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Lívia Leandro - P3 - Mod 01 - 2021 Habilidades Clínicas ♡ . P E D I A T R I A ..♡ Aula 01: ANAMNESE PEDIÁTRICA 💜 Além dos dados objetivos de anamnese, uma boa entrevista poderá dar ao médico uma noção global do seu paciente, dos familiares, do ambiente em que vive e seu relacionamento com pais, irmãos, amigos, professores e demais pessoas; 💜 O médico pode perceber sentimentos e ter sensações acerca do paciente, que permitirão analisá-lo e entendê-lo melhor sob o ponto de vista biopsicossocial; ♡ ELEMENTOS DA ANAMNESE PEDIÁTRICA ♡ ➔ Identificação; ➔ Motivo da consulta/QP e duração; ➔ História da doença atual - HDA; ➔ Revisão de sintomas; ➔ Supervisão de Saúde; ➔ Crescimento; ➔ Desenvolvimento; ➔ Antecedentes; ➔ Condições socioambientais. 💜 Identificação ♡ Nome completo - Data do nascimento - Idade ♡ Sexo; ♡ Origem étnica – Naturalidade - Procedência; ♡ Nome do informante + relação de parentesco com a criança; ♡ Data da consulta. 💜 Queixa principal e duração ♡ Registrar a(s) queixa(s) usando as palavras do informante; ♡ Enumere as queixas respeitando uma prioridade; ♡ Identificar com a expressão “sic” o uso de diagnósticos ou afirmativas que não tenham sido comprovados objetivamente (segundo informações colhidas) 💜 HDA ♡ Porque você veio? O que você sente? O que você estava fazendo quando sentiu isto? O que faz melhorar ou piorar? O que você tem feito para isto (medicamentos, tratamentos)?); ♡ Terminologia médica; ♡ Data de início dos sintomas sempre vinculada ao momento da consulta; ♡ Registrar todas as características relevantes dos sintomas; ♡ Se possível e se tiver relação com a doença atual, deve registrar consultas médicas anteriores, diagnóstico(s) dado(s), exames realizados e medicação usada. 💜 Revisão de Sintomas ♡ Geral, pele, cabeça, neurológico, respiratório, subcutâneo, geniturinário, psiquiátrico, cardiovascular, digestivo, endócrino, personalidade, comportamento e músculo esquelético. 💜 Supervisão de Saúde ♡ Recebe acompanhamento médico regular? ♡ Testes de triagem: visão, audição, do pezinho, orelhinha, etc; ♡ Exames laboratoriais realizados recentes; ♡ Prática de exercício físico; frequência; tipo de exercício; ♡ Dieta do dia anterior (ou último dia em que estava com saúde); ♡Hábitos de segurança; ♡Cuidados dentários; ♡Se adolescente: recebeu orientação sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, contracepção, drogadição; ♡ Imunizações. 💜 Crescimento ♡ Uso de curvas padronizadas para monitorização do crescimento; ♡ Velocidade do crescimento; ♡ Tendência à obesidade ou emagrecimento; ♡ Caracteres sexuais secundários. 💜 Desenvolvimento ♡ Idade de aquisição dos marcos mais importantes do desenvolvimento; ♡ Rendimento escolar. 💜 Antecedentes Lívia Leandro - P3 - Mod 01 - 2021 ♡ Perinatais: gestação, parto, dados antropométricos ao nascer, período neonatal imediato ♡ Mórbidos ♡ Alimentares ♡ Familiares (carga genética) 💜 Condições Socioambientais ♡ Tipo e condições da habitação; ♡ Número de pessoas no domicílio; ♡ Estado de saúde dos ocupantes; ♡ Local onde dorme o paciente; ♡ Quem toma conta da criança e onde? ♡ Pais e irmãos (grau de instrução, tipo de emprego, rendimento familiar médio, uso de drogas, fumo); ♡ Adoção na família; ♡ Situação conjugal dos pais; ♡ Tipo de relacionamento com os pais, irmãos, empregados; colegas e professores; ♡ Escola (pública ou privada, tamanho, distância, transporte); ♡ Atividades para-escolares (esporte, música, artes); ♡ Quantas horas diárias assiste TV?; ♡ Acesso a praças e piscina; ♡ Contato com animais; ♡ Contato com substâncias tóxicas; ♡ Contato com delinquentes; ♡ Atividade sexual. Aula 02: EXAME CLÍNICO PEDIÁTRICO GERAL 💜 Começa quando os pais+bebê entram no consultório 💜 Instrumentos: Estetoscópio, abaixador de língua, esfigmo, fita métrica, otoscópio, lanterna e outros 💜 É decisivo e condiciona a qualidade e quantidade dos achados, a adesão e atitude da criança nas consultas subsequentes e o relacionamento pais-pediatra; 💜 Demonstrar carinho, delicadeza e paciência, sem deixar de lado a energia e a firmeza tantas vezes necessárias; 💜 O examinador precisa estar familiarizado com os padrões normais, para assim perceber o que está anormal no crescimento e desenvolvimento; 💜 O exame físico pediátrico nem sempre pode ser realizado na sequência tradicional crânio-caudal; 💜 Em lactentes e pré-escolares, a ausculta do tórax pode ser realizada com o paciente no colo de sua mãe; 💜 Técnicas de distração, mantendo paciência e calma. ♡ ABORDAGEM ♡ 💜 Lactente (0 até 02 anos) ♡ Ambiente com temperatura agradável; ♡ Criança completamente despida → remove-se as roupas gradativamente; ♡ Iniciado com a criança no colo da mãe, vestida e dormindo; ♡ Procedimentos desagradáveis ou os mais temidos são deixados para o final; ♡Recomendável que as fraldas somente sejam retiradas no momento em que for examinada a região correspondente; 💜 Pré-escolar (02 até 04 anos) ♡ Maior resistência à execução do exame; ♡ Desafio para o médico → completar o exame evitando o choro, luta física ou pais perturbados; ♡ Saber como "quebrar o gelo" através de uma conversa amigável, uma brincadeira, com o uso de brinquedos ou os próprios objetos de exame; ♡ Avisar sobre todos os procedimentos → se possível, demonstrando em si mesmo ou em algum boneco; ♡ Conversar durante o exame, evitando períodos prolongados de silêncio; ♡ A ordem do exame é variável, adaptando-se à situação. ♡ Decúbito apenas para os procedimentos necessários; ♡ Contenção → só em extrema necessidade e explicar aos pais a técnica mais adequada de contenção e assegurar-lhes que a reação da criança é normal para a idade. 💜 Escolar (05 até 10 anos) ♡ A resistência ao exame será mínima; ♡ Conversa amigável com a criança sobre assuntos variados, tais como escola ou amigos; ♡ Explicações sobre os procedimentos do exame físico; ♡ Atentar para o pudor da criança; ♡ As crianças preferem os irmãos e/ou o progenitor do sexo oposto fora da sala; ♡ A ordem do exame pode ser a mesma usada em adultos; 💜 Adolescente (11 até 19 anos) ♡ Preferem que o exame na ausência dos pais; ♡ Apreciam ser tratados como adultos e esperam isso do médico; ♡ Orientar sobre mudanças corporais típicas da adolescência; Lívia Leandro - P3 - Mod 01 - 2021 ♡ Pudor do paciente no tocante ao exame dos genitais, sempre pesando o benefício e o desconforto ou constrangimento causados. ♡ AVALIAÇÃO INICIAL ♡ 💜 A primeira avaliação, rápida e objetiva, cuja finalidade é a detecção rápida de situações de emergência; A avaliação inicial pode ser resumida nas letras ABC, conforme se segue: A - APARÊNCIA B - BREATHING - RESPIRAÇÃO C - CIRCULAÇÃO 💜 Aparência → avaliar estado geral, nível de consciência, presença de dor, desconforto respiratório, sinais de desidratação, sinais indicativos de trauma, entre outros; 💜 Respiração → identificar alterações na frequência respiratória e sinais indicativos de desconforto respiratório ou falência respiratória iminente; 💜 Circulação → identificar alterações na perfusão tecidual, com a presença de cianose, palidez, pele rendilhada ou marmórea, sangramentos etc. ♡ INSPEÇÃO GERAL ♡ 💜 Avaliação da atividade, intensidade e características do choro, responsividade, postura, movimentação espontânea, e da fácies; 💜 Impressão geral → Avaliação geral do grau de doença ou de bem-estar da criança: ♡ Atitude ♡ Fácies ♡ Estado Nutricional ♡ SINAIS VITAIS ♡ 💜 Temperatura 💜 Frequência de pulso: ♡ Palpação dos pulsos periféricos (femoral, radial e carotídeo); ♡ Ausculta cardíaca direta; ♡ Observação da pulsação das fontanelas. FREQUÊNCIA CARDÍACA MÉDIA (bpm) IDADE FREQUÊNCIA MÉDIA Nascimento 140 Até 6 meses 130 6 a 12 meses 115 1 a 2 anos 110 2 a 6 anos 103 6 a 14 anos 95 > 14 anos 70 💜 Frequência Respiratória: Observar também a amplitude e a facilidade ou dificuldade dos movimentos respiratórios: ♡ Observação das incursões abdominais; ♡ Ausculta do tórax; ♡ Colocação do estetoscópio diante da boca e das narinas; ♡ Observação direta oupalpação do movimento torácico. FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA MÉDIA (mpm) Idade Em sono Em vigília 0 a 6 meses 35 65 6 a 12 meses 25 65 1 a 4 anos 20 35 4 a 10 anos 18 25 10 a 14 anos 16 20 💜 Pressão Arterial ♡ Manguito apropriado para cada criança é essencial na mensuração adequada da pressão arterial; ♡ Preparação adequada: a criança precisa ser avisada do procedimento e estar tranquila. Obs: Ao registrar o exame físico, descrever o manguito utilizado e a posição em que foi mensurada a pressão arterial; ♡ Registrar os percentis correspondentes aos níveis tensionais sistólico e diastólico, consultando as tabelas de níveis normais de pressão arterial para idade e altura. PRESSÕES MÁXIMAS NORMAIS Lívia Leandro - P3 - Mod 01 - 2021 Menos de 6 anos 110/75 mmHg De 6 a 10 anos 120/80 mmHg De 10 a 14 anos 125/85 mmHg De 14 a 18 anos 135/90 mmHg ♡ ANTROPOMETRIA ♡ ♡ Realização de medidas de peso, estatura ou comprimento e do perímetro craniano; ♡ Calcular o índice de massa corporal (IMC); ♡ Utilizar as curvas de crescimento. Atualmente, são recomendadas as curvas de crescimento da OMS ♡ Avaliar o crescimento e o estado nutricional do paciente. 💜 PESO ♡ Uso de balança infantil, despidos; ♡ A pesagem deve ser feita com o mínimo possível de roupa. 💜 ALTURA/ESTATURA/COMPRIMENTO ♡ Lactentes em posição supina, usando-se o antropômetro → quadris e os joelhos estendidos (principalmente em RN’s); ♡ Crianças maiores → eretas, encostadas em uma superfície vertical graduada. 💜 PERÍMETRO CEFÁLICO ♡ Deve ser medido regularmente durante os dois primeiros anos; ♡ Usar fita métrica não distensível, passando-a sobre a glabela e a protuberância occipital. ♡ Parâmetros: 33 – 35 cm ♡ EXAME FÍSICO ESPECÍFICO ♡ 💜 PELE E MUCOSAS ♡ Alterações na coloração e textura da pele; ♡ Descrever as lesões identificadas, bem como sua localização; ♡ A pele do recém-nascido possui muitas características especiais → textura macia e lisa + coloração rosa-pálido; OBS: Outra peculiaridade é a presença de áreas azul-escuro mal definidas, localizadas sobre as nádegas e a região lombo-sacra, denominadas manchas mongólicas. São mais comuns em bebês negros e orientais e desaparecem entre um e cinco anos. 💜 Três condições dermatológicas são observadas em recém-nascidos com alguma frequência e merecem descrição: ♡ Milium: pequenas espinhas brancas. ♡ Miliária rubra (“brotoeja”): erupção cutânea pruriginosa causada pelo suor retido na pele. ♡ Eritema tóxico: Erupções vesicopustulosas benignas ♡ Observar as mucosas conjuntival e oral, registrando qualquer alteração de coloração (icterícia, cianose, palidez) e umidade, bem como presença de ulcerações, fissuras e outras lesões; Obs: Levar em consideração que o choro e infecções respiratórias causam hiperemia adicional da mucosa conjuntival; ♡ Fâneros: Observar quantidade, distribuição, características e alterações dos pelos, considerando os padrões normais para cada idade. Verificar alterações nas unhas. Lívia Leandro - P3 - Mod 01 - 2021 💜 TECIDO SUBCUTÂNEO ♡ Avaliado através do pinçamento de uma prega abdominal ou da coxa, devendo-se observar o volume e o turgor (resistência firme e elástica à compressão); ♡ Pesquisar presença e localização de edemas (Sinal de Cacifo ou Sinal de Godet),classificando sua intensidade. ♡ Sinal de Cacifo ou Godet: é um sinal clínico avaliado por meio da pressão digital sobre a pele, por pelo menos 5 segundos, a fim de se evidenciar edema. É considerado positivo se a depressão (“cacifo”) formada não se desfizer imediatamente após a descompressão. 💜 CABEÇA ♡ Conformação geral e tamanho (simetria) ♡ Fontanelas: ♡ Fontanelas deprimidas => desidratação 💜 Olhos ♡ Caso exista fotofobia, secreção, lacrimejamentos, estrabismo, exoftalmia e outras condições 💜 Ouvidos ♡ Analisar nas orelhas a forma, possíveis alterações e a implantação. Nos lactentes, analisa-se também se eles respondem a um estímulo sonoro, direcionando a cabeça para este. ♡ Avalia-se o aspecto do conduto auditivo externo, observando se há hiperemia, lesões, etc. ♡ Analisa-se também a membrana timpânica, quanto à transparência, hiperemia, presença de bolhas, secreção, etc. 💜 Boca e faringe, pescoço, tórax, abdome, genitália e reto, extremidades, mãos e pés, coluna vertebral, exame neurológico e avaliação psiquiátrica básica. Aula 03: EXAME FÍSICO ESPECÍFICO PEDIÁTRICO ♡ PELE E MUCOSAS ♡ 💜 Alterações na: ♡ Coloração; ♡ Textura da pele. 💜 A luz do dia ou a luz amarela são preferíveis; 💜 Descrever as lesões e sua localização. 💜 Lesões permanentes → medi-las nos seus dois maiores eixos (acompanhamento). OBS: Grande parte dos recém-nascidos desenvolve icterícia no segundo ou terceiro dia de vida, que persiste por cerca de uma semana (icterícia fisiológica). 💜 Classificação de Kramer 💜 Valores de REFERÊNCIA: ♡ Bilirrubina total - Recém-nascido prematuro: ♡1 dia: 1,00 a 8,00 mg/dL ♡ 2 dias: 6,00 a 12,00 mg/dL ♡ 3 - 5 dias: 10,00 a 14,00 mg/dL ♡ Bilirrubina total - Recém-nascido A TERMO: ♡ 1 dia: 2,00 a 6,00 mg/dL ♡ 2 dias: 6,00 a 10,00 mg/dL ♡ 3 - 5 dias: 4,00 a 8,00 mg/dL. 💜 Mucosas conjuntival e oral → registrar alteração de coloração e umidade, presença de ulcerações, fissuras e outras lesões; 💜 Fâneros → quantidade, distribuição, características e alterações dos pêlos e unhas, considerando os padrões normais para cada idade. 💜 Pinçamento de uma prega abdominal ou da coxa → observar o volume e o turgor (resistência firme e elástica à compressão); 💜 Pesquisar presença e localização de edemas, classificando sua intensidade (Sinal de Cacifo). ♡ CABEÇA ♡ 💜 Registrar formato e simetria do crânio e da face; 💜 Alterações do tamanho da cabeça são evidenciadas pela medida do perímetro cefálico; Lívia Leandro - P3 - Mod 01 - 2021 ♡ Normal: Um pouco alongado, sendo o comprimento cerca de ⅓ maior que a largura ♡ Plagiocefalia: Nota-se um achatamento de um dos lados. O formato assemelha-se a um paralelogramo. ♡ Braquicefalia: A largura é maior em relação ao comprimento. A região posterior da cabeça é chata ao invés de arredondada. ♡ Escafocefalia: A cabeça é longa e estreita. 💜 FONTANELAS ♡Anterior (bregma) → 4 a 6 cm no diâmetro fronto-parietal, e fecha entre 4 e 26 meses; ♡A posterior (lambda) →mede 1 a 2 cm, e costuma fechar por volta dos 2 meses de idade; OBS: A pressão intracraniana se reflete no grau de tensão e plenitude da fontanela anterior. 💜 Olhos ♡ Avaliar presença e aspecto de secreção, lacrimejamento, fotofobia, nistagmo, anisocoria, exoftalmia ou enoftalmia, microftalmia, hipertelorismo, cor da esclerótica, estrabismo ou outras alterações; ♡ RECÉM-NASCIDO: Avaliar aspecto e simetria dos olhos; Estrabismo ou opacidade do olho. Avaliar presença de visão através da observação de reflexos visuais: constrição visual direta e consensual à luz; pestanejamento em resposta à luz brilhante; ♡ PRÉ-ESCOLAR: Avaliar estrabismo; Avaliar a acuidade visual utilizando o teste do “E” ou cartaz com figuras; ♡ ESCOLAR E ADOLESCENTE: Realizar teste de acuidade visual utilizando quadros apropriados para a idade (letras ou figuras). 💜 OUVIDOS 💜 Forma, alterações e implantação das orelha; OBS: A porção superior do pavilhão auditivo se implanta ao nível ou acima de uma linha que cruza os cantos interno e externo dos olhos AVALIAÇÃO DA ACUIDADE AUDITIVA ♡ Lactente → pestanejamento dos olhos, susto ou direcionamento da cabeça em resposta a um estímulo sonoro; Lívia Leandro - P3 - Mod 01 - 2021 ♡ Crianças maiores → sussurrar ordens a uma distância aproximada de 240 cm. OBS: A avaliação da acuidade auditiva pode ser feita pelo próprio pediatra se este dispuser de aparelhagem adequada, mas terá sempre caráter de triagem; ♡ Lactentes contenção adequada (delicada e firme) → examinados deitados; ♡ Crianças maiores → contidas no colo; ♡ Na criança até um ano, o lobo da orelha deve ser tracionado para baixo; ♡ Entre um e cinco anos, tracionar o canal para cima e para trás. ♡ Avaliar o aspecto do conduto auditivo externo quanto à presençade hiperemia,descamação, lesões, corpo estranho, etc. ♡ Quanto à membrana timpânica: observar perda de transparência, hiperemia, abaulamento ou retração, bolhas, presença de secreção, ruptura, etc. Nascimento: É capaz de imitar gestos simples com a boca, reage a estímulo sonoro de alta intensidade, presença de reflexo cócleo-palpebral. 04 a 07 meses: Vira a cabeça diretamente em plano lateral com um estímulo sonoro de média intensidade. Vocalização, escuta a própria voz. Por volta dos 6 meses, deve-se considerar um sinal de alerta para distúrbios da comunicação a ausência de sorriso/expressão alegre. 07 a 09 meses: Localiza a fonte sonora diretamente para os lados e indiretamente para baixo com um estímulo sonoro de baixa intensidade, é capaz de partilhar a atenção (percebe e reconhece uma terceira pessoa que chega numa brincadeira por exemplo) e dialogar em ´´turnos´´ com seu cuidador. 09 a 13 meses: localiza sons para os lados e abaixo diretamente com um estímulo sonoro de baixa intensidade. Deve ser capaz de atender ao seu nome. Fala ao menos 1-2 palavras. 13 a 16 meses: Localiza diretamente estímulos sonoros de baixa intensidade para o lado e para baixo - e, diretamente para cima. 16 a 21 meses: Localiza diretamente para o lado, acima e abaixo, uma fonte sonora de baixa intensidade. Deve ser capaz de nomear desenhos. 21 a 24 meses: Localiza diretamente em lados os ângulos de uma fonte sonora de baixa intensidade. Forma frases simples, com pelo menos 2 palavras. 36 meses: Deve ser capaz de se comunicar com uma pessoa desconhecida sem dificuldades. Pode haver algumas trocas de fonemas. 💜 SINAIS DE ALERTA PARA PERDA AUDITIVA ♡Bebê que não atende à voz materna ♡Não ri ♡Não movimenta a cabeça em direção a fonte sonora ♡Choro descontrolado ♡Parada do balbucio ♡Não acorda com sons intensos 💜 Nariz ♡ Presença e aspecto de secreção (hialina, sero-mucosa, purulenta, sanguinolenta); ♡ Inspeção e palpação → desvio de septo nasal ou outras deformidades; ♡ Para olhar profundamente → espéculo com orifício calibroso preso ao otoscópio → coloração da mucosa, condições dos cornetos, calibre da via aérea, secreção. OBS: A porção interna anterior do nariz pode ser visualizada facilmente com iluminação, empurrando sua ponta para cima. 💜 Boca e faringe ♡ Inspeção dos dentes, gengiva, face interna das bochechas, língua e abóbada palatina; ♡ Dentes → avaliar oclusão dentária, defeitos de alinhamento, presença de cáries, tártaro e placa bacteriana; ♡ Aspecto da língua → alterações fisiológicas (língua geográfica) ou que sugiram patologias (língua em morango da escarlatina) Lívia Leandro - P3 - Mod 01 - 2021 → Observar inserção do freio da língua: não haverá dificuldade na amamentação ou fala se a língua puder ser projetada até a crista alveolar; ♡ Lactentes → faringe é visualizada facilmente durante o choro; ♡ Acima de um ano → exame com dificuldade → contenção → abaixador de língua deve ser segurado como uma caneta, próximo à ponta que vai ser introduzida, e o dedo mínimo do examinador deve estar em firme contato com a face da criança de modo a neutralizar os movimentos da cabeça; ♡ Observar tamanho e aspecto das amígdalas, hiperemia, petéquias e gota pós-nasal. 💜 Pescoço ♡ Avaliar se há cistos, fístulas, torcicolo congênito ou anormalidades da tireóide → palpação da glândula de modo sistemático a partir da idade escolar; ♡ LINFONODOS: Inspeção e palpação de gânglios cervicais, submandibulares e retroauriculares → tamanho, consistência, dor, mobilidade, aderência; OBS: RIGIDEZ DE NUCA: Flexionar a cabeça da criança ou pedir que ela encoste o queixo ao peito. ♡ TÓRAX ♡ 💜 GERAL: ♡ Observar forma, simetria, sinais de raquitismo; ♡ Observar as mamas e realizar exame das mamas nas adolescentes (priorizando o pudor). INSPEÇÃO ESTÁTICA 💜 Tipos de tórax: ♡ Chato: normal (diâmetro látero lateral > que o ântero posterior aproximadamente 2x) ♡ Tonel: enfisematoso (diâmetro ântero posterior maior do que o látero lateral) ♡ Cariniforme: esterno proeminente (pode ser de forma congênita ou raquitismo) ♡ Infundibuliforme: depressão da parte inferior do esterno e região epigástrica (em geral de natureza congênita e raquitismo) pode comprometer a ventilação 💜 Tórax - Pulmão INSPEÇÃO: Observar presença de tiragem, tipo respiratório, ritmo, expansibilidade torácica e uso de músculos acessórios; ♡ PALPAÇÃO: pesquisa de frêmito tóraco-vocal (pedir para a criança contar “1,2,3”, “33” ou “44”, ou durante o choro); ♡ Frequência respiratória em crianças e adolescentes, de acordo com a idade : ♡ 0–28 dias/30–60; ♡ 6 meses/25–40; ♡ 1–3 anos/20–30; ♡ 6 anos/18–25; ♡ 10 anos/15–20. 💜 TÓRAX - Pulmão ♡ PERCUSSÃO: Percutir face anterior, lateral e posterior do tórax; ♡ AUSCULTA: Se a criança chora moderadamente, pode auxiliar na ausculta, pois o choro equivale à voz, e a inspiração profunda auxilia a ausculta do murmúrio vesicular. Procurar alterações dos sons respiratórios e sua localização; ♡ Sinais de desconforto respiratório: tiragem (intercostal, supraesternal, subesternal, supraclavicular) + uso de musculatura acessória + batimentos da asa do nariz. Lívia Leandro - P3 - Mod 01 - 2021 💜 O sistema respiratório da criança apresenta particularidades que a tornam especialmente suscetível ao desenvolvimento de problemas respiratórios: ♡ língua maior; ♡ mandíbula menor; ♡ respiração nasal; ♡ formato da laringe ("funil"); ♡ musculatura menos desenvolvida; ♡ diafragma horizontal; ♡ maior frequência respiratória; ♡ maior suscetibilidade à fadiga. 💜 Peculiaridades → percussão hiperressonante, ausculta com sons mais altos e rudes; rara supressão completa do murmúrio vesicular, e elevada frequência de sibilos e roncos. ♡ TÓRAX - CORAÇÃO ♡ INSPEÇÃO: Ver impulso apical (ao nível do quarto espaço intercostal até os sete anos); ♡ PALPAÇÃO: Palpar ictus; presença de frêmitos; ♡ AUSCULTA: As bulhas são mais facilmente audíveis do que em adultos (parede é mais fina); B1 é mais forte que B2 no ápice. Mais do que 70% das crianças normais pode apresentar sopros sistólicos inocentes, sem evidências de cardiopatias. ♡ ABDÔMEN ♡ ♡ INSPEÇÃO: Observar alterações globais de forma e volume e abaulamentos localizados; Durante o choro, pode-se também perceber se há hérnias umbilicais, ventrais, ou diástases dos retos. ♡ PALPAÇÃO: geral, superficial e profunda, do fígado e baço. Lactente, geralmente, é possível palpar o fígado, a ponta do baço e, às vezes, os rins e globo vesical quando distendido. Sempre registrar a extensão total do fígado utilizando palpação e percussão. Dor abdominal e sua localização, defesa ou rigidez da parede. Avaliar visceromegalias ou massas. ♡ PERCUSSÃO: Através da percussão pode-se delimitar o tamanho do fígado, confirmar presença de ascite (macicez móvel) ou hipertimpanismo (como nas distensões de alças). ♡ AUSCULTA: Os ruídos hidroaéreos estão aumentados nas gastroenterites ou na obstrução mecânica do delgado e diminuídos no íleo paralítico. Sopros abdominais também podem ser detectados. Extensão Total do Fígado Lactente 5 cm 1 ano 6 cm 3 anos 7 cm 5 anos 8 cm 12 anos 9 cm ♡ GENITÁLIA E RETO ♡ 💜 MENINOS: observar presença de fimose e testículos na bolsa escrotal. ♡ Reflexos cremastéricos hiperativos podem dar origem a uma criptorquidia aparente (testiculo não descido) ♡ Observar também hidrocele, hipospádia ou hipogonadismo. 💜 MENINAS: ver orifício himenal, presença de secreção vaginal e sinéquia de pequenos lábios. ♡ Enquadrar a criança em um dos cinco estágios de desenvolvimento sexual segundo os critérios de Tanner. OBS: RN pode haver secreção mucóide ou às vezes sanguinolenta nos primeiros dias de vida, devido a uma influência estrogênica materna. ♡ EXTREMIDADES ♡ Lívia Leandro - P3 - Mod 01 - 2021 💜 GERAL: Observar deformidades, hemiatrofia, valgismo/varismo, paralisias, edema, alterações da temperatura, postura, assimetria, alterações da marcha. 💜 PULSOS: Palpar pulsos radiais, femorais e pediosos. OBS: ARTICULAÇÕES: Observar sinais inflamatórios(edema, calor, rubor e dor), alterações da mobilidade (limitação ou hipermobilidade), nódulos. 💜 ARTICULAÇÃO DO QUADRIL: RN → realizar a manobra de Ortolani: posicionar a criança com as coxas flexionadas em ângulo reto e realizar manobras de abdução. Suspeita-se de luxação quando há limitação da abdução, assimetria ou percepção tátil da fuga da cabeça do fêmur do acetábulo. Nos lactentes comparar a simetria da abdução, das pregas glúteas e da fossas poplíteas. 💜 MÃOS E PÉS: dedos extra-numerários, baqueteamento digital, linha simiesca, clinodactilia, sindactilia. Examinar os pés sob o ponto de vista estático e dinâmico (observação da marcha). Fazer manipulação passiva para avaliar a flexibilidade dos pés. ♡ COLUNA VERTEBRAL ♡ 💜 Examinar → rigidez, postura, mobilidade, curvaturas, etc; ♡ Registrar presença de espinha bífida, fosseta ou cisto pilonidal, tufos de pelos, hipersensibilidade; ♡ Se há escoliose, pode-se achar deformidade costal e proeminência da musculatura lombar em um dos lados, que se acentua com a inclinação do corpo para frente. Lembrar que a escoliose pode ser causada por uma desigualdade do comprimento das pernas. ♡ AVALIAÇÃO PSIQUIÁTRICA BÁSICA ♡ 💜 Deve ser sempre feita durante o exame físico, assim como durante a anamnese. A avaliação dos seguintes ítens poderá dar um perfil psiquiátrico da criança, acrescido da história relatada pelo responsável: - (a) atitude frente ao ambiente e ao examinador; - (b) temperamento; - (c) desenvolvimento perceptivo; - (d) nível intelectual; - (e) comportamento emocional; - (f) expressão verbal. Aula 04: ANTROPOMETRIA 💜 CRESCIMENTO → aumento físico →aumento da massa corporal macroscopicamente → hiperplasia e hipertrofia celulares → quantitativo →avaliação de peso e altura da criança ao longo do tempo → considerado um dos indicadores de saúde mais importantes da criança; 💜 DESENVOLVIMENTO → ganho de funções → habilidades neuropsicomotoras adquiridas nos primeiros anos de vida + funções reprodutivas adquiridas durante a puberdade → um parâmetro avaliado qualitativamente. Fatores intrńsecos + Fatores Extrínsecos = CRESCIMENTO + DESENVOLVIMENTO ♡ AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO ♡ 💜 PEDIATRIA → acompanha o peso, a estatura/altura, as medidas do segmento inferior (sínfise púbica até o chão), segmento superior (estatura menos o segmento inferior), a envergadura e o perímetro cefálico para estimar a adequação do crescimento. 💜 PESO ♡ Sofre influência de muitos fatores → indicador mais sensível, porém menos específico; ♡ A criança dobra o peso de nascimento aos 4-5 meses, triplica aos 12 meses e quadruplica com 2-2 anos e seis meses; ♡ De dois até oito anos, cada criança ganha em média 2 kg/ano; Lívia Leandro - P3 - Mod 01 - 2021 ♡ Fórmula para cálculo aproximado do peso (crianças de três até onze anos) Peso (kg) = Idade (anos) x 2 + 9 Ao nascimento A média de peso ao nascimento é de 3,4kg. Existe uma perda de 10% do peso de nascimento nos primeiros 7 dias de vida. Recuperação por volta do 14° dia 1° Trimestre 700 g/mês ou 25-30 g/dia 2° Trimestre 600 g/mês ou 20 g/dia 3° Trimestre 500 g/mês ou 15 g/dia 4° Trimestre 400 g/mês ou 12 g/dia PRÉ-ESCOLAR 2 kg/ano ou 8-6 g/dia ESCOLAR 3-3,5 kg/ano 💜 ESTATURA ♡ A estatura é um indicador mais confiável (menos sensível, porém mais específico); ♡ Comprimento → usado para determinar o crescimento linear em crianças até dois anos; ♡ A partir dos dois anos, usamos o termo altura; ♡ O comprimento médio das crianças ao nascimento é de 50 cm; ♡ 1o semestre de vida cresce 15 cm e no segundo semestre 10 cm; ao final do primeiro ano a criança cresce 25 cm, ou seja, cerca de 50% do seu comprimento ao nascimento; ♡ Com quatro anos a criança mede em torno de 1 metro; ♡ Fórmula da altura de acordo com a idade de três aos 11 anos. Altura (cm) = (Idade – 3) x 6 + 95 ♡ Até os dois anos o comprimento deverá ser medido com a criança na posição deitada, colocando-se a régua antropométrica em contato com o vértice da cabeça e sobre a sola dos pés posicionados a um ângulo de 90o; ♡ Após os dois anos, a estatura é medida com a criança na posição de pé, apoiando-se a região occipital e os calcanhares sobre a régua vertical (estadiômetro). 💜 ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA (IMC) IMC = Peso (kg) / Altura² (m) 💜 VELOCIDADE DE CRESCIMENTO LINEAR PRÉ-NATAL 1° Trimestre 1,5 cm/semana 2° Trimestre 2,5 cm/semana 3° Trimestre 0,5 cm/semana Comprimento médio ao nascimento 50 cm PÓS-NATAL Nelson 20° edição Tratado de PEd - 3° edição 1° ano 25 cm/ano 1° Trimestre 8-9 cm (3 cm/mês) 2° Trimestre 6-7 cm (2 cm/mês) 3° Trimestre 5 cm (1,5 cm/mês) 4° Trimestre 5 cm (1,2 cm/mês) Lívia Leandro - P3 - Mod 01 - 2021 2° ano Pré-escolar (2 a 6 anos incompletos) 7-8 cm/ano 2 a 4 anos: 7 cm/ano 4 a 6: 6 cm/ano Escolar (6 a 10 anos incompletos) 6-7 cm/ano 5 cm/ano Adolescência Meninas: 8-9 cm/ano Meninos: 9-10 cm/ano Meninas: 8-10 cm/ano Meninos: 10-12 cm/ano 💜 PERÍMETRO CEFÁLICO ♡ Representa o crescimento do cérebro, Nos primeiros meses de vida é muito útil para identificação de desvios do desenvolvimento neurológico; ♡ Usar fita métrica de boa qualidade, não distensível, passando-a sobre a glabela e a protuberância occipital. ♡ É uma medida confiável do crescimento do cérebro, sendo um índice que menos varia para diferentes grupos etários; ♡ Nos primeiros meses de vida é mais fácil identificarmos uma anomalia cerebral pelo perímetro cefálico do que pelas provas de desenvolvimento; ♡ No recém-nascido é maior do que o perímetro torácico. Ao nascimento A média do PC ao nascimento é de 35 cm 1° Trimestre 2 cm/mês 2° Trimestre 1 cm/mês 3° e 4° Trimestres 0,5 cm/mês 1° ano Aumento de 12cm. O PC médio é de 47 cm. 2° ano 2 cm/ano PRÉ-ESCOLAR ATÉ ANOS 5 cm 💜 AUXOGRAMAS ♡ São os GRÁFICOS de crescimento pondero estatural padronizados que nos fornecem uma definição estatística da normalidade, comparando crianças do mesmo sexo e idade. ♡ O crescimento infantil é um excelente parâmetro para se avaliar o desenvolvimento socioeconômico de uma região, pois a infância é um período de singular susceptibilidade às variações ambientais da sociedade. ♡ As curvas de referência, ou referencial adotado para comparação na avaliação do crescimento, não devem ser usadas como se fossem padrões. ♡ A curva ou padrão de referência deve refletir a variabilidade do crescimento que é esperada quando as condições ambientais são ótimas. “ Todo padrão é uma referência, mas nem toda referência é um padrão” MENINAS: Lívia Leandro - P3 - Mod 01 - 2021 MENINOS: Observações: De acordo com a faixa etária o parâmetro mais importante irá mudar: ★ PC até 2 anos ★ IMS - até a adolescência Escore Z - aferição mais precisa do possível desvio do crescimento Abaixo do escore z -2 => para crescimento significa baixa estatura Escore z -1 e -2 => não há desvios Entre escore 0 e -1 => estado nutricional normal, mas é uma criança eutrófic Aula 05: DESENVOLVIMENTO NEUROLÓGICO 💜Desenvolvimento do SN → na 3a semana → aparecimento da placa neural → um espessamento do ectoderma que progressivamente → tubo neural → Sistema Nervoso Central. 💜Ao final da 5a semana a divisão básica do SNC está completa: ♡prosencéfalo (hemisférios cerebrais e diencéfalo - tálamo e hipotálamo); ♡mesencéfalo (pedúnculos cerebrais); ♡rombencéfalo (cerebelo, ponte e bulbo); 💜A mielinização começa no meio da gestação e se completa ao final do 2o ano de vida; 💜Existem dois picos de DNA, pré e pós-natal: ♡O primeiro em torno da 20a semana corresponde à proliferação de neurônios; ♡O segundo em torno do terceiro mês de vida extrauterina corresponde à proliferação da glia. 💜 PLASTICIDADE NEURAL ♡ Capacidade de modulação das sinapses de acordo com o estímulo externo ♡ A experiência externa (ambiente) é capaz de influenciar as propriedades físicas do cérebro (genética). ♡ 03 anos → 100 bilhões de neurônios e cada um → 15.000 sinapses → permanece mais ou menos constante até os 10 anos → processo de reorganização e remodelamento dos circuitossinápticos → reforço das redes mais utilizadas + enfraquecimento e “poda” das sinapses menos utilizadas; Lívia Leandro - P3 - Mod 01 - 2021 💜 DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR ♡ Conjunto de todas as reações da criança → comportamento → funções e habilidades cada vez mais específicas → reações reflexas e estereotipadas → vão se tornando voluntárias e aprendidas; ♡ Bases fisiológicas → mielinização, formação e remodelamento sinápticos → vias motoras, sensitivas, sensoriais, de linguagem, raciocínio e memória dos sistemas nervoso central e periférico. 💜 REFLEXOS PRIMITIVOS 💜 ♡ São chamadas “primitivos” porque não são voluntários ou aprendidos, e estão sob controle de centros subcorticais, tronco encefálico e medula; ♡ São respostas motoras estereotipadas deflagradas por estímulo externo do examinador, e representam as primeiras reações do neonato ao meio; ♡Caráter transitório; ♡O desaparecimento do reflexo primitivo permite o surgimento de uma conduta motora voluntária, aprendida e sob controle cortical. 💜 Reflexo do Moro ´´Reflexo do abraço´´ ♡Posição supina eleva-se o bebê pelo tronco acima do plano da mesa e repentinamente o solta, apoiando-o em seguida para que não caia → abdução seguida da adução e flexão das extremidades superiores, flexão do pescoço e choro; ♡Aos 03 meses ele desaparece em sua forma “típica” ou completa; ♡Aos seis meses desaparece definitivamente; 💜 Reflexo Tônico Cervical Assimétrico (Magnus de Kleijn) ♡ O bebê na posição supina sofre uma rotação da cabeça para um lado por 15 segundos → resposta esperada é a extensão das extremidades do lado do queixo e flexão das extremidades do lado occipital; ♡ Aos 03-04 meses desaparece 💜 Reflexo de Preensão Palmar ♡ Na posição supina, o examinador coloca o dedo na face palmar do bebê→ flexão dos dedos e fechamento da mão; ♡ Surge com 27 semanas de idade gestacional; ♡ Aos 04 meses desaparece. 💜 Reflexo de Preensão Plantar ♡ Na posição supina, o examinador comprime o seu polegar sobre a face plantar, abaixo dos dedos → flexão dos dedos do pé; ♡ Aos 15 meses desaparece. 💜 Reflexo de Galant ♡ Coloca-se o bebê em prona, com o tronco apoiado sobre o braço do examinador. Com o dedo da mão Lívia Leandro - P3 - Mod 01 - 2021 contralateral estimula-se a pele do dorso, fazendo um movimento linear vertical que parte do ombro até as nádegas a cerca de 2 cm da coluna → flexão do tronco, com a concavidade virada para o lado estimulado. ♡ Aos 04 meses desaparece; 💜 Reflexo de Marcha ♡ Se segura o recém-nascido de pé pelas axilas e ao colocar seus pés apoiados sobre uma superfície, imediatamente ele retificará o corpo e iniciará a marcha reflexa; ♡ Aos 02 meses desaparece; 💜 Reflexo de Landau ♡ Com uma das mãos suspendemos o lactente pela superfície ventral. Com a outra mão flexionamos a cabeça rapidamente e todo o corpo entra em flexão; ♡ Surge aos 03 meses e desaparece ao final do 2o ano; 💜 Reflexo de Babkin (reflexo mão-boca) ♡ Pressionamos a mão do lactente e o que verificamos é a abertura da boca; ♡ Desaparece do 3o ao 4o mês. 💜 Reflexo de Busca e Sucção ♡ Ao tocar os lábios de um lactente com o cotonete, verificamos movimentos de sucção ou ao tocar a sua bochecha ele irá em busca do toque; ♡ Entre o 4o e 6o mês desaparece. 💜 Reflexo Cutaneoplantar ♡ É obtido ao se estimular a sola do pé com um objeto de ponta romba, fazendo-se um risco do calcanhar à base do quinto dedo; ♡ Até o quarto mês de vida, 100% dos lactentes têm uma resposta de extensão do hálux com ou sem abertura em leque dos dedos, e isto não deve ser interpretado como um achado anormal; ♡ No 12o mês, a resposta passa a ser a flexão dos dedos, e assim permanece por toda a vida 💜 Reflexo do Paraquedista Lívia Leandro - P3 - Mod 01 - 2021 ♡ Se segura o lactente pela região ventral e o aproxima da mesa de exame bruscamente, para dar-lhe a impressão de que está caindo → extensão dos braços e abre as mãos na tentativa de proteger-se. ♡ Surge aos 8-9 meses e permanece por toda a vida. ♡ AVALIAÇÃO ♡ Avaliar o ganho de funções e habilidades nas cinco grandes áreas ou condutas: ➔ Conduta adaptativa; ➔ Conduta motora fina; ➔ Conduta motora grosseira; ➔ Conduta de linguagem; ➔ Conduta pessoal-social. 💜 CONDUTA ADAPTATIVA ♡ Reações frente aos estímulos apresentados → dependem da interação da capacidade motora, sensorial, de coordenação e cognitiva → adequada exploração e aprendizagem; ♡ Precursora da inteligência →capacidade da criança em “resolver” problemas e aprender a partir de novas experiências. 💜 CONDUTA MOTORA FINA ♡ Habilidades cada vez mais precisas e específicas → uso da mão e dedos → exploração cada vez mais delicada do objeto; ♡ Observada juntamente com a conduta adaptativa. 💜 CONDUTA MOTORA GROSSEIRA ♡ Habilidades motoras gerais → sustentar cabeça, tronco, sentar-se, rolar, engatinhar, andar, pular,... ♡ Dependente da interação das vias motoras centrais e periféricas. 💜 CONDUTA DE LINGUAGEM ♡ Capacidade de compreender e exprimir sensações e pensamentos; ♡ Incluem as reações de comunicação não verbal = (sorriso, riso alto, choro, apontar, expressões faciais) e verbal (sons guturais, balbulcio, lalação, primeiras palavras, frases, histórias). 💜 CONDUTA PESSOAL-SOCIAL ♡ Reações da criança frente às outras pessoas (mãe, pai, examinador, brincadeiras com outras crianças) e frente às situações de vida diária (alimentação, sono, higiene, vestimenta, controle esfincteriano). ♡ DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR♡ ♡ Sentido céfalo-caudal, proximal-distal e da borda ulnar-borda radial; ♡ O lactente adquire primeiro o controle de cabeça → depois o controle de tronco → sentar → engatinhar → andar; ♡ Primeiro adquire a capacidade proximal de levar as mãos à linha média para depois → aprimora a capacidade de preensão; 💜 MARCOS DO DESENVOLVIMENTO ♡ NO 1° MÊS Motor: ➔ Prona: pernas mais estendidas, a cabeça se alinha momentaneamente com o corpo durante a suspensão ventral ➔ Supina: Reflexo tônico cervical assimétrico, a cabeça cai quando a criança é puxada para sentar Adaptativo: Lívia Leandro - P3 - Mod 01 - 2021 ➔ Visão: segue um objeto em movimento Pessoal-Social: ➔ Movimentos do corpo em resposta a voz ou contato ➔ Começa a sorrir ♡ NO 2° MÊS Motor: ➔ Prona: levanta a cabeça rapidamente, a cabeça é sustentada no plano do corpo durante a suspensão ventral ➔ Supina: postura tônica cervical assimétrica predominante, a cabeça cai quando a criança é puxada para sentar Linguagem: ➔ Sorri ao contato social ➔ Pessoal-Social ➔ Presta atenção em vozes ♡ NO 3° MÊS Motor: ➔ Prona: levanta a cabeça e tórax com os braços estendidos, a cabeça fica acima do plano do corpo na suspensão ventral ➔ Supina: postura tônica cervical assimétrica predominantemente acena para um brinquedo ➔ Sentado: a cabeça pende para trás quando puxado para sentar, a cabeça titubeia para alcançar o controle Linguagem: ➔ Diz ´´aah, ngah´´ Pessoal-social: ➔ Ouve música ♡ NO 4° MÊS Motor: Prona: levanta a cabeça e tórax com a cabeça em posição vertical, pernas estendidas Supina: postura cervical simétrica predominante, mãos na linha média, alcança objetos e os traz à boca Sentado: a cabeça não pende para trás quando puxado para sentar De pé: quando colocado de pé, empurra o corpo com as pernas Adaptativo: Vê a bola, mas não se movimenta para alcançá-la Pessoal-Social: Ri alto, excita-se o ver a comida ♡ NO 7° MÊS Motor: ➔ Prona: rola, rasteja-se, engatinha ➔ Supina: levanta a cabeça, rola ➔ Sentado: senta-se com apoio, inclina-se com as mãos a frente De pé: suporta mais peso, dá saltinhos Adaptativo: Vê grandes objetos e inclina-se para pegá-los, transfere objetos de uma mão para outra, pega com a palma radial Linguagem: Sons de vogais repetidas, balbucia Pessoal-social: Prefere a mãe, gosta do espelho ♡ NO 10° mês Motor: ➔ Sentado: senta-se sozinho, sem apoio e com a coluna ereta ➔ De pé: deambula segurando nos móveis Adaptativo: Inicia a pega de objetos com o polegar eo indicador, descobre os brinquedosescondidos Linguagem: sons de consoantes repetidas (mama, dada) Pessoal-social: responde ao som do nome, da tcha e brinca de pique-esconde ♡ NO 1° ANO Motor: levanta-se sozinho, anda com uma das mãos apoiadas Adaptativo: faz o movimento de pinça entre polegar e indicador precisamente Linguagem: fala outras palavras além de mama e dada Pessoal-social: ajusta a postura quando é vestido ♡ NO 15° MÊS Lívia Leandro - P3 - Mod 01 - 2021 Motor: anda sozinho, escala as escadas Adaptativo: faz torre de 3 cubos, faz uma linha com o lápis Linguagem: obedece a comandos simples Pessoal-social: aponta o que deseja, abraçar os pais ♡ NO 18° MÊS Motor: corre rigidamente, sobe escadas quando segurado por uma das mãos, explora gavetas e cestos de lixo Adaptativo: faz torre de 4 cubos, imita rabiscos e esvazia uma garrafa Linguagem: fala 10 palavras, identifica uma ou mais partes do corpo Pessoal-social: reclama quando suja a fralda, pede ajuda quando está com problemas, come sozinho e beija os pais ♡ NO 2° ano Motor: corre bem, sobe e desce escadas um passo de cada vez, abre portas, escala móveis, pula Adaptativo: faz torre de 7 cubos, rabiscos circulares, faz linha horizontal Linguagem: forma frases (sujeito, verbo e objeto) Pessoal-social: conta sobre suas experiências imediatas, ouve estórias quando são mostradas figuras, ajuda a se despir ♡ NO 30° MÊS Motor: sobe as escadas alternando os pés Adaptativo: faz torre de 9 cubos, faz traço vertical e horizontal, mas ainda não forma a cruz Linguagem: refere-se a si mesmo com o pronome ´´eu´´, conhece seu nome completo Pessoal-social: sabe ´´fingir´´ em brincadeiras ♡ NO 3° ANO Motor: anda de triciclo, fica momentaneamente sobre um pé Adaptativo: faz uma torre de 10 cubos, faz uma crus e um círculo completo Linguagem: diz sua idade e sexo, conta 3 objetos Pessoal-social: joga em paralelo com outras crianças, lava as mãos, ajuda a vestir-se ♡ NO 4° ANO Motor: pula de um pé só, usa a tesoura para recortar Adaptativo: desenha uma figura humana com a cabeça e 2-4 partes Linguagem: conta até 4, conta estórias Pessoal-social: brinca com outras crianças, vai ao banheiro sozinho ♡ NO 5° ANO Motor: pula com os dois pés Adaptativo: desenha um triângulo Linguagem: identifica 4 cores, conta té 10 Pessoal-social: veste-se e despe-se ♡ De acordo com o MS as consultas pediátricas deverão acontecer com a seguinte periodicidade: 1° semana de vida => 1 mês => 2 meses => 4 meses => 6 meses => 9 meses => 12 meses => 15 meses => 18 meses => 24 meses => anualmente ♡ É importante que em todas as consultas o clínico/pediatra observe: • Crescimento: peso, altura e perímetro cefálico (este até dois anos); • Desenvolvimento neuropsicomotor: conduta motora grosseira, conduta motora fina, conduta adaptativa, conduta de linguagem e conduta pessoal-social; • Alimentação da criança; • Vacinas; • Prevenção de acidentes; • Identificação de problemas e riscos para a saúde. Aula 06: DOENÇAS PREVALENTES NA INFÂNCIA ♡ ATENÇÃO INTEGRADA ÀS DOENÇAS PREVALENTES NA INFÂNCIA - AIDPI ♡ 💜 A Estratégia de Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância (Aidpi Criança) tem por objetivo diminuir a morbidade e a mortalidade de crianças entre 2 meses a 5 anos de idade, por meio da melhoria da qualidade da atenção prestada à criança por profissionais de saúde, em especial na Atenção Básica à Saúde. ♡ OBJETIVO PRINCIPAL Lívia Leandro - P3 - Mod 01 - 2021 O Aidpi não tem a pretensão de estabelecer diagnóstico específico de uma determinada doença → identificar sinais clínicos que permitam a avaliação e a classificação adequada do quadro → triagem rápida para: ➔ encaminhamento urgente a um hospital; ➔ tratamento ambulatorial; ➔ orientação para cuidados e vigilância no domicílio. ♡ OBJETIVOS ➔ Avaliar sinais e sintomas de doenças, o estado nutricional e de vacinação da criança; ➔ Classificar a doença, identificar o tratamento adequado para cada classificação e decidir se cabe referi-la ou não ao hospital; ➔ Administrar tratamentos prévios antes de referir a criança ao hospital (como a primeira dose de um antibiótico, vitamina A, uma injeção de antimalárico ou começar o tratamento para evitar uma hipoglicemia), e como referir à criança. ➔ Administrar tratamentos no serviço de saúde como, por exemplo, terapia de reidratação oral (TRO), nebulização e aplicação de vacinas. ➔ Ensinar a mãe/pai ou responsável pelo cuidado a administrar medicamentos específicos em casa. ➔ Recomendar mãe/pai ou responsável pelo cuidado sobre a alimentação e os cuidados a serem prestados à criança em casa. ➔ Orientar a mãe/pai ou responsável pelo cuidado quando deve voltar imediatamente e para a consulta de retorno; ➔ Reavaliar o caso e prestar a atenção apropriada quando a criança voltar à unidade de saúde. ♡ ESTRATÉGIA DE ABORDAGEM AOS PAIS/INFORMANTES ➔ Receba bem a mãe e peça-lhe que se sente. Pergunte o seu nome e o da criança. ➔ Pergunte que problema a criança apresenta. ➔ Observe como a criança e a mãe interagem e procure sinais de qualquer coisa que possa requerer atenção. ➔ Escute atentamente o que lhe diz a mãe ➔ Use palavras que a mãe possa entender; ➔ Dê-lhe tempo para que responda às perguntas; ➔ Faça perguntas adicionais caso a mãe não esteja segura da resposta. ➔ Determine se é uma primeira consulta ou consulta de retorno para esse problema. ➔ É importante considerar que em alguns contextos o referenciamento da criança a um hospital precisa ser negociado com a família. ♡ VERIFICAR OS SINAIS GERAIS DE PERIGO ➔ A criança não consegue beber nem mamar no peito; ➔ A criança vomita tudo o que ingere; ➔ A criança teve convulsões ou movimentos anormais (< 72h) ➔ A criança está letárgica ou inconsciente; ➔ A criança apresenta tempo de enchimento capilar (TEC) > 2 seg; ➔ A criança apresenta batimento de asa do nariz e/ou gemência. ♡ AVALIAR E CLASSIFICAR ➔ TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR; ➔ SIBILÂNCIA; ➔ DIARREIA; ➔ FEBRE; ➔ PROBLEMA DE OUVIDO; ➔ DOR DE GARGANTA; ➔ ESTADO NUTRICIONAL E PALIDEZ PALMAR 💜 TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR Perguntar: ➔ Há quanto tempo? ➔ A criança tem sibilância? Observar/determinar: ➔ Contar a frequência respiratória em um minuto ➔ Se há tiragem subcostal ➔ Se há estridor ou sibilância Obs: a criança deve estar tranquila IDADE DEFINIÇÃO DE RESPIRAÇÃO RÁPIDA 2 meses a menor de 12 meses 50 ou mais por minuto 1 ano a menor de 5 anos 40 ou mais por minuto AVALIAR CLASSIFICAR TRATAR ♡ Qualquer sinal geral de perigo ♡ Tiragem subcostal ♡ Estridor em repouso PNEUMONIA GRAVE OU DOENÇA MUITO GRAVE ♡ Dar a primeira dose de um antibiótico recomendado ♡ Tratar a criança para evitar hipoglicemia ♡ Referir urgentemente ao hospital ♡ Oxigênio, se disponível ♡ Respiração rápida PNEUMONIA ♡ Dar um antibiótico recomendado durante sete dias ♡ Aliviar a tosse com medidas caseira ♡ Informar a mãe sobre quando retornar imediatamente ♡ Marcar o retorno em dois dias Lívia Leandro - P3 - Mod 01 - 2021 ♡ Nenhum dos sinais acima NÃO É PNEUMONIA ♡ Aliviar a tosse com medidas caseiras ♡ Informar a mãe sobre quando retornar imediatamente ♡ Seguimento em 5 dias, se não melhorar ♡ Se tosse há mais de 14 dias, realizar investigação 💜 SIBILÂNCIA Alguns casos clínicos que podem apresentar sibilância: Asma brônquica: doença crônica das vias aéreas caracterizada por obstrução ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento. Ocorrem inflamação e aumento da reatividade das vias aéreas a uma variedade de estímulos - hiper-responsividade brônquica. Clinicamente, expressa-se por episódios recorrentes de sibilância, dispneia, aperto no peito e tosse. Bronquiolite aguda: frequentemente, ocorre após infecção viral em lactentes. Os broncodilatadores têm pouca ação nesses casos. Pneumonia: As crianças podem apresentar sibilância durante infecção aguda, e quase sempre este sintoma desaparece após a cura Aspiração de corpo estranho: pode causar sibilância uni ou bilateral. Uma história de início agudo que não melhora com broncodilatador,é um dado que auxilia no diagnóstico. Tuberculose: Os gânglios infartados podem levar à obstrução das vias aéreas nas crianças pequenas com tuberculose e acarretar sibilância. Pneumonia aspirativa: é causada por aspiração de líquido, vômito ou corpo estranho Fibrose Cística (mucoviscidose): doença genética que se caracteriza por muco espesso nas glândulas exócrinas, cursando com pneumonias de repetição. No lactente, é causa de tosse crônica e sibilância. Perguntar: Há quanto tempo? Primeira crise? Está em uso de broncodilatador adequadamente há 24h? Observar/determinar: ➔ Nível de consciência da criança ➔ Se há sibilância ➔ Se há estridor em repouso ➔ Grau de dificuldade para respirar subcostal/universal ➔ FR em um minuto ➔ Se possível, a SAT O² 💜 DOR DE GARGANTA Avaliar a dor de garganta? ➔ Se há sinais gerais de perigo ➔ Presença de gânglios cervicais ➔ Alteração ao exame do orofaringe Observar/Perguntar: ➔ Presença de gânglios cervicais aumentados e dolorosos ➔ Observar a garganta ➔ verificar presença de abaulamento de palato ➔ Amígdalas com presença de membrana branco-acinzentada, que sangra quando destacada ➔ Amígdalas hiperemiadas com pontos purulentos ou petéquias em palato ➔ Presença de vesículas e/ou hiperemia de garganta AVALIAR CLASSIFICA R TRATAR ♡ Letargia ou sempre agitada ♡ Estridor em repouso ♡ Fala frases incompletas (palavras isoladas), no lactente: chorocurto ou não consegue chorar ♡ Tiragem universal ♡ Sat. O² < 90¢ em ar ambiente SIBILÂNCI A GRAVE OU DOENÇA MUITO GRAVE Tratamento prévio ao encaminhamento: ♡ Oxigênio ♡ Beta-2 agonista por via inalatória ♡ Primeira dose do corticoide ♡ Primeira dose do antibiótico ♡ Nível de consciência normal com períodos de agitação ♡ Fala entrecortada ou choro entrecortado ♡ Tiragem subcostal ♡ Respiração rápida ♡ Sat. O² de 91 a < 95% (em ar ambiente) SIBILÂNCI A MODERAD A ♡ Administrar beta-2 por via inalatória (até 3x, a cada 20 minutos) ♡ Administrar corticoide oral Se não melhorar: AVALIAR E CLASSIFICAR A TOSSE E DIFICULDADE PARA RESPIRAR ♡ Tratamento domiciliar com beta-2 por via inalatória (5 dias) ♡ Corticóide por via oral (3 dias) ♡ Dar orientações à mãe para o controle da asma e quando retornar imediatamente ♡ Marcar o retorno em 2 dias ♡ Não há sinais suficientes para classificar como sibilância grave ou moderada ♡ Sar. O² > 95% (em ar ambiente) SIBILÂNCI A LEVE ♡ Tratamento domiciliar com beta-2 agonista por via inalatória (5 dias) ♡ Se estiver em uso de beta-2 há 24h ou mais: prescrever corticóide por via oral (3 dias) ♡ Dar orientações à mãe para o controle da asma e quando retornar imediatamente Lívia Leandro - P3 - Mod 01 - 2021 ♡ Seguimento em 2 dias, se não melhorar ou se estiver usando corticoide. 💜 DIARRÉIA Perguntar: ➔ Há quanto tempo? ➔ Há sangue nas fezes? Observar e verificar: ➔ A condição geral da criança: ➔ Letárgica ou inconsciente? ➔ Inquieta ou irritada? Se os olhos estão fundos: ➔ Oferecer líquidos à criança ➔ Não consegue beber ou bebe muito mal? ➔ Bebe avidamente, com sede? Sinal da prega => a pele volta ao estado anterior: ➔ Muito lentamente (+ de 2 seg) ➔ Lentamente (entre 1 e 2 seg) AVALIAR CLASSIFICAR TRATAR Dois dos seguintes sinais: ♡ Letárgica ou inconsciente ♡ Olhos fundos ♡ Não consegue beber ou bebe muito mal ♡ Sinal da prega: a pele volta muito lentamente ao estado anterior DESIDRATAÇÃ O GRAVE ♡ Se a criança não se enquadrar em outra classificação grave, iniciar terapia endovenosa (plano c) ♡ Se a criança também se enquadrar em outra classificação grave: -Referir URGENTEMENTE ao hospital, com a mãe e profissional de saúde administrando-lhe goles frequentes de SRO durante o trajeto, se possível. -Recomendar a mãe a continuar a amamentação, se possível. ♡ Se a criança tiver 2 ou mais anos, e se houver cólera na sua região, administrar antibióticos Dois dos seguintes sinais: ♡ Inquieta ou irritada ♡ Olhos fundos ♡ Bebe avidamente, com sede ♡ Sinal da prega: a pele volta lentamente ao estado anterior DESIDRATAÇÃ O ♡ Administrar SRO na unidade de saúde até hidratar (plano b) ♡ Dar zinco oral por 10 dias ♡ Informar a mãe sobre quando retornar imediatamente ♡ Seguimento em cinco dias se não melhorar ♡ Se a criança se enquadrar em uma classificação grave devido a outro problema: -Referir URGENTEMENTE ao hospital, com a mãe e profissional de saúde administrando-lhe goles frequentes de SRO durante o trajeto. -Recomendar a mãe a continuar a amamentação, se possível. ♡ Não Há sinais suficientes para classificar como DESIDRATAÇ ÃO ou DESIDRATAÇ ÃO GRAVE SEM DESIDRATAÇÃ O ♡ Dar alimentos e líquidos para tratar a diarreia em casa (plano a) ♡ Dar zinco oral por 10 dias ♡ Informar a mãe sobre quando retornar imediatamente ♡ Seguimento em cinco dias se não melhorar Atenção!!!! ♡ Todas as crianças com diarreia são classificadas quanto ao estado de hidratação. ♡ Caso a criança tenha tido diarreia por 14 dias ou mais, classifique como diarreia persistente. ♡ Caso a criança apresenta sangue nas fezes, classifique como disenteria. 💜 FEBRE A criança tem febre se: ➔ Tem uma história de febre ➔ Está quente ao toque ➔ Tem uma temperatura axilar de 37,5° ou mais Determinar o risco de malária: ➔ Área sem risco ➔ Área com risco: gota espessa/teste rápido ➔ Há quanto tempo? ➔ Se há mais de 5 dias, houve febre em todos os dias? Observar e palpar: ➔ Rigidez de nuca ➔ Petéquias ➔ Abaulamento de fontanela AVALIAR CLASSIFICAR TRATAR Um dos seguintes ♡ Dar a primeira dose de um antibiótico Lívia Leandro - P3 - Mod 01 - 2021 sinais: ♡ Qualquer sinal geral de perigo ♡ Rigidez de nuca ♡ Petéquias ♡ Abaulamento de fontanela DOENÇA FEBRIL MUITO GRAVE recomendado ♡ Tratar a criança para evitar hipoglicemia ♡ Dar antitérmico (se for + 38,0°C) ♡ Referir URGENTEMENTE ao hospital ♡ Nenhum sinal de doença febril muito grave DOENÇA FEBRIL ♡ Dar antitérmico (+ de 38°c) ♡ Informar a mãe sobre quando retornar imediatamente ♡ Seguimento em 2 dias se a febre persistir ♡ Se tem tido febre todos os dias por mais de 5 dias, realizar investigação 💜 PROBLEMA DE OUVIDO Avaliar o problema de ouvido ➔ PERGUNTAR: a criança está com algum problema de ouvido? ➔ Há secreção no ouvido? Se houver, há quanto tempo? ➔ OBSERVAR: se há secreção purulenta no ouvido. ➔ Palpe e observe para determinar se há tumefação e/ou vermelhidão dolorosa atrás do ouvido. AVALIAR CLASSIFICAR TRATAR ♡ Tumefação e/ou vermelhidão dolorosa ao toque atrás da orelha MASTOIDITE ♡ Dar a primeira dose de um antibiótico recomendado ♡ Dar analgésico se dor ♡ Referir URGENTEMENTE ao hospital ♡Secreção purulenta visível no ouvido há menos de 14 dias ou otoscopia alterada INFECÇÃO AGUDA DO OUVIDO ♡ Dar um antibiótico recomendado por 8 dias ♡ Dar analgésico se dor ♡ Secar o ouvido com uma mecha se tem secreção ♡ Marcar o retorno em 2 dias ♡ Orientar sinais de retorno imediato ♡ Dor no ouvido POSSÍVEL INFECÇÃO AGUDA DO OUVIDO ♡ Dar analgésico se dor ♡ Marcar o retorno em 2 dias ♡ Orientar sinais de retorno imediato ♡ Secreção purulenta visível no INFECÇÃO CRÔNICA DO OUVIDO ♡ Secar o ouvido com uma mecha ♡ Marcar o retorno em 5 dias ouvido há 14 dias ou mais ♡ Orientar sinais de retorno imediato ♡ Não tem dor de ouvido e não foi notada secreção purulenta no ouvido NÃO HÁ INFECÇÃO DO OUVIDO ♡ Nenhum tratamento adicional AVALIAR CLASSIFICAR TRATAR Um dos seguintes sinais: ♡ Qualquer sinal geral de perigo ♡ Abaulamento de palato ♡ Amígdalas com presença de membranas branco acinzentados que sangram quando destacadas INFECÇÃO GRAVE DE GARGANTA ♡ Dar a primeira dose de um antibiótico recomendado ♡ REFERIR URGENTEMENTE AO HOSPITAL Um dos seguintes sinais: ♡ Gânglios aumentados e dolorosos no pescoço ♡ Amígdalas hiperemiadas com pontos purulentos ou petéquias em palato INFECÇÃO MODERADA DE GARGANTA ♡ Dar um antibiótico recomendado durante 10 dias ♡ Dar analgésico para dor ♡ Marcar consulta de retorno em 2 dias ♡ Informar a mãe sobre quando retornar imediatamente Se:♡ Vesículas e ou hiperemia de garganta, associada a sinais de resfriado comum INFECÇÃO LEVE DE GARGANTA ♡ Dar analgésico para dor ♡ Seguimento em 2 dias se persistir dor de garganta ♡ Informar a mãe sobre quando retornar imediatamente se: ♡ Não há nenhum dos sinais acima descritos NÃO HÁ INFECÇÃO DE GARGANTA ♡ NEnhum tratamento adicional 💜 ESTADO NUTRICIONAL E PALIDEZ PALMAR Avaliar e classificar estado nutricional e palidez palmar ➔ A criança pode sofrer emagrecimento acentuado (marasmo). Lívia Leandro - P3 - Mod 01 - 2021 ➔ A criança pode desenvolver edema (kwashiorkor). ➔ A criança pode associar o edema com o emagrecimento acentuado (kwashiorkor-marasmático). Verificar: ➔ Emagrecimento acentuado visível ➔ Edema em ambos os pés ➔ Palidez palmar: Palidez palmar grave ou leve? ➔ Verificar o crescimento: Peso para a idade OBSERVAR se há emagrecimento acentuado visível. ● Existe atrofia muscular nos ombros, braços, nádegas e pernas. ● É possível ver facilmente o contorno das costelas. ● O quadril parece pequeno se comparado ao tórax e ao abdome. ● Há escassez de gordura nas nádegas, com a criança de perfil. OBSERVAR E VERIFICAR se há edema em ambos os pés; → OBSERVAR SE HÁ PALIDEZ PALMAR; → VERIFICAR o crescimento da criança. AVALIAR CLASSIFICAR TRATAR ♡ Emagreciment o ou ♡ Edema em ambos os pés DESNUTRIÇ ÃO GRAVE ♡ Prevenir, controlar a se necessário tratar a hipoglicemia ♡ Prevenir a hipotermia (manter a criança agasalhada) ♡ Dar megadose de vitamina A, caso a criança tenha recebido há mais de 30 dias ♡ Referir urgentemente ao hospital ♡Peso para a idade menos que -3 escores z PESO MUITO BAIXO ♡ Avaliar a alimentação da criança e possíveis causas de desnutrição ♡ Aconselhar a mãe a tratar a criança de acordo com dietas especiais ♡ Uso profilático de ferro em menores de 24 meses ♡ Marcar retorno em duas semanas ♡ Orientar sinais de retorno imediato ♡ Peso para a idade menos que -2 e -3 escores z ♡ tendência da curva de peso e idade horizontal ou PESO BAIXO ou GANHO DE PESO INSUFICIENT E ♡ Avaliar a alimentação da criança e as possíveis causas do peso elevado ♡ Orientar a alimentação adequada ♡ Uso profilático de ferro em menores de 24 meses ♡ Marcar o retorno em 2 semanas ♡ Orientar sinais de descendente retorno imediato ♡ Peso para a idade menos que +2 escores z PESO ELEVADO ♡ Avaliar a alimentação da criança e as possíveis causas do peso elevado ♡ Orientar a alimentação adequada ♡ verificar e estimular a prática de atividade física ♡ Uso profilático de ferro em menores de 24 meses ♡ Marcar o retorno em 2 semanas ♡ Orientar sinais de retorno imediato ♡ Peso para a idade menor +2 e maior que -2 escores z PESO ADEQUADO ♡ Elogiar a mãe pelo crescimento do seu filho ♡ Reforçar as recomendações para uma alimentação saudável de acordo com o quadro ♡ uso profilático de ferro em menores de 2 anos PALIDEZ PALMAR AVALIAR CLASSIFICAR TRATAR ♡ Palidez palmar grave ou b abaixo de 5 g/dL ANEMIA GRAVE ♡ Referir URGENTEMENTE ao hospital ♡ Palidez palmar leve ou Hb de 5 g/dL a 10,9 g/dL ANEMIA ♡ Dar ferro ♡ Afastar malária em áreas de risco ♡ Dar anti-helmíntico se a criança tiver 1 ano ou mais e não tiver tomado nenhuma dose nos úĺtimos 6 meses ♡ Avaliar a alimentação e orietnar a mãe sobre alimentos ricos em ferro ♡ Marcar retorno em 14 dias
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