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5AULAS_MECANISMOS

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BACHARELADO EM ENFERMAGEM – UNP – 1º SEMESTRE – 2022.2 
MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO SISTEMA IMUNOLÓGICO E 
ÓRGÃOS LINFÓIDES 
SLIDE 02 – AULA DE TERÇA – 16/08 
OBJETIVOS 
• Identificar as células e estruturas que compõe o 
sistema imunológico. 
• Descrever os princípios básicos de funcionamento 
do Sistema Imunológico. 
 
CONCEITUAÇÃO INICIAL 
O sistema imunológico, trabalhando de forma 
harmoniosa, atua continuamente como uma orquestra 
sinfônica, um sistema imunológico não harmonioso pode 
causar distúrbios que se manifestam como autoimunidade, 
câncer ou inflamação crônica. 
 
O surgimento da imunologia é atribuído ao médico 
inglês Edward Jenner pela elucidação do primeiro processo 
de imunização no final do século XVIII. Jenner comprovou 
que a varíola bovina, também chamada de vacínia, doença 
relativamente branda, conferia proteção contra 
a varíola humana, comumente fatal. 
Louis Pasteur, químico e microbiologista francês, 
também deixou sua contribuição para a imunologia, 
especialmente para os estudos de vacina. 
A palavra imunidade (do inglês, immunity), que se 
refere a todos os mecanismos utilizados pelo corpo como 
proteção contra agentes ambientais que são estranhos ao 
corpo, surgiu do termo latino immunis, que significa 
“isento”. Esta imunidade pode ser NATURAL OU 
ADQUIRIDA. 
 
IMUNIDADE INATA OU INESPECÍFICA 
• Presente desde o nascimento; 
• Combate todos os patógenos da mesma forma e não 
apresenta um componente de memória. 
• Entre os componentes da imunidade inata estão a 
primeira linha de defesa (as barreiras físicas e 
químicas da pele e das túnicas mucosas) e a segunda 
linha de defesa (as substâncias antimicrobianas, as 
células exterminadoras naturais [NK, natural killer], os 
fagócitos, a inflamação e a febre) 
 
IMUNIDADE ADQUIRIDA OU ESPECÍFICA 
• Se refere às defesas que envolvem o reconhecimento 
específico de um microrganismo uma vez que ele 
passou pelas defesas da imunidade inata. 
• Baseia-se em uma resposta específica a um 
microrganismo específico; ou seja, ela se adapta ou se 
ajusta para lidar com um microrganismo específico. 
• A imunidade adaptativa envolve os linfócitos (um tipo 
de leucócito) T e B. 
 
O SISTEMA IMUNOLÓGICO BASEIA-SE NA RELAÇÃO 
ANTÍGENO X ANTICORPO 
• ANTÍGENO 
Antígeno pode ser definido como qualquer 
substância que pode ser especificamente ligada a uma 
molécula de anticorpo. Qualquer substância que possa 
desencadear uma resposta imune é considerada 
imunogênica sendo chamada de imunógeno. 
• ANTICORPO 
Proteína do soro que reage especificamente a um 
antígeno: globulinas ou imunoglobulinas. Produzidas por 
linfócitos B. Podem ser secretados ou permanecerem 
ligados à membrana. 
 
CÉLULAS DO SISTEMA IMUNOLÓGICO 
As células do sistema imune nascem de um único 
tipo de célula, as chamadas células tronco hematopoiéticas 
– são células que se multiplicam e se transformam em 
qualquer célula do sangue. 
 
IMUNIDADE
Mecanismo de 
defesa do 
organismo 
contra 
substâncias 
estranhas 
(antígenos)
SISTEMA 
IMUNOLÓGICO
Responsável por 
desencandear o 
processo de 
defesa; 
mantendo o 
equilíbrio e bom 
funcionamento 
do organismo
RESPOSTA IMUNE
Reação do 
sistema 
imunológico a 
um antígeno.
BACHARELADO EM ENFERMAGEM – UNP – 1º SEMESTRE – 2022.2 
LINFÓCITOS 
Essas células são tipos 
específicos de glóbulos brancos, 
também chamados de leucócitos, 
subdivididos em: 
• Linfócitos B: responsáveis pela 
memória; 
• Linfócitos T auxiliares (CD4+): coordenam a resposta 
imune; 
• Linfócitos T citotóxicos (CD8+): destroem as células 
infectadas. 
• Natural Killers: matadoras naturais – não precisam de 
estímulo para atacarem. 
No nosso sangue existem três tipos de células 
diferentes: hemácias (glóbulos vermelhos), leucócitos 
(glóbulos brancos) e plaquetas. 
 
HEMÁCIAS 
Também chamadas de 
eritrócitos ou glóbulos vermelhos, 
elas são células compostas por 
moléculas de hemoglobina, 
proteína responsável pela cor vermelha do sangue. Sua 
função é transportar o oxigênio para o corpo. As hemácias 
correspondem a cerca de 42 a 47% do volume do sangue. 
PLAQUETAS (TROMBÓCITOS) 
São agentes importantes na coagulação do sangue 
e correspondem a menos de 1% do volume do sangue. O 
organismo humano possui cerca de 300 mil por milímetro 
cúbico. No caso de um ferimento as plaquetas são ativadas 
e aderem ao local da lesão liberando a enzima 
tromboplastina, que resulta no coagulo do sangue. 
Têm formato irregular e desempenham funções 
como a interrupção de fluxo sanguíneo por um vaso, 
promovendo reparação de lesões vasculares e impedindo a 
ocorrência de hemorragias – desempenham função 
hemostática. 
LEUCÓCITOS 
Conhecidos como glóbulos brancos, os leucócitos 
são células responsáveis por defender o organismo contra 
microrganismos invasores e correspondem a 1% do volume 
do sangue no corpo. Em condições normais há entre quatro 
e 12 mil leucócitos em cada milímetro cúbico de sangue 
humano. 
• NEUTRÓFILOS 
Responsáveis pela proteção contra infeções 
bacterianas. Quando ocorre uma infeção bacteriana a 
medula é estimulada, produzindo mais neutrófilos para 
eliminarem (fagocitarem) os agentes infeciosos. 
 
• EOSINÓFILOS 
Responsáveis pela defesa contra parasitas 
multicelulares e pelo fenômeno da alergia. 
• BASÓFILOS 
Tipo menos comum. Representam 0 a 2% dos 
leucócitos. Sua elevação normalmente acontece em 
processos alérgicos e estados de inflamação crônica 
• LINFÓCITOS 
Responsáveis pela produção de anticorpos. Mais 
envolvidos na resposta à infeção por vírus. Existem os 
linfócitos T e os linfócitos B. 
• MONÓCITOS 
Responsáveis pelo fenômeno de fagocitose de 
microrganismos e destruição de células mortas. 
Uma enorme variedade de células e moléculas 
compõe o sistema imunológico e são capazes de 
reconhecer e eliminar invasores. 
Elas são geradas pela medula óssea e se 
diferenciam em tipos celulares diferentes, cada qual com 
sua função específica. 
A partir de uma célula progenitora pluripotente, 
surgem duas linhagens específicas, a mieloide e a linfoide. 
Os mecanismos de defesa do organismo são 
divididos em duas frentes de resposta, a imunidade inata, 
responsável pela proteção inicial contra infecções e a 
imunidade adquirida, responsável pela defesa mais 
específica e eficaz contra os patógenos 
O sistema do corpo responsável pela imunidade 
adaptativa (e alguns aspectos da imunidade inata) é o 
sistema linfático. 
Este sistema está intimamente ligado ao sistema 
circulatório, e também atua com o sistema digestório na 
absorção de alimentos gordurosos. 
 
RESPOSTA IMUNE INATA
Proporcionam uma defesa inicial efetiva contra
infecções.
RESPOSTA IMUNE ADAPTATIVA
Atuam após a resposta imune inata.
BACHARELADO EM ENFERMAGEM – UNP – 1º SEMESTRE – 2022.2 
SISTEMA LINFÁTICO 
Objetivos: 
• Drenar o excesso de líquido intersticial, 
• Transportar lipídios oriundos da dieta, 
• Desempenhar respostas imunes. 
O Sistema Linfático faz o transporte de produtos 
residuais do metabolismo celular dos locais onde foram 
produzidos até os órgãos encarregados da eliminação. 
Uma vasta rede de vasos que se distribuem por 
todo o corpo –os vasos linfáticos- recolhem o líquido 
intersticial e transportam até os linfonodos. 
Nos linfonodos são filtrados e após isso são 
reconduzidos a circulação sanguínea. 
SISTEMA LINFÁTICO 
Formado pelos vasos condutores de linfa 
(capilares linfáticos, vasos linfáticos e troncos linfáticos) e 
por órgãos linfoides. Os vasos condutores de linfa-vasos 
linfáticos estão conectados com os linfonodos (gânglios 
linfáticos) que funcionam como filtros para substâncias 
nocivas ao organismo. 
As principais funções dos órgãos linfoides, como 
componentes do sistema imunológico, é proteger o corpo 
contra patógenos ou antígenos invasores (bactérias, vírus, 
parasitas). Órgãos Linfoides Primáriose Órgãos Linfoides 
Secundários. 
ÓRGÃOS LINFOIDES PRIMÁRIOS 
• Também conhecidos como órgãos linfoides centrais; 
• Produzem os componentes celulares do sistema 
imunológico. Eles são: Medula Óssea e Timo. 
 
ÓRGÃOS LINFOIDES SECUNDÁRIOS 
São os locais onde as respostas imunológicas são iniciadas. 
• Linfonodos; 
• Baço; 
• Tonsilas; 
• Agregados de linfócitos e células apresentadoras de 
antígenos presentes nos pulmões (tecidos linfoides 
associados aos brônquios); 
• Mucosa do trato digestório (tecido linfoide associado 
ao tubo digestivo). 
BAÇO 
Órgão linfoide situado no lado esquerdo da 
cavidade abdominal com a função de reter partículas 
estranhas como vírus, bactérias e parasitas e produzir 
anticorpos. Está localizado na região do hipocôndrio 
esquerdo, entre o estômago e o diafragma. 
TIMO 
Órgão linfoide localizado na porção antero-superior da 
cavidade torácica, no mediastino, em frente ao coração e 
atrás do esterno. Sua principal função é a maturação dos 
linfócitos T. 
LINFONODOS 
• Agregados de tecido linfoide (tecido que contém 
linfócitos) que realizam a filtragem da linfa. 
• Agem como uma barreira contra a penetração de 
organismos invasores, toxinas, e substâncias 
estranhas ao organismo. 
• Produzem anticorpos. 
• São palpáveis na axila e região inguinal. Como reação 
a uma inflamação o linfonodo pode intumescer e se 
tornar doloroso ou não. (íngua) 
 
 
 
 
 
 
 
MECANISMOS EFETORES DA RESPOSTA IMUNE INATA E 
REAÇÃO INFLAMATÓRIA 
SLIDE 03 – AULA DE SEGUNDA – 22/08 
OBJETIVOS 
• Descrever os receptores de padrões associados à 
patógenos (PAMP’s) e os mecanismos efetores do 
Sistema imune inato; 
• Explicar o funcionamento do Sistema Completo; 
BACHARELADO EM ENFERMAGEM – UNP – 1º SEMESTRE – 2022.2 
• Descrever a cadeia de eventos imunológicos que 
culminam na reação inflamatória. 
 
DEVERÁ CONHECER 
• O papel do Sistema Imune Inato na defesa do 
organismo 
• Células que participam da resposta imunológica 
 
DEVERÁ COMPREENDER 
• Mecanismos efetores da resposta imune inata 
• Cascata de eventos que levam à reação inflamatória 
 
O QUE É IMUNIDADE INATA? 
 Consiste em vários tipos de células e molécula que 
constantemente previnem microrganismos de entrarem e 
estabelecerem infecções. 
 Se os microrganismos se estabelecerem, as 
respostas imunes inatas fornecem a defesa inicial, antes 
que as respostas imunes adaptativas possam se 
desenvolver. 
 
As funções podem se resumir em duas funções básicas 
• Reconhecimento de substâncias estranhas e 
microrganismos que penetram em nossas defesas 
externas (epitélio da pele, mucosa do intestino e dos 
sistemas genital e respiratório) 
• Eliminação desses agentes por um conjunto 
diversificado de células e moléculas, que atuam para 
neutralizar a ameaça. 
 
FUNÇÕES E REAÇÕES DAS RESPOSTAS IMUNES INATAS 
• Promove resposta inicial aos microrganismos, 
controla ou elimina a infecção do hospedeiro por 
muitos patógenos; 
• Eliminam células danificadas e inicial reparo tecidual; 
• Estimula as respostas imunes adaptativas e influencia 
as respostas para torna-las efetivas contra diferentes 
tipos de microrganismos. 
 
PRINCIPAIS TIPOS DE RESPOSTA IMUNE INATA QUE 
PROTEGE CONTRA MICRORGANISMO 
 
 A imunidade inata e adaptativa são parceiras, se 
complementam ou trabalham de forma individualizada 
 
PADRÕES MOLECULARES ASSOCIADOS AO PATÓGENO 
 O sistema imune inato reconhece estruturas 
moleculares produzidas por patógenos microbianos. 
PAMPS – Substâncias microbianas que estimulam a 
imunidade inata. 
PADRÕES MOLECULARES ASSICIADOS AO DANO – DAMPS 
• O sistema imune reconhece produtos microbianos 
que são essenciais para sobrevivência dos 
microrganismos 
• O sistema imune inato reconhece moléculas 
endógenas liberadas de células danificadas. 
• Os receptores do sistema imune inato são codificados 
por genes herdados. Os receptores da imune 
adaptativa são gerados de genes em linfócitos 
maduros. 
IMUNIDADE INATA É COMPOSTA POR: 
Barreiras: Pele (Evita entrada de microrganismos e 
presença ácidos graxos e substâncias microbicidas no suor 
que impedem a sobrevivência dos mesmos); Superfícies 
mucosas (O muco aprisiona microrganismos, além de 
possuir substâncias microbicidas); Microbiológicas 
(Microbiota normal presente no intestino que compete por 
espaço e nutrientes com microrganismos patogênicos, 
além de produzir substâncias antibacterianas. 
COMPONENTES CELULARES 
 As células da imunidade inata são representadas 
por: Fagócitos (neutrófilos, monócitos e macrófagos), 
células dendríticas e células NK (natural killer) 
COMPONENTES CELULARES 
• Os neutrófilos contêm enzimas microbicidas 
importantes para eliminação dos agentes infecciosos. 
Têm meia-vida curta 
• Os macrófagos possuem maior capacidade fagocítica 
e, ao contrário dos neutrófilos, multiplicam-se e 
sobrevivem por mais tempo na infecção. 
• As células dendríticas, caracterizam-se por longas 
projeções de membrana, quando estimuladas atuam 
na pinocitose e na fagocitose. Importantes na 
integração imunidade inata-adaptativa. 
BACHARELADO EM ENFERMAGEM – UNP – 1º SEMESTRE – 2022.2 
• As células NK são células circulantes originárias de 
progenitor linfoide. Ao serem liberadas, induzem 
morte da célula-alvo por citotoxicidade. 
Compreendem: 
• Citocinas: Medeiam respostas circulares (Ativação, 
inibição, diferenciação e crescimento). Variedade de 
forma autócrina, parácrina ou endócrina, ligando-se a 
receptores específicos presentes na superfície das 
células. 
• Quimocinas: Proteínas de baixo peso molecular, 
finalidade exclusiva de recrutar leucócitos para locais 
de infecção e tecidos linfoides. Também atuam 
ligando-se a receptores específicos presentes na 
superfície das células. 
• Proteínas do complemento: São plasmáticas e atuam 
na amplificação da fagocitose. 
• Proteínas de fase aguda: Sintetizadas no fígado, 
auxiliam na fagocitose e na ativação do sistema de 
complemento. 
 
MECANISMOS EFETORES: FAGOCITOSE E INFLAMAÇÃO 
 
 
 
 
 
INFLAMAÇÃO (SEQUÊNCIA DE EVENTOS) 
 Consiste no recrutamento celular com a finalidade 
de amplificar a resposta imunológica no local infeccioso. 
Macrófagos reconhecem agente infeccioso por PPR > 
produção de citocinas (IL-1, TNF e IL-6) > estimula células 
do endotélio vascular > expressa moléculas de adesão 
(selectinas). 
 As selectinas são responsáveis por receptores nos 
leucócitos circulantes. Devido à força do fluxo sanguíneo 
em conjunto com a fraca adesão, os leucócitos circulantes 
deslizam sobre o endotélio. 
 Quimiocinas produzidas no local da infecção por 
células residentes e endoteliais ativadas, auxiliam no 
recrutamento e na adesão dos leucócitos ao endotélio. 
 A interação intensifica a adesão destas células ao 
endotélio e inicia o processo de migração (Leucócitos 
passam da parede endotelial por diapedese), alcançando o 
local de infecção. 
 
 As células residentes no local infeccioso (fagócitos, 
mastócitos), também produzem células mediadoras que 
aumentam o fluxo sanguíneo (rubor e calor), causam 
vasodilatação e aumento da permeabilidade do endotélio 
vascular > causando acúmulo de fluidos provenientes da 
circulação > formando edema (inchaço) > alteração causa 
sensibilidade em receptores neurais levando a dor e 
causando perda de função. 
• Sinais clínicos da inflamação: Calor, rubor, inchaço, 
dor, perda de função. 
A inflamação também é 
importante para remoção de células e 
tecidos lesados, inativação de toxinas 
e reparo tecidual. 
BACHARELADO EM ENFERMAGEM – UNP – 1º SEMESTRE – 2022.2 
 
A infecção, como dito anteriormente, diz respeito 
à penetração, multiplicação e/ou desenvolvimento de um 
agente infeccioso no organismo humano ou de outro 
animal. A inflamação já diz respeito à reação do organismo 
aos danos causados por agentes químicos, físicos ou 
biológicos. 
IMPLICAÇÕES CLÍNICAS DA IMUNIDADEINATA: Choque 
Céptico 
 
QUIZZ 
1. Descreva os principais mecanismos da imunidade inata. 
2. Quais células participam da resposta inflamatória? 
3. Qual a sequência de eventos que ocorre na inflamação? 
4. Diferencie infecção e inflamação. Qual a relação de 
PAMPS e DAMPS com a inflamação e infecção? 
5. Como as células migram dos vasos para os tecidos? 
 
 
BACTÉRIAS 
SLIDE 04 – AULA DE SEGUNDA – 29/08 
 
OBJETIVOS 
• Descrever estruturas bacterianas e principais fatores 
de virulência; Diferenciar tipos de bactérias e 
característica morfotintorial 
BACTÉRIAS. 
• Seres unicelulares e procariontes 
• Aeróbios ou anaeróbicos 
• Autotróficos ou heterotróficos 
• Estrutura de locomoção: Cílios e flagelos 
A célula dos pertencentes ao Reino Monera tem 
presença de parede celular, composta pela substância 
química Mureína. E algumas bactérias além de ter 
membrana plasmática e parede celular, possuem uma 
cápsula que lhe fornece mais resistência. 
 Os cílios servem para locomoção e também 
formam a pili que serve para trocar material genético 
quando ocorre reprodução sexuada, conjugação. 
 
 
ESTRUTURA DAS BACTÉRIAS 
 Além do nucleóide, pode haver moléculas 
adicionais de DNA circular: Plasmídeos. A presença de 
plasmídeos ajuda a defender da ação dos antibióticos, pois 
contém genes resistentes. 
 
REPRODUÇÃO DAS BACTÉRIAS 
• Principal forma: divisão binária. Outras: 
• Conjugação: Ligam-se através de fímbrias passando o 
DNA para outra; 
• Transdução: O vírus se reproduz em uma bactéria e 
quando a mesma se reproduzir, multiplica o vírus. 
• Transformação: Absorção de DNA 
extracelular e incorpora o mesmo 
no seu DNA. 
 
OUTRAS CARACTERÍSTICAS DAS BACTÉRIAS 
• Única organela que se encontra dentro de uma 
bactéria é o ribossomo; 
• Possuem mesossomos: Mesma função das 
mitocôndrias, já que não as possuem. Resp. pela 
respiração. 
• O antibiótico age atacando suas estruturas: parede 
celular (enfraquecendo as células) ou a síntese 
proteica (impossibilitando-a de fazer proteínas. 
BACHARELADO EM ENFERMAGEM – UNP – 1º SEMESTRE – 2022.2 
 
FATOES DE VIRULÊNCIA: ADESÃO, INVASÃO E 
SIDERÓFOROS 
 
 São estratégias das bactérias para driblar o sistema 
de defesa do hospedeiro e causar uma infecção. 
 
ADESÃO 
 Se adere nas células e nos tecidos 
do organismo. 
 
INVASÃO 
 As bactérias penetram nas células dos organismos 
basicamente por fagocitose. A fagocitose é processo 
normal do organismo, mediada pelo sistema de defesa. 
 
SIDERÓFAROS 
• Substancias que apresentam afinidade pelo ferro, 
elemento importante para crescimento e 
metabolismo das bactérias. 
• Os siderófaros são capazes de retirar o ferro das 
proteínas carregadoras (hemoglobina, transferrina e 
lactoferrina) e transportar para o citoplasma. 
 
COLORAÇÃO DE GRAM 
 Através da coloração é possível identificar e 
diferenciar os dois principais grupos de bactérias: Gram-
positivas e gram-negativas. 
 
 
• Gram-positivas: Retém o cristal violeta, devido 
presença de peptidoglicano em suas paredes 
celulares. Apresentando-se na cor roxa. 
• Gram-negativas: Possuem parede de peptidoglicano 
mais fina e não retém cristal violeta. Recebem a cor 
vermelha no processo de coloração final. 
 
EXEMPLOS DE BACTÉRIAS GRAM-POSITIVAS: 
Bacillus, Nocardia, Clostridium, Propionibacterium, 
Actinomyces, Enterococcus, Cornyebacterium, Listria, 
Lactobacillus, Gardnerella, Mycoplasma, Staphylococcus, 
Streptomyces, Streptococcus 
EXEMPLO DE BACTÉRIAS GRAM-NEGATIVAS 
Escherichia, Helicobcater, Hemophilus, Neisseria, Klebsiella, 
Enterobacter, Chlamydia, Pseudomonas, Salmonella, 
Shigella. 
 
QUIZZ 
1. Quais as diferenças entre as células procariontes e 
eucariontes? Com base nessas informações, como as 
bactérias são classificadas? 
2. Identifique as principais estruturas da célula 
bacteriana e descreva suas funções. 
 
 
3. O que são fatores de virulência? 
4. Descreva como as bactérias se dividem e como ocorre 
a transferência de informação genética entre elas? 
5. Indique quais os principais sítios de ação dos 
antibióticos nas bactérias. 
6. Como as bactérias se tornam resistentes aos 
antibióticos 
 
RESUMO: 
BACTERICIDA – Destrói a bactéria 
BACTERIOSTÁTICO – Congela a ação da bactéria 
 
BACTÉRIA > SISTEMA IMUNE INATO (pele, mucosa, 
microbiológica) > LINFÓCITOS T CD4+ (Leva informação da 
BACHARELADO EM ENFERMAGEM – UNP – 1º SEMESTRE – 2022.2 
bactéria) > LINFÓCITOS T CD8+ (Citotoxinas – proteínas 
para enfraquecer a bac.) > LINFÓCITOS B (Anticorpos e 
memória imunológica) 
 
PRINCIPAIS BACTERIOSES HUMANAS 
SLIDE 05 – AULA DE TERÇA – 30/08 
 
OBJETIVOS 
• Associar algumas doenças humanas às bactérias; 
• Conhecer principais sintomas manifestados durante a 
evolução das doenças bacterianas; 
• Identificar formas de combate, medidas profiláticas e 
as formas de tratamento de algumas doenças 
bacterianas. 
 
INTRODUÇÃO 
 Muitas doenças que acometem o homem e outros 
seres vivos são causadas por bactérias patogênicas. 
Grau de patogenicidade = Virulência 
Para que um parasita consiga se instalar num 
hospedeiro é preciso que: ele seja capaz de realizar seu 
metabolismo e sua reprodução nos tecidos do hospedeiro 
e deve resistir às defesas do corpo durante um período 
suficiente para que seu número possa ocasionar doença 
clínica. 
 
 
ACNE VULGAR 
• É uma doença inflamatória crônica da unidade pilo-
sebácea, sendo a mais comum em dermatologia. 
• Afeta 95% dos adolescentes do gênero masculino e 
85% do feminino, e 50% continuam apresentando 
acne na fase de adultos jovens. 
• Acomete as regiões com maior número de glândulas 
sebáceas: face, tronco anterior e dorso, e região 
superior dos braços. 
 
Agente etiológico: P. propicionicus 
Proliferam com facilidade em meio oleoso (triglicerídeos) 
Sintomas: Pápulas com pus, podendo resultar em cicatriz. 
Tratamento: Antissépticos e antibióticos específicos. 
Profilaxia: Higiene cuidadosa da face e do cabelo. 
 
HANSENÍASE 
• A micobactéria parasita os macrófagos e as células de 
Schwann que formam a mielina dos nervos 
periféricos. 
• A destruição da mielina leva à disfunção dos nervos. 
• Esta bactéria sobrevive à fagocitose e multiplica-se 
inclusivamente dentro dos macrófagos. 
• A neurite hansênica não apresenta dano neural 
demonstrável, contudo, sem tratamento e com 
evolução pode ocasionar o surgimento de manchas na 
pele de cor pálida. Nesse local não nascem pelos 
(alopecia), não transpira (anidrose), não há 
sensibilidade térmica, dolorosa, tátil. 
• Pode ocorrer demência e perda do tônus muscular. 
 
• Sintomas: Aparecimento de manchas na pele, 
ulcerações e deformidades, lesões nas terminações 
nervosas causando perda de sensibilidade (nervos 
sensitivos afetados), alterações motoras. 
• Forma de transmissão: Contato direto com pessoas 
doentes, pela pele ou pelo ar, após contatos íntimos e 
prolongados com o portador. 
• Avaliação: sensibilidade térmica, tátil e dolorosa + 
avaliação neurológica. 
 
BACHARELADO EM ENFERMAGEM – UNP – 1º SEMESTRE – 2022.2 
 
 
 
HANSENÍASE 
Considera-se neurite quando: 
• Dor à palpação associada à diminuição de 
sensibilidade; O dano sensitivo precede o dano motor. 
• Tratamento: Uso de antibióticos específicos (há cura 
se for diagnosticado e tratado nas fases iniciais). 
Poliquimioterapia – PQT (Associação de Rifampicina, 
Dapsona e Clofazimina), na apresentação de blíster. 
Supervisionado no âmbito da ESF. 
• Profilaxia: Educação sanitária, tratamento imediato 
dos doentes, vacinar todos os familiares e pessoas que 
convivem intimamente com o doente (vacina BCG). 
 
TÉTANO 
É uma doença infecciosa grave, não contagiosa, 
causada por uma toxina produzida pela bactéria 
Clostridium tetani. 
Essa bactéria é encontrada nas fezes de animais e 
de seres humanos, na terra, nas plantas, em objetos e pode 
contaminar as pessoas que tenham lesões na pele(feridas, 
arranhaduras, cortes, mordidas de animais etc.), pelas 
quais o microrganismo possa penetrar, provocando o 
tétano acidental. 
Sintomas: A toxina produzida pela bactéria ataca, 
principalmente, o sistema nervoso central, provocando: 
• Rigidez muscular em todo o corpo, mas 
principalmente no pescoço; 
• Dificuldade para abrir a boca e para engolir; 
• Riso convulsivo, involuntário, produzido por espasmos 
dos músculos da face. 
A contratura muscular pode atingir os músculos 
respiratórios e pôr em risco a vida da 
pessoa. 
POSTURA DE OPISTÓTONO – Contratura generalizada 
• Tratamento: antibióticos, relaxantes musculares, 
sedativos, imunoglobulina antitetânica e, na falta 
dela, soro antitetânico. Pode evoluir a morte. 
• Cuidados: manter o esquema vacinal atualizado; 
cuidados higiênicos com os ferimentos para evitar a 
penetração da bactéria; não são apenas pregos e 
cercas enferrujadas que podem provocar a doença. A 
bactéria do tétano pode ser encontrada nos mais 
diversos ambientes. 
TÉTANO NEONATAL 
• Acomete o RN nos primeiros 28 dias de vida, tendo 
como sintoma inicial dificuldade de sucção, 
irritabilidade e choro constante. 
• Causada pela mesma bactéria do tétano acidental e 
pode ser evitada pela vacinação adequada da mãe 
(DTPa a partir da 20ª semana). 
• Os filhos de mães vacinadas nos últimos cinco anos 
com três doses da vacina apresentam imunidade até 
os dois meses de idade. 
 
TURBECULOSE 
Agente etiológico: Mycobacterium tuberculosis ou 
bacilo de Koch. 
O principal sintoma: tosse na forma seca ou 
produtiva. Por isso, recomenda-se que todo sintomático 
respiratório (a pessoa com tosse por três semanas ou mais), 
seja investigado para tuberculose. Há outros sinais e 
sintomas que podem estar presentes, como: febre 
vespertina, sudorese noturna, emagrecimento, 
cansaço/fadiga. 
Transmissão: aérea e se instala a partir da inalação 
de aerossóis oriundos das vias aéreas, durante a fala, 
espirro ou tosse das pessoas com tuberculose ativa 
(pulmonar ou laríngea), que lançam no ar partículas em 
forma de aerossóis contendo bacilos. 
Calcula-se que, durante um ano, em uma 
comunidade, um indivíduo que tenha baciloscopia positiva 
pode infectar, em média, de 10 a 15 pessoas. 
A tuberculose não se transmite por objetos 
compartilhados, como talheres, copos, entre outros 
Tratamento Diretamente Observado (TDO) - 
rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol. 
BACHARELADO EM ENFERMAGEM – UNP – 1º SEMESTRE – 2022.2 
A ingestão dos medicamentos pelo paciente é 
realizada somente sob a observação de um profissional de 
saúde ou de outros profissionais capacitados na APS. 
MÉTODOS DIAGNÓSTICOS: 
 
 
 
GONORREIA 
Agente etiológico: Neisseria gonorrhoeae; 
Habita o trato respiratório superior do homem, 
sendo responsável pela gonorreia – infecção sexualmente 
transmissível (oral, vaginal e anal) e consequentemente 
pela conjuntivite gonocócica. 
É uma IST comum, que afeta tanto a homens 
quanto a mulheres. É uma das ISTs que mais tem crescido e 
tornando cada vez mais resistente à antibióticos. 
Transmitida em qualquer contato sexual, seja 
penetração vaginal ou anal, sexo oral e pode ter 
manifestações em outros órgãos, como na pele, olhos e 
articulações. 
Gestantes com gonorreia podem infectar seus 
bebês durante o parto. Além disso, pode aumentar o risco 
de prematuridade. Em geral, os bebês infectados 
apresentam conjuntivite. Os sintomas costumam ser: olhos 
vermelhos e inchaço das pálpebras, que surgem entre dois 
a quatro dias após o nascimento. 
 
NO SEXO MASCULINO 
• Dor e ardência ao urinar; 
• Secreção abundante de pus pela uretra 
• Dor ou inchaço em um dos testículos. 
 
NO SEXO FEMININO 
• Aumento do corrimento vaginal – cor amarelada e 
odor desagradável; 
• Dor e ardência ao urinar 
• Sangramento fora do período menstrual; 
• Dores abdominais e dor pélvica 
SINTOMAS GERAIS 
• Reto: os sintomas comuns da gonorreia na região anal 
são coceira, secreção purulenta e sangramentos; 
• Olhos: dor, sensibilidade à luz e secreção de pus em 
um ou nos dois olhos; 
• Garganta: dor e dificuldade em engolir, presença de 
placas amareladas na garganta 
• Articulações: se a bactéria afetar alguma articulação 
do corpo, esta poderá ficar quente, vermelha, inchada 
e muito dolorida. 
• Tratamento: antibioticoterapia (Ceftriaxona, 
Azitromicina, Ceprofloxacino) 
 
SÍFILIS 
Causada pela bactéria treponema pallidum. Pode 
apresentar várias manifestações clínicas e diferentes 
estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). 
Por meio de relações sexuais (vaginal, anal ou oral) 
desprotegidas (sem camisinha) com pessoa infectada, de 
mãe soropositiva, sem tratamento, para o filho durante a 
gestação ou parto. 
SÍFILIS PRIMÁRIA 
• Ferida única no local de entrada da bactéria, aparece 
de 10 a 90 dias após contágio. 
• Não dói, ñ coça, ñ arde e não tem pus, podendo está 
acompanhada de caroços na virilha e desaparece 
sozinha. 
SÍFILIS SECUNDÁRIA 
• Sinais e sintomas aparecem de 6 sem. a 6 meses após 
cicatrização da ferida inicial; 
• Podem surgir manchas no corpo, nas palmas das mãos 
e na planta dos pés. Manchas desaparecem após 
algumas semanas. 
• Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça. 
SÍFILIS LATENTE – FASE ASSINTOMÁTICA 
• Não aparecem sinais ou sintomas. 
• É dividida em: latente recente (até um ano de 
infecção) e latente tardia (mais de um ano de 
infecção). 
• A duração dessa fase é variável, podendo ser 
interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da 
forma secundária ou terciária. 
SÍFILIS TERCIÁRIA 
• Pode surgir entre 1 e 40 anos após o início da infecção. 
• Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente 
lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e 
neurológicas, podendo levar à morte.

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