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1 CURRÍCULO, LEGISLAÇÃO E PROPOSTA PEDAGÓGICA 1 Sumário NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2 INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3 CURRÍCULO ESCOLAR ......................................................................... 4 O CURRÍCULO ESCOLAR ...................................................................... 7 CURRÍCULO ESCOLAR – ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO ESCOLAR ........................................................................................................ 10 O QUE É LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL ............................................ 14 CONFIRA AS LEIS QUE REGEM O SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO .................................................................................................... 16 AS LEIS SOBRE EDUCAÇÃO ............................................................. 17 PROPOSTA PEDAGÓGICA .................................................................. 34 ELABORAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGOGICA: DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS ........................................................................ 37 CONCLUSÃO ........................................................................................ 43 REFERÊNCIA ........................................................................................ 44 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 INTRODUÇÃO A escola é uma instituição cujo papel na sociedade é de responsabilizar- se pela educação formal dos cidadãos, se posicionando como um dos agentes em condições de contribuir para a transformação destas, sendo dever do Estado garantir a estrutura e a qualidade de ensino nas escolas. Sabemos que a educação pública é responsabilidade do governo federal, estadual e municipal. A legislação da educação é o corpo ou conjunto de leis referentes à educação. Contribui para a organização do ensino e às questões da matéria educacional, como, por exemplo, a profissão de professor, a democratização de ensino etc. O currículo escolar objetiva a construção do conhecimento de acordo com os saberes históricos e os conhecimentos relacionados à vivência do discente em parâmetro com a realidade regional. O currículo está sempre em construção adaptando-se as mudanças da humanidade. A proposta pedagógica escolar funciona como uma espécie de identidade institucional: ela apresenta e norteia a metodologia de ensino, a estrutura curricular e as atividades educativas das escolas públicas e particulares, formalizando o compromisso assumido por professores, funcionários, pais e alunos no período letivo. 4 CURRÍCULO ESCOLAR As concepções básicas de currículo escolar apoiadas na teoria de dois autores: Forquin (1993, p. 22), afirma que currículo escolar no vocabulário anglo- saxão é um percurso educacional, um conjunto contínuo de situações de aprendizagem (“learning experiences”) às quais um indivíduo vê-se exposto ao longo de um dado período, no contexto de uma instituição de educação formal. Saviani (2010), currículo consiste em organizar o conteúdo e desenvolvê- lo didaticamente. 5 Qual o objetivo do currículo escolar? O currículo escolar objetiva a construção do conhecimento de acordo com os saberes históricos e os conhecimentos relacionados à vivência do discente em parâmetro com a realidade regional. O currículo está sempre em construção adaptando-se as mudanças da humanidade. A importância do currículo escolar O currículo é de grande importância no ambiente escolar, é um dos documentos que orienta o trabalho do educador. É relevante que o mesmo esteja em concordância com o Projeto Político Pedagógico e outros documentos importantes na área educacional. Existem três tipos de manifestações de currículo: Currículo Formal (prescrito); Currículo Real (em ação); Currículo Oculto (implícito). O que é currículo em movimento? Currículo é o “documento de identidade” (SILVA, 2003), que orienta a escola. Claro que tem uma definição maior que essa, abordamos de forma simples para facilitar sua compreensão. O currículo não é algo estático, e sim está em constante evolução e atividade, pois deve acompanhar as mudanças do mundo. O currículo faz esse elo entre a cultura, a sociedade e a escola. Logo o Currículo em Movimento é um documento único (como a identidade), mas em constante movimento se adaptando as mudanças do mundo. * Segundo o que se aplica na Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal. Organização de um currículo escolar O currículo escolar é a bússola que direciona o processo educacional na instituição. 6 “A opção da escola por esta ou aquela forma de organização curricular requer uma meticulosa discussão, pois cada escola será reconhecida pelo tipo de homem que ela deseja formar e por meio dos mecanismos que utiliza na definição de seu currículo: propondo, selecionando, privilegiando, excluindo, silenciando conteúdos e posturas tanto dos professores e alunos quanto de possíveis interesses das comunidades onde as escolas se localizam.” (GONTIJO. GONTIJO. Salto Para o Futuro. Série Currículo e Projetos. Programa N° 4/2004). Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva Não se imagina um currículo que não abranja a educação inclusiva, educação para a diversidade e tantas outras específicas, visto que é um documento de inclusão escolar. Para Carvalho (2004, p. 79), a educação inclusiva pode ser considerada como um “processo que permite colocar valores em prática, sem pieguismos, caridade, filantropia, pois está alicerçada em princípios que conferem igualdade de valor a todas as pessoas”. A importância do currículo escolar para o pedagogo O currículo escolar é um dos norteadores do trabalho do pedagogo na instituição escolar, alinhado com os interesses do aluno, da comunidade e da sociedade o documento referido objetiva uma construção social do conhecimento. 7 O CURRÍCULO ESCOLAR A aprendizagem escolar está diretamente vinculada ao currículo, organizado para orientar, dentre outros, os diversos níveis de ensino e as ações docentes. O conceito de currículo é difícil de estabelecer, em face dos diversos ângulos envolvidos. É central para a escola e associa-se à própria identidade da instituição escolar, à sua organização e funcionamento e ao papel que exerce - ou deveria exercer - a partir das aspirações e expectativas da sociedade e da cultura em que se insere. Contém as experiências, bem como a sua planificação no âmbito da escola, colocadas à disposição dos alunos visando a potencializar o seu desenvolvimento integral,a sua aprendizagem e a capacidade de conviver de forma produtiva e construtiva na sociedade. Essas experiências representam, em sentido mais amplo, o que o currículo exprime e buscam concretizar as intenções dos sistemas educacionais e o plano cultural que eles personalizam (no âmbito das instituições escolares) como modelo ideal de escola defendido pela sociedade. https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/o-curriculo-escolar/18081 8 Nessa concepção, o currículo é construído a partir do projeto pedagógico da escola e viabilizam a sua operacionalização, orientando as atividades educativas, as formas de executá-las e definindo suas finalidades. Assim, pode ser visto como um guia sugerido sobre o que, quando e como ensinar; o que, como e quando avaliar. A concepção de currículo inclui, portanto, desde os aspectos básicos que envolvem os fundamentos filosóficos e sociopolíticos da educação até os marcos teóricos e referenciais técnicos e tecnológicos que a concretizam na sala de aula. Relaciona princípios e operacionalização, teoria e prática, planejamento e ação. Essas noções de projeto pedagógico da escola e de concepção curricular estão intimamente ligadas à educação para todos que se almeja conquistar. Em última instância, viabilizam a sua concretização. O projeto pedagógico tem um caráter político e cultural e reflete os interesses, as aspirações, as dúvidas e as expectativas da comunidade escolar. Devem encontrar reflexo na cultura escolar e na expressão dessa cultura, ou seja, no currículo. A escola que é para todos requer uma dinamicidade curricular que permita ajustar o fazer pedagógico às necessidades dos alunos. Ver as necessidades especiais dos alunos atendidas no âmbito da escola regular requer que os sistemas educacionais modifiquem, não apenas as suas atitudes e expectativas em relação a esses alunos, mas, também, que se organizem para constituir uma real escola para todos, que dê conta dessas especificidades. O projeto pedagógico da escola, como ponto de referência para definir a prática escolar, deve orientar a operacionalização do currículo, como um recurso para promover o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos, considerando- se os seguintes aspectos: • a atitude favorável da escola para diversificar e flexibilizar o processo de ensino- aprendizagem, de modo a atender às diferenças individuais dos alunos; 9 • A identificação das necessidades educacionais especiais para justificar a priorização de recursos e meios favoráveis à sua educação; • A adoção de currículos abertos e propostas curriculares diversificadas, em lugar de uma concepção uniforme e homogeneizadora de currículo; • A flexibilidade quanto à organização e ao funcionamento da escola, para atender à demanda diversificada dos alunos; • A possibilidade de incluir professores especializados, serviços de apoio e outros, não convencionais, para favorecer o processo educacional. Essa concepção coloca em destaque a adequação curricular como um elemento dinâmico da educação para todos e a sua viabilização para os alunos com necessidades educacionais especiais: não se fixar no que de especial possa ter a educação dos alunos, mas flexibilizar a prática educacional para atender a todos e propiciar seu progresso em função de suas possibilidades e diferenças individuais. Pensar em adequação curricular significa considerar o cotidiano das escolas, levando-se em conta as necessidades e capacidades dos seus alunos e os valores que orientam a prática pedagógica. Para os alunos que apresentam necessidades educacionais especiais essas questões têm um significado particularmente importante. 10 CURRÍCULO ESCOLAR – ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO ESCOLAR A organização do currículo da escola merece um debate mais acentuado, pois concebe a intencionalidade do projeto pedagógico e da prática educativa da escola. Representa um norte a seguir pela escola e as orientações que darão sustentação à prática pedagógica mediada pelo professor e desenvolvida com os alunos em diferentes espaços educativos. O termo currículo vem do latim curriculum e significa “pista de corrida” (SILVA, 2007), o percurso que se trilha. O currículo deve estar relacionado ao projeto pedagógico, à política educacional da escola. Assim como o projeto pedagógico, o currículo escolar pode ser revisto, pois os conhecimentos produzidos seguem a dinâmica da produção da sociedade, logo deve ser atualizado, sem desconsiderar os conteúdos considerados clássicos. Clássico no sentido de explicar as contradições sociais, dar respostas às questões atuais, ou seja, o conteúdo imprescindível que o aluno tem que se apropriar. Não há dúvidas que o documento expressa a intencionalidade da escola quanto ao processo de ensino e de aprendizagem, os conteúdos abordados, a https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/curriculo-escolar-elaboracao-e-implementacao-na-escola/42976 11 metodologia empregada, a relação professor/aluno, o processo de avaliação da aprendizagem, dentre outros. O que Vasconcellos traz como reflexão é que esse documento não pode ser engessado, assim como o projeto pedagógico, deve ter uma dinâmica que possibilite sua revisão por meio de uma avaliação em conjunto. A história nos mostra que o currículo, significou a relação de matérias ou disciplinas com seus conteúdos determinados e organizados em uma sequência lógica e rígida. Ainda é comum ver esse tipo de organização curricular nas escolas. Porém esse termo recebeu mudanças em seu significado à medida que os estudos avançaram nessa área, acompanhando também as mudanças sociais. Na época da Revolução Industrial, por exemplo, a sociedade urbana que se desenvolveu tornou as relações cada vez mais complexas, principalmente pela especialização e divisão do trabalho. Esse contexto influencia a organização das escolas que deveriam dar uma resposta à nova demanda social, no que se refere à prática educativa, na formulação de conteúdos contemporâneos como pela ampliação do número de vagas, dada a procura pela instituição e, consequentemente, os currículos deveriam ser revistos, reformulados. A organização curricular, contudo deve ser entendida a partir das transformações sociais, da “produção histórica intencional” (SANFELICE, 2008, p.1), e também pela maneira de se interpretar as teorias que regem os estudos da área, ou seja, uma escola ao elaborar o seu currículo escolar deve ter como fundamento uma teoria que ofereça bases ao documento. Essa opção vai depender dos estudos, da teoria que orienta o trabalho, a concepção de educação do coletivo da escola. “Os conceitos de uma teoria organizam e estruturam nossa forma de ver a “realidade”. Assim, uma forma útil de distinguirmos as diferentes teorias do currículo é através do exame dos diferentes conceitos que elas empregam.” (SILVA, 2007, p.17). Um currículo escolar precisa ser elaborado a partir do projeto pedagógico da escola, ter uma teoria que o fundamente, a mesma perspectiva que fundamenta o projeto pedagógico e definir a proposta educativa que orientará o 12 trabalho pedagógico do dia a dia da escola, dos trabalhos realizados principalmente na sala de aula com os alunos. Após a homologação da Constituição Federal de 1988 fundada em princípios democráticos e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), nº9394/96, que confirmam os princípios democráticos e considera os sujeitos sociais como cidadãos com direitos à educação, as escolas passam a organizar seu projeto pedagógico e currículo escolar atendendo as novas diretrizes educacionais que emanam a necessidade de uma organização escolar que proporcione a humanização dos sujeitos e a diminuição da desigualdade cultural. O currículo escolar vai muito além do simples elenco de disciplinase conteúdos programáticos a serem cumpridos em determinada carga horária ou de uma matriz curricular. A composição do currículo é um momento de decisão da escola, que é legitimado na prática educativa. Dessa maneira o currículo deve esboçar os objetivos das disciplinas em cada etapa da educação que oferece e a definição dos conteúdos a serem trabalhados com os alunos. Os conteúdos devem seguir uma sequência e manter a integração e a lógica entre eles, evitando a fragmentação. É por meio dos conteúdos apropriados pelos alunos que esses se instrumentalizam e ampliam sua condição cultural, logo o diálogo entre os conteúdos em diferentes anos de aprendizagem é condição primordial para a qualidade do currículo e sua aplicação. Assim no currículo deve constar a metodologia que orientará a prática docente e a definição do processo de avaliação, seus indicadores e instrumentos. Fica evidente que a escola deve refletir de maneira radical sobre os conhecimentos que os alunos devem se apropriar para exercerem sua cidadania de maneira plena e crítica, sem desconsiderar a demanda legal. Define ainda que o currículo “deve abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política, especialmente do Brasil” (§ 1º, Art. 26). E continua definindo as abordagens que se fazem necessárias na educação dos alunos, como a expressão da arte, da música, da educação física, o ensino da 13 história, das etnias, das culturas que compõem a história do Brasil, a música. Com isso verifica-se a preocupação da lei em garantir que os alunos tenham uma formação que lhes possibilite realizar diferentes leituras do panorama social e que atenda o exposto no Art. 22, da LDBEN, “A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”. Na parte diversificada do currículo, define que seja incluído, obrigatoriamente, a partir do quinto ano do ensino fundamental o estudo de uma língua estrangeira moderna, em concordância com a escolha da comunidade. Com o artigo 27, a Lei garante que: Os conteúdos curriculares da educação básica observarão, ainda, as seguintes diretrizes: I - A difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática; II - Consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento; III - orientação para o trabalho; IV - Promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não formais. Com isso verifica-se que a escola deve buscar a fundamentação teórica e legal para garantir um currículo que contemple o proposto em seu projeto pedagógico e atenda às necessidades dos alunos no atual momento histórico. 14 Um currículo escolar que vá muito além da mera relação de conteúdo a serem cumpridos em determinado ano letivo, que vá além da matriz curricular. O currículo elaborado, pensado e construído com um arcabouço de fundamentos e orientações da prática escolar, a partir da dinâmica social, está formulando conhecimentos a partir de um conjunto de aprendizagens, está fazendo história. O QUE É LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL Conjunto de normas educacionais, legais e infralegais, leis e regulamentos, com instrução jurídica, relativas ao setor educacional. 15 A legislação Educacional possui duas naturezas: uma reguladora e uma regulamentadora. Ela é reguladora quando se manifesta através de leis, sejam federais, estaduais ou municipais. As normas constitucionais que tratam da educação são as fontes primárias da regulação e organização da educação nacional, pois, por elas, definem-se as competências constitucionais e atribuições administrativas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Abaixo das normas constitucionais, temos as leis federais, ordinárias ou complementares, que regulam o sistema nacional de educação. A legislação regulamentadora, ao contrário da legislação reguladora não é descritiva, mas prescritiva, volta-se à própria práxis da educação. Os decretos presidenciais, as portarias ministeriais e interministeriais, as resoluções e pareceres dos órgãos do Ministério da Educação, como o Conselho Nacional da Educação ou o Fundo de Desenvolvimento da Educação como serão executadas as regras jurídicas ou das disposições legais contidas no processo de regulação da educação nacional. A regulamentação não cria direito porque limita-se a instituir normas sobre a execução da lei, tomando as providências indispensáveis para o funcionamento dos serviços educacionais. A legislação educacional do Brasil enquanto nação independente tem seu início na Constituição Imperial de 1824 (a qual continha um artigo sobre educação escolar primária gratuita) e prossegue até a Constituição Federal de 1988, considerando-se aí também as Constituições Estaduais, as Leis Orgânicas dos Municípios e toda a legislação ordinária, com ênfase especial na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nos diferentes momentos históricos em que elas ocorreram. 16 CONFIRA AS LEIS QUE REGEM O SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO O sistema educacional no Brasil é baseado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96). No caso do ensino superior, existe uma vasta gama de normas, entre decretos, pareceres e leis, como aponta o coordenador-geral de Legislação e Normas da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), Marilson Santana. Ele destaca que, com a Reforma Universitária, haverá uma regulamentação mais robusta do ensino superior. A Lei 9131/95 criou o Conselho Nacional de Educação (CNE), composto por duas câmaras autônomas: a Câmara de Educação Superior e a Câmara de Educação Básica. Cabe ao CNE auxiliar o MEC na formulação e avaliação da política nacional de educação. Já o Plano Nacional de Educação foi instituído pela Lei 10172/01. Ele estabelece uma série de metas que deverão ser implementadas até 2010. A Lei 11096/05 criou o Programa Universidade para Todos (ProUni), por intermédio do qual alunos de baixa renda recebem bolsas para estudar em instituições privadas. O ProUni foi instituído inicialmente por medida provisória. O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) foi estabelecido pela Lei 10061/04, e o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) é objeto da Lei 10260/01. Outra lei importante é a 8958/94, que define a relação entre as fundações de apoio e as instituições de ensino superior e de pesquisa científica e tecnológica. O Decreto 3860/01 classifica as instituições de ensino superior, define suas regras de credenciamento e de autorização de cursos, entre outras. 17 AS LEIS SOBRE EDUCAÇÃO Constituição Federal de 1988 Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; Art. 208. O dever do Estado com a Educação será efetivado mediante a garantia de: III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; IV - atendimento em creche e pré- escola às crianças de 0 a 6 anos de idade. Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que: I – comprovem finalidade nãolucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação. 1.Toda pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino técnico e profissional deve ser generalizado; o acesso aos estudos superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade, em função do seu mérito. 2.A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos do Homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos, bem como o desenvolvimento das atividades das Nações Unidas para a manutenção da paz. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm 18 3.Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o gênero de educação a dar aos filhos. Declaração Universal dos Direitos do Homem Artigo 26 Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Lei 8069 / 1990 O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é uma lei de proteção e garantia de direitos de crianças e adolescentes. É uma lei federal (lei nº 8069/90) que substituiu a aplicação do Código de Menores. A legislação é extensa, com 267 artigos que tratam de temas como: direito à vida e à saúde, convivência familiar, educação, profissionalização, trabalho e cultura. Foi criada para a proteção de crianças e adolescentes, a partir da implantação de medidas como: Atendimento aos jovens que cometem atos infracionais Aplicação de medidas protetivas Constituição dos Conselhos Tutelares e da Justiça da Infância e da Juventude O ECA é destinado à proteção das crianças e dos adolescentes. De acordo com a lei: São consideradas crianças as pessoas que tenham até 12 anos incompletos São adolescentes os que possuem entre 12 e 18 anos Direito à educação, à cultura, esporte e lazer 19 Esses direitos são importantes para que as crianças e jovens tenham um desenvolvimento pleno, preparando-os para exercerem sua cidadania integralmente. O Estado deve garantir o acesso ao ensino fundamental obrigatório, ensino médio e outros níveis de ensino. Também é obrigatória a oferta de creches e pré-escolas para as crianças até 5 anos. Se forem constatados casos de maus-tratos, excesso de faltas à escola ou muitas repetências, estas situações devem ser comunicadas ao Conselho Tutelar. Fundef Emenda Constitucional 14 / 1996 Lei 9424 /1996 Em 1996, o Ministério da Educação criou o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) para atender o ensino fundamental. Os recursos para o Fundef vinham das receitas dos impostos e das transferências dos estados, Distrito Federal e municípios vinculados à educação. O Fundef vigorou até 2006, quando foi substituído pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). De tal modo, toda a educação básica, educandos da educação infantil, do ensino fundamental e médio e da educação de jovens e adultos, passa a ser beneficiada com recursos federais. Um compromisso da União com a educação básica, que se estenderá até 2020. 20 Tendo o objetivo de aumentar os recursos aplicados pela União, estados e municípios na educação básica pública e melhorar a formação e o salário dos profissionais da educação. Regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB, de que trata o art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias; altera a Lei no 10.195, de 14 de fevereiro de 2001; revoga dispositivos das Leis nos 9.424, de 24 de dezembro de 1996, 10.880, de 9 de junho de 2004, e 10.845, de 5 de março de 2004; e dá outras providências. O FUNDEF é que o total arrecadado em cada estado é distribuído de acordo com o número de alunos matriculados na rede pública do ensino fundamental. Do total de recursos, pelo menos 60% devem ser destinados ao salário dos profissionais do magistério. Os créditos dos repasses para estados e municípios são feitos em conta específica do Fundef no Banco do Brasil. Já o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) deverá financiar não só a educação fundamental, mas também a educação infantil, a média e a de jovens e adultos. Ele atende toda a educação básica, da creche ao ensino médio. Substituto do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), que vigorou de 1997 a 2006, o FUNDEB está em vigor desde janeiro de 2007 e se estenderá até 2020. Um dos objetivos do FUNDEB é a inclusão progressiva de todas as crianças da creche a pré-escola, assim como de todos os jovens e adultos que não concluíram o ensino médio. O acompanhamento e o controle social sobre a distribuição, a transferência e a aplicação dos recursos do programa são feitas através da União, estados e municípios. O FUNDEB propõe uma distribuição dos recursos com base nos critérios do número de matricula da educação, baseado no censo 21 escolar do ano anterior. Todavia, existe uma extrema desigualdade entre os recursos disponíveis nos três sistemas que permeia durante toda história. A história da vinculação obrigatória para o FUNDEB se deu da seguinte forma: 1934: União e municípios deveriam investir 10%; Estados e DF 20%. 1937: A vinculação foi suprimida pela ditadura militar. 1946: Retomou os percentuais de 34%, todavia, os municípios passou a investir 20%. 1969: Estados e União deixaram de aplicar o recurso. 1983: restabeleceu a vinculação, fixando um percentual mínimo de: União 13%; Estados, Distrito Federal (DF) e municípios 25%. 1988: O percentual da União foi ampliado para 18%. 1990: Houve uma inflação dessa vinculação chegando a 30% a 40% ao mês. Com isso sugiram os problemas de renuncia fiscal generalizada, sonegação fiscal gigantesca e corrupção dos órgãos fiscalizadores. 2000: Foi criado o DRU (Desvinculação de Receita da União) que passou a desvincular 20% dos impostos federais, prejudicando o financiamento. 2004: O produto da arrecadação do salário-educação passou a compor a receita do tesouro nacional. Atualmente, a União deve aplicar no mínimo 18% e os Estados, DF e municípios 25%. FUNDEB, INCLUSÃO EM TODA A EDUCAÇÃO BÁSICA O FUNDEF (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério) foi instituído em 1996 e implementado em 1º de janeiro de 1998. É constituído com recursos do Fundo 22 de Participação dos Estados (FPE), do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), do Imposto sobre Produtos Industrializados e Exportações (IPIexp) e pela desoneração das exportações prevista na Lei Complementar nº 87, de 1996 (Lei Kandir). O secretário de Educação Básica do MEC e presidente do Conselho do Fundef na esfera da União, Francisco das Chagas, confirmou que quer mediar ao máximo os estudos sobre os dois fundos (FUNDEF e FUNDEB). Para isso encontros regionais com os conselheiros do Fundef foram realizados:- “Discutimos amplamente com os conselhos municipais e estaduais a organização e o funcionamento dos conselhos e a redefinição do financiamento da educação em cima da proposta do Fundeb”. Lideranças da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) entregaram ao ministro Tarso Genro, dois estudos a respeito do conflito financeiro da criação do Fundeb sobre os municípios brasileiros. Na ocasião, o ministro afirmou que o MEC não apresentará nenhum projeto sem antes debater e interatuar com as prefeituras. O ministério delineará oprojeto do novo FUNDEB (Fundo Nacional de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) após extensos debates e pareceres da Frente Nacional dos Prefeitos . O que sabemos sobre o FUNDEF é que o total arrecadado em cada estado é distribuído de acordo com o número de alunos matriculados na rede pública do ensino fundamental. Do total de recursos, pelo menos 60% devem ser destinados ao salário dos profissionais do magistério. Os créditos dos repasses para estados e municípios são feitos em conta específica do Fundef no Banco do Brasil. Para este ano, a estimativa é que o Fundef destinará R$ 28 bilhões e 700 milhões para investimento no ensino fundamental .O governo federal fixou o valor mínimo R$ 537,71 por aluno de 1ª a 4ª série, e R$ 564,60 para os de 5ª a 8ª e da educação especial do ensino fundamental da rede pública. A deputada Fátima Bezerra comentou: -“ o FUNDEB vai herdar uma legislação melhor, providências serão tomadas para melhor controle social do fundo: os recursos serão repassados automaticamente para contas únicas e específicas dos governos estaduais, do Distrito Federal e dos municípios e será 23 ampliado o número de conselheiros, de seis para 10 a nível federal; estaduais de sete para oito, e municipais de quatro para seis conselheiros. Haverá, ainda, maior representação da sociedade civil, principalmente de estudantes”. Está em estudo projeto de lei substitutivo, que altera a Lei nº 9.424, de 24/12/1996 (Lei do Fundef). Encontros estaduais sobre o Fundeb para ouvir especialistas no assunto e analisar as características dos gastos com educação nos estados serão realizados até julho, em São Paulo foi agendado para o dia 5 de julho. "O Fundeb contribui para assegurar a inclusão em toda a educação básica, reduzir as desigualdades e melhorar a qualidade do ensino", explicou Paulo Egon Wiederkehr, diretor do Fundef. Segundo ele, há prioridades nas discussões, como a definição das fontes dos recursos do Fundeb e a contribuição dos municípios ao Fundo. "Discutir e criar o Fundeb é uma prioridade do MEC e do governo federal", explicou. O FUNDEB substituirá o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF). O encontro, denominado Colóquio de Representação Nacional sobre o FUNDEB, foi aberto pelo ministro Tarso Genro. O FUNDEB deverá financiar não só a educação fundamental, mas também a educação infantil, a média e a de jovens e adultos. Com o fundo os percentuais, para o ensino médio seriam de R$ 1.342. O fundo trabalhará as desigualdades regionais. A proposta, segundo o ministro da Educação, Tarso Genro, não está finalizada. a posição é aberta e pode mudar. 24 Plano Nacional de Educação O Plano Nacional de Educação (PNE) deve vigorar de 2011 a 2020. Ele apresenta diretrizes e metas para a educação no Brasil. Estabelecendo iniciativas e estratégias para todos os níveis, modalidades e etapas educacionais. Ele dá ênfase na elaboração dos currículos em todas as modalidades de ensino e na diversidade de conteúdos curriculares, prevendo a correção de fluxo e o combatendo a discrepância entre a idade e a série do aluno. Para isso, são elaboradas metas para aumentar as taxas de alfabetização e de escolaridade. Ele universaliza o ensino fundamental de nove anos para todos os indivíduos de 6 a 14 anos e redimensiona a oferta de ensino médio nos turnos diurno e noturno. Propõe também, a inclusão de alunos com deficiência, do campo, em regime de liberdade assistida, de comunidades indígenas e quilombolas. Outro objetivo desse plano é proporcionar uma formação continuada para os professores e profissionais da educação, além de estimular a expansão dos estágios. Tem como proposta expandir a oferta de matriculas gratuita em instituições particulares de ensino, além de investir em equipamentos educativos e expansão da estrutura física. Outra proposta é a manutenção e ampliação de programas que acompanhe individualmente cada estudante com baixo rendimento escolar, 25 adotando para isso, práticas como aulas de reforço no turno complementar, estudos de recuperação e progressão parcial. O documento determina que em 2015 o investimento do poder público em educação seja de no mínimo de 7% do produto interno bruto (PIB) do país. Cabe a União promover pelo menos duas conferências nacionais de educação até o final da década, sendo o intervalo entre elas de no máximo quatro anos com intervalo de até quatro anos entre elas, como forma de avaliar e monitorar a execução do PNE. O PNE destaca a importância da autonomia no interior das escolas, mas, cumpre-nos alertar que tal autonomia tem sido restrita, já que o poder público impõe determinados planejamentos que retiram da escola sua autonomia em protagonizar seu projeto educativo. Além da desburocratização e a descentralização da gestão financeira, o PNE propõe o mesmo para as dimensões pedagógicas e administrativas. Dessa forma, a escola passa a contar com um repasse de recursos para o desenvolvimento de sua proposta pedagógica e para as despesas de seu cotidiano. O plano propõe a implantação de Conselhos em que a comunidade educacional participe do processo ativamente nas escolhas de diretores e na construção da proposta pedagógica, associando competência e compromisso. Conheça cada meta do Plano Nacional de Educação: Meta 1 – Educação Infantil Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 a 5 anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% das crianças de até 3 anos até o final da vigência deste PNE. Meta 2 – Ensino Fundamental Universalizar o ensino fundamental de 9 anos para toda a população de 6 a 14 anos e garantir que pelo menos 95% dos 26 alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE. Meta 3 – Ensino Médio Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%. Meta 4 – Inclusão Universalizar, para a população de 4 a 17 anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados. Meta 5 – Alfabetização Infantil Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º ano do ensino fundamental. Meta 6 – Educação Integral Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos(as) alunos(as) da educação básica. Meta 7 – Qualidade da Educação Básica/IDEB Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb: 6,0 nos anos iniciais do ensino fundamental; 5,5 nos anos finais do ensino fundamental; 5,2 no ensino médio. Meta 8 – Elevação da escolaridade/Diversidade Elevar a escolaridade média da população de 18 a 29 anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 anos de estudo no último ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% mais pobres, e igualar a 27 escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Meta 9 – Alfabetização de jovens e adultos Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismoabsoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional. Meta 10 – EJA Integrada Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional. Meta 11 – Educação Profissional Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% da expansão no segmento público. Meta 12 – Educação Superior Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% das novas matrículas, no segmento público. Meta 13 – Qualidade da Educação Superior Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75%, sendo, do total, no mínimo, 35% doutores. Meta 14 – Pós-Graduação Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores. Meta 15 – Profissionais de Educação Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 ano de vigência deste PNE, política nacional de formação dos profissionais da 28 educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam. Meta 16 – Formação Formar, em nível de pós-graduação, 50% dos professores da educação básica, até o último ano de vigência deste PNE, e garantir a todos(as) os(as) profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino. Meta 17 – Valorização dos Profissionais do Magistério Valorizar os(as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos(as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do 6º ano de vigência deste PNE. Meta 18 – Planos de Carreira Assegurar, no prazo de 2 anos, a existência de planos de carreira para os(as) profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de Carreira dos(as) profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal. Meta 19 – Gestão Democrática Assegurar condições, no prazo de 2 anos, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto. Meta 20 – Financiamento da Educação Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto – PIB 29 do País no 5º ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% do PIB ao final do decênio. Piso Salarial Lei 11738 / 2008 O que é? Em 16 de julho de 2008 foi sancionada a Lei 11.738, que instituiu o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica, regulamentando disposição constitucional (alínea ‘e’ do inciso III do caput do artigo 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias). O piso salarial profissional nacional é o valor abaixo do qual os entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) não poderão fixar o vencimento inicial das carreiras do magistério público da educação básica, para a jornada de, no máximo, 40 (quarenta) horas semanais. Qual o valor do Piso? O valor do piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica com formação em nível médio na modalidade Normal foi fixado pela Lei em R$ 950,00 (novecentos e cinqüenta reais). Governadores de alguns estados moveram Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra a lei. Em decisão cautelar, o Supremo Tribunal Federal (STF) definiu que o termo “piso” deve ser entendido como a remuneração mínima a ser recebida pelos professores. Esse valor pode incluir gratificações ou outras vantagens pecuniárias? De acordo com o artigo 2o da Lei 11.738/2008, até 31 de dezembro de 2009 admite-se que para atingir o valor do piso sejam computadas as vantagens pecuniárias pagas a qualquer título. Após essa data, ainda segundo a lei, o valor do piso deverá corresponder ao vencimento inicial da carreira. 30 Até que o STF analise a constitucionalidade da norma, no julgamento de mérito, os professores das escolas públicas terão a garantia de não receber abaixo de R$ 950,00, podendo ser somados aí o vencimento básico (salário) e as gratificações e vantagens. Esse entendimento deverá ser mantido até o julgamento final da ADI 4167. Deve-se destacar que a definição do piso nacional não impede que os entes federativos tenham pisos superiores ao nacional. De qualquer forma, devem ser resguardadas as vantagens daqueles que percebam valores acima do referido na Lei. Assim, se um professor recebe atualmente uma remuneração mensal superior a R$ 950,00, seja ela composta de salário, gratificação ou outras vantagens, a implementação do piso poderá fazer com que tais vantagens sejam incorporadas ao seu vencimento, mas não poderá reduzir sua remuneração total. Para que profissionais o Piso se aplica? O valor de R$ 950,00 do piso se aplica para profissionais do magistério público da educação básica com formação em nível médio na modalidade Normal com jornada de 40 horas semanais. Quais são os profissionais do magistério público da educação básica? Por profissionais do magistério público da educação básica entendem-se aqueles que desempenham as atividades de docência ou as de suporte pedagógico à docência, isto é, direção ou administração, planejamento, inspeção, supervisão, orientação e coordenação educacionais, exercidas no âmbito das unidades escolares de educação básica, em suas diversas etapas e modalidades, com a formação mínima determinada pela legislação federal de diretrizes e bases da educação nacional. Qual o valor do Piso para profissionais de nível superior? A Lei não fixa valor para a remuneração de profissionais de nível superior. O valor do Piso fixado para profissionais com formação em nível médio deve servir de ponto de partida para a fixação dos vencimentos dos profissionais de nível superior ou com outros graus de formação, a critério de cada ente federativo. 31 O que a Lei prevê em relação à carga horária dos profissionais do magistério? A lei prevê que o piso de R$ 950,00 seja aplicado para uma jornada de 40 (quarenta) horas semanais. Além disso, prevê que, na composição da jornada de trabalho, o limite máximo para desempenho das atividades de inteiração com os educandos é de dois terços dessa carga horária. Em decisão cautelar da ADI 4167, movida pelos governadores, o STF declarou inconstitucional a regra que determina o cumprimento de no máximo dois terços da carga dos professores para desempenho de atividades em sala de aula. Esse entendimento deverá ser mantido até o julgamento final da ADI 4167. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira 32 As políticas de educação são garantidas pela Constituição Federal e por outras leis, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (lei nº 9.394/96). O direito dos cidadãos de ter acesso à educação é garantido pelaConstituição Federal no artigo 205: Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. A (LDB 9394/96) é a legislação que regulamenta o sistema educacional (público ou privado) do Brasil (da educação básica ao ensino superior). Na história do Brasil, essa é a segunda vez que a educação conta com uma Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que regulamenta todos os seus níveis. A primeira LDB foi promulgada em 1961 (LDB 4024/61). A LDB 9394/96 reafirma o direito à educação, garantido pela Constituição Federal. Estabelece os princípios da educação e os deveres do Estado em relação à educação escolar pública, definindo as responsabilidades, em regime de colaboração, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Segundo a LDB 9394/96, a educação brasileira é dividida em dois níveis: a educação básica e o ensino superior. Educação básica: Educação Infantil – creches (de 0 a 3 anos) e pré-escolas (de 4 e 5 anos) – É gratuita mas não obrigatória. É de competência dos municípios. Ensino Fundamental – anos iniciais (do 1º ao 5º ano) e anos finais (do 6º ao 9º ano) – É obrigatório e gratuito. A LDB estabelece que, gradativamente, os municípios serão os responsáveis por todo o ensino fundamental. Na prática os municípios estão atendendo aos anos iniciais e os Estados os anos finais. Ensino Médio – O antigo 2º grau (do 1º ao 3º ano). É de responsabilidade dos Estados. Pode ser técnico profissionalizante, ou não. 33 Ensino Superior: É de competência da União, podendo ser oferecido por Estados e Municípios, desde que estes já tenham atendido os níveis pelos quais é responsável em sua totalidade. Cabe a União autorizar e fiscalizar as instituições privadas de ensino superior. A educação brasileira conta ainda com algumas modalidades de educação, que perpassam todos os níveis da educação nacional. São elas: Educação Especial – Atende aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino. Educação a distância – Atende aos estudantes em tempos e espaços diversos, com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação. Educação Profissional e Tecnológica – Visa preparar os estudantes a exercerem atividades produtivas, atualizar e aperfeiçoar conhecimentos tecnológicos e científicos. Educação de Jovens e Adultos – Atende as pessoas que não tiveram acesso a educação na idade apropriada. Educação Indígena – Atende as comunidades indígenas, de forma a respeitar a cultura e língua materna de cada tribo. Além dessas determinações, a LDB 9394/96 aborda temas como os recursos financeiros e a formação dos profissionais da educação. 34 PROPOSTA PEDAGÓGICA A proposta pedagógica é um processo e precisa sempre estar sendo revisto e reescrito. O importante é trabalhar estes conteúdos de forma integrada, pois esses assuntos não são neutros e temos que respeitar as diferenças de ideias, de opiniões. A experiência curricular não resulta somente do que temos considerado tradicionalmente como conhecimento: o domínio de informações e o desenvolvimento do raciocínio. A criança desenvolve atitudes de pensar, porém também diferentes modos de sentir, de se expressar, de agir com criatividade, de se movimentar. Na Educação Infantil, tudo isso é conhecimento escolar. Tudo faz parte da experiência curricular. Serão apresentadas algumas das qualidades da produção do documento. No início da proposta pedagógica é feita uma apresentação da realidade. Exemplos de perguntas que podem ser realizadas para termos o conhecimento da realidade. https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/proposta-pedagogica/40099 35 • Quem são as pessoas que vão participar da discussão e elaboração da proposta? • Quais são os seus objetivos? • Para quem é esta proposta? Ou seja, quem são as crianças e os adultos envolvidos? • A proposta pode ser criticada e alterada? • Qual o diagnóstico a respeito da situação de educação destas crianças? • Quais são os principais problemas detectados? E que sugestões para superá- los serão apresentadas? Além disso, deve-se refletir sobre os fundamentos teóricos das propostas. É importante que toda a equipe que esteja envolvida com o trabalho defina e explicite quais são os fundamentos teóricos que irão sustentar a proposta educacional da instituição. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 em seus textos estabelecem que in verbis: Artigo 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: I – Elaborar e executar sua proposta pedagógica; 36 VI – Informar os pais e responsáveis sobre a freqüência e o rendimento dos alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica. Na sequência, o artigo 13 determina: Artigo 13. Os docentes incumbir-se-ão de: I – Participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; II – Elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino. Artigo 14. Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I – Participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola. Diante do exposto, compreende-se a Proposta Pedagógica como sendo o resumo dos princípios e primazias estabelecidas pela equipe escolar a partir dos desígnios educacionais e da definição dos resultados desejados. É toda uma visão dos princípios de trabalho da escola, em conformidade com a educação nacional. Elemento de princípios democráticos e envolvem temas concernentes a organização da escola como um sistema social, estabelecendo diretrizes sobre currículos, conteúdo programático planejamento administrativo, pedagógico e avaliação. 37 Orienta-se pelo princípio de democratização de ensino, sendo elaborada por toda comunidade escolar; tendo em vista preparar alunos-cidadãos unidos à comunidade. A proposta pedagógica deve ser organizada a partir das informações conseguidas junto à comunidade (variáveis exógenas, ou seja, exteriores à escola) e junto à própria escola (variáveis endógenas, ou seja, informações internas) a serem municiadas por todos os que trabalham e convivem no ambiente escolar - alunos, professores, direção, pais e todos os funcionários. ELABORAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGOGICA: DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS 38 Elaboração da proposta pedagógica: diretrizes curriculares nacionais, estrutura, organização e funcionamento da Educação Infantil, Diretrizes Curriculares. A proposta pedagógica é um processo e precisa sempre estar sendo revisto e reescrito. O importante é trabalhar estes conteúdos de forma integrada, pois estes assuntos não são neutros e temos que respeitar as diferenças de ideias, de opiniões. A experiência curricular não resulta apenas do que temos considerado tradicionalmente como conhecimento: o domínio de informações e o desenvolvimento do raciocínio. A criança desenvolve modos de pensar, mas também diferentes modos de sentir, de se expressar, de agir com criatividade, de se movimentar. Na Educação Infantil, tudo isso é conhecimento escolar. Tudo faz parte da experiência curricular. Na primeira parte de uma proposta pedagógica é feita uma apresentação da realidade. Exemplos de perguntas que podem ser realizadas para termos o conhecimento da realidade. Quem são as pessoas que vão participar da discussão e elaboração da proposta? Quais são os seusobjetivos? Para quem é esta proposta? Ou seja, quem são as crianças e os adultos envolvidos? A proposta pode ser criticada e alterada? Qual o diagnóstico a respeito da situação de educação destas crianças? Quais são os principais problemas detectados? E que sugestões para superá-los serão apresentadas? Ao pensar sobre os fundamentos teóricos das propostas. É importante que toda a equipe que esteja envolvida com o trabalho defina e explicite quais 39 são os fundamentos teóricos que irão sustentar a proposta educacional da instituição. A estrutura, organização e funcionamento da Educação Infantil é também uma parte importante a ser considerada quando da elaboração de uma proposta pedagógica. Sendo pública ou particular, nesta parte da proposta pedagógica é interessante que a creche/pré-escola relate como é o seu funcionamento, a sua estrutura e o seu cotidiano. É fundamental que, na proposta pedagógica, seja apresentada a política de seleção, de formação, de aperfeiçoamento e de valorização dos profissionais. Outra abordagem importante para o estudo sobre a elaboração de uma proposta pedagógica é a análise das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil: Art. 3º [...] I – As Propostas Pedagógicas das Instituições de Educação Infantil devem respeitar os seguintes fundamentos norteadores: a) Princípios éticos da Autonomia, da Responsabilidade, da Solidariedade e do Respeito ao Bem Comum; b) Princípios Políticos dos Direitos e Deveres de Cidadania, do Exercício da Criticidade e do Respeito à Ordem Democrática; c) Princípios Estéticos da Sensibilidade, da Criatividade, da Ludicidade e da Diversidade de Manifestações Artísticas e Culturais. As creches/pré-escola devem oferecer oportunidades para as crianças desenvolverem a autonomia, a responsabilidade, a solidariedade e o respeito ao bem comum. Temos que saber nossos direitos e deveres, as leis e as regras que organizam a vida em sociedade. Lei 9.131/95. Art. 3º [...] 40 II – As Instituições de Educação Infantil ao definir suas Propostas Pedagógicas deverão explicitar o reconhecimento da importância da identidade pessoal de alunos, suas famílias, professores e outros profissionais, e a identidade de cada Unidade Educacional, nos vários contextos que se situem. Cada criança pensa, sente e sonha de uma forma especial, só sua. Sabemos que ela pertence a um ambiente social, mas não podemos deixar de respeitar as suas especificidades. Lei 9.131/95. Art. 3º [...] III- As Instituições de Educação Infantil devem promover em suas Propostas Pedagógicas, práticas de educação e cuidados que possibilitem a integração entre os aspectos físicos, emocionais, afetivos, cognitivo-lingüísticos e sociais da criança, entendendo que ela é um ser completo, total e indivisível. Para integrar as práticas de educação e cuidado com as crianças, precisamos estar articulados com outros profissionais que podem influenciar na qualidade de vida das crianças pequenas. Lei 9.131/95. Art. 3º [...] IV- As Propostas Pedagógicas das Instituições de Educação Infantil, ao reconhecer as crianças como seres íntegros, que aprendem a ser e conviver consigo próprios, com os demais e o próprio ambiente de maneira articulada e gradual, devem buscar a partir de atividades intencionais, em momentos de ações, ora estruturadas, ora espontâneas e livres, a interação entre as diversas áreas de conhecimento e aspectos da vida cidadã, contribuindo assim com o provimento de conteúdos básicos para a constituição de conhecimentos e valores. Deve-se elaborar currículos e programas para a Educação Infantil que façam pontes ligando a vida de nossos alunos e de suas famílias aos acontecimentos do Brasil e do resto do mundo. Lei 9.131/95. Art. 3º [...] 41 V – As Propostas Pedagógicas para a Educação Infantil devem organizar suas estratégias de avaliação, através do acompanhamento e dos registros de etapas alcançadas nos cuidados e na educação para crianças de 0 a 6 anos, “sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental”. É evidente que os objetivos serão diferentes para os vários níveis de desenvolvimento e de situações específicas. No entanto, é através da avaliação, entendida como instrumento de diagnóstico e tomada de decisões, que os professores poderão, em grande medida, verificar a qualidade de seu trabalho. O mais importante não é o resultado, mas o percurso que atravessamos para alcançá-lo. Lei 9.131/95. Art. 3º [...] VI – As Propostas Pedagógicas das Instituições de Educação Infantil devem ser criadas, coordenadas, supervisionadas e avaliadas por educadores, com, pelo menos, o diploma de Curso de Formação de Professores, mesmo que da equipe de Profissionais participem outros das áreas de Ciências Humanas, Sociais e Exatas, assim como familiares das crianças. Da direção das instituições de Educação Infantil deve participar, necessariamente, um educador com, no mínimo, o Curso de Formação de Professores. VII – O ambiente de gestão democrática por parte dos educadores, a partir de liderança responsável e de qualidade, deve garantir direitos básicos de crianças e suas famílias à educação e cuidados, num contexto de atenção multidisciplinar com profissionais necessários para o atendimento. VIII – As Propostas Pedagógicas e os regimes das Instituições de Educação Infantil devem, em clima de cooperação, proporcionar condições de funcionamento das estratégias educacionais, do uso do espaço específico, do horário e do calendário escolar, que possibilitem a adoção, execução, avaliação e o aperfeiçoamento das diretrizes. 42 Para que todas as Diretrizes Curriculares sejam realizadas com sucesso são indispensáveis o espírito de equipe e as condições básicas para planejar os usos do espaço e do tempo escolar. 43 CONCLUSÃO A legislação educacional é, portanto, base da sustentação da estrutura político-jurídica da educação. A legislação Educacional possui duas naturezas: uma reguladora e uma regulamentadora. A partir de seu caráter, podemos derivar sua tipologia. Dizemos que a legislação é reguladora, quando se manifesta através de leis, sejam federais, estaduais ou municipais. O currículo escolar se trata de algo muito extenso e completo. Ele envolve toda e qualquer experiência e atividades feitas pelo aluno sob orientação da escola. Assim, é possível entender que o currículo escolar não diz respeito somente às disciplinas da escola, mas sim ao processo de formação do educando. O objetivo principal de um currículo escolar é sem dúvidas conseguir organizar de maneira prática as atividades escolares dos alunos. Todas as instituições de ensino que atuam com a educação básica devem apresentar uma Proposta Pedagógica condizente com os seus objetivos e crenças. É a partir dela que a escola irá criar estratégias e planejar suas ações, visando sempre o desenvolvimento dos seus alunos, e o cumprimento das normas do Ministério da Educação – MEC. 44 REFERÊNCIA CARVALHO, ROSITA EDLER. EDUCAÇÃO INCLUSIVA: COM OS PINGOS NOS “IS”. PORTO ALEGRE: MEDIAÇÃO, 2004. FORQUIN, JEAN-CLAUDE. ESCOLA E CULTURA: AS BASES SOCIAIS E EPISTEMOLÓGICAS DO CONHECIMENTO ESCOLAR. TRAD. GUACIRA LOPES LOURO. PORTO ALEGRE, ARTES MÉDICAS, 1993. 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