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Economia Rural - EAD (1)

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LI.I 
Centro Universitário 
ECONOMlt f 
RURAL �. 1 
PROF.A CAROLINE FELIX &,. 
WWW.UNINGA.BR 
 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo 
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
 Primeiramente, deixo uma frase de Só-
crates para reflexão: “a vida sem desafios não 
vale a pena ser vivida.”
 Cada um de nós tem uma grande res-
ponsabilidade sobre as escolhas que fazemos, 
e essas nos guiarão por toda a vida acadêmica 
e profissional, refletindo diretamente em nossa 
vida pessoal e em nossas relações com a socie-
dade. Hoje em dia, essa sociedade é exigente 
e busca por tecnologia, informação e conheci-
mento advindos de profissionais que possuam 
novas habilidades para liderança e sobrevivên-
cia no mercado de trabalho.
 De fato, a tecnologia e a comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, 
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e 
nos proporcionando momentos inesquecíveis. 
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino 
a Distância, a proporcionar um ensino de quali-
dade, capaz de formar cidadãos integrantes de 
uma sociedade justa, preparados para o mer-
cado de trabalho, como planejadores e líderes 
atuantes.
 Que esta nova caminhada lhes traga 
muita experiência, conhecimento e sucesso. 
Reitor: 
Prof. Me. Ricardo Benedito de 
Oliveira
Pró-reitor: 
Prof. Me. Ney Stival
Diretora de Ensino a Distância: 
Profa. Ma. Daniela Ferreira Correa
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Designer Educacional: 
Clovis Ribeiro do Nascimento Junior
Diagramador:
Alan Michel Bariani
Revisão Textual:
Letícia Toniete Izeppe Bisconcim / 
Mariana Tait Romancini Domingos
Produção Audiovisual:
Eudes Wilter Pitta / Heber Acuña 
Berger
Revisão dos Processos de 
Produção: 
Rodrigo Ferreira de Souza
Fotos: 
Shutterstock
© Direitos reservados à UNINGA - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
UNIDADE
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ENSINO A DISTÂNCIA
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 05
ORIGEM DO TERMO ECONOMIA ............................................................................................................................ 06
ECONOMIA RURAL .................................................................................................................................................. 06
O SISTEMA ECONÔMICO ....................................................................................................................................... 08
O SISTEMA ECONÔMICO CAPITALISTA ................................................................................................................ 09
ELEMENTOS DA ECONOMIA ................................................................................................................................... 11
TERRA ........................................................................................................................................................................ 12
TRABALHO ................................................................................................................................................................ 12
CAPITAL ..................................................................................................................................................................... 12
INTRODUÇÃO À ECONOMIA
PROF.A ESP. CAROLINE FELIX 
01
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ENSINO A DISTÂNCIA
A DIVISÃO DA CIÊNCIA ECONÔMICA ...................................................................................................................... 16 
PIB - PRODUTO INTERNO BRUTO .......................................................................................................................... 17 
RENDA ....................................................................................................................................................................... 17 
MOEDA ...................................................................................................................................................................... 17
SALÁRIO .................................................................................................................................................................... 18
JUROS ........................................................................................................................................................................ 18
IMPOSTOS ................................................................................................................................................................ 18
INFLAÇÃO .................................................................................................................................................................. 18
PRINCÍPIOS ECONOMICOS ..................................................................................................................................... 19
COMO AS PESSOAS TOMAM DECISÕES ................................................................................................................ 19
COMO AS PESSOAS INTERAGEM ........................................................................................................................... 20
COMO A ECONOMIA FUNCIONA ............................................................................................................................. 21
AS ECONOMIAS CAPITALISTAS ESTÃO SUBMETIDAS A PROBLEMAS ECONÔMICOS ................................... 21
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................................ 22
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ENSINO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
 Prezado (a) aluno (a), a disciplina de Economia Rural será apresentada em quatro unida-
des. A unidade I visa o desenvolvimento de conhecimentos introdutórios de Economia. 
 Esta disciplina é formada por um conjunto de conhecimentos que tratam das relações 
de produção, de elementos rurais. É importante estudar Economia Rural, pois a produção de 
alimentos é necessária para o desenvolvimento de uma sociedade.
 Desta forma, essa disciplina pretende estimular o (a) estudante a aprofundar os conhe-
cimentos e entender melhor como a Teoria Econômica é aplicada à atividade agrícola e quais os 
efeitos disso para o desenvolvimento nacional. A leitura deste material e materiais complementa-
res, as atividades e as discussões podem permitir valiosas re� exões ao aluno. 
 Para essa disciplina, foi estabelecido um plano de ensino, visando facilitar a promoção 
da compreensão dos assuntos abordados. A intenção desta disciplina é preparar o aluno para 
se apropriar do conhecimento e aplicar em sua vida pro� ssional de forma e� caz e ética. Esse 
material foi desenvolvido pensado em você, procure interagir com os textos, fazer anotações e 
responder às atividades de estudo. Para que a disciplina atinja o objetivo, é necessário que o aluno 
esteja consciente da importância das leituras indicadas não apenas do plano de ensino, mas tam-
bém leituras complementares sobre os assuntos abordados, bem como assistir os vídeos e realizar 
todas as avaliações.
 Os objetivos da Unidade 1 são apresentar o termo economia e o conceito de Economia 
Rural. Também iremos apresentar a de� nição de um sistema econômico, o capitalista no qual 
estamos inseridos. Nessa unidade, estudaremos ainda as duas grandes áreas de estudo da ciência 
econômica: microeconomia e macroeconomia e serão apresentados os principais elementos ma-
croeconômicos e como eles in� uenciam nas atividades de produção. Por � m, iremos destacar os 
principais problemas enfrentados pelas economias capitalistas.
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ENSINO ADISTÂNCIA
ORIGEM DO TERMO ECONOMIA 
 A palavra economia tem origem grega e pode ser entendida como “aquele que administra 
um lar”. A princípio, essa origem pode parecer estranha. Mas, o fato é que lares e economias têm 
muito em comum (MANKIW, 2006).
 As famílias precisam tomar várias decisões. É preciso decidir quais tarefas cada membro 
será responsável em desempenhar: quem irá preparar o jantar? Quem irá decidir o programa que 
será sintonizado na TV? Em resumo, cada família precisa alocar (organizar ou distribuir) seus 
recursos entre seus diversos membros, levando em consideração as habilidades, esforço e desejo 
de cada um (MANKIW, 2006).
 Assim como as famílias, a sociedade precisa tomar muitas decisões. É preciso decidir 
quais tarefas serão executadas e quem serão os respectivos responsáveis. Nessa divisão de tare-
fas, algumas pessoas vão produzir alimentos, outras vão fabricar roupas, outros vão desenvolver 
programas de computador e várias outras tarefas, visando atender as necessidades dos membros 
dessa sociedade (MANKIW, 2006).
 Economia é o estudo de como a sociedade administra seus recursos escassos. Na maioria 
das sociedades, os recursos são alocados não por um único planejador central, mas pelas milha-
res de famílias e empresas. Assim sendo, a partir da economia, estuda-se como as pessoas tomam 
decisões: o quanto trabalham, o que compram, quanto poupam e como investem seus recursos. 
Estuda-se também como as pessoas interagem umas com as outras. Examina-se, ainda, o preço e 
a quantidade que os bens são vendidos (MANKIW, 2006).
 A economia é de� nida como a ciência que tem como objeto de estudo a sociedade. De 
forma geral, esta ciência busca compreender como a sociedade emprega os recursos para produ-
zir bens e serviços e distribuí-los entre os indivíduos, a � m de satisfazer as necessidades de cada 
um. 
 Em suma, não há complexidade na de� nição de economia, seja ela na dimensão da eco-
nomia de uma cidade, estado, região, país ou até mesmo do mundo. De forma geral e em poucas 
palavras, a economia corresponde à interação de um grupo de indivíduos, dado recursos e neces-
sidades que estes indivíduos possuem (MANKIW, 2006).
ECONOMIA RURAL
 
 A Economia Rural é a ciência que estuda as relações econômicas no meio rural, visando 
fundamentalmente as atividades de produção e comercialização de produtos agropecuários (NO-
VAIS, 2014). À medida que as atividades de produção e comercialização dos bens agropecuários 
aumentam, observa-se o fortalecimento do agronegócio, atividade que é extremamente relevante 
para o desenvolvimento nacional.
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ENSINO A DISTÂNCIA
 Os produtores rurais, os fornecedores de insumos rurais como máquinas e sementes; as 
organizações que processam, distribuem e comercializam os produtos - frigorí� cos, supermer-
cados, distribuidoras; as instituições de ensino e de crédito rural; as cooperativas e o próprio 
consumidor são todos agentes econômicos que in� uenciam no desenvolvimento das atividades 
do agronegócio.
 Na Economia Rural, estuda-se como estes agentes econômicos administram os seus re-
cursos e de que forma eles interagem entre si para atender a demanda da sociedade, por produtos 
agropecuários. O objetivo da Economia Rural é aprimorar as atividades de produção e, para isso, 
é necessário compreender: O que produzir? Quanto produzir? Como produzir? Quando produ-
zir? Para quem?
 As atividades de produção podem ser afetadas por fatores de natureza externa ou interna. 
Alguns exemplos de fatores externos são os preços dos produtos, o clima, as políticas agrícolas. 
Embora esses fatores não sejam de controle do gestor, é preciso conhecê-los para que se possa 
tomar decisões adequadas (NOVAIS, 2014).
 Quanto aos fatores internos, podemos exempli� car com aspectos ligados aos recursos 
humanos, ao planejamento da produção, aos recursos � nanceiros o planejamento de marketing 
e outros. Esses fatores são controlados diretamente por meio de procedimentos gerenciais. Nesse 
sentido quanto maior o conhecimento sobre a estrutura do processo e os fatores de produção, 
maiores serão as chances de melhorar os resultados econômicos (NOVAIS, 2014).
 O estudo da Economia Rural se faz necessário, pois, independente da estrutura social e 
política de um país, sempre haverá necessidade de consumo por produtos agrícolas, assim, torna-
-se necessário manter os meios de produção competitivos e sustentáveis. Isso signi� ca promover 
o desenvolvimento e enriquecimento de uma nação. 
 De acordo com o Banco Mundial (2006), o mundo, em 2005, alcançou um PIB total de 
US$ 55,6 trilhões sendo que o agronegócio representava 22% desse valor, ou seja, o agronegócio 
produziu US$ 12,2 trilhões. Esses valores classi� caram o agronegócio como o maior ramo de 
atividade do mundo, superando o petróleo, as telecomunicações e a energia. A projeção de cres-
cimento do setor, segundo a Harvard Business School, é alcançar, em 2025, US$ 16,5 trilhões.
 Algumas mudanças de comportamento do ser humano, nos últimos anos, colaboraram 
para o fortalecimento do agronegócio:
 • Urbanização: tem aumentado o número de pessoas que migram do campo para a cida-
de.
 Figura 1 - Urbanização Mundial. Fonte: IPEA Instituto de Pesquisa e Econômica Aplicada (2017).
 • À medida que a mulher ocupa mais espaço no mercado de trabalho há também um 
maior crescimento na demanda de alimentos mais elaborados; 
 • As pessoas, cada vez mais, fazem suas refeições fora de casa.
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ENSINO A DISTÂNCIA
 Tendo em vista que a Economia Rural abrange alguns princípios básicos do processo 
produtivo, se faz necessário que haja a compreensão de alguns conceitos introdutórios da Teoria 
Econômica: 
 Firma ou empresa: unidade básica de produção de bens ou de prestação de serviços. 
 Processo produtivo: consiste na combinação de fatores de produção (terra, trabalho, ca-
pital) e demais insumos, para produzir um bem ou serviço – produto.
 Empresário: responsável pelas decisões de produção – quais produtos serão gerados? 
Quais métodos e técnicas serão utilizados? Qual a combinação de fatores de produção será ado-
tada? 
 Função de produção: é a relação matemática que expressa as quantidades de insumos 
necessários à produção de um produto. 
 Q = f (N, T, K)
Onde: 
 Q = quantidade produzida; 
 N = recursos naturais utilizados (o fator terra, ou natureza); 
 T = quantidades de trabalho utilizadas;
 K = quantidades de capital utilizadas.
 A tecnologia pode ser disponível no processo produtivo ou não. Por isso, há mais de 
uma função de produção possível para cada produto. Geralmente, no processo produtivo rural 
utiliza-se muito trabalho e pouco capital (máquinas). Cabe ao empresário a de� nição da função 
de produção mais adequada para a sua empresa. Essa decisão corresponde à resposta para a per-
gunta “Como produzir”? O empresário tomará essa decisão, levando em consideração o critério 
de e� ciência:
 • e� ciência técnica: produzir o máximo de produto físico possível usando o mínimo de 
fatores de produção;
 • e� ciência econômica: e� ciência em termos econômicos signi� ca menor custo de pro-
dução para produzir o mesmo volume de bens � nais. 
O SISTEMA ECONÔMICO 
 
 Sistema econômico pode ser de� nido como a forma sob a qual uma sociedade ou grupo 
se organiza. Essa organização segue diretrizes de ordem econômica, política e social. Tendo em 
vista que economia é a forma como os indivíduos interagem em um grupo, o principal objetivo 
de planejar a economia é acelerar o crescimento das atividades de produção, distribuição e con-
sumo de bens e serviços (VICECONTI; NEVES, 2010). 
 
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 Agentes econômicos são organizações de natureza física ou jurídica que, através de suas 
ações, contribuem para o funcionamento do sistema econômico e o desempenho das atividades. 
Os agentes econômicos podem serclassi� cados da seguinte forma: unidades produtivas (em-
presas), unidades familiares (famílias), setor público (governo) e setor externo (outros países) 
(VICECONTI; NEVES, 2010).
 As unidades produtivas são as empresas que produzem os bens e serviços de um país. O 
processo produtivo requer fatores de produção (terra ou recursos naturais, mão de obra e capi-
tal). Os fatores de produção são recompensados por meio de remuneração, ou seja, é necessário 
pagar para obtê-los. O principal objetivo e condição de existência das empresas em uma econo-
mia capitalista é obtenção de lucros. 
 As unidades familiares são os indivíduos que integram uma família e oferecem a sua 
mão de obra, ou seja, as unidades familiares oferecem a mão de obra que é um dos principais 
fatores de produção para que às empresas tenham condições de realizar a suas atividades – pro-
duzir bens e serviços. As unidades familiares colocam a sua mão de obra à disposição em troca 
de remuneração. 
 O setor público é o agente econômico que administra a alocação dos recursos da socie-
dade nos âmbitos federal, estadual e municipal. O principal objetivo do governo em uma eco-
nomia capitalista é oferecer bens e serviço à sociedade visando o atendimento do maior número 
possível de necessidades e, consequentemente, elevar o bem-estar de todos. 
 O setor externo é referente a todos os países que mantêm relações econômicas. Essas 
relações acontecem em um sistema internacional em que os países podem fazer acordos, podem 
se unir para defender interesses coletivos e fazer compras extrapolando as fronteiras geográ� cas 
entre eles.
 Tendo em vista que os agentes econômicos interagem entre si em um contexto regido por 
normas nacionais e pelo Sistema Econômico Capitalista, torna-se fundamental compreender este 
sistema desde a sua origem até a sua consolidação como sistema mundial.
O SISTEMA ECONOMICO CAPITALISTA
 Sistema econômico é a forma como uma sociedade se organiza. Atualmente, o modelo 
de organização social em que estamos inseridos é o sistema econômico capitalista, substituto da 
organização social – feudalismo. O objetivo do capitalismo é obter lucros e torna-se claro que o 
sistema econômico capitalista é a forma como os agentes econômicos que compõem a sociedade 
se organizam para obter lucros.
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ENSINO A DISTÂNCIA
 O sistema econômico depende diretamente do movimento de demanda, ou seja, o con-
sumo dos indivíduos, e de oferta, que signi� ca a quantidade de bens e serviços que os produtores 
têm condições de colocar no mercado à disposição para consumo. Para obter lucros cada vez 
maiores em termos econômicos, a maximização de lucros, os produtores almejam colocar no 
mercado produtos com preços cada vez mais elevados.
 Retomando a questão das unidades familiares, em que os indivíduos colocam a sua mão 
de obra à disposição das empresas em troca de remuneração, considera-se, neste ponto, que a 
remuneração das unidades familiares é o mesmo que renda familiar.
 No sistema econômico capitalista, o produtor pode decidir oferecer baixa remuneração 
aos empregados, que vendem sua mão de obra. Porém, nesse sentido, vale destacar uma impor-
tante re� exão da economia – o empregado oferece sua força de trabalho para produzir o produto 
e o serviço e, quando vão para o mercado, esse mesmo empregado muda de papel econômico ao 
tornar-se um consumidor.
 Assim, se a remuneração do empregado for pequena e o empresário colocar no mercado 
produtos e serviços com preços elevados, os consumidores não terão capacidade de pagamento 
para o consumo. Esse contexto é levado em consideração no estudo da Economia Rural, pois 
reforça o que já foi dito anteriormente, ou seja, é necessário avaliar: O que produzir? Quanto 
produzir? Como produzir? Quando produzir? Para quem? Todas essas questões servem para 
viabilizar os ganhos de oportunidade da produção e, principalmente, atender toda a demanda da 
sociedade.
 Em suma, os preços pelos quais os produtos são comercializados no mercado podem 
ser estabelecidos pelos produtores, mas se os consumidores não apresentarem consumo, os pro-
dutores precisaram reajustar o preço até que se encontre um equilíbrio entre os interesses dos 
produtores e dos consumidores. Desta forma, constatamos que os preços são estabelecidos pelo 
mercado, veja na Figura 2.
 Figura 2 - Oferta e Demanda – no sistema econômico capitalista. Fonte: a autora
 De um lado, os consumidores precisam fazer escolhas e selecionar produtos compatíveis 
com as suas rendas. Do outro lado os produtores, dadas as suas despesas para remunerar os fa-
tores de produção, buscam aumentar os lucros. Podemos concluir que a decisão de aumentar os 
lucros por parte dos produtores, pode afetar diretamente consumidores, que vão reagir mudando 
o comportamento do consumo e consequentemente isso pode trazer impactos aos produtores. 
 A busca constante de maximização de lucros, no sistema econômico capitalista, cria uma 
estrutura de mercado competitivo entre as diferentes atividades dos agentes econômicos, inclu-
sive para as atividades de produtos agropecuários.
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ENSINO A DISTÂNCIA
 As bases do sistema econômico capitalista tornam-se melhor compreendidas, quando se 
percebe as mudanças de papel dos agentes econômicos dentro do sistema, veja:
 • Os membros de uma instituição familiar em um dado momento vendem sua mão de 
obra para o empresário (produtor), mas no momento subsequente são consumidores do produto 
que eles colaboraram com a produção e que o empresário coloca no mercado.
 • O setor público, em um dado momento, regula as atividades das empresas agrícolas 
e, no momento subsequente, ocupa papel de consumidor dos bens e serviços que essa empresa 
regulada coloca no mercado.
 É possível perceber várias mudanças de papéis entre os agentes econômicos. A interação 
entre os agentes ocorre a partir da moeda. As famílias são remuneradas pela venda da mão de 
obra e esses membros pagam pelos bens e serviços adquiridos no mercado. Esse movimento de 
receber e reinserir a moeda na economia promove um � uxo monetário na economia, também 
nominado de � uxo circular da renda.
 Figura 3 - Fluxo circular da Renda. Fonte: A autora.
 Aqui, podemos concluir destacando que os elementos fundamentais do sistema econôm-
ico capitalista são os lucros e o � uxo circular da renda, os quais movimentam a riqueza social.
ELEMENTOS DA ECONOMIA
 
 Partindo-se da ideia que a Economia Rural estuda como os agentes econômicos adminis-
tram os recursos e de que forma eles interagem entre si para atender a demanda da sociedade, por 
produtos agropecuários, vamos estudar quais os tipos de recursos necessários para as atividades 
de produção de acordo com a Teoria Econômica.
 Todas as atividades de produção utilizam fatores de produção (terra ou recursos natu-
rais, mão de obra, capital) e técnicas de produção (MENDES, 2004). De acordo com o tipo de 
atividade de produção, os recursos e técnicas variam em intensidade, ou seja, em cada uma das 
atividades são empregados recursos e técnicas em proporções diferentes. 
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 Os recursos produtivos ou fatores de produção são elementos utilizados no processo de 
fabricação dos mais variados tipos de produtos que serão colocados no mercado para satisfazer as 
necessidades dos consumidores. Os principais fatores de produção são: Terra, Trabalho e Capital 
(BARBOSA, 2011).
TERRA
 
 Refere-se aos recursos naturais tais como � orestas, recursos minerais, recursos hídricos, 
etc. Esse fator compreende não somente o solo utilizado para agricultura, mas também todo o 
solo utilizado na construção de estradas, casas, etc.
TRABALHO
 
 É o esforço humano, físico ou mental, empregado na produção de bens e serviços. É o 
recurso humano utilizado pelas empresas para produzir tudo que for necessário.
CAPITAL
 
 É de� nido comoum conjunto de bens e que não se destinam à satisfação das necessidades 
através do consumo, mas que são utilizados no processo de produção de outros bens. O capital 
inclui edifícios, equipamentos e estoques de materiais dos produtores, inclusive bens que estão 
em acabamento ou completamente acabados, e que podem ser utilizados na produção de bens.
 Figura 4 – De� nições dos fatores de produção. Fonte: Mendes (2004).
 Para Mendes (2004), de acordo com a variação da intensidade dos recursos e técnicas 
empregados na produção, a classi� cação das atividades poderá variar entre os tipos: primárias, 
secundárias e terciárias de produção. Da mesma forma que as atividades são classi� cadas, os bens 
e serviços também são classi� cados quanto a sua natureza e � nalidade.
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 Quanto a classi� cação da natureza, de acordo com Mendes (2004), bens são todos os 
produtos do tipo tangíveis (que podem ser tocados, apalpados) como, por exemplo, alimentos, 
eletrodomésticos, imóveis, automóveis, entre outros. Enquanto os serviços são os produtos in-
tangíveis (intocáveis), entre eles a exemplo podemos citar a assistência médica e educacional.
 Quanto a classi� cação da � nalidade dos bens e serviços, poderão ser classi� cados como: 
� nais e intermediários. Assim os bens e serviços � nais são aqueles de consumo duráveis ou de 
consumo imediato, tais como refrigeradores, televisões, alimentos, produtos de higiene pessoal, 
etc. Enquanto os bens e serviços intermediários são aqueles que serão alocados na produção de 
outros bens e serviços, os quais serão consumidos durante o processo produtivo, por exemplo, a 
matéria-prima ou insumos.
 De acordo com Mendes (2004), as principais características dos fatores de produção po-
dem ser observadas na Tabela 1:
 Tabela 1 - Características dos fatores de produção
 Fonte: elaborada pela autora, a partir de Mendes (2004).
 Até aqui, observamos que as atividades produtivas são classi� cadas quanto a sua natureza 
e � nalidade. Por � m, devemos observar que as empresas também são classi� cadas de acordo com 
as � nalidades de produtos e serviços que estas colocam no mercado.
 Empresas industriais – colocam no mercado bens de consumo e de produção, conforme 
a Tabela 2. Esses bens são colocados no mercado após o processo de transformação das matérias-
-primas em produtos acabados.
 Tabela 2 – Exemplos de bem industriais
 Fonte: Chiavenato (2011).
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 Empresas comerciais – são as empresas que vendem produtos acabados diretamente ao 
consumidor (comércio varejista) ou aquelas que compram diretamente do produtor para vender 
ao varejista (comércio atacadista). 
 Empresas prestadoras de serviços – são as que oferecem serviço e mão de obra especia-
lizada como transporte, educação, saúde, comunicação, serviços de manutenção, etc.
 Tão importante quanto observar a respectiva classi� cação das empresas é importante ob-
servar o ambiente de negócios em que as empresas estas inseridas tendo em vista que o ambiente 
de negócios é o meio que existe em torno de uma empresa. Toda empresa está inserida em um 
ambiente que exerce in� uência e, ao mesmo tempo, é in� uenciada por este. Tais in� uências afe-
tam direta e indiretamente o resultado produtivo e, consequentemente, os resultados da empresa 
rural (NOVAIS, 2014).
 Segundo Chiavenato (2011), o ambiente de negócios é dividido em ambiente geral e am-
biente tarefa:
 Ambiente Geral (macroambiente): é formado por um conjunto de fatores externos e 
pode ser formado pelas seguintes variáveis: 
 Figura 5 – Variáveis do Macroambiente. Fonte: Chiavenato (2011).
 - Variáveis tecnológicas: refere-se aos conhecimentos totais acumulados de como fazer as 
coisas. Inclui-se, nessa de� nição, as invenções, técnicas, aplicações, desenvolvimentos e outros 
similares. Estas variáveis podem ser externas à empresa, porém, quando são absorvidas pelo am-
biente, tornam-se também internas. 
 - Variáveis políticas: têm origem das políticas e critérios adotados pelo governo federal, 
estadual ou municipal. 
 - Variáveis econômicas: referem-se ao contexto econômico geral. O efeito das variáveis 
econômicas sobre as empresas é signi� cativo quanto ao volume de operações, o nível de preço, 
de rentabilidade, a possibilidade de obtenção de recursos, os mecanismos de oferta e procura do 
mercado em geral. 
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ENSINO A DISTÂNCIA
 - Variáveis legais: referem-se as leis e normas que regulam, controlam, incentivam ou 
restringem o ambiente empresarial. 
 - Variáveis sociais: a empresa também é uma unidade econômica e está sujeita a pressões 
sociais e à in� uência do meio social e cultural em que se situa. 
 - Variáveis demográ� cas: referem-se às características da população, o crescimento, et-
nias, culturas, distribuição geográ� ca, etc. 
 - Variáveis ecológicas: refere-se ao ecossistema solo, vegetação, animais, clima. 
 Ambiente Tarefa (microambiente): corresponde ao segmento do ambiente geral mais 
próximo e operacional da empresa. É formado por empresas, instituições, grupos e indivíduos 
que atuam no mesmo setor e que são relevantes para a empresa poder estabelecer e alcançar os 
seus objetivos. 
 Figura 6 – Componentes do Macroambiente. Fonte: Chiavenato (2011).
 - Cliente: usuários dos produtos ou serviços.
 - Fornecedores: fornecem os recursos necessários para a produção dos bens: fornecedores 
de capital, materiais, insumos, de mão-de-obra, equipamentos e de serviços. 
 
 - Concorrentes: empresas que concorrem entre si para obterem recursos necessários para 
a produção e para conquistar mercados. 
 - Grupos reguladores: são compostos pelo governo, sindicatos, associações, etc.
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A DIVISÃO DA CIÊNCIA ECONÔMICA
 A economia é uma ciência estudada da mesma forma como um físico estuda a matéria 
e um biólogo estuda a vida. Para o estudo da economia são necessárias teorias, dados, análises 
e testes. Parece estranho a� rmar a economia como ciência, pois os economistas não trabalham 
com tubos de ensaio nem telescópios, mas a essência da ciência é o método cienti� co, ou seja, o 
desenvolvimento e o teste imparcial de teorias (MANKIW, 2006).
 Para � ns metodológicos dos estudos econômicos, a ciência econômica divide-se em duas 
áreas: microeconomia e macroeconomia.
 A microeconomia é o estudo de como as famílias e empresas tomam decisões e de como 
elas interagem em mercados especí� cos. De forma geral, o estudo da microeconomia está volta-
do para: as instituições, o comportamento dos consumidores, o comportamento das empresas, 
o mercado e as suas diferentes estruturas, a remuneração dos agentes econômicos e os preços 
praticados no mercado. 
 A macroeconomia é o estudo que engloba toda a economia nacional. Assim os estudos da 
macroeconomia estão direcionados para: a economia nacional, o desempenho total da economia 
– crescimento e desenvolvimento, elementos econômicos como: o PIB – Produto interno bruto, 
a taxa de juro, � utuações de cambio, trocas internacionais 
 O estudo da macroeconomia se faz necessário para:
 •Analisar o potencial do crescimento da atividade econômica (PIB) identi� cando o mo-
mento ideal para ampliar a produção;
 •Identi� car os setores em alta na economia, ou seja, setores atrativos para receber novos 
investimentos;
 •Interpretar as medidas econômicas adotadas pelo Governo e como estas podem interfe-
rir nas atividades da empresa;
 •Identi� car o efeito da in� ação sobre os preços praticados pela empresa;
 •Compreender o movimento de circulação dos bens, serviços e do crédito visando a iden-
ti� cação dos momentos de expansão e retração do consumo e investimento;
 •Analisar como os movimentos do câmbio (moeda estrangeira) afetam a atividade eco-
nômica e consequentemente a produtividade das empresas;Ambas as áreas da ciência econômica estão intimamente ligadas. As mudanças na econo-
mia resultam das decisões de milhões de pessoas, sendo impossível entender os desdobramentos 
macroeconômicos sem considerar as decisões microeconômicas a eles associadas (MANKIW, 
2006). Neste sentido é importante conhecer a in� uência de alguns elementos econômicos nas 
decisões dos agentes econômicos.
Introdução à Economia.
Jose Paschoal Rossetti. Editora: Atlas. 20a edição.
ISBN-13: 9788522434671 
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ENSINO A DISTÂNCIA
PIB - PRODUTO INTERNO BRUTO
 Um dos termos mais conhecidos em economia é o PIB (Produto Interno Bruto) o qual 
representa a soma de todos os bens e serviços � nais produzidos e representados por seus res-
pectivos valores monetários (ou seja, valores expressos em uma determinada moeda), em uma 
determinada região, durante um determinado período (MANKIW, 2001).
 O PIB pode ser considerado um indicador utilizado para medir o desempenho econômi-
co do país, ou seja, o nível de atividade econômica (produção ou consumo) (MANKIW, 2001). 
No Brasil, o PIB é calculado através da Contabilidade Social, sendo que o órgão o� cial responsá-
vel pelo cálculo é o IBGE (Instituto Brasileiro de Geogra� a e Estatística).
 De formal geral podemos compreender o PIB sob uma análise macroeconômica, que 
trata da formação e distribuição do produto e da renda gerados com a atividade econômica a 
partir do � uxo estabelecido entre os agentes econômicos (Famílias, Empresas, Governo e Setor 
Externo).
RENDA
 Em termos econômicos, é o valor pago aos fatores de produção para obter determinado 
produto ou serviço. Em outras palavras, a renda pode ser obtida a partir de salários, aluguéis, 
juros de aplicações � nanceiras, lucros entre ouras.
 A renda pode ser individual ou nacional. A renda individual refere-se ao valor que cada 
indivíduo recebe pela mão de obra empregada na produção “salário” e a renda nacional é a soma 
de todas as rendas individuais, recebidas pelos donos dos fatores de produção que foram utiliza-
dos no período de um ano (MANKIW, 2001). 
 A comercialização de produtos agrícolas está estreitamente relacionada com o desenvol-
vimento da economia. Conforme as atividades agrícolas se intensi� cam, aumenta a concentração 
populacional em áreas urbanas, isso provoca aumentos na renda “per capita”. 
MOEDA
 É o meio de pagamento utilizado pela sociedade. A moeda é emitida pelo governo do 
país. No Brasil, a moeda utilizada é o Real, identi� cada pelo símbolo R$ e tem sua emissão reali-
zada no Banco Central do Brasil (BLANCHARD, 2011).
Conhecer a história da moeda do Brasil permite aflorar conhecimentos cultu-
rais e intelectuais. Por exemplo, o açúcar já foi considerado moeda no Brasil do 
século XVII. A moeda brasileira já recebeu vários nomes: Cruzeiro, Cruzeiro Novo, 
Cruzado, Cruzado Novo, Cruzeiro Real e finalmente Real, como conhecemos hoje. 
Conheça mais informações sobre esta história no site da casa da moeda do 
Brasil. Acesso em: 
http://www.casadamoeda.gov.br/portal 
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SALÁRIO
 É a recompensa que o trabalhador recebe pelo seu trabalho, ou seja, é o pagamento, seja 
por trabalho físico ou trabalho intelectual. A Teoria econômica classi� ca os salários em dois tipos 
(MANKIW, 2001):
 Salário nominal é o montante de moedas (dinheiro) que o trabalhador recebe pelo seu 
trabalho. É o valor do salário mensal.
 Salário real é analisado a partir do poder de compra que as moedas recebidas mensal-
mente pelo trabalhador.
JUROS
 É a remuneração do capital (dinheiro). Pode ser obtido nas operações � nanceiras. Exem-
plo: empréstimos, aplicações � nanceiras.
IMPOSTOS
 É o montante de dinheiro que uma pessoa ou empresa, paga ao governo. Os impostos 
podem ser subdivididos da seguinte forma:
 Impostos diretos: recaem diretamente sobre a renda individual da população. Ex.: IR, 
ISS.
 Impostos indiretos: são pagos à medida que os benefícios � nanceiros são utilizados. Ex.: 
IOF, antiga CPMF, ICMS, etc.
INFLAÇÃO
 Os preços dos produtos sobem com o passar do tempo e, mesmo assim, os consumidores 
continuam comprando, isso promove in� ação (MANKIW, 2001). Em outras palavras, a in� ação 
diminui o poder de compra dos consumidores com a moeda local, por exemplo:
 Imagine que você consegue hoje encher o carrinho do supermercado com uma nota de 
R$ 50,00. Passado um ano, os produtos provavelmente obtiveram aumento do preço, logo, com a 
mesma nota de 50,00 não será mais possível encher o carrinho de compras. Isso signi� ca que os 
“50,00” não têm mais o mesmo poder de compra, ou seja, o dinheiro perdeu valor.
 Veja algumas de� nições relacionadas ao conceito de in� ação:
 
 Tabela 3: De� nições relacionadas a In� ação.
 Fonte: A autora.
Tabela 3: De� nições relacionadas a In� ação.
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ENSINO A DISTÂNCIA
 Ao comparar os preços de um produto agropecuário no tempo, de forma coerente, ne-
cessita-se medir os valores em relação a certo nível geral de preços (índice de in� ação). Portanto, 
para comparar preços em períodos diferentes, é necessário fazer a correção em termos da in� a-
ção. Isso signi� ca medir os preços em termos reais e não em termos nominais.
PRINCÍPIOS ECONÔMICOS
 O estudo da economia tem várias vertentes convergentes, isso signi� ca, que há relação 
entre as ideias centrais do pensamento econômico. Isso porque a economia é orientada por Dez 
Princípios Econômicos. 
 Os princípios se dividem em três pilares: tomadas de decisão, interação entre os agentes 
e o funcionamento da economia. Neste material, vamos fazer apresentação apenas introdutória 
dos princípios.
COMO AS PESSOAS TOMAM DECISÕES
 Não há diferenças quanto ao método de análise de uma “economia” – forma de interação. 
Podemos analisar a economia de Los Angeles, dos Estados Unidos ou do mundo todo, pois eco-
nomia é apenas um grupo de pessoas que interagem umas com as outras (MANKIW, 2006).
 O que diferencia a analise são os conteúdos. Nesse ponto, deve ser destacado que as ten-
dências da economia re� etem no comportamento dos indivíduos que a compõem. Para facilitar 
a compreensão, um exemplo: países mais desenvolvidos tecnologicamente (porque a economia 
investiu em pesquisa), têm mais pessoas alfabetizadas, as quais são responsáveis pelas pesquisas. 
 Os primeiros princípios se referem a tomada de decisões individuais dos indivíduos.
 Princípio 1: as pessoas enfrentam Tradeo� s.
 A respeito da tomada de decisões, podemos resumir no provérbio “nada é de graça”. Para 
conseguirmos algo que queremos, geralmente, precisamos abrir mão de outras coisas que deseja-
mos. A tomada de decisão exige escolher um objetivo em detrimento de outro (MANKIW, 2006).
 Princípio 2: o custo de alguma coisa é aquilo que você desiste para obtê-la.
 Como as pessoas enfrentam Tradeo� s, a tomada de decisão exige comparar os custos e 
benefícios de possibilidades alternativas, pois nem sempre os custos de uma opção são tão claros 
quanto pode parecer no primeiro momento. O custo de uma possibilidade alternativa é justa-
mente o custo daquilo de que você precisa abrir mão para obter a outra (MANKIW, 2006).
Princípios de Economia.
Carlos Roberto Martins Passos e Otto Nogami. 
ISBN-13: 9788522111640
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 Princípio 3: as pessoas racionais pensam na margem.
 Esse princípio será exempli� cado para facilitar a compreensão. Um dia antes da prova, 
você precisa escolher entre passar uma hora revendo todas as suas anotações ou usar essa hora 
assistindo TV. Em termos econômicos “margem” refere-se à existência de extremos, e qualquer 
indivíduo pode fazer ajustes em torno dos extremos daquilo que está fazendo. Exemplo: Fazer 
20 % ou 100% da prova – o indivíduo faz ajustes da maneira que melhor lhe convém (MANKIW, 
2006).
 Princípio 4: as pessoas reagem a incentivos.Como as pessoas tomam decisões por meio da comparação de custos e benefícios, seu 
comportamento pode mudar quando os custos ou benefícios mudam. Exemplo: quando o preço 
da maçã aumenta as pessoas podem deixar de comer maçã e comer peras, porque o custo de 
comprar maçã � cou maior (MANKIW, 2006).
COMO AS PESSOAS INTERAGEM
 
 Os primeiros quatro princípios tratam de como os indivíduos tomam decisões. É im-
portante destacar que muitas de nossas decisões afetam não apenas a nós mesmos, mas também 
outras pessoas. 
 Os próximos três princípios tratam da forma como as pessoas interagem umas com as 
outras. 
 Princípio 5: o comércio pode ser bom para todos.
 As pessoas buscam emprego e isso promove uma competição. No entanto, é melhor com-
petir invés de viver isoladamente, pois viver isoladamente requer a fabricação da sua própria 
roupa, comida, do seu carro a construção da sua casa, entre outros. Nesse contexto, o comércio 
permite que as pessoas se especializem na atividade em que são melhores, seja ela a agricultura, 
costura, construção civil ou qualquer outra. Por � m ao comerciar com outras pessoas, é possível 
ter acesso a maior variedade de bens e serviços com menor custo (MANKIW, 2006).
 Princípio 6: Os mercados são, geralmente, uma boa maneira de organizar a atividade 
econômica.
 O economista Adam Smith, no livro “A riqueza das nações” de 1776, fez a observação 
mais famosa da ciência econômica. Para Smith (1776), as pessoas e as famílias interagiam no 
mercado, como se fossem guiadas por uma “mão invisível”, a qual leva a resultados de mercado 
desejáveis. É esta mão que ajusta os preços entre a oferta (empresários) e a demanda (consumi-
dores) (MANKIW, 2006).
 Figura 6 – Adam Smith. Fonte: Google Images (2017).
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 Princípio 7: Às vezes, os governos podem melhorar os resultados dos mercados.
 O governo é a instituição mais adequada para proteger os direitos e deveres dos agen-
tes econômicos. O governo também regula as atividades para que as empresas promovam uma 
competição em termos legais. Também é responsabilidade do governo intervir na economia no 
que diz respeito a impostos. No entanto, apontar que o governo pode melhorar os resultados do 
mercado não signi� ca que ele fará (MANKIW, 2006).
COMO A ECONOMIA FUNCIONA
 Começamos observando como as pessoas tomam decisões e depois como elas interagem 
umas com as outras. Juntas, todas essas decisões e interações formam a “economia”. Os três últi-
mos princípios referem-se ao funcionamento da economia.
 Princípio 8: o padrão de vida de um país depende de sua capacidade de produzir bens.
 Em países onde os trabalhadores podem produzir uma grande quantidade de bens e ser-
viços, a maioria das pessoas desfruta de melhores padrões de vida. Assim, a taxa de crescimento 
da produtividade de um país determina a taxa de crescimento da renda nacional. A relação en-
tre produtividade e padrão de vida também traz implicações profundas para a política pública 
(MANKIW, 2006).
 Princípio 9: Os preços sobem quando o governo emite moeda demais.
 Há alguns anos, atrás o pãozinho da padaria custava poucos centavos. Atualmente, po-
rém, com estes centavos, certamente, não será possível comprar a mesma quantidade de pão-
zinho que era possível comprar antes. Esse episódio ocorre por causa da in� ação, que signi� ca 
um aumento do nível geral de preços na economia. O que causa a in� ação é o próprio governo, 
quando emite quantidade de moeda excessiva, pois em meio ao excesso, o valor da moeda tende 
a diminuir (MANKIW, 2006).
 Princípio 10: a sociedade enfrenta um Tradeo� de curto prazo entre in� ação e desempre-
go.
 Quando o governo emite moeda em excesso, além da in� ação pode ocorrer um outro 
fenômeno – o desemprego. Assim, a sociedade enfrentará o Tradeo� de in� ação e desemprego, 
levando em consideração que esta decisão irá re� etir diretamente no ciclo de negócios do país. 
Assim, os formuladores de políticas podem explorar o Tradeo� em curto prazo para mudar o 
montante de gasto do governo, o valor arrecadado de impostos entre outros (MANKIW, 2006).
AS ECONOMIAS CAPITALISTAS ESTÃO SUBMETIDAS A 
PROBLEMAS ECONÔMICOS 
 Todos os agentes econômicos lidam com questões econômicas, tais como o desemprego, 
a in� ação, as oscilações das taxas de juros, dé� cit/superávit público, entre outros (MENDES, 
2004). Essas questões econômicas podem variar e colocar a economia em melhor ou pior situa-
ção. Isso reforça o pressuposto econômico que a� rma que as tendências da economia re� etem no 
padrão de vida da sociedade.
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 Em outras palavras, cada vez mais as questões econômicas têm orientado o dia a dia da 
sociedade. Por isso, faz-se necessário estudar os elementos econômicos. O fato é que grande parte 
dos agentes econômicos (empresas, consumidores, governo e setor externo) não detém conhe-
cimentos que permitam analisar as questões econômicas e tão pouco os problemas que podem 
surgir. 
 De forma geral, em tempos modernos, o principal problema econômico enfrentado é que 
os produtores possuem fatores de produção limitados para produzir bens e serviços de forma 
sustentável e em quantidade su� ciente para atender toda a demanda da sociedade (MENDES, 
2004). 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 
 Prezado aluno (a), o objetivo da unidade I foi introduzir o conceito e noções a respeito de 
economia. Primeiramente, é preciso compreender o conceito de forma simpli� cada, pois econo-
mia refere-se à interação de pessoas, tendo em vista que esta interação pode ocorrer no âmbito 
familiar, empresarial, municipal, nacional e até mesmo global (com outros países). 
 Tendo compreendido o conceito de economia, cabe destacar que hoje o mundo está in-
serido em um sistema econômico capitalista. Isso signi� ca que os agentes econômicos (famílias, 
empresas, governo e os países) se organizam e interagem entre si com a � nalidade de obter lucros, 
pois esta é a principal característica do capitalismo – obter e maximizar lucros.
 Nesse contexto em que os agentes se organizam para obter lucros, as atividades econômi-
cas são os principais meios para a obtenção disso. As atividades econômicas rurais colocam no 
mercado bens e serviços para atender as necessidades dos indivíduos por produtos agropecuá-
rios.
 Atualmente, podemos destacar que o principal desa� o do sistema econômico capitalista é 
conseguir colocar no mercado produtos o su� ciente para atender toda a demanda tendo em vista 
que os produtos agrícolas estão relacionados com a alimentação e isso faz com que esses bens 
sejam considerados de necessidade básica.
 Logo, são necessários fatores de produção para produzir os bens e serviços e esses fatores 
são escassos. Isso signi� ca que não há recursos o su� ciente para atender toda a demanda da so-
ciedade. Esse fato desencadeia outros problemas econômicos, como a exploração excessiva dos 
fatores de produção, elevação do preço desses fatores – preços que são repassados aos consumi-
dores � nais desencadeando vários outros problemas.
UNIDADE
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ENSINO A DISTÂNCIA
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 25 
FUNDAMENTOS DA TEORIA DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR ......................................................... 26
COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR ................................................................................................................. 26
LIMITAÇÃO ORÇAMENTÁRIA ................................................................................................................................. 27
UTILIDADE ................................................................................................................................................................ 28
TEORIA DO CONSUMIDOR ......................................................................................................................................28
DEMANDA ................................................................................................................................................................. 28
RENDA ....................................................................................................................................................................... 30
PREÇO DOS BENS COMPLEMENTARES ............................................................................................................... 30 
PREÇO DOS BENS SUBSTITUTOS .......................................................................................................................... 31 
PROPAGANDA/MARKETING .................................................................................................................................. 31
EXPECTATIVA DO CONSUMIDOR .......................................................................................................................... 31
TEORIAS ECONÔMICAS 
PROF.A ESP. CAROLINE FELIX 
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FATORES CLIMÁTICOS ........................................................................................................................................... 32 
HÁBITOS/COSTUMES ............................................................................................................................................ 32 
OFERTA .................................................................................................................................................................... 32 
PREÇO DOS INSUMOS ........................................................................................................................................... 34
TECNOLOGIA ............................................................................................................................................................ 34
PREÇO DOS PRODUTOS COMPETITIVOS ............................................................................................................. 34
POLÍTICAS DO GOVERNO ........................................................................................................................................ 35
EQUILÍBRIO DE MERCADO ..................................................................................................................................... 35
TEORIA DA FIRMA E DA PRODUÇÃO ...................................................................................................................... 37
RECEITA .................................................................................................................................................................... 37
CUSTOS ..................................................................................................................................................................... 38
FLUXO DE CAIXA ...................................................................................................................................................... 38
FORMAÇÃO DE PREÇOS ........................................................................................................................................ 40
CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................................................... 40
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INTRODUÇÃO
 Prezado (a) aluno (a), a disciplina de Economia Rural será apresentada em quatro unida-
des. Este material contempla a unidade II, a qual foi elaborada para aprofundar os conhecimentos 
em alguns itens de Microeconomia. 
 Você já aprendeu, na unidade I, que a Economia se divide em duas grandes áreas de estu-
dos, a Micro e a Macroeconomia. Na Microeconomia, vamos destacar o comportamento de dois 
agentes econômicos: os consumidores e as empresas. Esse material lhe permitirá compreender 
como estes agentes tomam as suas decisões, o que levam em consideração para fazer suas esco-
lhas.
 Os consumidores e as empresas interagem no mercado, um ambiente econômico. Por 
isso, além de olhar os agentes é importante compreender o ambiente em que eles interagem, pois 
é um dos fatores que in� uencia no comportamento dos agentes.
 Os objetivos da segunda unidade do nosso material são apresentar os fundamentos da 
teoria do consumidor e os mecanismos: curvas de oferta e curva de demanda; apresentar a de� -
nição e condições de Equilíbrio de Mercado, decorrentes das curvas de oferta e demanda; apre-
sentar os principais elementos da Teoria da Firma e da Produção.
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FUNDAMENTOS DA TEORIA DO COMPORTAMENTO DO 
CONSUMIDOR
 A remuneração (salário) que os indivíduos, membros de uma unidade familiar, recebem 
pela venda da sua mão de obra permite caracterizar esses indivíduos como consumidores, pois 
o salário recebido irá ser utilizado na compra (consumo) de bens e serviços para satisfazer as 
necessidades destes indivíduos. Assim, podemos a� rmar que cada unidade familiar determina a 
forma como vai alocar (distribuir) a sua renda entre os diversos bens e serviços disponíveis no 
mercado. A partir desta a� rmação, torna-se relevante buscar conhecimento a respeito da forma 
como as famílias se comportam em relação às decisões de consumo.
 A economia microeconômica é a área da economia responsável por estes estudos e busca 
compreender questões do tipo: o que os consumidores levam em consideração para decidir con-
sumir determinados bens e serviços ao invés de outros.
COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
 
 Tendo em vista que os consumidores - famílias - possuem algumas características em 
comum em relação a forma como fazem as suas escolhas de consumo de bens e serviços, é pos-
sível destacar algumas destas características. Para Mendes (2009), as principais, que maioria dos 
consumidores apresenta em comum, são: 
 • Os consumidores gastam toda sua renda em bens e serviços. Exceto a pequena parcela 
que é poupada, no caso de alguns consumidores;
 • Os consumidores gastam sua renda em mais de um bem ou serviço, isso signi� ca que 
ocorre uma variação na combinação entre os bens e serviços de preferência dos consumidores. 
Em termos econômicos, estas combinações entre os bens e serviços determinadas pelas preferên-
cias dos consumidores são nomeadas como cestas;
 • Os consumidores possuem necessidades ilimitadas, isso signi� ca que eles apresentam 
uma vontade insaciável de consumo e por isso nunca estão satisfeitos com os produtos compra-
dos – pelo fato de sempre desejarem mais;
 • Os consumidores buscam combinar a sua renda com os preços dos bens e serviços que 
desejam consumir, visando maximizar a satisfação, ou seja, para comprarem o máximo possível 
e, consequentemente, alcançarem satisfação. 
 Ainda a respeito das características do comportamento dos consumidores, podemos ana-
lisar dois (I e II) aspectos in� uentes na forma como os consumidores escolhem os bens e serviços 
disponíveis no mercado:
 
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 I - O consumidor tem pleno conhecimento sobre os bens e serviços disponíveis no 
mercado.
 Tendo em vista que os consumidores buscam maximizar a satisfação com o consumo, ou 
seja, comprar o máximo possível que o salário permite, isso faz com que os consumidores bus-
quem conhecimento pelos bens e serviços disponíveis no mercado. Em suma, os consumidores 
têm conhecimento pleno de toda informação relevante para suas decisões de consumo. Inclusive, 
nesse sentido, cabe destacar a importância da tecnologia para promover ainda mais o conheci-
mento dos consumidores. Hoje em dia, com a internet e a globalização é possível consumir pro-
dutos inclusive de outros países.
 II Cada consumidor têm as suas preferências.
 Os consumidores buscam satisfação máxima no consumo, por isso, antes de fazer a com-pra, analisam os preços e o recurso (dinheiro) disponível para comprar os determinados bens de 
interesse. 
LIMITAÇÃO ORÇAMENTÁRIA
 O consumidor procura distribuir sua renda (salário) entre bens e serviços disponíveis no 
mercado, visando maximizar a sua satisfação. Isso signi� ca que cada consumidor dispõe de um 
montante máximo de recursos � nanceiros (salário) que pode gastar em cada período de tempo. 
 A restrição orçamentaria é in� uenciada diretamente pela renda que o consumidor possui 
e pelos preços a serem pagar pelos bens e serviços. Assim, o consumidor deverá escolher entre 
várias combinações possíveis dos bens e serviços disponíveis, desde que isso não ultrapasse os 
limites do seu orçamento.
O número de consumidores no Brasil é grande. Levando em consideração que os 
consumidores têm desejo ilimitados, e constatamos que eles nunca estão satis-
feitos com as compras, o número de reclamação de consumidores brasileiros 
cresceu muito.
O Consumidor.gov.br é um serviço público que permite a interlocução direta 
entre consumidores e empresas para solução de conflitos de consumo pela 
internet. Monitorada pela Secretaria Nacional do Consumidor - Senacon - do Mi-
nistério da Justiça, Procons, Defensorias, Ministérios Públicos e também por toda 
a sociedade, esta ferramenta possibilita a resolução de conflitos de consumo de 
forma rápida e desburocratizada: atualmente, 80% das reclamações registradas 
no Consumidor.gov.br são solucionadas pelas empresas, que respondem as de-
mandas dos consumidores em um prazo médio de 7 dias.
Acesse o site: 
https://www.consumidor.gov.br/pages/principal/?1503163366111 <acesso em 
19/08/2017> 
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UTILIDADE
 Em termos econômicos, a palavra utilidade tem um conjunto de conotações destacan-
do-se o sentido de “benefício” ou “bem-estar”. Na verdade, as pessoas obtêm “utilidade” apro-
priando-se de coisas que lhes dão prazer e evitando coisas que lhes trazem insatisfação. Podemos 
exempli� car da seguinte forma: se a compra de três exemplares de um livro o deixa mais feliz do 
que a compra de uma camisa, então dizemos que os livros têm mais utilidade para você que a 
camisa (PINDYCK; RUBINFIELD, 2006).
 No entanto, os fatores que tornam uma mercadoria mais desejada em relação invés de 
outra são resultados de um fenômeno altamente subjetivo, porque as pessoas têm constituições 
psicológicas diferente umas das outras, e por isso atribuem qualidades diferentes aos bens.
TEORIA DO CONSUMIDOR
 Neste item, você aprenderá como funcionam a comercialização dos produtos agrícolas 
sob a ótica da teoria do consumidor, através dos mecanismos de Oferta e Demanda (Curva de 
oferta e de demanda).
DEMANDA
 A demanda explica o comportamento do consumidor ao escolher bens e serviços. Dessa 
forma, podemos iniciar os estudos a partir do seguinte questionamento: o que é demanda? 
 Demanda pode ser entendida como o desejo de comprar bens ou serviços. No entanto, 
é importante esclarecer que desejar não signi� ca que o consumidor esteja capacitado para isso, 
pois a intenção de compra é diferente da efetivação da compra. 
 Também sobre a de� nição de demanda, Pindyck e Rubin� eld (2001) colaboram desta-
cando os seguintes aspectos:
 • Só existirá demanda se o indivíduo puder pagar pelo bem ou serviço. Se não puder 
pagar, não há demanda. Então, o sonho de consumo que muitas vezes temos não é considerado 
demanda, pois não podemos pagar por ele.
 • O conceito de demanda está relacionado à ideia de utilidade (já visto anteriormente). 
Isso signi� ca que só existirá demanda se aquele bem ou serviço gerar algum tipo de satisfação 
para o consumidor. Se não gera satisfação, não há demanda, pois quem irá desejar um bem ou 
serviço sem utilidade?
 A demanda, geralmente, é estudada a partir de grá� cos, os quais visam facilitar a com-
preensão do aluno. Veja , na Figura 1, a representação da curva de demanda. O eixo vertical do 
grá� co mostra o preço da mercadoria. Enquanto o eixo horizontal mostra a quantidade ofertada, 
Q.
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 Figura 1 - Representação da curva de demanda. Fonte: a autora
 A curva da demanda informa-nos a quantidade que os consumidores desejam comprar 
à medida que muda o preço unitário. Note que a curva da demanda na Figura 1, indicada por D, 
é descendente (negativamente inclinada): isso signi� ca que os consumidores geralmente estão 
dispostos a comprar quantidades maiores se o preço está mais baixo.
 Em outras palavras, os consumidores tendem a reduzir o consumo, quando o preço au-
menta ou buscaram substituir o consumo por um bem substituto. Em termos econômicos, esse 
efeito é chamado de efeito substituição.
 Os consumidores também mudam as quantidades consumidas de bens e serviços, quan-
do a renda varia. Este é o efeito renda, signi� ca que se houver aumento de renda, o consumidor 
tende a demandar maiores quantidades de um determinado bem. 
 Quando há uma alteração do preço de um bem ocorre alteração das quantidades deman-
dadas. Este fato nos leva a classi� car os bens em: substitutos e complementares. 
 Bens substitutos: São bens substitutos quando um bem pode ser usado para substituir 
outro. Exemplo: carne bovina e carne de frango, manteiga e margarina, café e leite, etc. 
 Bens complementares: São bens cuja demanda varia no mesmo sentido quando se altera 
o preço de um deles. Exemplo, café e açúcar, sapato e meia, etc.
 Assim podemos concluir que o preço é responsável pela variação da quantidade consumi-
da. Veja na Figura 2, abaixo:
 Figura 2 - Representação da curva de demanda em pontos diferentes. Fonte: a autora
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 A � gura aponta que para o preço de R$ 2,00 o consumidor adquire 250 unidades do pro-
duto, enquanto que se o mesmo produto reduz o preço para R$ 1,00 a quantidade consumida será 
de 750 unidades. Neste caso, dizemos que houve alteração da quantidade e não na demanda.
 No entanto, existem outros fatores que podem realmente provocar variações na deman-
da, pois no exemplo anterior houve alteração somente na quantidade. A variação na demanda 
pode ser representada gra� camente, conforme a Figura 3.
 Figura 3 - Deslocamento da curva de Demanda. Fonte: a autor.
 A curva de Demanda pode deslocar-se para a direita ou para a esquerda. Para exempli� -
car, se o consumidor tivesse obtido um aumento da renda (salário) haveria um deslocamento da 
curva para a direita (aumento), de D para D’’. Se tivesse ocorrido redução da renda do consumi-
dor o deslocamento da demanda seria para a esquerda (redução), de D para D’.
 De acordo com Pindyck e Rubin� eld (2001), a renda não é o único fator responsável em 
deslocar a curva de demanda. Existem outros fatores como: o preço dos bens complementares, 
o preço dos bens substitutos, propaganda, a expectativa dos consumidores, fatores climáticos, 
hábitos/costumes dos consumidores entre outros. Vejo alguns detalhes a respeitos desses fatores.
RENDA
 A renda é um dos principais fatores que afetam a curva de demanda, mais não é o único. 
Então, de acordo com a renda (salário), os consumidores decidem quais das cestas de produtos 
disponíveis irão escolher para consumo. 
PREÇO DOS BENS COMPLEMENTARES
 Os bens complementares são consumidos juntos, como: o café e açúcar, arroz e feijão, pão 
e manteiga, etc. Assim, se o preço de um bem aumentar (exemplo: pão), a quantidade demanda-
da do bem complementar, que é a manteiga, reduzirá, e isso provocará deslocamento da curva de 
demanda para a esquerda (redução). 
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PREÇO DOS BENS SUBSTITUTOS 
 Bens substitutos apresentam características semelhantes e por esse motivo podem ser 
facilmente substituídos um pelo outro. Por exemplo: bolo de chocolate e bolo de cenoura; pão 
francês e pão de forma, carne vermelha e carne branca,entre outros. Como estes bens podem ser 
substituídos, quando o preço de um bem aumentar, aumentará a quantidade demandada do bem 
substituto. Exemplo: se o preço do bolo de chocolate aumentar, o consumo irá diminuir e conse-
quentemente irá aumentar o consumo por um outro sabor de bolo que possa substituir o sabor 
de chocolate, nesse caso, poderia aumentar a quantidade de demanda pelo bolo de cenoura.
 Figura 4 - Deslocamento da curva de Demanda – bolo de chocolate e de cenoura. Fonte: a autora.
 Neste caso, a curva de demanda de bolo de chocolate se desloca para a esquerda (diminui) 
de D para D’, enquanto a curva de demanda de bolo de cenoura se desloca para a direita (aumen-
ta) de D para D’’. 
PROPAGANDA/MARKETING 
 A principal � nalidade da propaganda e do marketing é criar necessidade de consumo. 
Então, pode ser considerado um instrumento utilizado para aumentar a quantidade demandada 
de determinados bens e serviços, deslocando a curva de demanda para a direita. 
EXPECTATIVA DO CONSUMIDOR 
 fator também é bastante importante. Refere-se a expectativa que o consumidor tem em 
relação ao futuro. Se o consumidor acredita que receberá um aumento salarial no próximo mês, 
a demanda dele aumentará hoje. O contrário é visto da seguinte forma, se um indivíduo sabe que 
sairá do emprego e está em período de aviso prévio, a demanda dele reduzirá hoje.
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FATORES CLIMÁTICOS
 No inverno, a demanda por biquínis, vestidos, blusinhas – reduz. Enquanto a demanda 
por calças, casacos, botas - aumenta. Outro exemplo, a demanda de aquecedores na região Norte 
do Brasil é quase nula, pois a região é quente e não tem clima para esse tipo de produto enquanto 
a demanda por ar condicionado no Canadá é baixa, pois a região é fria. 
HABITOS/COSTUMES
 A demanda de alguns bens varia conforma o hábito e costume da região. Hábitos cultu-
rais, a religião, as tradições in� uenciam diretamente no comportamento de consumo. Por exem-
plo, na Índia a vaca é sagrada, então, a demanda por carne bovina é nula, enquanto no Brasil é 
alta. 
OFERTA
 Neste item, vamos estudar o comportamento do produtor (empresário), em outras pala-
vras, a oferta de forma geral busca compreender o comportamento das empresas. 
 Oferta pode ser entendida como a quantidade de um bem ou serviço que uma empresa 
deseja vender, dentro de determinado período de tempo. Nessa de� nição, a palavra “deseja” está 
em negrito para destacar que, dependendo do preço do bem, as empresas têm um incentivo para 
aumentar a produção – ou seja, quanto maior o preço maior será a intenção de produção, isso 
porque a venda traria maior volume de dinheiro para a empresa. Mas isso não signi� ca que de 
fato a produção aumentará, pois aumentar a produção depende de outros fatores e não somente 
do preço (PASSOS; NOGAMI, 2012).
 O produtor (empresário) vai ao mercado com a meta de obter o maior lucro possível. No 
entanto, esse agente econômico (empresário/empresa) depara-se com uma restrição relevante: a 
produção de bens e serviços requer a utilização de recursos produtivos. Nos dias de hoje, pode-
mos destacar que os principais recursos produtivos são mão de obra e tecnologia. Logo, os níveis 
de utilização dos recursos variam de uma empresa para a outra. 
 A oferta geralmente é estudada a partir de grá� cos, os quais visam facilitar a compreensão 
do aluno. Veja abaixo, na Figura 5, a representação da curva de oferta.
 Figura 5 - Representação da Curva de Oferta. Fonte: a autora.
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 A curva da oferta informa-nos a quantidade de mercadoria que os produtores estão dis-
postos a vender a determinado preço. O eixo vertical do grá� co mostra o preço da mercadoria. O 
eixo horizontal mostra a quantidade total ofertada, Q.
 A quantidade ofertada de um bem ou serviço refere-se à quantidade que os vendedores 
(empresas) querem e tem condições de vender. Dessa maneira, é possível constatar a associação 
do movimento dos preços com o nível de quantidade ofertada. Na Figura 6, a curva de oferta tem 
formato ascendente porque, quanto mais alto for o preço maior será a capacidade e o desejo. Em 
outras palavras, “quantidade ofertada aumenta à medida que o preço aumenta e cai quando o 
preço se reduz”. 
 Cabe destacar sobre esse assunto que, quando falamos em uma alteração na quantidade 
ofertada, em função de uma variação no preço do próprio bem, a curva de oferta, não se desloca, 
alterando apenas os pontos sobre a curva.
 Figura 6 - Representação da curva de Oferta com pontos diferentes. Fonte: a autora.
 Quando o preço do bem se mantém constante, mas outros fatores que in� uenciam a 
produção variam, ocorre deslocamentos na curva de oferta. A variação na oferta pode ser repre-
sentada gra� camente, conforme a Figura 7.
 Figura 7 - Deslocamento da curva de Oferta. Fonte: A autora.
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 A curva de Oferta pode deslocar-se para a direita ou para a esquerda. Para exempli� car, 
se o produtor (empresa) receber incentivos para aumentar a produção haveria um deslocamento 
da curva para a direita (aumento), de O para O’. Se tivesse ocorrido redução dos incentivos para 
produção, por exemplo, o aumento dos custos dos fatores de produção, o deslocamento da oferta 
seria para a esquerda (redução), de O para O’’.
 Embora os preços dos fatores de produção seja altamente signi� cativos para promover 
deslocamentos da curva de oferta, também existem outros fatores que podem promover este 
deslocamento. De acordo com Mendes (2009), o preço dos insumos, a tecnologia, o preço de 
produtos competitivos, políticas do governo também são relevantes.
PREÇO DOS INSULMOS 
 O aumento do preço dos insumos aumenta os custos de produção das empresas e isso 
poderá provocar redução da produção. Esse movimento pode ser observado no deslocando da 
curva de oferta para a esquerda. Utilizando a Figura 7 como referência, temos que o deslocamen-
to seria de O para O’’.
TECNOLOGIA 
 A partir da tecnologia é possível aumentar a produção utilizando a mesma quantidade de 
fatores de produção. Assim, a tecnologia pode promover deslocamentos na curva de oferta para 
a direita. Utilizando a Figura 7, como referência, o deslocamento seria de O para O’.
PREÇO DOS PRODUTOS COMPETITIVOS 
 A ideia de produtos competitivos pode ser compreendida em resumo como produtos 
similares. Desta forma, a empresa escolherá produzir e vender o produto que apresentar preço 
de mercado mais alto, pois, assim, entraria maior volume de dinheiro na empresa. Utilizando a 
Figura 7 como referência, o deslocamento seria de O para O’.
Gerenciamento da Tecnologia: um instrumento para a competitividade em-
presarial.
Autor: Eduardo Vasconcellos. 
ISBN: 9788521201038 
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Fundamentos de Economia Rural. 
Autor: Alessandro Porporatti Arbage
ISBN13:9788578970420
2012.
POLITICAS DO GOVERNO 
 As políticas públicas do governo, variam as suas � nalidades e, por isso, podem incentivar 
a redução ou o aumento da produção. Por exemplo, se o governo aumentar os impostos, as em-
presas vão reduzir a produção. Esse movimento pode ser observado no deslocando da curva de 
oferta para a esquerda. Utilizando a Figura 7 como referência, o deslocamento seria de O para O’’.
EQUILÍBRIO DE MERCADO 
 
 Apresentamos a curva da Demanda e da Oferta separadamente para facilitar a compreen-
são. Mas saindo do campo teórico e analisando a realidade, ambas atuam conjuntamente. Os pre-
ços no mercado são ajustados pelas expectativas dos consumidores, em relação a sua capacidade 
de pagamento e as suas preferências e, ao mesmo tempo, também são ajustados pelos incentivos 
que as empresas recebem para produzir.
 Como dito, a interação entre a oferta e a demanda ocorre no mercado. Desta forma, mer-
cado pode ser compreendidocomo instituição social na qual bens, serviços e fatores de produção 
são trocados livremente, troca está mediada pela moeda (MANKIW, 2006).
 Os mercados são competitivos, isso signi� ca que são formados por um grande número 
de compradores e vendedores. A Figura 8 representa a intersecção das curvas de oferta (O) e de 
demanda (D), que identi� ca o ponto em que tanto os consumidores quanto os produtores se 
encontram satisfeitos e dispostos a agir. Em termos econômicos, esse ponto é nomeado como 
equilíbrio de mercado.
 Figura 8 - Equilíbrio de Mercado - Oferta e Demanda. Fonte: A autora.
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 Analisando o grá� co da Figura 8, podemos perceber que qualquer preço acima do Pon-
to de Equilíbrio signi� ca que haverá mais oferta do que demanda, ou seja, teremos um excesso 
de oferta e, esse cenário promove a redução do preço. Podemos exempli� car esse conceito da 
seguinte forma: no inverno as mulheres procuram botas, isso provoca aumento da produção de 
botas. Como existem várias empresas produzindo botas, para conseguir vender mais que os con-
correntes, as empresas elaboram promoção e reduzem o preço.
 Por outro lado, qualquer preço abaixo do Ponto de Equilíbrio signi� ca que haverá mais 
demanda do que oferta, ou seja, teremos um excesso de demanda, esse cenário promove aumento 
do preço. Podemos exempli� car esse conceito da seguinte forma: suponha que tenha aconteci-
do uma grande geada, vários dias de frio e muitas lavouras foram prejudicadas por isso, muitas 
frutas e verduras foram perdidas e não serão entregues aos supermercados. Nesse caso, mesmo 
tendo ocorrido a geada, as pessoas mantém o desejo de consumir as frutas e verduras. O fato é 
que nos mercados estão faltando frutas e verduras para atender a demanda. Assim, como os con-
sumidores têm poucas frutas e verduras no mercado à disposição, tendem a pagar mais caro para 
obter o produto e atender suas necessidades.
 De acordo com a Figura 8 qualquer situação fora do ponto de equilíbrio caracteriza um 
desequilíbrio no mercado. Caso a oferta seja superior à demanda, há excesso de oferta e, caso a 
demanda seja maior que a oferta, há excesso de demanda. Logo, o processo de ajuste do dese-
quilíbrio para o equilíbrio ocorrerá sempre através dos preços, ou seja, a quantidade ofertada ou 
demandada são variáveis dependente do preço.
 No contexto discutido, há uma a� rmação-chave: o preço e a quantidade de equilíbrio 
dependem do encontro entre as curvas de oferta e demanda. Quando, por algum motivo, uma 
dessas curvas se desloca, o equilíbrio do mercado muda. Na Teoria Econômica, essa análise é 
conhecida como estática comparativa, porque envolve a comparação de duas situações estáveis – 
um equilíbrio inicial e um novo equilíbrio. 
 Figura 9: Novo Equilíbrio de Mercado, a partir do deslocamento da curva de demanda. Fonte: a autora.
 Na Figura 9, podemos analisar o equilíbrio de mercado para a saca de trigo in natura. O 
equilíbrio de mercado estava no ponto de intersecção entre P0 e Q0. Porém, a curva de demanda 
por algum motivo se deslocou de D para D’. Esse deslocamento da curva de demanda propor-
cionará um novo equilíbrio de mercado, que pode ser observado na intersecção entre P1 e Q0. 
Nesse caso, a quantidade consumida se manteve, alterando apenas o preço.
 Na � gura 10, podemos observar um novo equilíbrio de mercado, mas, nesse caso, a mu-
dança foi provocada devido a um deslocamento na curva de oferta.
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 Figura 10 - Novo Equilíbrio de Mercado, a partir do deslocamento da curva de oferta. Fonte: a autora.
 Na Figura 10, o equilíbrio de mercado estava no ponto de intersecção entre P0 e Q0. 
Porém, a curva de oferta por algum motivo se deslocou de S para S’. Esse deslocamento da curva 
de oferta proporcionará um novo equilíbrio de mercado, que pode ser observado na intersecção 
entre P1 e Q1. Nesse caso, a quantidade consumida diminuiu devido ao aumento do preço.
 Por � m, todos os fatores que estudamos nessa unidade, renda, preço dos produtos com-
plementares e substitutos, a tecnologia, o preço dos produtos relacionados, interferência gover-
namental e outros, afetam o ponto de equilíbrio do Mercado.
TEORIA DA FIRMA E DA PRODUÇÃO
 Na Teoria da Firma, o principal objeto de estudo é o comportamento das empresas no que 
diz respeito a combinação dos fatores de produção a disposição para produzir. Para isso, o geren-
ciamento � nanceiro torna-se um forte aliado nesse estudo, pois refere-se a um conjunto de ações 
e procedimentos administrativos que envolvem o planejamento, análise e controle das atividades 
� nanceiras da empresa, visando maximizar os resultados econômico-� nanceiros decorrentes de 
suas atividades produtivas (PINDYCK; RUBINFIELD, 2001). 
 Tendo em vista que hoje as empresas agropecuárias atuam sob um regime de sistema 
econômico capitalista, isso signi� ca que o objetivo de toda empresa será obter lucros os quais são 
obtidos pela diferença entre a Receita Total (RT) da empresa e seus Custos Totais (CT). Isso pode 
ser representado com a seguinte fórmula: 
 LUCRO = Receita Total (RT) – Custos Totais (CT)
RECEITA 
 A receita é o valor que entra na empresa proveniente do ganho obtido com a comerciali-
zação dos produtos. Logo, a Receita Total será a soma de todos os ganhos dentro de um determi-
nado período de tempo. Para obter o valor da Receita Total, utiliza-se a fórmula:
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 P = é o preço da venda;
 Q = é a quantidade total de produtos vendidos por um determinado período de tempo 
(mês, ano);
CUSTOS
 Custos são os desembolsos que a empresa realiza durante o processo produtivo e para 
manter a estrutura de funcionamento das atividades. Conhecer e controlar estes custos é indis-
pensável para uma boa gestão � nanceira, evitando desperdícios e retrabalho. Podemos classi� car 
os custos em � xos e variáveis:
 - Custos Fixos: Aqueles que permanecem constantes, sem variação, independente do vo-
lume de produção ou de vendas da empresa, numa certa escala de tempo. Em tese, os custos � xos 
não se alteram esteja a empresa operando no nível zero ou em plena carga.
 - Custos Variáveis: Variam de forma proporcional ao volume de produção ou de vendas, 
assim, quanto mais a empresa produz, maior é o valor dos custos variáveis. Normalmente, au-
mentam na mesma proporção que o aumento das vendas (e vice-versa). 
 Os Custos Totais se referem a somatória de todos os valores que a empresa deve desem-
bolsar para pagar contas como aluguel, compra de materiais e outros. 
FLUXO DE CAIXA
 Para monitorar a quantidade vendida e o resultado disso no caixa das empresas, usa-se 
a projeção de Fluxo de Caixa ao longo de um período determinado, visando orientar a gestão 
� nanceira da empresa, conforme o Quadro 1.
 Ele é composto pelo valor dos recebimentos e pagamentos e respectivo saldo de caixa. 
Deve ser elaborado levando em consideração o realizado – fechamento de caixa e também o 
previsto – projeção de caixa. Uma estrutura para � uxo de caixa depende da natureza da empresa 
e também das necessidades dos gestores, via de regra temos:
 Quadro 1 - Fluxo de caixa
 Fonte: A autora.
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 O Diagrama de � uxo de caixa projetado, Figura 11, deve levar em consideração a previ-
são de vendas e de compras para os próximos períodos. O diagrama de � uxo de caixa pode ser 
elaborado com os valores (recebimentos e pagamentos) especí� cos de cada dia (no caso, dias 
uteis), ou semanal, mensal, etc. Isso dependerá do próprio comportamento das entradas e saídas 
de recursos na empresa. O Saldo � nal do Fechamento de Caixa deve corresponder com o valor 
dos recursos disponíveis no caixa da empresa e/ou depositados em contas correntes (banco).
 Figura 11 - Diagrama de � uxo de caixa. Fonte: a autora.
 Os custos

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