciente principalmente o idoso, 
enfrenta altas taxas de mortalidade, necessitando de cuidados médicos intensivos e 
programas de reabilitação por longos períodos (SAKAKI, 2004). 
Dependendo de sua localização as fraturas da diáfise do fêmur podem se dividir em 
diafisárias altas ou subtrocanterianas, centrodiafisárias e diafisárias baixas. 
Morfologicamente dividindo-se em transversas, oblíquas, com terceiro fragmento, 
bifocais e cominutivas.(CARRIL, 2001). 
Em um Estudo realizado por Pires (2006), ele explica que as classificações mais 
3 
 
utilizadas, são as do grupo AO – ASIF (Arbeitsgemeinschaft fur Osteosynthesefragen 
– Association for Study of Internal Fixation) -(Associação Suíça para o estudo da 
Osteossíntese) que indica localização do traço de fratura e grau de cominuição com 
um total de 27 tipos. 
O diagnóstico clínico é realizado por uma inspeção onde observa-se deformidade 
visível ou mobilidade anormal, e corretamente o estado das partes moles, com vistas 
à presença de contusões, escoriações, avulsões da pele, sensibilidade e sua 
motricidade. O diagnóstico por imagem deve ser em ântero-posterior e perfil e na 
suspeita de lesão arterial, a arteriografia é indicada (SCHWAERTSMANN, 2003). 
Entre as pesquisas realizadas, por Pereira et al. (2004); Pires et al. (2006); Rotbande et 
al. (2000), o mais aconselhável é o tratamento cirúrgico nas fraturas da diáfise do 
fêmur, a osteossíntese produz uma adequada redução e estabilização dos fragmentos 
ósseos, permitindo ao paciente recuperação funcional mais acelerada, seus métodos 
mais utilizados são: Redução aberta e fixação interna com placas e parafusos; Haste 
intramedular bloqueada ou não, juntamente com a fixação externa. Tendo algumas 
complicações básicas de qualquer fratura: Infecção, perda da redução, pseudo-artrose, 
em todo o tratamento deve ser precoce, buscando eliminar a causa e a alteração óssea. 
O tratamento de escolha para a fixação das fraturas da diáfise de fêmur no adulto 
é redução anatômica mais fixação cirúrgica, permitindo o alinhamento da fratura, 
fixação rígida e mobilização articular precoce. As fraturas da diáfise do fêmur 
tratadas pelo método conservador não permitem alinhamento correto e trazem 
dificuldade para deambulação (FERNANDES, 1997). 
Sabe-se que o método conservador é através da tala gessada,gesso fechado, ou 
suporte com ligaduras elásticas. Pois o tratamento da maioria das fraturas de fêmur é 
cirúrgico. Conforme um estudo realizado por Muniz (2007), o tratamento instituído 
em 79 (88,76%) dos pacientes foi a intervenção cirúrgica enquanto que em 10 
(11,24%) não foram realizados cirurgias. 
Em uma osteossíntese, se as forças de tração e compressão não são 
adequadamente aplicadas ao osso, este se atrofia, levando a retardo da 
consolidação ou favorecendo novamente uma fratura, no futuro, (RAMOS, 
1995). 
Segundo Santos (2007), para o tratamento de fraturas femorais existem algumas 
técnicas cirúrgicas, em algumas delas o paciente precisa de repouso prolongado, pois a 
haste pode se movimentar e prejudicar a consolidação óssea, porém na técnica da 
haste intramedular bloqueada a haste fica fixa e permite a mobilização precoce do 
paciente, o que é de grande importância para todos os sistemas corporais e permite um 
resultado rápido e eficiente na reabilitação em fase hospitalar. 
Com o aumento na incidência das fraturas complexas devido aos acidentes de alto 
impacto, passou-se a utilizar sistema de hastes bloqueadas, idealizado por Kempf & 
col. e Taylor & Russel, com indicação em praticamente todas as fraturas diafisárias, 
sendo o método de eleição nos países onde o material é disponível , (ALMEIDA, 
1994). 
Para Schatzker (1994), como modo de fixação de extremidades que suportam carga, 
a fixação intramedular tem vantagens consideráveis. 
Para fraturas de ossos longos, a haste revolucionou o tratamento de muitas fraturas, 
que até alguns anos seriam tratadas por repouso prolongado no leito. O trauma é 
menor do que com técnicas abertas e resulta em diminuição da permanência no 
hospital, mobilização mais rápida do paciente e reabilitação com risco mínimo de 
complicações associadas com a imobilidade. Essa haste de metal arredondada é 
4 
 
introduzida na extremidade do osso através do canal medular e pode ser travada com 
parafusos distal e proximalmente (TAVARES, 2009). 
Segundo Reis (1998), na presença de cominuição ou quando a fratura localiza -se 
abaixo do istmo, encontramos melhor recurso nas hastes intramedulares bloqueadas. 
Este método pode ser empregado a foco fechado, evitando a desvitalização dos 
tecidos, havendo vantagem biológica. O bloqueio da haste é obtido por meio de 
parafusos passando pelo fragmento proximal e distal. 
No fêmur, a utilização conjunta de hastes intramedulares bloqueadas permite a 
retirada do fixador externo, linear ou circular, logo após o término do processo de 
alongamento, não sendo necessário aguardar a demorada maturação do regenerado 
ósseo. Esta conduta possibilita melhor e precoce reabilitação funcional, reduzindo o 
tempo de imobilização, utilizando recursos fisioterapêuticos (ROTBANDE et. al. 
2000). 
Para Volpon (1997), a fixação interna também é usada no tratamento da fratura 
diafisária do fêmur, mas em menor escala, pois apresenta algumas desvantagens 
como tempo cirúrgico maior, desvitalização de tecidos moles e ósseos, maior 
incidência de infecção, maior perda sanguínea e outros riscos inerentes ao método 
cirúrgico. 
O período de recuperação pós-cirurgia ortopédica demanda um período de 
imobilização para recuperação e consolidação do tecido ósseo, sendo que esse 
imobilismo, se não receber o tratamento e os cuidados devidos podem acarretar 
sequelas e limitações físicas e até psicológicas ao paciente (SANTOS, 2007). 
O presente trabalho se faz necessário para comprovar a eficácia do tratament o 
fisioterápico na reabilitação de pacientes com fratura diafisária de fêmur tratada 
cirurgicamente utilizando como método de fixação a haste intramedular. Buscando 
possibilitar ao paciente, a redução das complicações no período pós-operatório, 
estimulando a movimentação do membro lesado, visando sempre à estimulação da 
consolidação da fratura para que ele possa deambular o mais breve possível e com o 
mínimo de comprometimento. 
 
METODOLOGIA 
 
Este trabalho foi elaborado a partir da análise de materiais como artigos científicos 
publicados em revistas, livros nacionais e monografias, sendo realizada uma 
pesquisa na base de dados indexada: Scielo, Google Acadêmico e livros que fazem 
referência ao tema escolhido, onde foram analisados os materiais que estavam 
disponíveis na língua portuguesa. Período da pesquisa: 6 meses (agosto de 2011 à 
fevereiro de 2012). 
As palavras chave utilizadas foram: fratura diafisária, fêmur, fisioterapia, haste 
intramedular. 
Critérios de inclusão: Materiais científicos na língua portuguesa; Artigos 
encontrados na base de dados pesquisadas; Livros nacionais. 
Critérios de exclusão: Materiais científicos não correlatos ao tema. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
A fratura de fêmur é significativa quanto à morbidade, mortalidade e impacto 
5 
 
socioeconômico nos países em desenvolvimento. Em geral causam grandes 
limitações, como dor intensa, deformidade, edema, sensibilidade local acentuada, 
espasmo muscular e na maioria dos casos perda da função, impossibilitando as 
atividades de vida diária. 
Atualmente, as fraturas femorais são mais complexas, porque as lesões são 
provenientes de traumas de alto grau de energia cinética. Em conseqüência, as 
fraturas tornaram-se mais cominutivas, mais instáveis e, geralmente, não são 
isoladas, havendo também comprometimento de outros segmentos corpóreos. A 
possibilidade de ocorrer fratura deste osso é alta devido ao seu comprimento, tendo o 
paciente dificuldades na consolidação e na reabilitação do membro acometido. 
A osteossíntese com haste intramedular permite o realinhamento do osso, a rápida 
regeneração e união da fratura e o uso funcional precoce do membro. A maior 
limitação para seu uso é sua inadequada fixação nas fraturas cominutivas ou 
localizadas mais próximas às metáfises (MORELLI, 1993). 
De acordo com Engel (2009), a principal vantagem da haste intramedular bloqueada 
é otimizar o resultado funcional, evitando a consolidação viciosa. As fraturas 
diafisárias do fêmur devem ser fixadas precocemente (no máximo em 48h) em 
pacientes politraumatizados, pois estudos demonstram que a demora no 
procedimento aumenta o risco de complicações clínicas graves . 
A rigidez do joelho é a complicação mais comum nas fraturas da diáfise femoral. Se 
os músculos forem exercitados, é provável que a mobilização do joelho retorne 
mesmo após um longo período de imobilização (APLEY, 1998). 
É importante que o fisioterapeuta tenha a compreensão básica dos procedimentos 
cirúrgicos mais comuns de tratamento de doenças e deformidades articulares e um 
conhecimento minucioso de intervenções apropriadas com exercícios 
fisioterapêuticos e sua progressão para um programa de reabilitação pós -operatório 
efetivo e seguro (KISNER, 2005). 
Todo programa de reabilitação tem como objetivo final, fazer com que o indivíduo 
volte a ter um estilo de vida que seja o mais próximo possível de seu nível pré-
mórbito de função, ou, alternativamente, maximizar e manter seu atual potencial 
funcional (O’SULLIVAN, 2004). 
A realização de alguns procedimentos essenciais na avaliação, como a anamnese, 
inspeção, palpação do membro, exame físico, análise de exames complementares, 
técnica cirúrgica utilizada e ainda os resultados da cirurgia, tornam-se de suma 
importância para o fisioterapeuta, pois vai garantir ao mesmo traçar os objetivos e 
condutas com segurança utilizando as técnicas adequadas, possibilitando um 
resultado eficaz no tratamento. 
O objetivo principal do tratamento pós-operatório é primeiro posicionar o paciente 
em pé e em movimento o mais rápido possível e então retorná-lo ao nível de sua 
função anteriora lesão. 
O protocolo fisioterapêutico acelerado na reabilitação da fratura diafisária do fêmur 
visa principalmente o alívio da dor, redução de edema, manter ou restaurar a 
amplitude de movimento das articulações, força e resistência muscular, flexibilidade 
e mobilidade, propriocepção, preservar a velocidade de consolidação da fratura pela 
atividade e retornar o paciente à função o mais precocemente possível. 
É importante ressaltar a avaliação do membro não fraturado, como nos 
procedimentos de mensuração da amplitude de movimento (ADM) ativa e passiva, 
principalmente no nível da articulação do joelho e verificar a graduação da força 
muscular de todo o membro para que se tenha uma comparação da evolução do 
6 
 
paciente após o tratamento. 
Paschoal (2000) avaliou clinicamente os resultados de tratamento de 103 fraturas 
femorais instáveis com o uso do método de haste intramedular bloqueada FMRP 
(Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto) desenvolvida em Ribeirão Preto, onde 
dessas 100 fraturas (97,09%) consolidaram, em média 16,72 semanas, o trabalho da 
fisioterapia iniciou-se no 4º dia após a cirurgia, começando com contrações 
isométricas dos grupos musculares do membro inferior, encorajando o paciente a 
deambular com andador permitindo carga parcial de até 20 quilos, medidos em 
balança, durante o tratamento foi permitido nos primeiros dias de pós-operatório e 
após 8 semanas a deambulação com auxílio de muletas e carga parcial no membro 
operado. 
Matias (2006), realizou uma pesquisa com 3 pacientes que foram submetidos à 
cirurgia ortopédica para colocação de haste intramedular após fratura de fêmur, onde 
os mesmos foram encaminhados para a Clínica Escola de Fisioterapia no 7 º dia pós 
operatório pelo cirurgião ortopedista e realizaram 10 sessões de fisioterapia, nessa 
pesquisa analisou-se os efeitos da cinesioterapia na reabilitação precoce de fraturas 
diafisárias do fêmur com haste-intramedular, mostrando êxito no tratamento como 
diminuição do quadro álgico, edema, aumento de força muscular, amplitude de 
movimento, possibilitando aos pacientes o retorno precoce às suas atividades de vida 
diária. 
Stadinick (2002) realizou uma pesquisa onde os pacientes foram divididos em dois 
grupos, um grupo realizou exercício isométrico no membro acometido, e o outro 
grupo, não realizou devido a dor. Os exercícios isométricos são usados na fase 
inicial da reabilitação sem perigo de aumentar a irritação da articulação, visto que 
esta se mantém imóvel, garantindo aumento da força muscular, contribuindo para 
evitar atrofia e ajudando na diminuição do edema. 
Para Reis (1998), no pós-operatório o paciente é mantido de maneira que o quadril e o 
joelho permaneçam fletidos em torno de 90º e após o 3º dia de pós-operatório, é 
orientado a realizar exercícios isométricos para o quadríceps. Após melhora da 
sintomatologia dolorosa, o paciente é orientado a iniciar a marcha apoiado a 2 muletas 
com carga parcial de 30 % de seu peso. 
Tavares (2009) realizou uma pesquisa bibliográfica na qual concluiu que, a haste 
intramedular é o tratamento cirúrgico mais utilizado por promover bons resultados e 
diminuir a permanência do paciente no hospital, o que diminui o risco de 
imobilidade fazendo com que ele inicie o tratamento fisioterapêutico imediatamente. 
No Quadro 1 observa-se uma comparação entre os autores no que diz respeito ao 
tempo médio de consolidação da fratura, início do tratamento fisioterapêutico e 
condutas realizadas no pós-operatório imediato. 
Ressalta-se que na tabela acima Stadinick (2002) e Reis (1998), não definiram o 
tempo de consolidação da fratura. Stadinick (2002) e Tavares (2009) , não citaram o 
início do tratamento fisioterapêutico no pós-operatório. 
Com isso verificou-se nesta pesquisa, através da análise do tratamento realizado 
pelos autores, uma consolidação da fratura que durou em média de 12 – 16 semanas, 
tendo algumas complicações básicas de qualquer fratura, porém uma mobilização 
precoce do paciente, no qual o tratamento de escolha foi a cinesioterapia com 
exercícios isométricos de quadríceps e deambulação precoce com auxilio de muletas 
e carga parcial do membro operado, garantindo ao paciente uma reabilitação eficaz e 
retorno imediato às atividades de vida diária. 
 
7 
 
 
Autores 
Tempo de 
consolidação 
(semanas) 
Início do tratamento 
(pós operatório) 
 
Tratamento 
fisioterapêutico 
 
Resultados 
 
PASCHOAL 16 4º dia Cinesioterapia Deambulação com 
auxílio e carga parcial. 
 
MATIAS - 7º dia Cinesioterapia Retorno precoce às 
atividades de vida diária. 
 
STADNICK - - Cinesioterapia ativa Ganho de força muscular 
e diminuição do edema. 
REIS - 3º dia Cinesioterapia 
 
Inicio da marcha com 
auxílio. 
TAVARES 12 - Crioterapia 
Cinesioterapia 
Marcha com auxílio. 
Tabela 1: Comparação dos estudos entre os autores. 
 
CONCLUSÃO 
 
No presente trabalho verificou-se através de análise em base de material científico 
que o tratamento fisioterapêutico na reabilitação de pacientes que foram submetidos 
à cirurgia ortopédica de fratura diafisária de fêmur utilizando a técnica de haste 
intramedular se faz necessário e imprescindível, pois garante consolidação em um 
período considerado curto comparado a outros métodos utilizados. 
A haste intramedular é a técnica de fixação cirúrgica mais indicada, por apresentar 
melhora na estabilidade rotacional, ainda permite compressão axial e sustentação de 
peso. O tratamento fisioterapêutico mostrou-se eficaz, permitindo o uso de diversas 
técnicas, como: cinesioterapia através de exercícios isométricos de quadríceps e 
deambulação precoce com auxilio de muletas e carga parcial do membro operado 
proporcionando mobilização imediata do paciente, resultando em uma recuperação 
eficaz e garantindo ao mesmo retorno imediato ás suas atividades de vida diária. 
 
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