Buscar

Anais_do_1_Simposio_Internacional_da_ABH

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3208 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 3208 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 3208 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1º simpósio Sudeste 
da ABHR 
1º simpósio Internacional 
da ABHR 
 
 
 
 
 
 
Diversidades e 
(in)tolerâncias religiosas 
 
 
 
 
 
Anais 
 
 
 
 
 
 
 
 
Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Fº (org.). 
 
ISSN - 2318-518X 
 
São Paulo, 2013 
Anais do 1º Simpósio Sudeste da ABHR / 
1º Simpósio Internacional da ABHR 
 
 
 
Tema: Diversidades e (in)tolerâncias religiosas 
Local: FFLCH/USP, 29 a 31 de outubro de 2013 
São Paulo, São Paulo, Brasil 
 
ABHR – Associação Brasileira de História das Religiões 
Anais na internet disponíveis em http://www.abhr.org.br/?page_id=1568 
Caderno de Programação e Resumos: disponível na internet em 
http://www.abhr.org.br/?page_id=1593 
 
A Comissão Editorial se responsabilizou pela revisão da formatação dos textos 
de acordo com as normas de edição do evento. Eventuais erros ortográficos, 
assim como o conteúdo dos textos e imagens, são de inteira responsabilidade 
dos/as autores/as. Foram publicados textos de Minicursos (MCs) e de Grupos de 
Trabalho (GT) nestes Anais. 
 
 
 
Maranhão Fº, Eduardo Meinberg de Albuquerque (org.). 
2013 
Anais do 1º Simpósio Sudeste da ABHR / 1º Simpósio 
Internacional da ABHR – Diversidades e (in)tolerâncias religiosas 
/ Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Fº (org.); 3110 p. 
 
 
1. 1º Simpósio Sudeste da ABHR / 1º Simpósio Internacional 
da ABHR. 
2. Diversidades e (in)tolerâncias religiosas. 
I. Maranhão Fº, Eduardo Meinberg de Albuquerque (org.). II. 
Título. 
II. 2318-518X 
 
http://www.abhr.org.br/?page_id=1568
http://www.abhr.org.br/?page_id=1593
Associação Brasileira de História das Religiões 
– ABHR 
 
Presidente 
Wellington Teodoro da Silva, PUC/MG 
 
 
 
 
 
 
Secretário de divulgação 
Daniel Rocha, UFMG 
Tesoureiro 
Ítalo Santirocchi, UFRRJ 
Secretário geral 
Vasni de Almeida, UFT 
 
 
 
Universidade de São Paulo – USP 
 
Reitor 
João Grandino Rodas 
 
Vice-reitor 
Hélio Nogueira da Cruz 
 
Pró-reitora de Cultura e Extensão 
Universitária 
Maria Arminda do Nascimento Arruda 
 
 
 
 
 
Diretor da Faculdade de Filosofia, Letras 
e Ciências Humanas – FFLCH 
Sérgio França Adorno de Abreu 
 
Vice-diretor da FFLCH 
João Roberto Gomez de Faria 
 
Chefe do Departamento de Antropologia 
Vagner Gonçalves da Silva 
 
Chefe do Departamento de História 
Maurício Cardoso
Organização do evento 
 
Coordenação 
Vagner Gonçalves da Silva , USP 
 
Organização Geral 
Eduardo Meinberg de Albuquerque 
Maranhão Fo, USP 
 
 
Comissões 
 
Comissão Organizadora 
• Helena Morais Manfrinato, USP 
• Jacqueline Moraes Teixeira, USP 
• Jacqueline Ziroldo Dolghie, UMESP 
• João Enicelio da Silva, Mackenzie 
• Joelma Santos da Silva, UFMA 
• Rosenilton Silva de Oliveira, USP 
• Sandra Duarte de Souza, UMESP 
• Talita Sene, UFSC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comissão Editorial 
Editor-chefe 
Eduardo Meinberg de Albuquerque 
Maranhão F
o
, USP 
 
Editores/as Assistentes 
• Daniel Rocha, UFMG 
• Ítalo Santirocchi, UFRRJ 
• Joelma Santos da Silva, UFMA 
• Kate Rigo, EST 
• Sandra Duarte de Souza, UMESP 
• Talita Sene, UFSC 
 
Fazendo Arte 
• Andrea Gomes Santiago Tomita, 
Messiânica (coordenação) 
• Juliana Graciani, Messiânica 
• Ricardo Vital, USP 
 
 
Comissão Científica 
• Adone Agnolin, USP 
• Andréa Gomes Santiago Tomita, 
Messiânica 
• Antonio Máspoli de Araujo Gomes, 
Mackenzie 
• Airton Luis Jungblut, PUC/RS 
• Artur César Isaia, UFSC 
• Edgard Leite Ferreira Neto, UERJ 
• Edin Sued Abumanssur, PUC/SP 
• Edlaine Campos Gomes, UniRio 
• Eduardo Gusmão de Quadros, UEG 
• Eliane Moura da Silva, UNICAMP 
• Elizete da Silva, UEFS 
• Elton Nunes, Messiânica 
• Émerson José Sena da Silveira, UFJF 
• Ênio Brito, PUC/SP 
• Etienne Higuet, UMESP 
• Fernando Torres-Londoño, PUC/SP 
• Flávio Augusto Senra Ribeiro, PUC/MG 
• Frank Usarski, PUC/SP 
• Gedeon Freire de Alencar, ICEC 
• Gisele Zanotto, UPF 
• João Marcos Leitão Santos, UFCG 
• José Guilherme Cantor Magnani, USP 
• Paula Montero, USP 
• Karina Kosicki Bellotti, UFPR 
• Lauri Emilio Wirth, UMESP 
• Leonildo Silveira Campos, UMESP 
• Lyndon de Araújo Santos, UFMA 
• Marcelo Tavares Natividade, UFC 
• Magali do Nascimento Cunha, UMESP 
• Maria Luisa Tucci Carneiro, USP 
 
• Maria José Fontelas Rosado-Nunes, 
PUC/SP 
• Mundicarmo Maria Rocha Ferretti, UFMA 
• Sérgio Figueiredo Ferretti, UFMA 
• Silas Guerriero, PUC/SP 
• Solange Ramos de Andrade, UEM 
• Sônia Weidner Maluf, UFSC 
• Wellington Teodoro da Silva, PUC/MG 
• Zwinglio Motta Dias, UFJF 
 
Comissão de Seleção de Pôsteres 
• Lauri Emílio Wirth, UMESP 
• Leonildo Silveira Campos, UMESP 
• Lyndon de Araújo Santos, UFMA 
• Mundicarmo Maria Rocha Ferretti, UFMA 
• Sérgio Figueiredo Ferretti, UFMA 
• Solange Ramos de Andrade, UEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Realização 
Associação Brasileira de História das Religiões – ABHR 
 
 
Patrocínio 
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES 
 
 
Apoio 
• Universidade de São Paulo – USP 
• Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências 
Humanas – FFLCH 
• Casa de Cultura Japonesa – 
CCJ/FFLCH/USP 
• Departamento de Antropologia – 
DA/FFLCH/USP 
• Departamento de Geografia – 
DG/FFLCH/USP 
• Departamento de História – 
DH/FFLCH/USP 
 
 
• Faculdade de Teologia Umbandista – FTU 
• Faculdade Messiânica 
• Programa de Pós-graduação em Ciëncias 
da Religiáo da Universidade Metodista – 
PPGCR/UMESP 
 
 
 
• PLURA, Revista de Estudos de Religião 
da ABHR 
 
 
• Fonte Editorial 
• Editora do Mackenzie 
• Editora Arché 
• Korin 
 
 
• Centro de Estudos de Religiosidades 
Contemporâneas e das Culturas Negras – 
CERNe 
• Grupo de Estudos em Gênero, Religião e 
Política – GREPO – PUC/SP 
• Grupo de Estudos de Gênero e Religião 
Mandrágora – UMESP 
• Núcleo de Antropologia Urbana da USP – 
NAU 
 
 
 
 
 
Créditos 
 
Anais 
 
Organização 
Eduardo Meinberg de Albuquerque 
Maranhão F
o
, USP 
 
Revisão da formatação dos textos 
Daniel Rocha, UFMG 
Ítalo Santirocchi, UFRRJ 
Joelma Santos da Silva, UFMA 
Kate Rigo, EST 
Sandra Duarte de Souza, UMESP 
Talita Sene, UFSC 
 
Diagramação 
Eduardo Meinberg de Albuquerque 
Maranhão F
o
, USP 
Talita Sene, UFSC 
 
Design da capa 
Neon Cunha 
 
 
Créditos gerais do evento 
 
Secretário 
Cleto Junior Pinto de Abreu, USP 
 
Coordenação da leitura de história de 
vida religiosa 
Marcela Boni Evangelista, NEHO/USP 
Mychelle Aguinel, Troupe Drao 
 
Webdesigners 
Carlos Gutierrez, UNICAMP 
Talita Sene, UFSC 
 
 
Designer do material do evento 
Neon Cunha 
 
Arte do evento 
Alexandra Abdala, Arché Editora 
 
 
Financiamentos 
 
Livro Religiões e religiosidades em 
(con)textos (conferências e mesas do 
evento) e subsídio doCaderno de 
Programação e Resumos impresso 
Fonte Editorial 
 
Bolsas 
Faculdade de Teologia Umbandista 
 
CDs 
Faculdade Messiânica 
 
Canetas 
Editora do Mackenzie 
 
Coquetel de lançamento de publicações, 
coffee breaks e águas 
Korin 
 
Apoio financeiro 
GREPO – PUC/SP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
Apresentação . . . . . . . . . . 31 
Minicursos . . . . . . . . . . . 34 
MC 3 – Direito, Estado laico e religião no Brasil: limites, conflitos e 
 convergências . . . . . . . . . . 35 
Direito, Estado laico e religião no Brasil: limites, conflitos e convergências 36 
Carlos Augusto Lima Campos e David Carlos Santos Sarges 
 
MC 4 – Fundamentos da arquitetura islâmica . . . . . 47 
Introdução à arquitetura islâmica . . . . . . 48 
João Henrique dos Santos 
 
MC 6 – História e religiões: teoria e metodologia . . . . . 56 
Teoria e metodologia em História das Religiões. . . . . 57 
Elton de Oliveira NunesMC 9 – Iconografia budista . . . . . . . .
 82 Budismos . . . . . . . . . . 83 
Fernando Carlos Chamas 
 
MC 10 – A Fé Bahá’í: incompreendida e perseguida . . . . 98 
A Fé Bahá’í: incompreendida e perseguida . . . . . 99 
Cristina Angelini Melchior 
 
Grupos de Trabalho . . . . . . . . . . 108 
GT 1 – Bruxaria à brasileira: a presença da Wicca no Brasil . . . 109 
A construção da identidade masculina na Wicca . . . . 110 
Welington Pinheiro 
A Wicca no Recife: uma história . . . . . . . 126 
Karina Oliveira Bezerra 
O Coven: Múltiplas pertenças, legitimação de um discurso histórico 
 
 
e as tipologias clássicas em relação à moderna bruxaria . . . 142 
Celso Luiz Terzetti Filho 
GT 2 – Catolicismo brasileiro: neocristandade e práticas religiosas 
associativas (1889-1964) . . . . . . . . 155 
 
Aggiornamento x continuidade: o choque entre a modernidade e a 
Tradição nas representações e visões de mundo de três Padres 
 Conciliares . . . . . . . . . . 156 
Alfredo Moreira da Silva Júnior 
A Igreja Católica e os mecanismos de atuação no meio rural 
brasileiro (1955- 1964) . . . . . . . 171 
Bruna Marques Cabral 
Congadeiros e hierarquia católica na primeira metade do século 
 XX em Minas Gerais . . . . . . . . 187 
Sueli do Carmo Oliveira 
Notas sobre a atuação da vice-província redentorista de aparecida 
na revolução constitucionalista de 1932. . . . . . 202 
José Tadeu de Almeida 
Os fundadores do Centro Dom Vital . . . . . . 221 
Guilherme Ramalho Arduini 
Os museus de arte sacra da Arquidiocese de Mariana: projetos 
eclesiásticos (1926-1964) . . . . . . . 237 
Riler Barbosa Scarpati 
GT3 – Corpo, cultura e religião . . . . . . . 254 
“Agora eu canto assim...”: impactos da afrofagia neopentecostal 
sobre a Música Popular Brasileira. O caso Bezerra da Silva e o CD 
“Caminho de Luz” . . . . . . . 255 
Patrício Carneiro Araújo, Maria Célia Virgolino Pinto 
A renovação do sacrifício de Cristo: Ritual, práticas corporais e 
experiências afetivas na Santa Missa do Opus Dei . . . . 270 
Asher Grochowalski Brum Pereira 
Corpo e religiosidade: binômio indissociável na construção da 
História da Enfermagem . . . . . . . . 283 
Maria Helena Leviski Alves e Tania Mara da Silva 
Crianças e psicoativos: a ingestão e a relação corpo saúde nos rituais 
 do Santo Daime . . . . . . . . . 292 
Theresa Jaynna de Sousa Feijão, Francisca Verônica Cavalcante 
 
 
Êxtase religioso e sua manifestação: o corpo como um instrumento 
divino . . . . . . . . . . 306 
Cláudia Neves da Silva, Fabio Lanza 
Fala e gestos na glossolalia: observações em uma comunidade da 
renovação carismática católica . . . . . . . 317 
Detian Machado de Almeida 
O grito da Cruz ou o grito da Cultura? . . . . . . 332 
Marcos Teixeira de Souza 
Renascimento iniciatório revelado nos adornos e pinturas da 
 muzenza . . . . . . . . . . 345 
Ivete Miranda Previtalli 
Um “ballet do Espírito”: breve reflexão sobre corporeidade e 
pentecostalismo . . . . . . . . . 359 
Valdevino de Albuquerque Júnior 
Vadeia dois dois,Vadeia no mar, A casa é sua dois dois, Quero ver 
dois dois vadear . . . . . . . . . 373 
Francy Eide Nunes Leal 
GT4 – Dietrich Bonhoeffer: ética e teologia a serviço da vida . . . 395 
Contemporaneidade e Discipulado: Interfaces entre o pensamento 
do humano em Zygmunt Bauman e Dietrich Bonhoeffer . . . 393 
José Nilberto de Oliveira Júnior 
Diálogo entre a filosofia de Friedrich Nietzsche e a teologia de 
Dietrich Bonhoeffer . . . . . . . . 401 
Manoel Ferreira da Silva 
Nadando contra a correnteza: A ação a favor da vida na prática 
pastoral de Dietrich Bonhoeffer . . . . . . . 418 
Sivanildo Ribeiro Martins 
GT5 – “Edificando para Deus”: a arquitetura do sagrado nas suas 
diferentes manifestações . . . . . . . 415 
 
A arquitetura religiosa, entre paradoxos e possibilidades . . . 416 
João Henrique dos Santos 
A Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro: Uma via crúcis de 300 
 anos. . . . . . . . . . . 426 
Estela Maris de Souza 
 
 
A presença dos anjos na Capela de Nossa Senhora das Necessidades . 442 
Fernanda Maria Trentini Carneiro 
Arquitetura e religião: o caso da igreja da Irmandade do 
Santíssimo Sacramento . . . . . . . 457 
Claudia Barbosa Teixeira 
Mística e devoção carmelita: a arquitetura religiosa dos Terceiros 
em Minas Gerais . . . . . . . . . 469 
Nívea Maria Leite Mendonça 
O patrimônio religioso e sua preservação em Nova Iguaçu (RJ) . . 481 
Luiza Georgia Viana Cunha, Nathalia Borghi Tourino Marins 
O significado da luz em templos religiosos – uma análise da 
 influência da luz na arquitetura religiosa .. . . . . 492 
Alfredo Damian Pacher Majul, Camila Szczerbacki Costa, 
Mariana Campos Lima Rocha 
Projeto moderno de globalização da Companhia de Jesus: 
reflexos na arquitetura religiosa da América Portuguesa . . . 503 
Fernanda Santos 
GT6 – Escolas das religiões afro-brasileiras e diálogos . . . . 517 
A dinâmica religiosa do Candomblé em Goiânia a partir da 
hermenêutica da ação humana . . . . . . . 518 
Rodolfo Ferreira Alves Pena 
A diversidade das Religiões Afro-Brasileiras em Curitiba/PR: o 
"mito do embranquecimento" revisitado . . . . . 535 
Camila B. C. Martins, Renata Issa Gomes e Ana Paula Farias 
A presença de valores culturais africanos iorubás nas religiões 
afro-brasileiras . . . . . . . . . 549 
Fernanda Leandro Ribeiro 
Aprendendo yorubá no Ilè Aşé Omi Laare Ìyá Sagbá . . . . 565 
Marta Ferreira e Stela Caputo 
Ciclo do Marabaixo: uma das expressões da religiosidade 
afrodescendente no Amapá . . . . .. . . 581 
Alysson Brabo Antero 
Corpo e saúde: uma perspectiva comparada entre religiões 
afro-brasileiras e neopentecostais. . . . . . . 594 
Érica Ferreira da Cunha Jorge 
 
 
Entre Dois Mundos: entre o pragmatismo da umbanda e o 
salvacionismo espírita . . . . . . . . 605 
Ana Maria Valias Andrade Silveira 
Entre linhas e falanges: A diversidade da umbanda na 
Contemporaneidade . . . . . . . 620 
Saulo Conde Fernandes 
 
Inclassificáveis: arcaísmos nos estudos das religiões afro-brasileiras . . 633 
Antonio José Vieira da Luz 
O catimbó de ontem não é apenas a Jurema de hoje: (in) 
visibilidade da tradição em um culto das Religiões Afro-brasileiras . . 645 
João Luiz Carneiro 
O conceito de Escolas como garantidor da diversidade sem 
prejuízo do fundamento: esoterismo e exoterismos nas tradições 
espirituais afro-brasileiras . . . . . . . 659 
Thomé Sabbag Neto e Rafael Gapski Moreira 
Panorama histórico da formação do campo religioso e 
estabelecimento das religiões afro-brasileiras na sociedade . . . 673 
Silvino Paixão da Silva 
Símbolos e sinais sagrados da Umbanda: o ponto riscado . . . 681 
Osvaldo Olavo Ortiz Solera 
Tambor de Mina: uma abordagem a partir de seus elementos visuais . 699 
Wgercilene Machado Martins 
Tem arruda? Tem guiné e espada? Tem magia e poder! 
Abordagem etnobotânica de três espécies vegetais na rito liturgia 
 das religiões afro brasileiras . . . . .. . . 709 
Wandir Vieira Leal Santos 
Transe, possessão e êxtase religioso nas religiões afro-brasileiras . . 723 
Jociane Neves Negrão 
GT7 – Escolas públicas e (in)tolerância religiosa . . . . . 742 
A (in)diferença e (in)tolerância em escolas públicas . . . . 743 
Sueli Martins 
A escola e suas devoções . . . . . . . . 755 
Nilton Rodrigues Junior 
 
 
 
Articulando religião, história e transformação social em escola pública 
Mineira . . . . . . . . . . 765 
Sônia Aparecida Rodrigues 
Em travessia de [des]lugares: o corpo que dança o diferente incorpora-si 
e faz poesia . . . . . . . . . . 774 
Pedro Vitor Guimarães Rodrigues Vieira 
Ensino Religioso: assertivas e incertezas nas escolas públicas . . . 790 
Jacirema Maria Thimoteo dos Santos 
Ensino religioso: ciência e religião na atuação de professores . . . 800Kellys Regina Rodio Saucedo e Vilmar Malacarne 
Identidades religiosas na escola pública: uma análise etnográfica 
 do cotidiano escolar . . . . . . . . 813 
Bóris Maia e Patrícia Marys 
Interfaces entre educação escolar e saberes religiosos na Amazônia . . 828 
Maria Betânia Barbosa Albuquerque 
O Sagrado como objeto de estudo no ensino religioso: a experiência do 
Paraná . . . . . . . . . . 828 
José Antonio Lages 
Uma história de combate ao racismo no Marajó . . . . 860 
Maria do Carmo Pereira Maciel e Rodrigo Oliveira dos Santos 
GT8 – Estados Unidos: religião e sociedade . . . . . . 877 
A Jeremiad fundamentalista: política, identidade nacional e 
escatologia no fundamentalismo norte-americano (1970-1980). . . 878 
Daniel Rocha 
A religiosidade e o direito norte-americano à luz das contribuições 
de Ronald Dworkin . . . . . . . . 894 
Carlos Augusto Lima Campos 
Fundamentalismo X Neo-Ateísmo: eixos da guerra de culturas 
nos Estados Unidos .. . . . . . . . 908 
Roney de Seixas Andrade e Ivan Dias da Silva 
O legado fundamentalista do Seminário Teológico de Westminster 
 reformistas x reconstrucionistas . . . . . . . 924 
Andréa Silveira de Souza 
“Religião e Progresso”: a presença da religião em Brazil and The 
Brazilians – portrayed in historical and descriptive sketches de Daniel 
 
 
P. Kidder e James C. Fletcher, 1857. . . . . . . 939 
Débora Villela de Oliveira 
Religião, política e a ‘guerra cultural’ pelos jovens e entre os jovens 
nos EUA . . . . . . . . . . 951 
Ariel Finguerut e Marco Aurélio Dias de Souza 
Teologia da Libertação na terra do dólar . . . . . 965 
Jorge Claudio Ribeiro 
GT9 – Fundamentalismos religiosos . . . . . . 974 
Fundamentalismo ou fundamentalismos? Uma análise da 
problemática conceitual e sociocultural que transcendeu o seu sentido 
 e razão local . . . . . . . . 975 
José Honório das Flores Filho 
Fundamentalismo protestante e pentecostalismo: distanciamento e 
proximidade . . . . . . . . . 990 
Osiel Lourenço de Carvalho 
Fundamentalismo religioso nas testemunhas de Jeová: observação 
 participante em uma congregação . . . . .1003 
João Daniel de Lima Simeão 
Intolerância religiosa no espaço público: estudos de casos . . .1013 
Isabella Menezes 
Nova tolerância intolerante: Mudanças de relações de gênero nas 
Assembléias de Deus . . . . . . . .1029 
Otávio Barduzzi Rodrigues da Costa 
O uso do corão como justificativa para ações de violência urbana . .1044 
Magno Paganelli 
Solus christus: exclusivismo cristão e tolerância religiosa . . .1059 
Alceu Lourenço de Souza Junior 
GT10 – Gênero e religião . . . . . . . .1073 
A Sociedade de Vida Apostólica Beneficência Popular: gênero e 
 religiosidade através dos discursos de religiosas (1946-1988) .. . 1074 
Clarissa Milagres Caneschi 
Do Axé à Aleluia: um rosto feminino do pentecostalismo . . .1082 
Lizandra Santana da Silva 
 
 
Festejo de Nossa Senhora Mãe dos Homens – identidades, 
 sincretismo, religião e poder na Comunidade Remanescente 
Quilombola de Juçatuba . . . . . . . .1096 
Flávia Leite Gomes 
Participação de lideranças femininas na construção de políticas 
públicas para afrorreligiosos em Belém, Pará . . . . .1108 
Daniela Cordovil 
Novas configurações das famílias contemporâneas: rupturas e/ou 
 Continuidades nos discursos e práticas de metodistas e luteranos 
acerca do divórcio e novos casamentos . . . . . .1118 
Noeme de Matos Wirth 
Representações de gênero permeadas por violência 
 simbólico-religiosa no discurso midiático paraibano . . . .1134 
Silvia Silveira e Fernanda Lemos 
Representações de gênero no Espiritismo: como se dá a distribuição 
de papéis ali? . . .. . . . . . .1135 
Roger Bradbury 
GT11 – Hereges, judeus e infiéis e a intolerância religiosa no decorrer 
 da Idade Média . . . . . . . . . 1162
 
A carta de Conrad Grebel (1498-1526) para Thomas Müntzer 
(1490-1525) . . . . . . . . . 1163 
João Oliveira Ramos Neto 
A doutrina do pecado, fé, obras e o paradoxo do antissemitismo 
em Lutero . . . . . . . . . 1171 
Filipe de Oliveira Guimarães 
A investigação das religiões e a formação políticocultural do 
principado Rus´ de Kiev. Diversidade religiosa e trocas culturais . .1179 
Fabrício de Paula Gomes Moreira 
Adversus Iudaeos – a criação do antissemitismo no pensamento 
cristão . . . . . . . . . 1195 
Saul Kirschbaum 
 
Conflitos entre monarquia e clero no processo de aceitação do rito 
romano na Igreja Compostelana . . . . . . .1206 
Jordano Viçose 
Duas baleias na rede de pesca: a terceira via hussita de Petr 
Chelčický . . . . . . . . . .1214 
Thiago Borges de Aguiar 
 
 
 
Eusébio de Cesareia e a nova história, eclesiástica . . . .1226 
Daniel Sleder 
O conceito de Jihad clássico à luz do Corão e dos hadith . . .1236 
Michele Rosado de Lima Castro 
 
O paradigma de Iudas-Iudei: Judas Iscariotes como uma 
representação do judeu no Juízo Final e a Missa de São Gregório 
(MASP 428P) . . . . . . . . .1249 
Doglas Morais Lubarino 
O Venerável Beda e o combate ao paganismo na Grã-Bretanha 
 do século VIII . . . . . . . . .1262 
Itajara Rodrigues Joaquim 
Sobre a controvérsia entre Martim Lutero e os judeus na 
 reforma do século XVI . . . . . . . .1270 
Marcos Jair Ebeling 
 
GT12 – História cultural das religiões . . . . . .1285 
A África lusófona no período de descolonização: Missões e 
 alteridades na Revista O Campo é o Mundo . . . . .1286 
Harley Abrantes Moreira 
A emperie Católica como parte de uma filosofia ultramontana: 
 as missões capuchinhas no nordeste mineiro (1873-1889) . . .1295 
Tatiana Gonçalves de Oliveira 
A Lavagem de Santana: disputas e expressões de fé . . . .1309 
Rennan Pinto de Oliveira 
A produção conflituosa e controversa do aspecto religioso do 
 Espiritismo nos tempos de Allan Kardec (1857-1869) .. . . .1324 
Alexandre Ramos de Azevedo 
As representações do bispado brasileiro nos debates sobre a lei da 
Separação do Estado das Igrejas em Portugal (1910 – 1911) .. . .1339 
Carlos André Silva de Moura 
Cândidas Palavras: literatura e missões protestantes no romance 
 “Candida” de Mary Hoge Wardlaw . . . . . .1354 
Sergio Willian de Castro Oliveira Filho 
Comer o tatu antes ou depois da comunhão? As manifestações 
 religiosas dos brasileiros e o conhecimento das normas católicas 
 (segunda metade do 
 
 
séc. XIX) . . . . . . . . . .1371 
José Leandro Peters 
Congreganismo e anticongreganismo: A situação eclesiástica 
em Portugal entre 1820 e 1834 . . . .. . . .1382 
Gustavo de Souza Oliveira 
Disseminação de idéias no milieu esotérico: notas sobre a influência 
 de Gurdjieff no Movimento Gnóstico de Samael Aun Weor . .1397 
Marcelo Leandro de Campos 
Entre a modernidade e a barbárie: o discurso redentorista acerca 
do progresso em Goiás (1894-1930) . . . . . .1412 
Robson Rodrigues Gomes Filho 
O anticatolicismo norte-americano como bandeira protestante 
na luta pelo Estado Laico no Brasil (1930 – 1945) . . . .1424 
Paulo Julião da Silva 
O Cristianismo na África agostiniana em Peter Brown . . .1435 
Adailson Nascimento Souza 
O rosto ambíguo do monoteísmo: libertação e violência na 
 instituição do monoteísmo no Antigo Testamento . . . .1444 
Luiz José Dietrich 
Protestantismo e culturas populares tradicionais: arranjos, r 
earranjos e interações . . . . . . . .1458 
Lauana Ananias Flor 
Reflexos da União Prussiana na formação de luteranismos no 
 Rio Grande do Sul: das comunidades livres até a fundação 
 de sínodos confessionais evangélico-luteranos . . . . .1474 
Renato Rodrigues Farofa 
 
GT13 – História e historiografia do protestantismo no Brasil . . .1488 
A ignorância de um pensar: a história da ausência do pensamento 
 protestante sobre a questão social no Brasil . . . . .1489 
José Edson do Carmo Lima e Wagner Pinheiro da Silva 
“A saga” de Eurico Nelson em Belém do Pará: relatos de 
outra história. . . . . . . . .1499 
Ezilene Nogueira Ribeiro 
 
Educação protestante em perspectiva na imprensa batista . . .1514 
 
 
Anna Lúcia Collyer Adamovicz 
Émile-G. Léonard e seu lugar na historiografia protestante brasileira 1528 
Marcone Bezerra Carvalho 
História e historiografia da imprensa presbiteriana no segundo 
reinado . . . . . . . . . 1548 
Pedro Henrique Cavalcante de Medeiros 
O protestantismo e a historiografia no Brasil: crise conceitual . 1563 
João Marcos Leitão Santos 
Pensamento político do metodismo em Belém do Pará: registros 
históricos do jornal O Apologista Christão Brazileiro na transição 
republicana do Brasil (1890-1891) . . . . 1578 
Tony Welliton da Silva Vilhena 
GT14 – Igrejas inclusivas LGBTT e a luta contra a intolerância 
religiosa . . . . . . . . . . 1592 
 
A diferença se tornando unidade: análise dos temas da semana nos 
 grupos de discussão na Igreja Missionária Inclusiva em Maceió . 1594
 
Oiara da Silva Aureliano 
A pomba-gira sou eu: aspectos da identidade transexual com a 
religiosidade afro . . . . . . . . 1603 
Tássio Acosta Rodrigues 
Comunidade Cristã Inclusiva: movimento LGBTTIS ou 
 pentecostal? . . . . . . . . 1612 
Regiane Ap. de Lima 
 
Evangélicos e as relações de gênero na implantação de uma Igreja 
 Inclusiva em Campinas . . . . .. . . 1624 
Livan Chiroma 
 
Igreja da Comunidade Metropolitana de São Paulo: o perfil 
de uma igreja inclusiva e militante. . . . . . 1639 
Aramis Luis Silva 
Espaços religiosos de inclusão e diversidade sexual: um estudo 
sobre uma igreja inclusiva paulistana e os elementos sagrados e 
 profanos em torno da noção de sexualidade . . . . 1653 
Marina Santi Lopes Garcia e Ana Keila Mosca Pinezi 
Igrejas Inclusivas: novo movimento religioso ou mais 
uma igreja cristã emergente? . . . . . . 1686 
Cosme Alexandre Ribeiro Moreira 
 
 
GT15 – (In)tolerância, gênero e religião . . . . . 1686 
Comunidades de terreiro: relatos da intolerância . . . 1687 
Lucas de Deus da Silva 
Da ortodoxia ao clericalismo: Igreja, Estado e as tentativas 
de influência eclesiástica no poder público . .. . . 1702 
Guilherme Borges Ferreira Costa 
Discurso, poder e mulheres na cibercultura: uma análise das 
 consequências sócio-políticas do conceito de corporeidade 
difundido no ciberespaço por adeptas das novas espiritualidades 
femininas e formação de capital simbólico e social . . . 1717 
Sabrina Alves 
 “Eu amo homossexuais como eu amo bandidos”: o pensamento 
religioso de Silas Malafaia. . . . . . . 1730 
Andrew Feitosa do Nascimento 
 “Intolerância religiosa no Brasil: características, estratégias de 
 enfrentamento e tendências no Serviço Social. . . . . 1742 
Graziela Ferreira Quintão 
GT16 – Marketing, espetáculo e ciberespaço: entre diversidades e 
(in)tolerâncias religiosas . . . . . . . 1756 
A internet e seus perigos: individualismo e poder entre as 
Testemunhas de Jeová . . . . . . . 1757 
Suzana Ramos Coutinho 
 
A mão de Deus está aqui e na televisão: análise etnográfica dos 
 cultos da Igreja Mundial do Poder de Deus (IMPD), na Sede 
Regional, em São Luís – MA . . . . . . 1772 
Jaciara Fonseca dos Santos 
A propagação da fé através do e-mail numa visão da Mística 
 e do Sagrado . . . . . . . . 1788 
Valter Luís de Avellar 
Anjos, demônios sociais e canções de amor . . . . 1802 
Claudefranklin Monteiro Santos 
Catolicismo renovado nas mídias sociais: o discurso 
mercadológico de um popstar da fé. . . . . . 1817 
Adriana do Amaral Freire e Karla Regina Macena Pereira 
Patriota Bronsztein 
 
 
 
 
E quando Deus vira Google? O adolescente e sua 
percepção sobre Deus no Facebook .. . . . . 1832 
Kate Fabiani Rigo 
 
Lápides, flores e velas virtuais: os rituais post-mortem nos 
cemitérios on-line (1990-2013) . . . . . . 1843 
Julia Massucheti Tomasi 
 
Mborai: o canto sagrado guarani . . . . . . 1858 
João José de Félix Pereira 
 
Narrativas digitais nas diversas redes educativas que 
atravessam as aprendizagens em terreiros de Candomblé no Brasil . 1867 
Máira Conceição Alves Pereira 
O marketing eletrônico como instrumento de manipulação da fé . 1887 
José Wagner Ribeiro 
 
O que dizem os evangélicos sobre o incêndio na boate Kiss: 
lazer e (in) tolerância cultural . . . . . . 1899 
Waldney de Souza Rodrigues Costa 
 
O Testemunho Religioso no ciberespaço: uma forma (cri)ativa 
 de interpelar o outro . . . . . . . 1912 
Ronivaldo Moreira de Souza 
 
Religião e ciberespaço: cultura do imaterial e estética classicista 
no portal dos Arautos do Evangelho . . . . . 1926 
Flávia Gabriela da Costa Rosa Amaral 
 
GT17 – “No templo, no quartel e no porão”: os protestantes e a 
ditadura militar brasileira . . .. . . . . 1937 
“Nadando contra a corrente”: a atuação da juventude protestante 
através da juventude batista baiana (1960-1970) . . 1948 
Luciane Silva de Almeida 
“No Brasil vivemos numa democracia”: os batistas e os direitos 
 humanos nos anos derradeiros da ditadura militar no Brasil 
 (1978-1988) . . . . . . . . .1959 
Adriano Henriques Machado 
O cristão frente às autoridades civis: a mentalidade dos 
protestantes pernambucanos no Golpe Militar de 1964 . . 1974 
Zilma Adélia Soares Lopes 
Presbiterianos e apoio ao governo militar: reação e intolerância 
Internas . . . . . . . . . 1983 
 
 
Silas Luiz de Souza 
GT18 – O Oriente e suas diversidades religiosas . . . . 1998 
A Mesquita da Luz: uma abordagem do islã sunita no 
Rio de Janeiro . 
Janoí Joaquim Mamedes . . . . . . . 1999 
A prática do dzochen e a tradição vajrayana no budismo tibetano . 2014 
Igohr Brennand e Maria Lucia Abaurre Gnerre 
Diversidade étnica e dificuldades de integração no Catolicismo 
contemporâneo japonês . . . . . . . 2030 
Antonio Genivaldo C. de Oliveira 
 
Divulgação do taoísmo no Brasil: apontamentos a partir da 
tradução do daodejing por Wu Jyh Cherng . . . . 2049 
Matheus Oliva da Costa 
GT19 – Pentecostalismos brasileiros: novas perspectivas . . . 2060 
A confissão positiva: o movimento de cura no Brasil e suas 
fundamentações teológicas . . . . . . 2061 
Emmanuel Roberto Leal de Athayde 
A estrutura ritualística do culto adventista realizado na 
 comunidade quilombola Dezidério Felippe de Oliveira em 
Dourados/MS . . . . . . . . 2076 
Gabrielly Kashiwaguti Saruwatari 
A Igreja Presbiteriana Renovada e a sua inserção no campo religioso 
 Brasileiro . . . . . . . . . 2092 
José Rômulo de Magalhães Filho 
A religião, a racionalidade protestante e a sociedade de Fausto . 2108 
Carlos Antonio Carneiro Barbosa 
A teologia da prosperidade e Igreja Universal do Reino de Deus . 2119 
Fernanda Vendramini Gallo 
Estevam Ângelo de Souza: Pastor, escritor e liderança 
carismática no Maranhão (1957-1996) . . . . . 2129 
Elba Fernanda Marques Mota 
Pentecostalismos e questão social: novas formas de enfrentamento? . 2145 
Edson Elias de Morais e Luiz Ernesto Guimarães 
 
 
 
Neopentecostalismo e as mudanças na concepção escatológica 
das Assembleias de Deus . . . . . . . .2158 
Ismael de Vasconcelos Ferreira 
O diálogo inter-religioso nas Assembleias de Deus: desafios e 
Possibilidades . . . . . . . . .2167 
Adriano Sousa Lima 
Os protestantes da Amazônia: uma análise da onda evangélica 
na cidade de Juína no noroeste do estado do Mato Grosso . . .2180 
Renato da Silva, Marina Silveira Lopes 
Terceira Face do Pentecostalismo no Brasil . . . . .2192 
Samuel Pereira Valério 
Um diálogo católico-pentecostal sobre “tornar-se cristão” . . .2209 
Luiz Ernesto Guimarães 
 
GT20 – Religião e ciência: tensão, diálogo e experimentações . . .2220 
A ciência espiritual da bhakti-yoga: epistemologia e revelação . .2262 
Rafael Grigório Reis Barbosa 
A contracultura e a emergência da ideia de saúde como integração 
corpo e mente . . . . . . . . .2236 
Maria Regina Cariello Moraes 
A religiosidadecomo fator estruturante do novo espírito do 
capitalismo . . . . . . . . . 2251 
Maroni João da Silva 
Crenças e experiências religiosas dos "sem religião" nas 
Comunidades virtuais . . . . . . . 2262 
Rafael Lopez Villasenor 
Espiritismo e Medicina: interfaces entre ciência, saúde e 
espiritualidade . . . . . . . . 2276 
Gustavo Ruiz Chiesa 
Plantas utilizadas nas religiões afro-brasileiras: ciência e crença . .2290 
José Luis Rojas Vuscovich 
Religião e ciência entre Kardecistas e Messiânicos . . . 2303 
Leila Marrach Basto de Albuquerque 
 
 
Teatro da ciência, espetáculo do sobrenatural: as 
sonâmbulas e os magnetizadores nos palcos do século XIX . . .2319 
Michelle Veronese 
Teísmo, ateísmo e cenários de evolução no multiverso . . .2328 
Osame Kinouchi 
Transe mediúnico: estado alterado de consciência ou distúrbio mental? . .2344 
Diogo F. Tenório 
Umberto Eco, Carlo Maria Martini, Jacques Derrida: saber e fé no 
Deserto do Deserto . . . . . . . . 2356 
Alexandre de Oliveira Fernandes 
GT21 – Religião e hierofania: história, espaços e símbolos . . 2367 
A oração como cultura: Observando o papel da hierofania entre os 
 membros da comunidade de vida da Comunidade Católica Shalom . 2368 
José Germano Neto 
Barroco: arte e educação no universo colonial luso-brasileiro . . 2377 
Andrea Gomes Bedin 
Epistemologia da controvérsia e seu diálogo com o inefável da 
 Hierofania . . . . . . . . . 2392 
José Altran 
Espaço das representações da morte: arte tumular como 
expressão da 
cultura . . . . . . . . . .2406 
Thiago Nicolau de Araújo 
Espaço sagrado: a construção da memória de migrantes 
Ouro Preto do Oeste-RO . . . . . . . 2421 
Amanda Rayery de Aguiar Soares e Eduardo Servo Ernesto 
Hierofania e (in)tolerância – o espaço religioso na história das 
 Cidades . . . . . . . . . 2435 
Sérgio Gonçalves de Amorim 
Hieropólis: fragmentos do pensamento católico nos dizeres sobre o 
urbano em Caxias-Maranhão em meados do século XX . . 2443 
Mirian Ribeiro Reis 
Nos muros, os secretos: iconografia nos muros dos terreiros 
de Candomblé, Mina e Umbanda em Santarém/PA . . . 2457 
Carla Ramos 
 
 
O tempo e o espaço sagrados na Umbanda . . . . 2471 
Claudio Pereira Noronha 
Todo ano tem: levantamento do mastro na cultura campesina 
maranhense . . . . . . . . . 2484 
Keliane da Silva Viana e Ronilson de Oliveira Sousa 
 
GT22 – Religião e política . . . . . . . 2499 
“A Bancada Religiosa e o Kit Gay”: elementos de um fazer político 
 cristão . 
Yuri Galvão Sabino . . . . . . . . 2500 
A disputa pela coroa de rei do candomblé em Alagoas no período 
de 1970 a 1990 . . . . . . . 1300 
Alícia Poliana Ferreira 
 
A ignorância de um pensar: a história da ausência do pensamento 
protestante sobre a questão social no Brasil . . . . .1489 
José Edson do Carmo Lima e Wagner Pinheiro da Silva 
A Igreja Católica e a questão da hegemonia . . . . 2532 
Elza S. Cardoso Soffiatti 
A política religiosa “evangélica”: o comportamento das lideranças 
protestantes e seu engajamento no processo político eleitoral nas 
eleições de 2010 . . . . . . . . 2542 
Rogério da Costa 
“Ai de quem tiver a audácia de falar de injustiça”: espionagem 
militar na Igreja Católica no Maranhão . . . . . .2557 
Camila da Silva Portela 
Doutrina social da igreja católica como fundamentos históricos do 
 serviço social no Brasil . . . . . . . 2572 
Jefferson Pinto Batista 
 
Ensinai o respeito à ordem e à autoridade! O papel da 
Igreja Católica na consolidação do Império Brasileiro . . . 2580 
Ítalo Domingos Santirocchi 
Intelectuais católicos em diálogo com o fascismo no Brasil do 
início dos anos 1930 . . . . . . . 2597 
Alexandre José Gonçalves Costa 
Interações entre Estado e religião na regulação da ayahuasca 
no Brasil . . . . . . . . 2607 
 
 
Janaína Alexandra Capistrano da Costa 
Louvar e protestar: eventos políticos e culturais do “povo de santo” . 2622 
Jaqueline Vilas Boas Talga 
O ideal católico progressista na ditadura militar (1964-1985) nas 
cartas de dom Fragoso de Crateús CE . . . . . 2638 
Anderson Pereira Brito, José Wilson Neves Jr 
 
Poder e Religião: possibilidades de análise historiográfica das 
 constituições eclesiásticas do império português (século XVI) . 2658 
Durval Saturnino Cardoso de Paula 
Religião, política e memória nos escritos de D. Luciano Mendes 
de Almeida . . . . . . . . . 2666 
Virgínia Buarque 
 
GT23 – Religião e violência . . . . . . . 2678 
A superação da violência angolana nos ritos culturais de morte . 2679 
Francisco José Barbosa 
A violência de Lars von Trier em Anticristo . . . . 2693 
Flávia Santos Arielo 
“Em Busca da Palavra”. Exemplo e ressignificação nas dinâmicas 
de uma igreja do pentecostalismo tradicional em um 
 contexto de favela . . . . . . . . 2706 
 Evandro Cruz Silva 
Intolerância religiosa e religiões afro-brasileiras . . . 2721 
Celia Morgado Vaz 
O universo religioso do povo indígena como forma de 
superação da violência sofrida ao longo da história . . . .2734 
Luiz Alberto Sousa Alves 
“Se o irmão falou, meu irmão, é melhor não duvidar” 
Políticas estatais e politicas criminais referentes a homicídios 
na cidade de Luzia (2001-2011) . . . . . 2747 
José Douglas dos Santos Silva 
Sobre armas e orações: religião e crime a partir de uma pesquisa 
etnográfica . . . . . . . . . 2759 
Evelyn Louyse Godoy Postigo 
 
 
Yorubás e Malês: conflito e aliança no Brasil escravocrata . . .2774 
Lidice Meyer Pinto Ribeiro 
GT24 – Religiosidade, identidade e intolerância: (novas) 
 re-configurações da religião . . . . . . 2797 
 
A folclorização das religiões afro-brasileiras em Alagoas (1970-1980) 2798 
Gabriela Torres Dias 
A religiosidade e o direito entre o ateísmo e 
a (a)confessionalidade: ressignificando os parâmetros de 
laicidade estatal . . . . . . . . 2807 
David Carlos Santos Sarges, Marina Lima Campos 
Distintos e invisíveis: perspectivas sobre a Umbanda no 
espaço público de Teresina . . . . . . 2018 
Ariany Maria Farias de Souza 
Entrei numa batalha: a legitimação das religiões da ayahuasca . .2811 
Luciane Ferreira de Melo 
Evangélicos divergentes: uma nova sexualidade cristã . . . 2846 
Evanway Sellberg Soares 
Identidade, política e ritual: algumas notas sobre a configuração do 
campo afro-religioso em Santarém-PA . . . . . 2864 
Telma de Sousa Bemerguy 
Intolerância religiosa na percepção dos adeptos das religiões 
afro-brasileiras . . . . . . . . 2876 
Lana Lage da Gama Lima, Leonardo Vieira Silva 
Louvores a Jah/Jesus: reggae e espaços de fronteira religiosa . . 2892 
Thiago de Menezes Machado 
 
O campo religioso brasileiro e o fenômeno dos sem religião . 2903 
José Álvaro Campos Vieira 
Religião e modernidade: uma análise da presença religiosa no meio 
 estudantil da Universidade Estadual de Londrina (2011-2012) . 2921 
Pedro Vinicius N. M. F. Rossi 
Religiões tradicionais africanas e filosofia bantu entre os 
Nyungwe e Dema de Moçambique . . . . . 2914 
Antonio Alone Maia, Maria Luisa Lopes Chicote 
 
 
 
Uma análise da religiosidade dos sem religião no Brasil: uma nova 
 forma de crer? . . . . . . . . 2950 
Ronaldo Robson Luis e José Roberto de Souza 
Uso religioso da Ayahuasca como patrimônio nacional: repercussõe 
s e análises . . 
Maíra de Oliveira Dias . . . . . . . 2966 
GT25 – Representações, (re)leituras e relações entre religiões e 
(in)tolerâncias religiosas no cinema . . . . . 2980 
 
Martinho Lutero no Brasil na década de 1950: entrada 
permitida ou não? . . . . . . . 2981 
Geovano Moreira Chaves 
Os sete pecados capitais e a dicotomia entre a moral católica 
medieval e a moral católica pós-moderna no filme Seven de 
David Fincher . . . . . . . . 2992 
Albert Drummond 
Representações da fé em Dexter: entre a ação doentia e a 
doação ao totalmente outro . . . . . . 3088 
LucilaJenille Moraes Vilar 
S(C)em sertões: Canudos e Conselheiro nas telas do cinema . . 3025 
Amauri Araujo Antunes e Anahy Sobenes 
Transcendência, transitoriedade e transgressão: o indivíduo 
entre tradição e modernidade na cinematografia brasileira . . 3042 
Joe Marçal Gonçalves dos Santos 
GT26 – Saúde, religião e cultura: um diálogo a partir das 
Práticas terapêuticas culturais e religiosas . . . . . 3057 
 
A cultura como paciente e como promotora da saúde 
pelas danças dos povos e contemporâneas em círculo: a vivência 
do sagrado em grupo nas grandes cidades brasileiras . . . 3058 
Tânia Pessoa de Lima 
A cultura e as práticas terapêuticas alternativas na busca 
pela cura . . . . . . . . . 3074 
Adrielle Macêdo Fernandes da Silva 
A cura espiritual Kardecista um fenômeno cultural na 
pós-modernidade . . . . . . . . 3092 
Cristiane Martins Gomes 
 
 
A pajelança maranhense: elementos para a compreensão de uma 
religião ilega . . . . . . . . 3102 
Thiago Lima dos Santos 
Cura na umbanda: caminhos complementares entre saúde 
 e religião . . . . . . . . . 3115 
Maria do Amparo Lopes Ribeiro 
Práticas terapêuticas populares na Amazônia: curandeirismo 
e plantas poderosas . . . . . . . 3130 
Dayana Dar’c da Silva e Silva 
GT27 – Universos simbólicos de religiosidades no Japão . . . 3145 
“A procura do sagrado”: a metáfora nas expressões linguística dos 
textos do fundador da Igreja Messiânica Mundial . . . 3146 
Emilson Soares dos Anjos 
A sucessão do carisma nas Novas Religiões Japonesas: uma 
perspectiva de gênero . . . .. . . . 3157 
Ediléia Mota Diniz 
Interação de múltiplas tendências religiosas: a religião messiânica 
no Japão e no Brasil . . . . . . . 3174 
Andréa Gomes Santiago Tomita 
O ato purificador do Johrei e as diferentes concepções 
de Cura e Doença . . . . . . . 3190 
Renato Müller Pinto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
Apresentação 
 
Sejam bem vindas/os ao 1º Simpósio Sudeste da ABHR / 1º Simpósio Internacional da 
ABHR – Diversidades e (In)Tolerâncias Religiosas. Este evento é uma promoção da 
Associação Brasileira de História das Religiões (ABHR), e realizado na Faculdade de 
Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP). 
A ABHR tem realizado simpósios nacionais anualmente desde sua fundação em 1999 em 
Assis, São Paulo. Em todos os simpósios há participação significativa de estudiosos/as das 
religiões e religiosidades, provenientes de áreas como História, Antropologia, Sociologia, 
Ciências da Religião, Teologia, Psicologia, Letras e outras. A produção científica destes 
eventos é demonstrada em Anais com comunicações em GTs e em coletâneas com 
conferências e palestras em Mesas. A produção acadêmica da ABHR se estende ao seu 
periódico, a PLURA – Revista de Estudos de Religião, disponível gratuitamente no 
endereço www.abhr.org.br/plura/ojs/index.php/plura/index. 
Durante o 12º Simpósio Nacional, em Juiz de Fora (2011), percebeu-se a importância de se 
(re)estruturar a associação a partir da criação de seções e eventos regionais que considerassem 
as especificidades locais nos campos religioso e acadêmico. Em maio de 2012 foi realizado o 
13º Simpósio Nacional, na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), e em assembleia, foi 
decidida a realização do 1º Simpósio Regional Sudeste na Universidade de São Paulo (USP), 
em 2013. O tema escolhido foi Diversidades e (In)Tolerâncias Religiosas, dada a urgência 
em se aprofundar os estudos sobre as diferentes (im)possibilidades e obstáculos à livre 
manifestação religiosa de sujeitos e coletivos na sociedade do tempo presente. 
Posteriormente, percebeu-se a possibilidade de ampliação do evento através do diálogo com 
pesquisadores/as de outros países, estimulando o evento a se tornar concomitantemente 
regional sudeste e internacional. 
O 1º Simpósio Sudeste da ABHR / 1º Simpósio Internacional da ABHR pretende 
apresentar e aprofundar temas associados à (in)tolerância, discriminação e/ou violência a 
diversas pessoas, como os/as fiéis de religiões afro, afro-brasileiras, orientais e de novos 
movimentos religiosos (NMR), a crentes e a descrentes. As reflexões também incidirão sobre 
http://www.abhr.org.br/plura/ojs/index.php/plura/index
 
32 
 
a discriminação em razão de marcadores sociais como identidades de gênero e orientações 
sexuais, imbricações da religião com a política, deslocamento físico e identitário de fiéis e 
instituições e teoria e metodologia dos estudos sobre religiões e religiosidades. 
A direção da ABHR e a organização do evento, da qual participa o CERNe (Centro de 
Estudos de Religiosidades Contemporâneas e das Culturas Negras do DA-USP) gostariam de 
reforçar nossas boas-vindas e desejar que o compartilhamento de experiências durante o 
evento vise, antes de tudo, um mundo mais acolhedor a todos/as. Vamos fazer um bom evento 
juntas/os. 
 
 
Wellington Teodoro da Silva 
Presidente da ABHR 
 
 
Eduardo Meinberg de 
Albuquerque Maranhão F
o 
Organizador Geral do Evento 
 
 
Vagner Gonçalves da Silva 
Coordenador do evento 
 
33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Minicursos 
 
35 
 
MC3 – Direito, Estado laico e religião noBrasil: 
limites, conflitos e convergências 
 
 
Coordenadores 
 
Carlos Augusto Lima Campos 
Mestrando em Ciências da Religião pela 
UEPA. Especialista em Direito Penal e 
Processual Penal pelo Centro Universitário 
de Ribeirão Preto/SP. 
 
 
David Carlos Santos Sarges 
Mestrando em Ciências da Religião pela 
UEPA. Especialista em Ciências da 
Religião pela Universidade Cândido 
Mendes/RJ. 
 
 
Resumo 
A afirmação de que o Brasil é um Estado laico geralmente é produzida como mero argumento 
retórico divorciado da compreensão do modelo de laicidade encampado. E o sentido de tal 
declaração nem sempre fica claro para o interlocutor, já que há uma enorme distância entre 
afirmar que o Brasil é um Estado laico e compreender os contornos dessa laicidade. O 
presente minicurso se propõe a analisar a questão relativa à liberdade de consciência e de 
credo, bem como as emblemáticas relativas à influência da religiosidade judaico-cristã nos 
institutos do direito pátrio, perpassando a seara de temas atuais vinculados às expressões 
políticas da religiosidade brasileira, enquanto marcos no Estado e na esfera pública, com 
destaque para o Direito de Família, a Liberdade de Expressão e Manifestação do Pensamento 
Religioso, bem como as perspectivas de Laicidade e Confessionalidade Estatal, por meio de 
exposição teórica e apresentação de estudos de casos, que subsidiarão os debates promovidos. 
 
36 
 
Direito, Estado laico e religião no Brasil: limites, conflitos e 
convergências 
Carlos Augusto Lima Campos
1
, David Carlos Santos Sarges
2
 
 
Introdução 
A afirmação de que o Brasil é um Estado laico geralmente é produzida como mero argumento 
retórico divorciado da compreensão do modelo de laicidade encampado. E o sentido de tal 
declaração nem sempre fica claro para o interlocutor, já que há uma enorme distância entre 
afirmar que o Brasil é um Estado laico e compreender os contornos dessa laicidade. 
Imperiosa, destarte, a iniciativa de se analisar a questão relativa à liberdade de consciência e 
de credo, bem como as emblemáticas relativas à influência da religiosidade judaico-cristã 
nos institutos do direito pátrio, perpassando a seara de temas atuais vinculados às expressões 
políticas da religiosidade brasileira, enquanto marcos no Estado e na esfera pública, com 
destaque para o desenvolvimento histórico da religião, enquanto objeto epistemológico do 
conhecimento científico, assim como a construção das perspectivas de laicidade estatal, que 
envolvem discussões acerca da liberdade de expressão e manifestação do pensamento 
religioso, bem como de temáticas relativas aosDireitos Transindividuais, e aspectos pontuais 
de laicidade e confessionalidade estatais. 
O ponto de partida sempre converge para o fato de que mesmo diante do fortalecimento dos 
movimentos religiosos, e da concepção de que estes, há muito, não estão adstritos aos templos 
e aos espaços litúrgicos, a ideia de se atribuir um caráter científico à religião, enquanto objeto 
de investigação, ainda gera um certo desconforto e, não raro, protestos. O surpreendente é que 
muitas das vozes que se opõem à compreensão dos sentidos e argumentos do fenômeno 
religioso pertencem a um universo – a Academia – que, ao contrário do que se verifica, 
deveria incentivar a proliferação de estudos aprofundados acerca desta que é mais que uma 
simples tendência, constituindo-se em verdadeira realidade: a interrelação existente entre a 
religião, a democracia e o espaço público. 
 
1
 Mestrando em Ciências da Religião pela UEPA, especialista em Direito Penal e Processual Penal pelo Centro 
Universitário de Ribeirão Preto (UNISEB), bacharel em Direito pela UFPA. Contato: 
prof.carloscampos@gmail.com. 
2
 Especialista em Ciências da Religião pela Universidade Cândido Mendes (UCAM), graduação em Licenciatura 
Plena em Ciências da Religião pela UEPA. Contato: davidsarges.sarges@gmail.com. 
mailto:prof.carloscampos@gmail.com
mailto:davidsarges.sarges@gmail.com
 
37 
 
O discurso comum aponta para o fato de que o Estado é laico e que, portanto, a religião 
deveria se recolher à penumbra de igrejas, lares e congregações, isto é, ao âmbito da vida 
privada, como é possível verificar em alguns países europeus, notadamente na França. 
Todavia, além de vazio, tal discurso despreza de maneira pouco sábia o caráter histórico-
cultural que permeou o desenvolvimento do pensamento científico no Brasil e no mundo. 
É neste contexto que nossas linhas se desenvolvem a partir dos limites “impostos” aos 
homens pelo conhecimento científico da era moderna, serão problematizados, frente à 
incompatibilidade com a concepção hodierna de laicidade, que se pretende confrontar. 
 
Da Caverna de Platão ao Emílio de Rousseau: Uma abordagem epistemológica da 
religião a partir da concepção kantiana de aufklärung 
Preambularmente, urge ressaltar a afirmação de Ivan Ap. Manoel (2008, p. 18), segundo a 
qual 
religião e religiosidade são produções humanas situadas na esfera da cultura, ou da 
superestrutura (...); são históricas, portanto, mas que por vezes são interpretadas como a-
históricas e, além disso, se propõem elas mesmas, estabelecerem um conceito e uma 
filosofia da história. (p.18). 
Tal postulado, embora aparentemente despretensioso, se presta a introduzir (e não raro 
“desfechar”) uma espécie de hipótese metodológica onde não é lícito sustentar a ideia de que 
uma expressão religiosa, manifestada por meio de escritos tidos como sagrados, se mantém 
intacta no interregno temporal de sua perspectivação. E aqui, essencial a contribuição do autor 
ao aludir que a multiplicidade teleológica do termo história não pode ser restringida a excertos 
etimológicos, razão pela qual tal empreendimento, sequer, será cogitado. 
Neste diapasão, não é difícil contemplar interlocutores aborrecidos, ou mesmo indignados 
com implicações semelhantes às acima ventiladas, e tal se manifesta – basicamente – pelo fato 
de que a ideia de “sagrado” está, ainda que inconscientemente, atrelada à de “pureza”. E, no 
contexto em comento, pureza denota unicidade, inércia e linearidade factual. A título 
ilustrativo, a simples suposição (portanto, hipotética) de que um texto revestido de sacralidade 
possa ter sido modificado (ou pior: manipulado!) poderia transformar castelos de pedra em 
casebres de areia! 
 
38 
 
A referida alegoria apenas reforça a aparente angústia, presente na circunspecção ordinária, 
segundo a qual ciência e religião não podem dialogar. Entrementes, outra vez se faz 
imperioso o “socorrer-se” de Ivan Ap. Manoel, de onde é possível reiterar que a religião é 
fruto das vicissitudes da cognição humana, o que possibilitaria a sua inserção enquanto objeto 
epistemológico do conhecimento. 
Em se tratando de uma investigação acerca do caráter científico da religião, à luz da doutrina 
kantiana, é natural que alguns conceitos deste filósofo prussiano predominem no 
desenvolvimento teórico da pesquisa. Dessa maneira, a inclusão inicial de três algoritmos 
constitui conditio sine qua non para uma compreensão otimizada do estudo. São eles: (I) a 
menoridade, (II) o aufklärung e (III) o conhecimento. 
A concepção de menoridade, em Immanuel Kant, está relacionada à ideia de incapacidade, 
isto é, o ser humano não apresenta autonomia cognitiva, de maneira que fica impossibilitado 
de fazer uso do seu próprio entendimento. Para o autor, a permanência do homem na 
menoridade se deve ao fato de ele não “ousar pensar”. A covardia e a preguiça são apontadas 
como as causas que levam os homens a permanecerem na menoridade. Um outro motivo seria 
o comodismo, já que aparentemente é bastante confortável que terceiros tomem decisões que, 
paulatinamente, façam com que o indivíduo se torne cada vez menos atuante, já que passa a 
abrir mão de sua identidade intelectual. 
O segundo conceito, aufklärung, diz respeito à saída do homem de sua menoridade, da qual 
ele próprio é culpado. Em tradução livre, o referido termo significa iluminação ou mesmo 
esclarecimento, que seria a característica do ser humano que, ousando se libertar dos grilhões 
da menoridade, busca a própria autonomia frente àqueles que o dominam/manipulam 
intelectualmente. É importante enfatizar que o ato de se insurgir contra o comodismo é a 
principal característica do que Kant (1983, p. 122) denominou “emancipação das trevas”. 
Por meio das perspectivas de menoridade e aufklärung, chegar-se-á a um ponto de suma 
importância no desenvolvimento da presente investigação, qual seja, a temática relativa ao 
conhecimento, sob a égide do papel constitutivo do mundo pelo sujeito transcendental, isto é, 
o sujeito que possui as condições de possibilidade da experiência. Aqui, simbolicamente 
equivaleria afirmar que o conhecimento é possível porque o homem apresenta faculdades que 
o torna possível. Com isso, seria viável o desenvolvimento de métodos científicos aplicados à 
religião, de maneira que se possibilitaria aferi-la à luz da razão e dos seus limites, ao invés de 
 
39 
 
investigar como deve ser o mundo para que se possa conhecê-lo, como a filosofia vinha 
fazendo até então. 
Talvez possa causar algum estranhamento o “valer-se” de Kant para corroborar com a 
possibilidade metodológica que admite a religião como objeto de investigação científica, já 
que contraria o discurso comum, segundo o qual o autor teria aberto o caminho do filosofar 
da Idade Moderna, o que representaria um fenômeno de “destruição e degeneração”, que 
forçosamente desaguaria no niilismo ou no ateísmo. Certamente que as reações, em princípio, 
não são simpáticas. Entretanto, será mesmo que a “ideia” de que a Filosofia Moderna sofreu a 
“perda de Deus” (como Nietzsche proclamou) deve ser entendida tanto para perspectivas pós-
metafísicas quanto para o pensamento “pós-cristão”? 
Evidentemente que tal questionamento apresenta um caráter retórico, uma vez que a 
preocupação que aqui se apresenta como central diz respeito ao caráter epistemológico da 
religião a partir da concepção kantiana de aufklärung. Todavia, sou afeiçoado ao ponto de 
vista sustentado por Essen & Striet (2010, p.10), segundo o qual: 
A modificação crítica da tradição metafísica trazida por Kant abre a possibilidade de que 
seja transposto o abismo entre teologia e filosofia, aberto desde o começo da Idade 
Moderna, quando a teologia se debruça positivamente sobre o pensamento de sujeito e 
liberdade engendrado por Kant. 
 Por oportuno, insta mencionar que a caverna de Platão e o Emílio de Rousseau,na presente 
investigação, são categorias alegóricas das trevas e das luzes, em nítida referência à crise e ao 
despertar da teologia, e da religião enquanto objeto epistemologicamente considerado. Daí ser 
imperioso associar as trevas ao medo, ao conformismo e à condição de indigência a que a 
religião fora relegada diante da então moderna compreensão de ciência. Ao seu tempo, as 
luzes se referem à concepção de razão que Rousseau sustentava frente aos demais 
pensamentos iluministas, onde o indivíduo passa a ser valorizado e, logo, ressignificado, 
perante à concepção predominante de razão social. Objetiva-se, com tal analogia, enfatizar a 
perspectiva de que o homem, enquanto sujeito cognoscente e ontológico, também é partícipe, 
e pode transformar e ser transformado pela heterogeneidade da religião e, por conseguinte, da 
cultura. 
 
 
 
40 
 
A laicidade estatal no direito constitucional brasileiro 
Como inferimos preambularmente, o Brasil é um Estado laico, e tal assertiva – 
obstinadamente reverberada por religiosos quando vislumbram numa ação governamental 
uma interferência indevida em questões religiosas, e de igual maneira pelas autoridades 
estatais, quando ambicionam impor uma política pública que contrarie interesses religiosos – 
é difundida, majoritariamente, de maneira abstrata, como se a simples afirmação de que um 
país é laico possibilitasse o delineamento de tal acepção. 
Uma análise mais cautelosa de um determinado ordenamento jurídico permite visualizar que a 
laicidade adotada pelos diferentes Estados comporta matizes. Tal constatação deriva, 
obviamente, da tese de que o arquétipo de laicidade adotado por cada país deve ser coligido 
enquanto gradação do seu ordenamento jurídico constitucional. Isto equivale a compreender 
que são os preceitos constitucionais que vigoram em cada Estado que determinam os 
contornos da laicidade por ele adotada. 
Uma primeira distinção a ser estabelecida é a de que Estado laico não se confunde com 
Estado anti-religioso. A experiência histórica tem demonstrado que tanto o Estado 
confessional quanto o ateísta atentam contra os ideais democráticos, porque não permitem 
ao ser humano o pleno desenvolvimento de suas potencialidades. O Estado confessional, 
quando entroniza determinada ideologia religiosa e reprime a exteriorização de outras 
crenças (ou descrenças), asfixia a realização das mais elementares aspirações do espírito 
humano. Do mesmo modo, o Estado ateísta, que substitui o conteúdo ideológico religioso 
por um conteúdo supostamente anti-religioso não raramente marcado por características 
fortemente religiosas (por exemplo, culto ao Estado ou ao líder político). Ambos 
representam modelos que se servem do ser humano como mero instrumento para a 
realização de uma ideologia política ou religiosa e não como um fim em si mesmo. Neste 
sentido, um e outro são exemplos de desrespeito à dignidade humana. Algo muito 
preocupante atualmente é a tendência que se observa em alguns setores da imprensa para se 
opor ao direito de líderes religiosos expressarem suas opiniões a respeito de questões éticas 
relacionadas com alguma política pública. A Política governamental, com certeza, não deve 
ser orientada para atender os valores éticos defendidos por este ou aquele grupo religioso, 
mas não se pode negar o direito que os religiosos – como os lideres de outros segmentos da 
sociedade – têm de se manifestar sobre qualquer política pública, exercendo de modo pleno 
a cidadania. Por exemplo, é plenamente legítima a atitude dos bispos católicos de se 
insurgirem contra a distribuição de preservativos. Ao fazê-lo, estão tão somente 
expressando o ponto de vista religioso sobre o assunto. Posso não concordar com tal 
posicionamento, mas de modo algum me é lícito negar-lhes o direito a que o manifestem. 
Qualquer pessoa pode considerá-lo retrógrado e expor os motivos para que as políticas de 
 
41 
 
saúde pública não o acolham. Porém, o argumento que muitas vezes tem sido utilizado – o 
de que eles deveriam ficar calados porque o Brasil é um país laico – nada mais é do que 
uma falácia autoritária. Democracia é convivência dos contrários. A tentativa de influenciar 
a política governamental é prerrogativa de qualquer grupo social, consectário inevitável da 
cidadania, não consistindo, em si, afronta à laicidade estatal. (CAMPOS, 2010, p. 81-82). 
Outro aspecto que deve ser visualizado, em cátedra, é o de que o Estado laico não é aquele 
absolutamente refratário a influências religiosas. Os protótipos de Estados laicos que 
adotaram políticas públicas que diretamente (ou não) desaguaram em movimentos 
capitaneados por líderes religiosos são inúmeros, e não raro a motivação religiosa constitui 
fator determinante para as lutas principiadas por determinados segmentos sociais, com o fito 
de viabilizar a adoção de políticas governamentais que melhorassem a vida da sociedade, 
coletivamente sopesada. Em particular, reputamos o emblemático Martin Luther King Junior, 
onde ninguém, em sã consciência, poderia desconsiderar que muitas das políticas 
governamentais americanas foram fortemente influenciadas pelo Movimento dos Direitos 
Civis, liderado pelo pastor batista, a despeito das latentes motivações religiosas. 
Então, se as políticas estatais não são diametralmente desprovidas de influência religiosa, e se 
o Estado laico não é sinônimo de anti-religioso (ou ateísta), qual a melhor hermenêutica para 
interpretá-lo, se é que tal questionamento pode ser encarado como “lícito”? 
Na verdade, laico nada mais é do que o caráter de neutralidade religiosa do Estado. O 
Estado laico é aquele que não privilegia nenhuma religião em particular e cuja política não 
é determinada por critérios religiosos. Significa dizer, ainda, que os Estados e as 
comunidades religiosas não sofrem interferências recíprocas no que diz respeito ao 
atendimento de suas finalidades institucionais. Vale lembrar, todavia, que interferência não 
se confunde com influência. Uma ilustração pode aclarar a distinção. Nada mais natural que 
dois jovens recém-casados tragam para o seu casamento a carga cultural recebida de seus 
pais. O modo pelo qual foram criados certamente contribui para sua visão de mundo e, de 
alguma maneira, influencia a vida do casal. Eventualmente, marido e mulher podem ouvir 
alguma sugestão dos seus pais sobre algum assunto em particular (a aquisição de um 
imóvel, por exemplo) e o jovem casal pode seguir ou não o conselho recebido. Isso pode 
ser rotulado como influência. Todavia, se a sogra da jovem esposa liga para a residência do 
casal e determina à cozinheira qual o cardápio diário a ser seguido, mesmo que motivada 
por preocupações com a saúde do seu filho, estamos diante de uma interferência e não mais 
de uma mera influência. Do mesmo modo, as políticas públicas não podem ser ditadas pelo 
pensamento religioso ou idealizadas para satisfazer este ou aquele grupo religioso, porque o 
que se busca numa comunidade política é a satisfação dos interesses de todo o grupo social, 
composto por cidadãos de todas as matizes ideológicas (religiosas ou não). Nada impede, 
 
42 
 
entretanto, que grupos de pressão (religiosos ou não) postulem pela adoção de políticas 
públicas neste ou naquele sentido, conquanto o critério para a decisão estatal jamais deva 
ser determinado pelo pensamento religioso (TOURRANE, 1996, p. 14). 
Nesse diapasão, e excetuados os sistemas jurídicos que adotam oficialmente um arcabouço 
ideológico anti-religioso (ou até ateísta) – e que não constituem propriamente modelos de 
Estado laico, mas alegorias de totalitarismo político), há dois modelos básicos de laicidade 
estatal. O primeiro é o que promove uma separação tendente a confinar a religião ao foro 
íntimo das pessoas, procurando afastá-la do espaço público. Este é, aparentemente, o modelo 
que vem paulatinamente sendo adotado nos países mais secularizados. O caso paradigmáticoé 
o da França, onde a religião tem sido gradualmente expulsa do espaço público, a ponto de o 
Parlamento francês ter aprovado uma lei (a 2004-228, de 15 de março de 2004) coibindo a 
utilização de símbolos e indumentárias que representem uma manifestação ostensiva de uma 
identidade religiosa, por parte de estudantes de instituições públicas de ensino. 
O segundo modelo de Estado laico é o que, vislumbrando no fenômeno religioso um 
importante elemento de integração social, não almeja afastá-lo por completo da esfera 
política. Antes, chega a incentivar expressões de religiosidade no espaço público, 
chancelando-as de diversos modos, como, por exemplo, favorecendo o estabelecimento de 
capelanias em corporações militares. 
Entre um modelo e outro, evidentemente, há diversos entretons, tendo em vista as 
especificidades de cada ordenamento jurídico nacional, bem como a tradição de cada povo. 
As dimensões da muralha que separa a comunidade política das organizações religiosas 
variam, assim, de Estado para Estado. Certamente há circunstâncias históricas específicas que 
explicam os porquês da preponderância, em um determinado sistema jurídico, de uma 
concepção mais próxima deste ou daquele padrão, circunstâncias estas que estão ligadas ao 
desenrolar do processo de secularização vivenciado por cada sociedade. 
Importante salientar que a secularização – compreendida como o processo pelo qual a 
sociedade se afastou do controle da Igreja, de forma que a ciência, a educação, a arte e a 
política ficaram livres da conformidade com as hierarquias eclesiásticas, bem como do dogma 
teológico – enquanto fenômeno que alcança todo o mundo ocidental, manifesta-se de distintas 
maneiras nos diversos Estados, por razões igualmente diversas, dentre as quais se inclui até 
mesmo a concepção teológica sustentada pela expressão religiosa tida como majoritária, 
sendo válido ressaltar, exemplificativamente, que o processo de secularização em países de 
 
43 
 
tradição calvinista não se dá na mesma celeridade que em países de tradição católica. Do 
mesmo modo, quando a analogia se perfaz, alegoricamente, entre países tradicionalmente 
muçulmanos e países tradicionalmente budistas. Outro aspecto singular, dentro de nossas 
considerações, diz respeito à motivação cardinal da separação entre as organizações religiosas 
e o Estado, uma vez que 
as opiniões variam quanto ao que a doutrina constitucional da separação entre Igreja e 
Estado tem como intenção primeira. A intenção é proteger as Igrejas da interferência 
governamental ou proteger a política de grupos de pressão religiosos? Não parece 
desarrazoado que, embora o princípio da separação seja capaz de atender a ambos os 
interesses, dependendo das particularidades históricas de cada país que o adotou, tenha 
havido historicamente a precedência de uma intenção sobre a outra. Nos Estados Unidos, 
por exemplo, vê-se claramente que a intenção primeira dos constitucionalistas foi a de 
proteger as igrejas da interferência governamental, sobretudo para garantir proteção ao 
pluralismo religioso que marcou a história norte-americana desde os seus primórdios. Já na 
França, a intenção primeira – claramente perceptível na Declaração de Direitos do Homem 
e do Cidadão, de 1789 – foi a de proteger o Estado da interferência religiosa. Sem 
pretender superestimar tal dado, é plausível que os modelos de Estado laico que se 
desenvolvem em ambos os países tenham guardado alguma relação com a intenção inicial 
que determinou a adoção por cada ordenamento constitucional do princípio da separação 
entre Estado e confissões religiosas. A par disso, há também outro aspecto a ser 
considerado: em muitos países os movimentos sociais e políticos que levaram ao 
estabelecimento do princípio de separação entre a Igreja e o Estado, também agasalhavam 
representantes das confissões religiosas minoritárias, ora perseguidas, ora apenas toleradas 
pelo poder público. As confissões religiosas, a cujos integrantes não era conferida a 
plenitude dos direitos – não podiam, por exemplo, ser funcionários públicos – também se 
mobilizaram na luta pelo estabelecimento de um Estado laico, vendo aí a solução para que 
lhes fosse assegurada a cidadania plena. Se isso é verdade, não se pode dizer que 
necessariamente o processo de secularização levou à adoção do princípio da separação 
entre o Estado e as organizações religiosas. Muitas vezes, a adoção do princípio da 
separação resultou muito mais do interesse dos próprios grupos religiosos, receosos de que 
a organização política privilegiasse um determinado grupo em detrimento dos outros ou, 
pelo menos, de que esta adotasse uma postura invasiva em relação ao domínio religioso. 
Por isso, na evolução histórica de alguns países o princípio da separação pode não ter 
representado um efeito imediato do processo de secularização e, ao invés disso, ter até 
contribuído para a aceleração deste processo (SMITH, 2001, p. 101). 
 
44 
 
O que cumpre salientar, entrementes, é que o princípio da separação é uma via de mão dupla: 
serve tanto para apartar a interferência estatal na esfera religiosa quanto para refutar a 
interferência religiosa na esfera estatal. 
 
Considerações finais 
A perspectiva sociológica tem sido um paradigma na caracterização da paisagem religiosa 
contemporânea, diante de perspectivas que privilegiam a ideia de diferenciação funcional 
como algo peculiar ao mundo moderno. Neste diapasão, procuramos “lançar sementes” no 
sentido de que a religião não pode (e nem deve) regular o sistema político de uma nação, 
enquanto ente autônomo e que detêm seu modus operandi particular. Entrementes, diante de 
tal sistema, mister reconhecer que a religião possui a capacidade de influenciar o aparelho 
estatal, sobretudo se tomarmos como exemplo performances pautada no protesto coletivo 
contra a fragmentação da sociedade diferenciada, onde seria possível admitir a cooperação 
entre a religião e o próprio sistema político dito diferenciado. 
Nosso intuito é fomentar possibilidades, de maneira que os algoritmos teóricos, na relação 
política-direito-religião, possam ser problematizados a partir dos sentidos que esta relação 
pode produzir, conquanto os movimentos religiosos possuem o condão de imprimir, no 
âmbito político, seus anseios por apreço e relevo, configurando um cenário em que a retórica 
religiosa encontra visibilidade à medida que consegue repercutir pontos inteligíveis da vida 
pública, produzindo modalidades de ação marcadas por atos morais, éticos, jurídicos e 
ideológicos, durante procedimentos de sedimentação e ressignificação da própria identidade, 
o que fortalece a existência de uma espécie de iconicidade estatal. 
Esperamos, com sinceridade, que nossas linhas gerais possam incentivar todos aqueles que se 
debruçam na produção relativa ao delineamento dos contornos desse diálogo instaurado entre 
a religião e a esfera política, independentemente da matriz religiosa tomada como objeto 
epistemológico do saber. 
 
 
 
 
45 
 
Referências 
CAMPOS, Carlos. Ensaios acerca da influência judaico-cristã nos institutos do direito de 
família. 2ª edição. Belém: EDUFPA, 2010. 
ESSEN, Georg; STRIET, Magnus. Kant e a Teologia. Tradução de Werner Fuchs. 1ª edição. 
São Paulo: Edições Loyola, 2010. 
KANT, Immanuel. Fundamentación de la metafísica de las costumbres. Tradução de M. 
García Morente. 8ª Edição. Madrid: Espasa-Calpe, 1983. 
MANOEL, Ivan Ap. História, Religião e Religiosidade. Dossiê Identidades Religiosas e 
História. Revista Brasileira de História das Religiões, v. 1, nº 1 – Curitiba, p. 18-33, 2008. 
SMITH, Huston. Por que a religião é importante? O destino do espírito humano num tempo 
de descrença. Tradução de Cleusa M. Wosgrau e Euclides L. Calloni. 1ª edição. São Paulo: 
Cultrix, 2001. 
TOURAINE, Alain. O que é democracia? 2ª edição. Petrópolis: Vozes, 1996.
 
4647 
 
MC4 – Fundamentos da arquitetura islâmica 
 
 
Coordenador 
 
João Henrique dos Santos 
Professor no departamento de História e Teoria da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 
UFRJ. Coordenador do GP “Todos os tempos, todos os templos” (UFRJ). 
 
 
 Resumo 
Este Minicurso visa propiciar um panorama sobre a Arquitetura Islâmica, desde o seu 
alvorecer, na primeira metade do século VII, até a contemporaneidade. Neste sentido, serão 
abordados os fundamentos teológicos que têm influenciado a Arquitetura Islâmica e sua 
evolução histórica, considerando-se os seus marcos referenciais que sirvam como balizadores 
do recorte temporal em questão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
Introdução à Arquitetura Islâmica 
João Henrique dos Santos
1
 
'Todas as vezes que um grupo de pessoas se reunir em uma das casas de 
Deus, para recitar o Livro de Deus e estudá-lo, a serenidade e a 
tranquilidade Divinas os cobrem, a Misericórdia de Deus os envolve e os 
Anjos os cercam, e Deus os menciona junto aos que estão perto dele Hadith 
relatado por Muslim 
Introdução 
A concepção da espacialidade e da sua sacralização no mundo islâmico remonta aos tempos 
do Profeta Muhammad 
2
, em seus anos de pregação pública do Alcorão (610-632 
3
). O 
primeiro espaço sagrado assim pensado foi o da casa do Profeta, em Medina, onde se 
juntavam seus seguidores e familiares para ouvir a recitação (al-Kuran, em árabe) dos versos 
do Livro Revelado. 
A própria Hégira (“fuga” em árabe) do Profeta em 622 de sua cidade natal, Meca, para 
Medina, então o oásis de Yathrib, doravante denominada Medinat al-Nabi, “Cidade do 
Profeta”, implica uma reorientação e redefinição dos espaços sagrados. O contato com os 
“povos do Livro”, cristãos e judeus, desenvolvido por Muhammad o fez conhecer a veneração 
dedicada por judeus e cristãos à cidade de Jerusalém que, em árabe, passou a ser denominada 
al-Quds, “A Sagrada”. Desta forma, parece claro que o Profeta sabia que o estabelecimento de 
uma cidade como referencial de sacralidade podia servir aos propósitos de identificação 
quando uma nova religião era estabelecida. 
Assim, é em sua casa, em Medina, que ele manda orientar um caramanchão ao norte na 
direção de Jerusalém, enquanto que outro, ao sul, orientava-se em direção a Meca, onde se 
encontrava a Kaaba, o santuário com o aerólito, cuja construção se credita, segundo a 
tradição, ao Patriarca Abraão, de quem os árabes descendem. Estabelecia-se, desta forma, 
 
1
 Doutor. Professor Adjunto da FAU/UFRJ. Coordenador do GP “Todos os tempos, todos os templos”. Contato: 
santosjh@uol.com.br. 
2
 Na tradição islâmica, não se traduz o nome do Profeta, que deve ser grafado Mohammed ou Muhammad. Desta 
forma, preferi o uso tradicional ao uso comum “Maomé”. 
3
 As datas aqui mencionadas tomam por base o calendário cristão. O calendário islâmico inicia-se com a Hégira, 
no ano 622 da era cristã. 
 
49 
 
uma axialidade entre três cidades – Jerusalém e Meca, com Medina ao centro – que subsiste 
até hoje no mundo islâmico. 
A própria planta trapezoidal da casa do Profeta inspiraria em parte a construção das primeiras 
mesquitas, que divergiam das basílicas cristãs por estas apresentarem um eixo longitudinal 
maior do que o horizontal, enquanto que nas mesquitas inverte-se a relação. As sucessivas 
ampliações sofridas por essa primeira mesquita mantiveram sua planta trapezoidal. 
A sucessão de Muhammad pelos Califas (“sucessores” em árabe) e a vertiginosa expansão do 
Islã (em 710 os muçulmanos já haviam chegado à Península Ibérica, tendo conquistado todo o 
Norte da África, assim como tinham se expandido ao norte, até Pérsia) deu nova dinâmica à 
religião e, por consequência, à sua arquitetura. 
A fundação da dinastia Omíada em 660, a cujo clã pertencia Othman, significou, por um lado, 
a expansão do Islã e, por outro, a consolidação da separação entre xiitas e sunitas. O 
estabelecimento da capital em Damasco, na Síria, e o bloqueio do acesso a Meca e Medina, 
imposto em razão da rebelião na Arábia liderada pelo autoproclamado califa Ibn al-Zubair, 
fez com que Jerusalém fosse valorizada pela corte omíada. Lá, o califa Abd al-Malik decidiu 
pela construção de um santuário, circundando a Rocha sobre a qual o Profeta teria ascendido 
ao céu e contemplado Deus, como narrado na surata XVII do Alcorão 
4
. 
O deslocamento do eixo do poder civil para Damasco fez com que se travasse contato com os 
estilos arquitetônicos paleocristão e bizantino. Este, dominante na região, é rapidamente 
assumido pelos omíadas. Desta forma, sob as ordens de Abd al-Malik, é construído o 
Santuário da Cúpula do Rochedo, lugar que se encontrava sobre as ruínas do Segundo Templo 
de Salomão e que, visava a atrair multidões de peregrinos, dada a inacessibilidade de Meca e 
Medina. 
Este Santuário tem sua planta octogonal, característica da arquitetura bizantina 
5
, com dois 
deambulatórios, a fim de que os peregrinos contornem a Rocha a partir da qual teria ocorrido 
a ascensão do Profeta. Seus 85 m de diâmetro fazem dela uma construção magnífica. Uma vez 
que os árabes não tinham o que se poderia chamar de uma tradição arquitetônica, sobretudo 
que pudesse eclipsar a santidade da Kaaba ou o esplendor das basílicas bizantinas, como 
 
4
 Este episódio é conhecido como a “viagem noturna de Muhammad”, sendo assumido que foi um sonho, e não 
um fato real. 
5
 O oitavo dia é o primeiro dia da criação sem a ação criadora de Deus; portanto os templos bizantinos tinham e 
têm planta octogonal. 
 
50 
 
desejava Abd al-Malik, este recorreu a arquitetos cristãos que viviam em Jerusalém e que 
construíssem esse memorial. Não uma mesquita, mas um memorial, projetado especialmente 
para a deambulação e a adoração dos peregrinos. 
Se este saiu com planta bizantina, a mesquita vizinha a ele, na mesma esplanada, a Mesquita 
de al-Aqsa, foi construída com planta cruciforme, típica do paleocristão. Neste caso, para o 
reconhecimento de elementos arquitetônicos da mesquita, faz-se necessário retomar a questão 
da casa do Profeta, em Medina. 
Mesquita (masjid em árabe) significa “lugar onde os homens se prostram diante de Deus”). O 
espaço sagrado no Islã é organizado segundo as necessidades cultuais, determinadas pelos 
pilares sobre os quais a religião se alicerça: a profissão de fé (shahada 
6
), a oração (salat), a 
esmola (zakat e sadaqqa 
7
), o jejum ( Saum) e a peregrinação (hajj). Desta forma, o espaço 
para a religião deveria servir igualmente para o encontro social, do qual derivariam algumas 
das obrigações religiosas. 
A casa do Profeta, o primeiro haram (“casa de oração”) derivaria possivelmente do templo de 
Huqqa, na Arábia do Sul, do século II a.C., e da segunda sinagoga de Douros-Europos, às 
margens do Eufrates, a qual o Profeta deve ter conhecido quando viajava como comerciante. 
A conquista de Meca, em 630, levou-o a orientar sua casa em direção a essa cidade também, 
estabelecendo o primeiro mihrab, o nicho orientado àquela cidade, cuja forma parece 
remontar ao armário com os Rolos da Torá, da sinagoga de Douro-Europos, este orientado a 
Jerusalém. Isso estabeleceu a primeira qibla (“orientação”) do Islã, fazendo com que 
muçulmanos se refiram a si como Ahl al-Qibla (“Povo da Orientação”), diferenciando-se 
daqueles aos quais passaram a designar como Ahl al-Kitab (“Povo do Livro”), a saber judeus 
e cristãos. 
Como já dito, seu muro ao norte era orientado para Jerusalém e o muro ao sul em direção a 
Meca. A expansão que foi feita já durante a dinastia Omíada, em 705, quadruplicando sua 
área, manteve-lhe a planta trapezoidal, acrescentando um salão hipostilo circundando a 
mesquita original. 
 
6
 A shahada consiste na recitação da frase “Somente Alá é Deus e Muhammad é seu

Continue navegando