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Morfologia 1 3

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Morfologia. S.P. 1.3 
A determinação das concentrações de ferro, hematócrito e índices hematimétricos no neonato e o conhecimento sobre diagnóstico diferencial das anemias propicia ao estudante compreender a importância destes biomarcadores no diagnóstico das síndromes anêmicas no recém-nascido. Valores hematimétricos e hematócrito baixos no recém-nascido serão preocupantes somente se levarem alguma repercussão clínica, porém, devem ser considerados em possíveis síndromes anêmicas.
Intestino delgado: • Sítio terminal de digestão; 
 • Grande absorção: de nutrientes e água 
 • Secreção endócrina: colabora para guiar os mecanismos digestivos, atuação destas moléculas na vesíc. Biliar, no 
 pâncreas e no estômago. Colabora ativamente no comportamento alimentar
Região pilórica do estômago: inicia na incisura angular do estomago, antro pilórico e óstio pilórico. Marca a divisão entre estômago e intestino. 
Regiões do intestino delgado: 1ª parte Duodeno: partes-> Superior, descendente, horizontal ou inferior e ascendente. 
- 1ª porção do intestino, presença de enzimas que colaboram p/ digestão, enzimas- produzidas pelas células da mucosa e enzimas que são liberadas nesse sítio. 
Lembre!! - Relação entre a cabeça do pâncreas emoldurada pelas partes do duodeno. 
 - Ducto colédoco, que traz a bile da vesícula sofre anastomose com o ducto pancreático, formando a ampola hepatopancreática, que perfura a parte descendente do duodeno, formando a papila maior do duodeno. Também existe o ducto pancreático acessório. 
- Flexura duodeno jejunal (Ângulo de Treitz) -> ligamento suspensor do duodeno, marca o início no jejuno, importância para diferenciar as hemorragias digestivas alta e baixa. 
- O íleo termina na primeira parte do Int. Grosso (ceco)-> presença de estruturas: óstil ileal, junção ileocecal, papila ileal. 
Caracterização Morfológica do Intestino Delgado 
Mucosa: 
• Estruturas que ampliam a superfície de absorção: 
• Pregas: dobras da mucosa e da submucosa mais desenvolvidas no jejuno. 
• Vilosidades: projeções de epitélio e lâmina própria (0,5 – 1,5 mm) 
- Revestidas por Epitélio cilíndrico simples rico em células absortivas além de células caliciformes. 
- O epitélio é continuado com o epitélio das criptas (compartimento proliferativo): 
- Células absortivas, caliciformes, enteroendócrinas, de Paneth e células tronco. 
OBS!! Nessa região encontra-se um grande variedade de células, predominando células absortivas é maior
- Criptas: compartimentos proliferativos da mucosa, encontra-se cél. Absortivas, caliciformes e enteroendócrinas, além de células de defesa, ex.: Paneth 
• Células absortivas: - Colunares altas com núcleo oval na base da célula; 
 - Borda apical em escova (microvilosidades) 
- Na superfície apical dessas células encontram-se as microvilosidades: estruturas imóveis, aumentam duperfície de absorção, enzimas que colaboram p/ a digestão. 
• Células caliciformes: secretoras de muco -> Entre as absortivas e menos abundantes. O aumento dessas células ocorre de acordo com a proximidade do intestino grosso. 
• Células de Paneth: - Localizadas na porção basal das criptas; 
 - Sintetizam e liberam enzimas, ex.: lisozima e defensina. 
• Células tronco: permite a renovação das células presentes na mucosa -> Entre as células de Paneth no terço basal da cripta.
OBS!! Células de Paneth e Tronco estão localizadas na base da cripta. 
• Lâmina própria: - Tecido conjuntivo frouxo vascularizado; 
 - Células musculares lisas responsáveis pela movimentação que favorece absorção; 
 - Glândulas intestinais- importante para secreção de muco. 
• Muscular da mucosa- fina camada de cél. músc. Lisa 	
OBS!! • Processos inflamatórios podem prejudicar a mucosa do intestino delgado.
Processo inflamatório: -perda de estruturas de absorção. 
- água e nutrientes deixam de ser absorvidos. 
-Diarreia-> excesso de água eliminado- prejudica absorção 
Submucosa: 
 • Tecido conjuntivo: 
- Glândulas secretoras de muco alcalino (duodenais);
 - Nódulos linfóides (GALT) conhecidos como placas de Peyer (íleo) 
Toda a constituição colabora para formação do MALT, que nesse caso será chamado de GALT por estar associado ao órgão do trato digestivo..
Muscular: circular interna e longitudinal externa-> favorecem o peristaltismo
Serosa: reveste o intestino externamente. 
DESNUTRIÇÃO
 Desnutrição proteico-energética (DPE) 
CAUSAS: 
• Ingestão inadequada de proteínas ou calorias; 
· Deficiência na absorção ou digestão. 
CONSEQUÊNCIAS: 
• Perda de tecido adiposo e muscular; • Perda de peso; • Letargia; • Fraqueza generalizada; • Infecções
Dois espectros Clínicos: 
· Marasmo: 
• Peso reduzido em 60% do normal para idade, sexo e raça; 
• Retardo no crescimento e perda muscular; 
• Catabolismo e depleção do compartimento proteico somático; 
• Níveis séricos de albumina normais ou discretamente reduzidos. 
• Perda muscular e da gordura subcutânea
· Kwashiorkor: 
• Depleção proteica do compartimento visceral; 
• Hipoalbuminemia: edema generalizado ou gravitacional; 
• Perda de peso mascarada por retenção de líquido; 
• Massa muscular e subcutâneo relativamente poupados; 
• Lesões de pele: zonas alternadas de hiperpigmentação, áreas de descamação e hipopigmentação
Medicina Laboratorial 
Determinação dos níveis de ferro, hematócrito e índices hematimétricos no neonato e sua importância no diagnóstico diferencial das anemias
Identificar a importância do ferro no metabolismo e suas principais fontes alimentares. 
• Caracterizar a deficiência do ferro no organismo humano e os fatores que afetam sua absorção. 
• Explicar a importância do hematócrito na avaliação do hemograma. 
• Identificar os principais índices hematimétricos utilizados na análise do hemograma. 
• Caracterizar a fisiopatologia das anemias carenciais na gestação e durante o crescimento e desenvolvimento infantil. 
• Caracterizar o diagnóstico clínico e laboratorial das anemias carenciais.
Diagnóstico diferencial das anemias
 A anemia é definida como a redução patológica da concentração de hemoglobina (Hb) circulante, desencadeada por mecanismos fisiopatológicos diversos, entre eles:
Em muitos casos, a anemia é dada como uma condição subdiagnosticada, reflexo de uma doença de base, como infecções e neoplasias (predominantemente associadas ao trato gastrointestinal).
Diagnóstico diferencial das anemias
 Os índices hematimétricos são utilizados no diagnóstico e investigação do tipo de anemia: 
• Hematócrito: 40 a 52% em homens; 35 a 47% em mulheres; 
• Contagem de hemácias: 4,5 a 5,5 mi/mm3 em homens; 4,0 a 5,0mi/mm3 em mulheres; 
• Volume Corpuscular Médio (VCM): 80 a 100fL; 
• Hemoglobina Corpuscular Média (HCM): 27 a 32pg; 
• Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM): 31,5 a 36%; 
• Amplitude de Distribuição Volumétrica das Hemácias (RDW): 11,5 a 14,5%
Hematócrito
· 40 a 52% em homens; 
· 35 a 47% em mulheres;
Diagnóstico diferencial das anemias 
Outros índices laboratoriais são utilizados no diagnóstico diferencial da anemia: 
• Ferro: 65 a 170 mg/dL em homens; 50 a 170 mg/dL em mulheres; 
• Ferritina sérica: 30 a 200ng/mL em homens; 20 a 150ng/mL em mulheres; 
• Transferrina: 215 a 365 mg/dL em homens; 250 a 380 mg/dL em mulheres; 
• Capacidade de Saturação da Transferrina: 20,0 a 55,0%; 
• Folato ou Vit B9: 3,0 a 17,0 ng/mL; 
• Cobalamina ou VitB12: 180,0 a 900,0 pg/mL.
A vitamina B12 e o ácido fólico são essenciais à síntese de DNA, maturação nuclear e divisão celular de hemácias e leucócitos.
Diagnóstico diferencial das anemias 
Marcadores inflamatórios também são utilizados no diagnóstico diferencial da anemia: 
• Interleucina 6 (IL-6): 43,4 a 156,4ng/L para homens e 29,2 a 138,5ng/L para mulheres; 
• Proteína C Reativa(PCR): até 3,0 mg/L; 
• Velocidade de hemossedimentação: até 10mm após 1h para mulheres e até 8mm após 1h para homens; 
• Fibrinogênio: entre 200 a 400 mg/dl
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