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Prévia do material em texto

Gramática do Português 
 
 
 
Gláucia do Carmo Xavier 
Kelly Cesário de Oliveira
Formação Inicial e 
Continuada 
+ IFMG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gláucia do Carmo Xavier 
Kelly Cesário de Oliveira 
 
 
 
 
 
Gramática do Português 
1ª Edição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
Instituto Federal de Minas Gerais 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
 
X2g Xavier, Gláucia do Carmo. 
 Gramática do português [recurso eletrônico]. / Gláucia do 
Carmo Xavier, Kelly Cesário de Oliveira. – Belo Horizonte: 
Instituto Federal de Minas Gerais, 2021. 
 66 p. : il. 
 
 E-book, no formato PDF. 
 Material didático para Formação Inicial e Continuada. 
 ISBN 978-65-5876-134-1 
 
 1. Língua portuguesa - gramática. I. Oliveira, Kelly Cesário. II. 
Título. 
 CDU 81'36(81) 
Catalogação: Aline M. Sima - CRB-6/2645 
 
 Índice para catálogo sistemático: 
1. Língua portuguesa – gramática: 81'36(81) 
 
 
 
 
 
Pró-reitor de Extensão 
Diretor de Programas de Extensão 
Coordenação do curso 
Arte gráfica 
Diagramação 
Carlos Bernardes Rosa Júnior 
Niltom Vieira Junior 
Gláucia do Carmo Xavier 
Ângela Bacon 
Eduardo dos Santos Oliveira 
© 2021 by Instituto Federal de Minas Gerais 
Todos os direitos autorais reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser 
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico 
ou mecânico. Incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de 
armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização por escrito do 
Instituto Federal de Minas Gerais. 
2021 
Direitos exclusivos cedidos à 
Instituto Federal de Minas Gerais 
Avenida Mário Werneck, 2590, 
CEP: 30575-180, Buritis, Belo Horizonte – MG, 
Telefone: (31) 2513-5157 
Sobre o material 
 
 
 
Este curso é autoexplicativo e não possui tutoria. O material didático, 
incluindo suas videoaulas, foi projetado para que você consiga evoluir de forma 
autônoma e suficiente. 
 Caso opte por imprimir este e-book, você não perderá a possiblidade de 
acessar os materiais multimídia e complementares. Os links podem ser 
acessados usando o seu celular, por meio do glossário de Códigos QR 
disponível no fim deste livro. 
Embora o material passe por revisão, somos gratos em receber suas 
sugestões para possíveis correções (erros ortográficos, conceituais, links 
inativos etc.). A sua participação é muito importante para a nossa constante 
melhoria. Acesse, a qualquer momento, o Formulário “Sugestões para 
Correção do Material Didático” clicando nesse link ou acessando o QR Code a 
seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para saber mais sobre a Plataforma +IFMG acesse 
https://mais.ifmg.edu.br 
 
Formulário de 
Sugestões 
http://forms.gle/b873EGYtkvK99Vaw7
https://mais.ifmg.edu.br/
 
 
 
 
 
 
Palavra das autoras 
 
 Quando pensamos em gramática, uma imagem específica é construída 
em nossa mente: um livro extenso, condenado a ficar num canto sem destaque 
em prateleiras devido a sua condição de portador de inúmeras regras 
construídas em cima de vastas nomenclaturas. Encontrar esse manual e abri-
lo justamente em uma página que promete explicar o que é uma oração 
subordinada substantiva predicativa reduzida de infinitivo é uma das causas 
para os mais justificados pesadelos. 
 Esse receio se deve à Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB), um 
documento elaborado por professores e gramáticos, como Carlos Henrique da 
Rocha Lima e Celso Ferreira da Cunha, com o intuito de simplificar e unificar o 
ensino da gramática brasileira. No entanto, no documento oficial, aprovado pelo 
Ministério da Educação, encontramos uma série de incoerências sistemáticas 
por trás das assombrosas e extensas nomenclaturas, quando poderíamos 
encontrar um texto que explicasse termos da gramática a partir de suas 
funções. Ou seja, na prática, não há uma simplificação. 
 Pensando nisso, esta apostila tem como objetivo principal facilitar o 
ensino da gramática do Português Brasileiro, tratando das funções exercidas 
por um determinado termo, seja ele essencial (o predicador e os termos 
exigidos pelo próprio predicador de uma frase) ou acessório (o “intruso”, que 
não aparece por razões sintáticas, mas, sim, por razões informacionais). O 
destaque desta apostila é a forma com a qual trataremos a linguagem: a partir 
de um tratamento com ênfase em sintaxe, privilegiamos a área da Linguística 
que trata da ordenação de sintagmas em uma estrutura formal, isto é, uma 
frase. 
 Aqui, então, faz-se necessário apresentar uma breve explicação sobre o 
que chamamos de sintaxe. A sintaxe é o campo dos Estudos Linguísticos que 
estuda a relação formal entre sintagmas (conjunto de palavras)1 que compõem 
uma frase, quer dizer, como os sintagmas de uma estrutura se conectam para 
satisfazer às exigências de um predicador, seja ele um verbo, seja ele um 
predicativo do sujeito. 
 De início, como exemplo, tomemos o verbo construir, apresentado na 
imagem a seguir como verbo pleno e, também, com uma perífrase (verbo 
auxiliar + verbo principal). 
 
 
1 É possível constituir sintagmas com apenas uma palavra, que pode ser produzida com ou sem nenhum tipo 
de representação sonora. Veremos isso mais adiante. 
 
Figura 1: O verbo construir como predicador 
Fonte: elaborada pelas autoras 
 
 O verbo em questão exige algo ou alguém para construir e algo para ser 
construído, como nas frases: 
a) A empreiteira construiu um prédio. 
b) Bárbara construirá sua loja. 
c) Bruno está construindo uma vida melhor. 
 
 Bárbara, por exemplo, constrói algo e algo é uma loja. Bárbara é o sujeito 
da ação exigida pelo verbo enquanto sua loja é o complemento que conclui as 
demandas impostas por construir. Isso é sintaxe. É desta forma que você irá 
entender conosco que a frase somente é uma estrutura completa quando o 
predicador tem suas exigências concretizadas, a partir de uma relação 
estabelecida entre sintagmas. 
 Dando sequência à apresentação de nossa proposta para o ensino 
simplificado de gramática, como objetivos específicos, esta apostila pretende 
apresentar uma base para que estudantes compreendam: 
(i) a diferença entre frases, orações, enunciados, períodos e sintagmas. 
(ii) as regras de estruturas frasais; 
(iii) a organização e a constituição das frases do Português Brasileiro. 
 
 Esta apostila, também, servirá como suporte para que estudantes, de 
maneira intuitiva e sem ênfase em nomenclaturas demasiadamente extensas, 
consigam: 
(iv) caracterizar e classificar orações coordenadas e subordinadas de forma 
simplificada; e 
(v) construir períodos complexos corretamente. 
 
 Para atingir os objetivos propostos, a apostila foi pensada em três 
módulos (cada módulo equivale a 10 horas semanais de estudo, totalizando 30 
horas de curso). No primeiro módulo, intitulado Estrutura Sintática do 
Português Brasileiro, trabalharemos com as noções de sintaxe, sintagmas, 
frases, predicação e tipos de sujeito. No segundo módulo, intitulado Uma visão 
sobre termos essenciais e acessórios, trabalharemos com as noções de 
complemento nominal, adjuntos (adnominais e adverbiais), aposto, vocativo e, 
ainda, o uso da vírgula. No terceiro e último módulo, intitulado Período 
composto: coordenação e subordinação, trabalharemos com as frases que 
contam com mais de um verbo em sua composição. 
 Agora que a apresentação de nosso material foi devidamente feita, 
podemos, finalmente, começar a trabalhar com uma perspectiva mais simples 
e objetiva da sintaxe. Vamos começar? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bons estudos! 
Gláucia do Carmo Xavier 
Kelly Cesário de Oliveira 
 
 
 
 
 
Apresentação do curso 
 
 
Este curso está dividido em três semanas, cujos objetivosde cada uma são 
apresentados, sucintamente, a seguir. 
 
SEMANA 1 
Neste módulo, você entenderá, formalmente, o que é: 
sintaxe, sintagmas, frases (diferente de orações e 
enunciados), predicação e, por fim, tipos de sujeito. 
SEMANA 2 
Neste módulo, você avançará nos estudos sobre os termos 
essenciais (selecionados pelo predicador), sobre os 
termos acessórios (estão nas frases, mas não são 
selecionados pelo predicador) e sobre o papel das vírgulas 
na estrutura sintática. 
SEMANA 3 
Neste módulo, retomaremos alguns conceitos tratados 
anteriormente para estudarmos, especificamente, o 
período composto e o que esta classificação comporta: 
orações coordenadas e orações subordinadas. 
 
 
Carga horária: 30 horas. 
Estudo proposto: 2h por dia em cinco dias por semana (10 horas semanais). 
 
 
Apresentação dos Ícones 
 
 
Os ícones são elementos gráficos para facilitar os estudos, fique atento quando 
eles aparecem no texto. Veja aqui o seu significado: 
 
 
 
 
Atenção: indica pontos de maior importância 
no texto. 
 
Dica do professor: novas informações ou 
curiosidades relacionadas ao tema em estudo. 
 
Atividade: sugestão de tarefas e atividades 
para o desenvolvimento da aprendizagem. 
 
Mídia digital: sugestão de recursos 
audiovisuais para enriquecer a aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
Semana 1 – Estrutura Sintática do Português Brasileiro ............................... 15 
1.1 Introdução à Sintaxe, aos sintagmas e à diferença entre frases, orações e 
enunciados .................................................................................................... 15 
1.2 Predicação e tipos de Predicado ............................................................. 18 
1.2.1 O Verbo Monoargumental .................................................................... 21 
1.2.2 O Verbo Biargumental não Preposicionado .......................................... 23 
1.2.3 O Verbo Biargumental Preposicionado ................................................. 25 
1.2.4 O Verbo Biargumental com Argumentos Internos ................................. 26 
1.2.5 O Verbo de Ligação .............................................................................. 27 
1.3 Tipos de Sujeitos ..................................................................................... 28 
1.3.1 Sujeito Determinado ............................................................................. 28 
1.3.2 Sujeito Indeterminado ........................................................................... 29 
1.3.3 Frases sem Sujeito ............................................................................... 30 
Semana 2 – Uma visão sobre Termos Essenciais e Termos Acessórios ...... 33 
2.1 Termos Essenciais e Acessórios: contextos ............................................ 33 
2.1.1 Termos Essenciais ............................................................................... 33 
2.1.2 Termos Acessórios ............................................................................... 34 
2.2 Complemento Nominal X Adjunto Adnominal .......................................... 35 
2.3 Adjuntos Adverbiais e Adnominais .......................................................... 37 
2.3.1 Adjunto Adverbial – algumas especificidades ....................................... 37 
2.3.2 Adjunto Adnominal – algumas considerações ...................................... 38 
2.4 Aposto e Vocativo ................................................................................... 38 
2.4.1 Aposto .................................................................................................. 38 
2.4.2 Vocativo ............................................................................................... 39 
2.5 A Vírgula e a Estrutura Sintática .............................................................. 40 
2.5.1 Inversão ............................................................................................... 40 
2.5.2 Coordenação em Enumeração ............................................................. 40 
2.5.3 Elipse Verbal ........................................................................................ 41 
2.5.4 Separação do Aposto ........................................................................... 41 
file:///C:/Users/Niltom/Downloads/Livro%20Gramática%20do%20Português.docx%23_Toc66449397
file:///C:/Users/Niltom/Downloads/Livro%20Gramática%20do%20Português.docx%23_Toc66449409
 
 
 
2.5.5 Isolamento do Vocativo ........................................................................ 41 
Semana 3 – Período Composto: Coordenação e Subordinação ................... 43 
3.1 O que é um Período Composto? ............................................................. 43 
3.2 Coordenação e Subordinação ................................................................. 43 
3.2.1 Coordenação ........................................................................................ 44 
3.2.2 Subordinação ....................................................................................... 46 
Referências ................................................................................................... 53 
Currículo das autoras .................................................................................... 55 
 56 
Glossário de códigos QR (Quick Response) ................................................. 57 
 
 
 
 
file:///C:/Users/Niltom/Downloads/Livro%20Gramática%20do%20Português.docx%23_Toc66449428
Plataforma +IFMG 
 
Instituto Federal de Minas Gerais 
Pró-Reitoria de Extensão 
15 
 
 
 
 
 
 
 
Mídia digital: Antes de iniciar os estudos, vá até a sala 
virtual e assista ao vídeo “Aula 1”. 
 
1.1 Introdução à Sintaxe, aos sintagmas e à diferença entre frases, orações 
e enunciados 
 
Como apontado na introdução desta apostila, existe uma imagem quase consensual 
sobre a gramática do Português Brasileiro (PB) ser um pesadelo e, ainda pior, inacessível 
para os próprios falantes da Língua Portuguesa. Neste módulo, trabalhamos com a Estrutura 
Sintática do PB, ou seja, como uma frase é composta e estruturada por falantes da nossa 
língua materna. Antes de trabalhar com questões específicas da sintaxe formal, como 
predicados, predicadores e tipos de sujeito, vamos pensar nas noções de frases e 
sintagmas, já anunciadas anteriormente. 
Uma dúvida recorrentemente relatada pelos estudantes é a dificuldade para 
compreender a diferença entre frases, orações e enunciados. De imediato, podemos dizer 
que frase é toda estrutura realizada na língua, como aquelas construídas sem a utilização 
de um verbo, 
Olá! Bom dia! Cada macaco no seu galho! 
 
e como aquelas construídas com um ou mais verbos - estruturas que contêm verbos 
são também chamadas de orações: 
Você comprou arroz hoje? 
O Ministro da Educação não 
compareceu ao evento. 
Aquele presidente 
equivocou-se 
publicamente ao falar sobre 
um assunto que não 
domina. 
 
Objetivos 
Neste módulo, você entenderá, formalmente, o que é: sintaxe, 
sintagmas, frases (diferente de orações e enunciados), 
predicação e, por fim, tipos de sujeito. 
Semana 1 – Estrutura Sintática do Português Brasileiro 
Plataforma +IFMG 
 
Instituto Federal de Minas Gerais 
Pró-Reitoria de Extensão 
16 
 Aqui, além de compreender que frases englobam estruturas construídas com ou sem 
a presença de verbos, entendemos que orações são estruturas que contêm, 
obrigatoriamente, pelo menos um verbo. 
 Nos resta, então, entender o que são os enunciados. Para tanto, recorremos a Bakhtin 
(1997, p. 293), importante filósofo e estudioso sobre as questões sociais e identitárias da 
língua, que define o enunciado como “a unidade real da comunicação verbal”. Araújo (2014, 
p. 186), refletindo sobre esta definição, afirma que “todo o processo de interação e, 
consequentemente, comunicação verbal, só se dará por enunciados. Sendo assim,só há 
comunicação verbal se houver enunciados”. 
 Nesse sentido, o enunciado não é um termo utilizado nos estudos sintáticos, uma vez 
que ele se trata de questões discursivas, interativas (pensemos, aqui, em comandos de 
exercícios - há uma orientação por parte de algo/alguém e há alguém para realizar as 
atividades) e comunicativas, enquanto a sintaxe busca compreender a relação estrutural 
entre sintagmas dentro de uma frase. 
 Agora, podemos passar para a noção de sintagma. Vejamos, pois, as frases a seguir: 
(1) O Ministro da Economia vendeu nossas estatais. 
(2) Nossas estatais o Ministro da Economia vendeu. 
(3) *Ministro da Economia vendeu estatais o nossas. 
 
 
 Na tríade acima, com o exemplo (1), observamos uma frase cuja ordem é o que 
chamamos de estrutura canônica da Língua Portuguesa, ou ordem Sujeito - Verbo - Objeto 
(complemento), construção mais recorrente em nossa língua: o sujeito [o ministro da 
economia] aparece na primeira posição da frase, seguido do verbo [vendeu] e do 
complemento [nossas estatais]. Em (2), percebemos que o verbo (predicador da oração em 
pauta) ainda mantém suas exigências satisfeitas mesmo com a estrutura elaborada na 
ordem OSV (objeto - sujeito - verbo). Já na letra C, com a construção de uma estrutura 
desordenada, temos uma frase mal formada. Aqui, é importante observar que a ordem da 
estrutura não é o suficiente para construirmos uma frase gramatical. Vejamos mais um 
exemplo: 
(4) *Ministro da Economia o vendeu nossas estatais ontem. 
 Mesmo acrescentando o grupo [ontem] na frase, percebemos que a ordem sozinha 
não é um problema. Com (3) e (4), vimos que [ministro da economia] está acompanhado do 
artigo [o] e isso causa um estranhamento e, é claro, a agramaticalidade da frase. Esse 
estranhamento é visto porque, até mesmo de forma intuitiva, sabemos que [o] deve vir antes 
de [ministro da economia]. 
Ao encontrar asterisco no início de uma frase, 
entenda-o como: 
- agramaticalidade; 
- frase mal formada na Língua Portuguesa; 
- pouco comum para os falantes. 
Plataforma +IFMG 
 
Instituto Federal de Minas Gerais 
Pró-Reitoria de Extensão 17 
 Neste momento, podemos considerar o seguinte questionamento: devemos sempre 
apenas considerar a ordem artigo + substantivo nas frases? A resposta é NÃO. Mesmo que 
façamos um exercício para ordenar as palavras, ainda teríamos exemplos agramaticais caso 
o sintagma [ontem] estivesse disposto aleatoriamente nas estruturas: 
(5) *O Ministro da Economia vendeu nossas [ontem] estatais. 
(6) *O Ministro ontem da Economia vendeu nossas estatais. 
 
 Observe que a palavra [ontem], nas posições em (5) e (6), está causando a 
agramaticalidade das frases. Isso acontece porque [ontem] não pertence aos sintagmas 
[nossas estatais] ou [o ministro da economia]. [ontem], na verdade, é um sintagma de uma 
única palavra. Aqui, estamos começando a entender a noção de sintagma como um grupo 
de palavras afins que não podem ser separadas. 
 Se alguns sintagmas2 da frase são [o ministro da economia], [vendeu], [nossas 
estatais] e [ontem], havendo a necessidade de mudar a ordem de uma inteira frase, é preciso 
mover um grupo inteiro, o SINTAGMA completo, para que não haja agramaticalidades nas 
frases. Vejamos: 
(7) [o ministro da economia] [ontem] [vendeu] [nossas estatais] 
(8) [ontem], [nossas estatais] [o ministro da economia] [vendeu] 
(9) [nossas estatais] [o ministro da economia] [vendeu] [ontem] 
(10) *[vendeu] nossas ontem estatais [o ministro da economia] 
 
 Então, com esses exemplos, podemos definir sintagma como um grupo indivisível de 
palavras. Um sintagma pode ser movido para mais de uma posição na frase, desde que ele 
esteja completo, como nos exemplos (7), (8) e (9). Quando um sintagma, ou até mesmo uma 
palavra, invade o sintagma a qual não pertence, como na frase (10), temos uma má formação 
frasal que resulta numa agramaticalidade estrutural. Podemos, então, compreender que 
frases não são compostas por palavras aleatórias, mas, são compostas por sintagmas 
organizados de forma coerente entre si. 
 O exercício que fizemos até o momento, de mover os sintagmas para mais de uma 
possibilidade de posição na frase, recebe o nome de deslocamento sintático. Esse 
exercício é uma forma bastante útil para que sejamos capazes de identificar um sintagma, 
pois, se um determinado grupo se move junto e a frase não se torna agramatical, 
encontramos um sintagma. No entanto, se um conjunto se move com um intruso em sua 
composição, sabemos que aquela organização não pode ser considerada um sintagma. 
 
2 [comprou muitos pacotes de arroz ontem] e [de arroz] também são sintagmas. 
Plataforma +IFMG 
 
Instituto Federal de Minas Gerais 
Pró-Reitoria de Extensão 
18 
 Além do deslocamento sintático, há uma série de testes3 que podemos, e devemos, 
fazer para identificar os sintagmas. Consideremos, então, os testes de pronominalização e 
de topicalização: 
Pronominalização Topicalização 
Substituição de um determinado sintagma por 
um pronome. 
Inserção de um determinado sintagma na 
posição de tópico - posição inicial de uma frase 
para ser o destaque, a ênfase da proposta da 
sentença. 
O Ministro da Economia vendeu nossas 
estatais. 
O Ministro da Economia vendeu nossas 
estatais. 
Ele vendeu nossas estatais. 
Nossas estatais o Ministro da Economia 
vendeu. 
*O ele vendeu nossas estatais. 
*Nossas, O Ministro da Economia vendeu 
estatais. 
Tabela 1: Testes de pronominalização e topicalização 
Fonte: elaborada pelas autoras 
 
 Com o teste de pronominalização, a partir dos exemplos, foi válido substituir [o 
ministro da economia] por [ele], mas não foi possível substituir apenas [ministro da 
economia] por [ele]. Nesse sentido, atestamos, mais uma vez, que o sintagma é [o ministro 
da economia] e não apenas [ministro da economia]. Com o teste de topicalização, inserir o 
sintagma [nossas estatais] no início da frase se mostrou gramatical e, ainda, coloca em 
ênfase o tópico da sentença produzida. Entretanto, inserir a palavra [nossas] no início da 
frase, sem a presença de [estatais], foi necessário para entender que [nossas] não é um 
sintagma. Ela sozinha em posição de tópico não é possível, muitos menos gramatical. 
1.2 Predicação e tipos de Predicado 
Pensar em predicação é pensar, imediatamente, nas exigências - ou seleções - feitas 
pelo predicador (verbo ou predicativo do sujeito, o predicador em frases com verbos de 
ligação). Nesse sentido, torna-se relevante, no primeiro momento de uma análise sintática, 
identificar o verbo - se de ligação ou não - e, então, verificar o que ele seleciona para que a 
estrutura a qual ele pertence esteja completa. Nesta apostila, com o intuito de apresentar 
estruturas arbóreas, ou simplesmente árvores sintáticas, como um suporte visual-
explicativo, conceitos como sujeito e objeto também serão referenciados como argumento 
externo (ao sintagma verbal) e argumento interno (ao sintagma verbal), respectivamente. 
 É preciso, neste momento do curso, expandir o conceito de sintagma e postular que 
cada um tem um núcleo, ou seja, dentro de cada sintagma há um item central que domina, 
de certa forma, os outros. Dentro de uma frase, muitas vezes, temos dois principais 
 
3 Há, ainda, outros testes que podem ser realizados para a identificação de sintagmas, como a clivagem, a 
apassivação e a elipse. Para tanto, conferir Kenedy e Othero (2018). 
Plataforma +IFMG 
 
Instituto Federal de Minas Gerais 
Pró-Reitoria de Extensão 
19 
sintagmas, sendo eles o sintagma nominal, cujo núcleo é um nome (pronome ou 
substantivo) e o sintagma verbal, cujo núcleo é um verbo. Vejamos como esses conceitos 
funcionam em uma árvore sintática que ilustra a frase [Ele comprou arroz]: 
 
Figura 2: Sintagmas nominal e verbal 
Fonte: elaborada pelas autoras 
 
O verbo comprar é o predicador da frase. Ele seleciona [arroz] como seu argumento 
interno (repare em como comprare arroz estão no mesmo “ramo” do sintagma verbal). 
Assim, temos o sintagma nominal [arroz], dentro do sintagma verbal [comprou arroz]. O 
verbo comprar, além disso, seleciona [Ele] como argumento externo (observe, novamente, 
o sintagma verbal). Dessa forma, na frase [ele comprou arroz], o verbo comprar seleciona 
dois argumentos, um interno [arroz - objeto direto] e um externo [ele - sujeito]. 
Para dar continuidade a nossa análise sintática, é preciso conhecer melhor as 
características específicas de cada um dos verbos predicadores e, também, dos verbos de 
ligação. A primeira tabela mostra com o sinal de (+) a necessidade de os verbos precisarem 
de termos para completarem a estrutura sintática. O sinal de (-) demonstrar a não 
obrigatoriedade de termos e classes gramaticais. Vejamos as tabelas a seguir: 
 Verbos monoargumentais 
Argumento externo (sujeito) + 
Argumento interno (objeto) - 
Preposição - 
Tipo de predicado Verbal 
Tabela 2: Estrutura sintática de verbos monoargumentais 
Fonte: elaborada pelas autoras 
 
S = sentença 
SN = sintagma nominal 
N = nome 
SV = sintagma verbal 
V = verbo 
Plataforma +IFMG 
 
Instituto Federal de Minas Gerais 
Pró-Reitoria de Extensão 
20 
Ao interpretar as tabelas, compreendemos que verbos monoargumentais selecionam 
apenas argumento externo para ter seu sentido completo. Verbos biargumentais, no entanto, 
selecionam argumento externo e argumento interno para que o sentido das frases que fazem 
parte esteja completo. Alguns verbos biargumentais selecionam um argumento não 
preposicionado, outros selecionam um argumento preposicionados. Alguns, ainda, podem 
selecionar mais de um argumento interno, com ou sem a presença de preposições. 
 Verbos biargumentais 
Argumento externo (sujeito) + 
Argumento interno (objeto) + 
Preposição +/- 
Tipo de predicado Verbal 
Tabela 3: Estrutura sintática de verbos biargumentais 
Fonte: elaborada pelas autoras 
 
 
Verbos de Ligação 
Predicador Predicativo do sujeito 
Tipo de predicado Nominal 
Exemplos 
Ser, estar, continuar, virar, andar, ficar, parecer, permanecer, viver, 
tornar-se e encontrar-se 
Tabela 4: Estrutura sintática de verbo de ligação 
Fonte: elaborada pelas autoras 
 
Em relação aos verbos de ligação, entendemos que estes não predicam. Os verbos 
de ligação selecionam o que chamamos de minioração, um sintagma composto pelo sujeito 
e pelo predicativo do sujeito (KATO; NASCIMENTO, 2015). Essa tipologia verbal, então, 
aparece para (i) ligar o sujeito e o predicativo e, principalmente, (ii) para atribuir traços 
(características) semânticas ao sujeito. Para Castilho (2014), ser e estar, assumem a carga 
de denotar certas propriedades ao sujeito, propriedades como [+] ou [-] dinâmicas, [+] ou [-] 
transitórias e [+] ou [-] permanente, por exemplo (XAVIER; OLIVEIRA, 2020). Vejamos como 
essas características podem ser vistas nos exemplos a seguir: 
(11) Guilherme é inabalável 
(12) Guilherme está inabalável. 
 
 Observamos, primeiro, que o sujeito e o predicativo do sujeito são repetidos nas duas 
frases, mas as características atribuídas, pelos verbos, ao sujeito, são diferentes. Em (11), 
as características [-] dinâmico e [+] permanente são atribuídas, pelo verbo ser, ao sujeito 
[Guilherme], revelando peculiaridades fixas do sujeito. Já em (12), as características [+] 
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dinâmico e [+] transitório são atribuídas ao sujeito, revelando outros tipos de peculiaridades 
do sujeito. Ademais, o predicativo do sujeito é um predicador nominal, pois é este elemento 
que que diz algo sobre o sujeito. 
 Antes de passarmos para uma análise mais detalhada de cada uma dessas tipologias 
verbais, falemos sobre os predicados verbo-nominal. Essa tipologia é significativa quando, 
na frase, temos mais de um núcleo predicador, justamente um verbo e um nome, como na 
frase [Dulce estudou despreocupada]. Estudar é o predicador que seleciona os argumentos 
da frase e [despreocupada] predica, isto é, atribui uma característica à Dulce. 
1.2.1 O Verbo Monoargumental 
 Como vimos anteriormente, o verbo monoargumental não seleciona um argumento 
interno para integrar frases. Entendemos, dessa maneira, que esse verbo é um predicador 
verbal, núcleo de frases, e apenas seleciona um argumento externo, ou seja, um sujeito, na 
maioria das vezes. Consideremos, agora, a estrutura arbórea dessa tipologia verbal: 
 
Figura 3: Estrutura sintática de verbos monoargumentais 
Fonte: elaborada pelas autoras 
 
 Formando a frase, temos o sintagma verbal, composto por um verbo monoargumental 
(núcleo do sintagma), e temos um sintagma nominal, composto por um argumento externo, 
em que o nome é o núcleo do sintagma. 
 A título de exemplo, consideremos os seguintes verbos: 
(13) X pescou. 
(14) X viajou. 
(15) X dançou. 
(16) X acordou. 
 
 Embora não tenhamos um argumento externo especificado para cada uma das frases 
anteriores, sabemos que os verbos em pauta precisam ter essa posição preenchida por um 
sintagma condizente com a ação verbal. Pescar é um verbo que pede um argumento 
externo, como um ser com habilidades específicas. Viajar é um verbo que pede algo ou 
alguém capaz de exercer tal ação, como um estudante brasileiro participante de um 
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22 
intercâmbio no Canadá. Dançar é um verbo que pede alguém para realizar uma ação. 
Acordar é um verbo que pede um ser, literalmente, para realizar tal ação, ou algo inanimado 
para realizar construções metafóricas, como em [o céu acordou triste]. Esses são alguns 
exemplos, mas poderíamos acrescentar uma série de possibilidades condizentes para o 
preenchimento da posição do argumento externo. 
 Podemos, em paralelo, acrescentar sintagmas que oferecem mais informações sobre 
as frases, como: 
(17) X pescou ontem. 
(18) X viajou de carro. 
(19) X dançou na rua. 
(20) X acordou pensativo. 
 
 Nas frases (17), (18) e (19), os itens destacados fazem parte do que chamamos de 
termos acessórios. De forma mais específica, estes são adjuntos adverbiais de tempo, modo 
e lugar, respectivamente. Compreenderemos melhor os termos acessórios na seção 
seguinte, mas, aqui, é importante enfatizar que adjuntos adverbiais (e adnominais!) não são 
selecionados pelo predicador, ou seja, a presença de um em frases não é sintaticamente 
obrigatória, é opcional. Em (20), a situação é um pouco diferente. O sintagma “pensativo” 
caracteriza o argumento externo. Nesse caso, não temos mais uma frase de predicação 
verbal, temos uma frase de predicação verbo-nominal, em que o verbo seleciona os 
argumentos e um deles é uma característica a respeito de X. 
 Vejamos, a seguir, a representação arbórea de verbos monoargumentais com alguns 
dos exemplos trabalhados: 
 
Figura 4: verbos monoargumentais 
Fonte: elaborada pelas autoras 
 
 
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23 
1.2.2 O Verbo Biargumental não Preposicionado 
 
 Verbos biargumentais são aqueles que selecionam um argumento externo e pelo 
menos um argumento interno (com e/ou sem preposição) para compor estruturas frasais. 
Esses verbos fazem parte do grupo de predicados verbais. Para compreender a organização 
frasal desses verbos, vejamos as árvores a seguir: 
 
Figura 5: estrutura argumental do verbo biargumental não preposicionado 
Fonte: elaborada pelas autoras 
 
 Essa primeira árvore representa um verbo biargumental que apenas seleciona um 
argumento interno não preposicionado. O argumento externo, como esperado, encontra-se 
fora do sintagma verbal e tem um nome como núcleo. O sintagma verbal, como visível na 
árvore, comporta o verbo, núcleo da frase, e o sintagma nominal, argumento interno do 
predicador. Verbos como dizer e encontrar são enquadrados nesta categoria. 
Consideremos, a seguir,algumas frases. 
(21) João encontrará seu eleitorado. 
(22) Aquele Ministro disse asneiras. 
(23) Paulo não encontrou bom senso. 
 
 Em (21), [seu eleitorado] é argumento interno não preposicionado, um sintagma 
nominal, selecionado pelo predicador encontrar, flexionado no futuro do indicativo. O verbo, 
além disso, seleciona [João] como argumento externo. 
 Em (22), o verbo dizer seleciona [asneiras] como seu argumento interno e, também, 
seleciona [aquele ministro] como argumento externo. Vejamos na imagem. 
 
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24 
 
Figura 6:argumentos do verbo dizer 
Fonte: elaborada pelas autoras 
 
 Aqui, é indispensável pensar em [aquele], o 
determinante da frase, ou seja, o termo que postula 
que há um Ministro específico falando asneiras. Não 
é UM Ministro ou O Ministro, é AQUELE 
Ministro. Vejamos, agora, a representação arbórea 
deste exemplo. 
 
 
Figura 7: estrutura argumental do verbo dizer 
Fonte: elaborada pelas autoras 
 
 Por fim, na frase (23), o predicador, encontrar, ainda que venha acompanhado da 
negativa, seleciona [bom senso] como seu argumento interno e [Paulo] como seu argumento 
externo, completando o sentido do verbo e deixando a frase gramatical. 
 
Como postulado por Kenedy e Othero (2018), 
a classe dos determinantes é de extrema 
importância para marcar o plural em 
sintagmas nominais na oralidade: "Os 
menino", por exemplo, são produções 
recorrentes enquanto "O meninos" não. 
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25 
1.2.3 O Verbo Biargumental Preposicionado 
 
 Verbos biargumentais preposicionados são aqueles que selecionam um argumento 
externo e um argumento interno com preposição para compor estruturas frasais. Esses 
verbos fazem parte do grupo de predicados verbais. Para compreender a organização frasal 
desses verbos, consideremos a árvore a seguir: 
 
Figura 8: estrutura do verbo biargumental preposicionado 
Fonte: elaborada pelas autoras 
 
 O argumento externo encontra-se fora do sintagma verbal. Por haver uma preposição 
na frase, o argumento interno tem uma preposição como núcleo, ou seja, há um sintagma 
preposicional pertencendo ao sintagma verbal. Dentro do sintagma preposicionado, há um 
sintagma nominal para finalizar nossa árvore sintática. Exemplificando essa tipologia verbal, 
consideremos os verbos assistir, concordar e confiar. 
(24) Victória assistiu ao filme. 
(25) Muitos eleitores concordam com Guilherme. 
(26) Nós confiamos em você. 
 
 Em (24), o predicador assistir, seleciona o argumento externo [Victória] e o argumento 
interno [ao filme], formado pela preposição [a], mais o artigo [o] e nome [filme]. Na frase (25), 
[muitos eleitores] é o argumento externo selecionado pelo verbo concordar e [com 
Guilherme] é o argumento interno, formado pela preposição [com] e o nome [Guilherme]. 
Vejamos como essa sentença é estruturada em uma árvore sintática: 
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26 
 
Figura 9: estrutura argumental do verbo concordar 
Fonte: elaborada pelas autoras 
 
 Em (26), uma frase não muito diferente das últimas, o verbo confiar seleciona [em 
você] como argumento interno, cujo sintagma é formado pela preposição [em] e o nome 
[você]. 
 
1.2.4 O Verbo Biargumental com Argumentos Internos 
 
 O verbo biargumental, como vimos, seleciona mais de um argumento para compor 
sua estrutura. O verbo biargumental com mais de um argumento interno é um predicador 
que seleciona um argumento externo e, pelo menos, dois argumentos internos, com e/ou 
sem a presença de uma preposição. Como há mais de uma possibilidade de representar a 
estrutura arbórea dessa tipologia verbal, trouxemos a seguinte: 
 
 
Figura 10: estrutura argumental do verbo biargumental com mais de um argumento interno 
Fonte: elaborada pelas autoras 
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27 
 Abordando essa tipologia verbal, consideremos os verbos informar e ensinar nas 
seguintes frases. 
(27) [A comunidade médica] informou [os riscos] [aos pacientes]. 
(28) [O professor de Geografia] ensinou [a importância das matas] [aos alunos]. 
 
 Em (27), o verbo informar seleciona [os riscos do remédio] como argumento interno 
sem preposição e [aos pacientes] como outro argumento interno, no entanto, este está 
preposicionado. O predicador ainda seleciona [a comunidade médica] como seu argumento 
externo. 
 
 
Figura 11: estrutura argumental do verbo informar 
Fonte: elaborada pelas autoras 
 
 Em (28), o predicador ensinar seleciona como argumentos internos os sintagmas [a 
importância das matas], sem preposição, e [aos alunos], com preposição. Além disso, o 
verbo predicador seleciona o sintagma nominal [o professor de geografia] como seu 
argumento externo. 
1.2.5 O Verbo de Ligação 
 O verbo de ligação não pode ser considerado predicador de frases. Anteriormente, 
apontamos que essa tipologia verbal seleciona uma minioração – um sintagma constituído 
pelo sujeito e pelo predicativo do sujeito, geralmente um adjetivo –. O predicador em frases 
com verbos de ligação é o predicativo do sujeito. Vejamos, pois, alguns exemplos. 
(29) Guilherme (sujeito) [é] impaciente (predicativo do sujeito). 
(30) Guilherme (sujeito) [está] impaciente (predicativo do sujeito). 
 
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28 
 A ausência do verbo de ligação não resultou numa agramaticalidade. Nesse sentido, 
além de selecionar uma minioração, verbos de ligação atribuem certas características ao 
sujeito. Se usarmos o verbo ser flexionado em é (presente do indicativo) na frase (29), por 
exemplo, as características [+] permanente e [-] dinâmico são atribuídas ao sujeito. Se 
utilizarmos o verbo estar, também no presente do indicativo em (39), está, as características 
atribuídas ao sujeito serão [+] dinâmico e [+] transitório. Agora, consideremos outros 
exemplos: 
(31) *Guilherme é 
(32) *Guilherme está 
 
 Em (31) e (32), mesmo com a presença dos verbos ser ou estar, a agramaticalidade 
das frases é causada pela ausência do predicativo do sujeito, ou seja, pela ausência do 
núcleo predicador dessas estruturas. 
1.3 Tipos de Sujeitos 
 Na sintaxe, de forma geral, o sujeito é o termo que determina a flexão verbal e é uma 
posição, geralmente, ocupada pelo argumento externo dos verbos. Definições como “aquele 
que pratica a ação”; “aquele que sofre a ação”, entre outras, são semânticas e não serão 
considerados nesta seção. Consideramos, nesse sentido, sujeitos determinados, sujeitos 
indeterminados e, também, sujeitos inexistentes para falar sobre as especificidades da 
categoria aqui em questão, resumidas na tabela a seguir. 
Determinado Indeterminado Inexistente 
O sujeito é explícito ou pode 
ser recuperado na frase por 
meio de elementos 
morfológicos. 
O sujeito não é explícito e nem 
pode ser recuperado na frase 
por meio de elementos 
morfológicos. 
O sujeito não existe na frase. 
Há apenas o sintagma verbal 
com verbos impessoais. 
O sujeito pode ser: 
- simples; 
- composto; 
- oculto ou desinencial. 
Ocorre com o verbo: 
- na 3ª pessoa do plural; 
- na 3ª pessoa do singular, 
acompanhado por “se”; 
- no infinitivo impessoal. 
Os verbos exprimem ou 
indicam: 
- fenômenos da natureza; 
- tempo 
- fenômenos meteorológicos. 
Tabela 5: tipos de sujeitos 
Fonte: elaborada pelas autoras 
 
1.3.1 Sujeito Determinado 
 
 Com o sujeito simples, consideramos um único núcleo pertencente ao sintagma 
nominal na posição de argumento externo. Aqui, o sujeito pode aparecer tanto no singular 
quanto no plural. Vejamos: 
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29 
(33) [A comunidade médica] informou os pacientes. 
(34) [Ele] considera o remédio inapropriadopara o tratamento. 
(35) [Os professores] falaram sobre a importância das matas. 
(36) [Pesquisadores] combatem a desinformação em nome da ciência. 
 
 Em (33), temos um sintagma nominal contemplando um sujeito simples. Embora este 
sintagma seja mais extenso do que o comumente associado aos sujeitos simples, como o 
exemplo em (34), [ele], [a comunidade médica] conta com um núcleo flexionado no singular, 
como indicado pelo determinante [A]. Nesse caso, assim como em (34), o sujeito está 
flexionado no singular e determina que o verbo (sublinhado) deve, também, estar flexionado 
no singular. 
 Nas frases (35) e (36), temos, ainda, exemplos de sujeitos simples, isto é, com um 
único núcleo no sintagma nominal, mas flexionados no plural. Nesse segmento, os verbos 
devem acompanhar o sujeito e concordar em gênero e número. Os determinantes [os], 
explícito em (35) e oculto em (36) (Ø), designam a relação de plural entre sujeito e verbo. 
 Com o sujeito composto, consideramos dois núcleos pertencentes ao sintagma 
nominal. O sujeito e o verbo, então, devem aparecer no plural. Vejamos: 
(37) [Bombeiros e população] lutam contra as queimadas criminosas. 
(38) [Liza e João] são irmãos. 
(39) [Os pesquisadores e os alunos] publicaram suas descobertas. 
 
 Na tríade anterior, as frases demonstram a existência de mais de um núcleo nominal 
dentro do argumento externo. Em (37), [bombeiros] e [população] formam o sujeito 
composto, isto é, dois núcleos com determinantes Ø designam a relação de plural entre 
sujeito e verbo. Encontramos a mesma situação em (38) e (39). Como diferença, (39) abarca 
determinantes explícitos e pronunciados. 
 Em relação ao sujeito oculto ou desinencial, consideramos que este pode ser 
recuperado em frases por meio da morfologia. Vejamos: 
(40) Lutamos contra as queimadas. 
 O morfema -mos é uma partícula da morfologia flexional e recupera o pronome de 
primeira pessoa do singular, nós. 
 
1.3.2 Sujeito Indeterminado 
 O sujeito indeterminado é aquele que não pode ser determinado pelo contexto ou pela 
morfologia. Esta categoria ocorre em pelo menos três cenários: (i) com o verbo na terceira 
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30 
pessoa do plural; (ii) com o verbo na terceira pessoa do singular acompanhado pelo pronome 
“se” e (iii) com o verbo no infinitivo impessoal. 
• Verbo na terceira pessoa do plural 
 Verbos flexionados na terceira pessoa do plural, como roubaram (roubar), procuram 
(procurar) e comeram (comer), entre outros, são verbos que indeterminam o sujeito. Não há 
nenhuma partícula que recupere o sujeito e nenhum elemento no contexto que indique quem 
ocupa a posição de argumento externo das seguintes frases: 
(41) Roubaram o carro na esquina floresta queimada. 
(42) Procuram por sobreviventes. 
(43) Comeram todo o doce da festa. 
 
• Verbo na terceira pessoa do singular acompanhado por “se” 
 Verbos flexionados na terceira pessoa do singular, como come (comer), precisa 
(precisar) e fica (ficar), acompanhados pelo pronome “se”, abarcam o que chamamos de 
Índice de Indeterminação do Sujeito. Frases com essas características podem ser 
acompanhadas por verbos monoargumentais, que não selecionam argumento interno, por 
verbos biargumentais preposicionados, que selecionam um argumento interno 
preposicionado, e por verbos de ligação, que não selecionam argumentos. Vejamos, a 
seguir, um exemplo para cada um dos contextos: 
(44) Pesca-se melhor em rios. 
(45) Precisa-se de políticos com experiência. 
(46) Na apresentação, nunca se fica tranquilo. 
 
• Verbo no infinitivo impessoal 
 Verbos no infinitivo impessoal, isto é, verbos sem nenhum tipo de flexão, porém em 
um estado genérico, também são responsáveis pela indeterminação do sujeito, como 
atestado pelas seguintes frases: 
(47) Foi intenso apagar todo fogo do Pantanal. 
(48) É indignante acompanhar o cenário político atual. 
 
1.3.3 Frases sem Sujeito 
 Talvez você esteja se perguntando o motivo de analisarmos frases sem a presença 
de um sujeito em um tópico intitulado “tipos de sujeito”. No entanto, abordar essa 
classificação é importante para desmistificar mais de uma possibilidade para a construção 
de frases sem a presença de um argumento externo. Nessa perspectiva, as frases sem 
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31 
sujeito são importantes para ilustrar a composição de frases apenas com o sintagma verbal, 
considerando o verbo impessoal. Isso pode ser feito de duas formas: (i) quando o verbo 
exprime fenômenos da natureza ou (ii) quando os verbos ser, estar, fazer e haver indicam 
tempo ou fenômenos meteorológicos. Vejamos um exemplo para cada. 
(49) Choveu esta semana. 
(50) São 15h em Belo Horizonte e 13h em Rio Branco. 
(51) Está muito quente hoje. 
(52) Fez calor no Rio de Janeiro. 
(53) Havia poucos políticos no parlamento. 
 
 
 
 
 
Nos encontramos na próxima semana. 
Bons estudos! 
 
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Mídia digital: Antes de iniciar os estudos, vá até a sala 
virtual e assista ao vídeo “Aula 2”. 
 
2.1 Termos Essenciais e Acessórios: contextos 
 
 Neste módulo, você irá estudar os chamados termos essenciais e acessórios de uma 
frase. É verdade que já trabalhamos com os termos essenciais anteriormente, no entanto, 
neste módulo, trabalharemos com estes em contraste com os termos acessórios, o que nos 
permitirá uma visão mais crítica e, principalmente, mais simplista desses termos. 
Vamos lá? 
 
2.1.1 Termos Essenciais 
 
Os termos essenciais são os argumentos selecionados pelo predicador. Numa frase 
em que o predicador é um verbo, temos, evidentemente, um predicado verbal. Cada tipo 
predicado verbal seleciona argumentos específicos. Vamos relembrar! 
 
• Verbos monoargumentais - selecionam apenas um argumento externo. 
• Verbos biargumentais não preposicionados - selecionam um argumento externo e 
um argumento interno sem preposição. 
• Verbos biargumentais preposicionados - selecionam um argumento externo e um 
argumento interno com preposição. 
• Verbos biargumentais com mais de um argumento interno - selecionam um 
argumento externo e dois ou mais argumentos internos com e/ou sem preposição. 
 
Numa frase em que o predicador é um nome, temos, evidentemente, um predicado 
nominal. O verbo de ligação é um predicado nominal, uma vez que seu núcleo é um 
predicativo do sujeito e este elemento seleciona o sujeito (um nome) para estruturar a frase. 
Objetivos 
Neste módulo, você avançará nos estudos sobre os termos 
essenciais (selecionados pelo predicador), sobre os termos 
acessórios (estão nas frases, mas não são selecionados pelo 
predicador) e sobre o papel das vírgulas na estrutura sintática. 
Semana 2 – Uma visão sobre Termos Essenciais e Termos 
Acessórios 
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34 
Com predicados verbo-nominais, temos frases com mais de um predicador: um verbo 
selecionando seus argumentos interno e externo e um nome predicando, atribuindo uma 
característica, a um nome, seja ele sujeito ou complemento. 
Convém, neste momento, sintetizar o que classificamos como termos essenciais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.1.2 Termos Acessórios 
 
Produzimos na oralidade, na escrita, escutamos e lemos frases com informações para 
além do que o predicador verbal ou predicativo do sujeito exige. Aqui, estamos falando sobre 
os termos acessórios, aqueles que aparecem em frases para especificar alguns sintagmas, 
inteiros argumentos ou, até mesmo, frases completas, para fornecer um nível maior de 
informação, algo recorrente em textos jornalísticos, por exemplo. Os termos acessórios nãomudam a estrutura sintática de frases, estas estão completas quando seus predicadores já 
fizeram suas devidas seleções. Os termos acessórios fornecem um nível maior de 
informação em prol de um discurso mais rico. Vejamos as seguintes frases: 
 
(54) Nesta manhã, a comunidade médica informou aos pacientes sobre os riscos da COVID-
19. 
(55) O bolo do aluno estava delicioso. 
(56) Guilherme, um grande amigo, considera o remédio inapropriado para o tratamento. 
(57) Paulo, invista mais em sua saúde. 
 
Vejamos bem. Em (54), a partir de reflexões já realizadas nesta apostila, sabemos 
que [a comunidade médica] é o argumento externo selecionado pelo verbo predicador 
informar, que também seleciona os argumentos internos [aos pacientes] e [sobre os riscos 
Argumento Externo Sujeito 
Argumento Interno (-P) Objeto Direto 
Argumento Interno (+P) Objeto Indireto 
Predicativo do Sujeito Predicativo do Sujeito 
Complemento Nominal Complemento Nominal 
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35 
da COVID-19] para completar o sentido da frase. No entanto, o que temos a dizer sobre o 
item em negrito, [nesta manhã]? 
Podemos dizer que [nesta manhã] é um adjunto adverbial de tempo, termo que 
modifica e especifica a ação verbal, informando que foi em uma manhã específica que houve 
um pronunciamento informativo da comunidade médica, sobre os riscos trazidos pela 
COVID-19. Sabemos, ademais, que [nesta manhã] não é selecionado pelo verbo informar, 
portanto, ele só pode ser um termo acessório. 
Em (55), [do aluno] está apontando uma característica acessória para o sintagma [o 
bolo]. A frase não perderia o sentido caso [do aluno] seja retirado da estrutura. Nesse 
sentido, entendemos que o adjunto adnominal, termo capaz de caracterizar outro, não é 
selecionado como pelo predicativo do sujeito, mas aparece, mesmo assim, para dizer algo 
sobre o argumento externo, nesse caso. 
Na frase (56), entendemos que considerar é o predicador que seleciona [Guilherme] 
como argumento externo e os sintagmas [o remédio inapropriado] e [para o tratamento] 
como argumentos internos. Já o aposto, [um grande amigo], uma informação a mais sobre 
[Guilherme], não é selecionado pelo verbo, portanto, é um termo acessório. 
Em (57), [Paulo] está em posição de tópico (como vimos por meio dos testes de 
topicalização) e é acompanhado, mesmo que separado por vírgula, do verbo investir no 
imperativo. A ideia de que uma ordem está sendo dada a Paulo, melhor, a ideia de que 
chamamos a atenção de Paulo para que ele se cuide, coloca [Paulo] como o vocativo da 
frase. Outro termo acessório, já que não é selecionado por nenhum predicador. 
 
A partir dos exemplos, entendemos que adjuntos adverbiais, adjuntos adnominais, 
apostos e vocativos são termos que podem aparecer em frases para especificar, qualificar, 
acrescentar, chamar, entre outras funções, sem que sejam selecionados pelo predicador. 
 
2.2 Complemento Nominal X Adjunto Adnominal 
 
Nesta seção, trabalharemos com dois termos que entram em conflito em exercícios 
classificatórios: o complemento nominal, termo essencial, é constantemente confundido 
com o adjunto adnominal, termo acessório. Os nomes destes termos parecem mais 
complexos do que sua caracterização. 
Consideremos, inicialmente, uma tabela a respeito do complemento nominal. 
 
Marina age igual a mim. *Marina age igual _____ a quem? 
Este livro é inadequado para sensíveis à 
violência gráfica. 
*Este livro é impróprio _____ para quem? 
Vivo próximo a meus tios. *Vivo próximo _____ a quem? 
Tabela 6: o complemento nominal 
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36 
Fonte: elaborada pelas autoras 
 
Na primeira coluna, com o complemento nominal em negrito, entendemos que ele 
vem acompanhado de uma preposição e completa o sentido dos adjetivos igual, inadequado 
e próximo. Na segunda coluna, ao retirar o complemento nominal, as frases tornam-se 
agramaticais, pois o sentido desses adjetivos está incompleto e as frases parecem não 
finalizadas. 
Vejamos o mesmo exercício com adjuntos adnominais. 
 
Dois políticos faltaram à sessão. ___ políticos faltaram à sessão. 
Aqueles políticos faltaram à sessão. ___ políticos faltaram à sessão. 
Os políticos cariocas faltaram à sessão. ___ políticos ___ faltaram à sessão. 
Os políticos do Rio de Janeiro faltaram à sessão. ___ políticos ___ faltaram à sessão. 
Tabela 7: o adjunto adnominal 
Fonte: elaborada pelas autoras 
 
Na primeira coluna, entendemos que os adjuntos adnominais podem ser 
determinantes, como dois, aqueles e os, do nome, especificando os políticos em questão. 
Entendemos, também, que ele pode aparecer com ou sem preposição. Na segunda coluna, 
entendemos que a retirada dos adjuntos adnominais das frases não resulta em uma 
agramaticalidade. Pelo contrário, o sentido completo das estruturas está presente, embora 
sem nenhum tipo de especificação. 
Nesse sentido, assimilamos que o complemento nominal é um termo essencial de 
uma frase, selecionado por algum predicador nominal, não pode ser retirado de estruturas, 
pois sua ausência causa agramaticalidade. Assimilamos, ademais, que o adjunto 
adnominal é um termo acessório de uma frase, não é selecionado por um predicador, pode 
ser retirado de estruturas, pois sua ausência não causa agramaticalidade. 
Dessa forma, reforçamos a ideia de que um exercício de reflexão é mais relevante do 
que o bruto exercício de decorar nomes e funções para classificar complementos nominais 
e adjuntos adnominais: se entendemos que o primeiro é selecionado por um predicador e o 
segundo não, sabemos o que pode ou não ser considerado essencial ou acessório. 
Para finalizar, podemos recapitular algumas características desses termos: 
 
Complemento Nominal Adjunto Adnominal 
É um termo essencial; 
É sempre acompanhado de uma preposição; 
Não pode ser retirado das frases; 
Nunca indica posse. 
É um termo acessório; 
Pode aparecer acompanhado de uma 
preposição ou não; 
Pode ser retirado das frases; 
Pode indicar posse. 
Tabela 8: Diferenças entre complemento nominal e adjunto adnominal 
Fonte: elaborada pelas autoras 
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37 
2.3 Adjuntos Adverbiais e Adnominais 
 
Os adjuntos são termos acessórios com o poder de modificar muitos aspectos de uma 
frase. Por exemplo, um adjunto adverbial pode modificar, intensificar, especificar, entre 
outros, o sentido de um verbo, um adjetivo, um advérbio e, também, uma frase inteira. Um 
adjunto adnominal acompanha um nome para exercer funções semelhantes ao adjunto 
adverbial. A ideia central destes dois termos é que eles vêm juntos, acoplados, a outro 
termo. 
 
2.3.1 Adjunto Adverbial – algumas especificidades 
 
Em manuais educacionais, ao estudar termos acessórios, especificamente adjuntos 
adverbiais, nos deparamos com uma lista infinita de classificações para este termo. Há, 
ainda por cima, divergências em relação a essas classificações: alguns manuais apontam 
mais classificações, outros menos. Pensando nisso, optamos por não trazer uma extensa 
lista de possibilidades do adjunto em questão, trazemos, entretanto, 3 frases que podem 
funcionar como porta de entrada para a compreensão de todos, ou quase, adjuntos 
adverbiais. 
 
Muitas (intensidade) queimadas criminosas ocorreram no pantanal (lugar) nesta semana (tempo). 
 
A corrupção no Brasil não acabou e, na verdade, está longe de acabar. 
 
Como o arroz está caro (condição), não o compraremos hoje. 
 
A partir dos exemplos, compreendemos que o mesmo adjunto adverbial pode abarcar 
uma série de classificações, bem como uma mesma frase acolher diversos adjuntos e 
demais termos não selecionados pelo predicador. Nesse sentido, defendemos que não 
existe a necessidade de decorar as classificações assumidas pelos adjuntos: além de serum exercício cansativo e demorado, é, acima de tudo, um exercício inútil. 
Defendemos, novamente, a compreensão acerca do selecionado pelo predicador. 
Após a identificação e isolamento dos termos essenciais, encontramos os termos acessórios 
oferecendo informações e enriquecimento contextual para as frases. Ao colocar o adjunto 
adverbial como destaque de nossa análise, devemos compreender o que ele está 
modificando e como essa modificação ocorre. 
Com a frase [como o arroz está caro, não o compraremos hoje], muito antes de 
compreender que [como o arroz está caro] é um adjunto de classificação X, entendemos, 
intuitivamente, que essa é uma condição para a não obtenção de um produto. Formalmente, 
a frase conta com um adjunto adverbial dando uma condição para a ação verbal, isto é, um 
adjunto adverbial de condição. 
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38 
Outra forma de compreender o adjunto adverbial dentro de frases é considerar que 
ele pode ser composto por um advérbio (classe gramatical de uma palavra), uma locução 
adverbial (duas palavras que formam, juntas, um único significado), por uma expressão 
adverbial (três palavras que formam um único sentido) ou pela frase inteira. 
Ao olhar para alguns advérbios, como muito, pouco, aqui, ali, ontem, hoje, etc., é 
possível, intuitivamente, eleger o seu sentido. Muito pode indicar quantidade e/ou 
intensidade - possivelmente outro significado também - e, então, temos um adjunto adverbial 
de quantidade e/ou intensidade na frase. Se temos uma locução adverbial de modo 
modificando, justamente, o modo de um verbo… Vocês entenderam a ideia, certo? 
2.3.2 Adjunto Adnominal – algumas considerações 
 
Em frases, o aposto, como veremos de forma mais detalhada na seção seguinte, vem 
para explicar algum outro termo. O adjunto adnominal, ao contrário, acompanha e qualifica, 
por meio da adjetivação, algum nome. Mesmo com características tão distintas, estes dois 
termos são, comumente, confundidos quando o aposto aparece preposicionado em certas 
sentenças. Para dissociar estes termos, convém ilustrarmos suas diferenças nos exemplos 
a seguir: 
 
(58) Ilha de Marajó. 
(59) Casa do Pedro. 
 
Em (58), [de Marajó], adjunto adnominal, acompanha o nome [Ilha] para qualificar e 
especificar o tema do assunto, por exemplo. Em (59), no entanto, temos um aposto 
preposicionado, [do Pedro]. Embora este aposto não apareça separado por pontuação - 
característica elementar do termo em questão -, expandir a frase pode ser um exercício 
esclarecedor: 
 
(60) Aquela casa, do Pedro, é muito bonita! 
 
2.4 Aposto e Vocativo 
 
Dando continuidade ao estudo sobre os termos acessórios, neste momento, 
compreenderemos um pouco mais sobre o aposto e o vocativo. 
 
2.4.1 Aposto 
 
 O aposto, conforme apresenta Cegalla (2008, p. 365), é “uma palavra ou expressão 
que explica ou esclarece, desenvolve ou resume outro termo da oração” (grifo nosso). 
Bechara (2009), completando a apresentação anterior, postula que o aposto também tem 
função enumerativa, distributiva e circunstancial. Ademais, entendemos o aposto como 
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capaz de ampliar, recapitular e comparar. Ainda podemos apresentar mais algumas 
especificações do aposto, como: esta categoria é separada dos outros termos da oração por 
pausas marcadas por pontuação (vírgulas, dois-pontos ou travessões) e, por fim, o aposto 
não é um termo essencial de frases, mas, sim, um termo acessório. Visando a uma melhor 
visualização deste termo, consideremos alguns exemplos: 
 
(61) Bruno, diretor geral da escola, alertou os pais à importância de acompanhar as 
crianças durante o ano letivo. 
(62) Então, falando com nervosismo, o advogado, recém formado em direito, argumentou 
frente ao juiz. 
(63) A apresentadora do programa da noite, favorita de toda a audiência brasileira, 
chegou alguns minutos atrasada e perdeu a abertura. 
(64) Argumentar, justificar, esclarecer e explicar, nada foi capaz de resolver o problema 
com os vizinhos. 
(65) Os brunches de domingo contam sempre com comidas deliciosas: patês, pães, 
geleias, frutas e tortas doces. 
(66) E, assim, proferiu o juiz toda a sentença aos dois grupos presentes, uns cumpririam 
15 anos, outros, 18. 
(67) Nossos sonhos, imbróglios de desejos jamais concretizados e de questões não 
resolvidas, falam mais de nós do que imaginamos. 
(68) Assim, todos os artistas do canal, estrelas vitoriosas do Troféu Imprensa 2020, foram 
convidados à festa de fim de ano da emissora. 
(69) Risadas, abraços, carinhos e trocas de afetos, tudo foi visto na festa. 
(70) Minha cabeça, confusão de sentimentos e ansiedades, não estava funcionando bem 
quando tomei a decisão. 
 
A partir dos exemplos, é possível observar que muitos apostos parecem exercer o 
mesmo sentido, embora nossa intenção tenha sido acompanhar a lista de especificações 
apontada anteriormente. Dessa forma, para realizar a classificação de um aposto, é preciso 
considerar o contexto da frase inteira. 
 
2.4.2 Vocativo 
 
O vocativo é o termo acessório que, de certa forma, assume a segunda pessoa do 
discurso (tu/você), pois é a partir dela que invocamos, chamamos e ordenamos, entre outras 
ações, um interlocutor, seja ele uma pessoa, animal ou alguma personificação. Cabe dizer 
que o vocativo é um termo que não está ligado ao argumento externo, ao predicador e nem 
ao argumento interno. Este é um termo a parte na frase. Vejamos, pois, alguns exemplos: 
 
(71) João, você pode vir aqui? 
(72) Senhor presidente, cuide melhor de nosso país! 
(73) Sol, diminua a intensidade, por favor! 
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Uma importante característica desses dois termos é que verbos não fazem parte de 
sua composição. Ao inserir verbo em um aposto, temos, então, uma oração apositiva. Este 
será o tópico do Módulo III de nossa apostila: períodos compostos, isto é, frases com mais 
de um verbo, e como eles são formados. 
2.5 A Vírgula e a Estrutura Sintática 
 
 A vírgula é um sinal de pontuação que pode assumir uma série de funções dentro de 
frases. Inicialmente, convém mencionar que há três funções que merecem destaque: 
 
- Nunca devemos considerar a pausa feita ao respirar para inserir vírgulas em frases. Esse 
costume não passa de uma representação no imaginário das pessoas. 
 
- Não devemos separar, por vírgulas, argumento externo do verbo predicador. Essa função 
pode ser “quebrada” por termos acessórios que se encontram intercalados. Vejamos: 
 
(74) A comunidade médica, nesta manhã, informou os pacientes sobre os impactos da 
COVID-19 (intercalação do adjunto adverbial). 
(75) Pesquisadores, conforme combinado, combatem a desinformação em nome da 
ciência (intercalação de conjunções). 
(76) Os professores falaram sobre a importância das matas, ou seja, sobre como devemos 
evitar queimadas acidentais (intercalação de termos explicativos ou corretivos). 
 
- Não devemos separar o verbo predicador de seu argumento interno. 
 
Vejamos, a seguir, outras funções para o uso da vírgula. 
 
2.5.1 Inversão 
 
• Do adjunto adverbial: Nesta manhã, a comunidade médica informou os pacientes 
sobre os impactos da doença. 
 
• Dos objetos pleonásticos antepostos: À ciência, todo respeito lhe deve ser 
oferecido. 
 
• Do nome do lugar antes da data: Belo Horizonte, 10 de outubro de 2020. 
 
2.5.2 Coordenação em Enumeração 
 
Foi ao supermercado comprar frutas, verduras e vegetais, menos arroz. 
 
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2.5.3 Elipse Verbal 
 
Liza leu terror e João, drama. (Aqui, a vírgula evitou a repetição do verbo) 
 
2.5.4 Separação do Aposto 
 
O professor, preocupado com a situação do país, falou sobre a importância das matas 
 
2.5.5Isolamento do Vocativo 
 
Guilherme, continue fazendo um bom trabalho. 
 
 
Nos encontramos na próxima semana. 
Bons estudos! 
 
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virtual e assista ao vídeo “Aula 3”. 
 
3.1 O que é um Período Composto? 
 
No primeiro módulo desta apostila, vimos que frases são toda e qualquer estrutura 
produzida na língua, e agora as tomamos como uma ideia completa finalizada com ponto, 
que pode ser estruturada, por exemplo, da seguinte maneira: 
(77) Olá! 
(78) O presidente equivocou-se publicamente ao falar sobre um assunto que não domina. 
Assim, entendemos que frases podem ser estruturas produzidas sem a presença de 
verbo (frases nominais) e podem ser estruturas produzidas com um ou mais verbos (período 
simples e período composto). No entanto, ao lidarmos com o termo orações, entendemos 
que (78) pode ser considerada uma, mas (77) não. Orações, nesse sentido, são toda e 
qualquer estrutura produzida na língua com a presença de pelo menos um verbo. Se há 
apenas um verbo na estrutura, temos um período simples, conforme já estudamos. Se há 
dois verbos na estrutura, temos um período composto. 
Neste módulo, trabalharemos especificamente com o período composto. Este pode 
abarcar as chamadas orações coordenadas (assindéticas e sindéticas) e orações 
subordinadas (extensa lista de classificações). Vejamos, agora, como pode ser possível 
compreender melhor essas orações sem contar, é claro, com a necessidade de memorizar 
amplas nomenclaturas. 
 
3.2 Coordenação e Subordinação 
 
De início, apontamos que em orações subordinadas, como o próprio nome antecipa, 
há uma relação de subordinação e dependência entre a oração matriz (principal) e a oração 
subordinada. Aqui, a subordinada se apoia na matriz, para completar e estabelecer o sentido 
Objetivos 
Neste módulo, retomaremos alguns conceitos tratados 
anteriormente para estudarmos, especificamente, o período 
composto e o que esta classificação comporta: orações 
coordenadas e orações subordinadas. 
Semana 3 – Período Composto: Coordenação e Subordinação 
 
 
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completo da frase, já que não há sentido nas frases isoladas. Em relação às orações 
coordenadas, com estas não existe uma relação de dependência, mas, sim, de 
independência entre as orações. 
3.2.1 Coordenação 
 
Para Bechara (2009), o que caracteriza a coordenação é 
 
“a circunstância de que unidades combinadas são equivalentes do ponto de 
vista gramatical, isto é, uma não determina a outra, de modo que a unidade 
resultante da combinação é também gramaticalmente equivalente às unidades 
combinadas” (grifo nosso) 
 
Compreendemos, então, que as orações coordenadas compõem o período composto 
de forma autônoma, isto é, não precisamos da primeira para inferir o sentido da segunda ou 
vice versa. Mais importante do que estabelecer sentido, na sintaxe, a independência das 
orações coordenadas é pautada no que estamos postulando ao longo de nossa apostila: 
uma oração coordenada não é termo essencial da outra, não é selecionada pelo predicador. 
Agora, veremos mais sobre a estrutura das orações coordenadas, que se dividem em 
dois grupos: orações assindéticas, que não contam com a presença de uma conjunção para 
ligar as orações, e orações sindéticas, marcadas pela união das orações por meio da 
conjunção. Basta pensarmos na palavra sindetos, que significa, grosso modo, presença de 
conjunções, e no prefixo de negação "a". Assindéticas, então, são orações que negam a 
presença de conjunções. Comecemos por elas. 
 
• Orações Assindéticas 
 
Orações assindéticas são orações coordenadas que não são combinadas por meio 
de um elemento de ligação, como conjunções. Observe, agora, algumas orações 
assindéticas: 
(79) Eu corri pela manhã, ele correu pela tarde. 
(80) O preço do arroz subiu, o salário do povo não. 
(81) Um Ministro defende o Sistema de Saúde, Paulo não tem este costume. 
 
Em (79), a oração [eu corri pela manhã] é equivalente a [ele correu pela tarde]. Se 
tivéssemos apenas uma das orações, teríamos, de toda forma, um contexto completo. No 
caso de (79), o que pode causar estranhamento é o mesmo verbo repetido nas duas 
orações, ainda que com flexões distintas. Uma estratégia para evitar esse estranhamento 
seria lançar mão da elipse, que, como já sabemos, é uma artimanha para que o verbo não 
seja repetido, como ocorre em (80). Em (81), temos uma oração com dois verbos distintos, 
defender e ter, coordenados no período. 
 
 
 
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• Orações Sindéticas 
 
Apostos, advérbios e locuções adverbiais devem ganhar mais espaço no ensino como 
possíveis colaboradores de uma compreensão mais intuitiva e menos “decorável”. De fato, 
como todos esses termos, as conjunções, itens de ligação em orações sindéticas, também 
podem assumir mais de uma função a depender do contexto. No entanto, se observamos, 
de forma atenta, ao que as conjunções estão ligando, conseguimos entender o sentido da 
oração sindética sem decorar termos como orações sindéticas adversativas. Observe as 
frases a seguir para comprar nossa posição anti-memorização. 
(82) Corri e cansei. 
(83) Corri, entretanto não me cansei hoje. 
(84) Ora assisto a um filme, ora faço as atividades domésticas. 
(85) O preço do arroz aumentou, portanto não o compraremos. 
(86) O ar das cidades está seco, pois há diversas queimadas pelo Brasil. 
 
Em (82), o período composto foi formado por dois verbos unidos pela conjunção [e]. 
Correr e cansar são dois eventos independentes naturalmente não conectados. No entanto, 
a conjunção contabiliza a ação de cansar como efeito de correr e, então, temos uma soma 
de eventos. 
Diferentemente de (82), a conjunção do exemplo (83) aponta para uma ideia 
completamente oposta do construído anteriormente: [entretanto] não soma eventos, cria um 
distanciamento entre eles: apesar de ter corrido, o sujeito das ações propostas no período 
não se cansou. Temos, aqui, a ideia de contraste. 
Em (84), a conjunção [ora...ora] aponta uma alternativa para a realização da ação de 
assistir a um filme ou fazer uma tarefa doméstica. De forma semelhante, a conjunção 
[portanto], em (85), estabelece uma relação de consequência - o aumento do preço do arroz 
fez com que seu consumo fosse reduzido. 
No período composto ilustrado em (86), a conjunção [pois] justifica e explica a 
postulação do verbo de ligação estar. A partir dela, entendemos [diversas queimadas pelo 
Brasil] como a causa de [o ar das cidades está seco], consequência das queimadas. 
Agora, é importante considerar que essas conjunções nem sempre construirão a 
mesma ideia. Observe. 
(87) Vejamos, pois, os exemplos tratados a seguir. 
 
Em (87), a conjunção [pois] não está justificando ou explicando algum contexto, mas, 
sim, exercendo a função de chamar a atenção do leitor para o que será tratado em seguida. 
Então, estudante, agora que temos sua atenção: invista em entender o sentido da conjunção 
que está ligando as orações e busque compreender como ela auxilia, de modo geral, a 
construir o processo de significação do período inteiro. 
 
 
 
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3.2.2 Subordinação 
 
Na apresentação de nossa apostila, deixamos claro que a Nomenclatura Gramatical 
Brasileira (NGB), há alguns anos, forneceu ao mundo uma receita extensa de nomenclaturas 
extensas e ambíguas para o estudo do período composto, principalmente para a 
subordinação. 
Aqui, seguimos defendendo que não é preciso memorizar títulos para compreender 
um período. Evidentemente, provas e muitos exercícios classificatórios cobram que 
saibamostodas as nomenclaturas e que saibamos, imediatamente, como fornecer exemplos 
para explicá-las. Nossa proposta para esta seção é que a partir dos períodos compostos e 
da retomada da compreensão de termos que aprendemos, seja possível inferir e classificar 
a função sintática da oração subordinada. Então, à luz de Bechara (2009), trataremos a 
oração subordinada como aquela que 
“consiste na possibilidade de uma unidade correspondente a um estrato superior 
poder funcionar num estrato inferior, ou em estratos inferiores. É o caso de uma 
oração passar a funcionar como “membro” de outra oração (...)” 
 
Nesse sentido, a oração subordinada é aquela que completa o sentido da oração 
matriz (principal) ao auxiliar na produção de sentido de todo o período (orações adjetivas e 
adverbiais). A oração subordinada substantiva, no entanto, atua como termo essencial. Ao 
contrário das orações coordenadas, a oração matriz é dependente da subordinada 
(substantiva, adjetiva e adverbial) e vice versa. 
Ainda, a subordinação exerce uma função sintática dentro do período composto, isto 
é, uma oração subordinada substantiva, por exemplo, assume uma das funções que já 
conhecemos: sujeito, objeto direto, objeto indireto, aposto, complemento nominal e 
predicativo do sujeito. A oração subordinada adjetiva assume a função de adjunto 
adnominal ao restringir, caracterizar e reduzir termos. Por fim, a oração subordinada 
adverbial acomoda advérbios de causa, comparação, concessão, entre outros, para explicar 
o sentido dos verbos presentes no período. 
Todas essas funções aparecem em períodos simples sem a presença de um verbo. 
Ao inserir o verbo, há, então uma subordinação. Nesse sentido, estudante, tudo que você 
viu até o momento, nesta seção, será utilizado com o intuito de formar períodos compostos 
ao inserir um verbo que é capaz de exercer as supracitadas funções sintáticas. 
 
 
 
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• Orações subordinadas substantivas 
 
As orações subordinadas substantivas são aquelas que exercem a função sintática 
de sujeito, objeto direto, objeto indireto, aposto, complemento nominal e predicativo 
do sujeito. Observemos, a seguir, algumas delas. 
 
(88) Não é possível 
que ele assuma o poder 
novamente 
Oração Subordinada 
Substantiva Subjetiva 
 
Neste período, a oração subordinada [que ele assuma o poder novamente] atua como 
o sujeito da oração matriz [não é possível], isto é, como termo essencial. Há, nesse 
segmento, uma relação de dependência entre as orações para que o todo o período faça 
sentido e complete as exigências dos predicadores. 
 
(89) O Ministro disse 
que não saíram asneiras da sua 
boca 
Oração Subordinada 
Substantiva Objetiva Direta 
 
Em (89), a oração matriz [O Ministro disse] tem o verbo biargumental não 
preposicionado, e, por isso, nos perguntamos “o que o Ministro disse?”. A oração 
subordinada, selecionada pelo verbo dizer, responde, sem contar com uma preposição em 
sua estrutura, à pergunta: [que não saíram asneiras da sua boca]. Toda a oração 
subordinada funciona como um objeto direto para completar o sentido do verbo dizer. 
 
(90) O povo necessita de que Guilherme mude a cidade. 
Oração Subordinada 
Substantiva Objetiva Indireta 
 
Em (90), o verbo necessitar exige algo. Neste caso, a oração subordinada [de que 
Guilherme mude a cidade] atende a exigência do predicador na condição de objeto indireto. 
Veja bem: [de que guilherme mude a cidade] é o algo que o povo necessita. Então, temos 
uma oração com preposição completando o sentido do verbo predicador da oração matriz. 
Aqui, não preciso saber que esta é uma oração subordinada substantiva objetiva indireta. 
Precisamos, de fato, entender que há uma oração completando o sentido da outra ao exercer 
a função de objeto indireto. 
 
(91) 
O homem revelou à 
sua namorada seu 
maior sonho: 
que lutassem pelo mesmo coletivo 
socialista. 
Oração Subordinada 
Substantiva Apositiva 
 
 
 
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Lembrando que o aposto é um termo acessório que fornece mais informações sobre 
um determinado termo ou contexto e, acima de tudo, é marcado pela presença de 
pontuação, seja por vírgulas, travessões ou dois pontos, entendemos que [que lutassem 
pelo mesmo coletivo socialista] tem a função sintática de aposto. No entanto, também 
afirmamos que um aposto, na verdade, se torna uma oração ao acomodar um verbo em sua 
estrutura, como é o caso de (91). O verbo fez com que o aposto se tornasse uma oração 
apositiva, isto é, uma oração que exerce a função sintática de aposto. 
 
(92) 
Este livro despertou 
interesse para 
que nós pesquisemos sobre 
sensibilidade à violência doméstica 
Oração Subordinada 
Substantiva Completiva 
Nominal 
 
Em (92), [este livro despertou interesse para] é a oração matriz e [que nós 
pesquisemos sobre a sensibilidade à violência doméstica] é a oração subordinada que 
complementa o nome [interesse]. 
 
(93) O problema é que a paciência do povo acabou. 
Oração Subordinada 
Substantiva Predicativa 
 
Neste exemplo, o verbo de ligação [é] compõe a oração matriz com o sujeito [o 
problema]. A oração subordinada, [que a paciência do povo acabou], exerce a função 
sintática de predicativo do sujeito (com o acréscimo do verbo acabar), completando o sentido 
do período. 
Para finalizar esta subseção, trazemos um quadro com o tratamento da NGB para 
com as orações subordinadas substantivas seguido do que consideramos necessário 
durante uma análise sintática: perceber a função sintática de uma oração e como essa 
função contribui para o sentido do período é compreender as exigências feitas pelo 
predicador. Esse exercício auxilia no entendimento e caracterização da oração subordinada 
substantiva sem que haja a necessidade de memorizar extensas nomenclaturas. 
 
 
 
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Pró-Reitoria de Extensão 49 
Frase Como é para a NGB? O que é preciso? 
(88) 
Oração Subordinada 
Substantiva Subjetiva 
Entender que a subordinada exerce a função de sujeito 
selecionado pelo predicador. 
(89) 
Oração Subordinada 
Substantiva Objetiva 
Direta 
Entender que a subordinada exerce a função de objeto direto 
selecionado pelo predicador (verbo biargumental não 
preposicionado). 
(90) 
Oração Subordinada 
Substantiva Objetiva 
Indireta 
Entender que a subordinada exerce a função de objeto indireto 
selecionado pelo predicador (verbo biargumental 
preposicionado). 
(91) 
Oração Subordinada 
Substantiva Apositiva 
Entender que a subordinada exerce a função de aposto, um 
termo acessório, não selecionado por um predicador. 
(92) 
Oração Subordinada 
Substantiva Completiva 
Nominal 
Entender que a subordinada exerce a função de complemento 
nominal, um termo essencial, selecionado por um predicador 
nominal (predicativo do sujeito ou predicado verbo-nominal) 
(93) 
Oração Subordinada 
Substantiva Predicativa 
Entender que a subordinada exerce a função de predicativo do 
sujeito, termo essencial. 
Tabela 9: NGB X o que é preciso para entender uma coordenada substantiva 
Fonte: elaborada pelas autoras 
 
• Orações subordinadas adjetivas 
Orações subordinadas adjetivas são aquelas que exercem a função de adjetivar - de 
alguma maneira - a oração matriz do período composto. Elas podem restringir, caracterizar 
(explicar) e reduzir com o uso de infinitivo, gerúndio e particípio. Vejamos como isso ocorre 
a partir das seguintes frases: 
(94) Os hospitais que têm leito são do governo. 
(95) Os hospitais, que têm leito, são do governo. 
(96) É vergonhoso não votar. 
(97) Vi uma moça correndo. 
(98) Aprovadas as alterações, o trabalho pode ser publicado. 
 
Repare, aqui, na diferença entre os exemplos (94) e (95). [que têm leito], na primeira, 
delimita um grupo “somente os hospitais que têm leito”. Na segunda, a mesma expressão, 
isolada por vírgulas, caracteriza/explica a condiçãode um grupo. Temos, dessa forma, uma 
oração adjetiva restritiva e uma oração explicativa, respectivamente. 
De (96) a (98), encontramos as chamadas orações reduzidas: de infinitivo (verbo sem 
nenhum tipo de flexão), de gerúndio (verbo terminado em -NDO) e de particípio (verbo 
terminado em -ADO e -IDO). 
 
 
 
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Pró-Reitoria de Extensão 50 
Frase Como é para a NGB? O que é preciso? 
(94) 
Orações Subordinadas Adjetivas 
Restritivas 
Entender que a subordinada delimita um 
determinado grupo. 
(95) 
Orações Subordinadas Adjetivas 
Explicativas 
Entender que a subordinada explica ou 
caracteriza um determinado grupo. 
(96) 
Orações Subordinadas Adjetivas 
Reduzidas de Infinitivo 
Entender que a subordinada possui um infinitivo 
em sua composição. 
(97) 
Orações Subordinadas Adjetivas 
Reduzidas de Gerúndio 
Entender que a subordinada possui um 
gerúndio em sua composição. 
(98) 
Orações Subordinadas Adjetivas 
Reduzidas de Particípio 
Entender que a subordinada possui um 
particípio em sua composição. 
Tabela 10: o que é preciso para entender uma coordenada adjetiva 
Fonte: elaborada pelas autoras 
 
• Orações subordinadas adverbiais 
Estas orações podem ser compreendidas da mesma forma que explicamos o adjunto 
adverbial, porém, com o acréscimo do verbo na estrutura: se temos um advérbio, uma 
locução adverbial ou uma expressão adverbial acompanhada pelo verbo temos, então, 
uma oração subordinada adverbial completando o sentido da oração matriz. 
Uma outra forma para entender essas orações é fazer uma descrição do que estamos 
observando: 
 
 
 
Oração subordinada adverbial de causa 
 
 
 
 
 
 
Advérbios de causa, comparação, concessão, 
condição, conformidade, consequência, 
finalidade, proporção e tempo são recorrentes 
na formação dessas orações. 
período 
com 
verbo 
se une a 
oração 
matriz para 
completar 
as seleções 
do 
predicador e 
o sentido da 
união 
presença 
de um 
advérbio 
modifi-
cando 
um 
verbo 
caracte-
rística 
do 
advérbio 
 
 
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Pró-Reitoria de Extensão 51 
(99) Não saímos porque estava frio. 
 
 
 
 
 
Nesse sentido, em (99), [porque] é o advérbio da oração subordinada que modifica o 
verbo estar flexionado e indica a causa da situação. 
Vejamos, agora, alguns outros exemplos: 
(100) Se chover, ficarei em casa com a companhia de um bom livro. 
(101) Estou tão ansioso como você já esteve. 
 
Em (100), um pouco diferente do que vimos até então, temos uma oração 
subordinada no início da frase. Nela, o advérbio [se] aponta para uma condição da ação de 
[ficar em casa]. No período estipulado em (101), o par [tão] e [como] atuam, paralelamente, 
para apontar uma comparação entre os sujeitos das ações verbais. 
 
 
Atividade: Para concluir o curso e gerar o seu 
certificado, vá até a sala virtual e responda ao 
“Questionário Final”. 
A média exigida é de 60%. 
 
 
 
Parabéns pela conclusão do curso. Foi um prazer tê-lo conosco! 
 
 
 
 
 
 
 
 
elemento 
de 
negação 
verbo da 
oração 
matriz 
advérbio 
indicando 
causa da 
ação (ou 
falta dela) 
verbo da 
oração 
subordi-
nada 
predicati-
vo do 
sujeito 
 
 
Instituto Federal de Minas Gerais 
Pró-Reitoria de Extensão 52 
 
 
 
 
 
 
 
 
53 
Referências 
 
ARAÚJO, Annyelle de Santana. AS NOÇÕES DE ENUNCIADO PARA BAKHTIN, 
FOUCAULT E PÊCHEUX DOI: 10.5216/lep.v18i1.35042. Linguagem: Estudos e 
Pesquisas, v. 18, n. 1, 17 abr. 2015. 
BAKHTIN, Mikhail (Volochinov). Estética da criação verbal. Tradução de Maria Ermantina 
Galvão G. Pereira. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997. 
BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37.ed. revista, ampliada e 
atualizada conforme o novo Acordo Ortográfico. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009. 
CASTILHO, Ataliba de. Nova gramática do português brasileiro. São Paulo: Contexto, 
2014. 
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. 48.ed. 
revisada. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008. 
 
KATO, Mary A.; NASCIMENTO, Milton do. Gramática do Português Culto Falado no 
Brasil: a Construção da Sentença. São Paulo: Contexto, 2015. 
KENEDY, Eduardo; OTHERO, Gabriel de Ávila. Para Conhecer Sintaxe. São Paulo: 
Contexto, 2018 
XAVIER, Gláucia do Carmo; OLIVEIRA, Kelly Cesário de. Marcação de aspecto gramatical 
nos verbos de ligação: uma análise morfológica. Scripta, v. 24, n. 51, p. 210-237, 23 set. 
2020. 
 
 
 
 
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Currículo das autoras 
 
 
 
 
 
 
Feito por (professora-autora) Data Revisão de layout Data Versão 
Gláucia do Carmo Xavier 
Kelly Cesário de Oliveira 
15/10/2020 Viviane Lima Martins 09/02/2021 1.0 
 
Gláucia do Carmo Xavier é doutora em Linguística e Língua Portuguesa pela 
PUC Minas (2016) e mestre em Educação também pela PUC Minas (2008). 
Realizou estágio de pós-doutorado na área de Sintaxe Gerativa, sobre 
gramática mental, pelo Programa de Pós-graduação em Estudos da 
Linguagem da UFF (2019). Possui duas especializações: Psicopedagogia 
Clínica pela UVA (2006) e Psicopedagogia Institucional pela Universidade 
Grande Rio (2007). É licenciada em Letras pelo UNI-BH (2002) e desde 2010, 
é professora, em regime de dedicação exclusiva, no Instituto Federal de Minas 
Gerais (IFMG). Atualmente, compõe o corpo docente do Programa de Pós-
graduação Strictu-Sensu em Educação Profissional e Tecnológica 
(PROFEPT), além de lecionar Língua Portuguesa e disciplinas afins para o Ensino Médio Técnico Integrado 
e cursos superiores do IFMG. Ao longo dos vinte e dois anos como professora, atuou em todos os 
segmentos, desde a Educação Infantil à Pós-graduação. É líder do grupo de estudos GEPET (Grupo de 
Estudos e Pesquisas em Educação Profissional e Tecnológica), coordena dois projetos de pesquisa sobre 
estudos gramaticais e um projeto de ensino sobre escrita da redação do Enem, ambos com apoio do 
Programa Institucional de Bolsas do IFMG. É organizadora e autora de seis obras, sendo duas sobre 
gramática mental, além da autoria em vários capítulos de livros e artigos em revistas científicas. 
 
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7280286769320051 
 
 
Kelly Cesário de Oliveira possui Licenciatura Plena em Letras - 
Português/Inglês - pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais 
(2019) e Bacharelado em Letras (2020) pela mesma instituição. Atualmente, 
é mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos da 
Universidade Federal de Minas Gerais (POSLIN/UFMG), bolsista da 
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), 
estudante no grupo de pesquisa Estudos em Linguagem e Cognição (eLinC) 
e, também, estudante no grupo de pesquisa Cognição, Processamento e 
Aquisição de Linguagem (CogProA), vinculado ao laboratório de 
Psicolinguística da UFMG. 
 
 
 
 
 
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/5118749027628608 
http://lattes.cnpq.br/7280286769320051
http://lattes.cnpq.br/5118749027628608
 
 
 
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57 
Glossário de códigos QR (Quick Response) 
 
 
 
Mídia digital 
Aula 1 / Semana 1 
 
 
Mídia digital 
Aula 2 / Semana 2 
 
 
 
 
 
Mídia digital 
Aula 3 / Semana 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
58 
 
 
 
 
 
Plataforma +IFMG 
Formação Inicial e Continuada EaD 
 
 
 
 A Pró-Reitoria de Extensão (Proex), neste ano de 
2020 concentrou seus esforços na criação do Programa 
+IFMG. Esta iniciativa consiste em uma plataforma de cursos 
online, cujo objetivo, além de multiplicar o conhecimento 
institucional em Educação à Distância (EaD), é aumentar a 
abrangência social do IFMG, incentivando a qualificação 
profissional. Assim, o programa contribui para o IFMG cumprir 
seu papel na oferta de uma educação pública, de qualidade e 
cada vez mais acessível. 
 Para essa realização, a Proex constituiu uma equipe 
multidisciplinar, contando com especialistasem educação, 
web design, design instrucional, programação, revisão de 
texto, locução, produção e edição de vídeos e muito mais. 
Além disso, contamos com o apoio sinérgico de diversos 
setores institucionais e também com a imprescindível 
contribuição de muitos servidores (professores e técnico-
administrativos) que trabalharam como autores dos materiais 
didáticos, compartilhando conhecimento em suas áreas de 
atuação. 
A fim de assegurar a mais alta qualidade na produção destes cursos, a Proex adquiriu 
estúdios de EaD, equipados com câmeras de vídeo, microfones, sistemas de iluminação e 
isolação acústica, para todos os 18 campi do IFMG. 
Somando à nossa plataforma de cursos online, o Programa +IFMG disponibilizará 
também, para toda a comunidade, uma Rádio Web Educativa, um aplicativo móvel para 
Android e IOS, um canal no Youtube com a finalidade de promover a divulgação cultural e 
científica e cursos preparatórios para nosso processo seletivo, bem como para o Enem, 
considerando os saberes contemplados por todos os nossos cursos. 
 Parafraseando Freire, acreditamos que a educação muda as pessoas e estas, por 
sua vez, transformam o mundo. Foi assim que o +IFMG foi criado. 
 
 
 
O +IFMG significa um IFMG cada vez mais perto de você! 
 
 
 
Professor Carlos Bernardes Rosa Jr. 
Pró-Reitor de Extensão do IFMG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características deste livro: 
Formato: A4 
Tipologia: Arial e Capriola. 
E-book: 
1ª. Edição 
Formato digital

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