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Interjeição Uma pessoa muito apaixonada por cães marca uma consulta médica em um hospital. No dia da consulta, ela lê uma notícia sobre um cão que ficou esperando, na porta do hospital, o dono internado. Ao chegar ao hospital, essa pessoa se depara com o cachorro, o reconhece do jornal e o afaga. Ao fazer isso, ela também expressa sua emoção. O que se costuma dizer nesses momentos? Que palavras ou expressões você acha que aquela pessoa falou? Provavelmente você pensou em algumas expressões com sentido (pobrezinho, que pena) e em outras mais simples, que apenas expressam emoções, como ah, oh. A interjeição pode ser uma palavra, uma locução ou até mesmo um fonema que expresse um sentimento, uma emoção. O sentido da interjeição é determinado pela circunstância, pelo senti- mento que expressa. Por exemplo: Que saudade! Bravo! Viva! Ai! Dei uma topada! Ufa! Consegui chegar antes da chuva. Coragem! Você consegue. Cuidado! Olha o buraco. SITUAÇÃO-PROBLEMA Veja, no Manual do Professor, o gabarito comentado das questões sinalizadas com asterisco. © L u is F e rn a n d o V e ri s s im o /A c e rv o d o c a rt u n is ta VERISSIMO, Luis Fernando. As cobras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010. 1 A locução prepositiva é composta de duas ou mais palavras que funcionam como preposição. Trata-se de um conjunto em que a última palavra é sempre uma preposição essencial. Sendo assim, destaque da tirinha uma locução prepositiva e apresente o seu valor semântico. A locução prepositiva da tirinha é depois de e apresenta valor semântico de tempo. 37 L ÍN G U A P O R T U G U E S A M Ó D U LO 2 PH_EF2_8ANO_LP_027a042_CAD1_MOD02_CA.indd 37 10/22/19 3:06 PM 1 Leia estas frases. Copie os advérbios e as locuções ad- verbiais e classifique-os. a) Ontem acordamos cansados da viagem. Ontem: advérbio de tempo. b) Meu defeito: nunca leio os e-mails completamente. Nunca: advérbio de tempo ou de negação; completamente: advérbio de modo. c) Ela viaja em silêncio, talvez admire a paisagem. Em silêncio: locução adverbial de modo; talvez: advérbio de dúvida. d) Trocamos as plantas de vaso de tempos em tempos. De tempos em tempos: locução adverbial de tempo. e) Fale alto, todos devem escutar seu discurso. Alto: advérbio de modo. PRATICANDO O APRENDIZADO 2 Leia as frases a seguir observando o uso das conjunções em negrito. Classifique-as e apresente o valor semânti- co de cada uma delas. a) Sou uma pessoa simples, por isso não gosto de festas sofisticadas com pessoas fingidas. Por isso: locução conjuntiva coordenativa; indica conclusão. b) Gostamos do seu cachorro, embora ele costume latir muito alto. Embora: conjunção subordinativa; indica concessão. c) João levou a roupa suja para a lavanderia e passou no supermercado. Mas ele se esqueceu de encher o tanque. E: conjunção coordenativa; indica adição. Mas: conjunção coordenativa; indica oposição (conjunção adversativa). 2 Considerando a resposta à questão 1, explique: Por que a locução prepositiva da tirinha não é classificada como locução adverbial? A locução depois de, como termina com preposição essencial de, é classificada como prepositiva. Já a expressão completa, depois da morte, indica circunstância de tempo, justamente por causa da locução prepositiva. É, então, classificada como locução adverbial de tempo. 3 Destaque todas as conjunções empregadas na tirinha. Classifique-as em coordenativas ou su- bordinativas. No 1o, 2o e 3o quadrinhos, que (subordinativa). PARA CONCLUIR Fizemos um trabalho de revisão, concentrando os estudos nas classes gramaticais verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição. Agora vamos praticar um pouco o uso dessas estruturas. 38 L ÍN G U A P O R T U G U E S A M Ó D U LO 2 PH_EF2_8ANO_LP_027a042_CAD1_MOD02_CA.indd 38 10/22/19 3:06 PM d) Convidamos seu primo para se hospedar em casa; logo, precisaremos mostrar a cidade para ele. Logo: conjunção coordenativa; indica conclusão. e) Só iremos ao dentista se o convênio odontológico for renovado. Se: conjunção subordinativa; indica condição. f) A mulher disse que não sabia nada sobre o caso. Que: conjunção subordinativa integrante; não apresenta valor semântico. g) Tudo parecia tranquilo quando chegamos à rua. Quando: conjunção subordinativa; indica tempo. h) Você agiu como foi ensinado. Como: conjunção subordinativa; indica conformidade. 3 Complete os períodos com preposição ou locução pre- positiva adequada. a) Brigavam tanto que eu estava a ponto de sair correndo daquela casa. Entretanto, hesitei em deixar para depois a assinatura do contrato. b) Quando chegamos à casa de Marinho, recebemos a notícia trágica: sua filha vai casar com aquele sujeito mentiroso. c) Como escolher uma profissão de acordo com sua personalidade? d) O contrato não pode ser assinado a lápis, somente a (à) caneta. 4 Complete as lacunas com o particípio dos verbos entre parênteses. a) Você deveria ter aberto a porta antes. (abrir) b) Se você tivesse feito como eu expli- quei, teria conseguido terminar o trabalho. (fazer) c) A viatura já havia acendido o giroflex. (acender) d) O inseto foi morto pelo veneno. (morrer) e) O homem havia matado o inseto com a mão. (matar) Leia o editorial abaixo e responda às questões seguintes. O que queremos para os jovens da atualidade? E o tempo vai passando, as culturas se modificando, as brincadeiras de adolescentes deixam de ser brincadeiras e pas- sam a ganhar novos rumos aos 12, 13 e 14 anos. O brincar de jogar bola e o pique esconde deram lugar ao celular, internet, bebidas e, infelizmente, às drogas, que levam ao vandalismo, à prostituição, ao roubo... A sociedade está vivendo uma era diferente de 10, 20 anos atrás. […] Nesta edição, algumas matérias chamam a atenção pela idade dos envolvidos e atos realizados em bens públicos que levam a entender que as culturas estão se modificando, que as crianças e jovens não se distraem com coisas de suas idades e já entendem, ou pensam que entendem, as situações vividas no cotidiano de grandes cidades e que batem à porta também das pequenas cidades, como as drogas, o vício, o roubo. [...] Se os cuidados não vêm de casa, provavelmente o que eles aprenderem nas ruas será a filosofia de vida que levarão para o resto dos dias, até se tornarem adultos, entrarem para o mundo do crime, serem presos ou perderem a vida para o tráfico de drogas, afinal, esses são destinos que acompanhamos todos os dias nos noticiários nas grandes cidades, mas que aos poucos vão invadindo as pacatas cidades do interior. APLICANDO O CONHECIMENTO 39 L ÍN G U A P O R T U G U E S A M Ó D U LO 2 PH_EF2_8ANO_LP_027a042_CAD1_MOD02_CA.indd 39 10/22/19 3:06 PM 1 Cada texto apresenta uma linguagem e uma estrutu- ra. A tipologia textual relaciona-se com a estrutura, a forma e o conteúdo: narração (história contada por um narrador), descrição (visualização do ser descri- to), dissertação (análise e defesa de tese) e injunção (comandos ou instruções com viés de ordem ou con- selho). Qual é a tipologia textual predominante no gênero textual editorial? Dissertação argumentativa. 2 Explique com suas palavras a tese defendida pelo enun- ciador nesse editorial. Justifique sua resposta com um trecho do texto. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos identifiquem que a tese é a de que as pessoas estão se inserindo no crime cada vez mais jovens: “as brincadeiras de adolescentes deixam de ser brincadeiras e passam a ganhar novos rumos aos 12, 13 e 14 anos”. 3 No editorial lido, o autor constrói a defesa de sua tese baseado em argumentos que levem o interlocutor a concordar com suas ideias. a) Cite alguns desses argumentos. Respostas possíveis: “atos realizados em bens públicos”, “as drogas, o vício, o roubo.” b) Identifique, no último parágrafo do editorial, um advérbio modalizador do discurso.Provavelmente. 4 Releia a seguinte passagem: A sociedade está vivendo uma era diferente de 10, 20 anos atrás. ● Qual é a sua opinião sobre essa passagem? Posicio- ne-se de forma bem fundamentada, baseando-se em seus próprios argumentos. Os alunos podem mencionar as transformações positivas (como erradicação de doenças, alimentação e água de melhor qualidade, maior nível intelectual, diminuição da pobreza, mais acesso à educação, vida mais longa, vacinas, antibióticos, mais informação, etc.) ou podem concordar, de certa forma, com as colocações do autor do texto. Releia o 3º parágrafo do editorial em estudo e responda às questões 5 e 6. Nesta edição, algumas matérias chamam a atenção pela idade dos envolvidos e atos realizados em bens públi- cos que levam a entender que as culturas estão se modifi- cando, que as crianças e jovens não se distraem com coisas de suas idades e já entendem, ou pensam que entendem, as situações vividas no cotidiano de grandes cidades e que batem à porta também das pequenas cidades, como as drogas, o vício, o roubo. 5 Transcreva as preposições empregadas nesse trecho. Pela, em, a, com, de, como. 6 Releia esta passagem: […] se distraem com coisas de suas idades e já entendem, ou pensam que entendem. Nela foram empregadas três conjunções. Transcreva-as e indique o valor semântico estabelecido por cada uma delas. A conjunção e é coordenativa com valor de adição; ou é coordenativa com valor de alternância; que é conjunção subordinativa integrante, apenas liga as orações sem estabelecer um valor semântico. O que passa na cabeça de um jovem que necessita do álcool e da droga para se satisfazer? Será que eles não pensam que o futuro pode não chegar? Que o destino é incerto, mas o deles provavelmente já está traçado, pois se tiverem dinheiro e a família abrir os olhos a tempo, poderão ir para clínicas de reabilitação, mas e se não tiverem? Cabe a cada um refletir que futuro quer para seus filhos e para os jovens da sociedade atual, e juntar forças para combater o mal que assombra a realidade dos jovens da atualidade. O QUE queremos para os jovens da atualidade? Jornal Correio dos Lagos, 2 mar. 2017. Disponível em: <http://www.jornalcorreiodoslagos.com.br/ on-line/editorial/o-que-queremos-para-os-jovens-da-atualidade-1.1963620>. Acesso em: 15 jul. 2019. 40 L ÍN G U A P O R T U G U E S A M Ó D U LO 2 PH_EF2_8ANO_LP_027a042_CAD1_MOD02_CA.indd 40 10/22/19 3:06 PM 7 Releia este trecho. [...] pois se tiverem dinheiro e a família abrir os olhos a tempo, poderão ir para clínicas de reabilitação, mas e se não tiverem? a) Analise a conjunção em negrito em relação a sua classificação e seu valor semântico. Conjunção coordenativa adversativa. Ela estabelece relação de oposição. b) Quais outras conjunções poderiam ser usadas no lugar de mas sem que a relação semântica seja alterada? Porém, contudo, todavia, etc. Para produzir boas tirinhas o cartunista empreende diferentes estratégias verbais e não verbais. Das alter- nativas a seguir, qual é a única que não menciona es- tratégia utilizada na tira lida? a) Opção por uma linguagem repleta de gírias. b) Alteração do semblante dos personagens de um quadrinho para outro. c) Variação do tamanho da fonte usada para escrever o texto verbal de acordo com o estado emocional dos personagens. d) Apresentação de questionamentos sucessivos, como se pode notar em crianças em geral. e) Alteração do tempo e do modo verbal na progressão dos quadrinhos de acordo com a estratégia de Calvin 8 Indique o tempo e o modo verbal predominantes nesse editorial. Explique qual a intenção do autor ao empregar esse tempo e esse modo. Predomina o presente do indicativo. Dá-se preferência a essa forma verbal a fim de se referir ao momento atual, ou seja, aos fatos analisados, objeto das reflexões do autor. para amenizar a reação do pai: uso do presente do indicativo, depois do futuro do pretérito do indica- tivo e do pretérito imperfeito do subjuntivo. 2 Releia a tirinha com atenção aos aspectos gramaticais analisados neste módulo. Assinale a alternativa que apresenta uma afirmação incorreta. a) No 1º quadrinho, Calvin pergunta ao pai se este o ama porque pretende amenizar o efeito provocado pelo que ele revelaria depois. b) A repetição do advérbio muito, no último quadrinho, enfatiza o termo ao qual essa palavra se liga. c) O último balão de fala da tirinha tem formato di- ferente porque demonstra descontrole do pai ao perguntar o que Calvin fez. 1 Leia a tirinha e responda às questões a seguir. DESENVOLVENDO HABILIDADES C a lv in & H o b b e s © 1 9 8 6 W a tt e rs o n /D is t. b y A n d re w s M c M e e l S y n d ic a ti o n 41 L ÍN G U A P O R T U G U E S A M Ó D U LO 2 PH_EF2_8ANO_LP_027a042_CAD1_MOD02_CA.indd 41 10/22/19 3:06 PM 4 Sabe-se que as conjunções podem sugerir diferentes valores semânticos, de acordo com a intenção comu- nicativa do enunciador. O que sugere no contexto a conjunção se, empregada no segundo quadrinho? a) Valor semântico de oposição, porque introduz o ar- gumento mais forte: a ideia de que o pai de Calvin certamente deixaria de amar o filho, caso este fizes- se algo ruim. b) Valor de proporcionalidade, porque à proporção que o garoto fizesse algo errado, certamente teria o amor de seu pai reduzido. c) Valor de tempo, porque, embora se utilize o pretérito imperfeito do subjuntivo, a forma como o enunciado foi construído indica que Calvin, no momento da fala, já praticara o ato ruim. d) Valor de concessão, porque estabelece uma situação que justificaria uma ação contrária por parte do pai de Calvin. e) Valor de condição, porque apresenta a ideia de que a condição para que o pai deixe de amá-lo é Calvin praticar algo ruim. d) No 2º quadrinho, o verbo fazer, conjugado no im- perfeito do subjuntivo, reforça a expectativa sobre o que será revelado em seguida. e) A palavra claro, no primeiro quadrinho, deve ser classificada como interjeição, pois expressa a certeza do amor do pai. 3 A derivação imprópria é o processo de formação pelo qual uma palavra é empregada em função típica de outra classe por força da circunstância gramatical. Assinale a análise correta das falas da tirinha quanto à derivação imprópria. a) “Você me ama, pai?” (substantivo transformado em interjeição indicadora de dúvida) b) “Você me amaria mesmo se eu fizesse algo ruim?” (adjetivo transformado em interjeição indicadora de negatividade) c) “Calvin, o que você fez?” (substantivo transformado em interjeição indicadora de início de conversa) d) “Bem, claro… que… eu…” (advérbio transformado em interjeição indicadora de hesitação, de falta de clareza) e) “Mas algo muito, muito…” (advérbio transformado em interjeição indicadora de ênfase) ANOTAÇÕES 42 L ÍN G U A P O R T U G U E S A M Ó D U LO 2 PH_EF2_8ANO_LP_027a042_CAD1_MOD02_CA.indd 42 10/22/19 3:06 PM
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