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4 Fases do desenvolvimento Fase 1 – 1945 a 1960: desenvolvimento = crescimento econômico. Fase 2 – 1960 a 1970: integração de distintas dimensões do desenvolvimento. Fase 3 – 1980: período de estagnação. Fase 4 – 1990: discussão sobre desenvolvimento sob diferentes dimensões (endógeno, local e sustentável). 1945 a 1960 – Fase 1 Desenvolvimento entendido como sinônimo de crescimento econômico. Desenvolvimento = crescimento econômico = modernização. Desequilíbrio entre o econômico e o social. Ideia linear de desenvolvimento: todos os países adotavam a mesma solução para o problema. Rural atrasado: não abrigava quem não acompanhasse a modernização -> resultado das políticas oficiais e dos planos governamentais. Modernização da agricultura Transformação produtiva da década de 60 – 70 (Brasil e América Latina), seguindo tendências e orientações econômicas e políticas euro americanas. A modernização da agricultura pode ser interpretada como um processo que foi inspirado na ideologia da noção de desenvolvimento como sinônimo de crescimento econômico. A idealização desse processo tinha como umas das premissas norteadoras a transformação das sociedades ditas “tradicionais” ou “atrasadas” em sociedades “modernas” ou “avançadas” mediante ao progresso técnico-científico da agricultura. (ALMEIDA, 2009). 1960 – Fase 2 Conselho Econômico das Nações Unidas sugere integração do social ao econômico. Falso conceito que desenvolvimento é sinônimo de crescimento econômico. Entendendo que é preciso distribuir! Gerou desigualdade. Desenvolvimento é mudança, social e econômica. O conceito chave é gerar qualidade de vida! 1970 – Preocupação entre desenvolvimento econômico e o meio ambiente começa a ganhar nitidez, pois os recursos são escassos. 1972 – Relatório do Clube de Roma, com duas questões: 1. A forma como o homem está impactando a natureza, provocando desequilíbrio no meio ambiente; 2. Atenção à finitude dos recursos (solo, água, petróleo, florestas, etc.). Integrar os componentes sociais e econômicos na formulação de políticas e programas. Não excluir nenhum setor da população das oportunidades de mudança e de desenvolvimento. Buscar a igualdade social, incluindo a realização de uma distribuição justa de renda e de riqueza no país. Desenvolvimento: fases e a sustentabilidade 1980, período de estagnação – Fase 3 Ideia de insustentabilidade. Enfraquecimento do papel de Estado em termos de financiamento de projetos e ações de desenvolvimento. Consequência: nem todos conseguiram adotar o pacote tecnológico, resultando no endividamento, pobreza e êxodo rural. Modelo político de crescimento econômico no cenário geral pós redemocratização Fim da década de 1980 o consenso é que o modelo de desenvolvimento adotada para o campo no Brasil não resolveu o problema de acesso aos direitos fundamentais (alimentação, moradia, educação, saúde, etc.). Cenário geral pós redemocratização 1985 Resultado disso: Agricultura heterogênea; Urbano com aumento da pobreza. A distribuição da riqueza gerada com essa atividade econômica permanece desigual e impede o fortalecimento dos mercados consumidores internos. E depois tentou-se homogeneizar. Fase 4 Discussão sobre desenvolvimento, sob diferentes dimensões (endógeno, local, sustentável). Importante passo: integração dos conceitos e estratégias, relacionados com o desenvolvimento e o meio ambiente, o Relatório Brundtland – 1987. Nosso futuro comum: marco conceitual do desenvolvimento sustentável. “Desenvolvimento que satisfaz as necessidades das gerações presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras”. Ambiental + social + econômica. Sustentabilidade Medidas emitidas no Relatório de Bruthland Limitação do crescimento populacional; Garantia de recursos básicos (água, alimentos, energia) a longo prazo; Preservação da biodiversidade e dos ecossistemas; Diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias com uso de fontes energéticas renováveis. Aumento da produção industrial nos países não-industrializados, com base em tecnologias ecologicamente adaptadas; Controle da urbanização desordenada; Integração entre campo e cidades menores; Atendimento das necessidades básicas (saúde, escola, moradia); O substantivo SUSTENTABILIDADE é formado a partir do adjetivo sustentável, derivado do verbo sustentar. Provém do latim sustentare, verbo de amplo significado: sustentar, suportar, suster, defender, proteger, favorecer, apoiar, manter, conservar, cuidar... Desenvolvimento rural é pensar no desenvolvimento pautado no econômico, social e ambiental, de maneira sustentável, no meio rural, Emergência do conceito de Desenvolvimento Rural 1970 – 1980: Pensar o desenvolvimento rural em decorrência das consequências de um modelo de desenvolvimento econômico desenfreado. Modelo econômico – desenvolvimentista: Excludente e ambientalmente agressivo; Extensão rural com apoio do Estado promoveu o crescimento econômico, em detrimento a impactos ambientais e a exclusão de minorias. Modelo assumido se desgastou, sem atender às demandas concretas do conjunto da sociedade. De acordo com José Eli da Veiga: não existe “o desenvolvimento rural” como fenômeno concreto e separado do desenvolvimento urbano. O desenvolvimento rural deve incluir aspectos econômicos, sociais, ambientais, culturais e territoriais. Um dos principais nomes do desenvolvimento é o economista polonês (naturalizado francês) Ignacy Sachs (1927): concepção de desenvolvimento como uma combinação de crescimento econômico, aumento igualitário do bem-estar social e preservação ambiental. Dimensões para a sustentabilidade Social: equidade na distribuição da riqueza, igualdade no acesso aos recursos e serviços disponíveis na sociedade. Econômica: gestão mais eficiente dos recursos, modernização dos meios de produção, autonomia na geração e na disseminação do conhecimento. Ecológica: limitação no uso dos recursos não- renováveis. Territorial: equilíbrio entre as configurações urbanas e rurais. Políticas públicas de habitação, saneamento, educação, saúde, transportes e comunicações estão voltadas, na maioria das vezes, aos centros urbanos. Cultural: a manutenção do equilíbrio entre o respeito à tradição e a busca de inovações. Política: projeto nacional integrado e endógeno. Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável Em setembro de 2015, líderes mundiais reuniram-se na sede da ONU em Nova York, e decidiram um plano de ação para erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir que as pessoas alcancem a paz e a prosperidade: A Agenda 2030 e os ODS afirmam que para por o mundo em um caminho sustentável, é urgentemente necessário tomar medidas ousadas e transformadoras; Os ODS constituem uma ambiciosa lista de tarefas para todas as pessoas, em todas as partes, a serem cumpridas até 2030; Se cumprirmos suas metas, seremos a primeira geração a erradicar a pobreza extrema e iremos poupar as gerações futuras dos piores efeitos adversos da mudança do clima. Pautada na Conferência Rio+20, realizada em 2012 no Brasil, onde os Objetivos do Milênio (ODM) era que os Estados Membros da ONU construíssem coletivamente esse conjunto de objetivos e metas; ODS e duas metas: aplicam-se a todos os Estados-membros das Nações Unidas e todos os países -desenvolvidos e em desenvolvimento- tem desafios a superar quando o assunto é promoção do desenvolvimento sustentável em suas três dimensões: social, econômica e ambiental. Objetivos 1. Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares; 2. Acabar com a fome,alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável; 3. Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades; 4. Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida, para todos; 5. Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas; 6. Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos; 7. Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todos; 8. Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos; 9. Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação; 10. Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles; 11. Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis; 12. Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis; 13. Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus aspectos; 14. Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável; 15. Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade; 16. Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis; 17. Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável. Resumindo Fase 1: Foi imposto a modernização da agricultura com os pacotes tecnológicos, assistências técnicas, extensão rural e crédito para subsidiar e alavancar a agricultura. Fase 2: percebeu-se que não estava dando conta, que o desenvolvimento como crescimento econômico não dava conta das questões sociais e ambientais. Fase 3: Na década de 1980 foi o período de estagnação, mesmo continuando a modernização da agricultura, os movimentos sociais se mobilizavam. Fase 4: os países começam a se reunir através da ONU para discutir medidas de desenvolvimento, baseando-se na sustentabilidade, acesso a saúde, alimentação, produzir com recursos renováveis devido a escassez, etc.
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