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4-FISIOPATOLOGIA DA HANSENÍASE

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FISIOPATOLOGIA DA HANSENÍASE
· Forma Tuberculóide poucos bacilos
· Forma Dimorfa quantidade de bacilos intermediária
· Forma Virchowiana muitos bacilos
AGENTE ETIOLÓGICO
· Mycobacterium leprae
- Identificado por Gerhard Armauer Hansen em 1873
	- Bacilo de Hansen Não móvel, não esporulado, barras levemente curvas ou retas.
· Taxonomia
- Classe Schizomycete
- Ordem Actinomycetales
- Família Mycobacteriaceae
- Gênero Mycobacterium
· Esfregaço
- Cora em vermelho com fucsina pela coloração de Ziehl-Neelsen: alto conteúdo lipídico
- Não descora quando lavado com álcool e ácido
· Diferente do arranjo de outras micobactérias
- Cadeias paralelas unidas (pacotes de cigarro) formando os globos
CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS DA M. LEPRAE
· Infecta principalmente macrófagos e cél. De schwann
· Reprodução por fissão binária
· Cresce lentamente
· Temperatura necessária para sobrevivência e proliferação1; 27º C a 30º C
- > incidência em áreas superficiais: pele, nn. Periféricos, testículos e vias aéreas superiores e menor envolvimento visceral
· Permanece viável por 9 dias no meio ambiente
CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS
· Membrana plasmática
- Bicamada lipídica permeável contendo ptns de interação (antígenos de superfície)
· Parede celular
· Cápsula
- Lipídeos como o glicolipídeos fenólico (PGL-1)
	- Antigenicamente específico para M. leprae
Obs.: Genoma: 49,5% de semelhança com M. tuberculosis [VER IMG]
RESERVATÓRIO DE M. LEPRAE
· Seres humanos
· Tatus, chipanzés e outros macacos, o solo, a água e alguns artrópodes
MECANISMO DE TRANSMISSÃO DA LEPRA
· Contato íntimo e prolongado
· Inalação de bacilos contidos na secreção nasal ou aerossóis
· A principal via de transmissão é a mucosa nasal
- Erosões cutâneas: menos comum
- Outras vias: sg, transmissão vertical, leite materno e picadas de insetos
· Indivíduos infectados, mesmo aqueles que não desenvolveram a dç, podem ter um período transitório de liberação nasal de bacilos
- Portadores nasais
IMUNOPATOLOGIA
 1ª barreira:
· Imunidade inata:
- Integridade dos epitélios, secreções e imunoglobulina de superfície A (IgA)
- Células NK, linfócitos T citotóxicos e os MO ativados podem destruir bacilos, independentemente da ativação da imunidade adaptativa
- A resposta imune inata efetiva modulada por células dendríticas apresentadoras de antígeno + virulência de M. leprae base para a resistência ao desenvolvimento de manifestações clínicas 
 Instalação da Infecção:
· Fase inicial: resposta imune do hospedeiro ainda indefinida
· Regulação de citocinas e quimiocinas inflamatórias pode levar à proliferação de linfócitos Th1 (resposta celular) ou Th2 (resposta humoral) determina a evolução da doença para a forma tuberculóide ou lepromatosa
 INFLUÊNCIA GENÉTICA [VER IMG]
· Granuloma epitelióide bem formado no polo TT vai se tornando desorganizado até resultar em agregados completamente desorganizados de histiócitos, ocasionalmente linfócitos no polo LL
- TT Tuberculóide – tuberculóide
- BT Boderline – tuberculóide
- BB Boderline – bderline
- BL Boderline – lepromatoso
- LL Lepromatoso – lepromatoso 
 Imunidade celular (É forte, mas não é suficiente para impedir a dç)
· Ineficaz para prevenir o desenvolvimento da dç
· Forma tuberculoide: exacerbação imunológica
· Diretamente envolvida no aparecimento de lesões cutâneas
 Imunidade humoral
· Forma lepromatosa da dç
· Produção de IgM contra o PGL-1
· Não oferece proteção, permitindo a disseminação bacilar
 Investigação in situ do fenótipo de linfócitos T usando técnicas imuno-histoquímicas com anticorpos monoclonais:
· Tuberculoide
- T helper CD4+
- Células T-citotóxicas (CD28+)
- IFN-gama, IL-2, TNF-alfa
- Formação de granuloma, dano tecidual, sintomas de eritema nodoso
· Lepromatosa
- T CD8 +
- IL-4, IL-5, IL-10
- TGF-beta supressão de IFN-gama e
- TNF-alfa infecção se perpetua
[VER IMG]
 Reação tipo 1 (padrão Th1)
· súbito da resposta imune celular contra antígenos micobacterianos
· Influxo de T CD4+ e produção de IL-1, TNF-alfa, IL-2 e IFN-gama nas lesões
· Pacientes boderline em tto migram para o polo TT pela da carga bacteriana
- Reações locais como edema, neurite
· Pcts boderline não tratados apresentam da carga bacteriana e se apresentam como LL pela deterioração da resposta celular
- LL: Reação sistêmica
 Eritema Nodoso (padrão Th2)
· Reação inflamatória mediada por imunocomplexos teciduais em resposta a substâncias liberadas pela destruição de bacilos
· de IL-6, IL-8 e IL-10 nas lesões
· de TNF-alfa e TGF-beta
· Não significa melhora imunológica
· Sintomas gerais, neurite, vasculite, nefrite
Alterações Neurológicas
· Neuropatia periférica mista
- Sensorial, motora e autonômica
Mecanismos de lesão nervosa: localização do M. leprae nos nervos periféricos
· M. leprae inicialmente se liga às células de Schwann na derme e depois se move proximalmente dentro do nervo
· Infecta nervos de fora para dentro, 1º agregando-se em linfáticos epineurais e vasos sanguíneos e, em seguida, entrando no compartimento endoneural através de seu suprimento de sg
[VER IMG]
 Colonização do epineuro: quando os bacilos se localizam nas células dentro e ao redor dos vasos sg
	- Drenagem de bacilos através dos linfáticos que estão entrelaçados com os vasos sg do epineuro
 Entrada no compartimento endoneural ao longo dos vasos sg a partir do foco e dentro do perineuro, estendendo-se através dele para o interior do nervo
	- Fagocitose por Células de Schwann
 Inflamação e espessamento perineural (proliferação) e da carga bacteriana no epineuro e no endoneuro
	- Se a imunidade celular efetiva e a hipersensibilidade tardia se desenvolverem (TT), uma doença granulomatosa acontece
	- Estimula a fibrose perineural e o espessamento
[VER IMG]
 Os macrófagos iniciam a desmielinização e dano axonal
FISIOPATOLOGIA DA HANSENÍASE
 
 
·
 
Forma Tuberculóide 
à
 
poucos bacilos
 
·
 
Forma Dimorfa 
à
 
quantidade de bacilos 
intermediária
 
·
 
Forma Virchowiana 
à
 
muitos bacilos
 
AGENTE ETIOLÓGICO
 
·
 
Mycobacterium leprae
 
-
 
Identificado por Gerhard Armauer
 
Hansen 
em 1873
 
 
-
 
Bacilo de Hansen 
à
 
Não móvel, não 
esporulado, barras levemente curvas ou retas.
 
·
 
Taxonomia
 
-
 
Classe 
Schizomycete
 
-
 
Ordem 
Actinomycetales
 
-
 
Família 
Mycobacteriaceae
 
-
 
Gênero 
Mycobacterium
 
·
 
Esfregaço
 
-
 
Cora em vermelho com fucsina pela 
color
ação de Ziehl
-
Neelsen: alto conteúdo 
lipídico
 
-
 
Não descora quando lavado com álcool e 
ácido
 
·
 
Diferente do arranjo
 
de outras micobactérias
 
-
 
Cadeias paralelas unidas (pacotes de cigarro) 
formando os globos
 
CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS DA 
M. LEPRAE
 
·
 
Infecta pri
ncipalmente macrófagos e cél. De 
schwann
 
·
 
Reprodução por fissão binária
 
·
 
Cresce lentamente
 
·
 
Temperatura necessária para sobrevivência e 
proliferação1; 27º C a 30º C
 
-
 
> incidência em áreas superficiais: pele, nn
. 
Periféricos, testículos e vias aéreas superiores 
e menor envolvimento 
visceral
 
·
 
Permanece viável por 9 dias no meio 
ambiente
 
CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS
 
·
 
Membrana plasmá
tica
 
-
 
Bicamada lipídica permeável conte
ndo ptns 
de interação (antí
genos de superfíc
ie)
 
·
 
Parede celular
 
·
 
Cápsula
 
-
 
L
ipíde
os como o glicolipídeos fenólico (PGL
-
1)
 
 
-
 
Antigenicamente específico para 
M. 
leprae
 
O
bs.
: 
Genoma: 49,5% de semelhança com 
M. 
tuberculosis 
[VER IMG]
 
RESERVATÓRIO DE 
M. LEPRAE
 
·
 
Se
res humanos
 
·
 
Tatus, chipanzés e outro
s macacos, o solo, a 
água e alguns artrópodes
 
MECANISMO DE TRANSMISSÃO DA LEPRA
 
·
 
Contato 
í
ntimo e prolongado
 
·
 
Inalação de bacilos contidos na secre
ç
ão nasal 
ou 
aerossóis
 
·
 
A principal via de transmissão é a mucosa 
nasal
 
-
 
Erosões cutâneas: menos comum
 
-
 
Outras vias: sg, transmissão vertical, leite 
materno e picadas de insetos
 
·
 
Indivíduos infectados,mesmo aqueles que 
não desenvolveram a d
ç, podem ter um 
período transitório de liberação nasal de 
bacilos
 
-
 
Portadores nasais
 
IMUNOPATOLOGIA
 
à
 
1
ª
 
barreira:
 
·
 
Imunidade inata:
 
-
 
Integridade dos epité
lios, secreções e 
imunoglobulina de 
superfície
 
A (IgA)
 
-
 
Células NK, linfócitos T cit
otóxicos e os MO 
ativados podem destruir bacilos, 
independentemente da ativação da 
imunidade adaptativa
 
-
 
A resposta imune inata efetiva modulada por 
células 
dendríticas
 
apresentadoras de 
antígeno 
+ 
â
 
virulência de 
M. leprae 
à
 
base 
para a 
resistência
 
ao desenvolvimento de 
manifestações clínicas 
 
à
 
Instalação da Infecção:
 
·
 
Fase inic
ial: resposta imune do 
hospedeiro 
ainda in
defi
nida
 
·
 
Regulação de citocinas e quimiocinas 
inflamatórias pode levar 
à proliferação de 
linfócitos Th1 (resposta celular) ou Th2 
(resposta humoral) 
à
 
determina a evolução 
da doe
nça para a for
ma tuberculóide ou 
lepromatosa
 
à
 
INFLUÊ
NCIA GENÉTICA
 
[VER IMG]
 
·
 
Granuloma epiteli
óide bem formado no polo 
TT vai se tornando desorganizado até re
sultar 
em agrega
dos completamente 
desorganizados de histiócitos, ocasionalmente 
linfócitos no polo LL
 
-
 
TT 
à
 
Tuberculóide
 
–
 
tuberculóide
 
-
 
BT 
à
 
Boderline 
–
 
tuberculóide
 
-
 
BB 
à
 
Boderline 
–
 
bderline
 
-
 
BL 
à
 
Boderline 
–
 
lepromatoso
 
-
 
LL 
à
 
Lepromatoso 
–
 
lepromatoso 
 
à
 
Imunidade celular 
(
É forte, mas não é suficiente 
para impedir a d
ç)
 
FISIOPATOLOGIA DA HANSENÍASE 
 
 Forma Tuberculóide  poucos bacilos 
 Forma Dimorfa  quantidade de bacilos 
intermediária 
 Forma Virchowiana  muitos bacilos 
AGENTE ETIOLÓGICO 
 Mycobacterium leprae 
- Identificado por Gerhard Armauer Hansen 
em 1873 
 - Bacilo de Hansen  Não móvel, não 
esporulado, barras levemente curvas ou retas. 
 Taxonomia 
- Classe Schizomycete 
- Ordem Actinomycetales 
- Família Mycobacteriaceae 
- Gênero Mycobacterium 
 Esfregaço 
- Cora em vermelho com fucsina pela 
coloração de Ziehl-Neelsen: alto conteúdo 
lipídico 
- Não descora quando lavado com álcool e 
ácido 
 Diferente do arranjo de outras micobactérias 
- Cadeias paralelas unidas (pacotes de cigarro) 
formando os globos 
CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS DA M. LEPRAE 
 Infecta principalmente macrófagos e cél. De 
schwann 
 Reprodução por fissão binária 
 Cresce lentamente 
 Temperatura necessária para sobrevivência e 
proliferação1; 27º C a 30º C 
- > incidência em áreas superficiais: pele, nn. 
Periféricos, testículos e vias aéreas superiores 
e menor envolvimento visceral 
 Permanece viável por 9 dias no meio 
ambiente 
CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS 
 Membrana plasmática 
- Bicamada lipídica permeável contendo ptns 
de interação (antígenos de superfície) 
 Parede celular 
 Cápsula 
- Lipídeos como o glicolipídeos fenólico (PGL-
1) 
 - Antigenicamente específico para M. 
leprae 
Obs.: Genoma: 49,5% de semelhança com M. 
tuberculosis [VER IMG] 
RESERVATÓRIO DE M. LEPRAE 
 Seres humanos 
 Tatus, chipanzés e outros macacos, o solo, a 
água e alguns artrópodes 
MECANISMO DE TRANSMISSÃO DA LEPRA 
 Contato íntimo e prolongado 
 Inalação de bacilos contidos na secreção nasal 
ou aerossóis 
 A principal via de transmissão é a mucosa 
nasal 
- Erosões cutâneas: menos comum 
- Outras vias: sg, transmissão vertical, leite 
materno e picadas de insetos 
 Indivíduos infectados, mesmo aqueles que 
não desenvolveram a dç, podem ter um 
período transitório de liberação nasal de 
bacilos 
- Portadores nasais 
IMUNOPATOLOGIA 
 1ª barreira: 
 Imunidade inata: 
- Integridade dos epitélios, secreções e 
imunoglobulina de superfície A (IgA) 
- Células NK, linfócitos T citotóxicos e os MO 
ativados podem destruir bacilos, 
independentemente da ativação da 
imunidade adaptativa 
- A resposta imune inata efetiva modulada por 
células dendríticas apresentadoras de 
antígeno +  virulência de M. leprae  base 
para a resistência ao desenvolvimento de 
manifestações clínicas 
 Instalação da Infecção: 
 Fase inicial: resposta imune do hospedeiro 
ainda indefinida 
 Regulação de citocinas e quimiocinas 
inflamatórias pode levar à proliferação de 
linfócitos Th1 (resposta celular) ou Th2 
(resposta humoral)  determina a evolução 
da doença para a forma tuberculóide ou 
lepromatosa 
 INFLUÊNCIA GENÉTICA [VER IMG] 
 Granuloma epitelióide bem formado no polo 
TT vai se tornando desorganizado até resultar 
em agregados completamente 
desorganizados de histiócitos, ocasionalmente 
linfócitos no polo LL 
- TT  Tuberculóide – tuberculóide 
- BT  Boderline – tuberculóide 
- BB  Boderline – bderline 
- BL  Boderline – lepromatoso 
- LL  Lepromatoso – lepromatoso 
 Imunidade celular (É forte, mas não é suficiente 
para impedir a dç)

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