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CURRÍCULO-LEGISLAÇÃO-E-PROPOSTA-PEDAGÓGICA-2

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1 
 
 
CURRÍCULO, LEGISLAÇÃO E PROPOSTA PEDAGÓGICA 
1 
 
 
 
Sumário 
 
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2 
INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3 
CURRÍCULO ESCOLAR ......................................................................... 4 
O CURRÍCULO ESCOLAR ...................................................................... 7 
CURRÍCULO ESCOLAR – ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO 
ESCOLAR ........................................................................................................ 10 
O QUE É LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL ............................................ 14 
CONFIRA AS LEIS QUE REGEM O SISTEMA EDUCACIONAL 
BRASILEIRO .................................................................................................... 16 
AS LEIS SOBRE EDUCAÇÃO ............................................................. 17 
PROPOSTA PEDAGÓGICA .................................................................. 34 
ELABORAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGOGICA: DIRETRIZES 
CURRICULARES NACIONAIS ........................................................................ 37 
CONCLUSÃO ........................................................................................ 43 
REFERÊNCIA ........................................................................................ 44 
 
 
2 
 
 
 NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A escola é uma instituição cujo papel na sociedade é de responsabilizar-
se pela educação formal dos cidadãos, se posicionando como um dos agentes 
em condições de contribuir para a transformação destas, sendo dever do Estado 
garantir a estrutura e a qualidade de ensino nas escolas. Sabemos que a 
educação pública é responsabilidade do governo federal, estadual e municipal. 
A legislação da educação é o corpo ou conjunto de leis referentes à 
educação. Contribui para a organização do ensino e às questões da matéria 
educacional, como, por exemplo, a profissão de professor, a democratização de 
ensino etc. 
O currículo escolar objetiva a construção do conhecimento de acordo com 
os saberes históricos e os conhecimentos relacionados à vivência do discente 
em parâmetro com a realidade regional. O currículo está sempre em construção 
adaptando-se as mudanças da humanidade. 
A proposta pedagógica escolar funciona como uma espécie de identidade 
institucional: ela apresenta e norteia a metodologia de ensino, a estrutura 
curricular e as atividades educativas das escolas públicas e particulares, 
formalizando o compromisso assumido por professores, funcionários, pais e 
alunos no período letivo. 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
CURRÍCULO ESCOLAR 
 
 
As concepções básicas de currículo escolar apoiadas na teoria de dois 
autores: 
 Forquin (1993, p. 22), afirma que currículo escolar no vocabulário anglo-
saxão é um percurso educacional, um conjunto contínuo de situações de 
aprendizagem (“learning experiences”) às quais um indivíduo vê-se 
exposto ao longo de um dado período, no contexto de uma instituição de 
educação formal. 
 Saviani (2010), currículo consiste em organizar o conteúdo e desenvolvê-
lo didaticamente. 
 
5 
 
 
Qual o objetivo do currículo escolar? 
O currículo escolar objetiva a construção do conhecimento de acordo com 
os saberes históricos e os conhecimentos relacionados à vivência do discente 
em parâmetro com a realidade regional. O currículo está sempre em construção 
adaptando-se as mudanças da humanidade. 
A importância do currículo escolar 
O currículo é de grande importância no ambiente escolar, é um dos 
documentos que orienta o trabalho do educador. É relevante que o mesmo esteja 
em concordância com o Projeto Político Pedagógico e outros documentos 
importantes na área educacional. 
Existem três tipos de manifestações de currículo: 
 Currículo Formal (prescrito); 
 Currículo Real (em ação); 
 Currículo Oculto (implícito). 
O que é currículo em movimento? 
Currículo é o “documento de identidade” (SILVA, 2003), que orienta a 
escola. Claro que tem uma definição maior que essa, abordamos de forma 
simples para facilitar sua compreensão. 
O currículo não é algo estático, e sim está em constante evolução e 
atividade, pois deve acompanhar as mudanças do mundo. O currículo faz esse 
elo entre a cultura, a sociedade e a escola. Logo o Currículo em Movimento é 
um documento único (como a identidade), mas em constante movimento se 
adaptando as mudanças do mundo. 
* Segundo o que se aplica na Secretaria de Estado de Educação do 
Distrito Federal. 
Organização de um currículo escolar 
O currículo escolar é a bússola que direciona o processo educacional na 
instituição. 
6 
 
 
“A opção da escola por esta ou aquela forma de organização curricular 
requer uma meticulosa discussão, pois cada escola será reconhecida pelo tipo 
de homem que ela deseja formar e por meio dos mecanismos que utiliza na 
definição de seu currículo: propondo, selecionando, privilegiando, excluindo, 
silenciando conteúdos e posturas tanto dos professores e alunos quanto de 
possíveis interesses das comunidades onde as escolas se localizam.” 
(GONTIJO. GONTIJO. Salto Para o Futuro. Série Currículo e Projetos. Programa 
N° 4/2004). 
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva 
Não se imagina um currículo que não abranja a educação inclusiva, 
educação para a diversidade e tantas outras específicas, visto que é um 
documento de inclusão escolar. 
Para Carvalho (2004, p. 79), a educação inclusiva pode ser considerada 
como um “processo que permite colocar valores em prática, sem pieguismos, 
caridade, filantropia, pois está alicerçada em princípios que conferem igualdade 
de valor a todas as pessoas”. 
A importância do currículo escolar para o pedagogo 
O currículo escolar é um dos norteadores do trabalho do pedagogo na 
instituição escolar, alinhado com os interesses do aluno, da comunidade e da 
sociedade o documento referido objetiva uma construção social do 
conhecimento. 
 
 
7 
 
 
O CURRÍCULO ESCOLAR 
 
A aprendizagem escolar está diretamente vinculada ao currículo, 
organizado para orientar, dentre outros, os diversos níveis de ensino e as ações 
docentes. 
O conceito de currículo é difícil de estabelecer, em face dos diversos 
ângulos envolvidos. 
É central para a escola e associa-se à própria identidade da instituição 
escolar, à sua organização e funcionamento e ao papel que exerce - ou deveria 
exercer - a partir das aspirações e expectativas da sociedade e da cultura em 
que se insere. 
Contém as experiências, bem como a sua planificação no âmbito da 
escola, colocadas à disposição dos alunos visando a potencializar o seu 
desenvolvimento integral,a sua aprendizagem e a capacidade de conviver de 
forma produtiva e construtiva na sociedade. 
Essas experiências representam, em sentido mais amplo, o que o 
currículo exprime e buscam concretizar as intenções dos sistemas educacionais 
e o plano cultural que eles personalizam (no âmbito das instituições escolares) 
como modelo ideal de escola defendido pela sociedade. 
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/o-curriculo-escolar/18081
8 
 
 
Nessa concepção, o currículo é construído a partir do projeto pedagógico 
da escola e viabilizam a sua operacionalização, orientando as atividades 
educativas, as formas de executá-las e definindo suas finalidades. Assim, pode 
ser visto como um guia sugerido sobre o que, quando e como ensinar; o que, 
como e quando avaliar. 
A concepção de currículo inclui, portanto, desde os aspectos básicos que 
envolvem os fundamentos filosóficos e sociopolíticos da educação até os marcos 
teóricos e referenciais técnicos e tecnológicos que a concretizam na sala de aula. 
Relaciona princípios e operacionalização, teoria e prática, planejamento e ação. 
Essas noções de projeto pedagógico da escola e de concepção curricular 
estão intimamente ligadas à educação para todos que se almeja conquistar. Em 
última instância, viabilizam a sua concretização. O projeto pedagógico tem um 
caráter político e cultural e reflete os interesses, as aspirações, as dúvidas e as 
expectativas da comunidade escolar. Devem encontrar reflexo na cultura escolar 
e na expressão dessa cultura, ou seja, no currículo. 
A escola que é para todos requer uma dinamicidade curricular que permita 
ajustar o fazer pedagógico às necessidades dos alunos. 
Ver as necessidades especiais dos alunos atendidas no âmbito da escola 
regular requer que os sistemas educacionais modifiquem, não apenas as suas 
atitudes e expectativas em relação a esses alunos, mas, também, que se 
organizem para constituir uma real escola para todos, que dê conta dessas 
especificidades. 
O projeto pedagógico da escola, como ponto de referência para definir a 
prática escolar, deve orientar a operacionalização do currículo, como um recurso 
para promover o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos, considerando-
se os seguintes aspectos: 
 
• a atitude favorável da escola para diversificar e flexibilizar o processo de ensino-
aprendizagem, de modo a atender às diferenças individuais dos alunos; 
 
9 
 
 
• A identificação das necessidades educacionais especiais para justificar a 
priorização de recursos e meios favoráveis à sua educação; 
 
• A adoção de currículos abertos e propostas curriculares diversificadas, em 
lugar de uma concepção uniforme e homogeneizadora de currículo; 
 
• A flexibilidade quanto à organização e ao funcionamento da escola, para 
atender à demanda diversificada dos alunos; 
 
• A possibilidade de incluir professores especializados, serviços de apoio e 
outros, não convencionais, para favorecer o processo educacional. 
 
Essa concepção coloca em destaque a adequação curricular como um 
elemento dinâmico da educação para todos e a sua viabilização para os alunos 
com necessidades educacionais especiais: não se fixar no que de especial possa 
ter a educação dos alunos, mas flexibilizar a prática educacional para atender a 
todos e propiciar seu progresso em função de suas possibilidades e diferenças 
individuais. 
Pensar em adequação curricular significa considerar o cotidiano das 
escolas, levando-se em conta as necessidades e capacidades dos seus alunos 
e os valores que orientam a prática pedagógica. Para os alunos que apresentam 
necessidades educacionais especiais essas questões têm um significado 
particularmente importante. 
 
10 
 
 
CURRÍCULO ESCOLAR – ELABORAÇÃO E 
IMPLEMENTAÇÃO ESCOLAR 
 
A organização do currículo da escola merece um debate mais acentuado, 
pois concebe a intencionalidade do projeto pedagógico e da prática educativa da 
escola. Representa um norte a seguir pela escola e as orientações que darão 
sustentação à prática pedagógica mediada pelo professor e desenvolvida com 
os alunos em diferentes espaços educativos. 
O termo currículo vem do latim curriculum e significa “pista de corrida” 
(SILVA, 2007), o percurso que se trilha. O currículo deve estar relacionado ao 
projeto pedagógico, à política educacional da escola. Assim como o projeto 
pedagógico, o currículo escolar pode ser revisto, pois os conhecimentos 
produzidos seguem a dinâmica da produção da sociedade, logo deve ser 
atualizado, sem desconsiderar os conteúdos considerados clássicos. Clássico 
no sentido de explicar as contradições sociais, dar respostas às questões atuais, 
ou seja, o conteúdo imprescindível que o aluno tem que se apropriar. 
Não há dúvidas que o documento expressa a intencionalidade da escola 
quanto ao processo de ensino e de aprendizagem, os conteúdos abordados, a 
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/curriculo-escolar-elaboracao-e-implementacao-na-escola/42976
11 
 
 
metodologia empregada, a relação professor/aluno, o processo de avaliação da 
aprendizagem, dentre outros. O que Vasconcellos traz como reflexão é que esse 
documento não pode ser engessado, assim como o projeto pedagógico, deve ter 
uma dinâmica que possibilite sua revisão por meio de uma avaliação em 
conjunto. 
A história nos mostra que o currículo, significou a relação de matérias ou 
disciplinas com seus conteúdos determinados e organizados em uma sequência 
lógica e rígida. Ainda é comum ver esse tipo de organização curricular nas 
escolas. Porém esse termo recebeu mudanças em seu significado à medida que 
os estudos avançaram nessa área, acompanhando também as mudanças 
sociais. 
Na época da Revolução Industrial, por exemplo, a sociedade urbana que 
se desenvolveu tornou as relações cada vez mais complexas, principalmente 
pela especialização e divisão do trabalho. Esse contexto influencia a 
organização das escolas que deveriam dar uma resposta à nova demanda 
social, no que se refere à prática educativa, na formulação de conteúdos 
contemporâneos como pela ampliação do número de vagas, dada a procura pela 
instituição e, consequentemente, os currículos deveriam ser revistos, 
reformulados. 
A organização curricular, contudo deve ser entendida a partir das 
transformações sociais, da “produção histórica intencional” (SANFELICE, 2008, 
p.1), e também pela maneira de se interpretar as teorias que regem os estudos 
da área, ou seja, uma escola ao elaborar o seu currículo escolar deve ter como 
fundamento uma teoria que ofereça bases ao documento. Essa opção vai 
depender dos estudos, da teoria que orienta o trabalho, a concepção de 
educação do coletivo da escola. “Os conceitos de uma teoria organizam e 
estruturam nossa forma de ver a “realidade”. Assim, uma forma útil de 
distinguirmos as diferentes teorias do currículo é através do exame dos 
diferentes conceitos que elas empregam.” (SILVA, 2007, p.17). 
Um currículo escolar precisa ser elaborado a partir do projeto pedagógico 
da escola, ter uma teoria que o fundamente, a mesma perspectiva que 
fundamenta o projeto pedagógico e definir a proposta educativa que orientará o 
12 
 
 
trabalho pedagógico do dia a dia da escola, dos trabalhos realizados 
principalmente na sala de aula com os alunos. 
Após a homologação da Constituição Federal de 1988 fundada em 
princípios democráticos e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
(LDBEN), nº9394/96, que confirmam os princípios democráticos e considera os 
sujeitos sociais como cidadãos com direitos à educação, as escolas passam a 
organizar seu projeto pedagógico e currículo escolar atendendo as novas 
diretrizes educacionais que emanam a necessidade de uma organização escolar 
que proporcione a humanização dos sujeitos e a diminuição da desigualdade 
cultural. 
O currículo escolar vai muito além do simples elenco de disciplinase 
conteúdos programáticos a serem cumpridos em determinada carga horária ou 
de uma matriz curricular. A composição do currículo é um momento de decisão 
da escola, que é legitimado na prática educativa. Dessa maneira o currículo deve 
esboçar os objetivos das disciplinas em cada etapa da educação que oferece e 
a definição dos conteúdos a serem trabalhados com os alunos. 
Os conteúdos devem seguir uma sequência e manter a integração e a 
lógica entre eles, evitando a fragmentação. É por meio dos conteúdos 
apropriados pelos alunos que esses se instrumentalizam e ampliam sua 
condição cultural, logo o diálogo entre os conteúdos em diferentes anos de 
aprendizagem é condição primordial para a qualidade do currículo e sua 
aplicação. Assim no currículo deve constar a metodologia que orientará a prática 
docente e a definição do processo de avaliação, seus indicadores e 
instrumentos. 
Fica evidente que a escola deve refletir de maneira radical sobre os 
conhecimentos que os alunos devem se apropriar para exercerem sua cidadania 
de maneira plena e crítica, sem desconsiderar a demanda legal. 
Define ainda que o currículo “deve abranger, obrigatoriamente, o estudo 
da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico e natural 
e da realidade social e política, especialmente do Brasil” (§ 1º, Art. 26). E 
continua definindo as abordagens que se fazem necessárias na educação dos 
alunos, como a expressão da arte, da música, da educação física, o ensino da 
13 
 
 
história, das etnias, das culturas que compõem a história do Brasil, a música. 
Com isso verifica-se a preocupação da lei em garantir que os alunos tenham 
uma formação que lhes possibilite realizar diferentes leituras do panorama social 
e que atenda o exposto no Art. 22, da LDBEN, “A educação básica tem por 
finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum 
indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir 
no trabalho e em estudos posteriores”. 
Na parte diversificada do currículo, define que seja incluído, 
obrigatoriamente, a partir do quinto ano do ensino fundamental o estudo de uma 
língua estrangeira moderna, em concordância com a escolha da comunidade. 
 
 
Com o artigo 27, a Lei garante que: 
 
Os conteúdos curriculares da educação básica observarão, ainda, as 
seguintes diretrizes: 
 
 
I - A difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres 
dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática; 
 
II - Consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada 
estabelecimento; 
 
III - orientação para o trabalho; 
 
IV - Promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não 
formais. 
Com isso verifica-se que a escola deve buscar a fundamentação teórica 
e legal para garantir um currículo que contemple o proposto em seu projeto 
pedagógico e atenda às necessidades dos alunos no atual momento histórico. 
14 
 
 
Um currículo escolar que vá muito além da mera relação de conteúdo a serem 
cumpridos em determinado ano letivo, que vá além da matriz curricular. 
 
O currículo elaborado, pensado e construído com um arcabouço de fundamentos 
e orientações da prática escolar, a partir da dinâmica social, está formulando 
conhecimentos a partir de um conjunto de aprendizagens, está fazendo história. 
 
 
O QUE É LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL 
 
 
 
 
 
Conjunto de normas educacionais, legais e infralegais, leis e 
regulamentos, com instrução jurídica, relativas ao setor educacional. 
15 
 
 
A legislação Educacional possui duas naturezas: uma reguladora e uma 
regulamentadora. Ela é reguladora quando se manifesta através de leis, sejam 
federais, estaduais ou municipais. As normas constitucionais que tratam da 
educação são as fontes primárias da regulação e organização da educação 
nacional, pois, por elas, definem-se as competências constitucionais e 
atribuições administrativas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios. Abaixo das normas constitucionais, temos as leis federais, ordinárias 
ou complementares, que regulam o sistema nacional de educação. 
A legislação regulamentadora, ao contrário da legislação reguladora não 
é descritiva, mas prescritiva, volta-se à própria práxis da educação. Os decretos 
presidenciais, as portarias ministeriais e interministeriais, as resoluções e 
pareceres dos órgãos do Ministério da Educação, como o Conselho Nacional da 
Educação ou o Fundo de Desenvolvimento da Educação como serão 
executadas as regras jurídicas ou das disposições legais contidas no processo 
de regulação da educação nacional. A regulamentação não cria direito porque 
limita-se a instituir normas sobre a execução da lei, tomando as providências 
indispensáveis para o funcionamento dos serviços educacionais. 
A legislação educacional do Brasil enquanto nação independente tem seu 
início na Constituição Imperial de 1824 (a qual continha um artigo sobre 
educação escolar primária gratuita) e prossegue até a Constituição Federal de 
1988, considerando-se aí também as Constituições Estaduais, as Leis Orgânicas 
dos Municípios e toda a legislação ordinária, com ênfase especial na Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nos diferentes momentos históricos 
em que elas ocorreram. 
 
 
 
16 
 
 
CONFIRA AS LEIS QUE REGEM O SISTEMA 
EDUCACIONAL BRASILEIRO 
 
O sistema educacional no Brasil é baseado na Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação Nacional (Lei 9394/96). No caso do ensino superior, existe uma 
vasta gama de normas, entre decretos, pareceres e leis, como aponta o 
coordenador-geral de Legislação e Normas da Secretaria de Educação Superior 
do Ministério da Educação (MEC), Marilson Santana. Ele destaca que, com a 
Reforma Universitária, haverá uma regulamentação mais robusta do ensino 
superior. 
A Lei 9131/95 criou o Conselho Nacional de Educação (CNE), composto 
por duas câmaras autônomas: a Câmara de Educação Superior e a Câmara de 
Educação Básica. Cabe ao CNE auxiliar o MEC na formulação e avaliação da 
política nacional de educação. 
Já o Plano Nacional de Educação foi instituído pela Lei 10172/01. Ele 
estabelece uma série de metas que deverão ser implementadas até 2010. 
A Lei 11096/05 criou o Programa Universidade para Todos (ProUni), por 
intermédio do qual alunos de baixa renda recebem bolsas para estudar em 
instituições privadas. O ProUni foi instituído inicialmente por medida provisória. 
O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) foi 
estabelecido pela Lei 10061/04, e o Fundo de Financiamento ao Estudante do 
Ensino Superior (Fies) é objeto da Lei 10260/01. Outra lei importante é a 
8958/94, que define a relação entre as fundações de apoio e as instituições de 
ensino superior e de pesquisa científica e tecnológica. 
O Decreto 3860/01 classifica as instituições de ensino superior, define 
suas regras de credenciamento e de autorização de cursos, entre outras. 
 
 
 
17 
 
 
AS LEIS SOBRE EDUCAÇÃO 
 
 Constituição Federal de 1988 
 
 
Art. 205. A educação, direito de todos e 
dever do Estado e da família, será promovida e 
incentivada com a colaboração da sociedade, 
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, 
seu preparo para o exercício da cidadania e sua 
qualificação para o trabalho. Art. 206. O ensino 
será ministrado com base nos seguintes 
princípios: I – igualdade de condições para o 
acesso e permanência na escola; Art. 208. O 
dever do Estado com a Educação será efetivado mediante a garantia de: III - 
atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, 
preferencialmente na rede regular de ensino; IV - atendimento em creche e pré-
escola às crianças de 0 a 6 anos de idade. Art. 213. Os recursos públicos serão 
destinados às escolas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, 
confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que: I – comprovem finalidade 
nãolucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação. 
 1.Toda pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, 
pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino 
elementar é obrigatório. O ensino técnico e profissional deve ser generalizado; o 
acesso aos estudos superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade, 
em função do seu mérito. 
 2.A educação deve visar à plena expansão da personalidade 
humana e ao reforço dos direitos do Homem e das liberdades fundamentais e 
deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações 
e todos os grupos raciais ou religiosos, bem como o desenvolvimento das 
atividades das Nações Unidas para a manutenção da paz. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm
18 
 
 
 3.Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o gênero 
de educação a dar aos filhos. 
 Declaração Universal dos Direitos do Homem 
Artigo 26 
 
 Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Lei 8069 / 1990 
 
 
O Estatuto da Criança e 
do Adolescente (ECA) é uma lei 
de proteção e garantia de direitos 
de crianças e adolescentes. É 
uma lei federal (lei nº 8069/90) 
que substituiu a aplicação do 
Código de Menores. 
A legislação é extensa, 
com 267 artigos que tratam de 
temas como: direito à vida e à 
saúde, convivência familiar, 
educação, profissionalização, trabalho e cultura. 
Foi criada para a proteção de crianças e adolescentes, a partir da 
implantação de medidas como: 
 Atendimento aos jovens que cometem atos infracionais 
 Aplicação de medidas protetivas 
 Constituição dos Conselhos Tutelares e da Justiça da Infância e da 
Juventude 
 O ECA é destinado à proteção das crianças e dos adolescentes. De 
acordo com a lei: 
 São consideradas crianças as pessoas que tenham até 12 anos 
incompletos 
 São adolescentes os que possuem entre 12 e 18 anos 
 Direito à educação, à cultura, esporte e lazer 
19 
 
 
Esses direitos são importantes para que as crianças e jovens tenham um 
desenvolvimento pleno, preparando-os para exercerem sua cidadania 
integralmente. 
O Estado deve garantir o acesso ao ensino fundamental obrigatório, 
ensino médio e outros níveis de ensino. Também é obrigatória a oferta de 
creches e pré-escolas para as crianças até 5 anos. 
Se forem constatados casos de maus-tratos, excesso de faltas à escola 
ou muitas repetências, estas situações devem ser comunicadas ao Conselho 
Tutelar. 
 Fundef Emenda Constitucional 14 / 1996 Lei 9424 /1996 
 
 
 
Em 1996, o Ministério da Educação criou o Fundo de Manutenção e 
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério 
(Fundef) para atender o ensino fundamental. 
Os recursos para o Fundef vinham das receitas dos impostos e das 
transferências dos estados, Distrito Federal e municípios vinculados à educação. 
O Fundef vigorou até 2006, quando foi substituído pelo Fundo de 
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos 
Profissionais da Educação (Fundeb). 
De tal modo, toda a educação básica, educandos da educação infantil, 
do ensino fundamental e médio e da educação de jovens e adultos, passa a ser 
beneficiada com recursos federais. Um compromisso da União com a educação 
básica, que se estenderá até 2020. 
20 
 
 
Tendo o objetivo de aumentar os recursos aplicados pela União, estados 
e municípios na educação básica pública e melhorar a formação e o salário dos 
profissionais da educação. 
Regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação 
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB, de que trata 
o art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias; altera a Lei no 
10.195, de 14 de fevereiro de 2001; revoga dispositivos das Leis nos 9.424, de 
24 de dezembro de 1996, 10.880, de 9 de junho de 2004, e 10.845, de 5 de 
março de 2004; e dá outras providências. 
O FUNDEF é que o total arrecadado em cada estado é distribuído de 
acordo com o número de alunos matriculados na rede pública do ensino 
fundamental. Do total de recursos, pelo menos 60% devem ser destinados ao 
salário dos profissionais do magistério. Os créditos dos repasses para estados e 
municípios são feitos em conta específica do Fundef no Banco do Brasil. Já 
o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de 
Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) deverá financiar não 
só a educação fundamental, mas também a educação infantil, a média e a de 
jovens e adultos. Ele atende toda a educação básica, da creche ao ensino médio. 
Substituto do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental 
e de Valorização do Magistério (Fundef), que vigorou de 1997 a 2006, o FUNDEB 
está em vigor desde janeiro de 2007 e se estenderá até 2020. 
Um dos objetivos do FUNDEB é a inclusão progressiva de todas as 
crianças da creche a pré-escola, assim como de todos os jovens e adultos que 
não concluíram o ensino médio. 
O acompanhamento e o controle social sobre a distribuição, a 
transferência e a aplicação dos recursos do programa são feitas através da 
União, estados e municípios. O FUNDEB propõe uma distribuição dos recursos 
com base nos critérios do número de matricula da educação, baseado no censo 
21 
 
 
escolar do ano anterior. Todavia, existe uma extrema desigualdade entre os 
recursos disponíveis nos três sistemas que permeia durante toda história. 
 
A história da vinculação obrigatória para o FUNDEB se deu da seguinte 
forma: 
 1934: União e municípios deveriam investir 10%; Estados e DF 20%. 
 1937: A vinculação foi suprimida pela ditadura militar. 
 1946: Retomou os percentuais de 34%, todavia, os municípios passou a 
investir 20%. 
 1969: Estados e União deixaram de aplicar o recurso. 
 1983: restabeleceu a vinculação, fixando um percentual mínimo de: União 
13%; Estados, Distrito Federal (DF) e municípios 25%. 
 1988: O percentual da União foi ampliado para 18%. 
 1990: Houve uma inflação dessa vinculação chegando a 30% a 40% ao 
mês. Com isso sugiram os problemas de renuncia fiscal generalizada, 
sonegação fiscal gigantesca e corrupção dos órgãos fiscalizadores. 
 2000: Foi criado o DRU (Desvinculação de Receita da União) que passou 
a desvincular 20% dos impostos federais, prejudicando o financiamento. 
 2004: O produto da arrecadação do salário-educação passou a compor a 
receita do tesouro nacional. 
 Atualmente, a União deve aplicar no mínimo 18% e os Estados, DF e 
municípios 25%. 
 
 
 FUNDEB, INCLUSÃO EM TODA A EDUCAÇÃO BÁSICA 
 
 
O FUNDEF (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino 
Fundamental e de Valorização do Magistério) foi instituído em 1996 e 
implementado em 1º de janeiro de 1998. É constituído com recursos do Fundo 
22 
 
 
de Participação dos Estados (FPE), do Fundo de Participação dos Municípios 
(FPM), do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), do 
Imposto sobre Produtos Industrializados e Exportações (IPIexp) e pela 
desoneração das exportações prevista na Lei Complementar nº 87, de 1996 (Lei 
Kandir). 
O secretário de Educação Básica do MEC e presidente do Conselho do 
Fundef na esfera da União, Francisco das Chagas, confirmou que quer mediar 
ao máximo os estudos sobre os dois fundos (FUNDEF e FUNDEB). Para isso 
encontros regionais com os conselheiros do Fundef foram realizados:- 
“Discutimos amplamente com os conselhos municipais e estaduais a 
organização e o funcionamento dos conselhos e a redefinição do financiamento 
da educação em cima da proposta do Fundeb”. 
Lideranças da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) entregaram ao 
ministro Tarso Genro, dois estudos a respeito do conflito financeiro da criação 
do Fundeb sobre os municípios brasileiros. Na ocasião, o ministro afirmou que o 
MEC não apresentará nenhum projeto sem antes debater e interatuar com as 
prefeituras. O ministério delineará oprojeto do novo FUNDEB (Fundo Nacional 
de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) após extensos debates 
e pareceres da Frente Nacional dos Prefeitos . 
O que sabemos sobre o FUNDEF é que o total arrecadado em cada 
estado é distribuído de acordo com o número de alunos matriculados na rede 
pública do ensino fundamental. Do total de recursos, pelo menos 60% devem ser 
destinados ao salário dos profissionais do magistério. Os créditos dos repasses 
para estados e municípios são feitos em conta específica do Fundef no Banco 
do Brasil. Para este ano, a estimativa é que o Fundef destinará R$ 28 bilhões e 
700 milhões para investimento no ensino fundamental .O governo federal fixou 
o valor mínimo R$ 537,71 por aluno de 1ª a 4ª série, e R$ 564,60 para os de 5ª 
a 8ª e da educação especial do ensino fundamental da rede pública. 
A deputada Fátima Bezerra comentou: -“ o FUNDEB vai herdar uma 
legislação melhor, providências serão tomadas para melhor controle social do 
fundo: os recursos serão repassados automaticamente para contas únicas e 
específicas dos governos estaduais, do Distrito Federal e dos municípios e será 
23 
 
 
ampliado o número de conselheiros, de seis para 10 a nível federal; estaduais 
de sete para oito, e municipais de quatro para seis conselheiros. Haverá, ainda, 
maior representação da sociedade civil, principalmente de estudantes”. Está em 
estudo projeto de lei substitutivo, que altera a Lei nº 9.424, de 24/12/1996 (Lei 
do Fundef). Encontros estaduais sobre o Fundeb para ouvir especialistas no 
assunto e analisar as características dos gastos com educação nos estados 
serão realizados até julho, em São Paulo foi agendado para o dia 5 de julho. 
"O Fundeb contribui para assegurar a inclusão em toda a educação 
básica, reduzir as desigualdades e melhorar a qualidade do ensino", explicou 
Paulo Egon Wiederkehr, diretor do Fundef. Segundo ele, há prioridades nas 
discussões, como a definição das fontes dos recursos do Fundeb e a 
contribuição dos municípios ao Fundo. "Discutir e criar o Fundeb é uma 
prioridade do MEC e do governo federal", explicou. 
O FUNDEB substituirá o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do 
Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF). O encontro, 
denominado Colóquio de Representação Nacional sobre o FUNDEB, foi aberto 
pelo ministro Tarso Genro. O FUNDEB deverá financiar não só a educação 
fundamental, mas também a educação infantil, a média e a de jovens e adultos. 
Com o fundo os percentuais, para o ensino médio seriam de R$ 1.342. O fundo 
trabalhará as desigualdades regionais. A proposta, segundo o ministro da 
Educação, Tarso Genro, não está finalizada. a posição é aberta e pode mudar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
 Plano Nacional de Educação 
 
 
 
O Plano Nacional de Educação (PNE) deve vigorar de 2011 a 2020. Ele 
apresenta diretrizes e metas para a educação no Brasil. Estabelecendo 
iniciativas e estratégias para todos os níveis, modalidades e etapas 
educacionais. Ele dá ênfase na elaboração dos currículos em todas as 
modalidades de ensino e na diversidade de conteúdos curriculares, prevendo a 
correção de fluxo e o combatendo a discrepância entre a idade e a série do aluno. 
Para isso, são elaboradas metas para aumentar as taxas de alfabetização e de 
escolaridade. Ele universaliza o ensino fundamental de nove anos para todos os 
indivíduos de 6 a 14 anos e redimensiona a oferta de ensino médio nos turnos 
diurno e noturno. 
Propõe também, a inclusão de alunos com deficiência, do campo, em 
regime de liberdade assistida, de comunidades indígenas e quilombolas. Outro 
objetivo desse plano é proporcionar uma formação continuada para os 
professores e profissionais da educação, além de estimular a expansão dos 
estágios. Tem como proposta expandir a oferta de matriculas gratuita em 
instituições particulares de ensino, além de investir em equipamentos educativos 
e expansão da estrutura física. 
Outra proposta é a manutenção e ampliação de programas que 
acompanhe individualmente cada estudante com baixo rendimento escolar, 
25 
 
 
adotando para isso, práticas como aulas de reforço no turno complementar, 
estudos de recuperação e progressão parcial. 
O documento determina que em 2015 o investimento do poder público em 
educação seja de no mínimo de 7% do produto interno bruto (PIB) do país. Cabe 
a União promover pelo menos duas conferências nacionais de educação até o 
final da década, sendo o intervalo entre elas de no máximo quatro anos com 
intervalo de até quatro anos entre elas, como forma de avaliar e monitorar a 
execução do PNE. 
O PNE destaca a importância da autonomia no interior das escolas, mas, 
cumpre-nos alertar que tal autonomia tem sido restrita, já que o poder público 
impõe determinados planejamentos que retiram da escola sua autonomia em 
protagonizar seu projeto educativo. 
Além da desburocratização e a descentralização da gestão financeira, o 
PNE propõe o mesmo para as dimensões pedagógicas e administrativas. Dessa 
forma, a escola passa a contar com um repasse de recursos para o 
desenvolvimento de sua proposta pedagógica e para as despesas de seu 
cotidiano. 
O plano propõe a implantação de Conselhos em que a comunidade 
educacional participe do processo ativamente nas escolhas de diretores e na 
construção da proposta pedagógica, associando competência e compromisso. 
 
Conheça cada meta do Plano Nacional de Educação: 
 Meta 1 – Educação Infantil 
Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as 
crianças de 4 a 5 anos de idade e ampliar a oferta de educação 
infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% das 
crianças de até 3 anos até o final da vigência deste PNE. 
 Meta 2 – Ensino Fundamental 
Universalizar o ensino fundamental de 9 anos para toda a 
população de 6 a 14 anos e garantir que pelo menos 95% dos 
26 
 
 
alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último 
ano de vigência deste PNE. 
 Meta 3 – Ensino Médio 
Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a 
população de 15 a 17 anos e elevar, até o final do período de 
vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio 
para 85%. 
 Meta 4 – Inclusão 
Universalizar, para a população de 4 a 17 anos com deficiência, 
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou 
superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento 
educacional especializado, preferencialmente na rede regular de 
ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas 
de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços 
especializados, públicos ou conveniados. 
 Meta 5 – Alfabetização Infantil 
Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º ano do 
ensino fundamental. 
 Meta 6 – Educação Integral 
Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das 
escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos(as) 
alunos(as) da educação básica. 
 Meta 7 – Qualidade da Educação Básica/IDEB 
Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e 
modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de 
modo a atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb: 6,0 nos 
anos iniciais do ensino fundamental; 5,5 nos anos finais do ensino 
fundamental; 5,2 no ensino médio. 
 Meta 8 – Elevação da escolaridade/Diversidade 
Elevar a escolaridade média da população de 18 a 29 anos, de 
modo a alcançar, no mínimo, 12 anos de estudo no último ano de 
vigência deste Plano, para as populações do campo, da região de 
menor escolaridade no País e dos 25% mais pobres, e igualar a 
27 
 
 
escolaridade média entre negros e não negros declarados à 
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. 
 Meta 9 – Alfabetização de jovens e adultos 
Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais 
para 93,5% até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar 
o analfabetismoabsoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo 
funcional. 
 Meta 10 – EJA Integrada 
Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens 
e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à 
educação profissional. 
 Meta 11 – Educação Profissional 
Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível 
médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% da 
expansão no segmento público. 
 Meta 12 – Educação Superior 
Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e 
a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurada 
a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% das 
novas matrículas, no segmento público. 
 Meta 13 – Qualidade da Educação Superior 
Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de 
mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no 
conjunto do sistema de educação superior para 75%, sendo, do 
total, no mínimo, 35% doutores. 
 Meta 14 – Pós-Graduação 
Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação 
stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60 mil mestres 
e 25 mil doutores. 
 Meta 15 – Profissionais de Educação 
Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 ano de vigência 
deste PNE, política nacional de formação dos profissionais da 
28 
 
 
educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da 
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos 
os professores e as professoras da educação básica possuam 
formação específica de nível superior, obtida em curso de 
licenciatura na área de conhecimento em que atuam. 
 Meta 16 – Formação 
Formar, em nível de pós-graduação, 50% dos professores da 
educação básica, até o último ano de vigência deste PNE, e 
garantir a todos(as) os(as) profissionais da educação básica 
formação continuada em sua área de atuação, considerando as 
necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de 
ensino. 
 Meta 17 – Valorização dos Profissionais do Magistério 
Valorizar os(as) profissionais do magistério das redes públicas de 
educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao 
dos(as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o 
final do 6º ano de vigência deste PNE. 
 Meta 18 – Planos de Carreira 
Assegurar, no prazo de 2 anos, a existência de planos de carreira 
para os(as) profissionais da educação básica e superior pública de 
todos os sistemas de ensino e, para o plano de Carreira dos(as) 
profissionais da educação básica pública, tomar como referência o 
piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos 
termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal. 
 Meta 19 – Gestão Democrática 
Assegurar condições, no prazo de 2 anos, para a efetivação da 
gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de 
mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, 
no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico 
da União para tanto. 
 Meta 20 – Financiamento da Educação 
Ampliar o investimento público em educação pública de forma a 
atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto – PIB 
29 
 
 
do País no 5º ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente 
a 10% do PIB ao final do decênio. 
 
 Piso Salarial Lei 11738 / 2008 
 
O que é? 
Em 16 de julho de 2008 foi sancionada a Lei 11.738, que instituiu o piso 
salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da 
educação básica, regulamentando disposição constitucional (alínea ‘e’ do inciso 
III do caput do artigo 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias). 
O piso salarial profissional nacional é o valor abaixo do qual os entes 
federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) não poderão fixar o 
vencimento inicial das carreiras do magistério público da educação básica, para 
a jornada de, no máximo, 40 (quarenta) horas semanais. 
 
 Qual o valor do Piso? 
O valor do piso salarial profissional nacional para os profissionais do 
magistério público da educação básica com formação em nível médio na 
modalidade Normal foi fixado pela Lei em R$ 950,00 (novecentos e cinqüenta 
reais). 
Governadores de alguns estados moveram Ação Direta de 
Inconstitucionalidade (ADI) contra a lei. Em decisão cautelar, o Supremo Tribunal 
Federal (STF) definiu que o termo “piso” deve ser entendido como a 
remuneração mínima a ser recebida pelos professores. 
Esse valor pode incluir gratificações ou outras vantagens 
pecuniárias? 
De acordo com o artigo 2o da Lei 11.738/2008, até 31 de dezembro de 
2009 admite-se que para atingir o valor do piso sejam computadas as vantagens 
pecuniárias pagas a qualquer título. Após essa data, ainda segundo a lei, o valor 
do piso deverá corresponder ao vencimento inicial da carreira. 
30 
 
 
Até que o STF analise a constitucionalidade da norma, no julgamento de 
mérito, os professores das escolas públicas terão a garantia de não receber 
abaixo de R$ 950,00, podendo ser somados aí o vencimento básico (salário) e 
as gratificações e vantagens. Esse entendimento deverá ser mantido até o 
julgamento final da ADI 4167. 
Deve-se destacar que a definição do piso nacional não impede que os 
entes federativos tenham pisos superiores ao nacional. De qualquer forma, 
devem ser resguardadas as vantagens daqueles que percebam valores acima 
do referido na Lei. Assim, se um professor recebe atualmente uma remuneração 
mensal superior a R$ 950,00, seja ela composta de salário, gratificação ou outras 
vantagens, a implementação do piso poderá fazer com que tais vantagens sejam 
incorporadas ao seu vencimento, mas não poderá reduzir sua remuneração total. 
Para que profissionais o Piso se aplica? 
O valor de R$ 950,00 do piso se aplica para profissionais do magistério 
público da educação básica com formação em nível médio na modalidade 
Normal com jornada de 40 horas semanais. 
Quais são os profissionais do magistério público da educação 
básica? 
Por profissionais do magistério público da educação básica entendem-se 
aqueles que desempenham as atividades de docência ou as de suporte 
pedagógico à docência, isto é, direção ou administração, planejamento, 
inspeção, supervisão, orientação e coordenação educacionais, exercidas no 
âmbito das unidades escolares de educação básica, em suas diversas etapas e 
modalidades, com a formação mínima determinada pela legislação federal de 
diretrizes e bases da educação nacional. 
Qual o valor do Piso para profissionais de nível superior? 
A Lei não fixa valor para a remuneração de profissionais de nível superior. 
O valor do Piso fixado para profissionais com formação em nível médio 
deve servir de ponto de partida para a fixação dos vencimentos dos profissionais 
de nível superior ou com outros graus de formação, a critério de cada ente 
federativo. 
31 
 
 
 
O que a Lei prevê em relação à carga horária dos profissionais do 
magistério? 
 
A lei prevê que o piso de R$ 950,00 seja aplicado para uma jornada de 40 
(quarenta) horas semanais. 
Além disso, prevê que, na composição da jornada de trabalho, o limite 
máximo para desempenho das atividades de inteiração com os educandos é de 
dois terços dessa carga horária. 
Em decisão cautelar da ADI 4167, movida pelos governadores, o STF 
declarou inconstitucional a regra que determina o cumprimento de no máximo 
dois terços da carga dos professores para desempenho de atividades em sala 
de aula. Esse entendimento deverá ser mantido até o julgamento final da ADI 
4167. 
 
 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira 
 
32 
 
 
As políticas de educação são garantidas pela Constituição Federal e por 
outras leis, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (lei nº 
9.394/96). 
O direito dos cidadãos de ter acesso à educação é garantido pelaConstituição Federal no artigo 205: 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será 
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua 
qualificação para o trabalho. 
 
A (LDB 9394/96) é a legislação que regulamenta o sistema educacional 
(público ou privado) do Brasil (da educação básica ao ensino superior). 
Na história do Brasil, essa é a segunda vez que a educação conta com 
uma Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que regulamenta todos os seus 
níveis. A primeira LDB foi promulgada em 1961 (LDB 4024/61). 
A LDB 9394/96 reafirma o direito à educação, garantido pela Constituição 
Federal. Estabelece os princípios da educação e os deveres do Estado em 
relação à educação escolar pública, definindo as responsabilidades, em regime 
de colaboração, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
Segundo a LDB 9394/96, a educação brasileira é dividida em dois níveis: a 
educação básica e o ensino superior. 
Educação básica: 
 Educação Infantil – creches (de 0 a 3 anos) e pré-escolas (de 4 e 5 anos) 
– É gratuita mas não obrigatória. É de competência dos municípios. 
 Ensino Fundamental – anos iniciais (do 1º ao 5º ano) e anos finais (do 6º 
ao 9º ano) – É obrigatório e gratuito. A LDB estabelece que, 
gradativamente, os municípios serão os responsáveis por todo o ensino 
fundamental. Na prática os municípios estão atendendo aos anos iniciais 
e os Estados os anos finais. 
 Ensino Médio – O antigo 2º grau (do 1º ao 3º ano). É de responsabilidade 
dos Estados. Pode ser técnico profissionalizante, ou não. 
 
33 
 
 
Ensino Superior: 
 É de competência da União, podendo ser oferecido por Estados e 
Municípios, desde que estes já tenham atendido os níveis pelos quais é 
responsável em sua totalidade. Cabe a União autorizar e fiscalizar as 
instituições privadas de ensino superior. 
A educação brasileira conta ainda com algumas modalidades de 
educação, que perpassam todos os níveis da educação nacional. São elas: 
 Educação Especial – Atende aos educandos com necessidades 
especiais, preferencialmente na rede regular de ensino. 
 Educação a distância – Atende aos estudantes em tempos e espaços 
diversos, com a utilização de meios e tecnologias de informação e 
comunicação. 
 Educação Profissional e Tecnológica – Visa preparar os estudantes a 
exercerem atividades produtivas, atualizar e aperfeiçoar conhecimentos 
tecnológicos e científicos. 
 Educação de Jovens e Adultos – Atende as pessoas que não tiveram 
acesso a educação na idade apropriada. 
 Educação Indígena – Atende as comunidades indígenas, de forma a 
respeitar a cultura e língua materna de cada tribo. 
Além dessas determinações, a LDB 9394/96 aborda temas como os 
recursos financeiros e a formação dos profissionais da educação. 
 
34 
 
 
PROPOSTA PEDAGÓGICA 
 
 
 
A proposta pedagógica é um processo e precisa sempre estar sendo 
revisto e reescrito. 
O importante é trabalhar estes conteúdos de forma integrada, pois esses 
assuntos não são neutros e temos que respeitar as diferenças de ideias, de 
opiniões. A experiência curricular não resulta somente do que temos 
considerado tradicionalmente como conhecimento: o domínio de informações e 
o desenvolvimento do raciocínio. A criança desenvolve atitudes de pensar, 
porém também diferentes modos de sentir, de se expressar, de agir com 
criatividade, de se movimentar. Na Educação Infantil, tudo isso é conhecimento 
escolar. Tudo faz parte da experiência curricular. 
Serão apresentadas algumas das qualidades da produção do documento. 
No início da proposta pedagógica é feita uma apresentação da realidade. 
Exemplos de perguntas que podem ser realizadas para termos o conhecimento 
da realidade. 
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/proposta-pedagogica/40099
35 
 
 
 
• Quem são as pessoas que vão participar da discussão e elaboração da 
proposta? 
 
• Quais são os seus objetivos? 
 
• Para quem é esta proposta? Ou seja, quem são as crianças e os adultos 
envolvidos? 
 
• A proposta pode ser criticada e alterada? 
 
• Qual o diagnóstico a respeito da situação de educação destas crianças? 
 
• Quais são os principais problemas detectados? E que sugestões para superá-
los serão apresentadas? 
Além disso, deve-se refletir sobre os fundamentos teóricos das propostas. 
É importante que toda a equipe que esteja envolvida com o trabalho defina e 
explicite quais são os fundamentos teóricos que irão sustentar a proposta 
educacional da instituição. 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 em seus textos 
estabelecem que in verbis: 
 
Artigo 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as 
do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: 
 
I – Elaborar e executar sua proposta pedagógica; 
36 
 
 
 
VI – Informar os pais e responsáveis sobre a freqüência e o rendimento dos 
alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica. 
 
Na sequência, o artigo 13 determina: 
Artigo 13. Os docentes incumbir-se-ão de: 
 
I – Participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de 
ensino; 
 
II – Elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do 
estabelecimento de ensino. 
 
Artigo 14. Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do 
ensino público na educação básica, de acordo com as peculiaridades e conforme 
os seguintes princípios: 
 
I – Participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto 
pedagógico da escola. 
Diante do exposto, compreende-se a Proposta Pedagógica como sendo 
o resumo dos princípios e primazias estabelecidas pela equipe escolar a partir 
dos desígnios educacionais e da definição dos resultados desejados. É toda uma 
visão dos princípios de trabalho da escola, em conformidade com a educação 
nacional. 
Elemento de princípios democráticos e envolvem temas concernentes a 
organização da escola como um sistema social, estabelecendo diretrizes sobre 
currículos, conteúdo programático planejamento administrativo, pedagógico e 
avaliação. 
37 
 
 
Orienta-se pelo princípio de democratização de ensino, sendo elaborada 
por toda comunidade escolar; tendo em vista preparar alunos-cidadãos unidos à 
comunidade. 
 
A proposta pedagógica deve ser organizada a partir das informações 
conseguidas junto à comunidade (variáveis exógenas, ou seja, exteriores à 
escola) e junto à própria escola (variáveis endógenas, ou seja, informações 
internas) a serem municiadas por todos os que trabalham e convivem no 
ambiente escolar - alunos, professores, direção, pais e todos os funcionários. 
 
 
ELABORAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGOGICA: 
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS 
 
 
 
38 
 
 
 
 
Elaboração da proposta pedagógica: diretrizes curriculares nacionais, 
estrutura, organização e funcionamento da Educação Infantil, Diretrizes 
Curriculares. 
A proposta pedagógica é um processo e precisa sempre estar sendo 
revisto e reescrito. 
O importante é trabalhar estes conteúdos de forma integrada, pois estes 
assuntos não são neutros e temos que respeitar as diferenças de ideias, de 
opiniões. A experiência curricular não resulta apenas do que temos considerado 
tradicionalmente como conhecimento: o domínio de informações e o 
desenvolvimento do raciocínio. A criança desenvolve modos de pensar, mas 
também diferentes modos de sentir, de se expressar, de agir com criatividade, 
de se movimentar. Na Educação Infantil, tudo isso é conhecimento escolar. Tudo 
faz parte da experiência curricular. 
Na primeira parte de uma proposta pedagógica é feita uma apresentação 
da realidade. Exemplos de perguntas que podem ser realizadas para termos o 
conhecimento da realidade. 
 Quem são as pessoas que vão participar da discussão e elaboração da 
proposta? 
 Quais são os seusobjetivos? 
 Para quem é esta proposta? Ou seja, quem são as crianças e os adultos 
envolvidos? 
 A proposta pode ser criticada e alterada? 
 Qual o diagnóstico a respeito da situação de educação destas crianças? 
 Quais são os principais problemas detectados? E que sugestões para 
superá-los serão apresentadas? 
Ao pensar sobre os fundamentos teóricos das propostas. É importante 
que toda a equipe que esteja envolvida com o trabalho defina e explicite quais 
39 
 
 
são os fundamentos teóricos que irão sustentar a proposta educacional da 
instituição. 
A estrutura, organização e funcionamento da Educação Infantil é também 
uma parte importante a ser considerada quando da elaboração de uma proposta 
pedagógica. Sendo pública ou particular, nesta parte da proposta pedagógica é 
interessante que a creche/pré-escola relate como é o seu funcionamento, a sua 
estrutura e o seu cotidiano. 
É fundamental que, na proposta pedagógica, seja apresentada a política 
de seleção, de formação, de aperfeiçoamento e de valorização dos profissionais. 
Outra abordagem importante para o estudo sobre a elaboração de uma proposta 
pedagógica é a análise das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação 
Infantil. 
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil: 
Art. 3º [...] 
I – As Propostas Pedagógicas das Instituições de Educação Infantil devem 
respeitar os seguintes fundamentos norteadores: 
a) Princípios éticos da Autonomia, da Responsabilidade, da Solidariedade e do 
Respeito ao Bem Comum; 
b) Princípios Políticos dos Direitos e Deveres de Cidadania, do Exercício da 
Criticidade e do Respeito à Ordem Democrática; 
c) Princípios Estéticos da Sensibilidade, da Criatividade, da Ludicidade e da 
Diversidade de Manifestações Artísticas e Culturais. 
As creches/pré-escola devem oferecer oportunidades para as crianças 
desenvolverem a autonomia, a responsabilidade, a solidariedade e o respeito ao 
bem comum. Temos que saber nossos direitos e deveres, as leis e as regras que 
organizam a vida em sociedade. 
Lei 9.131/95. Art. 3º [...] 
40 
 
 
II – As Instituições de Educação Infantil ao definir suas Propostas Pedagógicas 
deverão explicitar o reconhecimento da importância da identidade pessoal de 
alunos, suas famílias, professores e outros profissionais, e a identidade de cada 
Unidade Educacional, nos vários contextos que se situem. 
Cada criança pensa, sente e sonha de uma forma especial, só sua. 
Sabemos que ela pertence a um ambiente social, mas não podemos deixar de 
respeitar as suas especificidades. 
Lei 9.131/95. Art. 3º [...] 
III- As Instituições de Educação Infantil devem promover em suas Propostas 
Pedagógicas, práticas de educação e cuidados que possibilitem a integração 
entre os aspectos físicos, emocionais, afetivos, cognitivo-lingüísticos e sociais 
da criança, entendendo que ela é um ser completo, total e indivisível. 
Para integrar as práticas de educação e cuidado com as crianças, 
precisamos estar articulados com outros profissionais que podem influenciar na 
qualidade de vida das crianças pequenas. 
Lei 9.131/95. Art. 3º [...] 
IV- As Propostas Pedagógicas das Instituições de Educação Infantil, ao 
reconhecer as crianças como seres íntegros, que aprendem a ser e conviver 
consigo próprios, com os demais e o próprio ambiente de maneira articulada e 
gradual, devem buscar a partir de atividades intencionais, em momentos de 
ações, ora estruturadas, ora espontâneas e livres, a interação entre as diversas 
áreas de conhecimento e aspectos da vida cidadã, contribuindo assim com o 
provimento de conteúdos básicos para a constituição de conhecimentos e 
valores. 
Deve-se elaborar currículos e programas para a Educação Infantil que 
façam pontes ligando a vida de nossos alunos e de suas famílias aos 
acontecimentos do Brasil e do resto do mundo. 
Lei 9.131/95. Art. 3º [...] 
41 
 
 
V – As Propostas Pedagógicas para a Educação Infantil devem organizar suas 
estratégias de avaliação, através do acompanhamento e dos registros de etapas 
alcançadas nos cuidados e na educação para crianças de 0 a 6 anos, “sem o 
objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental”. 
É evidente que os objetivos serão diferentes para os vários níveis de 
desenvolvimento e de situações específicas. No entanto, é através da avaliação, 
entendida como instrumento de diagnóstico e tomada de decisões, que os 
professores poderão, em grande medida, verificar a qualidade de seu trabalho. 
O mais importante não é o resultado, mas o percurso que atravessamos 
para alcançá-lo. 
Lei 9.131/95. Art. 3º [...] 
VI – As Propostas Pedagógicas das Instituições de Educação Infantil devem ser 
criadas, coordenadas, supervisionadas e avaliadas por educadores, com, pelo 
menos, o diploma de Curso de Formação de Professores, mesmo que da equipe 
de Profissionais participem outros das áreas de Ciências Humanas, Sociais e 
Exatas, assim como familiares das crianças. Da direção das instituições de 
Educação Infantil deve participar, necessariamente, um educador com, no 
mínimo, o Curso de Formação de Professores. 
VII – O ambiente de gestão democrática por parte dos educadores, a partir de 
liderança responsável e de qualidade, deve garantir direitos básicos de crianças 
e suas famílias à educação e cuidados, num contexto de atenção multidisciplinar 
com profissionais necessários para o atendimento. 
VIII – As Propostas Pedagógicas e os regimes das Instituições de Educação 
Infantil devem, em clima de cooperação, proporcionar condições de 
funcionamento das estratégias educacionais, do uso do espaço específico, do 
horário e do calendário escolar, que possibilitem a adoção, execução, avaliação 
e o aperfeiçoamento das diretrizes. 
42 
 
 
Para que todas as Diretrizes Curriculares sejam realizadas com sucesso 
são indispensáveis o espírito de equipe e as condições básicas para planejar os 
usos do espaço e do tempo escolar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONCLUSÃO 
A legislação educacional é, portanto, base da sustentação da estrutura 
político-jurídica da educação. A legislação Educacional possui duas naturezas: 
uma reguladora e uma regulamentadora. A partir de seu caráter, podemos 
derivar sua tipologia. Dizemos que a legislação é reguladora, quando se 
manifesta através de leis, sejam federais, estaduais ou municipais. 
O currículo escolar se trata de algo muito extenso e completo. Ele envolve 
toda e qualquer experiência e atividades feitas pelo aluno sob orientação da 
escola. Assim, é possível entender que o currículo escolar não diz respeito 
somente às disciplinas da escola, mas sim ao processo de formação do 
educando. O objetivo principal de um currículo escolar é sem dúvidas conseguir 
organizar de maneira prática as atividades escolares dos alunos. 
Todas as instituições de ensino que atuam com a educação básica devem 
apresentar uma Proposta Pedagógica condizente com os seus objetivos e 
crenças. É a partir dela que a escola irá criar estratégias e planejar suas ações, 
visando sempre o desenvolvimento dos seus alunos, e o cumprimento das 
normas do Ministério da Educação – MEC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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