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Algoritmo de Naranjo (Naranjo et al, 1981) SIM NÃO NÃO sabe I)Existem relatos prévios sobre esta reação? 1 0 0 II)A reação apareceu após a administração do fármaco suspeito? 2 -1 0 III)A reação desapareceu quando o fármaco suspeito foi suspenso ou quando um antagonista específico foi administrado? 1 0 0 IV)A reação reapareceu quando o fármaco foi readministrado? 2 -1 0 V)Existem causas alternativas que poderiam ter causado esta reação?(até mesmo outros fármacos) -1 2 0 VI)A reação reapareceu com introdução de placebo? -1 1 0 VII)O fármaco foi detectado no sangue ou outros fluidos biológicos em concentrações tóxicas? 1 0 0 VIII)A reação aumentou com dose maior ou diminuiu quando foi reduzida a dose? 1 0 0 IX)O paciente tem história de reação semelhante com o mesmo fármaco ou similar em alguma exposição prévia? 1 0 0 x)A RAM foi confirmada mediante alguma evidência objetiva 1 0 0 *A partir dos valores obtidos após responder a cada um dos itens, passa-se a estabelecer o tipo de relação de causalidade. Tipo de relação de causalidade segundo a pontuação obtida após a aplicação do algoritmo de Naranjo (Naranjo et al., 1981) Valores obtidos a partir da aplicação dos critérios da relação causal de Naranjo. Causalidade Pontuação Obtida Definida 9 ou + Provável 5 a 8 Possível 1 a 4 Duvidosa 0 ou Menos Portanto, o significado de cada categoria de causalidade é: • Definida - Seqüência temporal razoável a partir da administração do medicamento; - Ou foi detectado em níveis tóxicos em tecidos ou fluidos corpóreos; - Padrão conhecido de resposta para o medicamento suspeito; - Melhorou com a retirada do medicamento; - Reapareceu com a reexposição ao medicamento - Não pode ser razoavelmente explicada pelo quadro clínico do paciente. • Provável - Seqüência temporal razoável a partir da administração da droga; - Padrão conhecido de resposta para o medicamento suspeito; - Melhorou com a retirada do medicamento, o qual não foi reintroduzido; - Não pode ser razoavelmente explicada pelo quadro clínico do paciente. • Possível: -Seqüência de tempo razoável a partir da administração do medicamento; - Possivelmente apresentou padrão de resposta conhecido em relação à droga suspeita; - Poderia ter sido produzida pelo estado clínico do paciente ou por outras formas de terapia administradas ao paciente. • Duvidosa: -Relação temporal não existente ou muito duvidosa; - Outro(s) fator (es) que possível ou certamente possa(m) ser causador (es) da reação. INSTRUÇÕES PARA USAR A ESCALA DE PROBABILIDADE DAS REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS A. Instruções Gerais Antes de usar o questionário, coletar toda a informação relevante concernente a reação adversa a estudar. Por favor leia cada pergunta cuidadosamente. Se não compreender alguma pergunta em particular, leia as instruções específicas que se encontram mais adiante. Somente use a resposta “Não Se Sabe” quando a qualidade dos dados não lhe permite dar uma resposta afirmativa (Sim) ou negativa (Não). De forma similar, você deve responder “Não Se Sabe” se não dispor da informação ou se a pergunta é inaplicável. Em alguns casos é necessário fazer algumas pequenas modificações. Para analisar as Interações Medicamentosas, ao invés de avaliar um medicamento em particular, é necessário avaliar os que interagem. Quando um paciente está recebendo vários medicamentos, a escala para avaliar a probabilidade das RAMs (APS, sigla em inglês) deve aplicar- se a cada um dos agentes etiológicos suspeitos. Se supuser como etiologia àquela que resulte em uma pontuação mais elevada. No caso de reações que apareçam com a suspensão de um medicamento suspeito, a suspensão (Pergunta 3) se referirá a reinstalação do tratamento com o medicamento suspeito, enquanto que a readministração (Pergunta 4) se referirá a descontinuidade do fármaco. De maneira similar, a pergunta 2 deve modificar-se para “o efeito adverso apareceu depois que se suspendeu o medicamento?” Instruções Específicas Pergunta 1: Avalia a experiência prévia geral com o fármaco. Você deverá responder “Sim” somente se houver dois ou mais relatos publicados em que se tenha descrito previamente, em detalhe, o evento clínico adverso. De forma similar, você pode aceitar como fonte confiável de informação uma lista de eventos adversos de um texto sobre reações adversas, como a última edição do “Meyler’s Side Effect of Drugs”. Você deverá responder “Não” quando o evento adverso não foi previamente descrito. A resposta “Não Se Sabe” é aplicável quando não se dispõe de informação ou esta não é conclusiva. Pergunta 2: Avalia a seqüência temporal da reação. A resposta deverá ser “Sim” somente se há evidência definitiva de que o evento adverso ocorreu depois de suspender o medicamento suspeito. O “Não” se aplica quando o evento adverso se desenvolve antes de se administrar o fármaco. Você deve responder “Não Se Sabe” se a informação disponível não lhe permite tomar uma decisão. Pergunta 3: Avalia o efeito da suspensão. A resposta deve ser “Sim” somente se o evento adverso diminui o desaparece em qualquer momento depois de suspender o medicamento suspeito. De forma similar, você pode responder “Sim” quando a reação desaparece depois de administrar um antagonista farmacológico específico( por exemplo, um medicamento anticolinérgico, como atropina, que antagoniza o efeito de um colinérgico, como fisostigmina). Você deve responder “Não” se a reação desaparecer ou não diminui ao suspender o medicamento. Igualmente, deve responder “Não” se o evento adverso melhora se se administrar um antagonista não específico( por exemplo, sais de potássio para hipopotassemia induzida por diuréticos). Você deve responder “Não Se Sabe” nas seguintes circunstância: o medicamento suspeito não foi suspenso, ou os resultados da suspensão não são conclusivos. Se o evento adverso é transitório ( por exemplo convulsões) e as condições clínicas não permitem uma avaliação inequívoca do efeito da suspensão, a resposta também deve ser “Não Se Sabe”. Pergunta 4: Avalia o efeito da readministração. Você deve responder “Sim” somente se cumprem as seguintes condições: a) se suspende o medicamento suspeito, b) se determina uma nova condição basal do evento clínico, c) há uma reaparição inequívoca quando o medicamento é readministrado em doses similares e pela mesma via. Da mesma maneira, pode dar-se resposta afirmativa naqueles casos em que os outros fatores sugerem uma forte associação causal e o evento adverso é um efeito bem conhecido( por exemplo hipopossassemia induzida por furosemida) e a readministração é inadequada devido a razões clínicas e/ou éticas. Você deve responder “Não” quando não se cumprem uma ou todas as condições da readministração mencionadas em a),b) e c). você pode responder “Não Se Sabe” se não dispõe de informação ou esta é equivocada. Pergunta 5: Avalia as alternativas etiológicas do evento adverso. Como usualmente as RAM são manifestações não específicas da enfermidade, você deve considerar cuidadosamente, ademais do medicamento, a contribuição eventual de outras etiologias. Você deve responder “Não” se não detectar causas alternativas depois de uma investigação sistemática e exaustiva, implicando assim mais fortemente ao medicamento. Você deve recordar que um fator contribuinte para a RAM não corresponde a uma etiologia alternativa (por exemplo, se um paciente com insuficiência renal prévia desenvolve uma alteração da função renal que é secundária a terapia com gentamicina, a insuficiência renal prévia é um fator contribuinte ou de risco e não uma etiologia alternativa). Você deve responder “Sim” quando existe um candidato etiológico alternativo. Você deve responder “Não Se Sabe” se a investigação sobre outras causas é incompleta, não conclusiva ou não se realizou. Pergunta 6: É importante quando o evento adverso é subjetivo.A resposta deve ser “Sim” somente se cumprirem as seguintes condições: a) o medicamento suspeito foi suspenso. b) se estabeleceu uma nova condição basal do evento clínico, c) há uma reaparição inequívoca quando o medicamento é administração simples ou duplo cego, de um placebo. A resposta deve ser “Não” se a administração de um placebo nas condições assinaladas acima, não causa a mesma reação. Você deve responder “Não Se Sabe” se não se dispõe de informação ou a pergunta é inaplicável( isto é, nas RAM- doses independentes). Pergunta 8: Avalia clinicamente a relação dose-resposta. Você deve responder “Sim” somente se o evento adverso for mais severo quando se aumentou a dose do medicamento suspeito. De forma similar, você deve responder “Sim” quando o evento adverso for menos severo depois da diminuição da dose do fármaco suspeito. A resposta “Não” se há variação clinicamente detectável em um evento adverso quando se modifica a dose do medicamento suspeito. Você dever responder “Não Se Sabe” quando a dose não se modificou ou quando a informação não esteve disponível. Pergunta 9: Avalia a experiência pessoal do paciente com relação a administrações prévias do mesmo fármaco ou de outros quimicamente relacionados. Você deve responder “Sim” somente se o paciente informa um evento adverso similar com o medicamento. Do mesmo modo, você deve responder “Sim” quando existe documentação na ficha do paciente( por exemplo, documentação de manifestações prévias de alergia a penicilina, tais como rash cutâneo ou anafilaxia). Você deve responder “Não” quando o paciente não tem uma exposição prévia ao mesmo medicamento, ou quando em uma exposição prévia ao mesmo medicamento, ou outros similares, o paciente não desenvolveu o evento adverso. A resposta deve ser“Não Se Sabe” quando se trata de um evento adverso subjetivo, não se dispõe de informação ou esta não é conclusiva. Pergunta 10: Avalia a qualidade da informação em que fundamentamos nosso raciocínio. Isto é crucial pois ainda que o dito pelo paciente é uma fonte de informação muito valiosa, em alguns pacientes podem ser pouco confiáveis. Por exemplo, devido a alteração de memória. Você deve responder “Sim” somente nas seguintes condições: a) um exame de laboratório documenta a RAM (por exemplo, existe uma biopsia hepática compatível com uma hepatite supostamente induzida por medicamento), b) o evento adverso foi diretamente observado por pessoal qualificado (Por exemplo, médicos tratantes ou as enfermeiras, observam rash cutâneo, icterícia, etc.) a resposta deve ser “Não” quando nem os exames de laboratórios nem a observação clínica direta documentam a reação. A resposta deve ser “Não Se Sabe” quando se trata de um evento adverso subjetivo, não se dispõe de informação ou esta não é conclusiva.
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