Buscar

Fobia especifica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Fobia especifica 
 
Medo ou ansiedade acentuados acerca de um objeto ou situação (p.ex: Voar, alturas, animais, 
tomar uma injeção, ver sangue) 
 
 O objeto ou situação fóbica quase invariavelmente provoca uma resposta imediata de medo ou 
ansiedade. 
 
 O objeto situação fóbica é ativamente evitado ou suportado com intensa ansiedade ou 
sofrimento. 
 
 O medo ou ansiedade é desproporcional em relação ao perigo real imposto pelo objeto ou 
situação específica e ao contexto sociocultural. 
 
O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente com duração mínima de seis meses. 
 
O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no 
funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. 
 
A perturbação não é mais bem explicada pelos sintomas de outro transtorno mental, incluindo 
medo, ansiedade e esquiva de situações associadas a sintomas do tipo pânico ou outros 
sintomas incapacitantes (como na agorafobia); objetos ou situações relacionadas a obsessões 
(como no transtorno obsessivo- compulsivo). Evocação de eventos traumáticos (como no 
transtorno de estresse pós-traumatico); separação de casa ou de figuras de apego (como no 
transtorno de ansiedade de separação); ou situações sociais (como no transtorno de ansiedade 
social) 
 
 
Importante! 
É comum que os indivíduos tenham múltiplas fobias específicas. O indivíduo com fobia específica 
em geral teme três objetos ou situações, e aproximadamente 75% daqueles com fobia específica 
temem mais de uma situação ou objeto. Nesses casos, seria necessário dar os diagnósticos de 
fobia específica múltipla, cada uma com seu código diagnóstico refletindo o estímulo fóbico. Por 
exemplo, se um indivíduo teme tempestades e voar, então seriam dados dois diagnósticos: fobia 
específica, ambiente natural e fobia específica, situacional. 
 
• CARACTERISTICAS DIAGNOSTICAS 
Uma característica essencial desse transtorno é que o medo ou ansiedade está circunscrito à 
presença de uma situação ou objeto particular. 
Para o diagnóstico de fobia específica, a resposta deve ser diferente dos medos normais 
transitórios que comumente ocorrem na população. 
 
Para satisfazer os critérios para um diagnóstico, o medo ou ansiedade deve ser intenso ou grave. 
O grau do medo experimentado pode variar com a proximidade do objeto ou situação temida e 
pode ocorrer com a antecipação da presença ou na presença real do objeto ou situação. Além 
disso, o medo ou ansiedade pode assumir a forma de um ataque de pânico com sintomas 
completos ou limitados (i.e., ataque de pânico esperado). Outra característica das fobias 
específicas é que o medo ou ansiedade é evocado quase todas as vezes que o indivíduo entra 
em contato com o estímulo fóbico. 
 
Assim, um indivíduo que fica ansioso apenas ocasionalmente ao ser confrontado com a situação 
ou objeto (p. ex., fica ansioso apenas em um de cada cinco voos que faz) não seria diagnosticado 
com fobia específica. Entretanto, o grau de medo ou ansiedade expresso pode variar (desde a 
ansiedade antecipatória até um ataque de pânico completo) nas diferentes ocasiões de 
encontro com o objeto ou situação fóbica devido a vários fatores contextuais, como a presença 
de outra pessoa, a duração da exposição, e a outros elementos ameaçadores, como turbulência 
em um voo para indivíduos que têm medo de voar. 
O medo e a ansiedade são com frequência expressos de formas diferentes entre crianças e 
adultos. Esquiva ativa significa que o indivíduo intencionalmente se comporta de formas 
destinadas a prevenir ou minimizar o contato com objetos ou situações fóbicas. Os 
comportamentos de esquiva são com frequência óbvios (p. ex., um indivíduo que tem medo de 
sangue recusando-se a ir ao médico), mas às vezes são menos óbvios (p. ex., um indivíduo que 
tem medo de cobras recusando-se a olhar para figuras que se assemelham ao contorno ou à 
forma de cobras). 
 
Muitas pessoas com fobias específicas sofreram durante muitos anos e alteraram suas 
circunstâncias de vida com o objetivo de evitar o objeto ou situação fóbica o máximo possível. 
 
O contexto sociocultural do indivíduo também deve ser levado em conta. Por exemplo, o medo 
do escuro pode ser razoável em um contexto de violência constante, e o medo de insetos pode 
ser mais desproporcional em contextos onde insetos são consumidos na dieta. O medo, a 
ansiedade ou a esquiva é persistente, geralmente durando mais de seis meses o que ajuda a 
distinguir o transtorno de medos transitórios que são comuns na população, em particular entre 
crianças. No entanto, o critério de duração deve ser usado como um guia geral, com a 
possibilidade de algum grau de flexibilidade. A fobia específica deve causar sofrimento 
clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas 
importantes da vida do indivíduo para que o transtorno seja diagnosticado. 
 
• DESENVOLVIMENTO E CURSO 
 
Ocasionalmente, a fobia específica se desenvolve após um evento traumático (p. ex., ser 
atacado por um animal ou ficar preso no elevador), por observação de outras pessoas que 
passam por um evento traumático (p. ex., ver alguém se afogar), por um ataque de pânico 
inesperado na situação a ser temida (p. ex., um ataque de pânico inesperado no metrô) ou por 
transmissão de informações (p. ex., ampla cobertura da mídia de um acidente aéreo). 
Entretanto, muitas pessoas com fobia específica não conseguem se lembrar da razão para o 
início de suas fobias. 
 
A fobia específica geralmente se desenvolve no início da infância, com a maioria dos casos se 
estabelecendo antes dos 10 anos de idade. A idade média de início situa-se entre 7 e 11 anos, 
com a média aproximadamente aos 10 anos. As fobias específicas situacionais tendem a ter 
uma idade mais tardia de início em comparação às fobias específicas de ambiente natural, 
animais ou sangue-injeção-ferimentos. As fobias específicas que se desenvolvem na infância e 
na adolescência têm probabilidade de apresentar recidivas e remissões durante esse período. 
No entanto, aquelas que persistem até a idade adulta provavelmente não terão remissão na 
maioria dos indivíduos. 
 
Quando a fobia específica está sendo diagnosticada em crianças, duas questões devem ser 
consideradas. Primeiro, as crianças pequenas podem expressar medo e ansiedade chorando, 
com ataques de raiva, imobilidade ou comportamento de agarrar-se. Segundo, elas 
geralmente não são capazes de compreender o conceito de esquiva. Portanto, o clínico deve 
reunir informações adicionais com os pais, professores ou outras pessoas que conheçam bem 
a criança. Os medos excessivos são bastante comuns em crianças pequenas, mas costumam 
ser transitórios e apenas levemente prejudiciais e, assim, são considerados apropriados ao 
estágio de desenvolvimento. Nesses casos, um diagnóstico de fobia específica não deve ser 
feito. Quando o diagnóstico de fobia específica está sendo considerado em uma criança, é 
importante avaliar o grau de prejuízo e a duração do medo, ansiedade ou esquiva e se ele é 
típico para o estágio do desenvolvimento particular da criança. 
 
 
Embora a prevalência de fobia específica seja mais baixa nas populações mais velhas, ela 
permanece como um dos transtornos mais comumente experimentados no fim da vida. Várias 
questões devem ser consideradas ao diagnosticar fobia específica em populações mais velhas. 
Primeiro, os indivíduos mais velhos podem ter mais probabilidade de aceitar fobias específicas 
do ambiente natural, assim como fobias de queda. Segundo, a fobia específica (como todos os 
transtornos de ansiedade) tende a ocorrer em comorbidade com condições médicas em 
indivíduos mais velhos, incluindo doença coronariana e doença pulmonar obstrutiva crônica. 
Terceiro, os indivíduos mais velhos podem ter mais probabilidade de atribuir os sintomas de 
ansiedade às condições médicas. Quarto, essas pessoas podem ter mais probabilidade de 
manifestar ansiedade de uma maneiraatípica (p. ex., envolvendo sintomas de ansiedade e 
depressão) e, assim, têm mais chance de justificar um diagnóstico de transtorno de ansiedade 
não especificado. Além disso, a presença de fobia específica em pessoas mais velhas está 
associada a redução na qualidade de vida e pode servir como fator de risco para transtornos 
demenciais. 
 
Embora outras fobias mais específicas se desenvolvam na infância e na adolescência, é 
possível que elas se estabeleçam em qualquer idade, frequentemente como consequência de 
experiências traumáticas. Por exemplo, fobia a asfixia quase sempre aparece após um evento 
de quase asfixia em qualquer idade. 
 
• CONSEQUÊNCIAS FUNCIONAIS DA FOBIA ESPECÍFICA 
 
Os indivíduos com fobia específica apresentam padrões semelhantes de prejuízo no 
funcionamento psicossocial e de redução na qualidade de vida aos de indivíduos com outros 
transtornos de ansiedade e transtornos por uso de álcool e substâncias, incluindo prejuízos no 
funcionamento profissional e interpessoal. O sofrimento e o prejuízo causados por fobias 
específicas tendem a aumentar com o número de objetos e situações temidos. Assim, um 
indivíduo que teme quatro objetos ou situações provavelmente tem mais prejuízo nos seus 
papéis profissionais e sociais e qualidade de vida pior do que um que teme apenas um objeto 
ou situação. 
Indivíduos com fobia específica de sangue-injeção-ferimentos são com frequência relutantes 
em obter cuidados médicos, mesmo quando uma condição médica está presente. Além disso, 
o medo de vomitar e de se asfixiar pode reduzir substancialmente o consumo alimentar. 
 
 
• DIAGNOSTICO DIFERENCIAL 
Transtorno de ansiedade social: Se as situações são temidas devido a possível avaliação 
negativa, deve ser diagnosticado transtorno de ansiedade social em vez de fobia específica. 
Transtornos relacionados a trauma e estressores: Se a fobia se desenvolveu após um evento 
traumático, deve ser considerado TEPT como diagnostico. Entretanto, eventos traumáticos 
podem preceder o início de TEPT e a fobia específica. Nesse caso, um diagnostico de fobia 
específica é dado somente se não são satisfeitos todos os critérios para TEPT. 
Transtornos do espectro da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos: Quando o medo e a 
esquiva são devidos a pensamentos delirantes (como na esquizofrenia ou outro transtorno do 
espectro da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos), um diagnóstico de fobia específica 
não é justificado. 
 
• COMORBIDADE 
A fobia específica é raramente vista em contextos clínicos na ausência de outra patologia e 
costuma ser mais observada em contextos de saúde mental não médicos. Está com frequência 
associada a uma variedade de outros transtornos, especialmente depressão em adultos mais 
velhos. Devido a seu início precoce, a fobia específica costuma ser o transtorno que primeiro se 
desenvolve. 
Os indivíduos com a doença estão em risco aumentado de desenvolvimento de outros 
transtornos, incluindo os demais transtornos de ansiedade, os transtornos depressivo e bipolar, 
os transtornos relacionados a substâncias, transtorno de sintomas somáticos e transtorno 
relacionados e os transtornos da personalidade (particularmente transtorno da personalidade 
dependente).

Continue navegando