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UNIFACS - SALVADOR - CURSO: ENFERMAGEM DISCENTE: CELSIUS PALMEIRA TEMA: ESQUIZOFRENIA ESQUIZOFRENIA O que é esquizofrenia? Certamente você já ouviu falar em esquizofrenia, mas a maioria das pessoas não entende realmente o que é essa doença e isso acaba gerando diversas formas de preconceito. A esquizofrenia é uma doença que acomete 1% da população, de todas as etnias, povos e culturas. Ou seja, ela é uma doença da própria condição humana, que não depende de fatores externos. A esquizofrenia é uma doença psiquiátrica endógena que sempre existiu, sendo chamada de psicose antigamente, quando não se tinha conhecimento o suficiente sobre o problema. A doença é caracterizada principalmente por alucinações visuais e auditivas, além do isolamento, é uma doença mental crônica e incapacitante, que geralmente se manifesta na adolescência ou início da idade adulta, entre 20 e 30 anos de idade. Sua frequência na população em geral é da ordem de 1 para cada 100 pessoas. No Brasil, estima-se que há cerca de 1,6 milhão de esquizofrênicos. Continue a leitura e saiba como a esquizofrenia se manifesta e as formas de conviver com a doença. QUAL É A CAUSA DA ESQUIZOFRENIA? Até hoje, não foi descoberta a causa da esquizofrenia, mas a combinação de alguns fatores genéticos, cerebrais e do ambiente podem desencadear a doença. Fatores hereditários - parentes de primeiro grau de um esquizofrênico têm mais chances de desenvolver a doença do que as pessoas em geral. É o fator de risco mais significativo. Fatores ambientais - complicações da gravidez e do parto, infecções e outras doenças que possam ter alterado o desenvolvimento do sistema nervoso no período de gestação. Alterações neuroquímicas - problemas com certas substâncias químicas do cérebro, incluindo neurotransmissores chamados dopamina e glutamato, podem contribuir para a esquizofrenia. Assim como o uso de drogas psicoativas, que alteram a mente. QUAIS OS GRUPOS DOS PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS DA ESQUIZOFRENIA? A doença se manifesta de forma variada, por isso, muitas vezes é difícil identificar sinais e sintomas da esquizofrenia na fase inicial. Os principais são divididos em dois grupos, chamados de sintomas positivos e sintomas negativos. Principais sintomas positivos: Delírios - são ideias ou pensamentos que não correspondem à realidade, mas que a pessoa tem convicção absoluta. Por exemplo, ela acredita que está sendo vigiada, ou perseguida, ou observada por câmeras escondidas; acredita que os vizinhos ou as pessoas que passam na rua querem lhe fazer mal. Alucinações - são percepções irreais dos órgãos dos sentidos. As alucinações auditivas são as mais frequentes. A pessoa pode ouvir vozes que dão ordens de como agir ou que falam sobre ela. Mais raramente, podem ocorrer outras formas de alucinações, como visuais, táteis ou olfativas. Alterações do pensamento - as ideias podem se tornar confusas, desorganizadas ou desconexas, tornando o discurso da pessoa difícil de entender. Principal sintoma negativo: Alterações da afetividade - a pessoa perde a capacidade de expressar suas emoções e de reagir emocionalmente às situações, ficando indiferente e sem expressão afetiva. Outras vezes, apresenta reações afetivas que são inadequadas em relação ao contexto em que se encontra. Alguns de outros sintomas que podem ser observados: Diminuição da motivação; Dificuldade de concentração; Alterações da motricidade; Desconfiança excessiva; Indiferença. Atenção: a esquizofrenia geralmente evolui em episódios agudos que aparecem vários desses sintomas. Principalmente delírios e alucinações intercalados por períodos com pouca manifestação de sintomas. COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DA ESQUIZOFRENIA? O médico psiquiatra faz o diagnóstico da doença a partir dos sinais e sintomas. Não há nenhum tipo de exame de laboratório que permita confirmar o diagnóstico da doença. Geralmente, a esquizofrenia começa a se manifestar por volta dos 20 anos. Em adolescentes, o diagnóstico pode ser mais difícil, pois alguns sintomas são parecidos com sentimentos e situações que podem ser comuns da fase, tais como: Afastamento de amigos e familiares; Baixa no desempenho na escola; Dificuldade para dormir; Irritabilidade ou humor deprimido; Falta de motivação. COMO É O TRATAMENTO DA ESQUIZOFRENIA? O tratamento da esquizofrenia tem como objetivo o controle dos sintomas e a retomada da rotina, trabalho e relacionamento com amigos e familiares. O controle da esquizofrenia é feito por meio de duas abordagens: medicamentosa e psicossocial. Tratamento medicamentoso - a maioria dos pacientes precisa utilizar a medicação de forma contínua para não ter novas crises. Os medicamentos se dividem em antipsicóticos ou neurolépticos e têm duas funções principais: Alívio dos sintomas na fase aguda da doença; Prevenção de novos episódios da doença. Terapia comportamental cognitiva - é necessária para atingir os benefícios do tratamento com medicamentos e reintegrar a pessoa com esquizofrenia à sociedade. Sintomas e diagnósticos da esquizofrenia Os sintomas na esquizofrenia são divididos entre produtivos e negativos. No início da doença, surgem primeiro os negativos, que são caracterizados por apatia e falta da capacidade de ter uma vida normal. O indivíduo para de cuidar da própria higiene pessoal, aparenta não sentir emoções e nem estar ligado a realidade. A pessoa fica com o olhar perdido, como se estivesse no ‘mundo da lua’. Em seguida podem aparecer os sintomas produtivos, caracterizados por delírios, alucinações, pensamentos desorganizados expressos através da fala e comportamento motor anormal. É comum os pacientes com esquizofrenias ouvirem vozes, acreditarem que estão sendo perseguidos e que há um complô contra eles. Uma característica bem forte da esquizofrenia é o paciente não perceber a falta de lógica no que está vivenciando e não acreditar em nenhum argumento que o tente explicar que o que ele está sentindo não é real. Esse processo de desenvolvimento da doença pode levar anos. No começo, como não se sabe direito o que está acontecendo, é comum ocorrer muita ansiedade e tensão. A esquizofrenia também pode apresentar variações: Esquizofrenia paranóide: predomina delírios e alucinações; Esquizofrenia hebefrênica: pensamentos e discursos desconexos; Esquizofrenia catatônica: quando o paciente fica em uma postura anormal por horas e apresenta resistência se alguém tenta mudar a sua posição; Esquizofrenia simples: afastamento da realidade e das pessoas. Nos homens a doença costuma se manifestar mais cedo, por volta do início dos 20 anos e nas mulheres é no final dos 20. Crianças e maiores de 40 anos dificilmente são diagnosticados com esquizofrenia. Para diagnosticar a esquizofrenia, deve-se excluir a possibilidade de outras doenças ou do abuso de substâncias que possam causar os mesmos sintomas. O diagnóstico pode incluir exames físicos; testes e exames toxicológicos, bioquímicos e de imagem e avaliação psiquiátrica. Não há uma única resposta para essa pergunta. Porém, a predisposição genética é um fator muito importante, já que uma pessoa que tem um parente de primeiro grau com a doença tem uma chance de 13% de também desenvolvê- la. Mas claro, há também fatores ambientais que estão envolvidos no processo, apesar de ainda não se souber muito bem quais. Existem fatores que, apesar de não serem a única causa da doença, aumentam ainda mais os riscos, como: Histórico familiar; Inflamações ou doenças autoimunes; Complicações na gravidez e no nascimento; Idade avançada do pai; A Esquizofrenia tem cura? Apesar de não ter cura para a doença, ela possui tratamento que, se feito corretamente, o paciente tem grandes chances de levar uma vida normal, sem interromper suas atividadese continuar integrado socialmente. Quanto mais cedo se descobre a doença, menores são as chances dela provocar danos mais graves na personalidade do indivíduo. O tratamento deve ser feito durante toda a vida do paciente e inclui medicamentos e terapia psicossocial. Em alguns casos, pode ser necessária a hospitalização. Além disso, é muito importante educar a família do paciente, para diminuir o preconceito e tornar o tratamento mais efetivo. A Esquizofrenia é uma doença como qualquer outra e precisa de tratamento. Todo preconceito com doenças psiquiátricas dificulta muito na adesão ao tratamento, trazendo sofrimento para a vida dos pacientes. REFERÊNCIAS http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/02/pcdt- esquizofrenia-livro-2013.pdf - acessado em 30/04/2019 https://www.h9j.com.br/centro-de-medicina- especializada/Paginas/patologias/esquizofrenia-nao-tem-cura-mas-tem- tratamento.aspx - acessado em 30/04/2019 https://www.mayoclinic.org/es-es/diseases- conditions/schizophrenia/symptoms-causes/syc-20354443 - acessado em 02/05/2019 https://www.opas.org.br/o-que-e-esquizofrenia-paranoide-e-tipos- sintomas-tem-cura/ - acessado em 02/05/2019
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