Buscar

Resumo sobre Magnetita, magnetossomos Magnetorecepção

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Gustavo Pires Bertaco 
 
 
1 
 
Cristais de magnetita são 
encontrados em certos tipos 
de bactérias (por exemplo, na 
Aquaspirillum 
magnetotacticum), em 
cérebros de abelhas, cupins, 
peixes, ursos, alguns pássaros 
(por exemplo, em pombos) e 
em seres humanos.1 
 
Acredita-se que estes cristais 
estão envolvidos no processo 
de magnetorecepção 
(capacidade de perceber a 
polaridade ou a inclinação do 
campo magnético da Terra) e 
na navegação animal por 
orientação magnética. 
 
O estudo de biomagnetismo 
começou com as descobertas 
do paleontologista Heinz 
Lowenstam na década de 
1960. 
 
 
Magnetorecepção (ou 
magnetocepção) é a 
capacidade de detectar um 
campo magnético para 
perceber direção, altitude ou 
localização. Desempenha um 
papel na capacidade de 
navegação e orientação de 
várias espécies animais e tem 
sido postulada como um 
método dos animais 
desenvolverem mapas 
regionais. 
 
Magnetorecepção é mais 
comumente observado em 
aves, onde sensores de 
campo magnético da Terra 
são importantes para a 
capacidade de navegação 
durante a migração. Também 
tem sido observado em 
muitos outros animais 
incluindo moscas, abelhas, 
bactérias magnetotáticas,2 
Gustavo Pires Bertaco 
 
 
2 
fungos, lagostas, tubarões, 
arraias e tartarugas.3 
 
Alguns organismos vivos 
(bactérias, moluscos, insetos 
e até animais maiores) são 
capazes de precipitar 
biogenicamente magnetita, 
greigita ou oxihidróxido de 
ferro e usam o campo 
geomagnético para se 
orientar durante o seu 
movimento. Temos dois tipos 
de mineralização: a 
mineralização biologicamente 
induzida, onde o organismo 
exerce controle mínimo 
sobre o precipitado e a 
mineralização organicamente 
controlada, na qual os 
precipitados são 
monominerálicos, tamanho 
pequeno (SD) e 
cristalograficamente 
alinhados. Por exemplo, na 
bactéria magnetotática, os 
cristalitos de magnetita se 
alinham em cadeias paralelas 
ao eixo fácil , deste modo, 
maximizando tanto os 
momentos magnéticos 
quanto a anisotropia de 
forma. 
 
 
 
 Os organismos são capazes 
de exercer um controle do 
produto, em termos de 
Gustavo Pires Bertaco 
 
 
3 
tamanho de grão no intervalo 
de domínios simples. Estes 
grãos têm sido usados no 
melhoramento de colóides 
magnéticos, os quais ajudam 
a revelar estruturas de 
domínio. 
 Supõe-se que estes 
organismos já possuam a 
capacidade de produzir 
minerais magnéticos há 
muito tempo. Deste modo, 
magnetitas biogênicas 
antigas devem ter sido 
fossilizadas em sedimentos e 
nas rochas que se formaram 
a partir delas. As magnetitas 
biogênicas devem ser os 
principais portadores de 
magnetização remanente 
natural (MRN) em 
sedimentos pelágicos (de mar 
profundo) os quais estão 
isolados de fontes de 
magnetita detrítica.4 
 
Fitak e os coautores de um 
estudo sugerem que existe 
outra possibilidade: uma 
bússola feita de micróbios. 
De acordo com os 
pesquisadores, é possível que 
os animais detectem campos 
magnéticos simbioticamente 
por meio de bactérias que 
vivem dentro deles. 
 
Especificamente, bactérias 
magnetotáticas que se 
orientam ao longo das linhas 
do campo magnético. 
Isso acontece devido a uma 
cadeia de estruturas 
magnéticas dentro das 
bactérias magnetotáticas 
chamados de 
magnetossomos.5 
 
As bactérias magnetotáticas, 
descobertas por Blackmore 
em 1970, se comportam 
como dipolos magnéticos 
permanentes e se orientam 
ao longo das linhas do campo 
magnético terrestre. Assim, 
podem ser controladas por 
meio de um terceiro campo 
magnético. 
Esta particularidade biológica 
é chamada magnetotaxia e 
estas bactérias formam o 
grupo das bactérias 
magnetotáticas. Os 
magnetossomos são cadeias 
de grânulos de óxidos 
metálicos (magnetita ou 
greigita, na maioria das 
vezes), presentes nos 
citoplasmas das bactérias 
Gustavo Pires Bertaco 
 
 
4 
magnetotáticas. Os 
magnetossomos são 
geralmente de tamanho 
uniforme e alinhados ao 
longo da célula.6 
 
 
Magnetospirillum usada na obtenção das 
nanopartículas magnéticas. Créditos: 
Microbewiki. 
Esse novo estudo é um 
complemento do estudo 
publicado em 2017 que 
aborda esses minúsculos 
micróbios magnéticos por 
trás da magnetorecepção em 
animais maiores e apresenta 
novas evidências para apoiar 
o caso. 
Mais importante ainda, eles 
apontam para um estudo do 
ano passado que descobriu 
evidências discutíveis de 
simbiose mutualística entre 
bactérias magnetotáticas e 
protistas marinhos 
microscópicos, que podem 
navegar de forma diferente 
em ambientes aquáticos 
graças aos minúsculos 
passageiros magnéticos em 
seus corpos. 
A simbiose é uma relação ecológica que 
ocorre entre indivíduos de espécies 
diferentes, ou seja, é uma relação 
interespecífica. Também chamada de 
mutualismo obrigatório, é uma associação 
em que ambas as espécies dependem da 
presença do parceiro, em decorrência da 
função que cada um exerce no 
metabolismo do outro.
 
 
1. Baker, R R; J G Mather, J H Kennaugh (6 de janeiro de 1983). «Magnetic bones in 
human sinuses». Nature. 301 (5895): 79–80. PMID 6823284 
2. Bússolas vivas, Revista Pesquisa FAPESP Online, julho, 2007 
3. Wolfgang Wiltschko, Roswitha Wiltschko (agosto de 2008). «Magnetic orientation and 
magnetoreception in birds and other animals». Journal of Comparative Physiology. A, 
Neuroethology, Sensory, Neural, and Behavioral Physiology. 191 (8): 675–
93. PMID 15886990 
4. MINERAIS MAGNÉTICOS - https://www.iag.usp.br/~eder/minerais_magneticos.pdf 
5. Animais detectam campo magnético por meio de bactérias, sugere estudo- 
https://socientifica.com.br/animais-percebem-campo-magnetico-por-causa-de-
microbios-em-seus-corpos/ 
6. Bactérias como fonte de nanopartículas magnéticas.- 
https://lqes.iqm.unicamp.br/canal_cientifico/lqes_news/lqes_news_cit/lqes_news_20
11/lqes_news_novidades_1514.html 
https://pt.wikipedia.org/wiki/PubMed_Identifier
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6823284
http://revistapesquisa.fapesp.br/index.php?art=3296&bd=1&pg=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/PubMed_Identifier
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15886990
https://www.iag.usp.br/~eder/minerais_magneticos.pdf
https://socientifica.com.br/animais-percebem-campo-magnetico-por-causa-de-microbios-em-seus-corpos/
https://socientifica.com.br/animais-percebem-campo-magnetico-por-causa-de-microbios-em-seus-corpos/

Continue navegando