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5 2 Produtividade Média e Produtividade Marginal

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Prévia do material em texto

Produtividade Média e Produtividade 
Marginal
APRESENTAÇÃO
Nesta Unidade de Aprendizagem veremos o conceito de Produtividade e a Lei dos rendimentos 
marginais decrescentes, muito importantes e presentes no ambiente empresarial, cada vez mais 
concorrencial. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Distinguir a produtividade média e a produtividade marginal do fator de produção 
empregado.
•
Calcular a produtividade média e marginal de um fator de produção definido.•
Definir a lei dos rendimentos marginais decrescentes.•
DESAFIO
Ratificando o enfoque acerca da função de produção, ou seja, como as relações produtivas entre 
insumos produtivos pode afetar a decisão de produzir por parte das firmas, iniciaremos o nosso 
desafio considerando uma fazendo de área produtiva.
Suponhamos então que essa fazenda possua uma determinada área cultivável de 10 hectares 
produzindo soja. Desse modo, a área física da fazenda representa o fator de produção que 
permanece fixo e a mão de obra será o fator de produção variável.
Desse modo, a função de produção da fazenda produtora de soja será:
P = f (K, L), em que: 
K é o capital físico, representado pela própria fazenda; 
L é o trabalho, representado pela mão de obra empregada.
Vamos considerar o desejo do empresário de medir a produtividade da fazenda na produção de 
soja, a partir do fator de produção trabalho. Desse modo, temos que destacar dois importantes 
conceitos:
- Produtividade média do trabalho (Pme): 
A produtividade media do trabalho é obtida a partir da divisão da produção total (toneladas de 
soja colhida) pela quantidade de fator trabalho empregado (número de trabalhadores). 
Pme = Produção total/quantidade de trabalhadores empregados 
- Produtividade Marginal do trabalho (PMg):
A Produtividade Marginal do fator trabalho é obtida pela variação na produção total decorrente 
da variação da quantidade de trabalhadores empregados.
PMg = Produção total/quantidade de trabalhadores empregados 
De acordo com os dados apresentados, você foi contratado para auxiliar no cálculo dos 
indicadores de produtividade dessa fazenda.
I) Considere a produção de soja a partir do fator de produção trabalho (mão de obra), conforme 
dados a seguir.
a) Calcule a produtividade média do fator trabalho ao longo do processo de produção. 
b) Calcule a produtividade marginal do fator trabalho ao longo de processo de produção. 
c) Como analista de produtividade, analise ambos os indicadores calculados. 
INFOGRÁFICO
A lei dos rendimentos marginais decrescentes é o resultado da combinação entre os fatores de 
produção fixo e o fator de produção variável. Veja:
 
CONTEÚDO DO LIVRO
Se os mercados são um mecanismo tão poderoso de eficiência, por que uma parcela tão grande 
de produção tem lugar em grandes organizações? Uma questão relacionada com esta é a 
seguinte: Por que algumas empresas avançam com uma estrutura de produção integrada, 
enquanto outras compram fora uma grande parcela dos produtos que vendem? Por exemplo, 
antes de 1982, a AT&T estava integrada vertical e horizontalmente, fazendo a sua própria 
pesquisa e desenvolvimento, projetando e produzindo o seu próprio equipamento, instalando e 
alugando telefones e fornecendo o serviço telefônico. Em contrapartida, a maioria dos 
computadores pessoais é produzida por montadores que compram drives, circuitos, monitores e 
teclados de produtores externos, e depois montam e vendem.
Essas questões centrais de organização industrial foram levantadas pela primeira vez por Ronald 
Coase, em um estudo inovador pelo qual recebeu o prêmio em 1991. Essa interessante área 
analisa as vantagens comparativas da organização da produção por meio do controle 
hierarquizado das empresas quando comparado com as relações contratuais do mercado.
Por que a organização deve ser eficiente por meio de empresas? Talvez a razão mais importante 
seja a dificuldade em elaborar contratos complexos que cubram todas as contingências. Por 
exemplo, suponha que a Soneca S.A. acredita que descobriu um medicamento milagroso para 
curar a preguiça. A Soneca fez a pesquisa em seus próprios laboratórios ou a encomendou no 
exterior, de outra empresa, a WilyLabs S.A.?
O problema de comprar de terceiros é que há todo um conjunto de contingências imprevisíveis 
que podem afetar a lucratividade do medicamento. O que aconteceria se fosse verificado que o 
medicamento seria útil em outras condições? E se o regime de patentes, os impostos e as leis do 
comércio internacional se alterassem? E se houvesse uma ação judicial movida por desrespeito 
de outra patente?
Pelo fato de os contratos não abarcarem a totalidade das possíveis ocorrências, a empresa corre 
o risco do problema de hold-up. Suponha que a WilyLabs descobre que o medicamento contra a 
preguiça funciona apenas quando tomado com outro medicamento que a WilyLabs já possui. A 
WilyLabs dirige se à Soneca e diz: Lamentamos, mas para ter os dois medicamentos, vocês 
terão de pagar US$ 100 milhões. Isso é o problema de hold-up (com uma pitada de vingança). O 
receio de ser apanhada em situações que envolvem investimentos específicos e o caráter não 
absoluto dos contratos levarão a Soneca a fazer a pesquisa internamente, a fim de poder 
controlar os resultados da pesquisa.
Em muitos setores, a tendência recente tem sido passar de empresas altamente integradas para a 
compra ou contratação de produção externa (outsourcing). Essa tem sido a tendência na 
indústria de computadores desde o tempo em que a IBM estava quase tão integrada como a 
AT&T. A contratação de produção externa pode funcionar bem em situações em que, como na 
indústria dos computadores pessoais, os componentes estão padronizados. Outro exemplo é o da 
Nike, que compra grande parte da sua produção, porque o processo de produção é padronizado e 
o valor real da Nike, está no seu design e na marca registada. Além disso, novas formas 
contratuais, como contratos a longo prazo baseados em normas de conduta, tentam minimizar os 
problemas de hold up.
Quem estuda organizações salienta a importância vital das grandes empresas na promoção da 
inovação e do crescimento da produtividade. No século XX, as ferrovias não trouxeram apenas 
o trigo das fazendas para o mercado, como também introduziram os fusos horários. De fato, a 
noção efetiva de estar na hora se tornou, pela primeira vez, fundamental, pois estar fora da hora 
originava acidentes de trem. Como a história triste das economias de planejamento centralizado 
demonstra tão claramente, sem o gênio organizacional da empresa privada moderna, toda a 
terra, trabalho e capital estariam trabalhando para nada.
Acompanhe o capítulo Produtividade Média e Produtividade Marginal, da obra Fundamentos da 
Economia que é a base teórica desta Unidade de Aprendizagem para aprofundar os seus 
conhecimentos.
Boa leitura.
FUNDAMENTOS 
DE ECONOMIA
Rosangela Aparecida
da Silva
Produtividade média e 
produtividade marginal
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Distinguir a produtividade média e a produtividade marginal do fator 
de produção empregado.
  Calcular a produtividade média e marginal de um fator de produção 
definido.
  Definir a lei dos rendimentos marginais decrescentes.
Introdução
Neste capítulo, você vai verificar como se configura a produção de uma 
empresa, identificando os tipos de fatores de produção e a combinação 
dos mesmos para gerar maior produtividade de bens e serviços. Você 
também vai estudar os conceitos de produtividade total, média e marginal 
no setor produtivo, compreendendo que nem sempre é interessante 
adicionar mais do mesmo insumo de produção para se produzir com 
maior eficiência econômica. Por fim, você vai verificar a lei dos rendimen-
tos marginais decrescentes e vai compreender como se pode utilizar as 
ferramentas apresentadas no capítulopara planejar da melhor forma a 
oferta futura de uma empresa, independentemente do setor de atuação. 
Os fatores de produção e sua produtividade
A produção sempre foi muito importante na economia, pois é por meio dela 
que os bens e serviços são produzidos e ofertados ao mercado. Cada vez mais 
exige-se das empresas um maior empenho em termos de uso dos recursos 
produtivos e a criação de bens cada vez mais elaborados.
A Figura 1 representa a ideia de que a produção de qualquer bem ou 
serviço funciona como uma engrenagem, adequada ao seu perfil, que deve 
ser utilizada de maneira a diminuir o uso de fatores produtivos escassos e 
aumentar a produção de bens e serviços para satisfazer a sociedade. A teoria 
da produção é fundamental para a análise do emprego de mão de obra, dos 
custos de produção e, principalmente, do uso de recursos de forma eficiente 
frente à sua escassez.
Figura 1. A produção funciona como uma engrenagem, que deve ser movida de modo a 
utilizar eficientemente os fatores produtivos.
Fonte: Adaptada de linear_design/Shutterstock.com.
De acordo com Vasconcellos e Garcia (2014), a teoria da produção, jun-
tamente com a teoria dos custos de produção, constitui a chamada teoria da 
oferta da firma individual. Por meio delas é determinada a relação existente 
entre a produção e seus custos e também de que forma pode-se produzir 
minimizando o uso de fatores escassos, ao mesmo tempo em que se gera 
mais produção para a sociedade. Ainda segundo os mesmos autores, a teoria 
da produção tem como foco a relação técnica entre os fatores de produção e 
a quantidade de bens produzidos. Assim, ao fazer essa relação, essa teoria 
incentiva a busca frequente por formas de melhorar os processos, para, então, 
poder oferecer mais bens e serviços.
Produtividade média e produtividade marginal2
Troster e Mochón (2002) apontam os fatores necessários para a produção de um 
automóvel:
  é necessária uma grande quantidade de produtos intermediários, que serão trans-
formados no processo produtivo, como ferro, vidros, equipamentos eletrônicos, 
tintas, pneus, entre outros;
  precisa-se também de vários especialistas — mecânicos, torneiros, soldadores, 
técnicos em eletricidade, administradores e outros;
  são necessárias também instalações, máquinas e recursos financeiros.
Todos esses elementos se integram em um determinado processo produtivo elaborado 
por engenheiros e técnicos e constituem os fatores de produção. Com o emprego de 
determinada tecnologia, o resultado é o automóvel.
A partir desse exemplo do automóvel e da análise da Figura 2, que detalha 
um processo de produção do setor de confecção, pode-se perceber que, para 
a produção de qualquer bem ou serviço, há a necessidade de um processo 
produtivo detalhado e bem planejado, que conta com inúmeros fatores de 
produção. É necessário que se avalie se o que está sendo feito se adequa ao 
objetivo da empresa — maximizar os lucros, na maioria dos casos — e se está 
dentro de um padrão evolutivo satisfatório dentro do setor analisado.
3Produtividade média e produtividade marginal
Figura 2. Desenvolvimento de uma produção no setor de confecção, desde a pesquisa de 
moda e a criação até o acabamento do produto.
Fonte: Adaptada de Robmaq (2010). 
14. Acabamento da produção
Limpeza
Revisão
Etiquetagem
Embalagem
13. Bene
ciamento
Estamparia
Bordado
Lavanderia
12. Costura
Fechamento piloto
Fechamento de peças da facção
11. Corte
Corte de peça piloto
Corte da produção
Separação do corte
Corte automático ou manual
10. Plotagem
Plotagem de
riscos e encaixes
9. Compras
Compras de material
Busca de materiais e fornecedores
8. Encaixe
Ordem de produção/ordem de corte
De�nição de risco para produção
Consumo
Aproveitamento 7. Divulgação
Comunicação interna
Divulgação externa
Integração clientes private label
6. Aprov. peça piloto
Decisão de modelos e material
Ajuste de modelagem
5. Modelagem
Desenvolvimento de bases
Desenvolvimento de moldes
Digitalização
Graduação
Edição de moldes
Acompanhamento da pilotagem
4. Engenharia
Informações para �cha técnica
Simulação de custo e consumo
Orientações para produção
Planejamento de produção/distribuição
3. Criação
Desenhos técnicos
Desenhos estilizados
Criação de estampas
Criação de bordados
Apresentações
Criação de variações
Criação de insumos
2. Planejamento de coleção
De�nição coleção
De�nição de quantidades
Escolha de matérias-primas
Busca por fornecedores
Direcionamento de campanha
1. Pesquisa de moda
Sites
Revistas
Viagens
Eventos de moda
Feiras
Palestras
D
es
en
vo
lv
im
en
toProdução
Coleção
aprovada
Função de produção
De acordo com Samuelson e Nordhaus (2012), a função de produção repre-
senta a quantidade máxima de produto que pode ser obtida a partir de uma 
quantidade de fatores de produção.
É importante salientar que, para a presente análise, a tecnologia empregada 
não é levada em consideração, para que a análise da produção do bem seja 
compreendida de forma sintética, tendo como foco somente o cálculo da função 
de produção. Ignora-se o uso de tecnologias que possivelmente tornariam os 
processos produtivos mais eficazes. Além disso, o tempo em que é produzida 
cada quantidade do bem ou serviço é dado aqui de forma generalizada, mas, 
na prática, deve-se seguir um método; em geral, esse tempo é expresso em 
meses ou anos.
Produtividade média e produtividade marginal4
As funções de produção são diferentes de acordo com cada produto ou 
setor dentro de uma economia. Matematicamente, conforme Vasconcellos e 
Garcia (2014), a função pode ser representada da seguinte maneira:
Q = f (X
1
, X
2
, X
3
, …, X
n
)
Onde:
  Q = quantidade produzida do bem ou serviço
  f = função (que denota que a quantidade produzida é dependente dos 
fatores de produção)
  X1 = quantidade utilizada do fator de produção 1
  X2 = quantidade utilizada do fator de produção 2
  X3 = quantidade utilizada do fator de produção 3
  Xn = quantidade utilizada de n fatores de produção
Assim, o fator de produção X1, dentro do processo de produção de uma 
confecção, por exemplo, pode ser a mão de obra ou o fator trabalho, o X2 pode 
ser o tecido, o X3, a linha, e assim por diante, para uma empresa que fabrica 
determinado tipo de roupa.
Para fins didáticos e de análise, consideraremos a seguinte função de 
produção, com apenas dois fatores, com base em Vasconcellos (2002):
Q = f (N, K)
Onde:
  Q = quantidade produzida do bem ou serviço
  N = quantidade utilizada do fator de produção mão de obra
  K = quantidade utilizada do fator de produção capital
Logo, nota-se que a quantidade produzida de um bem ou serviço depende 
(é função) da quantidade utilizada do fator de produção mão de obra (N) e 
também do fator capital (K).
5Produtividade média e produtividade marginal
Segundo Samuelson e Nordhaus (2012), o fator capital (K) na produção se refere aos 
maquinários, aos equipamentos e/ou às instalações utilizadas para a produção de 
um bem ou serviço. Assim, por meio dos cálculos, podemos verificar, por exemplo, 
até que ponto de utilização de bens de capital pode-se continuar produzindo bens 
e serviços eficientemente.
Para exemplificar uma função de produção, suponha um engenheiro de 
uma fábrica de calças que possui, hipoteticamente, dois tipos de insumos 
de produção para a confecção do produto. Para saber quais combinações de 
quantidades de máquinas e trabalho (fatores de produção) são necessários para 
a produção de 1.000 calças, ele precisa tomar notas, como mostra o Quadro 1.
 Fonte: Adaptado de Troster e Mochón (2002). 
Nível de produção 
(calças jeans/dia) — Q
Fator capital (número 
de máquinas) — K
Fator trabalho 
(número de 
trabalhadores) — N
1.000 2 16
1.000 3 14
1.000 4 12
 Quadro 1. Combinação de fatores de produção para a produção de calças em um pe-
ríodo de 8 horas por dia 
Por meio do Quadro 1, o engenheiro da empresa poderá planejar como 
utilizar os fatores de produção para compor a produção que deseja, buscando, 
assim, otimizaro uso dos recursos produtivos. Embora a função desse cálculo 
neste capítulo seja apenas a combinação de insumos produtivos para gerar a 
produção máxima desejada, de posse dessa tabela, o gerente pode também 
analisar custos — tópico a ser estudado em outro momento.
É importante destacar que a composição dessa tabela e a função de produção 
vão mudar, caso ocorram avanços tecnológicos — aqui consideramos uma 
tecnologia dada, sem avanços, como já mencionado.
Produtividade média e produtividade marginal6
Produtividade total, média e marginal
Antes de verifi carmos o uso dos fatores de produção para favorecer a produ-
tividade, é importante salientar como esses fatores se comportam em curto e 
longo prazo, conforme apontam Troster e Mochón (2002). No curto prazo, 
existem fatores de produção variáveis — que mudam de acordo com a quan-
tidade produzida —, como a quantidade de matérias-primas e a quantidade de 
horas trabalhadas pela mão de obra, e fatores de produção fi xos — aqueles 
que, independentemente da quantidade produzida, não alteram a quantidade 
utilizada —, como maquinários, instalações de empresas e outros, segundo 
Troster e Mochón (2002). No longo prazo, dizemos que todos os fatores são 
variáveis, pois até os maquinários precisam ser trocados por outros mais 
modernos, as instalações são alteradas e, por fi m, as tecnologias de produtos 
e processos mudam.
No presente capítulo, para o fim a que nos propomos, utilizaremos apenas 
o curto prazo, em que existem fatores fixos e fatores variáveis de produção.
Os conceitos de curto prazo e longo prazo são muito diferentes, dependendo da 
economia e do setor a que estamos nos referindo. O longo prazo é bem mais curto 
no setor de informática do que no setor de confecção. Isso ocorre porque os avanços 
tecnológicos no setor de informática são muito mais rápidos (indústria dinâmica) do 
que no setor de confecção (indústria tradicional), o que faz com que maquinários 
(fatores fixos de produção no curto prazo), por exemplo, tenham que ser mudados 
ou trocados mais rapidamente no primeiro setor, configurando o longo prazo (por 
mais curto que seja), conforme Mankiw (2005).
O produto total (PT) de algum bem ou serviço mostra a quantidade total 
produzida em unidades físicas, conforme Samuelson e Nordhaus (2012). Ainda, 
de acordo com Vasconcellos e Garcia (2014, p. 48), “produto total é a quantidade 
do produto que se obtém da utilização do fator variável, mantendo-se fixa a 
quantidade dos demais fatores”.
Suponha que, para a produção de trigo, necessitamos apenas dos fatores 
capital (fixo) e trabalho (variável). Pela Figura 3, podemos perceber que, quanto 
mais se utiliza o fator trabalho, mais a produção de trigo vai aumentando. 
Observe, porém, que, quanto maior a utilização de trabalhadores, com a 
7Produtividade média e produtividade marginal
mesma quantidade de terras e maquinários (que são fatores fixos — capital), 
maior a produção de trigo, mas em um ritmo de crescimento cada vez menor.
 
Figura 3. Produção total de trigo de acordo com a variação na quantidade do fator trabalho.
Fonte: Adaptada de Samuelson e Nordhaus (2012).
4.000
3.000
2.000
1.000
1 2 3 4 5
Trabalho
Pr
od
ut
o 
to
ta
l
0
PT
Assim, se você tenta aumentar a produção utilizando apenas mais traba-
lhadores, a tendência é que se amontoe mais mão de obra em torno da mesma 
área e, com isso, a produtividade individual ou produtividade marginal de 
cada trabalhador seja menor. A Figura 4 mostra que a produtividade marginal 
(PMg) do trabalho é decrescente, devido ao fato de apenas o fator trabalho 
estar variando (aumentando).
Produtividade média e produtividade marginal8
Figura 4. Produto marginal do trabalho na produção de trigo: quanto maior o uso do fator 
trabalho, menor tende a ser a produção adicional (produto marginal).
Fonte: Adaptada de Samuelson e Nordhaus (2012).
1 2 3 4 5
Trabalho
Pr
od
ut
o 
m
ar
gi
na
l (
po
r u
ni
da
de
 d
e 
tr
ab
al
ho
) PMg
3.000
2.000
1.000
0
Samuelson e Nordhaus (2012, p. 96) coloca que “o produto marginal de um 
insumo é o produto adicional gerado por 1 unidade adicional desse insumo, 
mantendo os demais insumos constantes”. Insumos, aqui, são os fatores de 
produção.
Não se deve confundir produtividade marginal (PMg) com produtividade 
média (PMe): esta se refere à quantidade total produzida dividida pelo número 
de trabalhadores (insumo variável), enquanto a produtividade marginal se 
refere à quantidade adicional de produto devido ao aumento de uma unidade 
do insumo variável.
De acordo com Vasconcellos (2002), as fórmulas matemáticas para o cálculo 
da PMg e da PMe são as seguintes (supondo variação do insumo trabalho):
a) Produtividade marginal do trabalho:
b) Produtividade média do trabalho:
9Produtividade média e produtividade marginal
A Figura 5 demonstra esse cálculo para o exemplo do trigo.
Figura 5. Produtos total, marginal e médio do trigo.
Fonte: Adaptada de Samuelson e Nordhaus (2012). 
(1)
Unidades
de trabalho
0
1
2
3
4
5
0
2.000
3.000
3.500
3.800
3.900
2.000
1.000
500
300
100
2.000
1.500
1.167
950
780
(2)
Produto
total
(3)
Produto
marginal
(4)
Produto
médio
Por meio da Figura 5, podemos verificar que, colocando-se apenas um 
trabalhador, a produção total, média e marginal dessa mão de obra será igual 
a 2.000 quilos de trigo. Ao adicionar mais um trabalhador, a produção total 
será de 3.000 quilos de trigo, a produção marginal será de 1.000 quilos (valor 
adicional por trabalhador) e a produção média será de 1.500 quilos.
Lei dos rendimentos decrescentes
A partir do conceito de produtividade marginal (PMg), pode-se compreender 
o conceito de lei dos rendimentos decrescentes, conforme l Samuelson e 
Nordhaus (2012, p. 96):
Produtividade média e produtividade marginal10
[…] uma empresa obtém cada vez menos produto adicional à medida que 
acrescenta unidades adicionais de um fator, mantendo fixos os outros fatores 
de produção. Ou seja, mantendo constantes todos os demais fatores produtivos, 
o produto marginal de cada unidade de fator de produção se reduzirá com o 
aumento da quantidade utilizada deste fator.
É importante destacar que, da mesma forma como utilizamos como exemplo 
o fator variável trabalho, pode-se também verificar a produtividade marginal e 
média de outros fatores de produção individualmente e, assim, buscar melhorar 
o uso de outros insumos na produção de bens e serviços específicos.
PMe e PMg do fator de produção máquina 
Da mesma forma como encontramos as produtividades marginal e média do fator 
trabalho na Figura 5, podemos calcular a produtividade por máquina. Basta substituir 
na fórmula o trabalho pelas máquinas e encontrar a produtividade média e marginal 
das mesmas. Como teoricamente no curto prazo o número de máquinas não se 
modifica — são insumos fixos —, não é necessário aplicar a fórmula, pois ela é inútil 
para um fator que não se altera, conforme Samuelson e Nordhaus (2012).
11Produtividade média e produtividade marginal
MANKIW, N. G. Introdução à economia: edição compacta. São Paulo: Pioneira Thomson 
Learning, 2005.
ROBMAQ. Moda e Consultoria. Desenvolvimento e produção. 2010. Disponível em: <ht-
tps://robmaqmoda.files.wordpress.com/2010/01/plm_audaces28c3baltimaversc3a3o29.
jpg>. Acesso em: 7 jan. 2019.
SAMUELSON, P. A. NORDHAUS, W. D. Economia. 19. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012.
TROSTER, R. L.; MOCHÓN, F. Introdução à economia. São Paulo: Pearson Education do 
Brasil, 2002.
VASCONCELLOS, M. A. S. Economia: micro e macro. São Paulo: Atlas, 2002. 
VASCONCELLOS, M. A. S.; GARCIA, M. Fundamentos de economia. 5. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2014.
Leitura recomendada
VARIAN, H. R. Microeconomia: princípios básicos. 5. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
Produtividade média e produtividade marginal12
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
Assista ao vídeo a seguir sobre Produto Total, Produtividade Média e Produtividade Marginal.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!EXERCÍCIOS
A pizzaria da dona Helena trabalha com diferentes sabores de pizza e busca sempre 
atender às entregas com a maior rapidez para manter fiel o seu cliente, mas nem sempre 
isso é possível. Por isso, a dona Helena resolveu aumentar o número de funcionários ao 
longo de um ano determinado (conforme esquema de produção anexo). Após esse período 
resolveu avaliar a produtividade média de pizzas por trabalhador. Você foi contratado 
para auxiliar a dona Helena nessa avaliação, por isso, marque a opção correta referente à 
produtividade média da pizzaria.
1) 
 
A) Pela análise da Pme, o ponto de menor produtividade por trabalhador ocorreu após a 
contratação do oitavo funcionário.
B) A produtividade média, quando se produziu 660 pizzas no mês, foi de 330 pizzas por 
trabalhador.
C) A melhor produtividade por trabalhador será a produção de 200 pizzas por trabalhador, 
ocorrido no mês de fevereiro.
D) A maior produtividade média ocorreu em março.
E) A quantidade de fornos utilizados para se produzir pizza não influencia na produção do 
produto.
2) Ainda sobre a pizzaria de dona Helena, você foi convidado a analisar os rendimentos 
marginais dos funcionários contratados ao longo do ano. O objetivo é verificar se as 
contratações realizadas deram o resultado esperado para a proprietária. Com base 
nisso, é CORRETO afirmar que: 
A) da oitava para a nona contratação os trabalhadores não deram nenhum resultado na 
produção de pizza.
B) a produtividade marginal dos funcionários tem comportamento crescente ao longo da 
produção de pizza no ano.
C) é possível afirmar que a partir do sexto funcionário contratado a produtividade marginal é 
crescente.
D) ao se analisar o comportamento da produtividade marginal é possível afirmar que a mesma 
reproduz a Lei dos rendimentos marginais decrescentes.
E) a produtividade marginal não pode ser negativa.
3) Leia atentamente o trecho a seguir: Aumentando-se a quantidade de um fator de 
produção variável, em iguais incrementos por unidade de tempo, enquanto a 
quantidade dos demais fatores se mantém fixa, a produção total aumentará, mas, a 
partir de certo ponto, os acréscimos resultantes no produto se tornarão cada vez 
menores. Continuando o aumento na quantidade utilizada do fator variável, a 
produção alcançará um máximo podendo, então, decrescer. Dada as alternativas 
abaixo pode-se afirmar que o conceito apresentado refere-se a(ao): 
A) fator de produção variável.
B) fator de produção fixo.
C) produtividade média.
D) produtividade marginal.
E) Lei dos rendimentos marginais decrescentes.
4) Uma preocupação importante sobre a teoria da firma refere-se ao sistema de 
produção. Sobre o sistema de produção, assinale a alternativa CORRETA: 
A) A produtividade média pode tornar-se negativa, após atingir seu nível máximo, o produto 
total.
B) Na produção total máxima, a produtividade marginal é nula.
C) No máximo do produto total, a produtividade média é máxima.
D) A produtividade marginal depende unicamente da quantidade de trabalhadores 
empregados.
E) Produtividade média é a variação da produção sobre a variação da quantidade de um fator 
de produção.
5) Em relação aos indicadores de produtividade estudados, é possível afirmar que, 
quando a produção de uma firma é máxima, a produtividade: 
A) média é menor que a produtividade marginal do trabalho.
B) marginal do trabalho é zero.
C) média do trabalho é zero.
D) marginal do fator trabalho é decrescente.
E) média do fator trabalho é negativa.
NA PRÁTICA
Veja agora um exemplo sobre a produtividade média e a produtividade marginal.
 
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Desempenho exportador das firmas industriais no brasil: a influência da eficiência de 
escala e dos rendimentos crescentes de escala
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Economia
Leia da página 103 a 109.

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