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10 passos do aleitamento • Proposta da OMS + UNICEF + MS (uma união de ideias) → os serviços de saúde precisam implementar esses passos do aleitamento materno. Desde até a gestação até ao puerpério. 1. Ter uma política de aleitamento materno, que seja rotineiramente transmitida a toda equipe de cuidados de saúde. 2. Capacitar toda a equipe de cuidados de saúde nas práticas necessárias para implementar está política (todos os funcionários que atuam nesse serviço devem estar capacitados, do gerente ao estagiário) 3. Informar todas as gestantes sobre os benefícios e o manejo do aleitamento materno (tem que ser antes do bebê nascer) 4. Ajudar as mães a iniciar o aleitamento materno na primeira meia hora após o nascimento, conforme nova interpretação: colocar os bebês em contato pele a pele com suas mães (independente do parto), imediatamente após o parto, por pelo menos uma hora e orientar a mãe a identificar se o bebê mostra sinais que está querendo ser amamentado, oferecendo ajuda se necessário. (Depende do descimento do leito, pode vir até o 5º dia) 5. Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação mesmo se vierem a ser separadas dos filhos (através de ordenha e oferta) 6. Não oferecer a recém-nascidos bebida ou alimentos que não seja o leite materno, a não ser que haja indicação médica e/ou nutricionista. 7. Praticar alongamento conjunto (logo após o parto, o recém-nascido e a puérpera tem que ficarem juntos), permitir que mães e recém- nascidos permaneçam juntos 24 horas. 8. Incentivar o aleitamento materno sob livre demanda. 9. Não oferecer bicos artificiais ou chupetas a recém-nascidos e lactentes. 10. Promover a formação de grupos de apoio à amamentação e encaminhar as mães a esses grupos quando da alta da maternidade, conforme nova interpretação: encaminhar as mães a grupo ou outros serviços de apoio à amamentação, após a alta. Legislações Portaria 371/2014 – diretrizes para a organização da atenção integral e humanizada ao RN. Portaria 2068/2016 – diretrizes para a organização da atenção integral e humanizada à mulher e ao RN no alojamento conjunto. Resolução 222/2002 – RT para promoção comercial dos alimentos para lactantes e crianças da primeira infância. Resolução 221/2002 – RT sobre chupetas, bicos, mamadeiras e protetores de mamilo. Portaria 1153/2014 – critérios de habilitação da iniciativa hospital amigo da criança. Lei 11265/2006 – comercialização de alimentos para lactentes e crianças de 1º infância e puericultura. Portaria 1130/2015 – política nacional de atenção integral à saúde da criança (PNAISC) Lei 8069/1990 – estatuto da criança e do adolescente (ECA) • O brasil, apresenta uma legislação robusta que fomenta a amamentação (viabilizado a todos) Anatomia das mamas Estrogênio: crescimento das glândulas mamarias. Tecido glandular: tecido adiposo e conjuntivo. Alvéolos: produção de leite, agrupador em 15- 20 lóbulos. Tecido mioepitelial: contração para ejeção e transporte do leite. Reveste os alvéolos. Ductos: levam leite para os seios lactíferos. Seios lactíferos: onde fica armazenado o leite (está mais próximo da aréola – distal) Mamilo: bico. Aréola: área circular com maior pigmento ao redor da aréola (é hidrata naturalmente pelas glândulas de Montgomery) Glândulas de Montgomery: glândulas sebáceas que protege e lubrifica o mamilo e a aréola. Fisiologia da Lactação Os dois hormônios produzidos Ocitocina: atua antes ou durante a mamada para fazer o leite descer (Enquanto o RN está amamentando, a ocitocina está trabalhando para a ejeção daquela mamada). Ejeção do leite + contração uterina (trabalha mais no parto normal) + estimula a produção de prolactina. Preocupação, stress, dúvidas e dor inibem. Prolactina: estimulada e secretada e produz leite após a mamada para próxima produção. Composição do leite materno - Colostro: mais claro e ralo e produz nos primeiro cinco dias. • Aparência: transparente ou amarelado (lembra uma água de coco) • Composição: água, proteínas e imunoglobulinas. - Transição: mais volumoso e aparece no 6º ao 15º dia. • Aparência: mais volumoso. • Composição: água, menos imunoglobulinas, menos proteínas, mais gorduras e carboidratos. - Maduro: mais concentrado, leite completo e consumindo esse leite, o bebe começa a apresentar cólicas. Produção a partir do 25º dia. • Aparência: consistente e esbranquiçada. • Composição: gorduras e nutrientes. • Começa as cólicas do neném, por conta da composição do leite. Observação: nenhuma fórmula substitui o leite materno, apenas simula um – tem sua importância. - De acordo com o que a mãe come a cor do leite muda. Aspecto do leite Início da mamada: 87,5% de água, aspecto semelhante água de coco e rico em anticorpos. Leite do meio: coloração branca opaca devido ao aumento concentração de caseína (proteína) Leite do final: amarelado devido à presença de betacaroteno e/ou vitaminas derivas alimentação da mãe é rico em gordura. IMPORTANTE ESVAZIAR A MAMA! Não existe leite fraco - O leite materno é de digestão fácil, por isso algumas crianças querem mamar mais vezes. - O número de mamadas pode variar (até o RN acostumar, o intervalo será menor) - No primeiro mês, são mais frequentes. - O lactante é quem escolhe o horário de mamar. - O lactente é quem decide quanto tempo deve durar a mamada. - Mamadas muito longas podem significar “pega” incorreta. - O leite do início da mamada defende o lactente contra infecções e mata a sede. - O leite do final da mamada engorda. - Mamadas dos recém nascidos – de hora em hora e acordar ele. - Tempo depende muito de criança a outra. Pouco leite ou leite fraco Insegurança da mãe. Pouca sucção do lactente. Apojadura (preparo da mama para a produção de leite, que, geralmente, acontece até cinco dias após o parto) acontece mesmo quando o lactente não esteja mamado. Produção de leite depende do esvaziamento da mama. Em média é produzido 800 ml/dia. Sinais de insuficiência de leite: choro após mamada, mamar com maior frequência, maior tempo no seio, menor número de micção (6-8) e fezes menor quantidade e endurecidas. Sinais de saciedade: quando o lactente solta a aréola dormindo ou acordado (calmo, sereno e tranquilo). Pode estar saciado e continuar na mama, o certo é colocar o dedo mínimo no canto da boca do lactente para soltar a mama (não puxar para não causar fissuras) Medidas para pouco leite ou leite fraco Evitar mamadeira, chupetas e protetores de mamilo. Dieta da mãe balanceada. Ingestão de líquido pela mãe adequada. Repouso da mãe. Garantir mamadas para saciedade do lactente (número e tempo nas mamadas) Oferecer as 2 mamas. Massagear ou ordenhar as mamas durante as mamadas. Definições de Aleitamento - Aleitamento materno exclusivo: leite materno direto da mama ou ordenhado ou leite humano de outra fonte, sem outros líquidos ou sólidos. - Aleitamento materno predominante: leite materno + água ou bebidas à base de água, sucos ou fluidos rituais. Ex: água, chá, com o leite. - Aleitamento materno complementado: leite materno mais alimento sólido ou semissólido com a finalidade de complementá-lo e não substituir. - Aleitamento materno misto ou parcial: leite matern0 mais outros tipos de leite (coco, amêndoas) + formulas. Leite materno por livre demanda (no RN), apenas no aleitamento materno exclusivo. A partir do sexto mês começa a introdução alimentar. Não há vantagens em se iniciar os alimentos complementares antes dos seis meses, podendo, inclusive, haver prejuízos à saúde da criança, pois a introdução precoce de outros alimentos está associadaa: maior número de episódios de diarreia, doenças respiratórias. Vantagens do aleitamento - Atende necessidades do bebê - Evita mortes e doenças - Diminui riscos - Custo - Facilidade - Vinculo mãe e bebe, efeitos no puerpério - Otimiza desenvolvimento cognitivo, afetivo e anatômico (cavidade oral) - CA de mama (mulher que oferece o peito, ela tem um menor risco de câncer de mama) Técnica de Amamentação - Formato de boca de peixe - Posição da mão - Nariz do recém-nascido livre - Cabeça, pescoço e tórax alinhado - Barriga com barriga da mãe - Lábio superior e inferior na auréola Pega Pega incorreta: bochechas do lactente encovadas a cada sucção, ruídos da língua (estalo), mama aparentando estar esticada ou deformada durante a mamada, dor na amamentação, mamilos com estrias vermelhas ou áreas esbranquiçadas ou achatadas ao termino da mamada. Queixo não toca a mama, boca pouco aberta. Reflexo de busca e sucção: é instintivo, apresenta desde do momento que nasce. Posição da Lactante Posição da lactante: coluna alinhada, apoiada. As pernas e coxas com um ângulo de 90°, almofada para apoiar o braço (conforto). Mão no bumbum e o braço na parte dorsal do RN Não pode ter nada apertando a mama na hora da amamentação Pode variar a posição Posição do Lactente Primeira é adequada e última arriscada. Posição do lactente: alinhado, a cabeça e a coluna em linha reta, no mesmo eixo. A boca deve estar de frente para o mamilo. A mãe deve apoiar com o braço e mão, o corpo e o bumbum do bebê. Aproximar a boca do lactente de frente ao peite, para que ele possa abocanhar, ou seja, colocar a maior parte da aréola. Queixo do lactente tocando o seio da mãe e nariz na altura do mamilo. Segurar a mama de maneira que a aréola fique livre (mão em C). Esperar o lactente abrir bem a boca e abaixar a língua antes de colocá-lo no seio. As mandíbulas estão se movimentando. A deglutição é visível e/ou audível. Inicio do aleitamento Oferecer nos 30 minutos de vida. Primeira imagem parto Cesária Segunda parto normal Frequência Aleitamento Em aleitamento materno exclusivo= 8 a 12 vezes ao dia! RN: intervalo menor – precisa acordar o RN, por conta do risco da hipoglicemia Quando tem o leite maduro: não precisa acordar o lactante e os intervalos são maiores Termino da mamada Até ele soltar a mama ou se ele dormir mamando → utilizar o dedo mínimo no canto da boca para o lactente soltar sem provocar fissuras. Eructação: arroto (obrigatório após a mamada) A posição do arroto: segurar o lactente na vertical/ “em pé” apoiado ao corpo. Esperar de 20 a 30 minutos após para colocar no berço → para evitar o vômito e bronco aspiração. Importante trabalhar esse tópico no pré-natal do parceiro (ele pode ajudar nessa função – compartilhar responsabilidades) Tempo de mamada: mais ou menos de 30 a 40 minutos. Estomago do Lactente Atenção É a última opção, importante tentar todas outras opções possíveis de aleitamento materno, se não for possível será utilizado. Esse processo simultâneo (mamadeira) com o aleitamento materno, pode interferir na aceitação aleitamento materno, isso porque a mamadeira não exige muita sucção, é mais fácil. Evitar contaminação: limpeza adequada, mãos higienizadas, água filtrada, ferver e secar → preparo adequado. • Uso imediato após preparo. • Sucção diferente da mama (é mais fácil). • Liberação do leite diferente da mama. • Desmame precoce do leite materno. • Alteração anatomia cavidade oral. Alimentação da Lactante A alimentação precisa ser equilibrada, sem excessos e sem restrições. Ingestão de calorias e de líquidos além do habitual. Dieta variada, incluindo pães e cereais, frutas, legumes, verduras, derivados do leite e carnes Consumir três ou mais porções de derivados do leite por dia. Consumir frutas e vegetais ricos em vitamina A (brócolis, cenoura, tomate ...). Sempre hidratada – sede sempre saciada evitar dietas e medicamento que promovam rápida perda de peso. Consumir com moderação cafeinados Veganas: passar por uma avaliação mais rigorosa, TALVEZ ela irá precisar de suplementação. Importante saber a condição (social e cultural) da mulher para indicar a alimentação/dieta Avaliação das mamas na gestação As mamas precisam ser avaliadas na gestação A mama vai indicar mais facilidade ou mais dificuldade na amamentação, mas todos os tipos são possíveis (NÃO INVIABILIZA A AMAMENTAÇÃO) Todos os tipos de mamilo possibilitam a amamentação: pega não é feita no mamilo. Expor o seio ao sol da manhã (até 10 horas) por 15 minutos (desde da gestação) → benefícios além da amamentação. Não usar cremes, pomadas ou hidratantes nos mamilos. Não realizar a compressão (apertar) do mamilo durante a gestação. Usar sutiã de tamanho adequado. Principais Problemas - Lactente que não suga ou tem sucção fraca. - Demora na Apojadura: posição do lactente, estimular a mamada e retirada de bico/mamadeira. Tipos de mamilos 1. Protuso/normal: mais tranquilo de amamentar, os demais precisam de cuidados especiais. 2. Plano. 3. Invertido. Qual é o principal cuidado? Deixar a mãe ciente que é possível amamentar com o seu tipo de mamilo, a partir do momento que ela está empoderada disso, facilita. Cuidados: Promover a confiança, empoderamento da lactante. Tentar diferentes posições para ver em qual delas adaptam-se melhor. Manobras antes das mamadas: estimulo (toque) do mamilo, compressas frias e sucção, isso favorece a protusão do mamilo. Mamilo deve ser mantido em sucção por 30 a 60 segundos. Orientar a ordenha enquanto o lactente não sugar efetivamente. Leite ordenhado deve ser oferecido, de preferência em copinho; Ingurgitamento Mamário É um processo inflamatório – vai aparecer em algum quadrante da mama, algum ducto vai obstruir ou semi obstruir, o leite vai ficar congestionado/acumulado. O leite acumulado na mama sob pressão torna-se mais viscos, por isso a origem do termo “leite empedrado Aumento da vascularização da mama Edema decorrente da congestão compressão dos ductos lactíferos Retenção de leite nos alvéolos. O leite acumulado na mama sob pressão torna – se mais viscoso. Dai a origem do termo Leite empedrado Mamadas: livre demanda Massagem: movimentos circulares Uso de analgésicos: crioterapia Se o lactente não sugar: ordenha! Dor mamilo Causas: posição e pega inadequado! Ou mamilos curtos, planos ou invertidos, disfunções orais, sucção prolongada, uso impróprio de bombas de extração, interrupção inadequada, uso de cremes e óleos, protetores de mamilo e forros úmidos. O que fazer nessa situação? Amamentação com técnica adequada. Manter o mamilo limpo e seco: expondo-os ao ar livre ou luz solar e trocas forros (limpar com água e secar, ou utilizar sabão neutro) Introdução do dedo indicador ou mínimo pela comissura labial, se for preciso interromper a mamada Inicio da mamada pela mama menos afetada. Ordenhar um pouco de leite antes da mamada, o suficiente para desencadear o reflexo de ejeção de leite. Oferecer a mama mais saudável e ordenhar a outra. Uso de “conchas protetoras” Analgesia. Mastite Processo inflamatório da glândula mamaria por acúmulo de leite! A diferença da mastite e do ingurgitamento é que, na mastite, têm a presença de bactéria da própria flora do nosso corpo (Staphylococcus, Streptococcus Escherichia). Processo inflamatório, mas com a invasão da bactéria → processo infeccioso pela bactéria. Para diferenciar as duas é necessário fazer um exame que demora 7 dias para ficar pronto → mais rápido analisar com a coleta de história, como a febre. Presença de mal-estar, febre ALTA (acima de 38ºC)e calafrios. O sabor do leite costuma alterar, causando recusa do lactente. Pode oferecer, mas costuma recusar → ordenhar e oferecer a mama saudável. O que fazer nessa situação? Necessário identificação e tratamento da causa Esvaziamento adequado da mama, iniciando pela mama não afetada. Antibioticoterapia e analgésico ou anti- inflamatório não-esteroides → obrigatório. Suporte emocional e repouso. Líquidos abundantes. Usar sutiã firme. Abcesso mamário É causado por uma mastite não tratada, sofreu uma evolução → secreção purulenta dentro da mama. Dor intensa, febre, mal-estar, calafrios e presença de áreas de flutuação à palpação (como se tivesse uma bolsa dentro da mama) O que fazer nessa situação? Antibioticoterapia, analgésico... Internação hospitalar? Sim, para drenar (anestesia local não pega, precisa de anestesia sistêmica) → drenagem espontânea e ou cirúrgica, depende do tamanho do abcesso. Na internação, a amamentação será interrompida. Interromper mamada na mama afeta até resolução do caso. Esvaziamento regular da mama afetada. Reflexo anormal de ejeção do leite Na hora que a mulher expõe o leite, ejeta na carinha do neném, eles costumam ficar estressados. O que fazer para minimizar? Expõe a mama, faz uma ordenha, espera passar essa ejeção e depois coloca para abocanhar. Ordenha de leite - Ordenha de alivio: aplicado em mamas turgidas e lactente não pode sugar ou antes da sucção. - Ordenha para manutenção da lactação: estimulo para manter a produção do leite cerca de 20- 30 mim, até esvaziamento da mama e a cada 2-3 horas. Faz a ordenha e o leite é oferecido depois → reservado para lactação do RN. Ordenha Manual Leite ordenhado pode ser oferecido ao lactente ou doado! É A MELHOR FORMA DE ORDENHA Demora cerca de 30-40 minutos → depende da idade do bebê e da quantidade de leite produzido pela mulher. Cuidados: Utilizar vasilhame de vidro esterilizado (mesmo processo da mamadeira para evitar contaminação) Usar touca. Evitar falar, espirrar ou tossir. Usar máscara. Lavar as mãos e os braços até os cotovelos água e sabão. As unhas devem estar limpas e curtas. Lavar as mamas apenas com água. Secar as mãos e as mamas com toalha individual. Posicionar o recipiente próximo ao seio. Como fazer: 1. Massagem com movimentos circulares, base da mama em direção a aréola. 2. Mão em forma de “C”. 3. Expressão da MAMA, não é do mamilo. Posição confortável, relaxante. Manter o tórax curvado sobre o abdome, para facilitar a saída do leite e aumentar o seu fluxo. Usar a mão esquerda para ordenhar a mama esquerda e mão direita para a mama direita. Fazer leve pressão do polegar e do dedo indicador, um em direção ao outro, e leve pressão em direção à parede torácica. Após a pressão, soltar Desprezar os primeiros jatos. Mudar a posição dos dedos ao redor da aréola para que todas as áreas da mama sejam esvaziadas. Demora de 20-30-40 minutos, em cada mama. Rotular o frasco com a data da coleta Guardar imediatamente o frasco na geladeira ou freezer, em posição vertical. Conservação e Preparo O leite ordenhado pode ser conservado em geladeira por 12 horas e no freezer ou congelador por 15 dias. O leite ordenhado congelado, deve ser descongelado, de preferência dentro da geladeira. Uma vez descongelado, o leite deve ser aquecido em banho-maria. Se não tem refrigerador, o leite pode ser coletado em vasilha limpa, fervida durante 15 minutos e colocado em local fresco e consumido até seis horas após coleta. É uso imediato, se sobrar tem que jogar fora. Oferta Acomodar o lactente desperto e tranquilo no colo, na posição sentada ou semi sentada. Encostar a borda do copo no lábio inferior e deixar o leite materno tocar o lábio. O lactente fará movimentos de lambida do leite, seguidos de deglutição. *Importante oferecer no copinho, pois a mamadeira pode interferir na adesão do bebê pelo aleitamento materno. Relactação ou Translactação Uso da sonda apoiada no mamilo, ele vai abocanhar a mama e vai sugar, isso favorece o aleitamento e a produção de leite. Situações Especiais - Nova gravidez: manter AM, pode alterar sabor do LM e atentar para gestação. - Gemelaridade: necessita de apoio, desafio físico, alternar mamas, amamentar simultâneo e variar posição. - Má formação orofaciais: oclusão da fenda e posicionar mamilo oposto a fenda, facilitar a saída do leite (massagem, compressa...) e lactante em posição semissentada - Refluxo gastresofágico: LM exclusivo até 6 meses e adequar posição. - Distúrbio neurológico: estimular a sucção com dedo mínimo, seio com supervisão, realizar ordenha e oferta do LM. - Lactante com necessidades especiais: demanda maior para os profissionais. Restrições - HIV - HTLV Interrupções temporárias - Medicações especificas: material. - Doença de Chagas: apenas se o mamilo estiver sangrando não irá amamentar. - Consumo de drogas: aguardar 24 horas para amamentar, mas o leite que está na mama precisa de desprezado. - Herpes Zoster: ase da vesícula não amamenta, o leite tem que ser ordenhado e desprezado. - Varicela: – fase de vesícula não pode amamentar. Falsas Restrições - Tuberculose - Hanseníase - Hepatite B - Hepatite C - Dengue - Consumo de cigarro e de álcool: o risco de deixar a criança sem amamentar, ele é maior do que oferecer o leite. Mas, ingeriu álcool o ideal é aguardar 6 horas para depois amamentar, ordenha o leite e depois oferece o leite Não vai amamentar – uso de medicamentos incompatíveis e por conta da doença → leite desprezado Em tratamento mantem a lactação normal, se não estiver tratando não pode Apoio da família e comunidade Apoio do marido: trabalhar/informar no pré- natal do parceiro, para que eles possam auxiliar nesse período de lactação. Sogra, mãe, irmã, amiga e comunidade → otimiza o aleitamento Cartilha para mulher trabalhadora que amamenta Gestante: estabilidade desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto (não pode ser demitida). Creche ou berçário: obrigatório para estabelecimentos com > 30 mulheres ou sistema de reembolso-creche ou convênios/parcerias. Pausas para amamentar: dois descansos, de meia hora cada um ou sair uma hora mais cedo ou mais tarde do trabalho até 6º mês. Licença – maternidade: 120 dias ou 6 meses em casos de programa empresa cidadã e os funcionários estaduais e federais. Período da licença: antes ou depois, ampliados em mais duas semanas cada → atestado médico. Licença – paternidade: todos os pais trabalhadores têm direito a cinco dias de licença, a contar do dia do nascimento do filho. Mãe de leite Não pode acontecer, não é indicada por vários fatores. Fatores: vínculo afetivo, transmissão de doença e o leite da mãe é adequado para a idade do neném. Anotações
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